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BIOLOGIA CELULAR - SDE0906 Semana Aula: 3 Membranas celulares: funções e estrutura Tema Membranas celulares: funções e estrutura Palavras-chave Membrana Plasmática, Fosfolipídeos, Proteínas, Glicocálice, Fluidez, Transporte Objetivos Conhecer a estrutura e composição da membrana plasmática; Compreender a função do glicocálice no reconhecimento e adesão celular; Relacionar a estrutura e a composição da membrana com a fluidez da membrana e suas funções. Estrutura de Conteúdo Aspectos que devem ser discutidos na aula: Unidade 2: Estudo da Membrana Celular 2.1 Membrana celular: os limites físicos celulares; as relações célula-célula As células são delimitadas por uma membrana que separa o meio intracelular do extracelular, sendo essa designada membrana plasmática. Nas células eucariontes a membrana plasmática delimita o núcleo e também as organelas citoplasmáticas. 2.2. Estrutura e composição química da membrana celular. O conhecimento das biomoléculas na composição da membrana plasmática, apontando que essa membrana é composta por três tipos de biomoléculas: lipídeos, proteínas e carboidratos. Mostrar como essas biomoléculas se arranjam para formar a estrutura da membrana plasmática. Os fosfolipídios são encontrados em grande quantidade e formam a estrutura da membrana formando a bicamada e promovendo fluidez da membrana devido aos seus movimentos e pela distribuição das proteínas. A importância funcional de cada biomolécula na membrana plasmática. O principal componente da estrutura da membrana plasmática: o fosfolipídeo. O grupo de lipídeos que forma a estrutura básica da membrana: glicerofosfolipídeos, esfingofosfolipídeos e glicolipídeos. Os diferentes tipos de fosfolipídeos que se organizam de forma assimétrica ao longo da bicamada lipídica da membrana, na qual a fosfatidilserina, fosfatidiletanolamina e fosfatidilinositol, com cargas negativas estão, na maioria, voltadas para o citoplasma, enquanto que os glicolipídios, a fosfatidilcolina e a esfingomielina são mais frequentes na superfície da membrana, em contato com o lado externo da célula. A característica em comum dos fosfolipídeos: uma cabeça hidrofílica (polar) e caudas hidrofóbicas (apolares), sendo anfipáticos, e que dessa forma, se organizam na forma de micelas, lipossomos e formam uma bicamada lipídica quando entram em contato com a água, sempre com as porções polares voltadas para fora e as porções apolares voltadas para dentro, formando o interior hidrofóbico da membrana. O colesterol interferindo na fluidez da membrana plasmática, a deixando menos fluida, portanto, com maior estabilidade. As diferentes funções das proteínas da membrana como: transporte de moléculas e íons, adesão celular, comunicação entre as células devido à presença de receptores celulares e atividade catalítica. As classificações das proteínas de acordo com a sua posição na membrana, extrínsecas ou periféricas, intrínsecas ou integrais, particularmente, as proteínas integrais transmembranares que são assim chamadas por atravessarem completamente a bicamada lipídica. As proteínas integrais transmembranares em unipasso e multipasso, que atravessam totalmente a membrana uma vez ou mais vezes, formando alças expostas em uma das faces da membrana, respectivamente. Os carboidratos que estão localizados na superfície externa da membrana plasmática, covalentemente, ligados com proteínas e lipídeos formando, respectivamente, as glicoproteínas e glicolipídeos, que passam formar a extensão externa da membrana chamada de glicocálice ou glicocálix. Os carboidratos da membrana variam de acordo com o tipo celular, a atividade funcional da célula e a localização na membrana na célula. 2.3. Glicocálice: reconhecimento celular e adesão celular A função do glicocálice no reconhecimento celular, uma vez que ocorre principalmente devido à presença de glicoproteínas e glicolipídeos de membrana, as quais permitem a identificação de diferentes células do mesmo organismo, tais como na identificação dos tipos sanguíneos pela presença de monossacarídeos terminais, como N- acetilgalactosamina que caracteriza o tipo sanguíneo A, a galactose que caracteriza o tipo sanguíneo B, os dois monossacarídeos o tipo sanguíneo AB e o O que é caracterizado pela ausência destes açúcares na superfície dos eritrócitos; A função do glicocálice na adesão celular, principalmente pelas glicoproteínas. O glicocálice na determinação dos limites entre as células, inibindo a sua proliferação por contato, o que ocorre na epiderme quando as células perdem a adesão celular para proliferarem até um certo nível, ao se encontrarem, as mitoses cessam e adesão celular se estabelece; Quando as células da epiderme sofrem mutações no DNA podem perder a adesão, proliferando. Nesse caso, a inibição por contato é perdida, continuando a divisão celular e tornando as células agrupadas de modo desordenado umas sobre as outras gerando um tumor. O papel do glicocálice nas fases da inflamação aguda, principalmente no reconhecimento entre os neutrófilos e células endoteliais com posterior adesão entre essas células devido às integrinas (glicoproteínas) nas primeiras e as selectinas (lectina) expressas nas últimas células para que o processo de diapedese ocorra. 2.4. Fluidez da membrana plasmática A fluidez da membrana relacionada com o movimento que as moléculas de fosfolipídeos realizam, principalmente, de difusão lateral, rotação, flexão. Quando as células possuem diminuição da fluidez não podem se mover, sendo esses movimentos dos fosfolipídeos influenciados pela temperatura, pela porcentagem de colesterol e pela saturação dos ácidos graxos. As caudas de ácidos graxos dos fosfolipídeos tornam-se mais rígidos, tornando a membrana no estado de gel, mais sólida em baixas temperaturas, e mais fluida em altas temperaturas. Quanto maior a porcentagem de colesterol, menor a fluidez, e vice-versa. Os ácidos graxos saturados fazem com que os lipídeos fiquem mais compactados, dificultando a sua movimentação, enquanto os ácidos graxos insaturados fazem com que os lipídeos fiquem mais afastados, facilitando seu movimento. 2.5. Funções da membrana plasmática A membrana plasmática controla a entrada e saída de substâncias nas células através da permeabilidade seletiva. A água, os gases, as moléculas hidrofóbicas passam livremente pela membrana, enquanto que a glicose, os aminoácidos e as moléculas carregadas não passam. Muitas enzimas são fixas na membrana e possuem diversas atividades como por exemplo a ativação da adenil ciclase. A membrana plasmática participa do transporte intracelular de substâncias através da formação de vesículas. A membrana plasmática é responsável pelos processos de endocitose e exocitose de moléculas, assim como participa do processo de comunicação intercelular desencadeado por uma molécula sinalizadora que age sobre receptores específicos presentes nas superfícies celulares. Estratégias de Aprendizagem O aluno deverá ser capaz de relacionar as características estruturais e funcionais dos lipídeos, das proteínas e dos carboidratos abordados na aula anterior para a compreensão da presente aula. Portanto, é essencial que ocorra uma revisão prévia sobre essas biomoléculas, e sobre a presença de membrana nos diferentes tipos celulares (eucariontes e procariontes). Para aprofundar o estudo o aluno deverá: ler com atenção o material didático, acessar o livro virtual e outros objetos de aprendizagem referentes à aula 3 (quiz, jogo e vídeos complementares) que estão no SAVA. Segue, abaixo, comentários dos vídeos apresentados em sala de aula: Vídeo: Mostra a animação de todos os transportes principais. Difusão, Osmose e bomba de sódio e potássio ATPase. Mostra rapidamente a endocitose e a exocitose. Link: https://www.youtube.com/watch?v=lrUvzt6LnBMVídeo: Mostra o sistema de transporte ativo em grande quantidade que é a endocitose e a exocitose. Link: https://www.youtube.com/watch?v=Oy7yG2Hfbkg Vídeo: Resposta imunológica. Está em Inglês, mas pode ser falado facilmente para os alunos. A ação celular começa com a entrada de um patógeno que é fagocitado por um macrófago, digere e expõe seus antígenos na membrana. Passam a ser chamados de células apresentadoras de antígeno. A célula T-helper se liga aos antígenos apresentados pelo macrófago. Assim o macrófago libera a interleucina 1 que ativa as células T-helper a liberar interleucina 2, que ativa a proliferação das células T citotóxicas e as células B. Agora a resposta imunológica age de duas maneiras: uma usando as células citotóxicas e outra usando as células B. Células normais fagocitam o patógeno, digere e apresenta antígenos, algumas das células T citotóxicas (que foram produzidas em milhões de tipos diferentes) reconhecem estes antígenos das células normais infectadas, e produz químicos que matam as células infectadas. Por outro lado as células B foram produzidas também em milhões de tipos diferentes, quando elas são ativadas pelas células T-helper, elas se diferenciam e se multiplicam, passando a produzir anticorpos. Estes anticorpos envolvem os patógenos, marcando-os para serem reconhecidos e fagocitados pelos macrófagos. Algumas células B não produzem anticorpos e viram células de memória, por muitas décadas. Por causa destas células de memória a resposta secundária ao patógeno e rápida e muito mais forte, ou seja, o indivíduo está imunizado. Link: https://www.youtube.com/watch?v=Bf2t8n1ibwQ Também estão disponibilizados no SAVA os seguintes vídeos complementares referentes ao conteúdo da aula: Vídeos da aula 3: Bomba de sódio e potássio https://www.youtube.com/watch?v=ltAnJpSEwBI Bomba de Sódio Potássio ATPase https://www.youtube.com/watch?v=_QpYTAzi_cs Transporte passivo, ativo, endocitose e exocitose https://www.youtube.com/watch?v=lrUvzt6LnBM Paramecium: Ciliados de agua Dulce Exocitose https://www.youtube.com/watch?v=hYkaCWW8VYs phagocytose 1 -Ameba comendo um paramécio enorme https://www.youtube.com/watch?v=aWItglvTiLc Célula branca atacando bacteria https://www.youtube.com/watch?v=JnlULOjUhSQ El motor del flagelo bacteriano https://www.youtube.com/watch?v=SuFWCEkPlcY Indicação de Leitura Específica Leitura do Capítulo 2 do livro Introdução à Biologia Celular Capítulo 2: Membrana Celular Recursos Aplicação: articulação teoria e prática Nas aulas serão utilizados objetos de aprendizagem para articulação da teoria e da prática. No SAVA estão disponíveis quiz, jogos, vídeos apresentados na aula e outros vídeos complementares referentes aos conteúdos da aula. Exercício proposto em aula: 1) (UFRN) Quando há infecção bacteriana, os neutrófilos englobam os patógenos e os destroem. No processo de destruição dessas bactérias, ocorrem sucessivamente: a) Endocitose - formação dos fagossomo - formação do vacúolo digestivo - degradação bacteriana - clasmocitose. b) Fagocitose - formação do vacúolo autofágico - formação do fagossomo - degradação bacteriana - defecação celular. c) Endocitose - formação do vacúolo autofágico - ataque lisossômico - egestão. d) Pinocitose - ataque lisossômico - formação do vacúolo digestivo - exocitose. 2) (PUC-PR) No início da década de 1970, dois cientistas (Singer e Nicholson) esclareceram definitivamente como é a estrutura das membranas celulares, propondo-se o modelo denominado mosaico fluido. Neste conceito, todas as membranas presentes nas células animais e vegetais são constituídas basicamente pelos seguintes componentes: a) Ácidos nucleicos e proteínas. b) Ácidos nucleicos e enzimas. c) Lipídios e enzimas. d) Enzimas e glicídios. e) Lipídios e proteínas. Considerações Adicionais Para próxima aula Leitura do Capítulo 2 do livro Introdução à Biologia Celular
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