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* Direito Constitucional I Aula 08 – Estrutura do Estado – Separação de Poderes e Administração Pública FADI – Faculdade de Direito de Sorocaba Prof. Dr. Eduardo Martines Júnior * Estrutura do Estado – Separação de Poderes O termo “poder” é utilizado em três acepções na Constituição: a) enquanto revelação da soberania (CF, Art. 1º, parágrafo único); b) enquanto órgão do Estado (CF, Art. 2º); c) enquanto função (CF, Arts. 44,76 e 92). O poder é uno, a distinção que se faz é entre os órgãos que desempenham funções. Separação de poderes como garantia dos direitos fundamentais. Montesquieu - Separação de poderes rígida? Aristóteles e John Locke Checks and balances – Constituição norte-americana * Estrutura do Estado – Separação de Poderes Funções típicas e atípicas de cada Poder. Cada órgão do Poder exerce, preponderantemente, uma função, e, secundariamente, as duas outras, da preponderância advém a tipicidade da função; da secundariedade, a atipicidade. Legislativo: função típica: legislar função atípica: administrar: arts. 51, IV e 52, XIII - julgar: arts. 52, I e II. * Estrutura do Estado – Separação de Poderes Executivo: função típica: executar funções atípicas: “julgar”: quando indefere pedidos de administrados, aprecia defesas e recursos administrativos. Legisla: art. 62 (medida provisória) e arts. 68, § 2º (Leis Delegadas) Judiciário: função típica: julgar – funções atípicas: arts. 96, I “a “função legislativa - art. 96, I “f”: função administrativa. * Estrutura do Estado – Separação de Poderes Independência entre os poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário são poderes independentes entre si. Garantias a essa independência são: cada Poder tem suas competências no expressas no texto constitucional. Legislativo: inviolabilidade dos deputados e senadores no exercício do mandato, por suas palavras, opiniões e votos; possibilidade de sustação do curso da ação penal, pela Casa respectiva; competência para dispor sobre sua organização, polícia e provimento de cargos e de seus serviços. * Estrutura do Estado – Separação de Poderes Judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos; organização de seus serviços auxiliares. Executivo: competências privativas que lhe são atribuídas, direção superior da administração pública, conferindo ao seu Chefe o comando supremo do braço civil e militar. Indelegabilidade de funções: embora não prevista expressamente na Constituição atual, a regra é a de não poder haver a delegação de funções de um Poder a outro. A exceção é o caso de elaboração de lei delegada. Também não pode haver investidura em funções de poderes distintos, apenas nos casos expressamente previstos na CF (Art. 56). * Estrutura do Estado – Administração Pública Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (EC 19/98) e, também, ao seguinte: (...) Abrangência: total (Estado em sua divisão vertical {Federação} e horizontal {Poderes independentes} Princípio da legalidade: decorrente do Estado de Direito Princípio da impessoalidade: decorrente da República * Estrutura do Estado – Administração Pública Princípio da moralidade: decorrente da República – moral jurídica – moda – jeito de fazer – ética Princípio da publicidade: decorrente da República – Art. 93 da CF Princípio da eficiência: não basta exercer as funções expressas; o agente político ou o servidor deve fazê-lo da melhor forma possível. Possível não para ele, mas dentro de um juízo médio, razoável.
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