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TSE roteiros de direito eleitoral criacao fundacao e registro

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PARTIDO POLÍTICOS 
Criação/ fundação e registro 
 
Introdução 
 
Segundo José Afonso da Silva, partido político é uma forma de agremiação de 
um grupo social que se propõe a organizar, coordenar e instrumentar a vontade popular 
com o fim de assumir o poder para realizar seu programa de governo (2006, p. 394). 
Paulo Bonavides (2011, p. 372) ensina que, na definição de partido político, 
entram os seguintes dados: a) um grupo social; b) um princípio de organização; c) um 
acervo de ideias e princípios, que inspiram a ação do partido; d) um interesse básico em 
vista: a tomada de poder; e e) um sentimento de conservação desse mesmo poder ou de 
domínio do aparelho governativo. 
A Lei 9.096/95 prevê que os partidos destinam-se a assegurar, no interesse do 
regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e defender os direitos 
fundamentais definidos na Constituição Federal
1
. 
No Brasil, o partido político é considerado pessoa jurídica de direito privado 
obrigada a se inscrever no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
2
. Aos partidos, 
é assegurada autonomia para definir sua estrutura interna, sua organização e seu 
funcionamento. 
A criação, fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos são livres, desde 
que seus programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. Porém, apesar de livre, 
a criação de um partido está adstrita a condições impostas pela lei tais como: fundação, 
aquisição de personalidade jurídica e registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 
 
1 A Lei nº 9.096/95 traça, em seu artigo 1º, as funções dos partidos políticos no Brasil: 
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do 
regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais 
definidos na Constituição Federal. 
2 
Nos termos do artigo 17, § 2º, da CF, os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na 
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
Criação dos partidos 
 
1º passo – Fundação 
 
O primeiro passo para a criação de um partido é a reunião de fundação na qual 
pelo menos 101 eleitores, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados 
brasileiros, deverão elaborar o programa e o estatuto do partido a ser criado, bem como 
eleger seus dirigentes nacionais provisórios. 
Em seguida, deverá ser providenciada a publicação do inteiro teor do programa e 
do estatuto no Diário Oficial da União. 
 
2º passo – Aquisição da personalidade jurídica/Registro civil 
 
O segundo passo é a aquisição da personalidade jurídica com requerimento de 
registro dirigido ao cartório competente do registro civil das pessoas jurídicas, da capital 
federal. 
Esse requerimento deve ser subscrito pelos 101 cidadãos fundadores e deve ser 
acompanhado de: 
 
 Cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido; 
 Exemplar do Diário Oficial da União que publicou, no seu inteiro teor, o 
programa e o estatuto; 
 Relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, 
número do título eleitoral com a zona, seção, município e unidade da 
Federação, profissão e endereço de residência; e 
 Indicação do nome e função dos dirigentes provisórios e endereço da 
sede nacional do partido que deve ser na capital federal. 
 
Satisfeitas tais exigências, o oficial do registro civil efetua o registro no livro 
correspondente e expede uma certidão com a transcrição integral da anotação do 
registro do partido no cartório. 
 
3º passo – Informação aos tribunais regionais 
 
O terceiro passo é a informação aos Tribunais Regionais Eleitorais, que deve ser 
feita sob a forma de requerimento, acompanhado da certidão do registro civil e, ainda, 
conter a formação da comissão provisória ou nomes das pessoas responsáveis pelo 
partido no respectivo Estado. Essas pessoas se incumbirão de providenciar as listas ou 
formulários de assinaturas do apoiamento mínimo. 
 
4º passo – Apoiamento mínimo 
 
O quarto passo é a obtenção do apoiamento mínimo que deve ser realizado por 
meio da coleta de assinaturas dos eleitores em listas ou formulários organizados pelo 
partido para cada zona eleitoral. O número total das assinaturas deve corresponder a, 
pelo menos, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos 
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por 1/3, ou 
mais, dos estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que votou em cada um deles. 
 
5º passo – Registro nos Tribunais Regionais Eleitorais 
 
Após obtido o apoiamento mínimo e constituídos, definitivamente, os órgãos de 
direção municipal e estadual (também denominado regional), o presidente do órgão 
estadual solicitará o registro no respectivo tribunal regional, por meio de requerimento, 
o qual deverá estar acompanhado de: 
 
 Exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatuto 
partidários, inscritos no cartório competente; 
 Certidão de inteiro teor do registro do partido no cartório civil; 
 Certidões fornecidas pelos cartórios eleitorais que comprovem ter o 
partido político em formação obtido, no respectivo estado, o apoiamento 
mínimo de eleitores; e 
 Prova da constituição definitiva dos órgãos de direção regional e 
municipais, com a designação de seus dirigentes, de acordo com o 
estatuto. 
 
Registro no Tribunal Superior Eleitoral 
 
Registrados os órgãos de direção regional em, pelo menos, 1/3 dos estados 
brasileiros, o presidente nacional do partido solicitará ao Tribunal Superior Eleitoral o 
registro do estatuto partidário e do respectivo órgão de direção nacional. Esse pedido 
deverá ser acompanhado dos seguintes documentos: 
 
 Exemplar autenticado do inteiro teor do programa e estatuto partidário, 
inscritos no registro civil da capital federal; 
 Certidão de inteiro teor do registro do partido político no cartório civil 
das pessoas jurídicas; 
 Certidões expedidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais que 
comprovem ter o partido obtido, em cada estado, apoiamento mínimo de 
eleitores; e 
 Prova da constituição definitiva do órgão de direção nacional, com a 
designação de seus dirigentes. 
 
É necessário ressaltar que só após o registro do seu estatuto no Tribunal Superior 
Eleitoral é que o partido pode participar do processo eleitoral, receber recursos do 
Fundo Partidário, ter acesso gratuito ao rádio e à televisão e ter assegurada a 
exclusividade de sua denominação, sigla e símbolos. 
 
 
Referências 
 
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2011. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 03 
jun. de 2013. 
BRASIL. Lei 9.096/1995. Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, 
§ 3º, inciso V, da Constituição Federal. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9096.htm>. Acesso em 03 jun. de 2013. 
BRASIL. Lei 9.504/1997. Estabelece normas para as eleições. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9504.htm>. Acesso em 03 jun. de 2013. 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 27. ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2006.

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