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TAYLOR - ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA A abordagem básica da Administração Científica se baseia na ênfase colocada nas tarefas.O nome se deve à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da administração a fim de aumentar a eficiência industrial. A preocupação original foi eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. Taylor descobriu que as indústria de sua época sofriam de três males: 1. Vadiagem sistemática, que reduzia a produção a cerca de um terço de que era capaz. Afinal, para quê trabalhar mais se ao final se ganha a mesma quantia de quem trabalhou menos? 2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização. 3. Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho. A Administração Científica é uma combinação de: “Ciência em lugar de empirismo. Harmonia em vez de discórdia. Cooperação e não- individualismo. Rendimento máximo em lugar de produção reduzida. Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e prosperidade”. Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente seu trabalho e estabelecer racionalmente o método ou processo mais eficiente. Com a Administração Científ ica ocorre uma repart ição da responsabilidade: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção) enquanto o trabalhador fica somente com a execução do trabalho. A gerência pensa enquanto o trabalhador executa. A palavra-chave da Administração científica é eficiência. Os princípios da administração científica de Taylor são: 1. Princípio de planejamento: substituir no trabalho o critério indi- vidual do operário, a improvisação e a atuação empírico-prática, por métodos baseados em procedimentos científicos. 2. Princípio de preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. 3. Princípio do controle: Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. 4. Princípio da execução: Distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada. Entre os teóricos da Administração Científica, destacam-se: Harrington EMERSON e seus princípios de eficiência. Henry FORD e seus princípios básicos: Intensificação, economicidade e produtividade, todos baseado em simplicidade. FAYOL - TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Na Teoria Clássica, parte-se do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (seções, departamentos) ou pesoas (gerentes ou funcionários). A microabordagem no nível individual de cada operário com relação à tarefa é enormemente ampliada no nível da organização como um todo em relação a sua estrutura organizacional. Fayol, um engenheiro francês, fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor. Fayol define o ato de administrar em Prever, Organizar, Dirigir, Coordenar e Controlar. Já os 14 Princípios Gerais da Administração, para Fayol, são: Divisão do trabalho, Autoridade e Responsabilidade, Disciplina, Unidade de comando, Unidade de direção, Subordinação dos interesses individuais aos gerais, remuneração do pessoal, Centralização, Cadeia escalar, Ordem, Equidade, Estabiliade do pessoal, Iniciativa, Espírito de equipe. A Teoria Clássica concebe a organização como se fosse uma estrutura. Essa maneira de conceber a estrutura organizacional é influenciada pelas concepções antigas de organização (principalmente Militar e Igreja Católica) tradicionais, rígidas e hierárquicas. Para a Teoria Clássica, a estrutura organizacional é analisada de cima para baixo (da direção para execução) e do todo para as partes (da síntese para a análise), ao contrário da abordagem da Administração Científica. Para a Teoria Clássica a divisão do trabalho pode dar-se em duas direções: Vertical, segundo os níveis de autoridade e responsabilidade; e Horizontal, segundo os diferentes tipos de atividades da organização. Entre os seguidores da Teoria Clássica de Fayol, destacam-se: Luther Gulick e seus sete elementos da Administração: Planejamento, Organização, Assessoria, Direção, Coordenação, Informação e Orçamento. Urwick propôs sete funções do administrador: Investigação, Previsão, Planejamento, Organização, Coordenação, Comano e Controle. E propôs ainda quatro princípios da Administração: Princípio da especialização, Princípio de autoridade, Princípio da amplitude administrativa, Princípio da definição. As preocupações com Organização & Métodos, que veremos a seguir, são resultado direto da Teoria Clássica. CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! 01 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS & MÉTODOS A o s e c o n s i d e r a r O S T I P O S D E E S T R U T U R A ORGANIZACIONAL deve-se lembrar que estes são os resultados da departamentalização. A departamentalização pode ser conside- O. S. M. - É uma atividade administrativa voltada para a obtenção da melhor produtividade possível dos Recursos Humanos - RH, Recursos Materiais - RM, e Recursos Tecnológicos - RT, através de técnicas científicas que envolvem os aspectos comportamentais e instrumentais, no ambiente interno ou externo da empresa. ATIVIDADES DE OSM Projetar a criação, união ou eliminação de unidades, bem como acompanhar a respectiva execução; Descrever e definir o objetivo e as funções de cada uma das unida- des empresariais; Divulgar, nos níveis competentes, os trabalhos desenvolvidos em OSM; Implantar e acompanhar in loco os trabalhos desenvolvidos por OSM; Elaborar, emitir e divulgar as normas, regulamentos e manuais necessários; Estudar os ciclos organizacionais; Analisar as alternativas de ação para promover a maturidade organizacional; Avaliar impactos ou desgastes provenientes das ações e dos ciclos; e Estruturar as formas e necessidades de treinamento de pessoal visando o desenvolvimento. Estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabili- dades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organi- zacionais de uma empresa. rada, entre todos os componentes e subcomponentes da estrutura organizacional, como o mais conhecido pelos funcionários da empresa. Departamentalização é o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e corres- pondentes recursos (Humanos, Materiais e Tecnológicos) em unidades organizacionais. A estrutura organizacional é representada graficamente no orga- nograma, que entretanto, não apresenta todos os aspectos da estrutura organizacional. Organograma é a representação gráfica de determinados aspec- tos da estrutura organizacional. Funcionograma é o organograma das funções exercidas por cada departamento / setor da organização. Fluxogramas são ferramentas de representação gráfica do trabalho realizado na organização, possuindo vários tipos e grau de complexidade, de acordo com o objetivo a que se destinam. QDT: Instrumentoutilizado para analisar a efetividade na realização das atividades e atribuições das unidades da empresa, visando à distribuição e realização criteriosa, racional e balanceada das tarefas. Os principais tipos de organograma são: Linear, que constitui a forma estrutural mais simples e mais antiga. Tem esse nome pois significa que existem linhas diretas e únicas de autoridade e reponsabilidade entre superior e subordinados. Funcional é o tipo de estrutura que aplica o princípio da especialização das funções. É o germe do staff. Linha-staff combina a linear e a funcional, a fim de incrementar a vantagens e reduzir as desvantagens de ambos os tipos de organização. 02 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Planejamento O Planejamento faz acontecer, torna possível a ocorrência de eventos que, caso contrário, não aconteceriam. É um compromisso com a mudança, pois a viabiliza e controla. O Planejamento minimiza riscos, ao mesmo tempo em que tira proveito das oportunidades. Ao planejar estrategicamente, as ameaças e oportunidades do ambiente externo e interno são analisadas, objetivos são definidos, e decisões são tomadas com maior grau de certeza para atingi-los. O planejamento compensa incertezas e mudanças. Não deixa o futuro ao acaso, e com isso traz três benefícios relevantes para a organização: permanência das decisões, equilíbrio e melhor desempenho. Instrumentos do planejamento Plano é uma linha de ação preestabelecida que, em um determinado período de tempo, orienta a ação na direção da missão, ou seja, o que a instituição deve fazer. Objetivos são o ponto final do planejamento e constituem o plano básico da organização. Consistem numa situação de futuro esperada, ou no que se pretende atingir com o esforço do planejamento, como forma de concretização da missão. Os objetivos devem expressar intenções que levem ao cumprimento da missão. As metas são a quantificação dos objetivos. Devem ser expressas com clareza e devem ser mensuráveis e de tempo definido. Meta é o objetivo realista. Missão: Nossa missão é oferecer produtos saudáveis e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Objetivo: Ser o maior fornecedor de produtos saudáveis do mundo. Meta: Conquistar 30% de participação do mercado de produtos alimentícios até 2010. As políticas ou diretrizes são planos gerais de ação, guias genéricos que estabelecem linhas mestras, orientam a tomada de decisão e dão estabilidade à organização. Já as regras e procedimentos são guias para fazer o que as políticas e diretrizes regem. Política ou diretriz: A biblioteca só irá manter em seu acervo livros atualizados. Regras ou procedimentos: Fazer inventários para verificar a atualidade do livro. Buscar por novas edições junto aos editores. Solicitar avaliações dos professores. Os programas são complexos de metas, políticas, procedimentos, regras, passos e recursos. Os projetos podem ser parte de um programa geral, ou unidades independentes que contemplarão determinado aspecto. Plano ≠ Projeto O plano é um produto do planejamento. Os projetos são partes de um programa geral. O plano está entre o processo de planejamento e sua implementação. Tipos de planejamento O planejamento envolve todos os membros de uma organização. Planejamento estratégico é o planejamento da alta administração, que consiste no processo de decisão sobre os objetivos da empresa, as mudanças nesses objetivos, os recursos, etc. Afeta a empresa como um todo e a longo prazo. Está voltado para as relações entre a empresa e o ambiente e sujeito a incerteza provocadas por esse ambiente. O planejamento intermediário é o desdobramento do planejamento estratégico em planejamentos táticos. O planejamento intermediário ou tático se relaciona ao presente ou ao futuro próximo, e sua função é controlar e integrar as operações na organização, garantindo a implementação das decisões estratégicas. O planejamento tático é de médio prazo e da média administração. O planejamento operacional decide “o que fazer” e o “como fazer”. Está ligado aos procedimentos, detalhando tarefas e operações, e deve estar sempre voltado à otimização dos resultados. Tem caráter imediatista, é de curto-prazo e de abrangência local. O planejamento em bibliotecas e unidades de informação localiza-se normalmente nos níveis tático e operacional. Etapas do planejamento O planejamento é um processo cíclico, dinâmico e interativo. As etapas do planejamento se interpenetram, ou seja, há um dinâmica entre elas. Avaliação A avaliação é, na prática, um processo catalisador de mudança. A avaliação deve determinar o que mudar e como mudar. A avaliação é uma ferramenta que auxilia a alcançar eficácia e eficiência organizacionais. Eficácia relaciona-se aos resultados. Eficiência está ligada aos processos. A confusão entre os dois termos acarreta em: 03 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Fazer bem (eficiência) coisas que não precisariam ser feitas (ineficácia); Incapacidade de descrever a qualidade dos serviços; Incapacidade de identificar prioridades para atividades e serviços; Acreditar que coleções maiores implicam automaticamente melhor serviço; Relatório O relatório da biblioteca é o conjunto de informações sobre acervo, serviços prestados, usuários e recursos humanos, físicos, materiais e financeiros ordenados de modo a mostrar a situação da biblioteca em determinado período de tempo. O relatório compara os resultados desejados, constantes do plano de trabalho, com os resultados alcançados. Relatório é o real, não o desejado. Diagnóstico organizacional O processo sistematizado, com tempo e espaço definidos, de avaliação de serviços em organizações pode ser denominado diagnóstico organizacional. Consiste numa intervenção na rotina da administração, usando conceitos e métodos das ciências sociais para avaliar o estado da organização num determinado momento e encontrar formas de melhorar sua eficácia. Os objetivos do diagnóstico são: Identificar pontos fortes e fracos; Compreender a natureza e a causa dos problemas ou desafios; Descobrir formas de solucionar esses problemas. O diagnóstico tem três etapas: Preparação, elaboração do projeto do diagnóstico e Implementação. Funções Gerenciais de Mintzberg Mintzberg(1977) trabalha com 3 (três) categorias básicas, representada por papéis gerenciais, classificados como: * papéis interpessoais * papéis informacionais * papéis decisórios Os papéis interpessoais decorrem do status e autoridade inerente aos cargos administrativos, são, em grande parte, de natureza social e legal, implicando no relacionamento do gerente com representantes da organização, com os subordinados e com indivíduos ou grupos externos à organização. Os papéis informacionais estão diretamente ligados às informações recebidas pelos gerentes, com a finalidade de se inteirar do que acontece na organização, e posteriormente transmitidas aos subordinados ou quando se torna o por ta-voz da unidade/organização, falando em seu nome. Os papéis decisórios relacionam-se às tarefas de tomar decisões, seja através das atividades de planejamento, solucionador de problemas, alocador de recursos, negociador, dentre outras. Marketing Quando a unidade de informação está orientada para o marketing, sua filosofia de atuação se volta para o atendimento, comênfase na função de troca, mediante ações administrativas visando aos objetivos organizacionais. O composto de marketing, ou marketing- mix, ou 4ps é: preço, praça, produto e promoção. Marketing, em organizações que não visam ao lucro, utiliza os mesmos conceitos básicos e o mesmo composto de marketing tradicional, transferindo a prática da administração para novas áreas de operação. Tem um sentido amplo, com aplicação em produtos intangíveis, ou serviços, com dimensão social explícita. De acordo com Kotler (1991) “Marketing é um processo social e administrativo pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação e troca de produtos e valores”. Marketing envolve saber o que o cliente deseja, o que o cliente necessita. De acordo com Cronin apud Amaral (1982), marketing significa fazer as perguntas certas sobre: !os objetivos da unidade de informação e da prestação dos serviços; !as características da população usuária; !a qualidade da oferta; !os benefícios proporcionados à clientela. Atenção para não confundir Propaganda com Marketing. Propaganda apenas divulga um serviço/produto. Marketing busca satisfazer necessidades e desejos dos clientes. FERRAMENTAS DA QUALIDADE Ciclo PDCA É um ciclo de análise e melhoria, criado por Walter Shewhart, em meados da década de 20 e disseminado para o mundo por Deming. Esta ferramenta é de fundamental importância para a análise e melhoria dos processos organizacionais e para a eficácia do trabalho em equipe. O Ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) é uma ferramenta gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização, sendo composto das seguintes etapas: Planejar (PLAN) o Definir as metas a serem alcançadas; o Definir o método para alcançar as metas propostas. Executar (DO) o Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento; o Coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo; o Nesta etapa são essenciais a educação e o treinamento no trabalho. Verificar, checar (CHECK) o Verificar se o executado está conforme o planejado, ou seja, se a meta foi alcançada, dentro do método definido; o Identificar os desvios na meta ou no método. Agir corretivamente (ACTION) o Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e implementar soluções que eliminem as suas causas; o Caso não sejam identificados desvios, é possível realizar um trabalho preventivo, identificando quais os desvios são passíveis de ocorrer no futuro, suas causas, soluções etc. 04 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Ainda sobre qualidade... O brainstorming - também conhecido como "tempestade cerebral" ou "tempestade de idéias" - é um método que proporciona um grande número de idéias, alternativas e soluções rápidas. Tem também como objetivo a qualidade. Grupo focal é uma técnica qualitativa, não-diretiva, cujo resultado foca o controle da discussão de um pequeno grupo de pessoas. Uma curiosidade sobre Ishikawa é que ele foi também o criador do famoso programa de qualidade 5S. • Seiri: Senso de Utilização. • Seiton: Senso de Organização. • Seisou: Senso de Limpeza. • Seiketsu: Senso de Saúde ou Melhoria Contínua . • Shitsuke: Senso de autodisciplina. Símbolos do fluxograma O fluxograma utiliza um conjunto de símbolos para representar as etapas do processo, as pessoas ou os setores envolvidos, a seqüência das operações e a circulação dos dados e dos documentos. Os símbolos mais comumente utilizados são os seguintes: Operação: Indica uma etapa do processo. A etapa e quem a executa são registrados no interior do retângulo. Decisão: Indica o ponto em que a decisão deve ser tomada. A questão é escrita dentro do losango, duas setas, saindo do losango mostram a direção do processo em função da resposta (geralmente as respostas são SIM e NÃO). Sentido do fluxo: Indica o sentido e a seqüência das etapas do processo. Limites: Indica o início e o fim do processo. Escreva, de acordo com as descrições, quais ferramentas estão representadas nos gráficos abaixo: As sete ferramentas da qualidade As 7 Ferramentas do Controle da Qualidade são recursos a serem utilizados na aplicação da Metodologia de Solução de Problemas de qualidade. Diagrama de Pareto (Vilfredo Pareto) O gráfico de Pareto é um gráfico de barras que mostra várias causas ou características de defeitos e outros problemas. Essas causas ou fenômenos são mostradas em ordem decrescente através de barras de tamanhos diferentes. Diagrama de barras que ordena as ocorrências, da maior para a menor, para hierarquizar o ataque aos problemas. Diagrama de de Causa-e-Efeito (Ishikawa ou Espinha de peixe) O diagrama de causa-e-efeito mostra sistematicamente as relações entre problemas no trabalho (efeito) e suas causas. Lista(Ou Folha) de Verificação (ou ainda Estratificação) Permite uma coleta de dados organizada, facilitando a sua análise e interpretação. Fluxograma (ou ainda Gráfico linear) É uma representação gráfica mostrando os passos de um process. Apresenta uma excelente visão do processo e pode ser uma ferramenta útil para verificar como os vários passos do processo estão ligados entre si. Histograma Histograma é um gráfico de barras que é usado para organizar muitos dados. O eixo horizontal mostra os valores da característica do efeito (problema), com a região entre o maior valor e o menor valor sendo subdividido em vários espaços menores. O tamanho das barras verticais reflete o número de dados que caem nesses espaços. Diagrama (ou Gráfico) de Dispersão (ou Correlação) É um gráfico onde pontos de dois conjuntos de dados que compartilham de alguma dependência são colocados num gráfico. É um instrumento que permite saber se os dois conjuntos de dados são correlacionados, saber o grau da correlação, e encontrar causas que devem ser controladas e melhoradas. Gráfico (Carta) de Controle (Tendências) Permite avaliar se o comportamento de um processo, em termos de variação, é (ou não) previsível. 05 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Benchmarking processo sistemático e contínuo de avaliação de estratégias, operações, processos, metodologias de trabalho, produtos e serviços de organizações que efetivamente pratiquem e sejam reconhecidas como melhores de uma determinada classe e como exemplos organizacionais. Serve como guia para melhorias contínuas, dando subsídios ao estabelecimento de padrões de excelência. Medidas de qualidade de Whitehall Acessibilidade Tempo de resposta Cobertura do acervo Relevância do acervo Indicadores Indicadores são conceitos que começaram a surgir muito recentemente na literatura referente a projetos sociais e que precisam ser incorporados pela área de CI, em que é mais comum encontrarmos a expressão medida de desempenho, cujo significado é muito proximo ao de indicadores de desempenho. Com base em Tanaka e Melo (2001), podemos definir indicadores como variaveis, características ou atributos capazes de sintetizar, representar ou dar maior sifnificado ao que se quer avaliar. Os indicadores transformam os objetivos e resultados em parâmetros concretos, possiveis de verificação. dessa forma, pemitem avaliar mudanças. É, portanto, a partir da construção de conceitos de consenso de determinado grupo que são estabelecidos osindicadores. Assim, por exemplo, diferentes visões do que seja um atendimento de qualidade poderão gerar diferentes indicadores. O processo de transformar conceitos em indicadores requer a identificação das dimensões mais fundamentais do objeto em questão - as variáveis - e a definição dos parâmetros concretos apropriados para medir essas variações. Armani (2000) alerta-nos para o fato de que os indicadores são "sintomas das mudanças", pois indicam que houve mudanças e contam o grau de intensidade ou abrangência dessas mudanças. O processo de escolha de indicadores se inicia pela definição dos aspectos que se deseja avaliar ou pelas perguntas avaliativas. Definidas as perguntas, procura-se chegar aos elementos que, se conhecidos, ajudariam a responder essas perguntas. Alguns conceitos EMPOWERMENT é o estilo de dar aos funcionários autoridade, informações e ferramentas que eles necessitam para realizar suas tarefas com maior autonomia, liberdade e confiança. É um passo além do desenvolvimento de equipes. Descentralização: faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis mais baixos da organização. A tendência moderna é no intuito de descentralizar para proporcionar melhor utilização dos recursos humanos. O princípio que rege a descentralização é assim definido: a autoridade para tomar ou iniciar a ação deve ser delegada tão próxima da cena quanto possível. Centralização: Enfatiza as relações escalares, isto é, a cadeia de comando, a unidade de comando. O indivíduo do topo possui a mais alta autoridade, e a autoridade dos demais é escalada para baixo, de acordo com a posição no organograma. Índice de penetração pode ser entendido como o uso/consumo de produtos por um público. Nesse sentido, é um índice quantitativo. Os insumos são tangíveis e quantificáveis. Os principais métodos de avaliação de acervo classificam-se em: 1) Quantitativos: tamanho e crescimento; 2) Qualitativos: Julgamento por especialistas, uso de bibliografias como padrão, bibliografias publicadas e análise de uso real. São três os tipos de liderança: autoritária, ou autocrática, liberal e democrática. Existem, basicamente, dois tipos de conhecimento: Tácito e Explícito. O conhecimento tácito é aquele que está internalizado; O explícito, claro está, é aquele que está socializado, explícito. Internalização : Explícito Tácito Externalização : Tácito Explícito Combinação : Explícito Explícito Socialização : Tácito Tácito Leis de Ranganathan 1 - Os livros são para usar. Duas palavras estão associadas a esta lei: acessibilidade e usabilidade. 2 - A cada leitor o seu livro. A palavra desta lei é disponibilidade. Esta lei mostra a importância de se conhecer o leitor, de se conhecer o usuário. 3 - A cada livro seu leitor. Mostra o dinamismo da biblioteca. Esta lei dá sustentação ao serviço de disseminação seletiva da informação. 4 - Poupe o tempo do leitor. É a lei do serviço de referência. 5 - A biblioteca é um organismo em crescimento. A palavra-chave é adaptabilidade. A biblioteca precisa estar preparada para todas as eventualidades. Para isso, é preciso planejamento. ERGONOMIA do grego ergon (trabalho) e nomos (uso, regulamentação) é a ciência que estuda os ritmos e métodos de trabalho no intuito de melhor adaptação do homem ao processo de trabalho. É também denominada engenharia humana. RACIONALIZAÇÃO é o emprego de métodos científicos de trabalho visando ao planejamento e à organização de atividades para obter redução de custos e aumento da eficiência e da produtividade dos operários. PADRONIZAÇÃO é a aplicação de normas fixas para homogeneizar ciclos de produção para obter redução de custos e aumento de eficiência. TEMPOS E MOVIMENTOS (T&M) é o setor da área de organização e métodos (O&M) ou engenharia industrial que define o método científico e o tempo necessário para a realização de determinado trabalho. CLIMA ORGANIZACIONAL é a qualidade do ambiente psicológico de uma organização. Pode ser positivo e favorável (quando é receptivo e agradável) ou negativo e desfavorável (quando é frio e desagradável). QUALIDADE TOTAL é o processo de envolver todos os membros da organização para assegurar cada atividade relacionada com a produção de bens e serviços dentro do compromisso de melhorar continuamente e atender completamente às necessidades do cliente. BALANCED SCORECARD (BSC) é um conjunto balanceado e equilibrado de indicadores e mensuradores para proporcionar a gestão estratégica das organizações. MELHORIA CONTíNUA constitui a aplicação da filosofia kaizen nos processos produtivos da organização. Começou com os círculos de controle de qualidade (CCQ) para tornar-se cada vez mais abrangente. CíRCULOS DE QUALIDADE ou círculos de controle de qualidade (CCQ) são grupos de 6 a 12 empregados voluntários que se reúnem semanalmente para decidir e resolver problemas que afetam suas atividades comuns de trabalho. TERCEIRIZAÇÃO é quando uma operação interna da organização é transferida para outra organização que consiga fazê-la melhor e mais barato. Significa uma transformação de custos fixos em custos variáveis e uma simplificação da estrutura e do processo decisorial da organização. 06 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES O processo de desenvolvimento de coleções tem suas origens na Antigüidade, através da seleção de obras destinadas a formar coleções em bibliotecas. A grande retomada da área teve seu marco a partir da segunda metade do século XX, em decorrência do ápice da explosão bibliográfica, quando, pela primeira vez, é questionado o modo de se formarem coleções com base na acumulação, em detrimento da seleção orientada para a qualidade, relevância, e acesso à informação. Novas metodologias, técnicas e procedimentos foram incorporados para fomentar esse novo enfoque, caracterizando o modelo de biblioteca baseado no acesso. (WEITZEL, 2002). O processo de formação, desenvolvimento e organização de coleções deve ser encarado e equacionado como uma atividade de planejamento, onde o reconhecimento da comunidade a ser servida e suas características culturais e informacionais, oferecerá a base necessária e coerente para o estabelecimento de políticas de seleção, para as decisões relativas ao processamento técnico dos documentos e ao seu adequado armazenamento. (MACIEL; MENDONÇA, 2000). Desenvolvimento de Coleções não é uma simples atividade ou um grupo de atividades: é um processo de planejamento e de tomada de decisões. HENDRICH EDELMAN sugere que Desenvolvimento de Coleções, Seleção e Aquisição são termos que representam uma hierarquia: 1 – Desenvolvimento de Coleções - Uma função de planejamento. 2 – Seleção - Inclusão e exclusão de materiais informacionais. 3 – Aquisição - Processo que implementa as decisões tomadas na Seleção e no Desenvolvimento de Coleções. Tipos de bibliotecas e Desenvolvimento de coleções Bibliotecas públicas: Devem atender a uma comunidade variada. Por isso, a seleção deve seguir à risca a política de desenvolvimento de coleções. Uma dificuldade clara nesse tipo de biblioteca é a falta de verbas para compras. Esta biblioteca costuma receber muitas doações, que devem ser bem avaliadas para entrar no acervo. Bibliotecas escolares: Elas dão suporte ao ensino em sala de aula. Sua política de desenvolvimento deve acompanhar atentamente os currículos escolares. Bibliotecas Universitárias: Devem atender aos objetivosda universidade, o ensino, a pesquisa e a extensão. Vai exigir, por isso, uma coleção com forte tendência ao crescimento, pois atividades de pesquisa exigem uma variada gama de materiais informacionais. Bibliotecas especializadas: Existem para atender às necessidades das organizações a que estão subordinadas. As normas e os critérios de seleção para este tipo de biblioteca devem estar compatibilizados com os objetivos da instituição. Seleção A seleção é o ato de escolher os documentos que a biblioteca deseja adquirir. A seleção de documentos é uma operação intelectual delicada, que deve ser realizada por uma pessoa ou grupo de pessoas responsáveis e competentes na área do conhecimento em questão, sempre preocupados com os usuários. Seleção positiva: é a que seleciona livros que irão compor o acervo da biblioteca. Seleção negativa: é aquela que seleciona livros para serem tirados da biblioteca. É o descarte. Crescimento zero significa que a biblioteca adquiriu o mesmo número de materiais que descartou. Atenção para não confundir desbaste com descarte. Desbaste é retirar o livro do acervo, seja para descarte, seja para retirá-lo de circulação por outro motivo. O descarte é desfazer-se do livro para sempre. A seleção numa biblioteca universitária deve ser feita em parceria dos bibliotecários com corpo docente, pois estes dominam a literatura nas suas respectivas áreas e podem assim, selecionar criteriosamente o material a ser obtido, arrolando-os através dos Planos de Ensino. Os bibliotecários devem permanecer cientes das exigências do MEC para composição do acervo no que se refere à qualidade e à quantidade mínima de títulos e exemplares. No tocante à quantidade, deve ser determinado um percentual de exemplares destinados à literatura básica e outro para a literatura complementar. (MIRANDA, 2007) Material básico nacional: 01 exemplar para cada 10 alunos. Material complementar nacional: 03 exemplares. Organizando o processo de seleção ... Desiderata: Lista de materiais que a biblioteca deseja adquirir Demanda reprimida: Títulos procurados pelos usuários e não existentes na biblioteca. Lista de sugestões: Listas de títulos que foram sugeridos para aquisição, normalmente composta por indicações de usuários. A organização do processo de seleção implica definir: 1 - Os responsáveis pela tomada de decisão; 2 - Os mecanismos para identificação e registro dos itens a serem selecionados; 3 - A política de seleção. Para os responsáveis pela tomada de decisão na seleção, existem três alternativas: 1 - Comissão de seleção decide; 2 - Comissão de seleção assessora o responsável; 3 - O Bibliotecário decide sozinho. Entre os principais instrumentos de auxílio à seleção, destacam-se: Catálogos de editoras; Resenhas publicadas em periódicos especializados; Bibliografias gerais e especializadas; Guias de literatura; Cadernos especiais encartados em jornais; Listas dos mais vendidos; Sugestões de usuários; Internet. Critérios de seleção - Considerações gerais Assunto: enfoca o assunto, verifica se os materiais estão de acordo com os assuntos ou áreas de cobertura da coleção; Usuário: considera o usuário, que tipo de benefício a aquisição desse material poderá trazer à comuniade de usuários; Documento: proporciona uma definição precisa da necessidade do docmento para o conjunto do acervo. Preço: idenfica as condições da biblioteca para arcar com a aquisição de cada documento. Critérios que abordam o conteúdo dos documentos Autoridade: procura definir a qualidade do material a partir da reputação de seu autor, editora ou patrocinador. Precisão: visa evidenciar o quanto a informação veiculada pelo documento é exata, rigorosa, correta. Imparcialidade: busca identificar se há uma apresentação justa de todos os lados do assunto, sem favoritismos nem preconceitos. Atualidade: A velocidade com que as informações ficam desatualizadas irá variar de acordo com a área de conhecimento em que a biblioteca atua. Cobertura e tratamento: é a forma como o assunto é abordado. Se é superficial ou avançado, se os aspectos fundamentais foram cobertos ou se alguns foram deixados de fora. Critérios que abordam a adequação ao usuário: Conveniência: Aspectos relativos à idade do usuário, seu desenvolvimento intelectual, etc. Idioma: Definição de acessibilidade do usuário à idiomas. Relevância/Interesse: Utilidade para o usuário. Capacidade de despertar a imaginação, a criatividade, a curiosidade. Estilo: Adequação do estilo ao usuário-alvo. 07 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Critérios relativos a aspectos adicionais do documento Características físicas: busca verificar características como tipografia, capa, material, entre outros. Aspectos especiais: analisa a inclusão e a qualidade de bibliografias, apêndices, notas, índices, etc. Contribuição potencial: identifica a contribuição da obra para o acervo e qual a perspectiva de enriquecimento da coleção. Custo: busca identificar alternativas menos custosas para a biblioteca. Aquisição A aquisição é o procedimento que permite obter o documentos selecionados na etapa de seleção. A aquisição é uma tarefa administrativa e requer método e boa organização. É indispensável uma política de aquisição. A aquisiçõe não se fazem ao acaso e sim mediante decisões contínuas. O conjunto dessas decisões formalizadas constitue a política de aquisição. A aquisição inclui: Gerenciamento dos recursos financeiros; Identificação dos materiais que serão adquiridos; Acompanhamento da tramitação do processo; Identificação do processo de licitação e pregão. As três principais modalidades de aquisição são: Compra, permuta e doação. Compra é a aquisição de material por meio de pagamento. Para periódicos, o tipo de compra mais comum é a Assinatura. Compra em órgãos públicos (Lei 8.666/93) pode ser por: Convite, Tomada de preço, Concorrência, Concurso, Leilão e Pregão(Lei 10520/2002). Não confunda dispensa com inexigilidade de licitação. É dispensável a licitação nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; e nos casos de emergência ou de calamidade pública. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição. Fatura pró-forma (pro-forma invoice) - formalização do pedido, sujeito à aprovação do importador. Fatura comercial (commercial invoice) - documento que transfere a propriedade da mercadoria para o comprador. É emitida pelo exportador, após a aprovação da pró-forma. Consórcios interbibliotecas Quando um grupo de bibliotecas adquire conjuntamente o mesmo material. É um tipo de aquisição novo, e que é usado para bases de dados eletrônicas, por exemplo. A aquisição planificada e a aquisição cooperativa visam otimizar o aproveitamento de recursos. Aquisição planificada - a instituição faz um programa onde planeja formar ou ampliar sua coleção conforme princípio definidos da filosofia e da diretrizes institucionais. Aquisição cooperativa - as instituições, mediante acordos e convênios, estabelecem programas envolvendo os mesmo interesses e com especializações de assuntos, com a finalidade de assegurar acesso a informações relevantes ao maior número possível de usuários. (FIGUEIREDO, 1993). Doação É comum que as bibliotecas recebam um número grande de doações da comunidade em que estão inseridos. Essas doações, porém, devem ser criteriosamente selecionadas antes de incorporarem o acervo. Doações com restrições e pedidos dos usuários não devem ser recebidas. Permuta É a troca de materiaisentre instituições, através de um acordo entre as partes. Outro tipo de permuta comum é a troca de duplicatas entre bibliotecas. A avaliação da coleção deve ser sistemática e entendida como um processo empregado para determinar a importância e a adequação do acervo com os objetivos da Biblioteca e da instituição, possibilitando traçar parâmetros quanto à aquisição, à acessibilidade e ao descarte. Na avaliação do acervo são sugeridos os seguintes critérios: !a) Distribuição percentual do acervo por área !b) A análise das estatísticas de uso do material consistirá na determinação dos títulos que requerem mais exemplares e daquele cuja duplicação é desnecessária !c) Sugestões dos clientes Controle Bibliográfico Universal Conceito: Identificação padronizada de itens de informação nos vários suportes, visando a sua recuperação subsequente. Como o nome indica, a função do CBU é controlar a produção bibliográfica no mundo, a fim de poder recuperá-la eficientemente. Mecanismos do CBU Depósito Legal (Lei 10.994 de 14 de dezembro de 2004) - Consiste em, por meio de lei, obrigar que cada livro publicado no país tenha uma cópia depositada na Biblioteca Nacional. Seu principal objetivo é assegurar o registro e a guarda da produção intelectual nacional, além de possibilitar o controle, a elaboração e a divulgação da Bibliografia Brasileira corrente, bem como a defesa e a preservação da língua e da cultura nacionais. A Biblioteca Nacional é a depositária da herança cultural de um país. No caso brasileiro, vale salientar, a Biblioteca Pública Estadual assume esse papel para o seu respectivo estado, também sendo a depositária de sua herança cultural e, em muitos casos por meio de lei, para cada livro publicado no Estado deve ser feito seu depósito legal na biblioteca estadual. ISBN - International Standard Book Number - é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição. Criado em 1967 por editores ingleses, passou a ser amplamente empregado tanto pelos comerciantes de livros quanto pelas bibliotecas, até ser oficializado, em 1972, como norma internacional pela International Standard Organization - ISO 2108 - 1972. A Agência Nacional do ISBN, no Brasil, é a Biblioteca Nacional. O ISBN apresenta 13 dígitos, divididos em 5 grupos. Ex.: 978 - 85 - 343 - 4444 - X onde 978 (prefixo) - 85 (país ou grupo de países da mesma língua) - 343 (Editora) - 4444 (Título) - X (Dígito identificador). ISSN - Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (International Standard Serial Number) é o identificador aceito internacionalmente para individualizar o título de uma publicação seriada, tornando-o único e definitivo. Seu uso é definido pela norma técnica internacional da International Standards Organization ISO 3297. A Agência Nacional do ISSN, no Brasil, é o IBICT. 08 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! O ISSN é composto por oito dígitos, incluindo o dígito verificador, e é representado em dois grupos de quatro dígitos cada um, ligados por hífen, precedido sempre por um espaço e a sigla ISSN. Exemplo: ISSN 1018-4783 Catalogação-na-publicação (ou, na fonte, ou CIP) A Catalogação na Publicação reúne num único lugar, geralmente no verso da página de rosto, dados pertinentes à obra, como nome do autor, editora, ano de publicação, ISBN e assunto. A CIP auxilia as bibliotecas na seleção e compra de livros, facilitando sua divulgação entre usuários; permite às editoras a organização de seus próprios arquivos, catálogos comerciais e matérias promocionais dentro de padrões uniformes e, por fim, proporciona aos livreiros informações concisas sobre a matéria abordada nas obras, facilitando seu agrupamento por assunto e favorecendo sua veiculação. No Brasil, são responsáveis: CBL (Câmara Brasileira do Livro) e o SNEL (Sindicato Nacional de Editores de Livros). A Lei que institui a Política Nacional do Livro (LEI Nº 10.753, de 30 de outubro de 2003) defende o Controle Bibliográfico Universal em seu artigo 6º, que diz: Na editoração do livro, é obrigatória a adoção do Número Internacional Padronizado, bem como a ficha de catalogação para publicação. Parágrafo único. O número referido no caput deste artigo constará da quarta capa do livro impresso. DOI -Digital Object Identifier É um sistema numérico que permite a identificação única e precisa de informação veiculada na Internet, facilitando a transações entre usuários e produtores. O DOI é formado por dois componentes, um prefixo e um sufixo. O prefixo é fornecido pela agência de registro e identifica a organização produtora. O sufixo é definido pela própria produtora e irá determinar o objeto digital. No Brasil, a plataforma lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo, utiliza o DOI como uma forma de certificação digital das produções bibliográficas registradas pelos pesquisadores em seus currículos lattes. Quando um programa navegador encontra um número DOI, utiliza o prefixo para encontrar o banco de dados da editora e ali acessa as informações relativas ao livro ou ao periódico, que podem incluir dados do catálogo, resenhas e links. Exemplo: Nome do artigo: Thirteenth International Conference of Flow Injection Analysis DOI: j.talanta.2005.09.033 A partir do código acima é possível acessar o site do artigo: http://dx.doi.org/10.1016/j.talanta.2005.09.033 LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL DA BIBLIOTECONOMIA LEI Nº 4.084, DE 30 DE JUNHO DE 1962 Dispõe sobre a profissão de Bibliotecário e regula seu Art. 2º – O exercício da profissão de Bibliotecário, em qualquer de seus ramos, só será permitido: A) Aos Bacharéis em Biblioteconomia, portadores de diplomas expedidos por Escolas de Biblioteconomia de nível superior, oficiais, equiparadas, ou oficialmente reconhecidas. B) Aos Bibliotecários portadores de diplomas de instituições estrangeiras que apresentem os seus diplomas revalidados no Brasil, de acordo com a legislação vigente. Art. 8º – A fiscalização do exercício da profissão do Bibliotecário será exercida pelo Conselho Federal de Biblioteconomia e pelos Conselhos Regionais de Biblioteconomia, criados por esta Lei. Art. 9º – O Conselho Federal de Biblioteconomia e os Conselhos Regionais de Biblioteconomia são dotados de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e patrimonial. DECRETO Nº 56.725, DE 16 DE AGOSTO DE 1965 Regulamenta a Lei no 4.084, de 30 de junho de 1962, que dispõe sobre o exercício da profissão de Bibliotecário. Art. 1º – A Biblioteconomia, em qualquer de seus ramos, constitui objeto da profissão liberal de Bibliotecário, denatureza técnica de nível superior. Art. 3º – A profissão de Bibliotecário será exercida, exclusivamente, pelos: I. bacharéis em Biblioteconomia, possuidores de diplomas expedidos por Escolas de Biblioteconomia de nível superior, oficiais, equiparadas ou oficialmente reconhecidas; II. bibliotecários diplomados por escolas estrangeiras, reconhecidas pelas Leis do país de origem, cujos diplomas tenham sido revalidados no Brasil, de conformidade com a legislação em vigor. Parágrafo Único – Não poderão exercer a profissão de Bibliotecário os diplomados por escolas cujos estudos hajam sido feitos através de correspondência, cursos intensivos, cursos de férias, seminários, etc. Art. 4º – Os profissionais de que trata o artigo anterior, somente poderão exercer a profissão,após satisfazerem os seguintes requisitos: I. registro dos diplomas ou títulos na Diretoria do Ensino Superior, do Ministério da Educação e Cultura; II. registro no Conselho Regional de Biblioteconomia a cuja jurisdição estiverem sujeitos; III. pagamento da anuidade ao Conselho Regional de Biblioteconomia, na forma estabelecida neste Regulamento. LEI Nº 9.674, DE 26 DE JUNHO DE 1998 Dispõe sobre o exercício da profissão de Bibliotecário e determina outras providências. Art. 1 – O exercício da profissão de Bibliotecário, em todo o território nacional, somente é permitido quando atendidas as qualificações estabelecidas nesta Lei. Parágrafo Único – A designação “Bibliotecário”, incluída no Quadro das Profissões Liberais, Grupo 19, da Consolidação das Leis do Trabalho, é privativa dos Bacharéis em Biblioteconomia. Art. 29 – O exercício da função de Bibliotecário é privativo dos Bibliotecários inscritos nos quadros do Conselho Regional da respectiva jurisdição, nos termos desta Lei. § 1º – É obrigatória a citação do número de registros no Conselho Regional, em todos os documentos de responsabilidade profissional. Art. 30 – Ao profissional devidamente registrado no Conselho Regional serão fornecidas a carteira de identidade profissional e a cédula de identidade de Bibliotecário, que terão fé pública, nos termos da Lei. Capítulo X Das Infrações, Penalidades e Recursos 09 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Art. 38 – A falta de competente registro, bem como do pagamento da anuidade, caracterizará o exercício ilegal da profissão de Bibliotecário. Art. 39 – Constituem infrações disciplinares: I. exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer modo, o seu exercício a não registrados; II. praticar, no exercício profissional, ato que a Lei defina como crime ou contravenção penal; III. não cumprir, no prazo estipulado, determinação emanada do Conselho Regional em matéria de competência deste, após reglarmente notificado; IV. deixar de pagar ao Conselho Regional, nos prazos previstos, as contribuições a que está obrigado; V. faltar a qualquer dever profissional previsto nesta Lei; VI. transgredir preceitos do Código de Ética Profissional. Parágrafo Único – As infrações serão apuradas levando-se em conta a natureza do ato e as circunstâncias de cada caso. Art. 40 – As penas disciplinares, consideradas a gravidade da infração cometida e a reincidência das mesmas, consistem em: I. multa de uma a cinqüenta vezes o valor atualizado da anuidade; II. advertência reservada; III. censura pública; IV. suspensão do exercício profissional de até três anos; V. cassação do exercício profissional com a apreensão da carteira profissional. § 1º – A pena de multa poderá ser combinada com qualquer das penalidades enumeradas neste artigo, podendo ser aplicada em dobro em caso de reincidência da mesma infração. § 2º – A falta de pagamento da multa prevista neste Capítulo no prazo estipulado determinará a suspensão do exercício profissional, sem prejuízo da cobrança por via executiva. § 3º – A suspensão por falta de pagamento de anuidades, taxas e multas somente cessará com o recolhimento da dívida, podendo estender-se a até três anos, decorridos os quais o profissional terá, automaticamente, cancelado o seu registro, se não resgatar o débito, sem prejuízo da cobrança executivo § 4º – A pena de cassação do exercício profissional acarretará ao infrator, a perda do direito de exercer a profissão, em todo o território nacional, com apreensão da carteira de identidade profissional. § 5º – Ao infrator suspenso por débitos será admitida a reabilitação profissional mediante novo registro, satisfeitos, além das anuidades em débito, as multas e demais emolumentos e taxas cabíveis. Art. 42 – Nenhuma penalidade será aplicada sem que tenha sido assegurado ao infrator amplo direito de defesa. Art. 46 – As pessoas não habilitadas que exercerem a profissão regulamentada nesta Lei estão sujeitas às penalidades previstas na Lei de Contravenções Penais e ao pagamento de multa, a ser definida pelo Conselho Federal. Curiosidade: A RESOLUÇÃO CFB N.º 42 DE 11 DE JANEIRO DE 2002 Dispõe sobre Código do Ética do Conselho Federal de Biblioteconomia. Art.1º - O Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar normas de conduta para as pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades profissionais em Biblioteconomia. Art.2º - Os deveres do profissional de Biblioteconomia compreendem, LEI Nº 9.674 também é conhecida como Lei do Veto, devido ao grande número de artigos vetado. além do exercício de suas atividades: a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a elevação moral, ética e profissional da classe; b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à iniciativa privada e à sociedade em geral; c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão; d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais; e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o incessante desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais que regem o país. Art. 12 - Não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no desempenho de suas funções: a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e o renome da profissão; b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas sem habilitação profissional para cargos privativos de Bibliotecário, ou indicar nomes de pessoas sem registro nos CRB; c) expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou atestados de capacitação profissional a pessoas que não preencham os requisitos indispensáveis ao exercício da profissão; d) assinar documentos que comprometam a dignidade da Classe; e) violar o sigilo profissional; f) utilizar a influência política em benefício próprio; g) deixar de comunicar aos órgãos competentes as infrações legais e éticas que forem de seu conhecimento; h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito ou implícito em documentos, obras doutrinárias, leis, acórdãos e outros instrumentos de apoio técnico do exercício da profissão, com intuito de iludir a boa fé de outrem; i) fazer comentários desabonadores sobre a profissão de Bibliotecário e de entidades afins à profissão; j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qualquer instituição pública ou privada onde não exerça, pessoal ou efetivamente, função inerente à profissão; l) assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos, alheios a sua orientação, supervisão e fiscalização; m) exercer a profissão quando impedido por decisão administrativa transitada em julgado; n) recusar a prestar contas de bens e numerário que lhes sejam confiados em razão de cargo, emprego ou função; o) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselho Federal e Regionais, bem como deixar de atender a suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado; p) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou cometer atos discriminatórios e abuso de poder; r) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão por sexo, idade, cor, credo, e estado civil. Art.13 - A transgressão de preceito deste Código, constitui infração ética, sujeita às seguintes penalidades: a) advertência reservada; b) censura pública; c) suspensão do registro profissional pelo prazo de até trêsanos; d) cassação do exercício profissional com apreensão de carteira profissional; e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da anuidade. § 1º - A pena de multa, de um a cinqüenta vezes o valor atualizado da anuidade, poderá ser combinada com qualquer das penalidades enumeradas nas alíneas “a a d” deste artigo, podendo ser aplicada em dobro no caso de reincidência. § 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado, determinará a suspensão do exercício profissional, sem prejuízo da cobrança por via executiva. 10 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! § 3º - A suspensão por falta de pagamento de anuidade, taxas e multas somente cessará com o recolhimento da dívida, podendo estender-se por até três anos, decorridos os quais o profissional terá, automaticamente, cancelado o seu registro, se não resgatar o débito, sem prejuízo da cobrança executiva. § 4º - A pena de cassação do registro profissional acarretará ao infrator a perda do direito de exercer a profissão em todo Território Nacional, e consequente apreensão da carteira de identidade profissional. § 5º - Ao infrator suspenso por débito será admitida a reabilitação profissional, mediante novo registro, satisfeitos, além das anuidades em débito, as multas e demais emolumentos e taxas cabíveis. § 6º - As penalidades serão anotadas na carteira profissional e no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais Conselhos Regionais e ao empregador. A CDD apresenta dois grandes tipos de síntese: A) de dois ou mais números das tabelas auxiliares justapostos a um número das tabelas principais, ou b) de dois ou mais números das próprias tabelas principais. Não se deve esquecer de que na síntese, quando o número base consistir de menos de três dígitos, deve-se inserir o ponto decimal após o terceiro dígito no número resultante da operação. Filosofia da educação 370+01 = 370.1 T1-01 370 Enciclopédias brasileiras 030+69 = 036.9 030 T6-69 Geografia da Turquia 910+561 = 915.61 910 T2-561 Compêndio de geoquímica 551.9 + 0202 = 551.90202 T1 - 0202 551.9 Dicionário do folclore brasileiro 398+09+81+03 = 398.098103 Ordem de citação da CDD Assunto específico Aspecto geográfico Aspecto temporal Forma Tabelas auxiliares da CDD 1 . T1 Subdivisões padrão – Forma 2. T2 Subdivisões de área – Localização geográfica 3. Subdivisões de literaturas individuais – Diversos detalhes da literatura Tabela 3-A Autores individuais Tabela 3-B Dois ou mais autores Tabela 3-C Detalhes da tabela 3-B e do 808/809 4. T4 Subdivisões de línguas individuais 5. T5 Subdivisões raciais, étnicas, nacionais 6.T6 Subdivisões de línguas 7.T7 Subdivisões de pessoas PRINCIPAIS ABREVIATURAS, SINAIS E EXPRESSÕES DA CDD s.s. Standard subdivision - Subdivisão padrão - tabela 1 area Area - Local - tabela 2 lit.sub Literatures subdivisions - Subdivisões para literatura - tabela 3 lang.sub. Language subdivision - Subdivisão para línguas - tabela 4 r.e.n. Racial, ethnic, national groups - Grupos raciais, étnicos e nacio nais - tabela 5 lang. Languages - Línguas - tabela 6 pers. Persons - Pessoas - tabela 7 s.a See also - Ver também spec.subj.Specific subject - Assunto específico [ ] Colchetes - Classificação usada em edições anteriores ( ) Parênteses - Preferência para classificar em outra classe * Asterisco - Remete para notas de rodapé, que devem ser lidas e seguidas com atenção + Espada - Remete para notas de rodapé Standard Formas padrão Compre-hensive Works Obras gerais, sobre um assunto. CLASSIFICAÇÃO Classificação Decimal de Dewey Melvil Dewey (1851-1931), bibliotecário norte-americano, em 1876, cria um sistema de classificação bibliográfica - a Dewey Decimal Classification - que nos dias atuais é o sistema de classificação mais utilizado em todo o mundo. Graduou-se em 1874 no Amherst College, em Massachusetts (EUA). Dewey foi influenciado pelas classificações filosóficas de Aristóteles, Bacon, Locke, e outros filósofos. Também confessou mais tarde, ter sofrido influências das classificações de Natale Battezzati (1871) e Jacob Schwartz (1879). Sistema Bacon Memória - originando a História Imaginação - originando a Poesia Razão - originando a Filosofia Sistema Dewey Razão - originando a Filosofia, Religião, Sociologia, Língua, Ciências, Artes Aplicadas, Belas Artes. Imaginação - originando a Literatura Memória - originando a História A CDD é um sistema de classificação, isto é, um mapa completo das áreas do conhecimento, mostrando todos os seus conceitos e suas relações. Características É um sistema hierárquico, em que as idéias, os conceitos são representados em suas múltiplas relações de coordenação, de subordinação e de superordenação. É um sistema de classificação decimal, isto é, adota como princípio fundamental a divisibilidade do todo, que é o conhecimento, em dez classes. É um sistema de classificação primordialmente Bibliográfica , destinado a servir de base à organização de documentos e de seus sucedâneos. É um sistema de classificação estruturado. É um sistema de classificação enumerativo. É justamente o oposto das classificações analítico-sintéticas, que proporcionam não listas fechadas (pré-coordenadas de assuntos), mas listas de propostas/possibilidades/facetas, ficando a cargo do classificador a tarefa de combinar esses assuntos e seus símbolos segundo a necessidade e as exigências do contexto específico. 11 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! 6. Subdivisões de línguas 7. Subdivisões de pessoas Classificação Decimal Universal (CDU) CDU, Classificação Decimal Universal, é um sistema de conceitos hierarquicamente estruturados em grandes classes, destinado à classificação do conhecimento e dos suportes físicos de seu registro, a que denominamos genericamente documentos. Quatro grandes partes constituem a essência do Sistema: um conjunto de dez Classes Principais de categorias do conhecimento, a que se acrescentam dois grupos distintos de Subdivisões Auxiliares: Comuns e Especiais, mais um Índice Alfabético relativo aos conceitos compreendidos pelas Tabelas Principais e Auxiliares. Tem origem na CDD, Classificação de Dewey. Foi desenvolvida por dois humanistas, Paul Otlet e Henry de La Fontaine. Sua primeira edição é de 1905-1907. Seu primeiro nome foi Manuel Du Répertoire Bibliographique Universel Características Decimalidade: o conhecimento está dividido em dez classes. Universalidade: busca, por um lado, abranger o universo dos conhecimentos e, por outro, utiliza um sistema de símbolos e números conhecidos universalmente. Caráter hierárquico: reflete a concepção do mundo como uma unidade rigorosamente estruturada em partes necessariamente subordinadas ao todo de que dependem e de cuja natureza participam. Caráter analítico-sintético: a Classificação Decimal Universal sabiamente concilia e equilibra as exigências e os rigores dos esquemas hierárquicos com a multifacetação dos sistemas em que os diversos aspectos de um mesmo assunto são tratados com o mesmo cuidado, ou com o cuidado relativo a sua importância no contexto em que ocorre, em razão dos pontos de vista e interesses divergentes dos usuários da informação nele contida. Síntese: é o mecanismo da CDU para a composição notações compostas e complexas. Dá-se de três formas.A) dois ou mais números principais, de qualquer uma das dez classes, se combinam para representar um conceito novo. b) a um ou mais números da Tabela Principal são justapostos outros pertencentes às tabelas Auxiliares para indicar detalhes que elas representam. c) dois ou mais números das Tabelas Auxiliares se combinam entre si para representarem de forma sintética conceitos secundários diferentes e/ou múltiplos. Ordem de citação: Também chamada de ordem horizontal, ordena os elementos que irão formar a notação, ou, número de classificação da CDU. É importante lembrar que essa ordem é apenas sugerida, é opcional. E é o inverso da ordem vertical. Para gravar, a dica é: NA PO TEM RA LU FO LIN, onde: Ordem de Arquivamento, ou ordem vertical, ordena a localização dos livros nas estantes, por isso, chama-se ordem de arquivamento. Ao contrário da ordem de citação, ela é obrigatória. Número CDU 1/9 .01/.09 -0/-9 . "..." (=...) (1/9) (0...) = Número da Tabela Principal Auxiliares Especiais com Ponto Zero Auxiliares Especiais com Hífen Tempo Raça Lugar Forma Língua + ADIÇÃO / BARRA INCLINADA 5 NÚMERO PURO : DOIS PONTOS :: DOIS PONTOS DUPLOS [ ] COLCHETES = IGUAL (0...) PARÊNTESES ZERO (1/9) PARÊNTESES UM BARRA NOVE (=...) PARÊNTESES IGUAL "..." ASPAS * ASTERISCO A/Z A BARRA Z (OU EXTENSÃO ALFABÉTICA) .00 PONTO ZERO ZERO -03 HÍFEN ZERO TRÊS -05 HÍFEN ZERO CINCO -1/-9 HÍFEN UM A HÍFEN NOVE .0 PONTO ZERO ' APÓSTROFO ...1/...9 RETICÊNCIAS UM BARRA Ordem de Arquivamento Ordem de Citação Tabelas Auxiliares Tabela Ia: ADIÇÃO E EXTENSÃO Sinais: + (mais) e / (barra) respectivamente. Serve para adicionar números da tabela. A / (barra) adiciona número consecutivos, enquanto o + adiciona números não consecutivos. Tabela Ib: RELAÇÕES Sinais: : (dois pontos). Subdividem com maiores detalhes um número de Tabela Principal. [ ] (colchetes), utilizado pela CDU com a função de delimitar subconjuntos ou subgrupamentos, com a mesma função com que é utilizado na Álgebra, por exemplo. :: (dois pontos duplos), empregados sempre que se pretende indicar a desnecessidade de inversão dos elementos do composto. Tabela Id: AUXILIARES COMUNS DE FORMA Sinal: (0...) (parênteses zero). Servem para representar 12 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Tabelas Auxiliares Tabela Ia: ADIÇÃO E EXTENSÃO Sinais: + (mais) e / (barra) respectivamente. Serve para adicionar números da tabela. A / (barra) adiciona número consecutivos, enquanto o + adiciona números não consecutivos. Tabela Ib: RELAÇÕES Sinais: : (dois pontos). Subdividem com maiores detalhes um número de Tabela Principal. [ ] (colchetes), utilizado pela CDU com a função de delimitar subconjuntos ou subgrupamentos, com a mesma função com que é utilizado na Álgebra, por exemplo. :: (dois pontos duplos), empregados sempre que se pretende indicar a desnecessidade de inversão dos elementos do composto. Tabela Id: AUXILIARES COMUNS DE FORMA Sinal: (0...) (parênteses zero). Servem para representar características secundárias, formas, modos especiais de apresentação dos documentos ou de tratamento do assunto. Tabela Ie: AUXILIARES COMUNS DE LUGAR Sinal: (1/9) (parênteses um a nove). Representa o lugar tratado no documento. Ta b e l a I f : A U X I L I A R E S C O M U N S D E R A Ç A E NACIONALIDADE SÍMBOLO: (=...) (parênteses igual). Representa a raça ou nacionalidade tratadas no documento. Tabela Ig: AUXILIARES COMUNS DE TEMPO SÍMBOLO: "..." (Aspas). Representa o tempo tratado no documento. Tabela Ih: NOTAÇÕES QUE NÃO PERTENCEM À CDU Subdivisão com asterisco. Sinal: * (asterisco). Informa que a notação ou notações que se lhe seguem não pertencem ao Sistema CDU. Subdivisão alfabética. Sinal: A/Z (A barra Z). Detalhar com palavras (e não números, CDU ou outros) o assunto. TABELA Ii: AUXILIARES COMUNS DE PONTO DE VISTA Sinal: .00 (ponto zero zero). Indica aspectos sob os quais um assunto pode ser visto. Quando, entretanto, os pontos de vista listados na tabela forem insatisfatórios para representar a maneira de visualizar um problema, pode-se lançar mão de qualquer uma das dez classes principais, utilizando-se seus conceitos sob a forma de pontos de vista. Basta acrescentar ao símbolo .000. (ponto zero zero zero ponto) o número da Tabela Principal que se deseja representar sob a forma de ponto de vista. Subdivisões auxiliares especiais Divididas em quatro categorias, têm a função de detalhar aspectos de um assunto não cobertos por suas divisões principais ou pelas Subdivisões Auxiliares Comuns. Auxiliares especiais -1/-9: denotam detalhes tais como elementos, técnicas, componentes, propriedades, estado e gênero dos assuntos representados pelos números principais, etc. Auxiliares especiais .01/.09: também denotam detalhes, apresentam maior riqueza de subdivisões. Teoria, estudos, processos, atividades, características, ... Auxiliares especiais '1/'9: Mais do que uma Subdivisão Auxiliar propriamente dita, como as duas anteriores, esta é, antes, um processo de síntese de duas ou mais subdivisões diretas de um número principal, em que o . (ponto), da segunda subdivisão em diante, é substituído pelo apóstrofo, eliminando-se o radical comum. Auxiliares especiais de dígitos finais: Também têm a função de aglutinação. Exemplos CDU 347(81)(094.4) Código de Direito Civil brasileiro 624.012 Estruturas de alvenaria 624.012.45 Estruturas de betão armado 633.13-155(410)“18" Máquinas para colheita de aveia na Grã Betanha no Século 19 681.3.04.071.8:025.3:05:07 Essenciais elementos de dados para o intercâmbio de registros bibliográfico seriais. 94(469.511):677"1781" - Real Fábrica de Laticínios de Portalegre Indexação Indexar é construir representações do conteúdo do documento numa forma que se preste a sua inclusão em algum tipo de base de dados. Etapas da indexação: Em geral, as etapas são: Ÿ O conhecimento prévio do documento; Ÿ A determinação de seu tema principal; Ÿ A identificação do elementos do conteúdo que devem ser descritos e a extração dos termos correspondentes; Ÿ A verificação da pertinência dos termos escolhidos; Ÿ A tradução do termos da linguagem natural para termos correspondentes da linguagem documentária, se for o caso; Ÿ A verificação da pertinência da descrição; Ÿ A formalização da descrição quando o sistema prevê regra especiais de apresentação ou de escrita. Para Lancaster: 1. Análise conceitual é identificar os assuntos, os conceitos tratados no documento. 2. Tradução é a conversão da análise conceitual num determinado conjunto de termos de indexação. Para Robredo: I análise conceitual do conteúdo significativo do documento, ou seja, identificação do assunto; II expressão desta análise através de um conjunto de palavras, frases ou códigos que representem o assunto; III tradução das descrições de assuntos relevantes para a linguagem de indexação; IV organização das descrições padronizadas dos assuntos de acordo com a sintaxe da linguagem de indexação. Vocabulários controlados: são essencialmente uma lista de termos autorizados. Sua importância se deve a: !Controlar sinônimos, optando por uma única forma padronizada, com remissivas para as outras. !Diferenciar homógrafos !Reunir ou ligar termos cujos significados apresentem uma relação mais estreita entresi. Identifica-se três tipos de vocabulários controlados: Classificações bibliográficas (como CDU, CDD, CDDir, BLISS), listas de cabeçalhos de assuntos (como o LCSH), e tesauros. 13 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! O que o indexador deve ler para fazer a indexação? Título Resumo (se houver) Sumário Introdução, frases e parágrafos de abertura de capítulos, e as conclusões; Ilustrações, gráficos, tabelas e legendas; Palavras ou grupos de palavras que apareçam sublinhados ou impressos com destaque. Derivação X Atribuição Indexação por derivação, ou derivada, ou derivativa, ou ainda, por extração, palavras ou expressões que realmente ocorrem no documento são selecionadas para representar o seu conteúdo temático. Uma forma primitiva de indexação derivada é o Unitermo, que emprega apenas termos formados por uma única palavra tirada do documento. Indexação por atribuição, ou atributiva, envolve a atribuição de termos ao documento a partir de uma fonte que não é o próprio documento. Exaustividade X Especificidade Exaustividade: quantidade de termos que descrevem um documento. Especifidade: quantidade de termos específicos que descrevem um documento. Precisão X Revocação Precisão: quantidade de documentos úteis encontrados. Ou, como coloca Lancaster, capacidade de evitar documentos inúteis. Revocação (Recall): quantidade de documentos recuperados. Pré-coordenação X Pós-Coordenação Pré-coordenação: os termos já estão combinados no momento da indexação, como nos Vocabulários controlados, nas Listas de cabeçalhos de assunto, e nas classificações bibliográficas. Pós-coordenados: os termos são combinados no momento da busca. Entre as formas de melhorar a indexação, destacam-se: Indexação ponderada: consiste em atribuir pesos aos termos, de forma que o termo mais importante tenha mais peso na indexação. Termo Peso A 10 B 5 C 1 Elos entre termos: é um meio de evitar falsas associações. O documento é segmentado em subdocumentos, cada um deles referindo-se a um assunto separado ainda que os asuntos de cada um estejam intimamente relacionados entre si. Oriente Médio, Nações Árabe, Líderes político, Israel, Egito Opinião pública, Pesquisas por telefone, Estados Unidos, Atitudes, Oriente Médio Estados Unidos, Ajuda externa, Egito, Israel Conferências de Paz, Oriente Médio Indicadores de função: tem como função evitar a relação incorreta entre os termos. São códigos que tornam explícitas as relações entre os termos. Os elos e funções foram introduzidos na década de 1960. KWIC(Keyword in context)|KWOC(KW out of context) São índices pré-coordenados. A diferença é que nos índices KWOC as palavras-chave são repetidas fora do contexto, usadas como se fosses cabeçalhos de assunto. Há ainda o índica KWAC ( Keyword and Context), cuja distinção do índice KWOC, segundo Lancaster (2004), não é muito útil. Coerência na indexação Coerência interindexadores: quando vários indexadores concordam com a indexação. Coerência intra-indexador: quando o indexador concorda com suas indexações anteriores. Características dos índices pré-coordenados: 1. É difícil representar a multidimensionalidade das relações entre os termos. 2. Os termos somente podem ser listados numa determinada sequência, o que implica que o primeiro é mais importante que os demais. 3. Não é fácil, senão impossível, combinar termo no momento em que se faz a busca. SLIC (Selective Listing in Combination) é um programa que organiza a sequência de termos em ordem alfabética. PRECIS (Preserved Context Indexing System) é um sistema de indexação de assuntos que emprega a pré-coordenação para o registro temático da informação. Proporciona um contexto para o termo. Fatores que influenciam a qualidade da indexação Ligados ao Indexador Conhecimento do assunto Experiência Concentração Capacidade de leitura e compreensão Ligados ao documento Conteúdo temático Complexidade Língua e linguagem Extensão Apresentação e sumarização Fatores ambientais Calor/Refrigeração Iluminação Ruído Ligados ao vocabulário Especifidade/Sintaxe Ambiguidade/Imprecisão Qualidade do vocabulário de entradas Qualidade da estrutura Disponibilidade de instrumentos auxiliares afins Ligados ao “processo” Tipo de indexação Regras e instruções Produtividade exigida Exaustividade da indexação Extraído, com adaptações, de: LANCASTER. Indexação e resumos. 2ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2004. p. 89. TESAURO É um conjunto controlado de termos entre os quais se estabelecem relações hierárquicas e analógicas. Se é necessário, também são feitas relações de sinonímia com palavras da linguagem natural, e se aplicam a um campo particular do conhecimento. O tesauro tem a vantagem da especifidade, é flexível e eficaz para descrever completamente a informação, mas na maioria dos casos requer um trabalho considerável. Relação Genérico-Específica Relação de Equivalência TG TermoGenérico up usado por TE TermoEspecífico USE para remeter ao termo preferencial Relação Partitiva TGP TermoGenéricoPartitivo TEP TermoEspecíficoPartitivo Relação Associativa TA TermoAssociado 14 CURSO BIBLIOTECONOMIA PARA CONCURSOS | Rio, 3 e 4 de Setembro de 2011 Organização de Gustavo Henn | extralibris.org/concursos | Força nos estudos!! Resumos - NBR 6028 Definições 2.1 palavra-chave: Palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida, preferentemente, em vocabulário Controlado. 2.2 resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. 2.3 resumo crítico: Resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão. 2.5 resumo indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original. 2.6 resumo informativo: Informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original. 3.1 O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original. 3.2 O resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do resumo inserido no próprio documento. 3.3 O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. 3.3.2 Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 3.3.3 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. Devem-se evitar no resumo: a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; b) fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecerem. Quanto a sua extensão os resumos devem ter: a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-cientifícos; b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; c) de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves. Os resumos críticos, por suas características
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