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Alunos: Adeilson Ribeiro dos Santos e Andreia dos Santos Costa Turma: M1 Professor: Dantas IPv6 – Internet Protocol Version 6 A internet é uma rede que interconecta milhões de computadores no mundo inteiro. Para que esta comunicação ocorra, cada dispositivo conectado necessita de um endereço único, que o diferencie dos demais. Esta é a função do IP (Internet Protocol). O problema é que, a cada dia, mais e mais computadores são ligados à internet e, por conta disso, o número de endereços IP disponível está acabando. Originalmente oficializado em 6 de junho de 2012, o IPv6 é fruto do esforço do IETF para criar a “nova geração do IP”, cujas linhas mestras foram descritas por Scott Bradner e Allison Marken, em 1994, na RFC 1752. Sua principal especificação encontra-se na RFC 2460. O principal motivo para a implantação do IPv6 na Internet é a necessidade de mais endereços, porque a disponibilidade de endereços livres IPv4 terminou. Para entender as razões desse esgotamento, é importante considerar que a Internet não foi projetada para uso comercial. No início da década de 1980, ela poderia ser considerada uma rede predominantemente acadêmica, com poucas centenas de computadores interligados. Apesar disso, pode-se dizer que o espaço de endereçamento do IP versão 4, de 32 bits, não é pequeno: 4 294 967 296 de endereços. Ainda assim, já no início de sua utilização comercial, em 1993, acreditava-se que o espaço de endereçamento da Internet poderia se esgotar num prazo de 2 ou 3 anos. Isso não ocorreu por conta da quantidade de endereços, mas sim por conta da política de alocação inicial, que não foi favorável a uma utilização racional desses recursos. Dividiu-se esse espaço em três classes principais (Classe A, B e C – embora existam a rigor atualmente cinco classes). Com o IPv6 todas as redes locais devem ter prefixos /64. Isso é necessário para o funcionamento da autoconfiguração e outras funcionalidades. Usuários de qualquer tipo receberão, de seus provedores, redes /48, ou seja, terão a seu dispor uma quantidade suficiente de IPs para configurar aproximadamente 65 mil redes, cada uma com 2^64 endereços. É preciso notar, no entanto, que alguns provedores cogitam entregar aos usuários domésticos redes com tamanho /56, permitindo sua divisão em apenas 256 redes /64. Um dos mecanismos corrigidos no IPv6, deixado pelo seu antecessor, foi o IPSec (IP Security). Ele agora fornece funcionalidades de criptografia de pacotes que garantem integridade, confidencialidade e autenticidade. O grande avanço na segurança é significativo, pois com o alto número de endereços se torna inviável o uso de técnicas de varredura de IP em redes para encontrar possíveis hosts com vulnerabilidades. O endereçamento no IPv6 é de 128 bits, e inclui prefixo de rede e sufixo de host. No entanto, não existem classes de endereços, como acontece no IPv4. Assim, a fronteira do prefixo e do sufixo pode ser em qualquer posição do endereço. Um endereço padrão IPv6 deve ser formado por um campo provider ID, subscribe ID, subnet ID e node ID. O node ID (ou identificador de interface) deve ter 64 bits, e pode ser formado a partir do endereço físico (MAC) no formato EUI 64. Os endereços IPv6 são normalmente escritos como oito grupos de 4 dígitos hexadecimais. Por exemplo, Se um grupo de vários dígitos seguidos for 0000, pode ser omitido. Por exemplo, é o mesmo endereço IPv6 que: De modo geral, um endereço IPv6 faz parte de uma das seguintes categorias: unicast, multicast e anycast. Tal caraterística serve, basicamente, para permitir uma distribuição otimizada de endereços e possibilitar que estes sejam acessados mais rapidamente, de acordo com as circunstâncias. Vejamos brevemente cada um dos tipos: - Unicast: tipo que define uma única interface, de forma que os pacotes enviados a esse endereço sejam entregues somente a ele. É apropriado para redes ponto-a-ponto; - Multicast: neste tipo, pacotes de dados podem ser entregues a todos os endereços que pertencem a um determinado grupo; - Anycast: semelhante ao multicast, com a diferença de que o pacote de dados é entregue à interface do grupo que estiver mais próxima. Esse tipo é apropriado para servidores de DNS, por exemplo. Vale frisar que, assim como acontece com o IPv4, o IPv6 também pode ter seus endereços divididos em "cotas" ou "categorias", de forma que hierarquias possam ser criadas para determinar a distribuição otimizada de endereços. O elevadíssimo número de endereços IPv6 permite que apenas este protocolo seja utilizado na internet. Acontece que essa mudança não pode acontecer de uma hora para outra. Isso porque roteadores, servidores, sistemas operacionais, entre outros precisam estar plenamente compatíveis com o IPv6, mas a internet ainda está baseada no IPv4. Isso significa que ambos os padrões vão coexistir por algum tempo. Seria estupidez criar dois "mundos" distintos, um para o IPv4, outro para o IPv6. Portanto, é necessário não só que ambos coexistam, mas também se que comuniquem. Há alguns recursos criados especialmente para isso que podem ser implementados em equipamentos de rede: - Dual-Stack (pilha dupla): faz com que um único dispositivo - um roteador, por exemplo - tenha suporte aos dois protocolos; - Tunneling (tunelamento): cria condições para o tráfego de pacotes IPv6 em redes baseadas em IPv4 e vice-versa. Há várias técnicas disponíveis para isso, como Tunnel Broker e 6to4, por exemplo; - Translation (tradução): faz com que dispositivos que suportam apenas IPv6 se comuniquem com o IPv4 e vice-versa. Também há várias técnicas para tradução, como Application Layer Gateway (ALG) e Transport Relay Translator (TRT). Felizmente, praticamente todos os sistemas operacionais da atualidade são compatíveis com ambos os padrões. No caso do Windows, por exemplo, é possível contar com suporte pleno ao IPv6 desde a versão XP (com Service Pack 1); versões posteriores, como Windows 7 2001:0db8:85a3:08d3:1319:8a2e:0370:7344 2001:0db8:85a3:0000:0000:0000:0000:734 4 2001:0db8:85a3::7344 e Windows 8, contam com suporte habilitado por padrão. Também há compatibilidade plena com o Mac OS X, Android e versões atuais de distribuições Linux, entre outros. Mas por que IPv6 e não IPv5? O IPv5, na verdade, existe, mas é uma tecnologia praticamente em desuso. Trata-se de uma versão experimental de um protocolo chamado Internet Stream Protocol, criado para testar transmissões de áudio e vídeo, e para simular situações referentes à internet. É bom que se saiba: já é plenamente possível obter endereços IPv6, o que deixa claro que esta é uma tecnologia estável e usável. No Brasil, por exemplo, as solicitações podem ser feitas no endereço registro.br. Referências http://www.infowester.com/ipv6.php https://pt.wikipedia.org/wiki/IPv6 https://www.youtube.com/watch?v=I_d0hoNAh_c http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/06/o-que-e-ipv6.html
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