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IBGE - Histórico e Evolução

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IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
HISTÓRICO
A pesquisa geográfica e estatística se iniciou no Brasil ainda no início da colonização do território, por meio da exploração da costa e de alguns rios, logo após a chegada das primeiras caravelas, produzindo cartas, mapas, diários de bordo e desenhos de observação. Mais tarde, durante a ocupação holandesa, mais estudos foram realizados para compreender melhor as condições físicas e ambientais da região, além das populações indígenas, e auxiliar na administração territorial.
Após a saída dos holandeses, foi inegável a contribuição dos bandeirantes e dos jesuítas para a compreensão da geografia brasileira, à medida em que desbravavam e registravam o interior da colônia.
Quando as disputas por recursos como ouro e prata entre Espanha e Portugal se agravaram, no século XVIII, o conhecimento do território se mostrou indispensável para traçar e determinar os limites e fronteiras entre as terras brasileiras e hispânicas, como demonstra o Tratado de Madrid.
Na passagem para o Brasil Império, já se reconhecia entre a classe política a urgente necessidade de se realizar um levantamento global das informações da população brasileira. A responsabilidade por sua realização, no entanto, era repassada indefinidamente entre as instituições e nada de concreto era produzido, resultando em algumas tentativas incompletas.
Em 1871, durante o segundo reinado, foi criada a Diretoria Geral de Estatística, órgão do governo que se dedicava exclusivamente às estatísticas brasileiras. O primeiro recenseamento demográfico oficial do Brasil ocorreu em 1872, registrando 10.112.061 habitantes e sendo o único a registrar a população escrava. 
A partir do início do século XX, os estudos se desenvolveram e filmes, viagens, fotografias, cartas, inquéritos, pesquisas de campo, laboratórios e expedições passaram a servir como materiais para a realização das pesquisas. 
Assim, o órgão responsável pelas estatísticas no Brasil evoluiu e passou por mudanças até que, em 1934, surgiu o Instituto Nacional de Estatística - INE, e o Conselho Brasileiro de Geografia - CBG, em 1937. Juntos, os dois órgãos passaram então a se chamar Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
ESTRUTURA
O Instituto é o principal provedor de informações e estatísticas do país. Com a função de cobrir todo o território nacional, o IBGE possui 27 Unidades Estaduais, 27 Setores de Documentação e Disseminação de Informações e 581 Agências de Coleta de dados nos principais municípios. É dividido em 4 diretorias: Executiva, de Pesquisas, de Geociências e de Informática. 
As funções do IBGE são: produzir e analisar as informações estatísticas e geográficas; coordenar e consolidá-las; e, ao final, documentar e disseminar estas informações.
CENSO
Segundo a definição da ONU, "um recenseamento de população pode ser definido como o conjunto das operações que consistem em recolher, agrupar e publicar dados demográficos, econômicos e sociais relativos a um momento determinado ou em certos períodos, a todos os habitantes de um país ou território"
O IBGE se responsabiliza pela contagem da população brasileira desde 1940. O censo demográfico no Brasil é realizado a cada 10 anos. O último censo foi feito em 2010.
1980
Pela primeira vez, os recenseadores receberam treinamento com técnicas pedagógicas. Eles se apresentavam identificados por crachá e com uma pasta com a logomarca do IBGE.
O questionário abordava, em relação ao anterior, mais quesitos sobre fecundidade, mortalidade, educação, migração e o trabalho infantil. Um tema inédito deste censo foi a respeito da contribuição à previdência.
Todos os dados coletados na apuração eram gravados em fita magnética nos computadores do Centro de Informática do IBGE, substituindo os cartões de resposta perfurados, usados desde o Censo de 1920.
1991
O quesito cor, que já havia feito parte do questionário em edições anteriores e depois deixou de ser perguntado, voltou a aparecer no Censo.
Outra novidade foi a investigação do local de trabalho e mais dados sobre fecundidade e migração.
2000
Surgiram no questionário mais perguntas sobre mortalidade, migração e questões específicas sobre deficiência física, que não existiam em levantamentos anteriores.
O Censo pesquisou também quantos alunos havia na rede pública e nas escolas particulares. Pela primeira vez se introduziu a apuração por leitura ótica dos questionários em cinco centros de apuração no país.
2010
Último censo, foi realizado entre 1º de agosto e 31 de outubro. Os profissionais visitaram as residências uniformizados com colete, boné e crachá. Uma das maiores novidades do Censo 2010 foi a utilização de smartphones programados pelo próprio IBGE para facilitar a contagem da população. A Unesco premiou o IBGE por realizar o primeiro levantamento totalmente digital do mundo. Pela primeira vez, foram abordados temas como etnias e línguas faladas em comunidades indígenas, arranjo familiar de cônjuges do mesmo sexo e existência de telefone celular, motocicleta e acesso à internet nos domicílios.
IMPORTÂNCIA DOS DADOS PARA O ARQUITETO E URBANISTA
O arquiteto e urbanista não pode entender a cidade como um espaço em branco, onde tudo pode ser projetado. A cidade é uma estrutura complexa, com passado, história e características próprias. Em uma mesma cidade, podem-se encontrar diferentes culturas, paisagens, tipografias, tipologias e pessoas. Portanto, é necessário que o arquiteto compreenda o espaço e tudo aquilo que o constitui para que nele possa intervir. É aí que entram as informações e os dados coletados pelo IBGE: população, pirâmide etária, renda per capita, ínice de escolaridade, natalidade e óbito, número de filhos por mulher, tipos de moradia, etc.

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