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DIREITO EMPRESARIAL Professor: Prof. Me. Fernando Passos fernando@pss.adv.br Assistente: Prof. Me. José Branco Peres brancoperes@hotmail.com Aula 04–23/02/2016 AULA DE HOJE Características e Autonomia do Direito Empresarial; Princípios Gerais e Específicos do Direito Empresarial; Fontes do Direito Empresarial. Características Específicas do Direito Empresarial Cosmopolitismo ou universalismo: uma vez que o comercio foi fator fundamental de integração entre os povos, propiciando seu desenvolvimento uma inter-relação entre os países. Elasticidade: direito empresarial, por transcender os limites do território nacional, precisa estar muito mais atento aos costumes empresariais do que aos ditames legais. Adapta-se constantemente à evolução das relações de comércio. Exemplo: Franquia. Cont. Dinamismo: está relacionado com o desenvolvimento empresarial, fazendo com que as normas comerciais estejam sempre em constante mudança, aderindo a novas tecnologias com rapidez. Onerosidade: em se tratando de uma atividade econômica organizada, a onerosidade estará sempre presente no elemento lucro almejado pelo empresário. Caráter econômico necessariamente especulativo. Cont. Individualismo: o lucro é a preocupação imediata do interesse individual. Simplicidade ou Informalismo: dinamismo da atividade empresarial, por meios ágeis e flexíveis para sua a realização e difusão. Fragmentarismo: existência de uma série de sub-ramos com características específicas (direito falimentar, cambiário, societário e outros) Quadro Comparativo* DIREITO EMPRESARIAL Universalismo (cosmopolitismo); Individualismo; Onerosidade; Informalismo; Fragmentarismo; Solidariedade presumida nas obrigações. DIREITO CIVIL Regionalismo; Função social; Existência de contratos gratuitos; Formalismo; Completude; Solidariedade decorre da lei ou da vontade das partes. http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2772 Princípios do Direito Empresarial Os Princípios são as premissas fundamentais escritas ou não que norteiam a criação e aplicação do Direito nos mais diversos ramos, dentre eles o Direito Empresarial. Os princípios poderão ser classificados como princípios implícitos (não existe citação expressa na Lei) e os explícitos (são mencionados na própria Lei) e ainda existem os princípios Gerais e Especiais. Princípios Gerais do Direito Empresarial Princípio da Publicidade dos Atos de Registro; Liberdade do Livre Estabelecimento (liberdade de iniciativa); Princípio da Liberdade de Concorrência; Princípio da Boa-Fé (sanção aos comportamentos desleais); Cont. Princípio da Observância dos Usos e Costumes; Princípio da Autonomia da Vontade e da Prevalência do Contrato; Princípio da Legitimidade do Lucro; Princípio da Livre circulação dos fatores de produção; Princípios Específicos do Direito Empresarial Além dos princípios gerais já mencionados, o Direito Empresarial também possui princípios específicos como os sub ramos do Direito Empresarial: Direito Societário - ex: Princípio da limitação da responsabilidade dos sócios. Títulos de Crédito - ex: Princípio da autonomia do título de crédito. Direito Falimentar – ex: Principio da par conditio creditorum* e Princípio da Preservação da Empresa. * Tratamento igualitário entre os credores. Conclusão "As características específicas e os princípios tanto gerais como específicos do Direito Empresarial justificam a sua autonomia em relação ao Direito Civil, tão distante e quase sempre inconciliáveis tais princípios com os do Direito Civil" *Prof. Fernando Passos. Artigo "A Necessidade Imperiosa de um novo Código Comercial para o Brasil", Revista Empresarial da RT, Ed. Revista do Tribunais, Coordenador: Desembargador Carlos Henrique Abrãao (no prelo) Fontes do Direito Empresarial As Fontes do Direito Empresarial são a origem do regramento empresarial. Elas se dividem em: Históricas, Materiais e Formais. Históricas: são documentos e textos encontrados desde a antiguidade, como o Código de Hamurabi, o Digesto do Direito Romano, Código Napoleônico e as partes revogadas do Código Comercial de 1.850. Escritos que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento do Direito Empresarial. Materiais: são elementos que concorrem para a criação das leis de cunho empresarial e que determinam as especificidades desse ramo jurídico. Como exemplo temos as práticas comerciais que devem ser reguladas. Fontes Formais do Direito Empresarial Formais: são as manifestações positivadas das relações jurídicas empresariais. Ou seja, normas empresariais que se destinam a regulação da atividade empresarial. Exemplo: as Leis e as convenções entre as partes. As fontes formais se dividem em Fontes Formais Primárias e Fontes Formais Secundárias. Cont. Fontes Formais Primárias: inicia pela Constituição e seguida pelo Código Civil e Comercial e de toda legislação empresarial esparsa juntamente com os contratos (princípio da prevalência dos contratos) Fontes Formais Secundárias: são formadas pelos usos e costumes comerciais, as leis civis, penais, administrativas, que são aplicadas subsidiariamente, a analogia, a equidade, os princípios gerais de direito, jurisprudência e doutrina. Projeto de Lei 1.572/2011 Novo Código Comercial. Mantém a adoção da Teoria da Empresa. Princípios do direito empresarial de forma explícita. Sugestão de Leitura: -Novo Código Comercial. Acessar o projeto: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=9D1F74D97100343C36AD6D91A426A55C.node1?codteor=888462&filename=PL+1572/2011 (Atenção esse texto representa Projeto de Lei em análise na Câmara dos Deputados, ainda não votado). -O projeto de Código e a proteção jurídica do investimento privado. https://revistajuridica.presidencia.gov.br/ojs_saj/index.php/saj/article/view/1113/1099. De autoria de Fábio Ulhoa Coelho (disponível na Unara Virtual)
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