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SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA: ESTUDO DE CASO DA REUTILIZAÇÃO DE EMBALAGENS VÍTREAS NA CACHAÇA GRANFINA.
Poliana Bohrer Santos (Faculdade Católica de Vitória)
polianabohrersantos@hotmail.com
Rodrigo Helmer (Faculdade Católica de Vitória)
rodrigohelmer@gmail.com
Tiago Cardozo Costa (Faculdade Católica de Vitória)
cardozoc10@gmail.com
Resumo:
O presente artigo aborda a dificuldade encontrada por um alambique em obter embalagens apropriadas para o produto com baixo custo. A empresa é pequena e familiar, de conhecimentos e recursos financeiros limitados. Para o estudo foi feito uma análise/entrevista com questionário elaborado pelos autores e aplicado na empresa de cachaça artesanal Granfina, situado na região serrana em Domingo Martins – ES, onde foi realizado: leituras bibliográficas, aplicação de metodologias analíticas e formulação de estratégias. Acompanhando o mercado brasileiro, é imprescindível a adaptação ou novos métodos de redução de matérias primas que consequentemente a redução dos custos. Com o objetivo de estabelecer parcerias com os clientes de pedidos fixos, promovendo uma ação mutua para que ambos tenham um benefício, e também conscientização da sustentabilidade ambiental.
Palavras-chaves: embalagem, retornável, custo, ambiente
1. INTRODUÇÃO
A logística é um segmento importante dentro da empresa, tanto que virou objeto de pesquisa pra os estudiosos, assim mostrando sua flexibilidade e gerenciamento de movimentos. Para Ballou (2001, p. 25) “logística é o processo de planejamento, controle do fluxo eficiente, matérias-primas, estoque, produtos acabados e informações, com o propósito de atender aos clientes”. O conceito de gestão ambiental, segundo Valle (2000, p. 2), “consiste em um conjunto de medidas e procedimentos bem definidos e adequadamente aplicados que visam reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente”.
Notando-se a necessidade de redução de custos e resíduos a logística reversa e o sistema de gestão ambiental vem atuando cada vez mais fortes nas empresas, que juntamente com ONGs, sociedade e governo, ocorre sugestões e ações promocionais para o retorno consciente de todo o material que seja possível reciclar/ reutilizar ou até mesmo aqueles que precisam de uma destinação mais especifica.
 Esse processo de reciclagem traz uma visão mais notória da empresa no qual através de uma motivação – social, legal e/ou econômica- possa almejar patamares sustentáveis tanto economicamente quanto ambiental. Visando esses conceitos foi feito um estudo de caso para as vantagens de reutilizar as embalagens de cachaça, já que a própria região é a maior consumidora da bebida, tornando-se mais fácil o retorno para fabrica.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 LOGÍSTICA REVERSA (LR)
A logística reversa de acordo Leite (2003, p. 7) é a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. 
De acordo com Lacerda (2005, p 2):
Logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado.
Segundo Rogers e Tibben-Lembke (2001, p. 129), adaptando a definição de logística do Council of Logistics Management (CLM), definem a logística reversa como:
O processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correspondentes do consumo para o ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição.
O conceito de logística reverso vem sendo cada vez mais aprimorado nos últimos tempos, abrangendo todo o ciclo de vida do produto, tornando-o mais sustentável, propalando a empresa. Dada a importância da logística reversa, foi criada uma lei e abordando a logística reversa, segundo BRASIL (2010) no Decreto Federal n° 7.404 de 23 de dezembro de 2010, definida como:
Art. 13.  A logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
BRASIL (2010) no Decreto Federal n° 7.404 de 23 de dezembro de 2010,
Art. 17.  Os sistemas de logística reversa serão estendidos, por meio da utilização dos instrumentos previstos no art. 15, a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando prioritariamente o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados.
Segundo Novaes (2007, p. 11) “a logística reversa cuida dos fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem, com o objetivo de recapturar valor ou de disposição final.” E de acordo com SIENA et al (2014, p. 5) “A logística reversa engloba todo o papel da logística direta de planejamento, controle, estocagem, fluxo de informações e transporte com o diferencial que o seu papel é o inverso[...]” assim aplicando o caminho de volta, desde o final até o início como imput do processo de produção. A figura abaixo demostra o fluxo direto e inverso da logística, de forma bem visual. 
Figura 1 – Fluxo direto e reverso da logística 
Fonte: Lacerda, 2002 apud ADLMAIER; SELLITTO, 2007.
2.2 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
O Sistema de Gestão Ambiental pode ser abordado como uma gama tarefas para gestão de uma organização, de forma como resultado, um melhor convívio com o meio ambiente (NASCIMENTO, 2008). A preocupação com ambiente seu deu através de acidentes. Sistema de Gestão Ambiental (SGA), é uma estrutura administrava da empresa responsável por avaliar, controla e gerir os impactos ambientais provocados pelas as atividades da organização.
A SGA possui seis vertentes:
 Política ambiental- metas e compromissos estabelecidos para o desempenho das atividades impactantes ao meio ambiente.
 Planejamento- acompanhamento e analise do impacto ambiental.
Implementação e operação- desdobramentos de ações para atingir as normas ambientais estabelecidas pela política ambiental.
Monitoramento e correção das ações- indicadores que asseguram todas as exigências pré-estabelecidas.
Revisão gerencial- revisão de todos os procedimentos assegurando a efetividade e continuação do projeto.
Melhoria contínua.
A existência de uma lei que orienta a população sobre os resíduos gerados, BRASIL (2010) lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Art. 33.  São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: 
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; 
II - pilhas e baterias; 
III - pneus; 
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 
O meio ambiental é de suma importância pra a população, os resíduas gerados nos processos industriais e artesanais devem ter seu destino traçado,antes mesmo da empresa ou indústria iniciar a produção ou serviço. Segundo (MILLER, 2012, p. 8) “a abordagem da responsabilidade ambiental ocorre em duas esferas: a prevenção da poluição e limpeza ou controle da poluição produzida.” E ele ainda complementa dizendo “É muito mais fácil evitar que a poluição ocorra do que limpa-la, pois a limpeza não faz com que a poluição pare de ser gerada, é um processo contínuo que causa gastos excessivos.” 
O resíduo sólidos da empresa estudada a embalagem de vidro, aplicando o SGA junto ao LR, reduzindo os impactos ambientais gerados no processo de produção. Segundo a associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo, O Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). 
“O Brasil produz em média 980 mil toneladas de embalagens de vidro por ano, usando cerca de 45% de matéria-prima reciclada na forma de cacos. Parte deles foi gerado como refugo nas fábricas e parte retornou por meio da coleta seletiva.”
Na figura 1 abaixa demonstra um gráfico com as quantidades da composição química do vidro que é formada por areia, calcário, barrilha (carbonato de sódio), alumina (óxido de alumínio) e corantes ou descorantes.
Figura 2 – representação quantitativa de material no vidro 
Fonte: Recicloteca - Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente
3 METODOLOGIAS
Os fatores metodológicos que guiaram e balizaram a investigação empírica desse estudo, foram divididos em três partes: primeiramente foram realizadas as leituras das referências bibliografias existentes sobre o assunto, em segundo foi realizado visita técnica no local para fins de conhecimento do espaço físico, acompanhamento da produção da cachaça Granfina, e terceiro a realização da entrevista/ação com gestor/proprietário com questionário não estruturado previamente elaborado para obter informações do sistema de produção e estratégico da Cachaça Granfina produzida por Pereira & Stein Ltda., assim permitiu a coleta de dados e informações alusivas da empresa no sentido de funcionamento e entendimento total da mesma, deliberando o feitio crítico do trabalho. A entrevista e visita técnica ocorreu no dia 21 de abril de 2016 nas instalações da própria empresa.
4 ESTUDO DE CASO
4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA
A Cachaça Granfina é produzida por Pereira & Stein Ltda. Situada em Domingos Martins no Distrito de Parajú – ES. A empresa tem como sua principal atividade a comercialização e produção de aguardente de alambique (cachaça artesanal), produto oriundo da fermentação e destilação originado da moagem da cana-de-açúcar, sua principal matéria-prima, além de licores. Sua cachaça e produzida de forma artesanal por três gerações, desde 1948. O produto é produzido com canas selecionáveis de um único fornecedor, garantindo ótima fidelidade e qualidade. A Cachaça Granfina é conhecida na Região Serrana do Espírito Santo e está expandindo em todo território Capixaba e almejando iniciar suas atividades comerciais em todo o Território Nacional. Por ser uma empresa de âmbito familiar, ainda busca melhorias para todo seu processo de fabricação, estocagem e comercialização. Um de seus principais problemas é a obtenção de embalagens vítreas.
4.2. EMBALAGENS EXISTENTES
As três principais funções das embalagens são: proteção, utilização e comunicação, essas funções se auto influenciam e é a natureza do sistema logístico que determina como elas serão utilizadas. (BONZATO, 2008, p 1). Contudo as embalagens plásticas adotas pela empresa não estava dentro dos padrões de higiene estabelecidos por lei, onde enfrentava um alto índice de contaminação, e mesmo reciclável, não é possível o retorno como embalagens de produtos para consumo humano, sendo elas recicladas e não reutilizadas. Visando adequar-se as exigências, foi proposto embalagens vítreas com 1000 mililitros (tamanho tradicional 1 litro) para consumidores finais e garrafões de 5 litros para clientes comerciais, ambas retornáveis e posteriormente, num projeto de longo prazo, torneis de madeiras.
4.2.1 RETORNO DAS EMBALAGENS
A fábrica conceberia um setor onde as embalagens seriam minunciosamente inspecionadas e higienizadas para só assim ser rotuladas e reutilizadas no engarrafamento da cachaça, as não apropriadas seriam descartadas em centros de reciclagem ou feiras de artesanatos, podendo dessa maneira ter uma outra destinação.
Pré-estabelecido as embalagens, foi levantado uma proposta para os consumidores no qual se deu por dois passos: primeiro, a conscientização da sustentabilidade ambiental segundo, descontos para clientes comerciantes ou não que adquirisse o produto e retornando uma quantidade especifica da embalagem.
O retorno funcionaria da seguinte maneira: todos os clientes cadastrados deixarão as embalagens em pontos de coletas, já os comerciantes, sempre quando receber um novo lote de cachaça, retornaria para o vendedor as embalagens coletadas e ganhariam um de desconto sobre o valor final para o próximo pedido. Os pontos de coletas seriam os próprios bares, que também receberiam uma bonificação extra.
4.2.2. DA PRODUÇÃO
O setor de Planejamento, Programação e Controle da Produção, verificaria se os produtos a ser produzidos possuem a quantidade suficiente de vasilhames para o engarrafamento, caso não possua, será feito uma ordem de compra para novos vasilhames. Todos esses dados serão gerados e atualizados simultaneamente por um sistema computacional, visando um controle real, sem discrepância, além assim disso promovendo um controle de perdas de vasilhames, onde se descrevem a quantidade de quebras e vazamentos e os motivos destes.
4.2.3. DA EXPEDIÇÃO
Após a coleta dos vendedores, os pedidos feitos pelos donos de bares, comércios em geral, serão contabilizados para despachar o carregamento da mercadoria. O percurso é pré-estabelecido, evitando-se a necessidade de várias viagens. O processo de entrega é balanceado pois ao levar uma nova carga, retornará com os vasilhames para o reuso da fábrica que sempre terá uma inspeção e higienização, e sendo contabilizado no sistema.
4.2.4. DA RECICLAGEM
Cada quilo de cacos utilizado na produção de novas embalagens substitui o equivalente a 1,2 quilos de matérias-primas virgens, o que proporciona ganhos na economia de recursos naturais, com benefícios para o meio ambiente e a sociedade. Segundo a OWENS ILLINOIS (2016, p. 1):
 A reciclagem do vidro também impacta sensivelmente o consumo de energia e a diminuição da emissão de gás carbônico. Na O-I, a cada 10% de cacos que colocamos nos fornos, diminuímos em 2,9% o consumo de energia elétrica utilizada e em 5% a emissão de CO², em comparação com a produção de embalagens a partir de matérias-primas virgens Explica Lúcia Moreira, coordenadora de Sustentabilidade da Owens Illinois. Após todo o procedimento para retorno dos vasilhames a fábrica, aqueles não adequado para um novo envase, serão destinados a reciclagem. Portanto a reciclagem ou reutilização do vidro é de suma importância para o meio ambiente e para o próprio orçamento da empresa.
Portanto, a empresa reciclaria ou reutilizaria os vasilhames, com isso promoveria a marca, além da sustentabilidade ambiental e econômica.
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Como foi um projeto piloto sem um tempo considerável para comparações elevadas e satisfatórias de custo versos benefícios, foi proposta a Cachaça Granfina um acompanhamento para ajustar e estabilizar o processo, até que esse novo conceito para empresa se firme.
O projeto piloto consiste na elaboração de pontos de coletas nos bares e restaurantes dos próprios clientes que adquirem o produto, a embalagem vazia retorna ao ponto de origem da produção da cachaça, desse modelo o proprietário pode captar os vasilhames retornáveis, reduzindo o custo de produção, o preço médio da embalagem de vidro que conforme dito pelo gestor por meio do questionário é de R$ 1,80 reais. A capacidade máxima de produção do alambique é de 20.000 unidades de litrosde cachaça por mês, entretanto, vende-se em média 5.000 litros por mês. Outro dado importante evidenciado no questionário é o peso da embalagem de vidro 700 gramas. A venda média em peso equivale a 3500 kg de vidro, cerca de 0,000357% da produção em embalagens de vidro do Brasil. Pode parecer uma porcentagem insignificante mas contabilizando a quantidade de produtores de cachaça no país que trabalha de modo informal e sem conhecimento da logística reversa e sistema de gestão ambiental, é o início pra formalização e posicionamento no mercado, pôr destinar corretamente os resíduos do processo de produção.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo as embalagens retornáveis para a empresa, evita-se desperdício de matéria prima e gastos desnecessários, gastos esses que retornariam como desconto para o cliente e assim fidelizando.
O projeto de logística reversa não impacta somente no benefício ambiental, mas também no financeiro. 
Tabela 1 – Valor econômico
	Vendas em litros (ano)
	Custo unitário por litro vazio (R$)
	Total (R$)
	60.000
	1,80
	 108.000,00 
Fonte: própria do autor
A aplicação do projeto, tendo um alcance 100%, viabiliza a implantação do mesmo pelo retorno em R$ para empresa em relação a aquisição dos vasilhames, caso não atinja, deve-se recolher os cacos para venda e reciclagem do vidro. O resulto obtido pelo SGA e LR, de forma integrada, reduzindo a compra de novas embalagens vítreas, diminuindo o resíduo sólidos e extração da matéria prima da produção dos vasilhames. O impacto na redução da extração da areia, pois compõe certa 70% da matéria-prima, sendo assim destinada a atividades de maior necessidade. O estudo resultou de forma clara o relacionamento da LR e SGA e como ambas são importante pra empresa, na forma financeira e de responsabilidade ambiental. Como sugestão fica a proposta uma continuação desse artigo assim que possível, realizando uma análise da implantação do projeto piloto e verificando a veracidade do resultado desse estudo com a realidade encontrada.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADLMAIER, Diogo; SELLITTO, Miguel Afonso. Embalagens retornáveis para transporte de bens manufaturados: um estudo de caso em logística reversa. Prod. [online]. 2007, vol.17, n.2, pp. 395-406. ISSN 0103-6513.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4ª ed. Porto Alegre: Bookmann, 2001.
BRASIL. Decreto n° 7.404, de 23 dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, p. 1, 23 dez. 2010. Seção 1. Ed Extra.
BRASIL. Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resíduos sólidos. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, p. 3, 3 ago. 2010. Seção 1.
CEMPRE, Vidro o mercado pra reciclagem. O Compromisso Empresarial para Reciclagem. São Paulo - SP, 1 - 3 p, 22/06/2011.
LACERDA, L. Logística reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. Rio de Janeiro: COPPEAD/UFRJ, 2002.
LEITE, P. Logística Reversa: Meio ambiente e competitividade. São Paulo: Prentice Hall, 2003. 
NOVAES, Antonio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 5º Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
 
NASCIMENTO, Luiz Felipe. Gestão Ambiental e Sustentabilidade. Sistema
Universidade Aberta do Brasil, 2008.
MILLER, G. Tyler; Spoolman, Scott. Ecologia e sustentabilidade. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
OWENS ILLINOIS, Vantagens e desafios da reciclagem do vidro. ABIVIDRO. São Paulo – SP, 1-2 p, 26/06/2016.
ROGERS, D.; TIBBEN-LEMBKE, R. An examination of reverse logistics practices. Journal of Business Logistics, v. 22, n. 2, p.129-148, 2001.
RECICLOTECA, Vidro - história, composição, tipos, produção e reciclagem. Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente. Bota fogo – RJ, 1 – 4 p, 13/01/2010.
SIENA, Osmar; PAULA, Luciana Maria Argente de Mattes; LICORIO, Angelina Maria de oliveira; SOUZA, Monique Maciel de. Logística reversa das garrafas de Skol litrão em Porto Velho-RO. 15ªENGEMA, Porto Velho – Roraima, 2 – 16p.
VALLE, C. E. do. Como se preparar para as normas ISO 14000: qualidade ambiental. São Paulo: Pioneira, 2000.

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