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Estudos hidrogeológicos

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Estudos hidrogeológicos 
1. HIDROCIÊNCIA 
1.1. HIDROGEOLOGIA (Hydrogeology) é o ramo da Hidrologia que estuda a água 
subterrânea, em especial a sua relação com o ambiente geológico; é, pois, uma das 
ciências da Terra, mas tem forte conotação de Engenharia; subdivide-se em: 
Hidrogeoquímica; Hidrogeomecânica; Geohidrologia; Litohidrologia; Metodologia. 
Trata das condições geológicas e hidrológicas, com base nas leis da Física e da 
Química, que regem a origem, a distribuição e as interações das águas subterrâneas; as 
intervenções humanas devem basear-se na aplicação de tais conhecimentos: prospecção, 
captação, proteção. O termo existe desde 1802 (Lamarck); como ciência, desde 1856 
(Darcy); atualmente a conotação ambiental é a mais importante. 
 
1.2. HIDROLOGIA (Hydrology) é o ramo da Geofísica que trata dos fenômenos 
naturais das águas da Terra, estudando-lhes a ocorrência e a circulação, em: oceanos; 
continentes; e atmosfera;, e a relação com o ambiente; subdivide-se em: Hidrografia; 
Geohidrologia; Hidrometria; Hidrometereologia. 
 
1.3. GEOLOGIA (Geology) é o ramo das Ciências Naturais que trata da Terra quanto 
suas: origem e evolução; composição e estrutura; materiais e evolução da Vida; inclui: 
Geofísica; Geoquímica; Paleontologia; Geoestrutura; Mineralogia Petrolgia; 
Sedimentologia; Estratigrafia Geohistórica; Sismologia; Geotécnica; Hidrogeologia. 
 
1.4. GEOFÍSICA (Geophysics) é o ramo da Física (experimental) que estuda a Terra. 
em especial a estrutura, a composição e o desenvolvimento. Inclui: Geodinâmica; 
Geodésia; Geologia; Oceanografia; Sismologia; Geomagnetismo; Meteorologia; 
Hidrologia. 
 
1.5. GEOQUÍMICA (Geochemestry) é o ramo da Geologia que estuda a ocorrência e a 
circulação das substâncias químicas na Terra. 
1.6. HIDROMECÂNICA (Hydromechanics) é o ramo da Física que trata da aplicação 
dos princípios da Mecânica ao estudo do comportamento da água; subdivide-se em: 
Hidrostática; Hidrocinemática; Hidrodinâmica; Hidráulica; Hidrometria. 
1.7. HIDRÁULICA (Hydraulics) é o ramo da Hidromecânica que trata das aplicações 
dos conceitos físicos da Hidromecânica às atividades humanas. 
1.8. HIDROGEOQUÍMICA (Hydrogeology) é o ramo da Hidrogeologia que trata da 
abundância e da migração das substâncias na água subterrânea. 
1.9. HIDROGEOMECÂNICA (Goundwater Hydro-mechanics) é o ramo da 
Hidrogeologia que trata das forças atuantes sobre a água subterrânea e sua reação. 
1.10. HIDROMETRIA (Hydrometry) é o conjunto de técnicas de medição das variáveis 
de um corpo fluido. 
1.11. HIDROGRAFIA (Hydrography) é descrição científica das condições físicas dos 
corpos de água superficial. 
1.12. HIDROMETEOROLOGIA (Hidrometeorology) é a ciência que trata da água e 
seus fenômenos na atmosfera. 
1.13. HIDROMANCIA (Hydromancy) é o processo de adivinhação através da água. 
1.14. RABDOMANCIA (Dowsing) é o processo advinhatório de descobrir através de 
varinhas mágicas. 
1.15. HIDROPATIA (Hydropathy) é o uso terapêutico da água. 
1.16. HIDROSFERA (Hydrosphere) é o conjunto das águas da Terra. 
1.17. GEOHIDROLOGIA (Geohydrology) é o ramo da Hidrogeologia que trata da 
ocorrência, da distribuição e da circulação das águas subterrâneas nas esfera terrestres e 
suas relações com o ambiente. 
1.18. LITOHIDROLOGIA (Porous Media Hydrology) é o ramo da Hidrogeologia que 
trata das propriedades aqüíferas das litologias. 
1.19. METEOROLOGIA (Meteorology) é a ciência que trata da atmosfera e seus 
fenômenos. 
1.20. CLIMATOLOGIA (Climatology) é a ciência que estuda o estado físico 
predominante da atmosfera; tem-se: precipitação, evaporação, temperatura, ventos etc. 
 
1.21. METODOLOGIA Hidrogeológica (Methodology) é o ramo da Hidrogeologia que 
trata da aplicação dos princípios básicos ao entendimento da água subterrânea quanto: 
ocorrência, distribuição, circulação e qualidade; visando a exploração, a administração e 
a explotação. 
1.22. TERRA (Earth) é um planeta do Sistema Solar, o terceiro a partir do Sol, que 
possui água, sólida, gasosa e líquida; dois terços da superfície do Planeta são cobertos 
por água; o total de água no Planeta é de 1,5x106 km3 (milhões), sendo 97% contido 
nos mares e 2%, nas geleiras; do restante, 97% é água subterrânea. 
 
1.23. ÁGUA (Water) é uma substância química natural estável, composta por duas 
moléculas de Oxigênio e uma de Hidrogênio, ligadas por covalência, numa disposição 
tetraédrica e polarizada; possui propriedades, físicas e químicas, muito especiais que 
determinam a existência de Vida e influenciam no aspecto externo na Terra; é um 
transportador universal, tanto de material em suspensão como em solução, daí ser 
largamente poluída (pois é usada para levar dejetos); a água tem usos diferenciados, que 
podem ser concorrentes: dessedentação; lazer; produção de energia; transporte; 
processos industriais; resfriamento; preservação ecológica; irrigação; e outros. 
1.24. ÁGUA ADSORVIDA (Adsorbed Water) é aquela água fixada nas superfícies dos 
sólidos por forças moleculares de adesão. Forma uma película de uma ou mais camadas 
de moléculas de água. Ocorre tanto na zona saturada como na não-saturada. 
Normalmente são águas de baixa qualidade química. 
 
1.25. ÁGUA AGRESSIVA (Aggressive Water) é aquela água naturalmente ácida e que 
ter ação corrosiva, devido principalmente ao conteúdo de anidrido carbônico dissolvido. 
1.26. ÁGUA CAPILAR (Cappilary Water) é aquela água fixada entre superfícies 
sólidas pouco distanciadas (mm), devido ao balanço entre as forças de: coesão/tensão 
superficial das moléculas do líquido; adesão entre líquido e sólido; e peso do líquido. 
Ocorre tanto na zona saturada como na não-saturada. No topo de aqüífero livre forma a 
zona capilar. 
1.27. ÁGUA CONATA (Connate Water) é aquela água contida em um sedimento ao 
momento de sua deposição. Normalmente são águas de baixa qualidade química. 
 
1.28. ÁGUA CÓSMICA (Cosmic Water) é aquela água que do espaço sideral, através 
dos meteoros; é uma água juvenil. 
1.29. ÁGUA DE CONSTITUIÇÃO (Crystallization Water) é aquela água faz parte da 
composição química de um mineral: água dos minerais hidratados. Ex.: Gipsita. 
 
1.30. ÁGUA DE MESA é aquela água de fonte, industrializada de excelente qualidade. 
1.31. ÁGUA DE RETENÇÃO (Water of Retention) é aquela água contida nos poros de 
um meio poroso, não mobilizável pela gravidade. 
1.32. ÁGUA DIAGENÉTICA (Water of Diagenesis) é aquela água expulsa das 
litologias em função de compressão, por processos litogenéticos ou metamórficos. 
Normalmente são águas de baixa qualidade química. 
1.33. ÁGUA DO SOLO (Soil Water) é aquela água contida no meio poroso próximo à 
superfície topográfica; ocorre como água pelicular. 
 
1.34. ÁGUA DOCE (Fresh Water) é aquela água com baixas concentrações de matéria 
dissolvida (poucas centenas de miligramas por litro), sem gosto de sais. 
1.35. ÁGUA DURA (Hard Water) é aquela água com concentrações de Ca e Mg 
(poucas centenas de miligramas por litro - mg/l) capazes de provocar resíduo insolúvel 
ao contato com sabão ou ao ferver. 
1.36. ÁGUA FÓSSIL (Fossile Water) é aquela água contida em um aqüífero infiltrada 
em época geológica cujas condições climáticas e morfológicas eram diferentes das 
atuais. 
1.37. ÁGUA GRAVÍTICA (Gravitational Water) é aquela água contida em um meio 
poroso livre de se movimentar sob o campo da força gravitacional. É a água subterrânea 
propriamente dita. Antônimo: Água de Retenção. 
1.38. ÁGUA INCRUSTANTE (Saturated Water) é aquela água saturada em material 
dissolvido, normalmente bicarbonato, e que gera precipitados. Antônimo: Água 
Agressiva. 
 
1.39. ÁGUA JUVENIL (Juvenile Water) é aquela água entra o ciclo hídrico pelaprimeira vez, através de fenômenos magmáticos ou de meteoros. 
 
1.40. ÁGUA MINERAL (Mineral Water) é aquela água subterrânea com especiais 
características físicas e/ou químicas, naturais, com possibilidades terapêuticas e/ou 
gosto especial; por vezes, adicionando-se-lhe gás; se for quente chama-se 
Termomineral. O termo mais correto seria: água mineralizada. 
1.41. ÁGUA MOLE (Soft Water) é aquela água doce com baixas concentrações de sais 
de alcalinos terrosos (Ca; Mg): poucas dezenas de miligramas por litro - mg/l. 
1.42. ÁGUA PELICULAR (Pellicular Water) é a água aderida como filme à superfície 
dos sólidos; ocorre tanto na zona saturada como na não-saturada. É importante para as 
plantas. 
1.43. ÁGUA SALGADA (Saline Water) é aquela água em que a quantidade de matéria 
dissolvida é sensível ao paladar; ou seja, acima de 1.000 mg/l. A água do mar atinge a 
35 g/l. 
1.44. ÁGUA SUBTERRÂNEA (Ground Water) é aquela água de subsuperfície que 
ocorre na zona saturada dos aqüíferos, movendo-se sob o efeito da forca gravitacional, 
unicamente; ou seja, nem toda a água de subsuperfície é água subterrânea, 
tecnicamente; exemplo: água do solo não é água subterrânea, pois as forças que a 
comandam são as eletroquímicas (capilaridade; adsorção).Assim, água subterrânea é 
aquela água de subsuperfície que é passível de ser captada em obras de engenharia 
(poços; drenos). A água subterrânea é a maior reserva de água doce facilmente 
acessível, em termos de quantidade, além de apresentar excelente qualidade. Em relação 
a água superficial a água subterrânea apresenta vantagens como: não ocupa espaço em 
superfície; sofre menor influencia nas variações climáticas; é passível de extração perto 
do local de uso; tem temperatura constante; tem maior quantidade de reservas; tem 
melhor qualidade (física; química e biológica); tem proteção contra agentes poluidores; 
os poços são construídos a medida em que é necessário mais água; e outras. As 
desvantagens podem ser: o poço não 'dá' placa de inauguração; o poço não se vê (ou 
seja, não tem a imponência de uma barragem); a água subterrânea não se vê (o que 
implica uma série de mistificações); as alturas de recalque da água são maiores (o que 
implica maior gasto de energia); necessita de pessoal especializado (Hidrogeólogo, 
p/ex.) para a boa captação; pode ter conteúdo excessivo de sais dissolvidos. No Rio 
Grande do Sul, a maioria das pequenas aglomerações urbanas do interior são 
abastecidas por água subterrânea; mesmo cidades de porte também o são (ex.: Ivoti); na 
campanha é muito comum o abastecimento das moradias com água de poço ou de fonte, 
sendo muito intensa, pois, a atividade de perfuração de poços; mas infelizmente tal 
atividade caracteriza-se, em geral, pela primitivade: técnicos não/pouco habilitados; 
falta de registro das obras; falta de seriedade em relação ao serviço pago pelo cliente; 
falta de administração pelo Estado; parca fiscalização pelo CREA; entre outros. 
 
1.45. ÁGUA SUBSUPERFICIAL (Subsuface Water) é aquela água, toda e qualquer, 
ocorrente na litosfera sob a superfície topográfica; exemplo: água do solo; água 
subterrânea; contrário de água superficial. Inclui a água subterrânea e também a água de 
retenção. 
1.46. ÁGUA SUPERFICIAL (Surface Water) é toda aquela água líquida que ocorre em 
corpos de água com superfície livre em contato direto com a atmosfera; ou seja, acima 
da superfície topográfica; exemplo: rios; lagos; mares. A ciência que estuda as águas 
superficiais é a Hidrografia. 
1.47. ÁGUA SUPERSATURADA (Supersaturated Water) é aquela água com 
concentrações de matéria dissolvida acima da constante de equilíbrio; normalmente é 
causada por queda de temperatura e/ou pressão; ou seja, é uma situação instável que 
tende a provocar precipitação. 
1.48. ÁGUA TERMAL (Thermal Water) é aquela água subterrânea naturalmente quente 
na sua emergência; ou seja, acima da temperatura média da região. 
1.49. ÁGUA TERMOMINERAL (Thermal and Mineral Water) é aquela água 
subterrânea naturalmente quente na sua emergência e mineralizada. 
1.50. ÁGUA VADOSA (Vadose Water) é aquela água subsuperficial ocorrendo na zona 
de aeração sob a influência das forças moleculares e, pois, fixa. 
 
1.51. ÁGUA VULCÂNICA (Volcanic Water) é aquela água juvenil proveniente de 
lavas ou magmas. 
2. HIDROFÍSICA 
2.1. ADSORÇÃO (Adsorption) é a propriedade de um fluido ou íon em aderir às 
paredes de um corpo sólido; a atração sólido-fluido é maior que fluido-fluido; o fluido 
molha. 
2.2. ADVECÇÃO (Advection) é o transporte de fluido em função do gradiente. 
2.3. ADVECÃO Equação da (Adevection Equation): div[K ÑH] = Ss H/t; onde: K = 
tensor condutividade, H = carga potenciométrica, Ss = armazenamento específico. 
Descreve o fluxo em meio poroso, no espaço e no tempo; equação geral. 
 
2.4. AERAÇÃO (Aeration) é a zona não saturadaa acima da superfície freática; inclui a 
zona capilar. Em contraposição com a Zona de Saturação. 
2.5. ARMAZENABILIDADE (Storage) é a capacidade em água do aqüífero; ou seja, é 
o parâmetro hidráulico que expressa o volume de água que um aqüífero é capaz de 
receber/ceder, em função de uma variação unitária da superfície potenciométrica, numa 
base de área unitária; está associada à porosidade e a fenômenos elásticos, tanto da água 
como da litologia; unidade: sem (m3/m3), com valores no intervalo: zero e um, mas 
normalmente entre 10-1 a 10-5; símbolo: S; sinônimo: Coeficiente de Armazenamento. 
2.6. ARMAZENAMENTO Específico (Specific Storage) é a capacidade em água do 
volume unitário do aqüífero; ou seja, é o parâmetro hidráulico que expressa o volume de 
água que um volume unitário de aqüífero é capaz de receber/ceder, em função de uma 
variação unitária da superfície potenciométrica; está associada à porosidade e a 
fenômenos elásticos, tanto da água como da litologia; é menor em aqüíferos confinados; 
unidade: sem (m3/m3), com valores no intervalo: zero e um; símbolo: Ss. 
 
2.7. ARTESIANA (Artesian) é aquela água subterrânea que se encontra confinada por 
camadas impermeáveis; ou seja, não tem contato direto com a atmosfera; ou seja, a 
superfície piezométrica está acima do topo do aqüífero; sinônimo: Confinado; contrário 
de freático; note: artesiana é a água não, o poço; mas é comumente também empregada 
ao aqüífero. Por analogia, seria a água nos canos da rede de abastecimento, sendo a 
caixa de água o freático. 
2.8. ASCENÇÃO (Rising) é a parte do hidrograma em que os níveis sobem 
sistematicamente. 
2.9. ATMOSFERA (Atmosphere) é uma medida de pressão; equivale a: 10,34 m de 
coluna de água; 760 mm deHg; 101.325 Pa; 1.0133 bar. 
2.10. BERNOULLI, Equação de é a equação que expressa a energia mecânica total da 
água: é a soma das energias de: posição + pressão + velocidade: H = Hz + Hp + Hv. 
2.11. CAPILARIDADE (Capillarity) é a capacidade de ascenço/descenço de um líquido 
em contato com um sólido, em pequenos espaços, causado pela força resultante da ação 
entre a atração das moléculas de líquido entre si (coesão) e entre líquido e sólido 
(adesão) e o peso desta coluna de líquido; assim, o líquido molha (água) ou não 
(mercúrio) o sólido. 
2.12. CALOR Específico (Specific Heat) é a propriedade que mede a quantidade de 
calor necessária para elevar a temperatura em 1 ºC a massa unitária; é alto na água: 1 
cal/g; assim, os freáticos servem como reguladores de temperatura. 
2.13. CAPACIDADE Específica (Specific Capacity) é a relação entre a vazão extraída 
de um poço e o respectivo rebaixamento do aqüífero: qs = Q / s. 
2.14. CARGA Hidráulica (Hydraulic Head) é a expressão da energia mecânica total da 
água; por analogia, seria a 'força' da água; símbolo: H; unidade: m. H = Hz + Hp + Hv,onde: Hz = energia de posição (Z), Hp = energia de pressão (=P/g), Hv = energia de 
velocidade (V2/2g). O fluxo dá-se no sentido do decréscimo de energia mecânica, 
entropicamente transformando-a em calorífica. 
2.15. CARGA Piezométrica (Piezometricic Head) é a parte da carga hidráulica 
correspondente a soma das energias de posição e de pressão; fisicamente, expressa-se 
pela altura da água no poço; corresponde a energia potencial; normalmente as 
velocidades de fluxo das águas subterrâneas são muito pequenas e, pois, o termo da 
carga de velocidade é desprezível, ou seja, cargas piezométrica e hidráulica são 
coincidentes. Sinônimo: Carga Hidrostática. 
2.16. CÁRSTICO (Karstic) é o aqüífero que ocorre em terrenos calcáreos (Karst); são 
aqüíferos heterogêneos, descontínuos, com águas duras, com fluxo em canais. 
2.17. CIRCULAÇÃO (Circulation) é o movimento de fluido de perfuração de ida e 
retorno ao tanque de lama, através da bomba, ao poço pelo tubo de perfuração e espaço 
anelar. 
2.18. COESÃO (Cohesion) é a propriedade das moléculas de um fluido de atraírem-se; 
assim, formam-se gotas. 
2.19. COEFICIENTE (Coefficient) é um número que multiplica o valor de uma 
quantidade algébrica; expressa a relação entre duas grandezas; ex.: coeficiente de 
permeabilidade: K = q/ÑH, onde: q = fluxo hidráulico e ÑH = gradiente. 
2.20. COMPRESSIBILIDADE (Compressibility) é a capacidade da substância de 
mudar de volume em função de uma variação da pressão; unidade: Pa-1; símbolo: a = 
água, b = sólido. a = (DV/V)/DP, onde: V = volume, P = pressão. Inverso: Elasticidade. 
2.21. CONDUTIVIDADE Hidráulica (Hydraulic Conductivity) intuitivamente é a 
facilidade com que uma litologia permite a percolação de fluido sob um gradiente 
potencial; fisicamente, é a vazão através de uma área unitária em função de um 
gradiente hidráulico unitário, na unidade de tempo, em meio saturado; depende do meio 
e do fluido que o percola; assim, a condutividade será diferente, em um mesmo meio, 
para água doce ou salgada; unidade: cm/s; símbolo: K. Matematicamente é um tensor 
simétrico de segundo grau. Para meios não-saturados, varia com a saturação. Sinônimo: 
Coeficiente de Permeabilidade ou de Darcy; de uso evitável. 
 
2.22. CONE de Depressão (Cone of Depression) é o cone invertido, curvo e centrado no 
poço em bombeamento, formado pelo rebaixamento da superfície equipotencial. Nos 
aqüíferos freáticos é real; nos artesianos, é fictício. 
2.23. CONFINADA (Confined): Artesiana (Artesian). 
2.24. CONFINANTE (Confining Bed) é a camada menos permeável que limita o 
aqüífero. 
2.25. CONTINUIDADE (Continuity) é a propriedade de a massa de fluido ser contínua 
no domínio de fluxo; a Equação da Continuidade expressa isto dizendo que a variação 
de massa no espaço tem que ser igual a no tempo; ou seja, o que entra sai senão, houve 
variação no armazenamento: Ms - Me = DA, onde: M = massa, e = entrada, s = saída, A 
= armazenamento. 
2.26. CONTINUIDADE, Equação da (Continuity Equation): div [rV] = - rn"/t; onde: r = 
massa específica, V = velocidade de fluxo, n = porosidade, " = volume de meio poroso, 
t = tempo. Descreve a continuidade de massa de fluido no sistema, onde a variação 
espacial de massa deve equivaler de forma inversa a temporal. 
2.27. CONTÍNUO (Continuum) é o sistema que mantém suas propriedades para 
porções arbitrariamente pequenas; normalmente é um conceito estatístico e relativo, 
pois haverá um volume mínimo abaixo do qual o ente será visto como uma soma de 
partes; ex.: detrítico versus fraturado. 
2.28. COOPER-JACOB, Equação de (Cooper-Jacob's Equation): s = 
0,183(Q/T)Log10(2,25 tT/r²S) = (Q/4pT)[lne(1/u)-lne1,78], onde: s = rebaixamento, Q 
= vazão, T = transmissibilidade, r = distância ao poço em bombeamento, S = 
armazenabilidade, u = r2 S / 4 t T. Descreve o fluxo a um poço em aqüífero confinado 
em regime transiente, para valores pequenos de u (u £ 0,01). 
2.29. CURVA Rebaixamento-Vazão (Drawdown-Discharge Curbe) é a representação 
gráfica da relação entre a vazão (abcissa) e o rebaixamento de um poço em 
bombeamento, em regime permanente; usada no teste em degraus para determinar o 
ponto crítico; sinônimo (a rejeitar): curva característica. 
2.30. DARCY é uma unidade de permeabilidade (intrínseca); usada em atividades 
petroleiras; eqüivale 9,9E-9 cm² ou 9,6E-6 m/s. 
2.31. DARCY, Lei de (Darcy's Law) é a lei básica que explica o movimento de fluidos 
em meios porosos: o fluxo é proporcional ao gradiente de energia mecânica do fluido; q 
= - K ´ ÑH, onde: q = fluxo, K = condutividade, ÑH = gradiente hidráulico (=DH/DL); 
a relação linear expressa a ação das forças viscosas e um fluxo laminar. Descreve o 
fluxo em meio poroso como sendo função linear do gradiente de energia, para fluxos 
laminares. 
2.32. DÉFICIT de Saturação (Saturation Deficit) é a diferença entre a porosidade e o 
teor de umidade. Eqüivale ao teor em ar. 
2.33. DESLOCAMENTO (Displacement) é o movimento cinemático de uma massa de 
fluido de um local a outro; aí, substitui a massa anterior; dá-se em função do gradiente 
hidráulico. 
 
2.34. DESSATURAÇÃO (Dessaturation) é a redução do conteúdo volumétrico de água 
do meio poroso; no processo, ar substitui água. 
2.35. DIACLASE (Joint) é uma fratura sem deslocamento dos blocos. 
2.36. DIÂMETRO Hidráulico (Hydraulic Diameter) vide: Raio Hidráulico. 
 
2.37. DIFUSIBILIDADE (Diffusibility) é o parâmetro que rege a propagação de 
influência em aqüífero saturado; expressada pela relação: T/S, entre transmissibilidade e 
armazenabilidade; é maior em aqüíferos confinados; unidade: cm²/h; símbolo: D. 
2.38. DIMENSÃO (Dimension) é uma propriedade física fundamental através da qual 
pode-se expressar as outras; as dimensões básicas são: massa [M], comprimento [L], 
tempo [T], força [F]; assim, força é: [MLT-2]. 
2.39. DISPERSÃO, Equação da (Dispersion Equation): div[D r Ñ(c/r)] - (Vi c) = c/t; 
onde: D = tensor de dispersão, r = massa específica da mistura, c = concentração 
volumétrica do constituinte em dispersão, Vi = velocidade de percolação, t = tempo. 
Descreve o transporte de massa em meio poroso. 
2.40. DIVISOR (Divide) é o local que une os pontos em que o fluxo normal é nulo; as 
linhas de corrente aí divergem, sendo um limite do sistema. 
2.41. DIVERGENTE (Divergence) é o ente matemático que aplicado a um vetor retorna 
a soma das variações espaciais dos componentes; div V = Ñ · V = V/x + V/y + V/z. 
2.42. DRENANÇA (Leakage): Gotejo. 
2.43. DRENO (Drain) é a obra de que retira água do aqüífero, normalmente por 
gravidade. 
2.44. DUPUIT, Equação de (Dupuit Equation): H22 - H12 = (Q/pK)Lne(r2/r1). 
Descreve o fluxo a um poço em aqüífero livre em regime estacionário, para pequenos 
rebaixamentos (s << H, H=altura saturada). 
2.45. EFICIÊNCIA Barométrica (Barometric Efficiency) é a razão entre as variações do 
nível potenciométrico em aqüífero confinado e da pressão atmosférica para um mesmo 
período de medição; ao aumento de pressão atmosférica corresponde a diminuição do 
nível de água. Unidade: %; símbolo: B; B = DH´g/DPa, onde: H´g = pressão hídráulica, 
Pa = pressão atmosférica. 
2.46. ELASTICIDADE (Elasticity) é a propriedade de um corpo de deformar-se sob o 
efeito de pressão e retornar à forma inicial; é medida pelo módulo de elasticidade: ( = 
dP/(dV/V) onde: dP = variação de pressão, dV = variação de volume; unidade: Pa; para 
a água a temperatura e pressão ordinárias: 2068 Mpa; relativos: Compressibilidade; 
Expansibilidade. 
2.47. ENTROPIA (Entropy) é a medida da energia indisponível no sistema; na 
percolação: a transformação de energia mecânica (H) em calorífica, dissipada no meio, 
evidenciada pelas perdas de carga. 
2.48. ESCOAMENTO (Flow) éo movimento direcionado de um fluido. 
2.49. ESTACIONÁRIO (Steady) é o escoamento cujas características em cada ponto 
independem do tempo; antônimo: Transiente. 
2.50. EVAPOTRANSPIRAÇÃO (Evapotranspiration) é a perda de água do sistema 
hídrico pelo conjunto dos processos de evaporação de água do solo e transpiração 
vegetal. 
2.51. FILTRAÇÃO (Filtering) é o movimento laminar de um fluido em meio poroso 
saturado; sinônimo: percolação. Também: processo de passar um fluido através de um 
filtro. 
2.52. FISSURA (Fissure) é uma fratura extensa. 
2.53. FLUIDO (Fluid) é uma substância capaz de fluir sob qualquer intensidade de 
tensão cisalhante; são gases e líquidos. É uma substância cujas partículas estão 
desordenadas e em movimento mas formam um corpo sem separação de massa. 
2.54. FLUXO (Flux) é a vazão por unidade de área da superfície perpendicular à direção 
do fluxo; unidade: m/s; símbolo: q; q = Q/A, onde: Q = vazão, A = área. 
2.55. FRATURA (Fracture) é uma descontinuidade física planar em um corpo rochoso. 
2.56. FREÁTICO (Phreatic) é aquele aqüífero cuja superfície superior da zona saturada 
encontra-se a pressão atmosférica; sinônimo: Livre. 
2.57. FUNÇÃO de Poço (Well Function) é a exponencial integral relacionando o 
rebaixamento com a descarga de um poço; aparece no Modelo de Theis; símbolo: W(u). 
2.58. GOTEJO (Leakage) é o fluxo de água vertical sob um gradiente unitário, através 
de um aqüítardo; unidade: cm; símbolo: B; B = (bb'K/K')1/2, onde: b = espessura, K 
condutividade, ' aqüítardo; sinônimo: Drenança. 
2.59. GRADIENTE Hidráulico (Hydraulic Gradient) é a razão entre as variações de 
carga hidráulica e comprimento percorrido, na direção do fluxo; fisicamente, mede a 
inclinação da superfície da água subterrânea; unidade: cm/km. Também: é o ente 
matemático que aplicado a um escalar retorna as variações direcionais: ÑH = iH/x + 
jH/y + kH/z. Equivale a variação máxima da carga. 
2.60. HOMOGENEIDADE (Homogeneity) é a propriedade de um sistema em que as 
propriedades não variam no espaço; depende da escala; antônimo: Heterogeneidade. 
2.61. IMAGEM (Image) é a reprodução em contraparte. No método das imagens 
substitui-se a realidade de um sistema limitado por modelo infinito com as 
contrapartidas hidráulicas. 
2.62. IMPERMEÁVEL (Impervious) é aquela litologia cuja transmissão de água é 
negligível em relação ao aqüífero, no tempo considerado; o limite da permeabilidade é 
dado pelo valor de condutividade de 10-7 cm/s. 
 
2.63. INFILTRAÇÃO (Infiltration) é o processo de passagem de um fluido de um meio 
a outro, através de um interface; exemplo: passagem da água de chuva ao solo (da 
atmosfera à litosfera). 
 
2.64. INICIAL (Initial) é a condição em que se encontra o sistema hídrico ao se 
começar a contagem do tempo. É dada por níveis ou vazões. 
 
2.65. INTERFACE (Interface) é a superfície de contato separando duas fases. 
 
2.66. INFLUÊNCIA (Influence) é a modificação da carga hidráulica; propaga-se entre a 
origem e o ponto de interesse. Raio de influência é a distância máxima em que um 
bombeamento afeta o sistema aqüífero; unidade: m; símbolo: Re. 
2.67. INTERSTÍCIO (Interstice) é o poro formado por espaços livre entre grãos em 
contato. 
2.68. INVERSO (Inverse) é o método de determinação dos parâmetros da equação 
agindo sobre o sistema emedindo-lhe a reação; ex.: teste de bombeamento em aqüífero. 
2.69. ISOTROPIA (Isotropia) é a propriedade de um sistema em que as propriedades 
não variam segundo a direção; antônimo: Anisotropia. 
2.70. LAMINAR é o tipo de fluxo em que as partículas de fluido deslocam-se em 
camadas paralelas lisas; ou seja, as linhas de fluxo não se entrecortam; aqui as perdas de 
carga são proporcionais as velocidades (linearmente); as forças de resistência principais 
são as viscosas; é o fluxo típico das águas subterrâneas; antônimo: Turbulento. 
2.71. LAPLACE, Equação de (Laplace's Equation): ѲH = 0 = ²H/x² + ²H/y² + ²H/z². 
Descreve o fluxo estacionário unifásico em meio poroso isótropo e homogêneo. 
Também: div (grad H) = 0. 
2.72. LIMITE (Boundary) é uma superfície dando os contornos de um sistema aqüífero, 
dada por condições tanto físicas (ex.: camada impermeável) como hidráulicas (ex.: 
divisor de águas); as influências dos fenômenos no sistema não se propagam além dos 
limites. Matematicamente correspondem as condições de Neumann (carga constante; 
ex.: rio) e de Dirichlet (carga normal invariável; ex.: impermeável). Limites podem ser 
determinados artificialmente para estudo de pequenas área de interesse. Sinônimo: 
Fronteira. 
2.73. LINHA de Fluxo (Streamline) é uma linha idealizada contínua que representa a 
direção do vetor velocidade em cada ponto; no fluxo estacionário ela representa o 
caminho da partícula. 
2.74. LINHA Equipotencial (Equipotential Line) é a linha que une pontos de mesmo 
potencial hidráulico; em meios isótropos, são linhas perpendiculares as de fluxo. 
2.75. LINÍMETRO (Linimeter) é um instrumento de medida do nível da superfície da 
água. 
2.76. LISÍMETRO (Lisimeter) é um instrumento de medida dos componentes do 
balanço hídrico do solo, especificamente: infiltração, evapotranspiração. 
2.77. LITOLOGIA (Earth Material) é todo o material geológico formador da crosta 
terrestre; exemplo: areia; argila; granito; sedimento; rocha. 
2.78. LIVRE (Unconfined): Freático (Phreatic). 
2.79. MANÔMETRO (Manometer) é um aparelho que determina a pressão, através de 
colunas de líquido. 
2.80. MEDIDA (Measurement) é a quantificação do número de vezes que um ente cabe 
em outro, tido como padrão e chamado unidade; adota-se o Sistema Internacional (SI ou 
MKS) que é métrico e coerente; as unidades fundamentais são: metro [m], kilograma 
[kg], segundo [s], kelvin [K], ampere [A], candela [cd], mol [mol]. 
2.81. MEIO DETRÍTICO (Detrital Medium) é o meio sólido cujos poros geram-se dos 
espaços livres entre grãos em contato; ex.: areia. 
2.82. MEIO FISSURADO (Fissured Medium) é o meio sólido cujos poros geram-se dos 
espaços livres entre os planos das fissuras; ex.: basalto; tende a ser: descontínuo, 
anisotrópico e heterogêneo. 
2.83. MEIO POROSO (Porous Medium) é o meio que apresenta poros; a porosidade 
pode estar interconectada ou não; ex.: zona vesicular; se estiver conectada, tende a ser 
permeável; pode ser: contínuo ou descontínuo; detrítico ou fissurado; homogêneo ou 
heterogêneo; isótropo ou anisótropo; etc. 
2.84. NAVIER-STOKES, Equação de (Navier-Stokes' Equations) é a equação que 
expressa o fluxo dos fluidos reais. 
2.85. NÍVEL de Base (Base Level) é a altura hidráulica mínima a que está sujeito o 
sistema hídrico; nível do exutório. 
2.86. NÍVEL Dinâmico (Dynamic Level) é a altura que se estabelece a água por ação de 
uma obra hidráulica; ex.: bombeamento em um poço. 
2.87. NÍVEL Estático (Static Level) é a altura que se estabelece a água quando não 
influenciada por bombeamento. 
2.88. NÍVEL Natural (Static Level) é a altura que se estabelece a água por ação do 
funcionamento natural do sistema hídrico. 
2.89. PARÂMETRO (Parameter) variável atemporal que determina características de 
um sistema; ex.: porosidade. 
2.90. PENETRAÇÃO (Penetration) é a relação entre o comprimento da penetração do 
poço no aqüífero e a espessura deste no local. 
2.91. PERCOLAÇÃO (Seepage) é a capacidade de um fluido deslocar-se em um meio 
poroso; exemplo: percolação da água no pó do café. 
2.92. PERDA de Carga (Head Loss) é a diferença de altura potenciométrica entre dois 
pontos, segundo a direção do fluxo; expressam a entropia do sistema de fluxo; símbolo: 
DH; unidade: m; assim, a Lei de Bernoulli tem que ser corrigida: H1 = [Hz+Hp+Hv]2 + 
DH. 
2.93. PERMANENTE (Steady) é o fluxo cujaspropriedades independem do tempo; 
sinônimo: Estacionário. 
2.94. PERMEABILIDADE (Permeability) é a facilidade com que o meio permite a 
percolação do fluido sob um gradiente de potencial; fisicamente, expressa a área (dos 
poros) disponível ao fluxo; depende unicamente do meio, ou seja, tecnicamente é um 
parâmetro diferente da condutividade hidráulica; unidade: área (cm2); símbolo: k. 
Sinônimo: Permeabilidade Intrínsica, a não usar. 
2.95. PERCOLAÇÃO (Percolation) é o ato de fluido passar através de um meio poroso. 
2.96. PERMANENTE: Estacionário. 
2.97. PERMEÂMETRO (Permeameter) é o aparelho de medida da condutividade 
hidráulica de uma amostra; pode ser a carga constante ou variável. 
2.98. PIEZOMÉTRICO (Piezometric) referente a energia de pressão do fluido. 
2.99. PODER Filtrante (Filtering Power) capacidade do meio poroso de retirar corpos 
em suspensão do fluido percolante. 
2.100. PORO (Pore) é todo aquele espaço não-sólido, dentro de um corpo sólido; pode 
ser: detrítico, fraturado, vesicular, vugular. 
2.101. POROSIDADE (Porosity) é o parâmetro físico que mede a relação entre os 
volumes de poros e total de um corpo sólido; pode estar interconectada ou não; origem: 
detrítica, fissural, vugular, vacuolar; tempo: primária, secundária; símbolo: n; unidade: 
% (sem dimensão). 
2.102. POROSIDADE Eficaz (Effective Porosity; Specific Yield) é relação entre os 
volumes total e o de água gravífica, em meio saturado; complementa a Retenção 
Específica e eqüivale ao Coeficiente de Armazenamento dos aqüíferos livres; símbolo: 
ne. É o espaço poroso onde dá-se o movimento da água subterrânea. 
2.103. POTENCIOMÉTRICO (Potenciometric)é o que se refere à energia potencial do 
fluido. 
 
2.104. PRESSÃO (Pressure) é a relação entre a intensidade da força aplicada 
normalmente a uma área e esta área; símbolo: P; unidade: Pa. 
 
2.105. PRESSÃO Hidrostática (Hydrostatic Pressure) é a pressão dada pela altura de 
fluido acima de um ponto; dada pela Lei de Stevin; é semelhante a Lei da Pressão 
Litostática (aqui: g = 2,4 ´ 9.802 N/m³). 
 
2.106. PRODUÇÃO Específica (Specific Yield) é volume de água liberado por um 
volume unitário de um aqüífero livre em função da queda unitária da superfície 
potenciométrica; unidade: número [0-1]; símbolo: Sy. 
2.107. RAIO de Influência (Radius of Influeence) é a distância máxima em que se 
admite haver a ação do bombeamento no poço; unidade: m; símbolo:Re; Re = 
1,5[(T/S)t]0.5. 
 
2.108. RAIO HIDRÁULICO (Hydraulic Radius) é o quociente entre a área da superfície 
aberta perpendicular a direção do fluxo e o perímetro da secção; unidade: m; símbolo; 
R. 
 
2.109. REBAIXAMENTO (Drawdown) é o descenso da superfície potenciométrica do 
aqüífero abaixo do nível inicial; unidade: m; símbolo s; s = Ho - Ht, onde: Ho = nível da 
água no tempo zero (antes do início do bombeamento), Ht = nível da água num tempo 
qualquer; s = Hr1 - Hr2, onde: H ri = nível da água na distância r do poço. 
Teoricamente, corresponde a entropia: s = 0,08(Q/T)W(u) = BQ - Modelo de Theis; na 
prática, corresponde a soma dos rebaixamentos no aqüífero (entropia) mais os da obra: s 
= BQ + Cqn. 
2.110. REBAIXAMENTO Específico (Specific Drawdown) é a razão entre o 
rebaixamento e a vazão, para o tempo medido: s/Q; é o inverso da Vazão Específica; 
unidade: m-2s. 
 
2.111. REBAIXAMENTO Residual (Residual Drawdown) diferença entre os níveis 
natural e atual, depois da parada do bombeamemto. 
2.112. RECARGA (Recharge) é a quantidade de água adicionada ao aqüífero na área 
onde aflora, no intervalo considerado; unidade: altura por tempo (mm/dia); pode ser 
natural ou artificial. 
2.113. RECESSÃO (Recession) é a parte do hidrograma em que os níveis baixam 
sistematicamente. 
2.114. RECUPERAÇÃO (Recovey) é a ascensão da superfície potenciométrica do 
aqüífero, após cessada a causa do rebaixamento ou por alimentação, tendendo ao nível 
natural; serve também para reelevamento. 
2.115. REELEVAMENTO (Mound) é a subida do nível potenciométrico acima do nível 
inicial; antônimo: Rebaixamento. 
2.116. REDE de Fluxo (Flow Net) é a malha obtida pelo conjunto das linhas 
equipotenciais e de fluxo, descrevendo um fluxo bidimensional e permanente; é solução 
da Equação de Laplace. 
 
2.117. RETENÇÃO (Retention) é a capacidade do meio poroso de imobilizar a água por 
molhamento; deve-se a forças moleculares e correponde a água pelicular. Assim, parte 
da água infiltrada fica indisponível ao fluxo. A Retenção Específica é o complemento da 
Armazenabilidade dos aqüíferos freáticos (Produção Específica). Determinará a 
Capacidade de Campo. 
 
2.118. REYNOLDS, Número de (Reynolds Number) é a relação entre as forças 
inerciais e viscosas; o valor crítico distingue entre fluxo laminar e turbulento; para os 
aqüíferos está entre 1 e 10; Re = V´D/(m/r), onde: V = velocidade, D = tamanho do 
grão, m = viscosidade, r = densidade. 
 
2.119. ROCHA (Rock) é a litologia consolidada, exemplo: granito. 
 
2.120. RUGOSIDADE (Roughness) é a característica irregular de uma superfície, com 
asperesas; antônimo: Lisa. 
 
2.121. SATURAÇÃO (Saturation) é a relação entre o conteúdo volumétrico de fluido 
no meio poroso e sua porosidade; 100% de saturação equivale a porosidade; unidade: 
%; símbolo: q. 
2.122. SATURADA (Saturated) é aquela zona em que todos os poros da litologia estão 
preenchidos por água. Acima dela está a zona não-saturada (ou: vadosa); esta inclui a 
zona capilar e a zona de água do solo; é a zona aerada. 
 
2.123. SEDIMENTO (Sediment) é a litologia depositada e não-consolidada; exemplo: 
areia. 
2.124. SENSOR (Sensor) é um instrumento de medida in situ de uma variável do 
sistema, capaz de reagir a um estímulo. 
2.125. SOLO (Soil) é a parte superior da camada de alteração das rochas, capaz de 
suportar vida. 
 
2.126. STEVIN, Lei de (Stevin's Law) é a relação linear entre pressão e altura de 
líquido: H = P/g, onde: g = peso específico do fluido (água: 9.802 N/m³). 
 
2.127. SUPERFÍCIE Específica (Specific Surface) é a relação entre a área da superfície 
externa de um sólido e seu volume; unidade: cm-1; símbolo: As. 
 
2.128. SUPERFÍCIE Potenciométrica (Potenciometric Surface) é aquela em que se 
estabelece o nível da água do aqüífero; indica o nível de energia mecânica da água; 
pode ser contínua (aqüífero livre) ou descontínua (confinado); a diferença de altura 
entre tal superfície e a topográfica dá a profundidade da água subterrânea; sinônimo: 
Freática (Livre), no caso de aqüíferos livres; Piezométrica (Confinada), no caso de 
aqüíferos confinados. 
 
2.129. TENSÃO (Tension) é a pressão inferior a gravitacional a que a água está 
submetida; símbolo: s; unidade: Pa. 
2.130. TORTUOSIDADE (Tortuosity) é o parâmetro que expressa a relação entre os 
comprimentos da trajetória real da partícula e da linha de fluxo; em meio detrítico pode 
chegar a 50 %; deve-se a dispersão; unidade: número [1; 2]; símbolo: t. 
 
2.131. THEIS, Equação de (Theis' Equation): s = 0,08 (Q/T) W(u); onde: W(u) = função 
de poço (Well Function) = ò(e-u/u)du, integrada ente u e ¥. Descreve o fluxo a um poço 
em aqüífero confinado em regime transiente. 
2.132. THIEM Equação de (Thiem's Equation): s = (Q/2pK)Lne(r2/r1). Descreve o 
fluxo a um poço em aqüífero confinado em regime estacionário. 
 
2.133. TESTE em Degraus (Step-Drawdown Test) é o teste do poço em que se verifica 
a eficiência do sistema de captação e de bombeamento; as vazões são aumentadas em 
estágios e são anotados os níveis de água estabilizados; o objetivo é determinar o ponto 
crítico, a partir do qual as perdas de carga são grandes. O rebaixamento é a soma do 
aqüífero e o do sitiam hidráulicoimplantado (s = AQ + AQ2). 
 
2.134. TRANSIENTE (Unsteady) é o regime cujo fluxo as propriedades variam no 
tempo; ex: nível de água movendo-se no aqüífero. 
2.135. TRANSMISSIBILIDADE (Transmissibility) é o parâmetro hidráulico que indica 
a capacidade do aqüífero de transmitir água, em toda a sua espessura saturada; 
fisicamente, é a vazão do aqüífero por unidade de largura (perpendicular ao fluxo) em 
função de um gradiente hidráulico unitário, numa base de área unitária; unidade: 
m2/dia; símbolo: T; T = K ´ b, onde: K = condutividade, b = espessura. 
2.136. TURBULENTO (Turbulent) é o fluxo em que a trajetória das moléculas de 
fluido é errático e confuso; a velocidade real está acima da velocidade crítica, dada pelo 
número de Reynolds. 
2.137. UMIDADE Relativa(Relative Humidity) é a quantidade atual de vapor d'água no 
meio em relação a máxima possível àquela temperatura. 
2.138. UNIFORME (Uniform) é o escoamento em que não há variação de suas 
características no espaço, num dado instante; antônimo: Variado. 
2.139. VAZÃO (Discharge) é o volume de água que passa a área perpendicular a 
direção do fluxo, num dado tempo; ocorrem em função do gradiente de potencial; 
unidade: m3/s; símbolo: Q; sinônimo: Descarga. 
 
2.140. VAZÃO Crítica (Critical Discharge) é a vazão que corresponde ao ponto da 
curva do teste em degraus em que há mudança sensível da curvatura; é a vazão de 
operação do poço. 
2.141. VAZÃO Específica (Specific Discharge) é a vazão obtida por unidade de 
rebaixamento; unidade: m²/s; símbolo: qs; qs = Q/s. Não confundir com Produção 
Específica. 
2.142. VAZÃO Unitária (Flux) é o descarga de água de um aqüífero por unidade de 
área perpendicular à direção de fluxo; numericamente igual a velocidade de Darcy; q = 
Q/A. 
2.143. VELOCIDADE Crítica (Critical Velocity) é a velocidade limite, acima da qual o 
fluxo é turbulento; determinada pelo Número de Reynolds crítico, que em meio poroso 
está entre [1; 10]; acima desta velocidade a relação vazão-rebaixamentos deixa de ser 
linear: sƒ(Qn). No projeto de poço o valor admitido é até 3 cm/s. 
2.144. VELOCIDADE de Darcy (Darcy's Velocity) é o fluxo obtido em função de um 
gradiente unitário; é uma velocidade macroscópica e fictícia, de um regime uniforme; 
unidade: cm/s; símbolo: q; q = Q/A = -K´ÑH, onde: Q = vazão, A = área da superfície 
perpendicular a direção do fluxo, K = condutibilidade hidráulica, ÑH = gradiente 
hidráulico. 
2.145. VELOCIDADE de Fluxo (Seepage Velocity) é aquela com que se deslocam as 
frentes dentro do aqüífero; exemplo: frente de poluição; unidade: cm/s; símbolo: v; v = 
q/n, onde: q = velocidade de Darcy, n = porosidade; sinônimo: V. de Percolação; V. 
Eficaz. 
2.146. VISCOSIDADE (Viscosity) é a propriedade de um fluido que expressa sua 
resistência à tensão de cisalhamento: é a relação entre a intensidade da tensão de 
cisalhamento e a velocidade da deformação; unidade: Poise (P) = 1 din s/cm²; símbolo: 
m; a 20 ºC para água: 1,002 cP (no SI é 1000 vezes maior); a Viscosidade Cinemática é 
a relação entre a viscosidade (dinâmica) e a densidade: u = m/r. 
2.147. VOLUME Elementar Representativo (Elementary Representative Volume) é o 
volume mínimo em que as propriedades do sistema se mantêm; é uma representação 
estatística (média) do meio; ex.: se a amostra for muito pequena não consegue se 
analisar a porosidade pois estar-se-á ou no poro ou no grão. 
 
3. HIDROQUÍMICA 
3.1. ACIDEZ (Acidity) é a capacidade de uma solução em neutralizar bases - não é pH; 
é rara em água subterrânea; pode ser causada por dióxido de carbono, sais de Ferro e de 
Alumínio. 
3.2. ACIDIFICAÇÃO (Acidizing) é o processo de introção de ácido com o objetivo de 
aumentar a porosidade, por dissolução; tanto na formação aqüífera como na limpeza do 
filtro e do préfiltro. 
3.3. AERÓBICO (Aerobic) é o ente ou processo ativo só na presença de Oxigênio; ao 
contrário de Anaeróbico. 
3.4. AGRESSIVA (Agressive) é a água com pH ácido; corrosiva. 
3.5. ALCALINIDADE (Alcalinity) é a capacidade de uma solução em neutralizar 
ácidos; mede, pois, o conteúdo de íons hidrolizáveis - não, o pH; depende dos íons: 
carbonato bicarbonato e oxidrila; nas águas subterrâneas está normalmente até 300 ppm 
CaCO3 (TAC). 
3.6. AMÔNIA (Ammonia) é a substância química de fórmula: NH3, gasosa. 
3.7. CLORAÇÃO (Chlorination) é o processo de introdução de uma solução clorada no 
sistema de captação para esterelizar bactérias. 
3.8. COR (Colour) é a propriedade que indica a capacidade de absorção de radiação 
eletromagnética; depende matéria dissolvida e suspensa e da matéria orgânica; 
normalmente a água subterrânea é incolor (< 5 ppm Pt). 
 
3.9. CONDUTIBILIDADE (Specific Conductance) é a capacidade de um material em 
forma de cubo de lado unitário de transmitir corrente elétrica em função de uma queda 
potencial unitária; símbolo: s; unidade: S/m. Empiricamente: mg/l = 0,7 mS/m. É o 
inverso da Resistividade (r; Wm). 
3.10. CONDUTIVÍMETRO (Conductivity Meter) é um aparelho (portátil) que mede a 
condutibilidade da água; pode usar uma ponte de Wheatstone. Também: Resistivímetro. 
3.11. CONTAMINAÇÃO (Contamination) é qualquer degradação das características 
das águas subterrâneas; pode ser natural (ex.: intrusão marinha) ou artificial (poluição). 
3.12. CUNHA de Água Salgada (Salt Water Wedge) é a massa de água salgada que 
introduz-se em um aqüífero, limitada pela interfase e o substrato; a forma biselada deve-
se ao movimento da água doce. 
3.13. DATAÇÃO (Dating) é a avaliação da idade média de uma amostra, baseada na 
dosagem de marcadores cronométricos. 
3.14. DEMANDA Bioquímica de Oxigênio (Oxigen Biochemical Demand) é a 
capacidade da solução em consumir Oxigênio; normalmente é baixa em água 
subterrânea (< 1 ppm O2); indica processos aeróbicos biológicos; símbolo: DBO; 
unidade: ppm O2. 
 
3.15. DEMANDA Química de Oxigênio (Oxigen Chemical Demand) é a capacidade da 
solução em consumir oxidantes; normalmente é baixa em água subterrânea (< 15 ppm 
O2); pode indicar poluição industrial; símbolo: DQO; unidade: ppm O2. 
3.16. DIAGRAMA de Piper (Piper Diagram) é a representação gráfica do resultado de 
análises químicas, constituído por dois triângulos em cujos vértices estão os íons 
principais, em percentagem. 
 
3.17. DIAGRAMA de Stiff (Stiff's Diagram) é a representação gráfica do resultado de 
uma análise química em que os íons de interesse são expressos em epm segundo linha 
paralelas escaladas e os pontos são unidos, formando polígonos. 
3.18. DIAGRAMA Radial (Radial Diagram) é a representação gráfica do resultado de 
uma análise química em que os íons de interesse são expressos em epm segundo raios 
escalados e os pontos são unidos, formando polígonos. 
3.19. DIFUSÃO (Diffusion) é a propagação de influências em um meio; o resultado é a 
tendência de homogeneizar. 
3.20. DISPERSÃO (Dispersion) é o espalhamento das moléculas em meio aqüífero em 
função da advecção e dos desvios de trajeto devido aos grãos; unidade: cm2/h. 
3.21. DISSOCIAÇÃO (Dissociation) é a transformação de uma substância em outras 
mais simples, por separação dos constituintes, tanto por calor (CaCO3 Þ CaO + CO2) 
como por dissolução (NaCl Þ Na+ + Cl-). 
3.22. DISSOLUÇÃO (Dissolution) é o ato de passagem à solução. 
3.23. DOCE (Fresh) é a água com pequena concentração de matéria dissolvida (TSD < 
500 mg/l), sem gosto; antônimo: Salgada. 
3.24. DUREZA (Hardness) é a propriedade da água de produzir resíduo insolúvel ao 
contato com sabão ou precipitado (CaCO3) por ebulição; causada pelo conteúdo em 
íons terrosos: Ca e Mg, associados ou a carbonatos (dureza temporária) ou a sulfato, 
nitrato, cloreto (dureza permanente); a dureza totalé a soma; unidade: ppm CaCO3. É 
uma medida de qualidade de água, indicando teor de íons (terrosos) de Cálcio e de 
Magnésio em solução;; valor crítico: 100 ppm; água subterrânea: < 300 ppm, 
normalmente. A dureza total é a soma da permanente mais carbonática. 
3.25. Eh é o Potencial Eletródico; é a energia necessária para remover elétrons; unidade: 
V; mede a tendência de um meio à oxidação/redução; nas águas subterrâneas tende a ser 
zero. 
3.26. ELETRÓLITO (Electrolyte) é a substância que dissocia-se em íons ao dissolver-se 
em água, tornando esta um condutor elétrico. São: ácidos; bases; sais. 
3.27. FASE (Phase) é uma parte discreta e homogênea de um sistema material que é 
mecanicamente separada do resto; ex.: água+gelo. 
3.28. FILTRAÇÃO de Íons (Filtration of Ions) é o efeito separador exercido sobre água 
salgada cujo solvente atravessa camadas pouco permeáveis; o efeito é o aumento de 
concentração da água salgada; é uma osmose inversa. 
3.29. FLOCULAÇÃO (Flocculation) é o processo de aglomeração de partículas 
coloidais em massas, tipo grumo; sinônimo: Coagulação. 
3.30. FLUXO Mássico (Flux of Mass) é o fluxo de massa; normalmente refere-se ao 
soluto; unidade: m/s. 
3.31. HIDRÓLISE (Hydrolisis) é a reação química de decomposição de um composto e 
da água. 
3.32. HIDRÔMETRO (Hydrometer) é um instrumento usado para determinar a 
gravidade específica de um fluido. 
3.33. INCRUSTANTE (Incrusting) é a água saturada de matéria dissolvida, com 
tendência à precipitação. 
3.34. INTEMPERISMO (Weathering) é o grupo de processo pelo qual as litologias 
expostas ao clima transformam-se e acabam gerando o solo; assim, geram íons 
adicionados às águas percolantes. 
3.35. INTERFACE (Interface) é a região de mistura entre duas fases; é representada por 
uma superfície idealizada. 
3.36. ISOLINHAS (Isolines) são linhas de igual intensidade de um ente; ex.: 
isoconcentração; isotransmissividade. 
3.37. LIXIVIAÇÃO (Leaching) é o processo dissolução por água percolante. 
3.38. MIGRAÇÃO (Migration) é o transporte subsuperficial de matéria causado por 
percolação e/ou difusão. 
3.39. MOBILIDADE (Mobility) é a capacidade do íon em mover-se em dada ambiente 
químico; influem: solubilidade; troca iônica; organismos. 
3.40. ODOR (Smell) é a propriedade de produzir a sensação de cheiro; a água 
subterrânea normalmente é inodora; sabor advém de matéria volátil; é muito variado. 
3.41. ORGANOLÉPTICAS (Sensory Properties) são as propriedades da água que 
afetam os sentidos: cor; odor; sabor; calor. Normalmente a água subterrânea é: incolor; 
inodora; insípida. 
3.42. OSMOSE (Osmosis) é o fenômeno de passagem de um solvente através de uma 
membrana entre duas soluções, no sentido da solução menos concentrada; o resultado é 
o do equilíbrio das cargas hidráulicas. 
3.43. OXIGÊNIO (Oxygen) é uma substância química de número atômico 8 e peso 
atômico 15,999; é gasosa, inodora, incolor; constitui 21 % da atmosfera em volume. Na 
água subterrânea encontra-se dissolvido e causa corrosão. 
3.44. OZÔNIO (Ozone) é um alótropo do Oxigênio, cuja fórmula química é: O3. É 
formado pela ação do vento solar na alta atmosfera (UV). É oxidante e veneno; usado 
como germicida. 
3.45. pH é o Potencial de Hidrogênio; é um parâmetro químico que indica a 
concentração de íons hidrogênio numa solução aquosa; varia de zero a catorze, sendo 
sete o neutro; abaixo indica uma solução ácida (corrosiva) e acima, básica (incrustante); 
é o cologarítmo da atividade do íon hidrogênio: pH = -log<H+>; as águas subterrâneas 
tendem ao neutro (solução-tampão) mas, alto pH deve-se ao CO32- e baixo pH ao 
SO42-, normalmente. 
3.46. PPM é a abreviação de partes por milhão de solvente em soluto; é equivalente a 
miligramas por litro (mg/l) se a concentração da solução for baixa. 
 
3.47. POLUENTE (Pollutant) é qualquer ente artificial que causa modificação danosa à 
saúde nas características naturais da água subterrânea; pode ser: químico (ex.: íons); 
físico (ex.: temperatura); ou biológico (ex.: coliformes). 
 
3.48. POLUIÇÃO (Pollution) é qualquer alteração artificial das características naturais 
da água (físicas; químicas; biológicas), causada por um poluente. 
 
3.49. RESÍDUO Seco (Dissolved Solids) é o parâmetro químico que indica a 
quantidade de íons dissolvidos em água; obtido por evaporação em estufa; unidade: 
mg/l, ppm; em água subterrânea, está na ordem da centena de ppm; também: Sólidos 
Dissolvidos Totais. 
 
3.50. SABOR (Taste) é a propriedade de produzir a sensação de gosto; a água 
subterrânea normalmente é insípida; sabor advém de matéria dissolvida: sais (NaCl) - 
salgado; gases (CO2)- picante, ácido; açúcares - doce; etc. 
3.51. SALINIDADE (Salinity) é o teor em matéria dissolvida (soluto) de uma solução; 
unidade: mg/l. 
3.52. SOLUBILIDADE (Solubility) é a concentração de equilíbrio de um soluto quando 
em contato com a solução; mede a capacidade da solução em formar misturas 
homogêneas; unidade: mol/l. 
 
3.53. SURFACTANTES (Surfactants) é aquela substância que altera a tensão 
superficial e, pois, a capacidade de molhar. Tem ação detergente. 
3.54. TEMPERATURA (Temperature) é a propriedade que indica o potencial térmico 
de um corpo; unidade: ºC; a água subterrânea normalmente tem a temperatura média da 
região, adicionado o grau geotérmico correspondente; influi na intensidade das 
propriedades e na velocidade das reações química; determina o estado físico. 
 
3.55. TENSÃO Superficial (Surface Tension) é a força que tende a diminuir a energia 
superficial total de uma fase. 
3.56. TEOR (Content) é a quantidade (volume; peso) de uma substância contida em um 
meio; sinônimo: Grau. 
3.57. TRAÇADOR (Tracer) é todo ente que permite identificar o deslocamento de um 
fluido; pode ser natural ou artificial; ex.: íons. 
 
3.58. TROCA Iônica (Ion Exchange) migração iônica expontânea e reversível entre 
fases em contato, por tamanho carga ou concentração; no caso, entre água subterrânea e 
grão mineral 
3.59. TURBIDEZ (Turbidity) é a propriedade que indica a capacidade de transmitir a 
luz; depende dos materiais finos suspensos; deve-se ao Efeito Tyndall; a água 
subterrânea normalmente é transparente (< 1 ppm SiO2); unidade: ppm SiO2. 
4. PERFURAÇÃO 
4.1. ALINHAMENTO (Verticality) é a comparação entre o eixo do furo e a vertical; 
também: Verticalidade. 
4.2. ANULAR (Annular) é o espaço em forma de anel entre o revestimento e a parede 
do furo. 
 
4.3. AREIA (Sand) a produção de areia em poço em operação indica: ruptura ou 
deterioração metálica, mauprojeto ou má execução do projeto. O poço e a bomba são 
feitos para bombear água. A areia causa: aumentos dos custos (energia; manutenção); 
diminuição da produção; possibilidade de acidentes. 
4.4. BOMBA (Pump) é a máquina que transfere a energia do motor ao fluido; 
transforma-a em: velocidade, pressão, altura. 
4.5. BROCA (Drill, Bit) é a ponta cortante do sistema de perfuração. 
4.6. CAÇAMBA (Bailer) é o equipamento cilíndrico oco e valvulado na base para 
remoção de material nas sondagens a percussão. 
4.7. CANTEIRO (Site) é o local delimitado necessário para a obra, as atividades, os 
equipamentos e o pessoal. 
 
4.8. CIMENTAÇÃO (Cementing) é o processo de implantação de massa de cimento 
para prover isolamento 
para as águas subterrâneas. É fundamental no contato poço-topografia (vedação) e no 
poço abandonado (tamponamento). 
 
4.9. COLMATAÇÃO (Void Filling) é o processo de preencimento dos poros por finos; 
causa o efeito de parede, no poço ou no leito do corpo d'água. É o inverso da erosão. 
 
4.10. COMPLETAÇÃO (Finishing) é o conjunto de operações em um poço que visam 
pô-lo em produção: desenvolvimento/estimulação,tubagem, préfiltro, cimentação, teste 
de produção, desinfecção. 
 
4.11. DESENVOLVIMENTO (Development) é a parte do processo de completação de 
um poço que visa favorecer o fluxo de água do aqüífero ao poço. Dá-se por ou 
recomposição ou aumento da permeabilidade no entorno do poço. 
 
4.12. DESINFECCÃO (Desinfection) é o processo de eliminação de bactérias nas partes 
em contato com a água; feita na completação do poçoou na manutenção. 
 
4.13. DIÂMETRO Efetivo (Effective Grain Size) é o tamanho de grão teórico esférico 
de um material homogêneo que transmitiria água com igual vazão ao material em 
questão; equivale ao tamanho em que 90 % dos grãos da amostra é maior. 
 
4.14. EQUALIZAÇÃO (Equilization) é o igualamento da pressão hidrostática no 
espaço anular entre o fluido de cimentação e a água subterrânea. 
4.15. EQUIPAMENTO (Equipment) é o instrumento necessário para produzir uma 
ação. 
 
4.16. ESTIMULAÇÃO (Stimulating) é o processo de aumento da produção do poço, 
gerando porosidade secundária ao redor da zona de captação do poço e, pois, 
diminuindo a resistência ao fluxo. Pode ser por: pistoneamento, jateamento, 
fraturamento, acidificação, 
 
4.17. FILTRO (Screen) é o cano vazado que permite a entrada de água na tubulação e o 
acesso à bomba, além de reter o préfiltro; a velocidade de projeto de entrada da água é 
de 3 cm/s; é pois, importante conhecer-se a área aberta do filtro. 
 
4.18. FERRAMENTA (Tool) é o instrumento manual necessário para produzir uma 
ação. 
 
4.19. FLUIDO de Perfuração (Drilling Fluid) é o material utilidade para preencher o 
espaço do furo; tem a finalidade de: sustentar as paredes, transportar resíduos, resfriar e 
lubrificar. Pode ser: ar; água; lama; polímeros em emulsão. 
 
4.20. JATEAMENTO (Jetting) é o processo de perfuração que implica na remoção 
hidráulica do material rochoso, com a introdução simultânea da tubulação. Exclusivo 
para materiais inconsolidados. 
 
4.21. LIMPEZA (Cleaning) é a ação de remoção dos resíduos de perfuração do poço e 
do aqüífero. 
 
4.22. MARTELO (Bit) é a broca de perfuração do método a percussão. 
 
4.23. PAREDE, Efeito de (Skin Effect) é a redução da permeabilidade no entorno do 
furo em função da zona invadidade de lama de perfuração. 
4.24. PEPTIZAÇÃO (Peptization) é a dispersão gerada pela adição de substâncias 
químicas. 
 
4.25. PERCUSSÃO (Cable Tool) é o processo de perfuração que implica no corte do 
material rochoso por uma broca esmagadora (martelo), através do repetitivo impacto 
sobre o material rochoso. 
 
4.26. PERCUSSOR () é o instrumento em forma de U entrelaçado que permite o 
arranque do trépano. 
4.27. PERFURATRIZ (Rig) é a máquina para executar um poço; pode ser: rotativa; 
percussora; jato. 
 
4.28. PESCARIA (Fishing) é o processo de tentar recuperar um instrumental dentro do 
poço. 
 
4.29. PILOTO (Exploring) é o furo que visa obter dados preliminares das litologias de 
subsuperfície. 
 
4.30. PISTONEAMENTO (Surging) é o processo de desenvolvimento/estimulação de 
poço no qual a água é movimentada por sucessivos movimentos verticais de um êmbolo 
nela imerso. O bojetivo é a retirada dos finos no entorno do local agitado. 
 
4.31. PRÉFILTRO (Gravel Pack) é o meio poroso artificial posto no espaço anelar entre 
a parede do poço e a do filtro, visando segurar o material do aqüífero e diminuir a 
velocidade da água de acesso ao filtro. Va = 2 p H (Rp - Rf), onde V = volume, Rp = 
raio da parede, Rf = raio do filtro. É o Maciço Filtrante. 
 
4.32. RECALQUE (Lift) é a altura a que um líquido é elevado ao passar pela bomba. É 
a soma das alturas geométrica e perdas. 
 
4.33. RESPONSÁVEL (In Charge) é a pessoa que reponde tecnica e legalmente pela 
obra. 
 
4.34. REVESTIMENTO (Casing) é o tubo não-perfurado que tem a função de: segurar 
as paredes do poço; isolar camadas indesejadas; dar acesso ao aqüífero; segurar o filtro. 
 
4.35. ROTATIVO (Rotary) é o método de perfuração que implica no corte do material 
rochoso por uma broca trituradora que rotaciona e a retirada deste material 
hidraulicamente. 
 
4.36. SUCÇÃO (Suction) é a altura que uma bomba é capaz de elevar a água até a 
bomba; teoricamente: £ 10,33 m; na prática: £ 7 m. 
4.37. SUÍVEL (Swivel) é uma ligação que permite a rotação independente de parte 
unidas. 
4.38. TAMPA (Cover) é o elemento que veda o topo do poço em contato com a 
atmosfera. 
 
4.39. TESTEMUNHO (Core) é a porção da litologia subsuperfícial intacta obtida por 
perfuração. 
 
4.40. TORRE (Derrick) é estrutura que suporta o equipamento perfurador em uma 
sondagem em execução. 
 
4.41. TRÉPANO (Trepan) é o instrumento biselado de esmagamento na ponta de uma 
sonda a percussão. 
 
4.42. UNIFORMIDADE, Coeficiente de (Uniformity Coefficient) é a relação entre os 
tamanhos de grão que passa 60 % e 10 % das malhas das peneiras. Expressa o grau de 
classificação do sedimento: melhor mais próximo de 1. Cu = D60 / D10. 
5. HIDROADMINISTRAÇÃO 
5.1. ALIMENTAÇÃO (Recharge) é o conjunto de entradas de água ao aqüífero, num 
intervalo. Mede-se como vazão (Qe) ou como altura de água (He). Sinônimo: Recarga. 
 
5.2. ALUVIÃO (Alluvium) é a litologia depositada por rio na planície de inundação. 
5.3. AMOSTRAGEM (Sampling) é o processo de colher uma parte representativa de 
um sistema. 
5.4. AQÜÍCLUDO (Aquiclude) é aquela litologia porosa mas não permeável, incapaz 
de ceder águaeconomicamente a obras de captação; exemplo: argila. A água está 
contida no meio por forças moleculares. 
5.5. AQÜÍFERO (Aquifer) é aquela litologia porosa e permeável, capaz de ceder água 
economicamente a obras de captação; exemplo: areia, arenito; ou seja, o aqüífero é um 
material geológico capaz de servir de depositório e de transmissor da água aí 
armazenada; assim, uma litologia só será aqüífera se, além de conter água, ou seja, seus 
poros estando saturados (cheios) de água, permita a fácil transmissão da água 
armazenada; assim, uma argila pode conter água (e muita), mas certamente não a libera 
por gravidade; etimologicamente: água+transfere. 
5.6. AQÜÍFUGO (Aquifuge) é aquela litologia não porosa nem permeável, incapaz de 
tanto armazenar como ceder água; exemplo: rochas cristalinas. 
5.7. AQÜÍTARDO (Aquitard) é aquela litologia porosa mas pouco permeável, incapaz 
de ceder água economicamente a obras de captação mas capaz de ceder quantidades 
apreciáveis de água lentamente e em grandes áreas; exemplo: siltito.ÁREA de 
Influência (Area of Influence) é a região na qual a superfície potenciométrica é 
modificada por alguma ação sobre o aqüífero. 
5.8. BACIA Geológica (Geologic Basin) região delimitada por uma flexura regional 
côncava com mergulho radial centrípeto. 
 
5.9. BACIA Hidrogeológica (Hydrogeological Basin) é aquela região geográfica em que 
as águas subterrâneas escoam a um só exutório. Pode não coincidir com a hidrográfica. 
 
5.10. BACIA Hidrográfica (Watershed) é a região contida entre divisores de água em 
que toda a água que aí precipitar sairá pelo único exutório: a foz. 
 
5.11. BALANÇO Hídrico (Water Balance) é a operação que quantifica a diferença 
numérica entre as alimentações e as descargas de um sistema hídrico, numa região e 
num intervalo específicos; é a soma das entradas (alimentações), das saídas (descargas) 
e das variações de armazenamento de um aqüífero num intervalo de tempo definido; é 
um balanço de massa: DA = Qe - Qs, onde: DA = variação de armazenamento, Qe = 
alimentações, Qs = descargas. Mede-se como vazão (Q) ou como altura de água (H); 
globalmente são evaporados 350.000 km3/ano dos oceanos e 75.000 km3/ano dos 
continentes, num totalde 425.000 km3/ano; precipitados 105.000 km3/ano nos 
continentes e 320.000 km3/ano nos oceanos; escoam 30.000 km3/ano pela crosta em 
direção aos mares e pela atmosfera em direção aos continentes. 
5.12. BANCO de Dados (Data Bank) é o sistema de gerenciamento de dados sobre 
determinado assunto sob a forma de coleção de registros individuais, subdividido em 
campos; é segmentado mas, interrelacionado. 
5.13. BOMBEAMENTO (Pumping) é a retirada de água através de uma bomba. 
Antônimo: Injeção. 
5.14. CAMPO (Well Field) é um domínio geofráfico que reúne um conjunto de poços 
em produção conjunta otimizada; normalmente para um só uso. 
5.15. CAPTAÇÃO (Recovery) é a ação de colher água (subterrânea). Pode ser por: 
derivação (ex.: bombeamento) ou por recolhimento (ex.: barragem). Obs.: a água, não o 
aqüífero, é a captada; nem sempre implica em extração. 
5.16. CAPTURA (Capture) é a capacidade do sistema aqüífero em induzir recarga ou 
reduzir descarga, quando em bombeamento. 
5.17. CICLO Hidrológico (Water Cycle) é a contínua e natural circulação da água pelas 
esferas terrestres (atmo; bio; lito; hidro); o volume global na Terra envolve 425.000 
km3/ano. É um subciclo do ciclo geológico. 
5.18. CONTRATO (Contract) é um acordo entre partes, com força legal; normalmente é 
escrito. 
5.19. CORTE (Cross Section) é a representação interpretada da subsuperfície segundo 
um plano vertical; normalmente estabelecido entre dois perfis de sondagem. 
5.20. CUNHA Salgada (Salt Water Wedge) é a massa de água salgada, em forma de 
diedro sólido, que se intrudiu no aqüífero. 
5.21. CUSTO da Água (Water Cost) é o custo aproximado por hora: C = Q ´ g ´ H ´ ´ Ce 
/ hb ´ hm, onde: b = bomba e m = motor, Ce = custo da energia (ex.: do kWh). 
5.22. DESCARGA (Discharge) é o conjunto de saídas de água do aqüífero, num 
intervalo. Mede-se como vazão (Qs) ou como altura de água (Hs). Sinônimo: Vazão. 
 
5.23. DIVISOR (Divide) é o conjunto contínuo de pontos do sistema de fluxo em que o 
sentido do fluxo é divergente; é um limite hidráulico de um fluxo. Ex.: limite do cone 
de depressão. 
5.24. DRENO (Drain) é a obra de captação e de condução de água subterrânea por 
gravidade; normalmente horizontalizado. Impõe diferença constante de potencial 
hidráulico. 
5.25. EFICIÊNCIA (Efficiency) é a relação entre o trabalho realizado por um sistema e 
a energia recebida. Unidade: percento. Num poço é a relação entre os rebaixamentos no 
aqüífero e no sistema: h = BQ/(BQ+CQ²) = [1+(C/B)Q]-1; a queda de produção pode 
ser: efeito de parede; fluxo turbulento; incrustações; limites. Numa bomba a eficiência é 
a relação entre as potências desenvolvida e recebida: h = Q ´ g ´ H / Pr, onde: H = altura 
total (recalque+sucção+perdas); a seleção da bomba deve ser feita pelo pico da curva de 
eficiência, para a vazão e a altura de recalque desejadas. 
5.26. EFLUENTE (Effluent) é a capacidade de um corpo hídrico descarregar em outro. 
5.27. EQUILÍBRIO Dinâmico (Dynamic Equilibrium) é o estado natural dos sistemas 
aqüíferos, expressado fisicamente por: entradas e saídas baleanceadas; nível 
potenciométrico estável; qualidade da água subterrânea estável. Toda ação humana 
provoca desequilíbrio; se não for intenso, o sistema consegue restabelecer o original 
(homeostase). 
5.28. ESCOAMENTO (Flow) é o movimento da água, transvasando. O Escoamento 
Superficial (Runoff) é aquele realizado através dos canais da drenagem de superfície. 
5.29. ESCORRIMENTO Superficial (Surface Runoff) é aquele escoamento disperso de 
água que se dá sobre a superfície topográfica. 
5.30. ESPECIFICAÇÕES (Specifications) é a relação do conjunto detalhado e exato dos 
constituintes de um item, incluindo: materiais, dimensões, mão-de-obra. 
 
5.31. EXATIDÃO (Accuracy) é a capacidade de medir/representar um fenômeno sem 
erro (ou com erro conhecido). 
 
5.32. EXPLORAÇÃO (Exploration) é o conjunto de processos que visam a descoberta e 
a quantificação do recurso; sinônimo: Prospecção. 
5.33. EXPLOTAÇÃO (Exploitation) de água subterrânea consiste na sua extração para 
dispô-la ao uso; laicamente: exploração. 
5.34. EXTRAÇÃO (Withdrawal) é o ato de retirar. 
5.35. FICHA de Ponto de Água (Ground Water Register) é o instrumento que 
documenta as características individuais de um local de acesso ao aqüífero: geografia; 
geologia; hidráulica; hidroquímica; construção; etc. 
 
5.36. FONTE (Spring) é aquela ocorrência de água subterrânea quando esta aflora de 
forma conentrada em superfície; sinônimo: Nascente. 
 
5.37. FREATÓFITAS (Preatophytes) é um conjunto de vegetais que retiram água da 
zona capilar do aqüífero. 
 
5.38. FLUXO de Base (Base Flow) é o fluxo que os rios mantêm durante os períodos de 
recesso inter-chuvas, proveniente das descargas dos aqüíferos, principalmente. 
5.39. FUNÇÕES dos Aqüíferos: (1) Supridora, de recursos hídricos a poços; (2) 
Transportadora, de recursos hídricos entre áreas; (3) Filtradora, de águas residuais; (4) 
Armazenadora, de recursos hídricos e/ou rejeitos antrópicos; (5) Energética, mecânica 
e/ou térmica; (6) Reguladora, de descargas e/ou armazenagens dos sistemas de recursos 
hídricos; (8) Mantenedora, do fluxo-de-base dos rios; (9) Sustentadora, das pressões 
litostática e/ou de obras (poro-pressão). 
 
5.40. GERENCIAMENTO (Management) é o conjunto de ações administrativas que 
visam controlar ações sobre um sistema aqüífero para atingir objetivos e prazos 
satisfazendo a política de recursos hídricos. 
5.41. HIDROGRAMA (Hydrograph) é a curva obtida correlacionando-se as vazões aos 
níveis de água, no tempo: Qƒ(H). A maior parte de tempo representa a vazão de base do 
rio (cedida pelo aqüífero). Um evento de cheia corresponde: ascenço, pico, descenço 
(recessão). 
5.42. HIDROISOHIPSA (Hydrohypse) é a linha que liga pontos de igual altitude de 
coluna de água; sinônimo: Isopotenciométrica. 
 
5.43. HIDROMANCIA (Hydromancy) adivinhação pela água. 
5.44. INJEÇÃO (Injection) é o ato de introduzir água na zona saturada do aqüífero, seja 
para ou investigação ou recarga. 
5.45. INTERFERÊNCIA (Interference) é a ação de uma obra de captação sobre outra, 
dentro, pois, do raio de influência; a conseqüência é o aumento de rebaixamento, em 
poços em bombeamento. 
5.46. ISOHIETA (Isohyeta) é a linha que une pontos de igual quantidade de 
precipitação. 
5.47. ISOPIEZA (Isopiestic) é a linha que une os lugares geométricos dos pontos de 
igual intendidade de pressão; só. Difere da carga hidráulica (pressão+posição). 
 
5.48. JORRO (Spill) é o fluxo expontâneo de água de um poço em aqüífero artesiano; 
sinônimo: Artesianismo. 
 
5.49. LEIS (Laws) - (1) Constituição Federal (1988, Art. 21); (2) Lei Federal Sobre o 
Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (em tramitação); (3) Lei 
Federal Sobre Águas Subterrâneas (em tramitação); (4) Constituição Estadual/RS 
(1989, Art. 171); (5) Lei Estadual/RS 10.350, de 30nov1994; (6) Código de Águas 
(Decreto 24.643, 10jul34); (7) Código de Mineração (Decreto-Lei 227, 28fev1967); (8) 
Código de Águas Minerais (Decreto 7.841, 7ago1945); (9) NB 1290/90; (10) NB 
588/77; (11) Leis Municipais (94). 
 
5.50. LENÇOL Freático (Water Table): Superfície Freática. A não usar. 
5.51. LEVANTAMENTO (Survey) é a investigação metódica de dados, tanto existentes 
(escritório) como novos (campo), referentes a um sistema real ou uma área, usando 
técnicas de compilação e de prospecção, visando a análise dos dados. 
5.52. LITOLOGIA (Lithology) é a caracterização de um material rochoso pelos 
aspectos físicos macroscópicos. 
5.53. LOCAÇÃO de um Poço (Well Location) é o processo de escolha de local o mais 
favorável para perfurar; leva-se em conta: o cliente,a geografia, a geologia, a 
hidrologia, os custos. 
 
5.54. MANUTENÇÃO (Maintenance) é a ação de preservação; normalmente para 
preservar a funcionalidade; pode ser: corretiva, preventiva. 
 
5.55. MAPA Hidrogeológico (Hydrogeological Map) é uma representação 
bidimensional, sintética e escalada da distribuição areal dos vários sistemas aqüíferos 
aflorantes de uma área, junto com características: geográficas (ex.: cidade); geométricas 
(ex.: limites); hidrológicas (ex.: área de recarga); hidrogeoquímicas (ex.: resíduo seco); 
hidráulicas (ex.: transmissibilidade); além dos dados de identificação e de significação 
do mapa. 
5.56. MINERAÇÃO (Mining) é a retirada de uma substância de seu jazimento; para 
recursos renováveis implica em excesso da retirada sobre a alimentação; no caso de 
água subterrânea, causa rebaixamento excessivo, com efeitos deletérios; ex.: tremores; 
compactação (rachaduras em casas). 
5.57. MODELAÇÃO (Modelling) é o ato de modelar: de fazer o modelo, da concepção 
à elaboração do simulador; ou seja, prepara para a simulação. 
5.58. MODELO (Model) é a representação simplificada e em escala dos componentes 
fundamentais de um sistema natural, expressando seu comportamento essencial; pode 
ser: conceitual (ex.: descrição); físico (ex.: mapa); matemático (ex.: equação). A 
capacidade de imaginar/gerar/aplicar modelos é fundamental para o entendimento do 
sistema e de seu funcionamento e, pois, de sua explotação e proteção. O 
estabelecimento de um modelo implica na definição de: uma estrutura que limita e 
interliga as partes, entre si e com a vizinhança; de leis que ligam a ação sobre o sistema 
com a reação deste; de parâmetros (constantes ou variáveis) que descrevem o estado do 
sistema. Tais parâmetros podem ser: determinísticos (uma ação = uma só reação); 
estatísticos (uma ação = uma reação variável); estocásticos (uma ação = várias possíveis 
reações). Os modelos matemáticos podem ser: analíticos ou numéricos; os primeiros são 
soluções dos segundos para casos simples, gerando uma equação simples (ex.: modelo 
de Theis); os segundos expressam o comportamento geral do sistema, normalmente 
expresso por equações diferenciais parciais (ex.: equação da difusão). 
 
5.59. MONITORAMENTO (Monitoring) é o processo sistemático e continuado de: 
verificação e registro de dados em um sistema aqüífero. Visa a produção de dados 
históricos. 
 
5.60. OTIMIZAÇÃO (Optmizing) é o processo de maximização da eficiência. 
 
5.61. PERFILAGEM (Log) é o processo de determinação das características de 
subsuperfície em uma vertical; pode ser direta (geológica) ou indireta (geofísica). 
 
5.62. PERFURAÇÃO (Hole) é a obra executada por máquinas que resulta em um furo 
vertical de pequeno diâmetro. 
 
5.63. PERFURADOR (Contractor) é o empresário contrutor de poços para água. 
 
5.64. PERÍMETRO de Proteção (Protection Perimeter) é a linha que delimita uma área 
em torno de um poço/fonte que capta água potável; visa proteger a qualidade. 
 
5.65. PIEZÔMETRO (Piezometer) é um furo que permite sensoriar a carga hidráulica 
em determinado ponto do sistema de fluxo. Difere do Poço de Observação. 
5.66. PLUMA (Plume) é o bulbo de poluição dentro de aqüífero, a partir da fonte; 
indica a área afetada. 
 
5.67. POÇO (Well) é a obra de engenharia que dá acesso ao aqüífero para retirada de 
água subterrânea; consiste: perfuração, revestimento, filtro, préfiltro, moto-bomba, 
vedação; pode ser: escavado; cravado; perfurado; supões-se que penetra até a base do 
aqüífero. A referência: Poço Artesiano, é incorreta; diga-se: Poço Tubular. 
 
5.68. POÇO a Penetração Parcial (Parcial Penetration Well) é o poço que não penetra 
até a base do aqüífero; sinônimo (a rejeitar): poço incompleto. 
 
5.69. POÇO de Observação (Observation Well) é o furo que permite dar acesso à água 
subterrânea, tanto para colher amostras como para fazer medições. Ao medir o nível da 
água em um sistema de fluxo dá o valor integrado das equipotenciais que corta. É usado 
para fins de monitoramento. 
 
5.70. PODER Regulador (Regulation Power) é a capacidade de um aqüífero de 
regularizar, por variação de sua reserva, as vazões de suas emergências; mesmo 
considerando as irregularidades das alimentações 
 
5.71. POTABILIDADE (Potability) é a característica de uma água com parâmetros de 
qualidade compatíveis com uso de ingestão humana. 
 
5.72. PRECISÃO (Precision) é a capacidade de medir um fenômeno consistentemente. 
5.73. PROJETO de Poço (Well Design) é a representação da concepção das 
características da obra de perfuração em função do conhecimento da sucessão litológica 
do local, do aqüífero e da água subterrânea aí contida. Projeto Executivo é o projeto pré-
execução. 
 
5.74. PROTÓTIPO (Prototype) é a forma original que servirá de base para o modelo; no 
caso, a Natureza. 
5.75. PROVÍNCIA Hidrogeológica (Hydrogeological Province) é uma região que 
possui sistemas aqüíferos com condições semelhantes de: armazenamento; circulação e 
qualidade de água. 
 
5.76. QUALIDADE (Quality) das águas são os parâmetros físicos, químicos e 
biológicos que caracterizam a amostra; exemplo: cor; turbidez; íons dissolvidos 
(espécimes: cloreto, sódio; totais: resíduo seco - RS); dureza; índice de coliformes 
(NMP); plâncton. 
 
5.77. RADIESTESIA (Witching) é o emprego de técnicas adivinhatórias na procura de 
água subterrânea; ex.: varinha. 
 
5.78. RAIO de Influência (Radius of Influence) é a extensão em que se verifica a 
influência de um bombeamento de um poço, formando a base superior do cone de 
depressão; unidade: m; símbolo: Re. 
 
5.79. RAIO Eficaz (Radius of Efficiency) é a linear idealizada que fornece a mesma 
vazão específica que o poço real, para mesmos tempo e rebaixamento, para meio 
homogêneo; na prática é a distância entre o centro do poço e o limite do maciço filtrante 
(zona aqüífera desenvolvida). 
 
5.80. RECARGA (Recharge): Alimentação. 
5.81. RECURSO (Resource) é o volume de água disponível num intervalo; são as 
reservas mobilizáveis, técnica e legalmente. Unidade: m³/s. 
 
5.82. REDE Piezométrica (Piezometric Net) é o conjunto de piezômetros e poços de 
observação distribuídos metodicamente, mas que represente o sistema em foco, e 
operados sistematicamente, mas que represente as variações temporais de interesse. 
 
5.83. REGIME (Flow Type) é o conjunto de características que determinam o tipo de 
fluxo; pode ser: laminar/turbulento, estacionário/transiente, rotacional/ irrotacional; etc. 
 
5.84. RENOVAÇÃO, Taxa de (Recharge Ratio) razão entre a alimentação e a reserva 
anuais médias do aqüífero; unidade: ano-1. 
5.85. RESERVA (Reserve) é a quantidade de água existente no sistema. Unidade: m³. 
5.86. RESIDÊNCIA, Tempo de (Residence Time) é o tempo em que teoricamente uma 
molécula de água permanece no sistema hídrico; unidade: anos; símbolo: T; T = R/Q, 
onde: R = reserva hídrica, Q = descarga. Indica o tempo de renovação das reservas. 
5.87. RIO Subterrâneo (Subterranean Stream) é um corpo de água fluindo através de um 
interstício muito grande (ex.: caverna). 
 
5.88. ROCHA (Rock) é a litologia agregada, formando um corpo sólido. 
5.89. SENSIBILIDADE (Sensibility) é a capacidade de um dispositivo de reagir a um 
impulso; refere-se a intensidade do impulso e ao retardo na reação. 
 
5.90. SIMILARIDADE (Similitude) é a característica de ser semelhante; no caso 
implica semelhança entre realidade e modelo; implica semelhança: geométrica e 
dinâmica. 
 
5.91. SIMULAÇÃO (Simulation) reprodução em modelo do comportamento do 
protótipo, ao menos nas principais reações. 
 
5.92. SÍNTESE Hidrogeológica (Hydrogeological Synthesis)

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