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Direito Administrativo Técnico Judiciário Área Administrativa

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Aula 00
Direito Administrativo p/ TRTs - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Com
videoaulas
Professor: Daniel Mesquita
Direito Administrativo p/ TRTs ʹ Técnico 
Judiciário ʹ Área Administrativa 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 98 
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
 
 
AULA 00: Princípios 
 
 
SUMÁRIO 
1. APRESENTAÇÃO 2 
2. CRONOGRAMA 4 
3. INTRODUÇÃO À AULA INAUGURAL 6 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS NO DIREITO ADMINISTRATIVO 6 
5. PRINCÍPIOS BASILARES 10 
5.1 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR 11 
5.2 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 15 
5.3 PRINCÍPIOS DO ART. 37, CAPUT, DA CF. 22 
5.4 OUTROS PRINCÍPIOS CONSAGRADOS. 53 
6. RESUMO DA AULA 69 
7. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 71 
8. REFERÊNCIAS 97 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Administrativo p/ TRTs ʹ Técnico 
Judiciário ʹ Área Administrativa 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 98 
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
 
1. Apresentação 
 
Bem vindos ao curso de Direito Administrativo, preparatório para 
o Tribunal Regional do Trabalho ± TRT, para o cargo de Técnico 
Judiciário ± Área Administrativa. 
Aqui você verá somente questões de tribunais!!!! 
Meu amigo tenha isso em mente: SE VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI 
PASSAR E SE VOCÊ PASSAR, VOCÊ VAI SER CHAMADO! 
Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das 
pedras pra você, mas lembre-se de que eu já estive aí, onde você está 
agora. 
Pra você me conhecer melhor, vou falar um pouco de mim. 
Meu nome é Daniel Mesquita, sou formado em Direito pela 
Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em direito público. A 
minha vida no mundo dos concursos teve início em 2005, quando me 
preparei para o concurso de técnico administrativo ± área judiciária ± do 
Superior Tribunal de Justiça. Já nesse concurso, obtive êxito e trabalhei 
por dois anos no Tribunal, na assessoria de Ministro da 1ª Turma. 
Em seguida, passei para o concurso de analista do Tribunal 
Superior Eleitoral (CESPE/UnB), na quarta colocação. 
A partir daí, meu estudo foi focado para as provas de advogado 
público (AGU, procuradorias estaduais, defensorias públicas etc.), pois 
sempre tive como objetivo a carreira de Procurador de Estado ou do 
Distrito Federal. 
Nem tudo na vida são louros. Nessa fase obtive muitas derrotas 
e reprovações nos concursos. Desanimei por algumas vezes, mas 
continuei firme em meu objetivo, pois só não passa em concurso quem 
pára de estudar! 
E essa atitude rendeu frutos, logo fui aprovado no concurso de 
Procurador Federal ± AGU. 
Direito Administrativo p/ TRTs ʹ Técnico 
Judiciário ʹ Área Administrativa 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 98 
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
 
Continuei estudando, pois ainda faltava mais um degrau: 
Procuradoria de Estado ou do Distrito Federal. 
Foi então que todo o suor, dedicação, disciplina, renúncia e 
privações deram o resultado esperado, logrei aprovação no concurso de 
Procurador do Distrito Federal. Tomei posse em 2009 e exerço essa 
função até hoje. 
Não posso deixar de mencionar também a minha experiência 
como membro de bancas de concursos públicos. A participação na 
elaboração de diversas provas de concursos, inclusive para tribunais, 
me fez perceber o nível de cobrança do conteúdo nas provas, as 
matérias mais recorrentes e os erros mais comuns dos candidatos. 
Espero que a minha experiência possa ajudá-lo no estudo do 
direito administrativo. 
Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar 
nos conteúdos mais recorrentes e dar a matéria na medida certa, assim 
como um bom médico prescreve um medicamento. 
Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar 
todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco 
da doença. Isso quer dizer que não podemos deixar nenhum ponto do 
edital para trás. 
Além disso, buscarei usar muitos recursos visuais para que a 
apreensão do conteúdo venha mais facilmente. 
Para reforçar a aprendizagem, resumirei o conteúdo 
apresentado ao final de cada aula e apresentarei as questões 
mencionadas ao longo da aula em tópico separado, para que você possa 
resolvê-las na véspera da prova. 
Todos esses instrumentos você terá a sua disposição para 
encarar a batalha. 
Também gostaria de informá-los sobre o meu livro Direito 
Administrativo: 4001 Questões Comentadas CESPE, ESAF, FCC e 
FGV ! 
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Judiciário ʹ Área Administrativa 
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Vocês podem adquiri-lo pelo site: 
http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=2836 
 
 
 
 
2. Cronograma 
 
Num concurso com muitos inscritos como esse, você não pode 
perder tempo e deve lutar com as armas certas. A principal arma para 
você vencer essa batalha é o planejamento. 
 
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 Conteúdo do Curso 
 
DISPONÍVEL CONTEÚDO 
Disponível em 17/09/2015 Princípios básicos 
Aula 01 
Disponível em 24/09/2015 Atos Administrativos. 
Aula 02 
Disponível em 01/10/2015 Administração Pública. 
Aula 03 
Disponível em 06/10/2015 Poderes Administrativos. 
Aula 04 
Disponível em 07/10/2015 Serviços públicos. 
Aula 05 
Disponível em 13/10/2015 
Lei nº 8.429/92 (Lei de improbidade 
administrativa). 
Aula 06 
Disponível em 14/10/2015 agentes públicos 
Aula 07 
Disponível em 15/10/2015 Poderes e deveres do administrador público; 
Aula 08 
Disponível em 20/10/2015 Licitação: princípios, modalidades e tipos. 
Aula 09 
Disponível em 21/10/2015 Licitação: dispensa, inexigibilidade 
Aula 10 
Disponível em 22/10/2015 
Contratos Administrativos: conceito; 
características. Inexecução do contrato: causas 
justificadoras, conseqüências. 
Aula 11 
Disponível em 27/10/2015 
Responsabilidade civil do Estado: 
responsabilidade objetiva; reparação do dano. 
Aula 12 
Disponível em 28/10/2015 Controle da Administração Pública. 
 
 
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Com base nesse cronograma, você já pode planejar o seu estudo, 
dividindo o tempo que você tem até a prova pelas matérias 
apresentadas. Dedique-se mais às matérias que tem maior peso e 
naquelas em que você não tem muito conhecimento. Faça uma escala 
de estudos e cumpra-a. 
Se você seguir essas dicas, não tem erro, você vai passar! 
3. Introdução à aula Inaugural 
 
Nesta aula inaugural de Direito Administrativo para o concurso 
do TRT, vamos abordar um tema importante da matéria�� ³Princípios 
básicos´. 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
Chega de papo, vamos a luta! 
Sem mais delongas, vamos à luta! Rumo à aprovação! 
 
4. Classificação dos princípios no Direito Administrativo 
 
 
Diógenes Gasparini divide a categoria dos princípios de acordo com 
a sua origem e aplicabilidade. A divisão feita pelo autor é a seguinte: 
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Válidos para 
qualquer ciência. 
válidos para um 
grupo de ciências 
valem só para 
uma ciência. 
 
 
 
Os princípios podem ser classificados ainda como implícitos 
e explícitos. 
 
Princípios explícitos: Encontram-se expressamente na 
Constituição Federal e também nas normas infraconstitucionais. Dessa 
forma, é possível que o princípio esteja expresso na Constituição, mas 
não necessariamente na norma infraconstitucional, e assim também 
ocorre de forma inversa. 
Exemplo de princípios expressos, ou explícitos: 
 
x Previstos no art. 37 da Constituição Federal: 
 
ONIVALENTES 
PLURIVALENTES 
MONOVALENTES 
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LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE 
MORALIDADE 
PUBLICIDADE 
EFICIÊNCIA 
 
 
 
 
Princípios implícitos: Não estão expressos nas normas jurídicas, 
mas surgem em decorrência dos julgados, da necessidade do 
ordenamento jurídica. Ou seja, não está lá escrito, mas ele existe. O 
exemplo mais tradicional e importante de princípio implícito é o da 
segurança jurídica, que tem seu embasamento no art. 5º, XXXVI da 
Constituição Federal. 
Vejamos alguns exemplos de princípios implícitos: 
 
 
AUTOTUTELA 
FINALIDADE 
SEGURANÇA JURÍDICA 
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
MOTIVAÇÃO 
 
1. (CESPE -2015- TRE-GO- Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) O princípio da eficiência está previsto no texto 
constitucional de forma explícita. 
E 
X 
P 
L 
Í 
C 
I 
T 
I 
M 
P 
L 
Í 
C 
I 
T 
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Vimos: 
Exemplo de princípios expressos, ou explícitos: 
 
x Previstos no art. 37 da Constituição Federal: 
 
 
LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE 
MORALIDADE 
PUBLICIDADE 
EFICIÊNCIA 
 
 
 
 
Gabarito: Certo 
 
2. (CONSULPLAN ± 2015 - TJ-MG - Titular de Serviços de 
Notas e de Registro) É correto afirmar que além dos princípios 
expressos no caput do art. 37 da Constituição Federal, a Administração 
Pública também se orienta pelos seguintes princípios: 
a) legalidade, autotutela, indisponibilidade, continuidade dos serviços 
públicos e segurança jurídica. 
b) supremacia do interesse público, autotutela, indisponibilidade, 
publicidade e continuidade dos serviços públicos. 
c) supremacia do interesse público, autotutela, indisponibilidade, 
continuidade dos serviços públicos e segurança jurídica. 
d) supremacia do interesse público, eficiência, indisponibilidade, 
continuidade dos serviços públicos e segurança jurídica. 
 
E 
X 
P 
L 
Í 
C 
I 
T 
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 A Administração Pública também se orienta pelos princípios da 
supremacia do interesse público, autotutela, indisponibilidade, 
continuidade dos serviços públicos e segurança jurídica. 
 Perceba que a questão pede quais os princípios além dos que 
estão expressos no art. 37 da Constituição Federal, ou seja, os 
elencados na letra C. 
 
Gabarito: Letra C 
 
 
 
3. (CESPE -2014 - TJ-SE-Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) O princípio administrativo da autotutela é considerado um 
princípio onivalente. 
 
Não são todas as ciências que admitem o princípio da autotutela. 
2V� SULQFtSLRV� RQLYDOHQWHV�� QDV� SDODYUDV� GH� &UHWHOOD� -~QLRU�� ´(VWHV 
princípios informam a matriz do pensamento humano e ordenam o 
próprio raciocínio e a sua harmonia consigo mesmo e com a 
realidade(...)Exp.: Princípio da identidade, princípio da contradição, o 
princípio do terceiro excluído e o princípio da razão suficiente. Estes 
princípios informam o próprio pensamento humano, próprio modo de 
SHQVDU�GR�KRPHP��LPSHGLQGR�D�SHUSOH[LGDGH��D�GHVRULHQWDomR�´� 
Gabarito: Errado. 
 
 
5. Princípios basilares 
 
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Como vimos, os princípios basilares são o da supremacia do 
interesse público sobre o particular (ou princípio do interesse público) e 
o da indisponibilidade. Vamos a eles. 
 
5.1 Princípio da supremacia do interesse público sobre o 
particular 
Por esse princípio, entendemos que sempre que houver conflito 
entre interesse público e o particular deve prevalecer o interesse 
público, que representa a coletividade. 
A supremacia do interesse público orienta todo o regime jurídico 
administrativo. Em decorrência desse princípio, a Administração Pública 
goza de poderes e prerrogativas especiais com relação aos 
administrados, o que faz com que o poder público possa atuar imediata 
e diretamente em defesa do interesse coletivo, fazendo prevalecer a 
vontade geral sobre a vontade individual. 
Diz-se, portanto, que a relaçãoentre Estado ± indivíduo é de 
verticalidade. As ordens do Estado se impõem aos indivíduos de forma 
unilateral. 
Isso não quer dizer que os entes públicos podem fazer o que bem 
entendem com os indivíduos. A supremacia não é absoluta, deve 
respeitar os direitos individuais e coletivos previstos na Constituição (p. 
ex.: liberdade, propriedade, devido processo legal, moradia, saúde etc) 
e devem ser exercidas sempre visando o interesse público. 
 
 
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Nunca se esqueça: o princípio da supremacia do interesse público 
sobre o privado é limitado também pela proporcionalidade, ou 
seja, o ato praticado pelo administrador só será legítimo se o meio 
utilizado por ele for adequado para atender ao fim perseguido. 
Se ele abusar, tomar uma medida gravosa ao administrado e 
desnecessária ou se escolher um meio inadequado, o princípio da 
supremacia não vai proteger esse administrador. 
Você já ouviu falar em interesse público primário? Existe interesse 
público secundário? 
Existe sim, meus caros, leia com atenção. 
O interesse público primário coincide com a realização de políticas 
públicas voltadas para o bem estar social. Pode ser compreendido como 
o próprio interesse social, o interesse da coletividade como um todo. 
O interesse público secundário decorre do fato de que o Estado 
também é uma pessoa jurídica que pode ter interesses próprios, 
particulares. Esses interesses existem e devem conviver no contexto 
dos demais interesses individuais. De regra, o interesse secundário tem 
cunho patrimonial. 
Por fim, não é a toa que o princípio da supremacia do interesse 
público é um princípio basilar do direito administrativo. É em razão do 
que existe o poder de polícia (que é ³R� SRGHU� GH� TXH� GLVS}H� D�
administração pública para condicionar ou restringir o uso de bens e o 
exercício de direitos ou atividades pelo particular, em prol do bem-estar 
GD�FROHWLYLGDGH´ - Marcelo Alexandrino 2010, p. 239). Além disso, é em 
razão dele que se diz que o poder público tem a seu dispor as cláusulas 
exorbitantes e pode desapropriar bens particulares. 
Existe um princípio que pode ser considerado uma parceria da 
segurança jurídica, ou se você preferir, um desdobramento. Chama-se 
Princípio da proteção a confiança legítima. 
O princípio da proteção a confiança legítima é de origem alemã, é 
um acréscimo ao princípio da segurança jurídica. 
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Para que você entenda melhor preciso te contar uma historinha: 
 
 
 
Durante a época de separação entre a Alemanha Oriental e 
Alemanha Ocidental, uma viúva que morava na Alemanha oriental 
mudou-se para a Alemanha ocidental, arcando com todas as despesas 
da mudança, pela promessa de receber uma pensão que lhe era devida. 
Após a mudança esta viúva recebeu a pensão por um ano, decorrido 
este tempo sua pensão foi revogada, pois foi constatado que a viúva 
não preenchia todos os requisitos para o recebimento da pensão, com 
isto, a viúva ainda teria que devolver tudo o que recebeu. 
A questão foi levada ao Tribunal Administrativo Superior de Berlim, 
que inovou ao afirmar que o princípio da confiança deveria prevalecer 
sobre o princípio da legalidade. 
Isso que estou te contando é um tesouro que você deve guardar 
para a sua prova. 
A associação do princípio da segurança jurídica e da proteção à 
confiança encontra-VH� QR� FRQFHLWR� GDGR� SRU� 'L� 3LHWUR�� ³$� VHJXUDQoD�
jurídica abrange um aspecto objetivo, que diz respeito à estabilidade 
das relações jurídicas, e um aspecto subjetivo, que abrange a ideia de 
SURWHomR�D�FRQILDQoD´�� 
Daqui podemos tirar mais uma conclusão: A proteção a confiança 
corresponde ao aspecto subjetivo da segurança jurídica. 
Em suma, podemos dizer que o princípio da proteção a confiança 
legítima permite que determinados atos administrativos antijurídicos, 
que aparentemente são legítimos e tenham seus efeitos se 
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perpetuados, sejam analisados, fazendo com que ocorra uma 
manutenção dos destes atos. 
 
 
 
 
4. (CESPE ± 2014 - TJ-SE -Titular de Serviços de Notas e de 
Registros) O princípio da proteção à confiança legitima corresponde a 
possibilidade de manutenção de atos administrativos inválidos. 
 
Como acabamos o princípio da proteção à confiança legítima é 
exatamente isso!!! A manutenção de atos administrativos inválidos. 
Gabarito: certo. 
 
5. (CESPE ± 2014 -TJ-CE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) O princípio da proteção à confiança, de origem no 
direito norte-americano, corresponde ao aspecto objetivo da segurança 
jurídica, podendo ser invocado para a manutenção de atos 
administrativos inválidos quando o prejuízo resultante da anulação for 
maior que o decorrente da manutenção do ato ilegal. 
 
Primeiro erro já detectado! A origem do princípio da proteção à 
confiança é alemã, lembre-se da viúva! 
Segundo: A proteção a confiança corresponde ao aspecto 
subjetivo da segurança jurídica. 
Observe ainda que análise não é do que é mais ou menos 
prejudicial. O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade 
de manutenção de atos administrativos inválidos. 
Gabarito: Errado. 
 
 
Questão de 
concurso 
 
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Vamos agora ao princípio da indisponibilidade do interesse 
público? 
Não esmoreça, guerreiro! 
 
 
5.2 Princípio da indisponibilidade do interesse público 
Esse princípio decorre da ideia de que os interesses da 
Administração não são de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a 
coletividade. Por isso, eles não podem ser apropriados ou alienados por 
ninguém, pois não pertencem a ninguém de forma específica. 
1DV�SDODYUDV�GH�%DQGHLUD�GH�0HOR� ������� S�� ����� QHP�PHVPR� ³R�
próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade 
sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los ± o que 
também é um dever ± na estrita conformidade do que predispuser a 
intentio legis´. Continua o autor, afirmando que a noção de 
administração opõe-se à ideia de propriedade. 
Importante ter em mente, que a Administração não é titular de 
qualquer interesse público. O titular desses interesses é o Estado, poiseste é constituído pelo povo e, como vimos, todo poder emana do povo. 
É a partir da indisponibilidade do interesse público que surgem os 
princípios da legalidade, da finalidade, da razoabilidade, da 
proporcionalidade, da motivação, da responsabilidade do Estado, da 
continuidade do serviço público, do controle dos atos administrativos, 
da isonomia, da publicidade e da inalienabilidade dos interesses 
públicos. 
 
 
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6. (CESPE- 2015- TRE-GO- Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) O regime jurídico-administrativo brasileiro está 
fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, 
a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado 
e o princípio da indisponibilidade do interesse público. 
 
A supremacia do interesse público orienta todo o regime jurídico 
administrativo. O princípio da indisponibilidade do interesse público 
decorre da ideia de que os interesses da Administração não são de uma 
pessoa ou de um agente, mas de toda a coletividade. 
Vimos que destes princípios surgem os demais. 
Gabarito: Correto. 
 
7. (CESPE ± 2013 ± TER/MS - Analista Judiciário) Decorrem do 
princípio da indisponibilidade do interesse público a necessidade de 
realizar concurso público para admissão de pessoal permanente e as 
restrições impostas à alienação de bens públicos. 
 
Como vimos, o princípio da indisponibilidade do interesse público 
decorre da ideia de que os interesses da Administração não são de uma 
pessoa ou de um agente, mas de toda a coletividade. Por isso, eles não 
podem ser apropriados ou alienados por ninguém, pois não pertencem a 
ninguém de forma específica. 
Desta forma, o concurso público seria uma forma de tratar todos 
igualmente e com impessoalidade, impedindo que a Administração 
contrate quem ela quiser, visto que o que deve prevalecer é o interesse 
público. 
Questões de 
concurso 
 
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Gabarito: Certo. 
 
 
 
8. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário - Área Judiciária) O princípio da supremacia do interesse 
público é, ao mesmo tempo, base e objetivo maior do direito 
administrativo, não comportando, por isso, limites ou relativizações. 
Não caiam nessa pegadinha! Nenhum princípio é absoluto! 
Portanto, afirmar que o princípio não comporta limites e relativizações 
será sempre um erro! 
Gabarito: errado. 
9. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista ± Processual) O princípio 
da supremacia do interesse público vincula a administração pública no 
exercício da função administrativa, assim como norteia o trabalho do 
legislador quando este edita normas de direito público. 
 
O princípio da supremacia do interesse público norteia não só a 
atividade do Poder Executivo, mas do Estado como um todo, inclusive 
do Poder Legislativo, pois nenhum agente ou órgão público pode visar 
primeiramente o interesse particular, mas sim o interesse público. 
Gabarito: correto. 
 
 
10. (CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - 
Auditoria Governamental) Segundo o princípio da indisponibilidade, o 
agente público não dispõe livremente dos bens e do interesse público, 
devendo geri-los da forma que melhor atenda à coletividade. 
Exatamente! Tal princípio fundamenta as restrições a que a 
Administração Pública está sujeita (direitos dos administrados). 
Gabarito: certo. 
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11. (FCC- 2014- TCE-RS Auditor Público Externo - Engenharia 
Civil)Os princípios que regem a Administração pública 
 a) são aqueles que constam expressamente do texto legal, não 
se reconhecendo princípios implícitos, aplicando-se tanto à 
Administração direta quanto à indireta. 
 b) podem ser expressos ou implícitos, os primeiros aplicando-se 
prioritariamente em relação aos segundos, ambos se dirigindo apenas à 
Administração direta. 
 c) são prevalentes em relação às leis que regem a 
Administração pública, em razão de seu conteúdo ser mais relevante. 
 d) dirigem-se indistintamente à Administração direta e às 
autarquias, aplicando-se seja quando forem expressos, seja quando 
implícitos. 
 e) aplicam-se à Administração direta, indireta e aos contratados 
em regular licitação, seja quando forem expressos, seja quando 
implícitos. 
 
De maneira geral os princípios se aplicam a todos que compõe a 
Administração Pública, independentemente de sua classificação. Como 
OHWUD� ³D´� QmR� IH]� PHQomR� GRV� SULQFtSLRV� LPSOtFLWRV� D� DOWHUQDWLYD� HVWi�
errada. 
Cada princípio tem a sua relevância, dessa forma um não 
prevalece sobre o outro. AlternaWLYD�³E´�HUUDGD� 
A doutrina é bastante divergente quanto a hierarquia entre 
princípios e normas, mas de forma geral não há hierarquia entre eles. 
/HWUD�³F´�HUUDGR� 
$�DOWHUQDWLYD�³H´�p�EDVWDQWH polêmica, a FCC forçou muito nessa 
questão, mas pode-se fundamentá-la com base no art. 37 da C.F. que 
GL]� TXH� ³A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
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obedecerá aos princípios ���´�� QmR� FLWDQGR� RV� FRQWUDWRV� HP� UHJXODU�
licitação. 
GabDULWR��/HWUD�³G´ 
 
 
12. (FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador) O regime jurídico 
administrativo possui peculiaridades, dentre as quais podem ser 
destacados alguns princípios fundamentais que o tipificam. Em relação a 
estes, pode-se afirmar que o princípio da 
a) supremacia do interesse público informa as atividades da 
administração pública, tendo evoluído para somente ser aplicado aos 
atos discricionários. 
b) supremacia do interesse público informa as atividades da 
administração pública e pode ser aplicado para excepcionar o princípio 
da legalidade estrita, a fim de melhor representar a tutela do interesse 
comum. 
c) legalidade estrita significa que a administração pública deve observar 
o conteúdo das normas impostas exclusivamente por meio de leis 
formais. 
d) indisponibilidade do interesse público destina-se a restringir a edição 
de atos discricionários, que só podem ser realizados com expressa 
autorização legislativa. 
e) indisponibilidade do interesse público destina-se a restringira 
atuação da administração pública, que deve agir nas hipóteses e limites 
constitucionais e legais. 
Resposta: 
Pessoal, indiretamente, essa é uma questão que nos remente 
ao princípio da legalidade associado ao da indisponibilidade do interesse 
público. Lembre-se de que TODOS os atos da Administração devem 
estar previstos em lei e essa regra não pode ser excepcionada sob o 
argumento de proteção ao interesse público. 
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5HVSRVWD��OHWUD�³H´� 
 
13. (FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissário da Infância e da 
Juventude) O princípio da supremacia do interesse público 
a) informa toda a atuação da Administração Pública e se sobrepõe a 
todos os demais princípios e a todo e qualquer interesse individual. 
b) está presente na elaboração da lei e no exercício da função 
administrativa, esta que sempre deve visar ao interesse público. 
c) informa toda a atuação da Administração Pública, recomendando, 
ainda que excepcionalmente, o descumprimento de norma legal, desde 
que se comprove que o interesse público restará melhor atendido. 
d) traduz-se no poder da Administração Pública de se sobrepor 
discricionariamente sobre os interesses individuais, dispensando a 
adoção de formalidades legalmente previstas. 
e) está presente na atuação da Administração Pública e se 
consubstancia na presunção de veracidade dos atos praticados pelo 
Poder Público. 
Resposta: 
O Princípio da supremacia do interesse público orienta todo o 
regime jurídico administrativo. Porém, não é um princípio absoluto, 
devendo ser respeitado os direitos individuais e coletivos previstos na 
Constituição. Tampouco se sobrepõe aos demais princípios, lembrando 
que o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é 
limitado também pela proporcionalidade��$OWHUQDWLYD�³D´�HUUDGD� 
Você já percebeu que o princípio da supremacia está presente na 
aplicação da lei e na própria elaboração da lei (pois ambas as atividades 
são motoras do Estado). Também está correta a afirmação de que esse 
princípio sempre deve visar o interesse público, cROHWLYR��$OWHUQDWLYD�³E´�
correta. 
Volto a dizer, a supremacia não é absoluta, deve respeitar os 
direitos individuais e coletivos previstos na Constituição, na norma 
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legal, não podendo descumpri-la e nem dispensar nenhuma formalidade 
OHJDO��/HWUD�³F´�H�³G´ erradas. 
2V�LQVWLWXWRV�DSRQWDGRV�QD�OHWUD�³H´�VmR�GLVWLQWRV��WHQGR�HP�YLVWD�
a presunção de veracidade dos atos administrativos não se confunde 
FRP�R�SULQFtSLR�GD�VXSUHPDFLD�GR�LQWHUHVVH�S~EOLFR��/HWUD�³H´�HUUDGD�� 
*DEDULWR��/HWUD�³E´� 
14. (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A respeito dos princípios básicos da Administração, é 
correto afirmar: 
a) Em razão do princípio da moralidade o administrador público deve 
exercer as suas atividades administrativas com presteza, perfeição e 
rendimento funcional. 
b) Os princípios da segurança jurídica e da supremacia do interesse 
público não estão expressamente previstos na Constituição Federal. 
c) A publicidade é elemento formativo do ato e serve para convalidar 
ato praticado com irregularidade quanto à origem. 
d) Por força do princípio da publicidade todo e qualquer ato 
administrativo, sem exceção, deve ser publicado em jornal oficial. 
e) O princípio da segurança jurídica permite a aplicação retroativa de 
nova interpretação de norma administrativa. 
Resposta: 
2� LWHP� ³D´� HVWi� HUUDGR�� SRLV� WUD]� D� GHILQLomR� GR� SULQFtSLR� GD�
eficiência. 
O item ³b´ está correto, o princípio da segurança jurídica não está 
no LIMPE �YHMD�TXH�R�HQXQFLDGR�GD�TXHVWmR�LQIRUPD�³SULQFtSLRV�EiVLFRV�
GD�$GPLQLVWUDomR´�, está apenas no art. 2º da Lei 9.784/99 e, de forma 
reflexa, no art. 5º, XXXVI, da Constituição. Do mesmo modo, o princípio 
da supremacia do interesse público não está expresso na Constituição 
como princípio básico da Administração, ele está implícito no 
ordenamento jurídico. 
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2� LWHP� ³F´� HVWi� HUUDGR�� SRLV� D� SXEOLFLGDGH� QmR� p� HOHPHQWR�
formativo do ato, mas sim elemento que dá eficácia ao ato. Os 
elementos formativos do ato são: sujeito, motivo, objeto, forma e 
finalidade. 
2�LWHP�³G´�WDPEpP�HVWi�HUUDGR��R�DWR�QmR�SUHFLVD�VHU�SXEOLFDGR�HP�
jornal oficial para atender ao princípio da publicidade, o atendimento a 
este princípio pode se dar de diversas maneiras (p. ex: se a lei não 
exige a publicação em diário oficial, atenderá ao princípio da publicidade 
a fixação do ato em local público na repartição ou no site do órgão ou 
do ente público). 
3RU�ILP��R�LWHP�³H´�p�HUUDGR��SRLV�R�SULQFtSLR�GD�VHJXUDQoD�MXUtGica 
proíbe a aplicação retroativa de nova interpretação de norma. Desse 
modo, o gabarito é a OHWUD�³E´� 
5.3 Princípios do art. 37, caput, da CF. 
Passemos agora a tratar dos princípios do LIMPE. 
Passemos agora a tratar dos princípios do LIMPE, que são os 
princípios destacados no caput do art. 37 da Constituição. São eles: 
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E 
EFICIÊNCIA. 
 
 
 
O art. 37 da Constituição é expresso ao informar que os princípios 
do LIMPE são aplicados a ³DGPLQLVWUDomR�S~EOLFD�GLUHWD e indireta 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
)HGHUDO�H�GRV�0XQLFtSLRV´. 
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Assim, os princípios do LIMPE são aplicáveis também às autarquias 
(e agências reguladoras), fundações, empresas públicas e sociedades 
de economia mista, bem como nos poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário e, ainda, em todos os níveis da federação, perante a União, 
Estados, Distrito Federal e Município. 
Desse modo, o Fórum de Barreiras ± BA (pertence ao Poder 
Judiciário da Bahia), ao fazer uma compra de impressora, deve 
observar os princípios do LIMPE. A PETROBRÁS (sociedade de economia 
mista), ao gerir o seu RH, deve observar os princípios do LIMPE. O INSS 
(autarquia federal), ao cuidar dos seus bens, deve atentar para esses 
princípios. 
O princípio da legalidade existe, justamente, para consagrar o 
princípio da indisponibilidade do interesse público. Se esse interesse 
não pode ser alienado pela Administração, ele deve ser curado, tratado, 
cuidado, promovido,nos termos da vontade geral e nos limites 
conferidos pelo povo. 
E como o povo confere limites aos atos da Administração? 
Por meio da edição de leis! 
É por isso que o princípio da legalidade significa a subordinação da 
Administração às imposições legais. 
Diferentemente das ações privadas dos indivíduos, em que 
ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei (autonomia da vontade), no princípio da legalidade da 
Administração Pública, esta só pode realizar, fazer ou editar o que a lei 
expressamente permite. 
Num Estado de Direito, as ações da Administração são definidas e 
autorizadas previamente pelo povo, por meio de leis aprovadas pela 
vontade geral. 
Na jurisprudência do STF, encontramos casos clássicos em que se 
decidiu com fundamento no princípio da legalidade. Dentre eles, no MS 
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�������� R� 7ULEXQDO� GHFLGLX� TXH� ³D� DOWHUDomR� GH� DWULEXLo}HV� GH� FDUJR�
S~EOLFR�VRPHQWH�SRGH�RFRUUHU�SRU�LQWHUPpGLR�GH�OHL�IRUPDO´�� 
Mas e se a lei não define exatamente como o administrador deve 
agir? 
Nesse caso, o gestor deve observar as demais fontes do direito 
administrativo. Ele não pode realizar o ato de modo ilógico ou 
incongruente. Deve se pautar nos princípios gerais da Administração 
para agir de modo razoável, escolhendo a melhor opção dentre as 
hipóteses oferecidas na legislação (princípio da razoabilidade). 
Toda competência conferida por lei deve obedecer a certo fim. Por 
isso o agir da Administração deve ser adequado ao que se pretende 
atingir, ou seja, deve haver uma correlação entre os meios adotados e 
os fins almejados (mais uma vez, o princípio da proporcionalidade se 
aplica). 
Tamanha a importância do princípio da legalidade para a 
Administração Pública que Di Pietro (2009, p. 63) afirma que os 
princípios fundamentais do direito administrativo são o da legalidade e o 
da supremacia do interesse público sobre o particular. 
Se a banca afirmar que esses são os princípios basilares do 
direito administrativo, a alternativa não estará errada, pois estará 
adotando a posição de Di Pietro. Entretanto, como vimos acima, a 
posição de Bandeira de Mello, no sentido de que os princípios basilares 
são a supremacia do interesse público sobre o particular e a 
indisponibilidade do interesse público, que vem sendo cobrado, pois é 
deste último que surge o princípio da legalidade. 
 
 
 
15. (CESPE ± 2014 ± TC-DF ± ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA) Acerca do regime jurídico administrativo, julgue o próximo 
Questões de 
concurso 
 
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item. Em razão do princípio da legalidade, a administração pública está 
impedida de tomar decisões fundamentadas nos costumes. 
 
Acabamos de ver que os costumes também são fontes do direito 
administrativo, portanto podem ser usados nas decisões 
administrativas. 
Gabarito: Errado. 
16. (CESPE-2011-TJ-ES-Analista Judiciário) O princípio da 
legalidade está relacionado ao fato de o gestor público agir somente de 
acordo com a lei. 
No âmbito da Administração Pública, em razão da própria 
indisponibilidade dos interesses públicos, o princípio da legalidade 
assume um teor mais restritivo, no sentido de que o administrador, em 
cumprimento ao princípio da legalidade, "só pode atuar nos termos 
estabelecidos pela lei." Item correto. 
Gabarito: certo. 
 
17. (CESPE-2011-TRE-ES-Técnico Judiciário) Os princípios 
elencados na Constituição Federal, tais como legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, aplicam-se à 
administração pública direta, autárquica e fundacional, mas não às 
empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem 
atividade econômica. 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista também 
compõem a Administração Pública indireta. Por isso, a questão está 
errada. É só você fazer a leitura atenta do art. 37 da CF. 
Gabarito: Errado. 
 
18. (FCC - 2013 - TRT - 12ª Região - Analista Judiciário) A 
respeito dos princípios básicos aplicáveis à Administração pública, 
considere: 
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I. Uma das representações do princípio da eficiência pode ser 
identificada com a edição da Emenda Constitucional no 45/2004, que 
introduziu, entre os direitos e garantias fundamentais, a razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. 
II. O princípio da supremacia do interesse público se sobrepõe ao 
princípio da legalidade, autorizando a Administração a impor restrições 
a direito individuais sempre que o interesse coletivo assim justificar. 
III. O princípio da segurança jurídica impede que a Administração 
reveja, por critério de conveniência e oportunidade, os atos por ela 
praticados, obrigando a submissão ao Poder Judiciário. 
Está correto o que consta em 
a) I, apenas. 
b) I, II e III. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I e III, apenas. 
Resposta: 
Vamos uma por uma. 
 I ± a Emenda 45/2004, conhecida com a emenda da reforma do 
Judiciário, veio implementar várias mudanças almejando desafogar os 
tribunais e conferir maior celeridade aos processos. Os novos 
mecanismo implementados são um demonstração da tentativa de 
aumentar a eficiência da Administração judiciário; portanto, esse item 
está correto. 
II ± O princípio da legalidade não pode ser colocado de lado em 
favor de opções realizadas pelo Administrador sob o mero argumento 
de defesa do interesse público. Imagina a grande margem de 
arbitrariedade que essa medida poderia gerar! Questão errada, pessoal. 
III ± A Administração Pública pode rever seus ato respeitada de 
conveniência e oportunidade (revogação) e, quando houver nulidade 
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(ilegalidade), caberá anulação. Além disso, nesse caso, não há 
submissão do Judiciário, pois este tem o poder de analisar a legalidade 
dos atos administrativos. 
3RU�ILP��UHVSRVWD��OHWUD�³D´� 
 
19. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judiciário) De acordo com 
a Constituição Federal, constituem princípios aplicáveis à Administração 
Pública os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência. Tais princípios aplicam-se àsentidades 
a) de direito público, excluídas as empresas públicas e sociedades de 
economia mista que atuam em regime de competição no mercado. 
b) de direito público e privado, exceto o princípio da eficiência que é 
dirigido às entidades da Administração indireta que atuam em regime 
de competição no mercado. 
c) integrantes da Administração Pública direta e indireta e às entidades 
privadas que recebam recursos ou subvenção pública. 
d) integrantes da Administração Pública direta e indireta, 
independentemente da natureza pública ou privada da entidade. 
e) públicas ou privadas, prestadoras de serviço público, ainda que não 
integrantes da Administração Pública. 
Resposta: 
Além de muita atenção, observe que o enunciado pede DE 
ACORDO COM A C.F., é imprescindível que você tenha conhecimento 
desse artigo: 
 
 
 
 
*DEDULWR��/HWUD�³G´� 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
 
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20. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) De 
acordo com a Constituição Federal, os princípios da Administração 
Pública aplicam-se 
a) às entidades integrantes da Administração direta e indireta de 
qualquer dos Poderes. 
b) à Administração direta, autárquica e fundacional, exclusivamente. 
c) às entidades da Administração direta e indireta, exceto às sociedades 
de economia mista exploradoras de atividade econômica. 
d) à Administração direta, integralmente, e à indireta de todos os 
poderes e às entidades privadas que recebem recursos públicos, 
parcialmente. 
e) à Administração direta, exclusivamente, sujeitando- se as entidades 
da Administração indireta ao controle externo exercido pelo Tribunal de 
Contas. 
Resposta: 
Essa questão tem grandes chances de cair na sua prova! Leia 
mais uma vez: 
 
 
 
 
 
 
*DEDULWR��/HWUD�³D´� 
 
21. (FCC - 2012 - MPE-AP - Técnico Ministerial - Auxiliar 
Administrativo) O Prefeito de determinado Município, a fim de realizar 
promoção pessoal, utilizou-se de símbolo e de slogan que mencionam o 
seu sobrenome na publicidade institucional do Município. A utilização de 
publicidade governamental para promoção pessoal de agente público 
viola o disposto no artigo 37, § 1o, da Constituição Federal, ora 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
 
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WUDQVFULWR�� ³$� SXEOLFLGDGH� GRV� DWRV�� SURJUDPDV�� REUDV�� VHUYLoRV� H�
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, 
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de 
DXWRULGDGHV�RX�VHUYLGRUHV�S~EOLFRV´� O fato narrado constitui violação ao 
seguinte princípio da Administração Pública, dentre outros: 
a) Eficiência 
b) Publicidade 
c) Razoabilidade 
d) Impessoalidade 
e) Supremacia do interesse público. 
Resposta: 
Essa é uma boa questão! Porque ele se referiu a 
publicidade, talvez o candidato fique confuso e pense em marcar a letra 
³E´�� 3RUpP�� QmR� VH� HQJDQH�� 3HUFHED� TXH� R� slogan do município ficou 
pessoal, ou seja, foi ligada a uma figura pública, perdeu seu caráter 
genérico e neutro, tendo a impessoalidade sido afetada. 
5HVSRVWD��OHWUD�³G´� 
 
 
22. (FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz) A Constituição Federal vigente 
prevê, no caput de seu art. 37, a observância, pela Administração 
Pública, do princípio da legalidade. Interpretando-se essa norma em 
harmonia com os demais dispositivos constitucionais, tem- se que 
a) os Municípios, por uma questão de hierarquia, devem antes atender 
ao disposto em leis estaduais ou federais, do que ao disposto em leis 
municipais. 
b) o Chefe do Poder Executivo participa do processo legislativo, tendo 
iniciativa privativa para propor certos projetos de lei, como aqueles 
sobre criação de cargos públicos na Administração direta federal. 
c) a extinção de cargos públicos, em qualquer hipótese, depende de lei. 
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d) a Administração é livre para agir na ausência de previsão legislativa. 
e) é cabível a delegação do Congresso Nacional para que o Presidente 
da República disponha sobre diretrizes orçamentárias. 
Resposta: 
Vamos aprofundar nosso estudo sobre o princípio da legalidade? 
Letra (A). Não há hierarquia entre leis federais, estaduais e 
municipais. Logo, está INCORRETA. 
/HWUD��%���(VWi�GH�DFRUGR�FRP�R�DUW������†�ž��LQFLVR�,,��DOtQHD�³D´��
da CF. Logo, está CORRETA. 
Letra (C). Se forem cargos públicos vagos, pode ser por meio de 
decreto. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). A Administração só pode agir quando a lei autoriza. 
Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). Não serão objeto de delegação os atos de competência 
exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da 
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei 
complementar, nem a legislação sobre planos plurianuais, diretrizes 
orçamentárias e orçamentos (art. 68, §1º, inciso III, da CF). Logo, está 
INCORRETA. 
Resposta: letra B 
 
 
 
Segundo o princípio da impessoalidade a Administração não 
pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar 
alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o agir deve ser 
impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão somente, o 
interesse público. 
Por isso que se diz que o princípio da impessoalidade se confunde 
com o da finalidade, pois ato administrativo que não visa o interesse 
público viola tanto o princípio da impessoalidade como o da finalidade. 
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Entretanto, outro aspecto do princípio da impessoalidade é 
exclusivo e inconfundível: esse princípio também informa que os atos 
realizados no âmbito da Administração não são praticados por Fulano, 
Beltrano ou Cicrano, mas pelo órgão ao qual o agente se vincula.23. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) Considere a seguinte situação hipotética. Determinado 
prefeito, que é filho do deputado federal em exercício José Faber, 
instituiu ação político-administrativa municipal que nomeou da seguinte 
forma: Programa de Alimentação Escolar José Faber. Nessa situação 
hipotética, embora o prefeito tenha associado o nome do próprio pai ao 
referido programa, não houve violação do princípio da impessoalidade, 
pois não ocorreu promoção pessoal do chefe do Poder Executivo 
municipal. 
De acordo com o princípio da impessoalidade, o ato não pode 
beneficiar terceiro e nem atender o interesse do próprio agente. 
Lembre-se o agir deve ser impessoal. 
Gabarito: Errado. 
 
24. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) O princípio da 
impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, 
que impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu 
fim legal. 
Como vimos, o princípio da impessoalidade se confunde com o da 
finalidade, pois ato administrativo que não visa o interesse público viola 
tanto o princípio da impessoalidade. 
Gabarito ± Certo. 
 
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25. (CESPE/2011/TJ-ES/Analista Judiciário) O princípio da 
impessoalidade trata da incapacidade da administração pública em 
ofertar serviços públicos a todos os cidadãos. 
Meu caro, o princípio da impessoalidade dispõe que a 
Administração não pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar 
ou beneficiar alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o 
agir deve ser impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão 
somente, o interesse público. Não existe essa definição dada pelo 
examinador. Item errado. 
Gabarito: Errado. 
 
26. (CESPE/TCU/2007) O atendimento do administrado em 
consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em 
que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração 
pública. 
Por óbvio, essa assertiva contraria o princípio da impessoalidade e, 
em última análise, o princípio basilar da supremacia do interesse 
público sobre o privado, uma vez que o norte da Administração deve ser 
alcançar o interesse público e não satisfazer o indivíduo A ou B. Desse 
modo, o item está errado. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
As regras constitucionais que impõem a realização do concurso 
público para provimento de cargos na Administração Pública (art. 37, 
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II) e a que determina que as contratações devem ser precedidas de 
licitação (art. 37, XXI) decorrem do princípio da impessoalidade. 
Em atenção ao princípio da impessoalidade, deve ser 
rechaçada toda forma de utilização de publicidade institucional para 
promoção pessoal de políticos. 
 
 
 
Se você está prestando um concurso em que a imprensa não tirará 
o olho de seus atos e das ações de seus colegas, qual dos princípios 
você acha que será mais explorado em sua prova? 
Isso mesmo, o princípio da moralidade! 
Então vamos lá. 
O princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de 
sempre agir com lealdade, boa-fé e ética. Além de obedecer aos limites 
da lei, o gestor deve verificar se o ato não ofende a moral, os bons 
costumes, os princípios de justiça, de equidade e, por fim, a ideia de 
honestidade. 
O tema que mais vem sendo cobrado em concursos quanto ao 
princípio da moralidade é a Súmula Vinculante 13 do STF, que veda a 
prática do nepotismo na Administração Pública. 
A partir da edição dessa súmula restou consagrado o entendimento 
de que não é preciso de lei em sentido formal para se punir um 
indivíduo por nomear parentes para cargos públicos. Isso porque, essa 
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prática viola frontalmente os princípios constitucionais da moralidade e 
da impessoalidade. 
 Pela importância da SV nº 13, transcrevemos a sua redação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como se vê, a súmula vinculante impede a nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica para exercício de cargo em comissão, de 
confiança ou de função gratificada em qualquer órgão de quaisquer dos 
poderes e de quaisquer dos entes estatais. 
A súmula considera prática imoral a nomeação de parentes 
colaterais em até terceiro grau. São parentes de terceiro grau colateral 
o seu tio e o seu sobrinho. Veja a contagem dos graus: 
 
 
Pai 
Grau 1 Grau 2 
Você Irmão 
 Grau 3 
 Sobrinho 
³$� QRPHDomR� GH� F{QMXJH�� FRPSDQKHLUR� RX� SDUHQWH� HP� OLQKD� UHWD��
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo 
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na 
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido 
R�DMXVWH�PHGLDQWH�GHVLJQDo}HV�UHFtSURFDV��YLROD�D�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO�´ 
 
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Avô 
Grau 2 Grau 3 
Pai Tio 
Grau 1 
Você 
 
O texto veda, também, o nepotismo cruzado ao informar que a 
V~PXOD�DOFDQoD�DV�³GHVLJQDo}HV�UHFtSURFDV´, ou seja, a SV nº 13 veda a 
nomeação de um parente de Fulano, que é presidente da FUNASA, por 
exemplo, para o exercício de um cargo em comissão no INSS enquanto, 
ao mesmo tempo, Beltrano, que é parente do presidente do INSS, é 
nomeado para exercício de cargo em comissão na FUNASA. 
Muita atenção nesse ponto: após a edição da Súmula Vinculante 
em comento, o Supremo Tribunal Federal afirmou que ³a nomeação de 
parentes para cargos políticos não implica ofensa aos princípios que 
regem a Administração Pública, em face de sua natureza 
eminentemente política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, 
as nomeações para cargos políticos não estão compreendidas nas 
hipóteses nela elencadas´� �5&/� ������ GLYXOJDGR� QR� ,QIRUPDWLYR� 67)�
524). 
Portanto, olho aberto, meus amigos: não ofende o princípio da 
moralidade a nomeação de parentes para o exercício de cargo político, 
como o de Secretário de Estado, Ministro, presidentede autarquia, etc. 
Outro enfoque do princípio da moralidade é que a sua 
inobservância constitui ato de improbidade administrativa (art. 37, § 
4º, da CF). 
0DV�R�TXH�VHULDP�³DWRV�GH�LPSURELGDGH´" 
A Lei nº 8.429/92 responde essa questão ao afirmar que constitui 
ato de improbidade: 
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(a) auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em 
razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade (= 
enriquecimento ilícito ± art. 9º); 
(b) qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres de entidades públicas (= causam prejuízo ao erário 
± art. 10); 
(c) qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições (= atentam 
contra os princípios da Administração Pública ± art. 11). 
Apesar da redação clara da lei e da Constituição, que não excluem 
qualquer autoridade das sanções pela prática de improbidade, num 
julgamento pouco moralizador, o Supremo Tribunal Federal entendeu 
que o Presidente da República e os Ministros não respondem por 
improbidade administrativa com base na Lei 8.429/92 (RCL 2138: 
divulgado no Informativo STF nº 471, julgado em 13.06.2007). 
3RU� RXWUR� ODGR�� R� 6XSHULRU� 7ULEXQDO� GH� -XVWLoD� HQWHQGH� TXH� ³os 
prefeitos podem ser processados por seus atos pela Lei nº 
8.429/92´��5(63����������± AgRg, julgado em 21.06.2011). 
 
Outra interessante violação ao princípio da moralidade, foi o 
proferido pelo STF: 
 
³(0(17$�� &2167,78&,21$/�� $'92*$'2�� (;(5&Ë&,2� '$� 352),66­2��
INCOMPATIBILIDADE. C.F., art. 5º, XIII; art. 22, XVI; art. 37. Lei 4.215/63, 
artigos 83 e 84. Lei 8.906/94, art. 28. I. - Bacharel em Direito que exerce o 
cargo de assessor de desembargador: incompatibilidade para o exercício da 
advocacia. Lei 4.215, de 1963, artigos 83 e 84. Lei 8.906/94, art. 28, IV. 
Inocorrência de ofensa ao art. 5º, XIII, que deve ser interpretado em 
consonância com o art. 22, XVI, da Constituição Federal, e com o princípio da 
moralidade administrativa imposto à Administração Pública (C.F., art. 37, 
caput). II. - R.E. não conhecido. (RE 199.088, rel. Min. Carlos Velloso, 
Segunda Turma, DJ 16.04.1999��´ 
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Sobre os princípios da impessoalidade e moralidade resolva as 
questões abaixo: 
 
 
 
 
27. (CESPE ± 2014 - TJ-DF - Juiz de Direito Substituto) 
Considerando a relevância dos princípios do direito administrativo para 
atividade de administrador público, assinale a opção correta. 
 a. O princípio da supremacia do interesse público vem sendo 
questionado pela doutrina, em especial, após a CF, que estabeleceu o 
Estado democrático de direito e assegurou direitos e garantias 
individuais acima dos interesses do Estado, não existindo, por outro 
lado, norma constitucional que respalde a permanência de tal princípio 
no ordenamento jurídico. 
 b. O princípio da eficiência funciona como diretriz a ser seguida 
pelo administrador, mas não pode ser utilizado como parâmetro de 
controle externo pelo tribunal de contas para fins de verificação de 
regularidade dos atos e contratos celebrados pelos administradores 
públicos. 
 c. A violação de princípios da administração pública, tais como da 
moralidade, da impessoalidade e da eficiência, caracteriza ato de 
improbidade administrativa, desde que comprovado o dolo, ainda que 
genérico, do agente. 
 d. Na esfera de atuação do poder de polícia, não pode a 
administração pública efetuar a demolição de obra irregular de forma 
sumária, sem observar os princípios do contraditório e da ampla defesa, 
devendo haver a oitiva prévia do interessado. 
e. Estando o administrador diante de ato administrativo viciado, o 
princípio da segurança jurídica lhe confere a opção, observado o critério 
Questões de 
concurso 
 
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de conveniência e oportunidade, de convalidar o ato se o vício for 
sanável, reconhecer a sua estabilização pelo decurso do tempo, 
modular os efeitos da anulação ou, ainda, invalidar o ato, com efeitos 
ex tunc. 
 
Como vimos, qualquer ação ou omissão que viole os deveres de 
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições (= 
atentam contra os princípios da Administração Pública ± art. 11). 
Isso nos remete aos princípios da Administração pública tais como a 
moralidade, a impessoalidade e a eficiência. Para os crimes que 
atentam conta os princípios da Administração Pública, tem que se 
comprovar o dolo do agente. 
Logo, o nosso gabarito fica letra C. 
 
28. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) A nomeação, pelo presidente de um tribunal de justiça, de 
sua companheira para o cargo de assessora de imprensa desse tribunal 
violaria o princípio constitucional da moralidade. 
Exatamente como vimos na Súmula vinculante 13 do STF. 
Gabarito: Certo. 
 
29. (CESPE ± 2014 ± TJ/SE ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 
DIREITO) Em consonância com os princípios constitucionais da 
impessoalidade e da moralidade, o STF, por meio da Súmula Vinculante 
n.º 13, considerou proibida a prática de nepotismo na administração 
pública, inclusive a efetuada mediante designações recíprocas ² 
nepotismo cruzado. 
 A Súmula Vinculante 13 do STF, veda a prática do nepotismo na 
Administração Pública e como vimos também veda o nepotismo 
cruzado. Essa foi bem fácil. 
Gabarito: correta 
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30. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) Haverá ofensa ao princípio da moralidade 
administrativa sempre que o comportamento da administração, embora 
em consonância com a lei, ofender a moral, os bons costumes, as 
regras de boa administração, os princípios de justiça e a ideia comum 
de honestidade. 
Isso mesmo. Dispensa comentários, né? 
Gabarito: certo. 
 
31. (CESPE-2011-TRE-ES-Técnico Judiciário) Contraria o 
princípio da moralidade o servidor público que nomeie o seu sobrinho 
para um cargo em comissão subordinado de nepotismo. 
É uma situação de nepotismo. Lembra da súmula que estudamos? 
³se a autoridade nomear seu cônjuge, companheiro ou parente atéo 3º 
grau para ocupar cargo em comissão ou exercer função de confiança;´�
Portanto, item correto. 
Gabarito: certo 
 
 
32. (FCC/TRT 16/Oficial de Justiça/2014) O Diretor Jurídico de 
uma autarquia estadual nomeou sua companheira, Cláudia, para o 
exercício de cargo em comissão na mesma entidade. O Presidente da 
autarquia, ao descobrir o episódio, determinou a imediata demissão de 
Cláudia, sob pena de caracterizar grave violação a um dos princípios 
básicos da Administração pública. Trata-se do princípio da 
 
a) presunção de legitimidade. 
b) publicidade. 
c) motivação. 
d) supremacia do interesse privado sobre o público. 
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e) impessoalidade 
 
Segundo o princípio da impessoalidade a Administração não 
pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar 
alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o agir deve 
ser impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão somente, o 
interesse público. 
A nomeação da companheira visa beneficiar interesse próprio, 
violando o princípio da impessoalidade. 
Gabarito: E 
 
33. (FCC 2014 TRT 16ª Região Técnico Judiciário ± Área 
Administrativa) Em julgamento proferido pelo Supremo Tribunal 
Federal, a Corte Suprema firmou entendimento no sentido de que 
assessor de Juiz ou de Desembargador tem incompatibilidade para o 
exercício da advocacia. Ao fundamentar sua decisão, a Corte explanou 
que tal incompatibilidade assenta-se, sobretudo, em um dos princípios 
básicos que regem a atuação administrativa. Trata-se do princípio da: 
 a) supremacia do interesse privado. 
b) publicidade. 
c) proporcionalidade. 
d) moralidade. 
e) presunção de veracidade. 
Como acabamos de ver: 
 
 
 
³(0(17$�� &2167,78&,21$/�� $'92*$'2�� (;(5&Ë&,2� '$� 352),66­2��
INCOMPATIBILIDADE. C.F., art. 5º, XIII; art. 22, XVI; art. 37. Lei 4.215/63, 
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artigos 83 e 84. Lei 8.906/94, art. 28. I. - Bacharel em Direito que exerce o 
cargo de assessor de desembargador: incompatibilidade para o exercício da 
advocacia. Lei 4.215, de 1963, artigos 83 e 84. Lei 8.906/94, art. 28, IV. 
Inocorrência de ofensa ao art. 5º, XIII, que deve ser interpretado em 
consonância com o art. 22, XVI, da Constituição Federal, e com o princípio da 
moralidade administrativa imposto à Administração Pública (C.F., art. 37, 
caput). II. - R.E. não conhecido. (RE 199.088, rel. Min. Carlos Velloso, 
Segunda Turma, DJ 16.04.1999��´ 
 
*DEDULWR��/HWUD�³G´� 
 
34. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa) 
Segundo a literalidade do caput do art. 37 da Constituição de 1988, a 
Administração pública obedecerá, entre outros, ao princípio da 
a) proporcionalidade. 
b) razoabilidade. 
c) igualdade. 
d) moralidade. 
e) boa-fé. 
Resposta: 
Para resolver essa questão, basta lembrar-se do LIMPE! M de 
moralidade. É o único princípio expresso que consta nas opções dadas. 
Resposta: letra D 
 
35. (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
A conduta do agente público que se vale da publicidade oficial para 
realizar promoção pessoal atenta contra os seguintes princípios da 
Administração Pública: 
a) razoabilidade e legalidade. 
b) eficiência e publicidade. 
c) publicidade e proporcionalidade. 
d) motivação e eficiência. 
e) impessoalidade e moralidade. 
Resposta: 
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Se o sujeito se valeu de publicidade oficial para promoção 
pessoal, esse ato viola o princípio da impessoalidade, a obra não é dele, 
mas do povo, feita em nome do povo e com o dinheiro do povo. Noutro 
giro, ao se valer do dinheiro público gasto na obra para se 
autopromover, o agente público pratica ato imoral, contrário à 
honestidade, violando, assim, o princípio da moralidade. Por isso, o 
gabarito é a OHWUD�³H´� 
 
36. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário - 
Área Administrativa) O Jurista Celso Antônio Bandeira de Mello 
apresenta o seguinte conceito para um dos princípios básicos da 
Administração Pública: De acordo com ele, a Administração e seus 
agentes têm de atuar na conformidade de princípios éticos. (...) 
Compreendem-se em seu âmbito, como é evidente, os chamados 
princípios da lealdade e boa-fé. Trata-se do princípio da: 
a) motivação. 
b) eficiência. 
c) legalidade. 
d) razoabilidade. 
e) moralidade. 
Resposta: 
Não é preciso muito esforço para concluir que o trecho de Celso 
Antônio trata da moralidade. O princípio da moralidade impõe ao 
administrador o dever de sempre agir com lealdade, boa-fé e ética. 
Além de obedecer aos limites da lei, o gestor deve verificar se o ato não 
ofende a moral, os bons costumes, os princípios de justiça, de equidade 
e, por fim, a ideia de honestidade. 
 Assim, o gabarito é a letUD�³H´� 
 
 
Vamos em frente, passamos agora ao princípio da publicidade. 
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Nas palavras de Zannoni (2011, p. 45), o princípio da publicidade 
LPS}H�³WUDQVSDUrQFLD�DRV�DWRV�DGPLQLVWUDWLYRV��VRE�SHQD�GH� LQHILFiFLD��
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em OHL´�� 
Se todo poder emana do povo, nada mais lógico do que dar a mais 
ampla publicidade aos atos editados pela Administração Pública, seja 
por meio de boletins internos, por certidões, pelo diário oficial ou 
mesmo pela internet. É por isso que a Constituição traz em seu bojo o 
art. 5º, XXXIII: 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
 
 
Com se percebe da redação do dispositivo, em certos casos, a 
própria Constituição impõe o dever do sigilo. Como assim? A própria 
Constituição impõe o sigilo? 
Isso mesmo, em certos casos a CF impõe o sigilo. São eles: para 
proteger a intimidade do indivíduo (art. 5º, X) e para promover a 
segurança da sociedade e do Estado. 
Outro regramento constitucional relacionado ao princípio da 
publicidade é o direito dos indivíduos de petição aos Poderes Públicos 
em defesa de direitos ou contra ilegalidade

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