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Fatores de Textualidade

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Fatores de textualidade: 
Coesão; ‚ 
Coerência; ‚ 
Intencionalidade; ‚ 
Aceitabilidade; ‚ 
Situacionalidade; ‚ 
Informatividade; ‚ 
Intertextualidade. 
COERÊNCIA 
A coerência é responsável pela unidade semântica, pelo sentido do texto, envolvendo não só 
aspectos lógicos e semânticos, mas também cognitivos. Esse fator não está no texto, mas se 
constrói a partir do texto, envolvendo autor e leitor. Com sua experiência de vida, o autor cria 
uma determinada situação, com uma finalidade. 
COESÃO 
A coesão garante a unidade do texto através do uso adequado dos conhecimentos gramaticais 
e lexicais. Enquanto a coerência está diluída no texto, a coesão aparece claramente no texto. 
Por isso, afirma-se que, através da construção, se percebe a coesão, que pode ser entendida 
como a “liga” do texto. 
INTENCIONALIDADE 
Essa característica se refere à competência do autor em elaborar um texto coerente e coeso, 
com a finalidade de atingir o objetivo que pretende ou deseja explicitar. Por exemplo, se quero 
viajar e viajo, normalmente o meu desejo causará o evento que representa, o ato de viajar 
com todos os outros necessários para realizar a viagem. Há, portanto, conexão interna entre a 
causa e o efeito, por que se tenho um desejo (viagem), que é a causa, vai originar um efeito, 
que é eu viajar. 
ACEITABILIDADE 
Para que o texto seja aceito, deve apresentar coesão e coerência, além de ser útil e ter 
relevância. Precisa, também, ter verdade, mesmo sendo ficção, mesmo que seja um simulacro 
do real; ter autenticidade e quantidade: um número tal de informações que permitam ao leitor 
tomar posse do texto, sem que haja vazios e lacunas que tornem o texto sem sentido. A 
cooperação do leitor faz-se presente desde que o autor corresponda a uma necessidade do 
leitor. 
 
SITUACIONALIDADE 
O texto deve estar adequado a um contexto, situado em relação aos fatos em volta dele, deve 
ter compatibilidade com a situação, ser coerente com o contexto em que aparece. 
INFORMATIVIDADE 
Refere-se às informações que são colocadas no texto. É um aspecto delicado, pois informações 
demais deixam o texto sem criatividade e até infantilizado; por outro lado, se faltar de 
informações, o texto não atinge o objetivo de comunicabilidade. Um texto criativo pode ter 
menor informatividade, ser menos previsível, no entanto, ser interessante, envolvente, desde 
que venha ligado a dados conhecidos. 
INTERTEXTUALIDADE 
Vem a ser a relação de um texto com outros textos. Para identificar a intertextualidade, é 
importante uma história de leituras, uma vez que um texto se constrói em cima de um “já-
dito”. 
A intertextualidade acontece da seguinte forma: existe um texto primeiro e sobre ele se 
constrói um outro, com passagens, versos ou frases que permitem ao leitor identificá-lo como 
relacionado com o primeiro. 
O segundo texto fica, digamos, “contaminado” pelas ideias ou pela construção daquele sobre o 
qual se constrói. E esse processo é contínuo, pois há sempre um “a-dizer” marca da 
incompletude da linguagem. 
Portanto, intertextualidade é o processo de produzir um texto construído como absorção ou 
transformação de outros textos, e um discurso se elabora em “vista” do outro. 
A citação consiste em apresentar um discurso de outro no próprio discurso. Acontece quando 
escrevemos um trabalho ou uma pesquisa e para referendar o que pretendemos provar 
citamos outro autor. Essa citação vem marcada por aspas, nome do autor e do livro em que ela 
aparece. Outra forma de citação é a de ditados populares ou frases do senso comum presentes 
na cultura de um país. 
A paráfrase consiste em reafirmar, com palavras diferentes, o mesmo sentido de outro texto. 
A paráfrase consiste no “mesmo” dito de outra forma. Trata-se do já-dito, o estável, o retorno 
constante ao mesmo. Há um texto que é a matriz do sentido – e essa matriz é repetida com o 
mesmo sentido, mas com outras palavras – há um deslocamento sem que haja traição ao seu 
significado primeiro. Por exemplo, Caetano, na letra da música Sampa, diz: “Narciso acha feio o 
que não é espelho”. Nesse caso, temos uma paráfrase da mitologia grega. 
A paródia estabelece uma ruptura com o texto primeiro. O distanciamento é absoluto. A 
linguagem torna-se dupla sendo impossível a fusão de vozes: é uma escrita transgressora, que 
engole e transforma o texto primitivo, articula-se sobre ele, reestrutura-o, mas, ao mesmo 
tempo, o nega – estabelecendo a intertextualidade e possibilitando a dupla leitura. A paródia 
não se reduz a uma mera repetição do texto primitivo, mas soa como um eco deformado e as 
palavras do outro se revestem de algo novo e se tornam bivocais. 
Analise o texto abaixo quanto aos problemas de coesão e coerência. 
“Durante sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, 
de 51 anos, sempre impôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. Por outro lado, 
costumava ficar horas aprimorando seus defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção 
brasileira em 1970, quando fez parte do grupo que conquistou o tricampeonato mundial, Leão 
não dava um passo em falso. Cada atitude e cada declaração eram pensadas com um 
racionalismo típico de sua família, já que seus outros dois irmãos, Edmílson, 53 anos, e Édson, 
58, são médicos.” 
(Correio Popular, Campinas, 20/10/2000.)

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