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Dossiê Dilma Rousseff

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Prévia do material em texto

Dossiê 
Dilma Rousseff 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Jornal Folha de S.Paulo 
Período: 8 de agosto a 03 de outubro de 2010 
Matérias publicadas aos domingos. 
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 
 
Comunicação Integrada – 3° período – manhã. 
Grupo: Camila Renata, Juliana Rodrigues, Larissa Oliveira. 
 
 
 
 
Histórico do veículo 
 
Criado em 1921, com o surgimento do Jornal “Folha da Noite”, a hoje, Folha de 
São Paulo é um jornal de circulação e repercussão nacional. 
 Uns dos periódicos mais vendidos do país, a Folha tem uma postura 
denominada, em tese, imparcial e visa atingir um público de classe social mais alta. 
 Os resultados preliminares da versão 2000 da pesquisa 'Perfil do Leitor da Folha' 
do Datafolha, para o estado de São Paulo, afirma que seu típico leitor tem 
aproximadamente 40 anos e um alto padrão de renda e escolaridade. Caso fosse 
escolhido um leitor, por acaso, a probabilidade que ele seja homem é a mesma de que 
seja mulher. O mesmo leitor faria parte da classe A ou da B, seria católico e possuiria 
TV por assinatura e acesso à Internet. 
 Já em outros estados, o perfil é mais variado. O leitor é mais jovem (em média 
36 anos) e mais elitizado (classe A). Além disso, é muito grande o índice de pós-
graduados. 
 A publicidade explícita na Folha confirma esse perfil de leitor. É comum ver em 
suas páginas propagandas de empresas de viagem (como a CVC), carros e apartamentos 
de alto luxo. 
 
 
Escolha do jornal e da candidata 
 
 O grupo optou pela Folha de São Paulo, exatamente por ser um jornal que visa 
uma classe com renda mais elevada para que fosse feito a análise da postura do veículo 
com relação à candidata do PT, Dilma Rousseff. O Partido dos Trabalhadores tem suas 
raízes na população mais humilde, confrontando totalmente com o perfil de público do 
jornal. 
 A partir desse ponto, iniciaremos a análise das matérias buscando conhecer a 
total imparcialidade pregada pelo jornal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 8 de agosto de 2010. 
 
Pesquisa Datafolha 
 
A candidata à presidência Dilma Rousseff ganhou destaque em 2 páginas do jornal de 
domingo, no caderno Poder. 
 
Página A13 – Matéria localizada no canto inferior à direita. 
“Lula e Dilma ampliarão visitas a SP para impulsionar Mercadante” 
“Objetivo é diminuir a vantagem de Serra sobre petista no Estado” 
 
A matéria situada na parte inferior da página do caderno Poder fala sobre a 
estratégia de campanha adotada pela candidata Dilma e apoiada pelo presidente Lula. 
Dilma, em pesquisa realizada no maior colégio eleitoral do Brasil (SP), está 14 pontos 
atrás do também candidato à presidência José Serra. Com isso, a estratégia implantada é 
aumentar a presença da candidata em SP, além de buscar promover a campanha de 
Aloísio Mercadante ao governo paulista. 
 
Análise da foto: 
 
A foto da reportagem traz Lula, Mercadante e Marta 
Suplicy. A candidata à presidência não aparece na 
imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ „O presidente Lula já havia me dito que iria dar prioridade a São Paulo na reta 
final‟, afirmou Mercadante. 
O candidato também brincou com declarações de Dilma durante o debate na Band: 
„Agora só falo como ela. Tenho muito orgulho de ter sido líder do Lula no Senado, e do 
nosso governo‟.” 
 
O nome da candidata ainda aparece em outro título na mesma página, “O apoio 
dos tucanos a Dilma virou fraude”, mas não ganha destaque no conteúdo da 
reportagem onde foi debatido mais o Pluripartidarismo criado para apoiar a candidatura 
de Dilma. 
Na página seguinte (A14 – página inteira), em “Partidos exibem festival de 
contradições em discursos”, aparecem charges onde os candidatos são “alfinetados” 
por suas atitudes e falas dos partidos. O nome de Dilma é citado em três charges, mas a 
crítica é não diretamente à candidatura. 
 
 
 
PIQUE-ESCONDE 
“Na sabatinada da Folha, Aloízio Mercadante (PT) vive 
alfinetando Geraldo Alkimin (PSDB). Diz o petista que o tucano tem 
evitado o confronto. Na corrida presidencial, é o contrário: o PSDB 
acusa o PT de manter Dilma Rousseff na toca – embora tenha ido ao 
debate da Band, a petista já desmarcou outras participações. Sergio 
Guerra, presidente do PSDB, disse que a tática é „esconder a Dilma e 
enganar o povo‟.” 
 
 
 
 A PÉ E DE TREM 
“O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi a 
público criticar o trem-bala - projeto que Lula credita à Dilma. Para 
Serra, o governo federal poderia usar os recursos aplicados na obra 
(estimados em R$35 bilhões) na construção de outras ferrovias, 
rodovias e em 300 km de metrô em capitais brasileiras. Na sabatina da 
Folha, Alckimin mostrou-se a favor da empreitada. „No que eu puder 
ajudar como governador, eu farei‟, disse.” 
 
As sátiras retratam como há falhas na comunicação dos candidatos, que preocupam 
tanto com o que os outros candidatos fazem e se esquecem de examinar ao seu redor e 
perceber que fazem parecidos. 
 
Comentários sobre as matérias 
Por ser a primeira análise, não foi possível identificar de maneira clara e mais direta o 
posicionamento do jornal em relação à candidata. 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 15 de agosto de 2010. 
 
Pesquisa Datafolha 
 
 
Página A9 (direita) – Localizada no canto esquerdo da página. 
Obs.: A maior parte da página é ocupada por um anúncio, deixando a reportagem pouco 
perceptível. 
“Serra caiu nos Estados que mais visitou” 
“Tucano concentrou campanha no Sudeste, mas perdeu seis pontos no Rio, quatro em Minas e três em 
São Paulo”. 
 
“No intervalo entre as duas últimas pesquisas, de 23 de julho até anteontem, Serra teve 
pelo menos sete agendas de campanha em São Paulo, cinco em Minas Gerais e três no 
Rio de Janeiro.” 
 
Segundo dados fornecidos pela pesquisa Datafolha, o desempenho do candidato 
Serra piorou nos Estados em que ele mais visitou. A matéria afirma que, pela primeira 
vez, Dilma está à frente de José Serra no resultado geral das pesquisas, mas em São 
Paulo – maior colégio eleitoral do país e berço de Serra -, a candidata petista está 
empatada tecnicamente com o candidato tucano, mesmo levando em consideração a 
margem de erro de 3%. 
 
Página A10 (esquerda) – Página inteira. As três reportagens contidas na página citam 
Dilma Rousseff. 
 
 Parte superior da página – ocupa da margem esquerda à margem direita. 
“Sinais de reviravolta” 
“Resta a Serra introduzir alguma perspectiva capaz de seduzir aspirações frustradas do eleitorado” 
 
“Serra e seus marqueteiros poderiam perceber que assim só 
confirmam o que é a principal bandeira da adversária. 
Façamos justiça: a candidatura de Dilma e seu êxito são 
produtos de Lula, como Gilberto Kassab foi de Serra, mas o 
PSDB e seu candidato não têm regateado facilidades e outras 
colaborações à candidatura governista.” 
 
O texto publicado tem a opinião do redator Janio de Freitas. A análise crítica aponta os 
problemas das campanhas dos presidenciáveis. Dilma leva vantagem na matéria em 
relação a seu opositor, José Serra. Para o autor, a candidata soube aproveitar melhor seu 
tempo nas propagandas eleitorais, não se preocupando em falar mal da oposição, 
enquanto Serra deixa claro várias promessas, mas que ficam “no ar”, perdidas, dando ao 
eleitorado a impressão de vazio. Janio diz que falta ao candidato do PSDB mostrar para 
que realmente veio e porque deixou o governo de São Paulo para se candidatar a 
Presidência. 
 
 Ocupa mais da metade da página 
“Metade do eleitorado crê na vitória de Dilma” 
“Entre os brasileiros que aprovam o governode Lula, candidata petista abre 22 pontos de vantagem sobre 
Serra.” 
 
“Além de ter se isolado à frente da pesquisa Datafolha para presidente, Dilma Rousseff 
(PT) ampliou entre os eleitores a percepção de que será a vitoriosa em 3 de outubro.” 
 
Logo abaixo à análise crítica de Jânio de Freitas, uma matéria afirma que Dilma 
mostra força em capitais que antes eram reduto de Serra. A reportagem é resumida por 
apresentação de gráficos que mostram diferenças entre expectativa de vitória e intenção 
de votos. 
 
 
 
 
 Parte inferior da página – canto direito 
“Pela primeira vez petista empata com tucano entre as mulheres” 
 
Também segundo pesquisas Datafolha, o público feminino empata pela primeira 
vez os candidatos José Serra e Dilma Rousseff (ambos com 35%). A reportagem ainda 
comenta que se dependesse do público masculino, Dilma venceria no primeiro turno. 
Entre os mais ricos (ganham acima de 10 salários mínimos), 44% votariam em Serra e 
apenas 28% em Dilma. 
 
Página A11 (direita) – canto superior direito. A página é repleta de propagandas e, 
abaixo da reportagem, está a propaganda de um deputado do PSDB com sua foto e os 
números de Serra e do candidato ao governo de São Paulo, Geraldo Alkimin. 
 
“Ás vésperas da estréia na TV, Lula grava para 20 aliados nos Estados”. 
 “Dilma comemora Data Folha e afirma que não haverá soberba” 
 
“Dilma adotou discurso de humilde. Disse que não haverá na campanha „salto alto, 
soberba ou autossuficiência‟.” 
A princípio, a reportagem dá ênfase às gravações feitas por Luiz Inácio Lula da 
Silva para as campanhas eleitorais de seus aliados. 
Ao final, um breve comentário diz que, enquanto Lula grava para 20 aliados 
políticos, Dilma também gravava, porém sem a participação do atual presidente da 
República. Apesar de gravarem tomadas diferentes, os dois comemoraram a posição de 
Dilma diante Serra. 
O jornal afirma que Dilma adotou uma postura humilde em relação à sua 
candidatura e a vantagem presente sobre Serra ao dizer que ainda não tem nada decidido 
e que não está de salto alto. Na foto, Dilma lê a revista Época, que a traz como capa, 
contando relatos da sua participação na luta armada contra a ditadura. Diante à 
publicação, Dilma afirma não ter participado e nem sequer ter sido julgada ou 
condenada pelo ato apontado pela revista. 
Análise da foto: 
 
 
A candidata aparece lendo a revista em que é capa 
perto de um carro de luxo, contrapondo o rótulo de 
humilde comentado na matéria. 
 
 
 
 
 
Comentários sobre as matérias 
 
Nas matérias publicadas neste dia, foi possível perceber um pouco da posição do 
jornal em relação à candidata Dilma Rousseff. São apresentadas as vantagens da 
candidata, mas as críticas feitas a Serra parecem mais um alerta ao candidato tucano de 
como isso prejudicará sua campanha. Percebe-se, em primeiro momento, que o jornal 
possui uma preferência não explicitada diretamente por José Serra. 
 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 22 de agosto de 2010. 
 
Pesquisa Datafolha 
 
 
 Editoriais 
 
A página dos editoriais apresenta duas colunas tratando de Dilma. A coluna de 
Clóvis Rossi adota o termo piloto automático para se referir ao futuro mandato de 
Dilma, que segundo Rossi, seguirá o mesmo modelo governista adotado por Lula tanto 
referente a posturas quanto táticas. Enfim, as coisas ficariam como estão. 
 Eliane Cantanhêde, em seu comentário, não demonstra simpatia ao atual cenário e 
deixa bem claro em suas previsões esta postura. Cantanhêde também expõe em seu 
texto o fracasso eleitoral do candidato tucano José Serra que, segundo afirma a mesma, 
deve-se ao seu posicionamento nada ofensivo do candidato e a “a falta de empenho por 
parte do mesmo em demonstrar para a maioria da população que o Brasil pode mais”. 
 
A capa dessa semana traz duas matérias relacionadas à candidata. Na chamada 
para a reportagem: “Lula prepara ofensiva para tentar mudar eleição em SP”, o 
nome de Dilma não é citado, mas a matéria referente ao título fala sobre a candidata. A 
outra chamada, “Empresa produz boletim diário contra tucano” também não traz o 
nome da petista estampado, mas seu conteúdo também é sobre a mesma. 
 
 Página A14 – Ocupa quase que toda a primeira metade da página. 
 
Segundo o jornal, o dono da Lanza Comunicação, Luiz Lanzetta, abastece 
veículos de comunicação de todo o país com conteúdos pró-Dilma Rousseff (PT) e 
contra o tucano José Serra. 
Pelas contas da empresa, o material é distribuído diariamente a 556 mil e-mails e 
reproduzido por 250 sites. A Lanza entrega gratuitamente o conteúdo do boletim 
"Brasília Confidencial", que é reproduzido por sites de partidos aliados do PT, 
simpatizantes de Dilma, centrais sindicais, jornais e rádios. Também é usado pela rede 
de mobilização comandada por Marcelo Branco, responsável pela campanha de Dilma 
na web. 
A Secretaria de Comunicação da Presidência nega ter pagado pelos serviços da 
Lanza e afirma não ter repassado recursos de publicidade ao site. 
Procurados pela Folha, Barenho se recusou a comentar e Lanzetta não respondeu 
aos telefonemas. 
Luiz Lanzetta é acusado de envolvimento na negociação de dossiê contra Serra. 
 Imagem do Boletim pró-Dilma. 
 
 A página A4 – Poder. 
 
“Vantagem de Dilma faz Lula exigir ofensiva em SP” 
Presidente cobra „fatos políticos‟ para alavancar campanha de Mercadante. 
 
 A matéria fala sobre a tática de Lula em relação à tentativa de aumentar a 
preferência do eleitor paulista por Mercadante. A pesquisa Datafolha dessa semana 
mostra Dilma 17pontos à frente de José Serra, o que agrada ao atual presidente. 
 A candidata Dilma se mostra feliz com o resultado da pesquisa, mas afirma que 
pesquisa não ganha eleição. Segundo a mesma, o que a fará presidente será a decisão 
dos eleitores no dia 03 de outubro. 
 
Análise da foto: Dilma aparenta tranqüilidade 
e Lula mostra vigor. A foto traduz o que é detalhado 
na matéria, que se refere à postura dos candidatos 
mediante a vantagem da petista nas pesquisas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentários sobre as matérias 
A Folha desse domingo se manteve mais estável e com certa imparcialidade nas 
matérias, mas o editorial mostrou realmente a postura do jornal em relação à candidata, 
se mostrando insatisfeito a esse apoio de Lula a Dilma. 
 
 
 
 
 
 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 29 de agosto de 2010 
 
Pesquisa Datafolha 
 
 
 
A capa do jornal deste domingo traz duas chamadas que dizem respeito à 
candidata Dilma. A primeira trata da omissão de Michel Temer, vice da candidata 
pedista, de um imóvel no Imposto de Renda (IR). Já a outra, afirma que, para eleitores, 
Dilma é mais hábil para governar. 
Ambas estão localizadas do lado esquerdo da página e ocupam pouco espaço. 
 Página A2 – Opinião. Localizada na parte mais alta do lado direito. 
O editorial de domingo traz uma charge, que insinua de maneira direta, que Dilma é 
coordenada por Lula, e só faz o que a é recomendada. Deixando explicita a opinião de 
que Dilma é totalmente manipulada e não faz nada por vontade própria. 
 
 
 
 Página A4 (esquerda) – Poder. Ocupa todo o lado direito da página. 
 
“Temer omite de declaração ao TSE imóvel de R$2,2mi 
“Vice de Dilma diz que omissão na eleição de 2006 se deve a „erro de digitação‟” 
 
O jornal traz uma matéria extensa mostrando as contradições de Michel Temer 
quando o mesmo tenta se explicar sobre a não declaração de um imóvel em seu nome. 
Em um primeiro pronunciamento, Temer afirma ter adquirido o imóvel com o 
honorário recebido por uma causa advogada em 1970 e, que só recentemente recebeu. Apartir dessa declaração, a Folha começou a investigar na Justiça Paulista sobre tal ação, 
já que o político não divulgou o nome do cliente. 
Após essa investigação, a versão sobre a história mudou. O vice de Dilma, ao 
debater as acusações de ter mentido, afirmou ter sido um erro de digitação a não 
inclusão do valor em seu IR. 
A justiça eleitoral não considera o caso como grave, já que, segundo a mesma, esse 
fator não interferiu na candidatura da presidenciável. 
Além do texto, ao final da página há a entrevista de Michel Temer à Folha de 
S.Paulo. 
+ 
 
 Página A12 – Poder. Duas reportagens que ocupam mais da metade da página. 
 
“Eleitor vê Dilma como mais preparada”. 
“Candidata do PT ultrapassa José Serra na sondagem sobre quem reúne maior número de habilidades para 
governar” 
 
 Segundo pesquisa Datafolha, Dilma é vista pelo eleitorado como mais apta a 
governar o país. Fato inédito. A candidata petista ultrapassou José Serra, que em maio, 
era considerado melhor em vários quesitos abordados. A pesquisa leva questionamentos 
como, “quem defenderá os ricos”, “mais autoritário”, “mais inteligente”, dentre outros. 
 A matéria é completada com caricaturas de Serra e Dilma e gráficos com os 
percentuais dos três mais bem colocados presidenciáveis. 
 
 
“Imagem de Dilma perante o eleitor mostra avanço além da tutela de Lula” 
 Ao final da página, em uma pequena reportagem, passível de passar 
despercebido por estar abaixo da produção gráfica acima, há uma reportagem afirmando 
que Dilma começa a ser conhecida pela sua campanha, e não por ter o apoio do 
presidente Lula. A mulher que antes era vista como a “sombra” de Lula ganhou voz e 
atuação entre os eleitores, que a classificam como a mais preparada para manter a 
estabilidade econômica, defender os pobres e, dentre outras coisas, combater a 
violência. A candidata ainda é vista como quem melhor se expressou na televisão. 
 
Na página A15, também do caderno Poder, o jornal apresenta uma matéria 
contanto sobre o passado de Dilma. A matéria diz apenas que Dilma vendeu bugigangas 
e „Cavaleiros do Zodíaco‟ no Sul e que renega esse passado. 
 Como de costumes este ano na cobertura das eleições, a Folha chama um 
especialista para analisar a fisionomia dos candidatos em situações pré-escolhidas. 
 Na visão do especialista, ao analisar algumas cenas do debate realizado pela Uol 
e a campanha eleitoral pela tv, Dilma se mostra bastante emocional nas duas situações e 
suas expressões faciais condiziam com sua fala. A candidata demonstrou confiança e 
sinceridade, transparecendo mais honestidade com seus sentimentos, ao contrário da 
última análise, onde a mesma foi considerada crua. 
 
Comentários sobre as matérias 
A edição desse domingo ao mesmo tempo em que exalta a candidata petista traz 
contraposições que buscam denegrir de maneira sutil a imagem da mesma. Analisando a 
capa do dia, percebe-se que não é por acaso que o chamado para a matéria que 
compromete Temer esteja acima da que Dilma aparece como mais apta a governar. 
De maneira sutil, podemos analisar que o jornal tende a desfavorecer a 
candidata, não sendo tão imparcial quanto prega ser. 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 05 de setembro de 2010. 
 
Pesquisa Datafolha 
 
 
 Página Especial 1 (Centro) – Localizada no centro, utilizada página inteira. 
 
“Dilma ignorou falha apontada por TCU em contas de luz; prejuízo é de 
R$1bi”. 
“Em Minas e Energia, petista foi avisada três vezes pelo órgão sobre falha no cálculo da tarifa de luz mas 
nada fez” 
 
 
 
 
 
 
Análise da foto: Foto com o rosto de Dilma com expressão de raiva, como se estivesse 
negando o fato. 
 
Em auditoria feita após a saída de Dilma da pasta confirmou problema; benefício 
não garantia desconto aos mais pobres. A propaganda eleitoral tem apresentado Dilma 
como eficiente gestora, mas o erro cometido em Minas e Energia coloca sua imagem em 
xeque. 
Dilma tardou em reconhecer e corrigir deficiências na tarifa social, o erro 
resultou no gasto inadequado de R$2 bilhões, dinheiro este que poderia tem sido 
utilizado em investimentos federais ou até mesmo em benefício de famílias mais pobres. 
Na época, um dos critérios para a concessão do benefício era o consumo residencial, 
porém a conclusão foi que os consumidores que consumiam até 80kWh/mês não eram 
necessariamente pobres, mas sim donos de casa de praia. Os consumidores realmente 
pobres que consumiam acima de 80 kWh/mês ficavam fora do desconto, pois numa 
mesma casa podia residir um alto número de moradores no local. 
O tribunal propôs reformulação dos critérios por mais de três vezes a Dilma, a 
alertando do problema. Porém, na época, ela não deu atenção, somente pela 3ª vez em 
que foi notificada é que as providências começaram a ser tomadas. Mas foi após a saída 
de Dilma e com entrada de Silas Rondeau, que novos estudos foram feitos para aprovar 
uma nova lei. 
 
 Página Especial 1 (à direita) – Localizada no canto da página à direita. 
Obs: Pequena nota com o relato de defesa de Dilma Rousseff a respeito do erro. 
 
“Ex-ministra diz que pasta estudou mudança na tarifa” 
 
Dilma informou por meio de sua assessoria de imprensa que desde 2003 foram 
realizados estudos para propor mudanças no cálculo da tarifa social. A assessoria 
informou que a candidata “sempre considerou positiva a posição do TCU” e que a 
proposta de alteração da lei “sempre foi convergente com a posição do MME”. 
 
 
Comentários sobre as matérias 
Percebe-se que, nesta edição, o Jornal se posicionou a favor de críticas e a 
exposição de fatos que poderiam prejudicar a candidatura de Dilma, tanto que nesta 
mesma página, apenas uma coluna à direita foi disponibilizada em defesa da ex-
ministra, e mesmo assim, nesta coluna, quiseram indiretamente comprovar um descaso 
de Dilma em relação ao problema com a apresentação de fatos de dados como datas e 
períodos de alteração da lei. 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 12 de setembro de 2010. 
 
Pesquisa Datafolha 
 
 Editorias 
Na parte superior da página, uma charge, caricatura Dilma e Lula, onde o atual 
presidente ocupa a região da cabeça correspondente ao cérebro e Dilma, com um perfil 
nada atraente, corresponde ao restante do corpo. 
 
 
Analisando o desenho é possível entender o que é escrito por Clóvis Rossi em 
sua coluna. Rossi menciona o modelo “jeito Lula de ser” adotado por Dilma, frisado 
sempre pelo colunista que alerta, esta postura após as eleições pode não apresentar ou 
continuar o rumo previsivelmente esperado, já que o estilo de ambos, apesar de 
estrategicamente se associarem, é completamente diferente. Segundo o mesmo, a 
candidata tem um temperamento explosivo, totalmente contrário ao do atual presidente. 
 Os editoriais tratam em suas notas primeiramente a questão do rumo dos então 
chamados debates políticos que segundo eles, se tornaram uma verdade propaganda 
partidária em que os candidatos criticam obras ou atitudes do outro como justificativa 
ao ataque, apontando suas benfeitorias ou o que pretende fazer caso seja eleito. 
 Eliane Catanhêde como insistente defensora do PSDB, avalia as estratégias 
utilizadas pelos candidatos à presidência, nas quais cita o escândalo com a filha do 
candidato tucano José Serra e o enredo dado a este fato. Esta também analisa a má 
articulação dos tucanos que, segundo a colunista, foi o fator determinante para o 
previsível desfecho das eleições. “Não consolidou um discurso para convencer a 
maioria de que o „Brasil pode mais”. Ou seja, a vontade de vencer a qualquer custo 
contra a falta de determinação (quase preguiça) de realmente guerrear. 
 
Novamente, a candidata à presidência, Dilma Rousselff,ganha, destaque na capa 
da edição de domingo. A Folha denuncia o filho da ministra da Casa Civil, Erenice 
Guerra, de atuar como lobista. 
 
 A capa dessa edição traz a seguinte manchete: 
 
 “Filho de braço direito de Dilma atua como lobista” 
 
Título esse, aprofundado melhor no caderno Especial Eleições 2010. 
 
 Especial 8 – Eleições 2010. Localização: ocupa toda a página. 
Contra parecer, Anac beneficiou empresa 
Renovação de concessão MTA foi dada pela presidente da agencia em quatro dias, apesar de diretoria ser 
contra. 
 A reportagem trata do escândalo que envolve Israel Guerra, filho da sucessora de 
Dilma, Erenice Guerra, no esquema de lobby. Guerra é apontado como lobista entre 
negociações empresa e governo. Segundo o jornal, o envolvimento de Dilma com 
Erenice teve início em 2002, onde Erenice foi assessora de Dilma no Ministério de 
Minas e Energia e secretária executiva da Casa Civil. A promoção da ministra foi feita 
em março, coordenada por Dilma. 
 O jornal abriu espaço para Erenice debater as acusações. A mesma afirmou 
nunca ter recebido empresários em sua casa para tratar de assuntos institucionais e 
afirmou que, eventualmente, algum empresário possa ter ido a sua casa a convite de 
seus filhos. 
 
Análise da foto: Dilma e Erenice aparecem sorridentes 
na foto e a petista acena para o fotógrafo. A imagem mostra um 
certo entrosamento 
 
 
 
 
 Especial 9 eleições 2010 . Localizada no centro da página. 
Depois de explicitado todo o caso sobre o suposto lobby, Dilma rebate as 
acusações. 
“Meu adversário tem perdido todas as estribeiras, fazendo acusações sistematicamente 
sem provas, de forma leviana. Periga passar a eleição sendo chamado de caluniador.” 
 Além do comentário de Dilma, a página traz críticas e piadas feitas por José 
Simão ao cenário e personagens das eleições 2010. No meio da página, há ofensivas e 
defensivas de Dilma e Serra em relação ao escândalo da Casa Civil. Dilma defende a 
aliada, enquanto Serra diz que a Casa Civil é um centro de maracutaias. 
 
 Especial 11 – Eleições 2010. 
 
“Espião de Dilma” 
“Ex-agente da ditadura militar acha que Dilma nasceu para mandar, não para ser mandada.” 
 
 
 
 
Análise da foto: Com destaque em meia 
página, a foto foi montada como se o ex-
agente do DCI gaúcho, Silvio Ribeiro 
olhasse para o título da matéria. 
 
 
 
A página apresenta o relato de Sílvio Ribeiro, ex-espião da Ditadura Militar, falando 
sobre Dilma durante a sua militância no período ditatório. 
Ribeiro afirma que Dilma é um lobo em pele de cordeiro e acrescenta em nota que a 
postura da candidata em negar participação direta nos crimes de assaltos e assassinatos 
contra opositores não diminue sua responsabilidade, pelo contrário aumenta, visto que 
o movimento exigia gente forte. O ex - agente ainda relata que ao final dos anos 80, 
após responder a inquérito policial, teve sua casa arrombada e todos os documentos, 
fotos e fitas armazenadas por ele da época que atuava nos órgãos de repressão foram 
levados. 
 
A margem direita da parte inferior da página traça uma linha do tempo 
da vida da candidata durante a Ditadura Militar, complementada por uma 
pequena foto em preto e branco de Dilma e Guido Rocha no julgamento 
por crime político entre os anos 70 e 72. 
 
Comentários sobre as matérias 
 
Mais uma vez, a Folha trouxe matérias que denigrem a imagem da candidata à 
presidência Dilma Rousseff. O escândalo do filho de Erenice Guerra e a reportagem 
contando sobre seu passado na Ditadura mostram totalmente a visão da Folha sobre a 
candidata. Claro que, entendemos que o jornal tem o dever de informar ao seu leitor 
sobre o que está acontecendo, mas foram utilizadas formas mais diretas, como a junção 
das matérias do escândalo na Casa Civil e o passado tão “escondido” de Dilma, além as 
charge que explicita Dilma como apenas o corpo para que o cérebro de Lula coordene 
para dizem de maneira quase explícita em quem os leitores não devem votar. 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 19 de setembro de 2010. 
 
Pesquisa Datafolha 
 
 
O escândalo da Casa Civil ganha destaque na capa desse domingo na Folha. O 
nome da candidata Dilma Rousselff aparece em várias partes da página e há diversas 
chamadas referentes à candidata. 
Os editoriais do dia utilizam o termo síndrome para se referir ao posicionamento 
dos candidatos na reta final das eleições. Para eles, o tucano Serra, segundo o próprio 
texto, teve por assim dizer, “seu momento Dilma”, ao reagir com irritação a 
entrevistadores de um programa de TV. Já os petistas, adotaram o estilo prepotente. Os 
editoriais alertam que “os petistas não são vítimas, são na verdade aproveitadores que 
se escondem por trás de farrapos de ideologias para promover os negócios e tentar 
desfigurar na medida de suas próprias dimensões um sistema democrático a duras 
penas consolidados no país.”. 
 
 Caderno Especial 1 – Eleições 2010. Localizada na parte superior e continua na 
lateral esquerda. 
A primeira página do caderno especial sobre as eleições trata imediatamente sobre o 
suposto esquema de propina do filho de Erenice Guerra. O titulo da matéria: 
“Dilma afirma que não sabia de lobby na Casa Civil, e Erenice alega ter sido 
traída”. 
“Candidata diz desconhecer denúncia de que filho de sua sucessora cobrou para liberar empréstimo do 
BNDES a empresa” 
O assunto chama a atenção logo quando se olha para a página, que por sinal, foi 
impressa em um papel diferente do usado no restante do jornal, o que faz com que se 
perceba mais aquele caderno. Nem a grande publicidade, que ocupa grande parte da 
página, evita que o olhar vá direto ao tema, muito repercutido na mídia durante a 
semana. 
Nesta primeira página há apenas uma introdução. A matéria se desenrola nas 
páginas 8 e 9, mas o tema é discutido em quase todas as páginas do caderno sob vários 
pontos de vista. 
 
 Especial 1 - Página 3 
O presidente Lula, num discurso em Campinas, com a presença da candidata 
petista sai em defesa da mesma e diz que, além do PSDB, derrotará nas eleições alguns 
jornais e revistas que segundo o presidente “se comportam como partidos políticos”. 
A declaração foi feita durante o comício. Lula afirma que o seu governo é 
“democrata” porque permite que a imprensa “bata” nele. Mencionou ainda que os 
órgãos de imprensa “pensam que são democratas, mas a democracia que eles suportam 
é dizer que a economia vai crescer mais de 7% neste ano”. 
Segundo Lula, não será ele quem irá censurar a imprensa, mas sim o 
telespectador, ouvinte, leitor, que medirá o que é mentira ou verdade. 
Para o atual presidente, determinados setores da imprensa chegam a ser uma 
vergonha. Ele satiriza a revista Veja, a qual chamou de “Oia”. Ao final, disse que criará 
uma “bolsa família para tucanos” e completa dizendo que “eles vão passar fome [...] 
quando perderem o governo de São Paulo”. 
 
 Especial 1 - Página 8. 
 
“Dilma afirma que não sabia de lobby na Casa Civil, e Erenice alega ter sido 
traída”. 
“Candidata diz desconhecer denúncia de que filho de sua sucessora cobrou para liberar empréstimo do 
BNDES a empresa” 
 
Apesar das declarações feitas por Dilma de que não sabia do esquema, o jornal 
afirma que o envolvido, Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, cita a candidata à 
presidência como responsável por avalizar negócios. A matéria traz a seguinte frase: 
“minha mãe resolve e minha tia resolve”, sendo a 'tia' a ministra Dilma. Frase esta 
citada por dois envolvidos na negociação. 
Comentários sobre a matéria 
O jornal desse domingo foi de acusações claras e diretas entre a imprensa e o presidente 
Lula. Nos editoriais, ficou explícita a guerratravada entre os petistas e o jornal. A 
imparcialidade, tanto teoricamente utilizada no jornal, foi deixada de lado e 
posicionamento contra a candidata Dilma Rousselff transpareceu em algumas 
reportagens da edição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 26 de setembro de 2010. 
 
Pesquisa Datafolha 
 
 
 Página Especial 12 (Centro) – Localizada no centro, utilizada página inteira, 
completa. 
“A Hollywood de Dilma” 
“Mais rica e preparada com antecedência, campanha da petista na TV usa técnicas de „cinema‟ e câmera 
que pode custar R$500 mil”. 
 
 
 
Se em marketing político imagem é tudo, a campanha da presidenciável Dilma 
Rousseff possui armas poderosas na guerra do horário eleitoral. 
Uma das grandes armas é uma câmera chamada Red One 4K. A câmera digital 
americana filma com resolução de cinema e custa em torno de R$500 mil. Ela só pode 
ser utilizada por um cinegrafista muito preparado e escolhido a dedo. Além desta super 
câmera, as propagandas de Dilma utilizam outras duas de primeira linha (Canon 5D e 
Sony HDX 500), isso para transmitir aos eleitores qualidade de imagem. 
 
 
Porém, a última pesquisa de prestação de contas 
ao Tribunal Superior Eleitoral, a campanha de Dilma e 
comitê financeiro do PT declararam gastos de R$29 
milhões com a “produção de programas de rádio e TV”. 
Já o candidato tucano, declarou gastos em torno de 
R$11milhões. 
Para mostrar a diferença de imagem entre as 
câmeras, o Jornal publicou imagens capturadas da 
campanha eleitoral de Dilma e Serra. A foto do programa 
eleitoral da petista é visivelmente superior à de Serra, 
sendo percebida a diferença até por quem não conhece 
sobre o assunto. 
 
Também foram utilizados para a campanha, 
segundo a matéria, mais de quatro estúdios de áudio para 
gravação de músicas que tenham relação direta com as 
imagens. O trabalho de propaganda eleitoral do PT 
começou com três meses de antecedência em relação aos 
dos outros candidatos. 
 
 Página Especial 12 (à direita) – Localizada no canto da página à direita. 
 
De acordo com Lô Politi, diretora executiva da campanha, todos os dados e temas 
apresentados nas campanhas foram estudados com muita antecedência e, este novo 
modelo inovador, mostra que o segredo de se vender um candidato está justamente em 
não tratá-lo como algo que se possa inventar e vender. Politi afirma que “a Dilma da 
TV não é uma invenção”. 
 
Comentários sobre as matérias 
Nesta edição, o foco foram as críticas da candidata Marina (PV) à Dilma e Serra, 
tanto que a reportagem sobre Dilma está na última página do Jornal e com uma pitada 
de ironia e crítica em relação aos gastos da candidata com as propagadas eleitorais. 
Inclusive, há imagens que mostram a diferença de resolução em vídeos utilizados nas 
propagandas eleitorais de Dilma e Serra. 
Parece ser costume do Jornal as pequenas notas de defesa em relação aos fatos 
relacionados à Dilma, ficam sempre expostas à direita no canto da página. 
Em contra partida, na página Especial 3, o Jornal se posiciona a favor de Serra, 
afirmado que as propostas de governo dele conferem exatamente com os problemas 
atuais. 
 
Folha de S.Paulo – DOMINGO, 03 de outubro de 2010. 
 
 A capa do periódico desse domingo, dia das eleições, traz a foto dos três 
principais candidatos à presidência e as respectivas intenções de voto. 
A foto e a chamada para a matéria ocupam toda a parte superior do jornal. 
 
 
 A parte dos editoriais da Folha traz um texto denominado Segundo turno falando 
das vantagens de se ter um segundo turno no país. Segundo o relato, o resultado parcial 
das eleições, com Dilma na liderança, está associado “a um eleitorado submetido à 
frenética campanha movida pelo presidente Lula e à incompetência de seus oponentes 
para criar, nem se diga alternativa, mas real debate.”. 
 Segundo o autor do texto, a ocorrência de um segundo turno é a oportunidade 
para os eleitores conhecerem os dois candidatos participantes na disputa, analisar suas 
propostas e ter tempo para pensar melhor sobre seu voto. 
 O escrito, localizado na parte esquerda da página (esquerda) não é assinado. 
 
Caderno Especial - Eleições 2010. 
 
Além da capa relacionada às eleições de hoje, sete outras matérias tratam da 
candidata petista, Dilma Rousself. 
A capa apresenta a pesquisa Datafolha, que aponta Dilma com 50% dos votos 
válidos, o que traz indefinição sobre 2° turno. A pesquisa tem margem de erro de 2 
pontos (para mais ou para menos). Segundo previsto por constituição, para ser eleita em 
1° turno, Dilma deverá ter mais de 50% dos votos válidos. 
 
 Página especial 4 e 5 – Reportagem ocupa as duas páginas. 
 
Petista oscila dois pontos e volta ao patamar de agosto 
Simulação de segundo turno mostra Dilma com 52% contra 40% de Serra. 
 
A matéria de duas páginas fala sobre a oscilação da candidata nos últimos dias. 
Segundo o jornal, em pesquisas realizadas na terça e quarta (antes do fim de semana de 
votação) Dilma aparecia nas pesquisas com 52% das intenções de votos, caindo para 
50% ao final da semana. As páginas trazem um gráfico com a evolução dos candidatos e 
acontecimentos ocorridos durante toda a trajetória eleitoral. Segundo as pesquisas, a 
curva de intenções de votos da candidata ganhou uma trajetória mais lenta e declinante 
desde o escândalo sobre o trafico de influência na Casa Civil. 
Este foi o menor índice da candidata desde agosto, que tinha cerca de 54% das 
intenções de voto. 
Na página especial 5, canto direito, ocupando espaço estreito mas longo (do 
início ao fim da página), é feita uma análise sobre o que levou Dilma ao lugar que está, 
tão próximo de ser a primeira mulher presidente em primeiro turno (fato duplamente 
inédito) ou seguir para o segundo turno, provavelmente, com José Serra. 
 
 Página Especial 6 e 7. 
 
Petista volta a perder votos na nova classe C. 
Dilma também oscilou dois pontos para baixo entre os eleitores que cursaram apenas o ensino 
fundamental. 
 
A página 6 traz uma matéria onde é dito que Dilma perdeu votos na nova classe 
C e entre os eleitores que cursaram apenas o ensino fundamental, enquanto a 
também candidata Marina Silva subiu nas pesquisas realizadas nas últimas semanas. 
Ao final desta página, há uma pequena matéria onde relatam sobre a pesquisa do 
Ibope, mostrando Dilma com 51% dos votos válidos. 
Gráficos que ilustram as matérias: 
 
 
 
 A página 7 traz uma reportagem com o título: 
 
Dilma descarta clima de oba-oba eleitoral 
Governo do DF recebe solicitação de reforço policial para comemoração eleitoral na Esplanada 
dos Ministérios. 
 
 Boatos sobre solicitação para o aumento na segurança para a Esplanada dos 
Ministérios para uma possível comemoração no local foram questionados à candidata 
que afirma não ter conhecimento disso. 
 “Ninguém está preparando festa nenhuma. Temos muito respeito pelo processo 
eleitoral.”, afirma a candidata desmentindo os rumores. A candidata ainda rebateu as 
críticas sobre a tentativa do governo em constranger a liberdade da imprensa. 
Nesta mesma matéria, o presidente Lula admite ter se empenhado mais na 
campanha de Dilma do que em sua própria reeleição. 
Após votar no Rio Grande do Sul, Dilma seguirá para o Distrito Federal, onde se 
encontrará com Lula e ministros para acompanhar a apuração. 
 
 
 
 
 
 
Análise da foto: Dilma aparece muito sorridente, com expressão de confiança e 
tranqüilidade. 
 
 
 Especial 8 (esquerda) – ocupa meia página, de uma margem a outra. 
Vença ou não, Dilma vai ouvir Lula para agir 
Petista acredita em vitória em 1º turno, mas adota cautela e evita discutirplanos para o dia seguinte com 
equipe. 
 Segundo a reportagem, Dilma ainda não pensa em estratégias para governar e 
prefere não contar vitória antes do término das apurações, pois pode dar azar. 
 Ganhando em 1° turno, a petista pretende tirar alguns dias de folga e após isso se 
reunir com o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva para discutir assuntos sobre o 
governo antes de convocar reuniões para apresentar seu ministério. Caso a disputa vá 
para o 2° turno, os dias de folga serão menores e a candidata buscará o apoio de Marina 
Silva (PV). 
 O marqueteiro responsável pela elaboração da campanha de Dilma pretende 
aprofundar a comparação entre o atual governo e a era tucana, 
buscando questionar a população se ela deseja uma volta ao 
passado. 
 Análise da foto: Dilma aparece sorridente na imagem. A 
foto ocupa o centro da matéria. 
 
 
 
 
 
 
Na parte direita da página há um Raio-X com o perfil da candidata e, logo abaixo, frases 
intituladas como ISTO É DILMA. 
 
 
 Especial 10 e 11 – Dilma ocupa toda a página 10 
Dilma inflou dados, e Serra faz promessas complicadas. 
Marina foi vaga em suas propostas, como na mudança na Previdência. 
 A matéria apresenta as propostas e idéias dos candidatos durante as campanhas 
consideradas vagas, de difícil concretização e exageradas. 
 Dilma foi indicada como autora de afirmações não condizentes com a verdade 
ao que diz respeito a valores gastos como, por exemplo, em saneamento básico. 
Ao lado, há um box com respostas dadas pela candidata sobre determinados 
questionamentos . 
 
 
A página 11 traz uma reportagem com o título “Campanha não teve discussão 
de propostas”, que critica a atitude dos presidenciáveis de exaltarem os escândalos e 
esqueceram de apresentar suas propostas. O nome de Dilma não foi citado diretamente, 
mas os escândalos mencionados são todos com seu nome. 
 
 Especial 19. Localizada na parte inferior da página. 
 
“Está na cara”. 
“Dilma evolui no debate” 
 
A reportagem dessa página fala sobre a evolução da candidata petista Dilma nos 
debates televisivos. Dilma deixou de lado uma imagem crua e emocional e passou a 
gesticular de forma mais apropriada, com sorrisos nas formas medidas, não como 
alguns candidatos, segundo a matéria, o que leva a impressão de honestidade em sua 
fala. 
Os demais candidatos também foram examinados. O texto é assinado pelo 
professor de psicologia da Universidade de San Francisco (EUA), David Matsumoto. 
 
Comentários sobre as matérias 
Todas as matérias referentes aos presidenciáveis exaltaram, de forma clara ou 
implícita, a incompetência dos demais candidatos de barrarem o crescimento de Dilma 
nas pesquisas. O jornal apresentou matérias onde de maneira indireta a candidata foi 
atingida negativamente, como na reportagem sobre as declarações de Lula e os 
comentários de Dilma sobre o suposto boicote à imprensa. 
 
 
 
 
 
Comentário final sobre as matérias 
 
De maneira abrangente, fica claro ao longo de todas as edições de domingo da 
Folha de São Paulo, o desagrado pela campanha de Dilma e o apoio, meio que por 
debaixo dos panos, ao candidato José Serra. A cada reportagem com pontos positivos da 
petista, encontra-se outra com pontos negativos que a atingem direta ou indiretamente. 
Talvez essa preferência pelo candidato do PSDB seja pelo mesmo já ser muito 
conhecido em São Paulo e também pelo fato da Folha e alguns outros meios de 
comunicação, como a revista Veja, serem opositoras a Lula. 
A oposição à candidata ficou mais explicita após o surgimento do escândalo da 
Casa Civil, onde Dilma se mostrou contrária à postura do jornal. 
 Assim, percebe-se que a Folha não teve, a cada edição publicada (que 
analisamos), a imparcialidade tão pregada pela mesma, esquecida principalmente nos 
ataques cada vez mais freqüentes nos editoriais e reportagens contrapondo a opinião da 
candidata e do presidente Lula.

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