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ESTUDO ENTORSE DO TORNOZELO PUC GOIAS

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA 
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA E 
DESPORTIVA 
 
 
 
 
 
 
 
NATÁLIA CRISTINA AZEVEDO QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FUNCIONAL DO TORNOZELO DE 
INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA ENTORSE DE TORNOZELO 
EM INVERSÃO – ESTUDO TRANSVERSAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2012 
 
 
 
 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA 
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA E 
DESPORTIVA 
 
 
 
 
 
 
 
NATÁLIA CRISTINA AZEVEDO QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FUNCIONAL DO TORNOZELO DE 
INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA ENTORSE DE TORNOZELO 
EM INVERSÃO – ESTUDO TRANSVERSAL 
 
 
 
Artigo apresentado ao curso de Especialização em 
Fisioterapia Traumato-ortopédica e Desportiva do 
Centro de Estudos Avançados e Formação 
Integrada, chancelado pela Pontifícia Universidade 
Católica de Goiás. 
Orientador: Prof. Ms. Rodrigo da Silveira Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
 2012 
 
RESUMO 
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FUNCIONAL DO TORNOZELO DE 
INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA ENTORSE DE TORNOZELO EM 
INVERSÃO – ESTUDO TRANSVERSAL 
 
Natália Cristina Azevedo Queiroz; Rodrigo da Silveira Campos 
 
Introdução: A entorse de tornozelo é considerada a lesão mais comum na prática 
esportiva. Dentre todas as lesões do sistema músculo-esquelético que acometem atletas, 
de 10% a 30% se localiza no tornozelo e, destas, 25% são caracterizadas como entorse. 
Objetivo: Avaliar a condição funcional do tornozelo de indivíduos acometidos pela 
entorse de tornozelo em inversão se existe a influência da lateralidade na entorse, 
causa do trauma, o tempo de ocorrência da lesão e se existe prevalência de sinais e 
sintomas mesmo após certo tempo de lesão. Métodos: A pesquisa foi realizada na 
Universidade Estadual de Goiás, unidade ESEFFEGO, na cidade de Goiânia – GO, 
através de um estudo epidemiológico, analítico, transversal e quantitativo, com a 
aplicação de dois questionários: o Foot and Ankle Outocome Score (FAOS), traduzido 
e validado para a língua portuguesa por Imoto et al. (2008) para avaliar os sinais e 
sintomas do tornozelo/pé, e um questionário complementar. Resultados: Verificou-se 
uma amostra de 46 participantes, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 28 anos, que 
apresentaram persistência dos sinais e sintomas mesmo após certo tempo da lesão. Os 
resultados foram obtidos e analisados em forma de tabelas, apresentando diferenças 
significativas entre as características analisadas (p<0,05). Conclusão: Conclui-se 
através deste estudo, que existe relação entre a lateralidade e o número de entorses, e 
que a prevalência dos sinais e sintomas mesmo após um tempo de lesão, influência no 
desempenho durante a prática esportiva diminuindo sua qualidade de vida. 
 
 
Palavras – chave: Entorse; Epidemiologia; Questionário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O pé e o tornozelo associam flexibilidade com estabilidade devido à grande 
quantidade de estrutura óssea, fixações ligamentares e musculares. A perna, o tornozelo 
e o pé apresentam duas funções principais, quais sejam propulsão e suporte. Para a 
propulsão, eles agem como uma estrutura flexível que se molda às irregularidades do 
terreno. Para o suporte, eles agem como uma estrutura rígida que promove a sustentação 
do peso15. 
As articulações do tornozelo e do pé incorporam as seguintes funções: a) 
fornecem uma base estável para a posição ereta; b) fornecem uma alavanca rígida, na 
fase do impulso da marcha; c) absorvem as cargas; d) adaptam-se as irregularidades do 
solo; e) transforma a torção através da articulação inferior e da pelve; f) substituem a 
função das mãos em indivíduos com amputações ou paralisia muscular dos membros 
superiores6. 
A entorse de tornozelo é uma lesão ligamentar aguda decorrente de estresse 
aplicado em uma articulação que resulta em ruptura parcial ou total dos tecidos moles, 
incluindo cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. É, portanto, lesão do 
sistema músculo-esquelético e que, por dada característica, acomete mais 
freqüentemente atletas. Entretanto, variações anatômicas, utilização de calçados 
inadequados, desequilíbrios posturais, podem predispor os indivíduos19. Ademais, a 
lesão objeto deste estudo pode levar ao desenvolvimento de um problema crônico, qual 
seja a instabilidade articular. 
Em estudo acerca da instabilidade funcional do tornozelo, os fisioterapeutas 
Zampieri e Almeida lançaram dados estatísticos sobre a entorse do tornozelo, nos 
termos em que se segue: 
 
“O entorse de tornozelo é considerado a lesão mais comum na prática 
esportiva. Dentre todas as lesões do sistema músculo-esquelético que 
acometem atletas, de 10% a 30% se localizam no tornozelo e, destas, 25% 
são caracterizadas como entorse. Bailarinos, jogadores de basquete, 
jogadores de futebol e corredores são as principais vítimas desse trauma. 
Cerca de 40% dos indivíduos que sofrem esse trauma passam a apresentar 
instabilidade articular. Essa instabilidade articular pode, a longo prazo, 
ocasionar processos degenerativos no tornozelo”22. 
 
 
A instabilidade crônica do tornozelo é a mais comum inabilidade residual, que 
pode ser do tipo funcional ou do tipo mecânica5. A instabilidade crônica funcional é 
definida como entorses recidivantes ou sensações constantes de falseio do tornozelo e 
não possui causa clara, sendo a propriocepção reduzida uma das causas mais apontadas. 
Por sua vez, a instabilidade crônica mecânica caracteriza-se por hipermobilidade 
articular devido à falta das estruturas estabilizadoras do tornozelo22. 
As lesões do tornozelo e do pé alteram a mecânica corporal, incluindo a marcha 
e as funções desempenhadas por este complexo. As articulações, então, ao sofrerem 
estresse, assumem adaptações diferentes, que propiciam o desenvolvimento de diversas 
patologias, sendo a mais freqüente, as entorses recorrentes. Existem duas teorias que 
tentam explicar esta ocorrência: 1) Os ligamentos encontram-se mais fracos, e perdem a 
capacidade de estabilizar a articulação, e as respostas proprioceptivas encontram-se 
mais lentas, dificultando a ação muscular mais rápida e vigorosa, quando solicitado; 2) 
existe uma diminuição da resposta proprioceptiva nas estruturas lesionadas19. 
Diante disso, o objetivo deste estudo foi descrever as condições funcionais do 
tornozelo de indivíduos acometidos pela entorse em inversão desta articulação, traçando 
características físicas e funcionais através de um questionário traduzido e validado Foot 
and Ankle Outcome Score (FAOS) e outro complementar. 
O questionário FAOS permite uma avaliação simples e segura da dor e outros 
sintomas, atividades da vida diária (AVD’s), esportes e recreações e qualidade de vida 
em relação ao tornozelo e pé dos pacientes com instabilidade lateral do tornozelo, 
tendinite do tendão de Aquiles e fasceíte plantar10. Contudo, foi desenvolvido para 
avaliar a opinião de pacientes que sofreram diferentes traumas nestas articulações, 
podendo ser incorporado pelo fisioterapeuta para a avaliação e reavaliação do 
tratamento diminuindo os gastos com estes indivíduos. 
Atualmente, as lesões desportivas (LD) têm extrapolado o âmbito das ciências 
do esporte, configurando-se também, devido a sua magnitude, transcendência e 
vulnerabilidade, como problema de saúde pública. Nesse sentido, considera-se 
surpreendente a baixa quantidade de informações disponíveis acerca da freqüência das 
lesões e de outros efeitos adversos da atividade física (AF),entre a população em geral7. 
A partir disto, o trabalho que se segue encontrou resultados significativos em 
relação à qualidade de vida e a presença de sinais e sintomas durante a prática esportiva 
dos indivíduos que sofreram entorse de tornozelo em inversão e enfatizou a existência 
de algumas características que influenciam no surgimento desta patologia e corrobora 
para sua piora, sendo importante avaliar estas características, na medida em que 
buscamos tratamentos mais eficientes influenciando de maneira positiva na qualidade de 
vida destes indivíduos. 
 
CASUÍSTICA E MÉTODOS 
 
CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico, transversal e quantitativo. 
 
CUIDADOS ÉTICOS 
 
Os preceitos ético-legais de respeito e segurança pessoal do indivíduo foram 
considerados conforme rege a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde 
10/10/1996 (Brasil, 2010), que trata das recomendações éticas quando da realização de 
pesquisa que envolva seres humanos. Foi aprovado pelo Cômite de Ética e Pesquisa do 
Hospital de Doenças Tropicais (HDT) com número: 021/2010. 
 
AMOSTRA/POPULAÇÃO 
 
Para o desenvolvimento desse estudo, foi utilizada uma amostra de quarenta e 
seis (46) indivíduos, sendo 22 do gênero feminino e 24 do gênero masculino, com a 
idade entre 18 e 28 anos, acadêmicos dos cursos de fisioterapia e educação física da 
Universidade Estadual de Goiás - UEG, unidade ESEFFEGO, situada no município de 
Goiânia – GO, que tinham diagnóstico de entorse de tornozelo em inversão. 
Este estudo foi feito nesta instituição por apresentar indivíduos que já sofreram 
lesão na região lateral do tornozelo que influenciava no seu desempenho durante a 
prática de atividades físicas ou até em repouso. 
A pesquisa é relevante, pois poderá auxiliar na identificação dos sinais e 
sintomas deste tipo de patologia, e proporcionar uma avaliação da funcionalidade da 
articulação mais eficiente, direcionando a atuação do profissional fisioterapeuta de 
acordo com a necessidade do paciente. 
Os participantes foram, no ato do convite à participação da pesquisa, orientados 
quanto a todos os procedimentos da pesquisa pelo Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido. Consideramos que esta pesquisa não oferece desconforto para os sujeitos 
envolvidos no que se refere à lesão física ou moral, relacionados aos procedimentos da 
pesquisa. Os sujeitos não arcaram com nenhum custo decorrente de sua participação na 
pesquisa, e também não receberam qualquer reembolso ou gratificação devido à sua 
participação na mesma. 
 
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 
 
São critérios de inclusão: indivíduos alfabetizados, praticantes ou não de 
atividade física, com faixa etária compreendida entre 18 e 28 anos de idade, com 
diagnóstico clínico de entorse de tornozelo em inversão, ausência de fratura associada 
e com cognição normal para compreensão do questionário. 
 
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 
 
Foram excluídos do estudo: indivíduos que apresentarem patologias 
osteomusculares ou nervosas que se relacionem com a porção a ser avaliada ou alguma 
lesão do tornozelo/ pé já diagnosticada. 
 
INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 
 
Os instrumentos utilizados no trabalho foram: um questionário complementar 
elaborado pelos pesquisadores (ANEXO I); e o questionário Foot and Ankle Outcome 
Score (FAOS) validado para língua portuguesa por Imoto et al.10 que faz uma 
porcentagem das respostas (ANEXO II). 
 
PROCEDIMENTOS 
 
Os questionários foram aplicados aos alunos do curso de fisioterapia e 
educação física da Universidade Estadual de Goiás – UEG, unidade ESEFFEGO, que 
apresentaram o diagnóstico de lesão ligamentar lateral do tornozelo, o que permitiu a 
realização de tal estudo, com uma amostra de 46 participantes. 
O questionário complementar (ANEXO I) foi desenvolvido pela pesquisadora do 
presente estudo com o objetivo de descrever as condições funcionais do tornozelo de 
indivíduos que sofreram entorse de tornozelo em inversão dentro da população 
estudada, contendo questões relativas à identificação dos participantes, como idade, 
gênero, IMC, qual o membro dominante, quantas entorses em inversão já apresentou, 
qual o membro inferior afetado, grau da lesão, causa do trauma, entre outras questões 
pertinentes para a realização do estudo. 
Os indivíduos foram submetidos à aplicação do questionário FAOS (Foot and 
Ankle Outcome Score) traduzido e validado para língua portuguesa por Imoto12, no qual 
cada item apresenta um valor que deve ser analisado de acordo com o escore (ANEXO 
II). Este questionário foi desenvolvido para avaliar a opinião dos pacientes em relação a 
problemas relacionados ao tornozelo e pé. É composto por cinco subescalas: dor, outros 
sintomas, atividades de vida diária, esportes e recreações funcionais e qualidade de vida 
em relação ao pé e tornozelo. As opções padrão são dadas e cada questão tem uma 
pontuação de 0 a 4. Uma pontuação normal é calculada para cada subescala (100 indica 
sem sinais e sintomas e 0 indica sinais e sintomas extremos). 
Os questionários foram aplicados pela pesquisadora no mesmo dia da 
abordagem dos indivíduos. A abordagem foi feita através de pesquisa realizada nas 
salas de aula e os alunos foram perguntados se já haviam sofrido este trauma e tinham o 
diagnóstico de lesão no complexo lateral do tornozelo. Estes responderam aos dois 
questionários no mesmo dia. Após o preenchimento a pesquisadora certificou-se da 
presença das anotações necessárias. 
Após serem aplicados, todos os questionários foram submetidos a uma análise 
estatística para a quantificação dos dados obtidos através da pesquisa. 
Os questionários foram utilizados especificamente para os propósitos da 
pesquisa aqui citada. Após cinco (5) anos o material será fragmentado e descartado pela 
pesquisadora. 
A tabulação dos dados e a análise estatística foram feitas no programa estatístico 
SPSS (versão 15.0). 
Os resultados da pesquisa se tornarão públicos após o término da mesma, sejam 
eles favoráveis ou não. Serão divulgados através deste artigo que ficará disponível na 
biblioteca do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada (CEAFI-PÓS 
GRADUAÇÃO), presente no município de Goiânia, por meio de publicações em 
revistas científicas e apresentação em congressos. As informações obtidas através dessa 
pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre a participação dos sujeitos. 
Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar a identificação dos sujeitos. 
 
RESULTADOS 
 
Após serem analisados os 46 questionários dos acadêmicos de fisioterapia e 
educação física da Universidade Estadual de Goiás, unidade ESEFFEGO, pesquisados 
no mês de abril de 2010, pode-se verificar o perfil dos indivíduos acometidos pela 
entorse de tornozelo em inversão nesta Instituição e a relação dos sinais e sintomas 
presentes, ou significativos nas atividades desempenhadas. 
A média de idade da amostra foi de 23,11 anos (+/- 2,81 anos) variando de 18,07 
a 28,00 anos (Tabela 1). 
 
Tabela 01: Descrição geral da amostra em número, mínimo, máximo, média e desvio 
padrão em relação à idade. 
 
Variável n Mínimo Máximo Média Desvio Padrão 
Idade 46 18,07 28,00 23,11 +/- 2,81 
 
 
Em relação ao gênero, a Tabela 02 mostra a proporção entre o número de 
indivíduos do sexo masculino (52,2%) e do sexo feminino (47,8%). 
 
Tabela 02: Descrição geral da amostra em número e percentual do sexo. 
 
 
 
Em relação ao membro inferior dominante, a amostra demonstrou que 80,4% 
dos participantes têm o membro inferior direito dominante, e 19,6% tem o membro 
inferior esquerdo como membro dominante (Tabela 03). 
 
 
 
Sexo Número de indivíduos N % 
Feminino 22 47,8 
Masculino 24 52,2 
Total 46 100,0 
Tabela 03: Descrição geral da amostra em número e percentual do membro dominante.A Tabela 04 mostra que a maioria dos acadêmicos tem o membro inferior direito 
mais afetado pela entorse (58,7%), sendo o membro inferior esquerdo afetado em 15,2% 
dos indivíduos e ambos são afetados em 26,1% na população estudada, independente da 
dominância. 
 
Tabela 04: Descrição geral da amostra em número e percentual do MMII afetado pela 
entorse. 
 
 
A Tabela 05 apresenta a média de entorses no MID que é de 2,37 com desvio 
padrão de +/- 2,41, sendo que a média do MIE é de 2,00 com desvio padrão de +/- 1,82, 
e a média de ocorrência da entorse em ambos é de 3,53 com desvio padrão de +/- 3,53. 
Portanto, houve relação significativa entre o número de entorses e a lateralidade do 
indivíduo (p= 0,008). 
 
Tabela 05: Correlação entre a lateralidade e o número de entorses. 
 
Lateralidade n Média Desvio Padrão Valor de p 
MI Direito 24 2,37 +/-2,41 
0,008 MI Esquerdo 7 2,00 +/-1,82 
Ambos 11 5,36 +/-3,53 
* teste anova 
p<0,05 há diferença significativa 
 
 
Membro dominante Número de indivíduos N % 
Membro Direito 37 80,4 
Membro Esquerdo 9 19,6 
Total 46 100,0 
MMII afetado Número de indivíduos N % 
MI Direito 27 58,7 
MI Esquerdo 7 15,2 
Ambos 12 26,1 
Total 46 100,0 
De acordo com a Tabela 06, a entorse ocorreu na maioria das vezes durante a 
prática esportiva, entre eles o futebol apresentou a prevalência de 43,5%, o handball 
apresentou 10,9%, o vôlei apresentou 8,7%, a dança apresentou 4,3%, durante ao ato de 
caminhar a prevalência foi de 10,9%, as quedas foram a causa do trauma em 21,7% dos 
participantes. 
 
Tabela 06: Descrição geral da amostra em número e percentual da causa de lesão. 
 
 
 
A Tabela 07 mostra que o tempo maior de lesão foi de 144 semanas englobando 
21,7% dos indivíduos, e o tempo menor foi de 16 semanas englobando 2,2% dos 
participantes. 
 
Tabela 07: Descrição geral da amostra em número e percentual do tempo da lesão. 
 
 
 
 
Cauda de lesão Número de indivíduos N % 
Futebol 20 43,5 
Handball 5 10,9 
Vôlei 4 8,7 
Dança 2 4,3 
Caminhando 5 10,9 
Queda 10 21,7 
Total 46 100,0 
Tempo de lesão Número de indivíduos N % 
2 semanas 2 4,3 
4 semanas 3 6,5 
8 semanas 2 4,3 
16 semanas 1 2,2 
20 semanas 2 4,3 
24 semanas 3 6,5 
36 semanas 2 4,3 
48 semanas 6 13,0 
96 semanas 6 13,0 
144 semanas 10 21,7 
240 semanas 6 13,0 
Não sabe 3 6,5 
Total 46 100,0 
Na amostra de 46 indivíduos apresentada na Tabela 08 a média dos que 
apresentaram dor foi de 90,64 pontos (+/- 9,69) variando de 63,89 a 100 pontos, de 
acordo com os outros sintomas a média foi de 59,56 pontos (+/- 10,37) variando de 
39,28 a 100 pontos, em relação às AVD’s, a média de 95,04 pontos (+/- 7,73) variando 
de 73,53 a 100 pontos, em relação aos esportes e recreações a média foi de 83,80 pontos 
(+/- 19,58) variando de 10 a 100 pontos, de acordo a qualidade de vida em relação ao pé 
e tornozelo a média foi de 83,69 pontos (+/- 17,89) variando de 31,25 a 100 pontos. 
 
Tabela 08: Descrição geral da amostra em média, desvio padrão, mínimo e máximo dos 
escores do questionário FAOS. 
 
Variável n Mínimo Máximo Média Desvio Padrão 
Dor 46 63,89 100,00 90,64 +/-9,69 
Outros sintomas 46 39,28 100,00 59,56 +/-10,37 
AVD´s 46 73,53 100,00 95,04 +/-7,73 
Esportes e recreação 46 10,00 100,00 83,80 +/-19,58 
Qualidade de vida em 
relação ao pé e tornozelo 46 31,25 100,00 83,69 +/-17,89 
 
De acordo com a Tabela 09 a relação entre a subescala esporte e recreações do 
questionário FAOS e o tempo de ocorrência da lesão, houve diferença significativa 
(p=0,004). 
 
Tabela 09: Correlação dos escores do questionário FAOS na subescala esporte e 
recreações e o tempo de ocorrência da lesão. 
 
Variável n Média Desvio Padrão Valor de p 
2 semanas 2 70,0000 +/-28,28427 
0,004 
4 semanas 3 88,3333 +/-12,58306 
8 semanas 2 27,5000 +/-24,74874 
16 semanas 1 80,0000 . 
20 semanas 2 90,0000 +/-14,14214 
24 semanas 3 68,3333 +/-17,55942 
36 semanas 2 100,0000 +/-,00000 
48 semanas 6 85,0000 +/-17,88854 
96 semanas 6 90,8333 +/-13,57080 
144 semanas 10 88,5000 +/-15,46501 
240 semanas 6 88,3333 +/-13,66260 
Não sabe 3 86,6667 +/-12,58306 
*anova 
p<0,05 há diferença significativa 
 
De acordo com a Tabela 10 à subescala Qualidade de Vida em relação ao 
tornozelo e pé e o tempo de ocorrência da lesão, houve diferença significativa 
(p=0,023). Segundo as variáveis analisadas neste aspecto constatamos a existência da 
relação entre estes fatores. 
 
Tabela 10: Correlação dos escores do questionário FAOS na subescala Qualidade de 
Vida em relação ao pé e tornozelo e o tempo de ocorrência da lesão. 
 
Variável n Média Desvio Padrão Valor de p 
2 semanas 2 78,1250 +/-30,93592 
0,023 
4 semanas 3 89,5833 +/-9,54703 
8 semanas 2 40,6250 +/-13,25825 
16 semanas 1 75,0000 . 
20 semanas 2 84,3750 +/-22,09709 
24 semanas 3 81,2500 +/-,00000 
36 semanas 2 93,7500 +/-8,83883 
48 semanas 6 70,8333 +/-24,89562 
96 semanas 6 90,6250 +/-6,55506 
144 semanas 10 86,2500 +/-14,96524 
240 semanas 6 94,7917 +/-10,01301 
Não sabe 3 89,5833 +/- 13,01041 
*anova 
p<0,05 há diferença significativa 
 
 De acordo com a Tabela 11 a porcentagem de 8,7% dos indivíduos fez 
tratamento fisioterapêutico, 26,08% não e 65,21% realizaram outros tipos de tratamento. 
 
Tabela 11: Descrição geral da amostra em número e percentual dos indivíduos que 
realizaram tratamento fisioterapêutico. 
 
 
 
 
 
Tratamento fisioterapêutico Número de indivíduos N % 
Sim 4 8,7 
Não 12 26,08 
Outros 30 65,21 
Total 46 100,0 
DISCUSSÃO 
 
A análise dos resultados obtidos no presente estudo revelou que do total da 
amostragem analisada, houve predomínio de participantes do gênero masculino. Estes 
dados se contrapõem aos achados no estudo de Knapik12, pois este considerou que as 
mulheres são duas vezes mais vulneráveis de sofrerem lesões desportivas do que os 
homens e que pessoas com IMC mais elevado teriam risco aumentado em comparação 
com as de peso adequado. 
Segundo estudo feito por Hosea9, envolvendo onze mil setecentos e oitenta 
atletas de basquetebol, destes 4940 eram mulheres e 6840 homens. Os resultados 
mostraram que as mulheres atletas tiveram 25% mais risco de sofrerem entorse de 
tornozelo de grau I, comparado com atletas homens. Entretanto, o risco relativo entre os 
sexos em lesões mais sérias com as entorses de graus II e III, fraturas do tornozelo e 
entorses da sindesmose, não foi significativamente diferente. 
Segundo Pacheco17, vários motivos podem justificar porque as mulheres sofrem 
mais lesões do que os homens. Entre eles estão: a idade da menarca, o conteúdo mineral 
ósseo, o desenvolvimento muscular, o tamanho do ligamento cruzado anterior (nas 
mulheres é menor) entre outros fatores. 
De acordo com Junge11, durante os torneios de Futebol organizados pela F. I. F. 
A. (Fédération Internationale de Football Association) e Jogos Olímpicos entre os anos 
de 1998 e 2001, as mulheres apresentaram índices de lesão mais reduzidos do que os 
homens em ambos os torneios analisados. Estes autores supõem que estas diferenças 
devem-se ao fato de as mulheres terem menos força e, conseqüentemente, o vigor 
gerado durante o jogo ser menor. Outro fator refere-se ao diferente estilo de jogo dos 
jogadores masculinos e femininos. Neste aspecto o presente estudo aponta estes 
resultados, na medida em que envolve adultos jovens, que sofreram lesão na maioria das 
vezes durante a prática de atividade física. 
Em relação à idade, a média de idade da amostra foi de 23,11 anos, neste sentido 
verificou-se que existem evidências clínicas e algumas biomecânicas que, no jovem, as 
cartilagens de crescimento e, especialmente as cartilagens articulares, são menos 
resistentes à ação dos micros traumatismos de repetiçãodo que no adulto. Os jovens 
estão também mais susceptíveis a fraturas e a avulsões16. Os atletas mais jovens 
registram um número maior de entorses e contusões, enquanto que nos atletas mais 
velhos verificam-se mais lesões musculares, rupturas de ligamentos e fraturas de 
menisco18. Nesta idade temos o ingresso dos indivíduos na universidade coincidindo 
com a prática regular de atividades físicas exigida em alguns cursos superiores, como na 
educação física. 
De acordo com o presente estudo o membro inferior direito era o membro 
dominante da maioria dos participantes da amostra e foi o membro mais acometido pela 
entorse de tornozelo em inversão. Apontando os mesmos achados de Beynnon3, que 
considerou a dominância de membro como um fator de risco da extremidade inferior, 
porque a maior parte dos atletas coloca uma maior exigência no seu membro dominante. 
Por isso, eles produzem um aumento na freqüência e magnitude de momentos sobre 
esse joelho e tornozelo, em particular durante as atividades de alta exigência, colocando 
essas articulações em risco. Evans8 identificou a presença de déficits de controle 
postural, tanto no membro lesionado como no membro ileso depois de uma entorse do 
tornozelo, sendo os déficits no membro lesado de dimensão mais elevada. 
Conforme constatado no estudo a relação entre a lateralidade e o número de 
entorses apresentou caráter bastante significativo (p<0,008). Este aspecto é importante, 
pois significou que quando os indivíduos apresentaram lesão em ambos os membros 
inferiores a quantidade de entorses em que estava envolvido foi maior. Segundo 
Alonso¹, isso pode ocorrer devido a alterações nas relações de equilíbrio entre os grupos 
musculares agonistas e antagonistas, pois os desequilíbrios musculares podem favorecer 
as lesões. 
Segundo Lopes13 cerca de três quartos das lesões do tornozelo estão associadas a 
recidivas. Esta elevada incidência poderá estar associada ao aumento da flexibilidade 
dos ligamentos do tornozelo com conseqüente aumento da instabilidade articular. Outra 
questão é a dificuldade do pé previamente lesado de readquirir uma posição estável18. 
Conforme constatado no estudo a lesão do complexo ligamentar lateral do 
tornozelo ocorre em sua maior parte durante a prática de atividade física, dentre elas o 
futebol apresentou-se com maior prevalência na amostra estudada correspondendo a 
43,5%, pois no Brasil o futebol é o esporte mais difundido na população em geral ao 
considerarmos a faixa etária abordada. Em contrapartida, segundo Pacheco17 a entorse 
da articulação do tornozelo foi à lesão mais comum no voleibol, essa normalmente 
ocorre após o bloqueio da bola na rede, quando os jogadores retornam do salto. Porém, 
na Noruega, Maehlum e Daljord14 encontraram no futebol e no esqui 49% do total das 
lesões entre todas as modalidades esportivas, sendo que 75% das lesões ocorreram nos 
membros inferiores, e a mais encontrada foi à entorse de tornozelo. 
Em relação ao tempo de ocorrência da lesão, 21,7% da amostra tinham sofrido o 
trauma no tornozelo há 144 semanas (3 anos), e 4,3% há 2 semanas que foi o menor 
tempo de ocorrência da lesão na população estudada. Segundo Willems21 os atletas com 
história prévia deste tipo de lesão, com instabilidade articular, mesmo dois anos após a 
lesão, revelam diminuição proprioceptiva e um déficit na musculatura de eversão do pé, 
por isso englobamos estes indivíduos buscando descobrir se existe a prevalência dos 
sinais e sintomas após este período de lesão. 
Em relação ao questionário FAOS, foi verificado que 59,56% dos indivíduos 
apresentaram problemas relacionados à subescala outros sintomas, que engloba alguns 
fatores como rigidez articular, edema na articulação do tornozelo, entre outros que 
podem repercutir no desempenho dos indivíduos durante a prática de alguma atividade 
física. Com isso constatamos que na amostra estudada estas variáveis foram relevantes 
aos considerarmos o escore do questionário (0 significa sintomas extremos, 100 
significa sem sintomas). 
 Na relação entre à subescala esporte e recreações e o tempo de ocorrência da 
lesão houve diferença bastante significativa (p=0,004). Em relação à qualidade de vida 
e o tempo de ocorrência da lesão apresentou-se também diferença significativa 
(p=0,023). De forma semelhante, Suda e Souza20 evidenciou que 40% e 72% das 
pessoas com entorse de tornozelo experimentam problemas crônicos, incluindo entorses 
recorrentes e limitação persistente da função. 
 Segundo Pacheco17 após uma entorse de tornozelo, o indivíduo pode adquirir dor 
tardia e instabilidade articular e isso ocorre de 20% a 50% de todos os casos. 
Aproximadamente 30% das instabilidades crônicas podem ser assintomáticas entre os 
eventos de lesões, enquanto outras podem se manifestar com dor lateral, 
hipersensibilidade, edema ou grande dificuldade nas atividades esportivas ou da vida 
diária. Outro estudo, desenvolvido por Willems21, fala sobre a relação existente entre a 
força muscular dos músculos fibulares e a instabilidade da articulação do tornozelo, 
onde a diminuição da força desses músculos aumenta a instabilidade do tornozelo. 
 O mecanismo básico da instabilidade do tornozelo desenvolvido pela entorse é 
devido à lesão dos mecanorreceptores dos ligamentos laterais, proprioceptivos, na 
cápsula articular, tendões ou músculos com subseqüente diferenciação parcial dos 
reflexos proprioceptivos, encontrados na incoordenação motora e são a principal causa 
de presença de déficit proprioceptivo articular, decréscimo do equilíbrio postural e da 
sensação de posição aricular17. 
 Segundo Lopes13, nas lesões, a ausência de dor não significa necessariamente 
tratamento ou reabilitação completa e muito menos restauração das habilidades, entre 
elas a proprioceptiva. Por isso, a relevância da relação entre a qualidade de vida e o 
desempenho das atividades de esportes e recreações com o tempo de lesão, já que estes 
fatores prevalecem neste pacientes e os predispõem ao aparecimento de problemas 
crônicos e alterações funcionais. 
 Na amostra estudada apenas 8,7% dos participantes realizaram tratamento 
fisioterapêutico, 26,08% não fizeram nenhum tipo de tratamento e 65,21% tentaram 
outras formas de tratamento incluindo à consulta ao médico e a ingestão de 
medicamentos antiinflamatórios. Neste sentido podemos entender a presença constante 
das lesões recorrentes nestes indivíduos, visto que não realizaram tratamento adequado 
o que influência diretamente na sua qualidade de vida e na prática de atividades 
esportivas que geralmente requerem um bom condicionamento para a realização das 
mesmas. 
Segundo Anderson², a fisioterapia intervém de forma conservadora no 
tratamento da entorse de tornozelo que acomete em especial o ligamento talofibular 
anterior, no controle da dor e do edema, além de proporcionar função articular adequada 
e retorno precoce às atividades normais. De acordo com Zampieri & Almeida22, os 
métodos preventivos com as bandagens, treinamento proprioceptivo e fortalecimento 
muscular, também podem auxiliar na diminuição das entorses recidivantes e reduzir a 
severidade das lesões. 
Neste sentido o presente estudo evidenciou a importância da identificação dos 
sinais e sintomas e sua repercussão nas AVD’s dos indivíduos, buscando detectar um 
perfil epidemiológico destas pessoas enfatizando na prevenção da entorse e evitando 
suas conseqüências. Isto reforça a sugestão de Lopes13 no que diz respeito ao conteúdo 
dos programas de tratamento, principalmente o proprioceptivo, defendendo que este 
deve ser ajustado de forma peculiar a cada paciente em relação a sua prática esportiva, 
simulando as atividades desempenhadas, para que com isso o terapeuta consiga a 
resistência do indivíduo às diferentes lesões diminuindo os gastos hospitalares. 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo revelouque existe relação entre a lateralidade e o número de 
entorses, sendo que este fator deve ser considerado na abordagem terapêutica destes 
pacientes. Os fatores intrínsecos como gênero, idade também devem ser observados na 
medida em que existe prevalência das lesões traumáticas em adultos jovens e em ambos 
os gêneros, apesar da predisposição genética. 
Por isso, o conhecimento dos esportes que mais levam ao aparecimento deste 
trauma, juntamente com os fatores que envolvem a entorse por inversão do tornozelo e 
suas características clínicas permitem ao profissional fisioterapeuta traçar condutas 
adequadas conforme o grau da lesão, causa do trauma, IMC, idade, para assim ter 
sucesso na reabilitação do paciente. 
Constatamos ainda, a influência do tempo de ocorrência da lesão e a presença 
dos sinais e sintomas, estes fatores foram relevantes de acordo com a subescala 
qualidade de vida e esportes e recreações, dados presente no questionário FAOS. 
Acredita-se que as pesquisas com uma amostra maior e que envolvam a 
aplicação de identificadores mais específicos possa apontar e ao mesmo tempo tratar de 
maneira eficiente estes pacientes melhorando sua qualidade de vida. 
Não tendo a intenção de esgotar o tema, espera-se que este trabalho sirva de 
estímulo para novas pesquisas relacionadas à qualidade de vida, a presença de sinais e 
sintomas e a avaliação do tornozelo dos indivíduos que apresentaram entorse de 
tornozelo em inversão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 
 
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10.Imoto, A. M.; Peccin, M. S.; Rodrigues, R.; Mizusaki, J. M.; Tradução e validação 
do questionário FAOS – FOOT and ankle outcome score para língua portuguesa. Acta 
Ortopédica Brasileira, São Paulo, n. 4, vol. 17, jun. 2008. 
 
11.Junge, A., Engebretsen, L., Alonso, J. M., Renstrom, P., Mountjoy, M., Aubry, M., 
Dvorak, J. Football injuries during FIFA tournaments and the Olympic Games, 1998-
2001. The American Journal of Sports Medicine, vol. 32, nº. 1, p. 80-89, 2004. 
 
12.Knapik, J. J.; Sharp, M. A.; Chervak-Canham, M.; Hauret, K.; Patton, J. F.; Jones, B. 
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training. Medicine Science Sports Exercise, vol 33, p. 946-954, 2001. 
 
13.Lopes, B. M. S. A importância do treino proprioceptivo na prevenção da entorse do 
tornozelo em futebolistas. Originalmente apresentada como monografia final para 
conclusão de curso da graduação em Educação Física, Faculdade de Desporto da 
Universidade do Porto. Porto, 2008. 
 
14.Maehlum, S., Dalijord, O. A. Acute sports injuries in Oslo: a one-year study. Journal 
Sports Medical, vol.18, nº 3, p. 181-185, 1984. 
 
15.Magee, D. J. Avaliação Musculoesquelética. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2005. 
 
16.Massada, L. Lesões típicas do desportista. 3ª ed. Lisboa: Editorial Caminho, AS, 
2000. 
 
17.Pacheco, A. M. Predição da ocorrência de entorse de tornozelo em atletas de 
basquetebol e voleibol através da identificação de riscos intrínsecos e extrínsecos. 
Originalmente apresentada para conclusão da Tese de Doutorado em Educação Física, 
na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física. Porto 
Alegre, 2008. 
 
18.Soares, J. O treino do Futebolista. Lesões – Nutrição, vol. 2, Editora Porto, 2007. 
 
19.Starkey, C.; Ryan, J. Avaliação de Lesões Ortopédicas e Esportivas. 1ª ed. São 
Paulo: Manole, 2001. 
 
20.Suda, E. Y.: Souza, R. N. Análise da performance funcional em indivíduos com 
instabilidade do tornozelo: uma revisão sistemática da literatura. Revista Brasileira de 
Medicina do Esporte, vol. 15, nº 3, Niterói, maio-junho, 2009. 
 
21.Willems, T., Witvrouw, E., Verstuyft, J., Vaes, P., Clercq, D. Proprioception and 
muscle strength in subjects with a history of ankle sprains and chronic instability. 
Journal of Athletic Training, vol. 37, nº 4, p. 487-493, 2002. 
 
22.Zampieri, C.; Almeida, G. L. Instabilidade Funcional do Tornozelo: Controle Motor 
e Aplicação Fisioterapêutica. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Paulo, n. 2, vol. 7, 
p. 101-114, fev. 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO I 
 
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM 
ENTORSE DE TORNOZELO EM INVERSÃO 
 
Data da avaliação: ___/___/___ 
Nome do participante: 
______________________________________________________ 
Data de nascimento: ___/___/___ Idade: ____anos Sexo: ( ) 
Feminino 
Peso: ____kg Altura: ____m ( ) 
Masculino 
IMC ( peso/altura): ________ 
 
Membro dominante: ( ) Direito ( ) Esquerdo 
 
Quantas entorses de tornozelo em inversão você já teve? ________ 
 
Quanto tempo atrás ocorreu à última lesão: _________________ 
 
Qual o membro inferior afetado: ( ) direito ( ) esquerdo ( ) ambos 
 
Qual o grau da lesão: ( ) grau I ( ) grau II ( ) grau III ( ) não sabe 
 
Causa do trauma: ( ) queda ( ) praticando esporte Qual? 
_______________________ 
 ( ) trauma ( ) outros Como? 
______________________ 
______________________________________________________________________
___ 
 
Tratamento Fisioterapêutico: ( ) Sim ( ) Não ( ) Outros 
Qual (is)? 
________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
___ 
ANEXO II 
VERSÃO FINAL EM PORTUGUÊS DO QUESTIONÁRIO FAOS 
 
� Questionário FAOS (Foot and Akle Outcome Score) para avaliação da função e 
sintomas do tornozelo e pé. 
DOR 
P1 Qual a frequência que você sente dor no pé ou tornozelo? 
( ) Nunca ( ) Mensalmente ( ) Semanalmente ( ) Diariamente ( ) Sempre 
 
• Qual a intensidade de dor que você sentiu na última semana durante as seguintes 
atividades? 
P2. Rodando sobre o seu pé ou tornozelo 
( ) Nenhuma( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
P3. Forçando o pé completamente para baixo 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
P4. Forçando o pé completamente para cima 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
P5. Andando em superfície plana 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
P6. Subindo ou Descendo escadas 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
P7. Em repouso na cama 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
P8. Ao sentar-se/deitar-se 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
P9. Em pé 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
 
OUTROS SINTOMAS 
 
S1 Qual o grau de rigidez do seu pé/tornozelo logo quando você acorda? 
 ( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
 
S2. Qual o grau de rigidez após sentar, deitar ou ao descansar mais tarde durante o dia? 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
S3. Você tem inchaço no seu pé/tornozelo? 
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre 
S4. Você sente ranger, estalar ou qualquer outro tipo de som quando o movimenta o pé? 
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre 
S5. O seu pé trava ou fica bloqueado aos movimentos? 
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre 
S6. Você consegue forçar o seu pé completamente para baixo? 
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre 
S7. Você consegue forçar o seu pé completamente para cima? 
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre 
 
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA 
 
• Qual a dificuldade que você sentiu na última semana: 
A1. Descendo escadas 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A2. Subindo escadas 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A3. Levantando-se a partir da posição sentada 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A4. Em pé 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A5. Curvando-se para pegar um objeto no chão 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A6. Andando em superfícies planas 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A7. Entrando e saindo do carro 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A8. Indo às compras 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A9. Colocando meias 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A10. Levantando-se da cama 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A11.Tirando as meias 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A12.Virando-se na cama, mantendo a mesma posição do tornozelo/pé 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A13. Entrando ou saindo do banho 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A14 Sentando 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A15. Sentando e levantando do vaso sanitário 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A16. Realizando tarefas domésticas pesadas (deslocando caixas pesadas, esfregando o 
chão, etc) 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
A17. Realizando tarefas domésticas leves (cozinhando, varrendo etc) 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
 
ESPORTES E RECREAÇÕES FUNCIONAIS 
 
• Qual a dificuldade que você sentiu nesta última semana: 
Sp1. Agachando 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
Sp2. Correndo 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
Sp3. Pulando 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
Sp4. Mudando de direção sobre o seu tornozelo/pé lesionado 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
Sp5. Ajoelhando-se 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema 
QUALIDADE DE VIDA EM RELAÇÃO AO PÉ E TORNOZELO 
 
Q1. Com que freqüência que você tem percebido os problemas do seu tornozelo/ pé? 
( ) Nunca ( ) Mensalmente ( ) Semanalmente ( ) Diariamente ( ) Sempre 
Q2. Você tem modificado seu estilo de vida para evitar atividades potencialmente 
danosas para o seu pé e tornozelo? 
( ) Não ( ) Um pouco ( ) Moderadamente ( ) Muito ( ) Totalmente 
Q3. O quanto você está incomodado com a falta de confiança no seu tornozelo/ pé? 
( ) Não ( ) Um pouco ( ) Moderadamente ( ) Muito ( ) Totalmente 
Q4. No geral, quanto de dificuldade você tem com o seu tornozelo/pé? 
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema

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