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Avaliação do Circuito de Lixiviação da Jacobina Mineração e Comércio Jonei Marques da Costa Salvador - Bahia – Brasil 2008 Avaliação do Circuito de Lixiviação da Jacobina Mineração e Comércio Jonei Marques da Costa Orientador: Luiz Rogério Pinho de Andrade Lima Trabalho Monográfico apresentado para Obtenção do Titulo de Bacharel em Engenharia de Minas. Salvador - Bahia – Brasil 2008 Professor Orientador: Professor Luiz Rogério P. de Andrade Lima Banca Examinadora: Luiz Rogério P. de Andrade Lima José Baptista de O. Júnior Laelson Dourado Ribeiro Salvador 2008 Sumário Resumo i Índice de Figuras ii Índice de Tabelas iii 1.0 INTRODUÇÃO 1 1.1 Hidrometalurgia do Ouro 2 1.1.1 CINÉTICA DE LIXIVIAÇÃO 8 1.1.2 COMPORTAMENTO DE PIRITA E PIROTITA NA CIANETAÇÃO 9 1.1.3 CIRCUITO DE ADSORÇÃO 10 1.2 A Planta Metalúrgica 12 2.0 OBJETIVOS 18 3.0 JUSTIFICATIVA 18 4.0 METODOLOGIAS 19 4.1 Metodologia para Avaliação com Dados do Circuito 19 5.0 Avaliação do Circuito de Lixiviação 22 5.1 Avaliação dos Dados de Laboratório 26 5.1.1 AVALIAÇÃO DOS ENSAIOS DO REJEITO 27 5.1.2 AVALIAÇÃO DOS ENSAIOS DA ALIMENTAÇÃO 30 6.0 CONCLUSÕES 33 7.0 BIBLIOGRAFIA 35 ANEXOS 37 Resumo Este trabalho teve como objetivo avaliar o circuito de lixiviação bem como propor melhorias de processo. Avaliação do circuito foi feita com base nos dados dos quinze primeiros dias dos meses de janeiro a maio de 2008 e em ensaios de lixiviação conduzidos no laboratório da própria empresa. Os resultados mostraram que é possível melhorar o circuito de lixiviação, reduzindo o transbordamento de polpa pelas chicanas de alimentação dos tanques de lixiviação, bem como reduzir o valor de controle de cianeto livre no tanque de lixiviação de referencia de 300 para 250ppm, sem perdas de recuperação significativa. Foi possível também sugerir mudanças na rota de processo para eliminar diluição da polpa e assim otimizar as reações de lixiviação. Índice de Figuras Figura 1 - Localização da Cidade de Jacobina 1 Figura 2 – Evolução na Produção de Ouro e Prata. 2 Figura 3 - Diagrama Eh (V)-pH para Au-CN-H2O 4 Figura 4 – Esquema do Mecanismo de Reação Eletroquímica de Dissolução de Ouro 5 Figura 5 – Diagrama de distribuição de espécie para o sistema H2O-CN 6 Figura 6 – Diagrama Eh (V)-pH para H2O-CN 6 Figura 7 – Diagrama Eh-pH para o sistema Fe-CN-H2O a 25ºC 10 Figura 8 – Micrografia de carvão ativado (www.norit.com) 11 Figura 9 – Fluxograma da Metalurgia 13 Figura 10 – Britador Primário METSO C140 14 Figura 11 – Peneiramento da Britagem Secundária 14 Figura 12 – Britador Secundário e Terciário 15 Figura 13 – Peneira Banana para Britagem Terciária 15 Figura 14 – Hidrociclones de Deslamagem 16 Figura 15 – Foto do Espessador 17 Figura 16 – Foto do Circuito de Lixiviação 17 Figura 17 – Perfil de Au no Mês de Fevereiro 23 Figura 18 – Perfil de Au no Mês de Março 23 Figura 19 – Perfil de Au no Mês de Abril 23 Figura 20 – Perfil de Au no Mês de Maio 24 Figura 21 – Perfil de Au no Mês de Junho 24 Figura 22- Recuperação por etapa do circuito 25 Figura 23 – Avaliação Granulo-Química 27 Figura 24 – Ensaio de Lixiviação do Rejeito com Adição de 300ppm de NaCN e 40% de sólidos 28 Figura 25 – Recuperação de Ouro na Lixiviação do Rejeito com acréscimo de 300ppm de NaCN e 40% de sólido 29 Figura 26 – Recuperação de Ouro na Lixiviação do Rejeito com acréscimo de 0ppm de NaCN e 40% de sólido 30 Figura 27 – Recuperação de Ouro na Lixiviação do Rejeito com acréscimo de 300ppm de NaCN e 40% de sólido 30 Figura 29 – Lixiviação da Alimentação – 100ppm de NaCN e 50% de sólidos 32 Figura 30 – Lixiviação da Alimentação – 200ppm de NaCN e 50% de sólidos 32 Figura 31 – Nova configuração do circuito de lixiviação 33 Figura A1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Janeiro 37 Figura A2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Janeiro 38 Figura B1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Fevereiro 39 Figura B2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Fevereiro 40 Figura C1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Março 41 Figura C2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Março 42 Figura D1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Abril 43 Figura D2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Abril 44 Figura E1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Maio 45 Figura E2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Maio 46 Índice de Tabelas Tabela 1 – Variáveis dos Experimentos 20 Tabela 2 – Recuperação por etapa do circuito 25 Tabela 3 - Relação na Concentração CN/Au 26 Tabela 4 - Avaliação Granulo-Química 27 Tabela 5 – Dados do ensaio de lixiviação do rejeito com adição de 300ppm de NaCN e 40% de sólidos 28 Tabela 6 – Dados do ensaio de lixiviação do rejeito com adição de 0ppm de NaCN 30 Tabela 7 – Dada dos Ensaios de Lixiviação da Alimentação do Circuito a 50% de sólidos 31 1.0 INTRODUÇÃO Este trabalho foi desenvolvido na Usina da Jacobina Mineração e Comércio Ltda, da empresa canadense, Yamana Gold, na cidade de Jacobina-Ba, que esta localizada nas proximidades do povoado de Itapicuru, 9 quilômetros da cidade de Jacobina e 358 quilômetros a noroeste de Salvador-Bahia (Figura 1). O ambiente de análise foi o circuito de lixiviação, sendo utilizados os dados referentes aos meses de Janeiro à Maio de 2008 e ensaios de bancada realizado na própria usina. Este trabalho teve como objetivo avaliar o circuito de lixiviação, na tentativa de propor melhorias de processo e operação, tais como, troca das chicanas de alimentação dos tanques de lixiviação e mudanças no circuito eliminando os pontos de diluição da polpa. Abordamos neste trabalho, estudo de revisão bibliográfica, dados operacionais de processo, dados dos ensaios de laboratório e sugestões de melhorias de processo e operação. Figura 1 - Localização da Cidade de Jacobina 1.1 Hidrometalurgia do Ouro A Hidrometalurgia do ouro consiste fundamentalmente na extração de ouro contido em minérios pela sua dissolução seletiva e posterior recuperação. Sendo amplamente utilizados íons cianeto para lixiviação do ouro. Carl Wilhelm Scheele (1783) químico sueco, fez pela primeira vez a dissolução do ouro em solução de cianeto. Posteriormente, Elsner (1846) estudando a dissolução de ouro por solução de cianeto, notou que a presença de oxigênio influenciava na reação. A aplicação deste conhecimento, para extrair ouro, a partir dos seus minérios, foi proposta e patenteada muito mais tarde, na Inglaterrapor John Stewart MacArthur (1856-1920). Em 1887, este processo tornou-se conhecido como cianetação. Bodlander (1896) realizou a descoberta sobre o peróxido de hidrogênio, sugerindo, que este é um produto intermediário da reação de dissolução do ouro (Habashi, 2005). Com advento da cianetação a produção de ouro e prata aumentou consideravelmente. Evolução na produção de ouro e prata ao longo dos anos (Habashi, 2005) figura 2. O Cianeto de sódio é um sólido branco tóxico, que pode se apresentar na forma de briquetes, granulado, solução ou em pó. É muito estável quando seco e quando úmido Fonte: HABASHI, 2005 Figura 2 – Evolução na Produção de Ouro e Prata. decompõe-se lentamente, liberando gases de amoníaco e ácido cianídrico. Quando aquecido, reage violentamente com fortes agentes oxidantes. Em contato com substâncias ácidas, libera uma grande quantidade de gás, HCN, que é invisível e apresenta leve odor amendoado, inflamável e altamente tóxico. A decomposição de NaCN em HCN varia com o pH. Teoricamente, a carga negativa pode ser deslocada para o carbono ou para o nitrogênio (Lorosch, 2001, citado por Moura, 2005). No entanto, no processo de lixiviação do ouro, a carga negativa, se localiza exclusivamente no átomo de carbono. A proporção relativa entre estas duas fases depende do pH da solução. A reação entre os íons cianeto e água é expressa por: HCNCNH =+ −+ (1) ou HOHCNOHHCN +=+ −− (2) A qualquer valor particular do pH e temperatura, o equilíbrio do sistema indicado em 2, bem como, a solubilidade relativa entre as espécies químicas, pode ser determinada com base em: [ ][ ] [ ] 1010.03,2 − −+ == HCN CNHKa (3) Desde 1783, é conhecida a solubilidade do ouro em soluções de cianeto. No entanto, somente veio a ser objeto de maiores estudos a partir de meados do século passado por vários cientistas. A lixiviação de ouro por cianeto foi considerada mistério por um longo período, pois, como um metal nobre como o ouro, que não reage com o oxigênio e somente é solúvel em água-régia, era perfeitamente solúvel em solução de cianeto? Os trabalhos de Elsner e posteriormente, estudos realizados por Bodlander, sugeriram que a dissolução de ouro por cianeto é realizada em duas etapas (Habashi,1970): 22222 22)(2242 OHNaOHCNNaAuOHONaCNAu ++→+++ (4) NaOHCNNaAuOHNaCNAu 2)(242 222 +→++ (5) Boonstra (1943) definiu que a dissolução do ouro é um processo de corrosão, sendo definido pelas seguintes etapas: −− −+ −+ −− −− →+ →+ +→ →+ +→++ 2 22 2222 )( 22 222 CNAuCNAuCN AuCNCNAu eAuAu OHeOH OHOHeOHO (6) Habashi (1961) em seus estudos concluiu que a dissolução do ouro é uma reação heterogênea, controlada por difusão através da camada limite de Nernst, a reação global é: 22222 2)(2242 OHNaOHCNNaAuOHONaCNAu ++→+++ (7) A figura 3 mostra o diagrama de estabilidade para o sistema Au-CN-H2O, onde é possível perceber que na presença de cianeto livre a formação do complexo −2)(CNAu se faz em todas as faixas de pH. Entretanto, em pH ácido, não haverá cianeto livre disponível para reação, visto que, nesta faixa de pH o −CN se degrada em HCN , figura 5. O mecanismo de dissolução do ouro por cianeto é eletroquímico. O oxigênio molecular consome elétrons em excesso da parte catódica do metal, enquanto o metal cede os mesmos elétrons na zona anódica. Duas reações ocorrem simultaneamente: 1- Uma reação de oxidação, com a forma de íons complexos de ouro e cianeto; 2- Uma reação de redução envolvendo o oxigênio. Fonte: CIMINELLI ET et all, 2002 Figura 3 - Diagrama Eh (V)-pH para Au-CN-H2O, a 25ºC O processo de dissolução de ouro por cianeto depende diretamente das concentrações de oxigênio e cianeto em solução, a figura 4 mostra esquematicamente o processo eletroquímico de dissolução do ouro. A condição de pH teórica ideal para a cinética da reação de dissolução do ouro por cianeto, se situa em torno de 9, mas este valor pode ser afetado por outros fatores (Habashi 1970). Industrialmente, o pH costuma ser mantido na faixa de 10,5 a 11 (Ciminelli & Gomes, 2002) para que não ocorra a liberação de ácido cianídrico da solução. A figura 5 mostra o diagrama de estabilidade do cianeto em função do pH. Para pH em torno de 9 há um equilíbrio de espécies químicas presente na solução. Quando o pH aumenta ocorre uma redução na concentração de gás cianídrico (HCN) presente, mas isso também pode variar bastante, em função de características específicas do minério ou do processo industrial em questão. Figura 4 – Esquema do Mecanismo de Reação Eletroquímica de Dissolução de Ouro A figura 6 mostra que o cianeto não é estável em solução aquosa areada, sendo a oxidação do cianeto espontânea, entretanto, esta oxidação se faz de maneira lenta, proporcionando cianeto livre para lixiviação de ouro. Fonte: CIMINELLI ET all, 2002 Figura 5 – Diagrama de distribuição de espécie para o sistema H2O-CN, a 25ºC Fonte: CIMINELLI ET all, 2002 Figura 6 – Diagrama Eh (V)-pH para H2O-CN, a 25ºC O consumo de cianeto é uma fonte considerável de custo para metalurgia, e seu uso deve ser reduzido por motivos de segurança ocupacional, segurança ambiental e por motivos econômicos. Na Jacobina Mineração e Comércio o controle de cianeto é feito a partir do primeiro tanque do circuito de lixiviação e avaliado durante todo o dia em todos os tanques. O valor de referência é 300ppm de cianeto livre no primeiro tanque de lixiviação. Uma vez em contato com o minério, o cianeto pode formar uma grande variedade de complexos metálicos com diferentes estabilidades. Cada minério de ouro se comporta de maneira particular frente ao processo de lixiviação, devido à sua composição mineralógica. Composição mineralógica diferente exige concentrações distintas de cianeto livre, e distribuição granulométrica diferente para uma adequada lixiviação do ouro. Uma avaliação precisa das rotas de consumo de cianeto, por reações paralelas ao processo de lixiviação de ouro, pode determinar como o cianeto esta sendo consumido no circuito de lixiviação. Estas reações são variáveis ao longo do circuito em função da concentração de cianeto livre, tempo de residência e concentração de contaminantes. As variáveis que podem ser manipuladas para reduzir o consumo de cianeto, podem ser o pH, a concentração de sólido nos reatores e dissolução de oxigênio na polpa. Com as informações sobre como o cianeto é consumido durante o circuito de lixiviação, é possível determinar estratégias para reduzir o consumo de cianeto, que proporciona um ganho ambiental e econômico para a metalurgia. 1.1.1 CINÉTICA DE LIXIVIAÇÃO A cinética química estuda a velocidade com que as reações ocorrem, no caso particular da lixiviação, o estudo da cinética pode fornecer informações úteis para o projeto e otimização sistemática do processo. (de Andrade Lima; Hodouin, 2005). Habashi (1970) sugere baseado nos mecanismos eletroquímicos, as seguintes equações para velocidade de dissolução de ouro em cianeto na presença de oxigênio: ][][ ]].[[ 2 2 2 OkCNk OCN r OCN Au + =− − − − (8) onde: dt Aud r SAu ][ =− é a velocidade de dissolução doouro, [CN] e [O2] são respectivamente o cianeto livre e oxigênio dissolvido na fase líquida, kO2 e kCN são constantes que dependem da superfície do ouro livre, da difusão de oxigênio e cianeto e da espessura da cama limite. Brittan (1975) propôs a seguinte equação para descrever a cinética de cianetação de minério de ouro em temperatura ambiente: ( ) ∞ −=− , ][][ SSAu AuAukr (9) Onde: ( ) 2,1 ][][ kAuAuk SSek −− ∞= Nicol et al. (1984) propôs uma equação cinética de segunda ordem para descrever a cianetação de ouro de um minério da África do Sul: ( )2 , ][][ ∞ −=− SSAu AuAukr (10) onde k é uma constante cinética. A limitação desta equação é que não leva em consideração a concentração de reagentes nem a dimensão das partículas. Recentemente, de Andrade Lima e Hodouin (de Andrade Lima; Hodouin, 2005), propuseram uma nova equação que leva em consideração o tamanho médio das partículas de minério: ( ) _ 21 2, ][][][][ θ βα dkkk OCNAuAukr AuAuAu y SSAuAu −= −=− − ∞ (11) onde _ d é o diâmetro médio das partículas do minério, [Au]S é a concentração de ouro na fase sólida na faixa granulométrica, kAu é a constante cinética global, ∞,][ SAu é a concentração residual de ouro na fase sólida na faixa granulométrica, [NC] é a concentração de cianeto livre, [O2], é a concentração de oxigênio, α, β e y são as ordens de reação para reagente, kAu1, kAu2 e θ são constantes. A ordem de reação para cinética de lixiviação do ouro é 2. O consumo de cianeto é uma função variável com a temperatura, com as concentrações de oxigênio dissolvido e cianeto livre, e de compostos que reagem com o cianeto: _ 2 1 ][ − − − −− − = =− − CN CN CN CNCN kd k k CNkr ϕ η (12) Onde: kCN é que a taxa global é uma constante função do diâmetro médio do minério de partículas, kCN1, kCN2 e φ são parâmetros a serem estimados, [CN] é a concentração de cianeto livre e η é a ordem da reação. Para cinética do consumo de cianeto livre a ordem da reação é 3. 1.1.2 COMPORTAMENTO DE PIRITA E PIROTITA NA CIANETAÇÃO Nas minas da Jacobina Mineração e Comércio, grande parte do ouro encontra-se livre, na forma nativa, e uma pequena fração do ouro esta aprisionado, na forma de pirita e pirotita. A pirotita )( )1( +nnSFe reage com o cianeto. A equação que descreve o processo de lixiviação da pirotita pelo cianeto é: − − + +=+ )()()1( aqsaqnn SCNnFeSCNSFe (13) A oxidação e complexação de sulfeto de ferro por oxigênio e íons cianeto, reduzem estes complexos a sulfato e a íons ferrocianeto, de acordo: )(42)(46)(2)( ])([62 aqaqaqaqs SOCNFeCNOFeS −−− +=++ (14) Esta reação consome uma grande quantidade de cianeto e para se reduzir o consumo é necessário a utilização de um processo chamado de “pré-aeração”, onde a polpa fica em contato direto com ar sem adição de cianeto, a reação que ocorre é: )()( 2 4)(62)(2)( 84)(4109 aqaqsaqs HSOOHFeOHOFeS +− ++=++ (15) Onde o ferro liberado tem origem da oxidação da pirotita, que é precipitado como hidróxido, formando uma camada de passivação sobre a superfície do mineral, inibindo mais sua oxidação. Entretanto, na JMC, não há pré–aeração, pois a quantidade de pirita e pirotita são muito pequenas (Informações verbais do setor de geologia). Entretanto, promove um consumo elevado de cianeto, pois a formação de complexos ferrosos com cianeto, esta na faixa operacional de pH da metalurgia. A figura 7 mostra o diagrama de Eh-pH para fase Fe-CN-H2O, onde é possível verificar que pH 10,5 e Eh entre -1,5 e 0,5, há predominância de 46)( −CNFe em solução. Um comportamento interessante da pirita é a sua capacidade de adsorção de ouro em sua superfície, no entanto, se houver cianeto livre, a taxa de adsorção diminui e tende à zero, com a presença de carvão ativado o ouro tende a se adsorver sobre a superfície do carvão. 1.1.4 CIRCUITO DE ADSORÇÃO Carvão ativado é um material de carbono adsorvente com alta porosidade interna e conseqüentemente apresenta grande área superficial interna. Comercialmente o carvão ativado possui superfície interna de 500 até 1500 m²/g (www.norit.com). Existem dois grandes grupos de produtos: • Carvão ativado em pó - tamanho da partícula 1-150 mícron; • Carvão ativado granular - (granulada ou extrusada), o tamanho da partícula no intervalo 0,5-4 milímetros. Um bom carvão ativado tem uma série de características únicas, como: a grande superfície interna, propriedades químicas de superfície e boa acessibilidade interna dos poros. Fonte: CIMINELLI ET all, 2002 Figura 7 – Diagrama Eh-pH para o sistema Fe-CN-H2O a 25ºC Existem três grupos de porosidade em um carvão ativado, a figura 8 mostra uma seqüência de ampliações em um grão de carvão ativado: • Macroporos (acima de 50 nm de diâmetro); • Mesoporos (2-50 nm de diâmetro); • Microporos (menos de 2 nm de diâmetro). Na Jacobina Mineração e Comércio, o circuito de carvão ativado serve para reter o ouro dissolvido na solução. O carvão rico em ouro, aproximadamente 2000ppm, é enviado para dessorção. A combinação com íons, pode ser explicada pela distância entre os nitrogênios da molécula de cianato de ouro, que é de aproximadamente 0,660nm (nanômetro). Esta distância é possivelmente igual ao espaço c-axial da molécula de grafita (0,669nm) (www.norit.com). Este mecanismo, também pode explicar a seletividade do carvão ativado para complexos de cianato de ouro, de prata, de mercúrio e cobre, que têm similar dimensões. A absorção preferencial é: −−− >>> 2222 )()()()( CNCuCNAgCNHgCNAu (16) O aumento do número de cianetos ligantes na estrutura da molécula muda a distância linear entre os nitrogênios da molécula, mudando assim, a capacidade de absorção pelo carvão ativado. Sendo a capacidade de absorção pelo carvão ativado reduzida à medida que há aumento da molécula. 4 6 2 4 2 32 )()()()( −−−− >>>> CNFeCNZnCNCuCNAu (17) No processo subseqüente, a eluição, o carvão é previamente lavado com ácido, para remover complexos metálicos de menor estabilidade, este processo é chamado de Lavagem Ácida. Figura 8 – Micrografia de carvão ativado (www.norit.com) 1.2 A Planta Metalúrgica A Metalurgia da Jacobina Mineração e Comércio esta passando por varias mudanças com o processo de expansão para permitir uma produção de 10000 t/mês. Este processo de expansão é dividido em três etapas seguindo até 2010 com metas de produções otimistas. Em linhas gerais, o processo segue o fluxograma indicado na figura 9, para produção de 4000 t/dia, sendo estendida para 6000t/dia até julho e em dezembro de 2009 produção de 10000t/dia. Atualmente o minério proveniente das minas de João Belo, Morro dos Ventos, Basal e Canavieira, alimenta o britador primário C140 da METSO (Figura 10). O produto da britagem primária segue a uma pilha pulmão, o minério da pilha pulmão é retomado para uma série de peneiras (Figura 11) com dois jogos de telas cada (Decks) o primeiro deck com abertura de 100mm e o segundo deck com 25mm. O retido alimenta dois britadores HP500 (Figura 12) com “câmara de médio”, o produto destes britadores alimenta duas peneiras “banana” (Figura 13) de dois decks cada, o primeiro deck tem abertura de 20mm e o segundo deck com abertura de 13mm, o retido nestas peneiras, alimenta os britadores terciários HP500 com “câmara de finos”, o produto destes britadores, retorna às peneiras-bananas, e o circuito de britagem terciária opera em circuito fechado. O produto do circuito de britagem possui 80% passante em 10mm,que alimenta os silos dos moinhos. Silos Cw = 40% sólidos Etapa 3 Britagem e Moagem 2 3 4 1 Cw = 30% sólidos Cw = 60% sólidos Lixiviação Lixiviação e CIP Rejeito Barragem de Rejeitos Ciclonagem PA 06 PA 5 PA 01TQ 03TQ 04 TQ 31 TQ 32 TQ 30 TQ 33 Esessador CIP TQ 05 CIP TQ 06 CIP TQ 09 CIP TQ 08 CIP TQ 10 CIP TQ 07 Figura 9 – Fluxograma da Metalurgia Britagem Primária Britagem Secundária Britagem Terciária Lixiviação Fundição Cw = 6% sólidos Cw = 60% sólidos Etapa 1 PA1 PA2 PA3 PA4 PA5 Etapa 4 Cw = 40% sólidos Etapa 2 Cw = 40% sólidos Pulmão Água de processo Água de processo Fonte: JMC, 2008 Figura 10 – Britador Primário METSO C140 Fonte: JMC, 2008 Figura 11 – Peneiramento da Britagem Secundária O circuito de moagem é composto por dois moinhos de bolas operando em circuito fechado com hidrociclones, a caixa de descarga dos moinhos alimenta o hidrociclone e o circuito de concentração gravimétrica. O overflow dos hidrociclones alimenta o circuito de lixiviação e o underflow retorna ao moinho como carga circulante. Fonte: JMC, 2008 Figura 12 – Britador Secundário e Terciário Fonte: JMC, 2008 Figura 13 – Peneira Banana para Britagem Terciária A polpa proveniente do circuito de moagem alimenta duas peneiras lineares da DELKOR com malha da ITALA de poliéster com dimensões de 2,5 x 1,5 m e malha de 0,6 x 0,6 mm, tendo como objetivo, remover os detritos da polpa. O passante pela malha desta peneira, escoa para um tanque de armazenamento, deste tanque, a polpa é bombeada para bateria de hidrociclones (Figura 14) onde ocorre a deslamagem da polpa. A polpa do “underflow” recebe cianeto e escoa para o primeiro tanque de lixiviação com 60% de sólidos e o “overflow” com 6% de sólidos a uma fração granulométrica de 70% abaixo de 200# é encaminhado para o espessador. No espessador ocorre à recuperação de água do processo (Figura 15). Adicionando sulfato de alumínio como floculante a uma vazão de 3 L/h, o “underflow” do espessador com 25% de sólido, retorna ao tanque pulmão e o overflow segue para água de processo. O underflow da bateria de hidrociclone (60% de sólidos) alimenta os cinco tanques de lixiviação que possuem agitação por injeção de ar, popularmente conhecido com tanque pachuca. Após o último tanque, a polpa escoa para uma caixa de distribuição onde ocorre a diluição da polpa, que passa de 60% para 40% de sólidos, que alimenta quatro tanques com agitação mecânica. No último tanque agitado mecanicamente, a polpa é bombeada para mais quatro tanques com agitação por injeção de ar, figura 16. Após a lixiviação, a polpa escoa para o circuito de adsorção em carvão ativado, onde tanques com carvão ativado e uma tela metálica chamada de kambaldas, mantém o carvão ativado dentro do tanque para adsorver o ouro em solução. Após saturação do carvão ativado por ouro, (2000ppm), este é bombeado para o processo de dessorção. Fonte: JMC, 2008 Figura 14 – Hidrociclones de Deslamagem Ao final do circuito de adsorção, a polpa é bombeada para barragem de rejeito e a água retorna para o processo. 2.0 OBJETIVOS Fonte: JMC, 2008 Figura 15 – Foto do Espessador Fonte: JMC, 2008 Figura 16 – Foto do Circuito de Lixiviação Tanque de lixiviação Tanque pachucas Hidrociclones Avaliar o circuito de lixiviação para identificar oportunidades de melhorias de processo, tais como: • Redução no consumo de cianeto; • Uso mais efetivo do cianeto utilizado; • Aumento na recuperação global; • Redução de custo de processo; • Mudanças na rota de lixiviação e melhorias na hidrodinâmica do circuito. 3.0 JUSTIFICATIVA O consumo de cianeto de sódio (NaCN) no circuito de lixiviação da Jacobina Mineração e Comércio, esta em torno de 38.000 kg por mês, gerando um custo de aproximadamente R$ 106 mil mensal, portanto, um dos pontos “chave” para melhoria no processo, seria promover o uso adequado do cianeto. Um parâmetro importante para perfeita lixiviação, é o tempo que a polpa passa em contato direto com o cianeto (tempo de residência) bem como, a qualidade da agitação deste tanque. Foi verificado que o tempo de residência da polpa nos tanques de lixiviação é prejudicado devido a grandes volumes de transbordamento da polpa pelo sistema de alimentação (chicanas), decorrente da ausência de desnível em um grupo de tanques (TQ30 a TQ33) e ao pequeno volume das chicanas nas pachucas. Durante o circuito, há um ponto de diluição da polpa, como descrito anteriormente, este ponto de diluição pode não ser o mais adequado, visto que a diluição reduz a concentração de cianeto livre na polpa. Com a expansão da capacidade de processamento da metalurgia é necessário gerar dados sobre os processos de lixiviação, avaliando o comportamento da usina para futuras comparações e ajustes de processo, tal avaliação, até o presente, não havia sido realizada. Sendo assim, faz-se necessário uma avaliação do circuito de lixiviação, atividade esta, desenvolvida neste trabalho. 5.0 METODOLOGIAS Foram realizadas duas formas de avaliação, uma com dados de processo e a outra com dados de ensaios de lixiviação realizados em reatores descontínuos. 4.1 Metodologia para Avaliação com Dados do Circuito Para os dados de processo foram coletadas a informações entre os meses de janeiro a maio, além de dados de inventário de ouro e avaliado como deve se comportar o circuito, que se referem às quantidades de cianeto consumidas em função dos teores de alimentação e teores de rejeito, bem como, o comportamento do ponto de diluição do circuito. Foi obtida uma relação entre o consumo de cianeto e os teores de ouro da alimentação para cada um dos dias analisados. Foi feito também, uma avaliação visual do circuito, onde foi constatado, aparentemente, um volume elevado de curto-circuito pelos tanques de lixiviação. Os dados de processo foram coletados ao inicio dos turnos (a cada 8 horas), onde um colaborador do processo, coleta as amostras em campo e as leva ao laboratório da própria metalurgia. O teor de ouro em solução é fornecido por um equipamento de absorção atômica, o qual é calibrado a cada bateria de amostras (a cada turno). A concentração de cianeto livre é obtida por titulação. Os teores de ouro em solução e de cianeto livre para cada dia, foram obtidos, por média simples dos valores de cada turno. E os teores de ouro da alimentação foram obtidos por amostragem sistemática no minério que alimenta os moinhos. Os dados do perfil de ouro no minério foram obtidos a cada inicio de mês, a partirde uma amostragem feita em cada ponto do circuito, as análises para ouro no minério foram realizadas no laboratório da SGS LAKEFILD. 4.2 METODOLOGIA PARA ENSAIOS DE LABORATÓRIO Os ensaios de laboratórios consistiram num estudo de lixiviação da polpa que alimenta o circuito, realizado em reator descontinuo. Na ausência de um reator específico para este fim, foi construído na própria empresa um reator de similar função. Os ensaios foram realizados a partir da coleta de amostra da alimentação do circuito e conduzidos ao laboratório, onde foram colocadas as amostras no reator e agitadas por 26 horas. Durante este processo, foram coletadas amostras sistemáticas para análise de ouro lixiviado, cianeto livre e pH, sendo que o teor de NaCN foi mantido constante. A tabela 01 informa as variáveis do processo. Ao final de cada ensaio foi levado para o laboratório da SGS LAKEFILD amostra de sólido para avaliação de ouro não lixiviado. Tabela 1 – Variáveis dos Experimentos Percentual de sólido (%) Teor de CN- (ppm) 50 200 50 100 Os ensaios foram feitos em reator cilíndrico de 20L (garrafas de 20L de poliuretano), devidamente preparado para este fim. Foi realizado também, ensaios de lixiviação com a polpa proveniente do rejeito, para avaliar a viabilidade econômica e técnica de continuar a lixiviação da polpa. Para tanto, foram feitos ensaios variando o teor de cianeto (sem adição de mais cianeto e com 300ppm de cianeto livre). Os passos seguidos foram: a. Coletar amostra e levar ao laboratório, se for polpa deve ser filtrada e lavada com água em pH 10,5. Deve-se realizar o quarteamento, e uma alíquota de 2 kg deve ser separada para a etapa posterior e uma alíquota pequena de cada alíquota a ser ensaiada deve ser levada para analise granulométrica e de teor de ouro. b. Separar uma alíquota de 2 kg de amostra seca para realizar o ensaio no reator. c. Preparar uma solução a 0,2% de hidróxido de sódio. (Em 2L de água destilada adicionar 4g de hidróxido de Sódio ou em 2L de água destilada adicionar 8mL de solução cáustica a 50%). d. Avaliar o pH da solução se estiver estabilizado em 10,5 deve-se prosseguir com o ensaio, caso contrário adicione solução de Hidróxido de Sódio a 2% ou adicione solução cáustica a 50% até atingir o pH desejado. e. Estando o pH corrigido, adicionar a concentração NaCN desejada, a concentração de NaCN deve ser mantida constante. f. Remover 30mL de solução a cada amostra. g. Realizar o teste por 30 horas. h. Para cada amostra foram feitas os seguintes ensaios: a. Ouro lixiviado (Au solúvel); b. Auro não lixiviado (Au insolúvel); c. Cianeto livre (NaCN). i. A análise granulométrica deve ser feita para seguintes peneiras: 65# 100# 150# 200# 270# 325# 400# <400# j. O uso de EPI’s deve ser estritamente seguido: a. Capacete; b. Botas; c. Luva de borracha; d. Óculos; e. Mascara facial “Panorama Nova RA”; f. Protetor auricular. 5.0 AVALIAÇÃO DO CIRCUITO DE LIXIVIAÇÃO Foi realizado avaliação do perfil de ouro na fase sólida e na fase líquida para os meses de fevereiro, abril, maio e junho. Foi avaliada também, a recuperação para cada etapa do circuito, estas etapas, foram divididas em função a homogeneidade das características do circuito. Sendo: 1. Primeira etapa: cinco tanques pachucas com agitação por ar injetado. Volume de cada tanque 200m³. Recebe polpa do underflow da bateria de hidrociclone de deslamagem com percentual de sólido de aproximadamente 60%, é dosado cianeto. 2. Segunda etapa: quatro tanques com agitação mecânica. Volume de cada tanque 700m³ cada. Recebe polpa proveniente do underflow do espessador, onde é dosado cianeto o percentual de sólido fica em torno de 25% e polpa proveniente da primeira etapa. No início desta etapa ocorre diluição da polpa, passando a 40%. 3. Terceira etapa: cinco tanques pachucas com agitação por ar injetado. Volume de cada tanque 200m³. Estes recebem polpa proveniente da segunda etapa com 40% de sólido. 4. Quarta etapa: circuito de adsorção. São seis tanques com agitação mecânica e injeção de ar. Estes tanques estão equipados com kambaldas e recebe carvão ativado. O percentual de sólido deve ficar em trono de 40%. Avaliando os perfis de ouro para os meses considerados (figura 17 mostra o perfil de fevereiro, figura 18 mostra o perfil de março, figura 19 mostra o perfil de abril, figura 20 mostra o perfil de maio e figura 21 mostra o perfil de junho) é possível perceber que o teor de ouro no minério permanece praticamente constante ao longo da segunda e terceira etapa, ou seja, boa parte da lixiviação ocorre na primeira etapa e na quarta etapa do circuito. Para os meses de abril, maio e junho é percebido algumas distorções nos valores de teor de ouro no minério, estas distorções ocorrem devido à erros no processo de amostram e em especial para o tanque 06 do CIP no mês de abril, tanque 07 do CIP no mês de maio e no tanque 06 e 07 do mês de junho, foi encontrado carvão ativado na amostra, o que proporcionou este aumento no teor de ouro no minério. Fevereiro 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 Es pe s. Pu lmã o PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ _ 31 TQ _ 32 TQ _ 33 TQ _ 30 PA 06 TQ 01 TQ 02 TQ 03 TQ 04 TQ 05 TQ 06 TQ 07 TQ 08 TQ 09 TQ 10 m g/ L 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 m g/ t Au em Solução (mg/L) Au no minério (mg/t) Figura 17 – Perfil de ouro no mês de Fevereiro Março 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 Es pe s. Pu lm ão PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ _ 31 TQ _ 33 TQ _ 30 PA 06 TQ 01 TQ 02 TQ 03 TQ 04 TQ 05 TQ 06 TQ 07 TQ 08 TQ 09 m g/ L 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 m g/ t Au em Solução (mg/L) Au no minério (mg/t) 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa Figura 18 – Perfil de ouro no mês de Março 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 PA _ 01 PA _ 03 PA _ 05 TQ _ 31 TQ _ 32 TQ _ 33 TQ _ 30 PA _ 06 TQ _ 01 TQ _ 02 TQ _ 03 TQ _ 04 CIP _ 05 CIP _ 06 CIP _ 07 CIP _ 08 CIP _ 09 CIP _ 10 Au n o m in ér io (m g/ kg ) 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 Au em so lu çã o (m g/ kg ) Au no minério Au em solução Figura 19 – Perfil de ouro no mês de Abril 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa Para avaliar melhor o processo de diluição da polpa, foi calculada a recuperação a partir do teor de ouro no minério, seguindo a seguinte relação: 100)( 0 0 × − = t tt i Sα (18) onde t0 e ti são teores no inicio e no final de uma etapa do circuito. A tabela 2 mostra os valores da recuperação para cada etapa considerada. Foi significante a recuperação na primeira etapa do circuito para os meses de fevereiro, março, maioe junho, sendo maior do que a recuperação na segunda etapa do circuito. Com exceção do mês de junho, a recuperação na segunda e terceira etapa, foi menor que da quarta etapa, este comportamento não é o esperado, pois a ultima etapa é a etapa de adsorção em carvão ativado, onde a maior parte da lixiviação já deveria ter ocorrido. A figuras 22a mostra o perfil de recuperação para os meses com anormalidade e a figura 22b mostram o perfil de recuperação para o mês com comportamento padrão. Maio 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 Es pe s. Pu lm ão PA 01 PA 03 PA 05 TQ _ 31 TQ _ 32 TQ _ 33 TQ _ 30 PA 06 TQ 01 TQ 02 TQ 03 TQ 04 TQ 05 TQ 06 TQ 07 TQ 08 TQ 09 TQ 10 m g/ L 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 m g/ t Au em Solução (mg/L) Au no minério (mg/t) 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa Figura 20 – Perfil de ouro no Mês de Maio Junho 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 Es pe s. Pu lm ão PA 01 PA 02 PA 03 PA 05 TQ _ 31 TQ _ 32 TQ _ 33 TQ _ 30 PA 06 TQ 01 TQ 02 TQ 04 TQ 05 TQ 06 TQ 07 TQ 09 TQ 10 m g/ L 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 m g/ t Au em Solução (mg/L) Au no minério (mg/t) 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa Figura 21 – Perfil de ouro no mês de Junho Após a primeira etapa, ocorreu a diluição da polpa, o que pode ter ocasionado redução na recuperação desta etapa do circuito. Os gráficos do anexo I mostram o perfil de cianeto livre e ouro em solução para os quinze primeiros dias dos meses de janeiro a maio. Foi constatado que a partir do tanque 31, tanque onde ocorre a diluição da polpa, os teores de ouro em solução foram reduzidos bruscamente e o consumo de cianeto praticamente foi estabilizado, o que evidência uma redução na velocidade de lixiviação. Para avaliar o excesso de cianeto livre no circuito em etapas do circuito foi utilizada a relação: − × × − − = − w w CN Au t t C C M M AuAu CNCN Au CN 1 ][][ ][][ ][ ][ 0 0 (19) Tabela 2 – Recuperação por etapa do circuito Etapas do circuito Mês 1º Etapa 2º Etapa 3º Etapa 4º Etapa Fevereiro 44,4% 4,2% 8,7% 43,8% Março 34,3% 43,3% 23,1% 55,0% Abril 29,4% 18,5% 25,0% 18,2% Maio 11,8% 8,7% 5,6% 31,3% Junho 46,7% 28,0% 9,1% 8,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 1º Etapa 2º Etapa 3º Etapa 4º Etapa Fevereiro Março Maio Abril Figura 22a - Recuperação por etapa do circuito Junho 0% 10% 20% 30% 40% 50% 1º Etapa 2º Etapa 3º Etapa 4º Etapa Figura 22b - Recuperação por etapa do circuito, para o mês de Junho. onde: [CN-] é a concentração de cianeto livre; [Au] é o teor de ouro MAu e MCN são respectivamente a massa molar do ouro e a massa molecular do cianeto; Cw percentual de sólido médio da etapa do circuito em questão. Com base nas equações 1 e 2, a relação entre cianeto livre e ouro ]/[][ AuCN − para um caso ideal deve ser 2. Para o circuito analisado a relação entre concentração de cianeto livre e ouro no minério oscila bastante (Tabela 3), sendo que na 1ª etapa esta relação é inferior ao valor de referencia para os meses de fevereiro, março e abril. Para a 2ª etapa esta relação é superior ao valor de referencia, com exceção ao mês de março, entretanto a lixiviação nesta etapa não é muito eficiente, como pode ser percebido pela tabela 2, onde consta a recuperação para estas etapas. 5.1 Avaliação dos Dados de Laboratório A avaliação de parâmetros de processo via ensaio de laboratório é uma prática segura e bastante útil, pois, podemos verificar em escala de laboratórios as mudanças proposta para o circuito industrial sem prejudicar a recuperação do processo. Dentro desta linha de raciocínio foram realizados ensaios da polpa do rejeito e da alimentação do circuito. Para dar início a avaliação, foi analisada primeiramente, os ensaios do rejeito e em seguida à avaliação da alimentação. Tabela 3 - Relação na Concentração CN-/Au Mês 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa e 4ª Etapa Fevereiro 1,4 49,0 5,7 Março 0,3 2,1 4,7 Abril 0,1 11,1 10,3 Maio 2,9 16,7 3,9 5.1.1 AVALIAÇÃO DOS ENSAIOS DO REJEITO A partir da analise da granuloquímica da amostra do rejeito, é possível constatar que 47,62% do ouro não lixiviado, esta abaixo de 325# (44mm). A tabela 4 e o figura 24 mostram os valores da granuloquímica, sendo que, o teor para 65# não é real, pois foi encontrado carvão nesta faixa granulométrica. Com o intuito de avaliar estas possibilidades, foi realizado um ensaio com duração de 26 horas, com adição de cianeto e sem adição de cianeto à polpa do rejeito. Os ensaios com a polpa do rejeito com adição de mais 300ppm de NaCN, indicaram uma recuperação de 46,67% o que é muito bom para uma nova lixiviação do rejeito. Os valores dos ensaios estão na tabela 5. O gráfico 24 mostra a evolução dos teores de ouro em solução e no minério com o tempo de ensaio. O gráfico 25 mostra a recuperação em relação ao minério. Assumindo como teor médio do rejeito de 0,09g/t de ouro no minério, com base nos dados históricos da usina, e a produção de 6500t/dia com recuperação de 47% , haverá um acréscimo de 0,04g/t de ouro na solução, o que equivale a 8,5oz de ouro por Tabela 4 - Avaliação Granulo-Química Malha Au no minério (g/t) LI - REJEITO 65 # 65 1,96 LI - REJEITO 100 # 100 0,07 LI - REJEITO 150 # 150 0,05 LI - REJEITO 200 # 200 0,06 LI - REJEITO 270 # 270 0,04 LI - REJEITO 325 # 325 0,09 LI - REJEITO 400 # 400 0,11 Teores de ouro por faixa granulométrica 0,07 0,06 0,04 0,09 0,11 0,05 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 100 150 200 270 325 400 malha A u - pp m Au insoluvel Figura 23 – Avaliação Granulo-Química dia equivalente a R$ 8.008,00 dia. Adicionar 300ppm a mais na polpa do rejeito a uma vazão mássica de 6500t/dia e aumentando o tempo de residência em 15 horas gera um custo diário de aproximadamente R$ 683,00 com cianeto. A limitação é o aumentar no tempo de residência, para uma vazão de 300m³/h seria necessário acrescentar 4500m³ em tanques de lixiviação, ou seja, acrescentar 6 tanques de 700m³. Tabela 5 – Dados do ensaio de lixiviação do rejeito. Adição de 300ppm de NaCN a 40% de sólidos e temperatura ambiente. mg/t Recuperação: 46,67% min Au no minério Au em solução pH % NaCN CAut/CAu0 0,000 0,010 10,30 0,010 30 0,15 0,02 10,4 0,028 0,00 60 0,11 0,1 10,6 0,024 26,67 90 0,13 0,1 10,6 0,029 13,33 120 0,14 0,1 10,3 0,028 6,67 300 0,08 0,13 10,3 0,02 46,67 540 0,03 0,14 10,5 0,027 80,00 900 0,10 0,16 10,1 0,028 33,33 1380 0,06 0,16 10,2 0,029 60,00 1680 0,08 0,16 10,3 0,027 46,67 1800 0,08 0,16 10,4 0,021 46,67 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 30 60 90 120 300 540 900 1380 1680 1800 minutos O u ron o m in ér io (m g/ t) 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 O u ro em so lu çã o (m g/ L) Au no minério Au em solução Figura 24 – Ensaio de Lixiviação do Rejeito com Adição de 300ppm de NaCN e 40% de sólidos Foi realizado o ensaio de lixiviação do rejeito sem adição de cianeto, ou seja, foi removida a polpa do rejeito e logo em seguida introduzido no reator e lixiviado por 26 horas. Este ensaio mostra que é possível continuar a lixiviar ouro sem a adição de mais cianeto, entretanto a recuperação é baixa 13%. A tabela 6 mostra estes valores, o gráfico 26 mostra a evolução da lixiviação e o figura 27 mostra a recuperação ao longo do ensaio. Se o tempo de residência aumentar em 15 horas seria possível recuperar aproximadamente 2% a mais de ouro, dentro do valor corrente de ouro no rejeito (0,09ppm) esta se perdendo aproximadamente 130g/dia (4oz) ou U$ 3786/dia. Para obter esta recuperação, com uma vazão de 300m³/h seria necessário acrescentar 4.500m³ de tanques de lixiviação, ou seja, acrescentar 6 tanques de 700m³. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0,000 30 60 90 120 300 540 900 1380 1680 min R e c u pe ra çã o (% ) Figura 25 – Recuperação de Ouro na Lixiviação do Rejeito com acréscimo de 300ppm de NaCN e 40% de sólido Tabela 6 – Dados do ensaio de lixiviação do rejeito com adição de 0ppm de NaCN mg/t Recuperação: 13,04 min Au no minério Au em solução pH % NaCN CAut/CAu0 0 0,23 0,01 10,30 0,02 0,00 30 0,12 0,04 10,00 0,01 47,83 60 0,09 0,14 10,30 0,01 60,87 90 0,09 0,19 x 0,01 60,87 120 0,13 0,22 10,10 0,01 43,48 300 0,15 0,33 10,30 0,01 34,78 540 0,09 0,43 8,92 0,01 60,87 900 0,23 0,53 9,90 0,00 0,00 1380 0,14 0,66 10,00 0,00 39,13 1680 0,20 0,98 9,80 0,00 13,04 5.1.2 AVALIAÇÃO DOS ENSAIOS DA ALIMENTAÇÃO A alimentação da usina é bastante variada, pois é alimentada com minério de quatro minas diferentes, Basal, Canavieiras, Morro dos Ventos e João Belo, isto provoca uma não uniformidade dos teores de alimentação, podendo varia de 5g/t à 0,9g/t, como são minérios distintos há contaminantes distintos. Um processo de otimização do circuito deve levar em conta esta peculiaridade alem de considerar que as análises de teores não são imediatas, levando alguns dias para serem feitas, outra 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0 30 60 90 120 300 540 900 1380 1680 1800 Minutos O u ro n o m in ér io (m g/ t) 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 O u ro em so lu çã o (m g/ L) Au no minério Au em solução Figura 26 – Recuperação de Ouro na Lixiviação do Rejeito sem acréscimo de NaCN e 40% de sólido 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0 30 60 90 120 300 540 900 1380 1680 1800 Minutos Re cu pe ra çã o (% ) Figura 27 – Recuperação de Ouro na Lixiviação do Rejeito com acréscimo de 300ppm de NaCN e 40% de sólido consideração referi-se à capacidade de produção das minas e ciclo de transporte, pois uma alternativa seria a “blendagem” de minérios de teores variados para entrada na metalurgia. É possível verificar que o tempo de residência necessário para obter aproximadamente 90% de recuperação é de 30 horas, sendo necessários 15.000 m³ de em tanques de lixiviação, o que equivale a 21 tanques de lixiviação de 700m³ cada. Entretanto a metalurgia dispõe de 6200m³ em tanques no circuito e uma recuperação média de 95%. Podemos verificar que não houve diferença significativa entre os ensaios de lixiviação para adição de 100ppm e 200ppm de cianeto. Os teores de ouro em solução não divergiram muito para 25 horas de ensaio, como pode ser percebido pela analise da figura 29 e figura 30. Os ensaios de lixiviação do minério que alimenta a metalurgia deve ser realizado com mais cuidado, para que os resultados possam ser utilizados com mais confiança. Minas Frente de Lavra Ciclo de Transporte (min) Capacidade por ciclo (Tonelada seca) João Belo 435 40 41,3 Morro dos Ventos 730 – só há esta frente em lavra 5 41,3 Canavieiras 25 40 Basal 25 40 Tabela 7 – Dada dos Ensaios de Lixiviação da Alimentação do Circuito a 50% de sólidos Concentração de cianeto livre Teor de alimentação (g/t) Teor ao final de 30 horas (g/t) Recuperação (%) 100ppm 1,07 0,07 93,14 200ppm 1,07 0,19 81,37 1,21 0,98 1,120,85 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 0 2 10 25Horas Ou ro em s o lu çã o m g/ L Figura 30 – Lixiviação da Alimentação – 200ppm de NaCN e 50% de sólidos 1,42 1,23 0,75 0,70 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 0 2 10 25 Horas O u ro em so lu çã o - m g/ L Figura 29 – Lixiviação da Alimentação – 100ppm de NaCN e 50% de sólidos 6.0 CONCLUSÕES De acordo com os resultados apresentados podemos concluir que: 1. Foi possível constatar que a diluição da polpa é uma prática prejudicial ao circuito, pois desta forma, é reduzido à taxa de lixiviação, bem como, os teores de ouro em solução. 2. O processo de diluição da polpa, para suprir as limitações do circuito de carvão ativado, deve ser extinto. O que ocorrerá com mudanças no circuito. 3. Os tanques agitados por ar injetado (pachucas) devem ser removidos do circuito e o percentual de sólidos controlado pela diluição nos espessadores (E-CAT e espessador convencional), a figura 31 mostra este novo circuito. Neste circuito um percentual do produto do moinho M2 (Capacidade nominal de 250t/h) irá para o espessador E-CAT e todo o produto do moinho M1 irá para o espessador M1. O produto do moinho M2 que não for bombeado para o E-CAT irá para o espessador convencional. Os produtos dos dois espessadores irão se encontra em uma caixa de distribuição e escoar para o circuito de lixiviação. 4. Os Tanques TQ30 ao TQ33 estavam sem desnível, entre a alimentação e a descarga, que proporcionava aparentemente, uma redução do tempo de residência nesta etapa do circuito. Para solucionar este problema, fui sugerido criar um desnível de 30 cm entre todos os tanques. 5. Como as chicanas dos Tanques Pachucas (PA 01 à PA 05) eram muito estreitas, o que provocava um grande volume de transbordamento, foi sugerido a troca das chicanas. Proposta aceita e as obras estão em andamento. 6. Pode-se concluir que o valor de referência do teor de cianeto, pode ser reduzido na alimentação de 300ppm para 250ppm, no entanto, esta redução deverá ser gradativa, para que não ocorram perdas na recuperação. Esta medida reduzirá o custo de operação além de auxiliar na redução do passivo ambiental. Os estudos de caracterização do circuito de lixiviação e adsorção devem continuar, na tentativa de obter novas melhorias de processo. Como atividade segue como sugestão: 1. Caracterização química e mineralógica do rejeito; 2. Ensaios mais criteriosos de lixiviação do minério que alimenta a metalurgia; 3. Novos ensaios de lixiviação do rejeito,com variações de parâmetros operacionais; 4. Continua compilação de dados da metalurgia, para se ter uma visão mais precisa do processo. Figura 31 – Nova configuração do circuito de lixiviação 7.0 BIBLIOGRAFIA 1. HABASHI, Fathi - Principles of extractive metallurgy. V. 3. New York: Gordon and Breach , 1970. 2. HABASHI, Fathi - A short history of hydrometallurgy. Hydrometallurgy 79. 15– 22. 2005. 3. HABASHI, Fathi - New Frontiers In Extractive Metallurgy. Acta Metallurgica Slovaca, 13. 420 – 433. 2007. 2007 4. DE ANDRADE LIMA, L. R. P. (2007) - Dynamic Simulation of The Carbon- Inpulp and Carbon-In-Leach Processes. Brazilian Journal of Chemical Engineering. 24 (2007) 623 – 635 5. de ANDRADE LIMA, L.R.P.; HODOUIN D. - (2006) - Analysis of the gold recovery profile through a cyanidation plant. Int. J. Miner. Process. 6. de ANDRADE LIMA, L.R.P. – Some remarks on the reactor network synthesis for gold cyanidation. Minerals Engineering. 2005. 7. de ANDRADE LIMA, L.R.P; HODOUIN D. - Residence time distribution of an industrial mechanically agitated cyanidation tank. Minerals Engineering 18. 613– 621. 2005. 8. FOGLER, H. Scott. Elementos de engenharia das reações químicas, editora, LTC, 3 ed. Rio de Janeiro, 2002. 9. LEVENSPIEL, Octave, Engenharia das reações químicas, V 1, Editora, Edgard Blucher, São Paulo, 1974. 10. AKCIL, A. - A preliminary research on acid pressure leaching of pyritic copper ore in Kure Copper Mine, Turkey. Minerals Engineering 15. 1193–1197. 2002. 11. FENG D.; van DEVENTER, J.S.J. - The effect of sulphur species on thiosulphate leaching of gold. Minerals Engineering 20. 273–281. 2007. 12. FELTRE, R.; YOSHINAGA, S. – Físico-Química, Editora moderna, São Paulo, 1974. 13. STREETER, L. V. – Mecânica dos Fluidos, Editora McGraw-Hill, São Paulo, 1909. 14. CIMINELLI, Virginia S.T.; GOMES, Áurea D. (2002) – Extração de Ouro: Princípios, Tecnologias e Meio Ambiente - Capitulo 2: Princípios da cianetação, CETEM/MCT, Rio de Janeiro, 2002. Editores: TRINDADE, R, de B, E; BARBOSA, Olavo, F. 15. GLIESE, Roberto. - Simulação de Processos CIP E CIL Empregando Balanço Populacional do Carregamento de Ouro no Carvão Ativado - Dissertação para obtenção do título de Mestre em Engenharia. Porto Alegre. UFRS / PPGEM. 1997. 16. STAMBOLIADIS, Elias Th. - The evolution of a mineral liberation model by the repetition of a simple random breakage pattern. Minerals Engineering 21. 213–223. 2008. 17. Moura,Walter de.- Especiação de Cianeto para Redução do Consumo no Circuito de Lixiviação de Calcinado da Usina do Queiróz - Dissertação de Mestrado. UFMG. BH/MG. 2005. 18. WWW.NORIT.COM – acessado em 20 de maio de 2008. ANEXOS 0 50 100 150 200 250 300 350 400 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 08 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 1/jan 2/jan 3/jan 4/jan 5/jan 0 50 100 150 200 250 300 350 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 08 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 6/jan 7/jan 8/jan 9/jan 10/jan 220 0 50 100 150 200 250 300 350 400 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 08 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 11/jan 12/jan 13/jan 14/jan 15/jan Figura A1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Janeiro 0 100 200 300 400 500 600 700 ESPES. PULM. PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ. 31 TQ. 32 TQ. 33 TQ. 30 PA 06 TQ. 01 TQ. 02 TQ. 03 TQ. 04 TQ. 05 TQ. 06 TQ. 07 TQ. 08 TQ.09 TQ. 10 Concentração de cianeto (mg/L) 1/fe v 2/fe v 3/fe v 4/fe v 5/fe v 0 100 200 300 400 500 600 ESPES. PULM. PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ. 31 TQ. 32 TQ. 33 TQ. 30 PA 06 TQ. 01 TQ. 02 TQ. 03 TQ. 04 TQ. 05 TQ. 06 TQ. 07 TQ. 08 TQ.09 TQ. 10 Concentração de cianeto (mg/L) 6/fe v 7/fe v 8/fe v 9/fe v 10/fe v 0 100 200 300 400 500 600 ESPES. PULM. PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ. 31 TQ. 32 TQ. 33 TQ. 30 PA 06 TQ. 01 TQ. 02 TQ. 03 TQ. 04 TQ. 05 TQ. 06 TQ. 07 TQ. 08 TQ.09 TQ. 10 Concentração de cianeto (mg/L) 11/fe v 13/fe v 14/fe v 15/fe v 16/fe v Fig u ra B1 – C o n centração d e CN - n o circuito d e lixiviação n o m ês d e F ev ereiro 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 08 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 1/fev 2/fev 3/fev 4/fev 5/fev 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 08 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 6/fev 7/fev 8/fev 9/fev 10/fev 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ. 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 08 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 11/fev 13/fev 14/fev 15/fev 16/fev Figura B2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Fevereiro 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 ES PE S. PU L. PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 08 TQ . 09 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 1/mar 2/mar 3/mar 4/mar 5/mar 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 6/mar 7/mar 8/mar 9/mar 10/mar 0 50 100 150 200 250 300 350 400 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 11/mar 12/mar 13/mar 14/mar 15/mar Figura C1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Março 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 Au em so lu çã o (m g/ L) 1/mar 2/mar 3/mar 4/mar 5/mar 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 Au em so lu çã o (m g/ L) 6/mar 7/mar 8/mar 9/mar 10/mar 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 02 PA 03 PA 04 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 Au em so lu çã o (m g/ L) 11/mar 12/mar 13/mar 14/mar 15/mar Figura C2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Março 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 1/abr 2/abr 3/abr 4/abr 5/abr 0 50 100 150 200 250 300 350 400 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 6/abr 7/abr 8/abr 9/abr 10/abr 0 50 100 150 200 250 300 350 400 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 11/abr 13/abr 14/abr 16/abr Figura D1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Abril 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 1/abr 2/abr 3/abr 4/abr 5/abr 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 6/abr 7/abr 8/abr 9/abr 10/abr 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 11/abr 12/abr 13/abr 14/abr 16/abr Figura D2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Abril 0 50 100 150 200 250 300 350 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 1/mai 2/mai 3/mai 4/mai 5/mai 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ .31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 6/mai 7/mai 8/mai 9/mai 10/mai 0 50 100 150 200 250 300 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Co n ce n tr aç ão de ci an et o (m g/ L) 11/mai 13/mai 14/mai 15/mai 18/mai Figura E1 – Concentração de CN- no circuito de lixiviação no mês de Maio 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 1/mai 2/mai 3/mai 4/mai 5/mai 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 6/mai 7/mai 8/mai 9/mai 10/mai 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 ES PE S. PU LM . PA 01 PA 03 PA 05 TQ . 31 TQ . 32 TQ . 33 TQ . 30 PA 06 TQ . 01 TQ . 02 TQ . 03 TQ . 04 TQ . 05 TQ . 06 TQ . 07 TQ . 09 TQ . 10 Au em so lu çã o (m g/ L) 11/mai 13/mai 14/mai 15/mai 18/mai Figura E2 – Teor de Au em solução no circuito de lixiviação no mês de Maio
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