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Geoprocessamento mineração

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Introdução ao 
Geoprocessamento
Geoprocessamento e
Sistema de Informação Geográfica
2
Geoprocessamento?
� Geoprocessamento pode ser definido como um conjunto de técnicas computacionais necessárias para manipular informações espacialmente referidas.
� Geoprocessamento pode ser entendido como conjunto de técnicas de coleta, tratamento, manipulação e apresentação de dados espaciais. 
COLETA
•Cartografia
•Sensoriamento
Remoto
•Topografia
•GPS
•Dados Alfanuméricos
•Banco de Dados
TRATAMENTO E ANÁLISE
•Modelagem de Dados
•Geoestatística
•Análise de Redes
Conjunto
de técnicas
relacionadas ao
tratamento da
Informação
espacial
3
ARMAZENAMENTO
4
� Em Londres, 1854 – grave epidemia de 
cólera, doença sobre a qual na época não 
se conhecia a forma de contaminação.
� Numa situação aonde já haviam ocorrido 
mais de 500 mortes, o doutor John Snow
teve um “estalo”: colocar no mapa da 
cidade a localização dos doentes de cólera 
e do poços de água.
Geoprocessamento - Histórico
5
Geoprocessamento - Histórico
6
� Com a espacialização dos dados, o doutor Snow percebeu que a maioria dos casos estava concentrada em torno do poço da “Broad Street” e ordenou a sua lacração, o que contribuiu em muito para conter a epidemia. 
� Este caso forneceu evidência empírica para a hipótese (depois comprovada) de que o cólera é transmitido por ingestão de água contaminada.
Geoprocessamento - Histórico
7
� Anos 50:
� Ocorreu a primeira tentativa de automatizar parte do processamento de dados espaciais.
� Inglaterra e nos Estados Unidos, com objetivo de reduzir custos com produção e manutenção de mapas.
� A precariedade da informática na época impossibilitou que estes sistemas fossem considerados sistemas de informação.
Geoprocessamento - Histórico
8
� Anos 60:
� Surgiram os primeiros Sistemas de Informação Geográfica no Canadá. Faziam parte de um programa governamental para criar inventário de recursos naturais.
� Grande dificuldade de utilização:
�Falta de monitores gráficos com alta resolução, 
�Computadores caros, 
Geoprocessamento - Histórico
9
� Anos 60:
� Falta de mão-de-obra especializada,
� Falta de softwares comerciais,
� Pouca capacidade de armazenamento,
� Baixa velocidade de processamento e,
� Falta de dinheiro.
Geoprocessamento - Histórico
10
� Anos 70:
� Desenvolvimento de software comerciais.
� Criação da expressão Geographic
Information System (Sistema de Informação 
Geográfica)
� Primeiros programas comerciais de CAD
(projeto assistido por computador), base 
para os primeiros sistemas de cartografia 
automatizada.
Geoprocessamento - Histórico
11
� Anos 70:
� Desenvolvimento de alguns fundamentos 
matemáticos voltados para a cartografia.
� Devido aos custos e ao fato desses sistemas 
ainda utilizarem exclusivamente apenas 
computadores de grande porte, somente 
grandes organizações tinham acesso à
tecnologia.
Geoprocessamento - Histórico
12
� Anos 80:
� Representa o momento quando a tecnologia de sistemas de informação geográfica inicia um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje. Até então limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa específica sobre o tema.
Geoprocessamento - Histórico
13
� Anos 80:
� Os SIG se beneficiaram grandemente da massificação causada pelos avanços da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o assunto.
Geoprocessamento - Histórico
14
� A introdução do geoprocessamento no Brasil 
inicia-se a partir do esforço de divulgação e 
formação de pessoal feito pelo prof. Jorge 
Xavier da Silva (UFRJ), no início dos anos 80. 
� Com vinda de Roger Tomlinson ao Brasil, em 
1982, responsável pela criação do primeiro SIG 
(Canadian Geographical Information System), 
incentivou o aparecimento de vários grupos 
interessados em desenvolver tecnologia.
Geoprocessamento - Brasil
15
� Grupos envolvidos no desenvolvimento do 
Geoprocessamento no Brasil:
� UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
� MaxiDATA ( empresa de aerolevantamento –meados de 80).
� CPqD/TELEBRAS (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRÁS - 1990).
� INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial -1984)
Geoprocessamento - Brasil
16
Geoprocessamento
� Pode-se considerar o geoprocessamentocomo uma área de conhecimento que envolve disciplinas como:
� Cartografia, Computação, Geografia e Estatística.
� As técnicas de geoprocessamento mais utilizadas são: 
� Sensoriamento remoto, 
� Cartografia digital,
� Estatística espacial,
� Sistemas de Informações Geográficas.
17
Sistema de Informação Geográfica
� SIG - São sistemas de computador usados para capturar, armazenar, gerenciar, analisar e apresentar informações geográficas.
� A utilização de SIG possibilita realizar análises espaciais complexas, integração de dados de diversas fontes, manipulação de grande volume de dados e recuperação rápida de informações armazenadas.
18
Sistema de Informação Geográfica
� Existem três maneiras de utilizar um 
SIG:
� Como ferramenta para produção de 
mapas - geração e visualização de dados 
espaciais;
� Como suporte para análise espacial de 
fenômenos - Combinação de informações 
espaciais;
� Como um banco de dados geográficos -
com funções de armazenamento e 
recuperação de informação espacial.
19
SIG – Produção de Mapas
Caminhos da difusão do cólera no estado do Amazonas de 1992 a 1995
20
SIG – Análise Espacial
21
SIG – Banco de dados
22
Componentes de um SIG
� Hardware - Componentes físicos do sistema: CPU e periféricos de entrada e saída das informações (mesa digitalizadora, scanner, plotter, teclado, etc).
� Software - Programas (ambientes computacionais) envolvendo dados geo-referenciados. Ex: ArcInfo, ArcView, SPRING, IDRISI, MapInfo.
� Peopleware – dividido em dois grupos: 
� analistas e programadores; e
� usuários finais.
� Base de Dados - Arquivos onde os dados são armazenados e inter-relacionados.
23
Estrutura de um SIG
� Aquisição de dados: captura, importação, validação e edição são procedimentos que envolvem as etapas necessárias à alimentação do sistema.
� Gerenciamento de banco de dados: envolvem o armazenamento dos dados de forma estruturada, de modo a possibilitar e facilitar a realização de análises. A forma como os dados são estruturados écrucial para o sistema, pois dela dependem os tipos de análises que poderão ser realizados. entre outros.
24
Estrutura de um SIG
� Visualização e apresentação cartográfica: um 
SIG necessita ter agilidade para utilizar as diversas 
camadas de dados e exibir este resultado através de 
mapas de síntese com boa qualidade gráfica. 
� Consulta e análise: uma função que pode ser 
considerada como a principal de um SIG é a de 
análise, pois possibilita operações de extração e 
geração de novas informações sobre o espaço 
geográfico, a partir de critérios especificados pelo 
próprio usuário. 
25
SIG – Tipos de Dados
� Existem dois principais tipos de dados num SIG:
� Cartográficos consistem em informação de mapas armazenadas numa forma digital. São as características geográficas descritas num mapa (pontos, linhas e polígonos). 
� Dados não gráficos consistem em informações descritivas sobre características dos dados cartográficos armazenadas numa base de dados (nome do proprietário de um terreno, uso do terreno, área). 
26
SIG – Tipos de dados cartográficos
� Existem três representações de dados cartográficos:
� Pontos: Um ponto representa uma característica para a qual somente se necessita uma localidade geográfica (tal como latitude-longitude).
� Exemplos: lugares de ninhos, de poços, acidentes de tráfego, postes, postos de saúde e etc.
� Linhas: Uma linha é formada por umasérie de pontos conectados. É unidimensional, possuindo comprimento mas não largura. 
� Exemplos: riachos, estradas, rastos de animais e etc.
27
SIG – Tipos de dados cartográficos
� Polígonos: Um polígono é uma área cercada por linhas. É bidimensional; a área compreendida num polígono possui comprimento e largura.
� Exemplos: áreas com tipo de solo comum, 
regiões para venda de madeira, pantanais, 
áreas de proteção ambiental e etc. 
28
29
30
SIG – Tipos de dados não gráficos
� Dados não gráficos
31
SIG – Tipos de dados não gráficos
� Tem as propriedades de qualquer banco de dados 
tabular, com variáveis dispostas nas colunas (cujos 
nomes funcionam como chave de identificação do 
conteúdo das células) e registros de dados 
dispostos nas linhas.
� Cada arquivo cartográfico no SIG possui um banco 
de dados (conjunto de dados não gráficos) 
relacionado a cada objeto geográfico, sendo que sua 
ligação é invisível para o usuário, mas 
extremamente importante para as análises a serem 
feitas.
32
SIG – Tipos de dados não gráficos
� As variáveis (atributos) podem ser classificadas em:
� Alfanuméricas (onde o conteúdo pode ser digitado em forma de números e caracteres); 
� Numéricas (quando são restritas ao formato de números) e;
� Datas. 
� Esta classificação é de fundamental importância para as análises em SIG, e o analista precisa ter em mente a composição dos dados para o melhor aproveitamento. 
� Uma variável, normalmente a de identificação (ID), deve ser especificada como geocódigo, servindo para a ligação com o arquivo dos objetos geográficos.
33
SIG – Integração de dados
� A integração entre dados cartográficos e dados não gráficos em ambiente SIG, se dá através de um código de ligação, chamado de geocódigo.
� Esse código proporciona uma organização interna para que todos os dados sejam acessados de forma fácil e ágil. 
� Este mecanismo de organização permite a análise dos dados através de diversas metodologias, como operações que envolvem apenas o espaço – proximidade e tamanho, e as relacionadas à modelagem estatística do espaço com seus dados.
34
SIG - Formas de Aquisição de Dados
� A aquisição de dados digitais para a construção de um SIG pode ser efetuada através de diversas metodologias, como:
� Digitalização de dados, através de mesa digitalizadora ou scanner;
� Sensoriamento remoto utilizando imagens de satélite ou aerolevantamentos;
� Levantamento de campo utilizando técnicas de topografia ou aparelhos receptores de Sistemas de Posicionamento Global (GPS).
35
SIG - Aplicações
� Áreas de maior aplicação de SIG
� Saúde Pública;
� Administração Municipal, Estadual e Federal;
� Concessionárias de Água, Energia e Telefonia;
� Meio Ambiente, Área Florestal e Agrícola;
� Planejamento de Vendas;
� Roteamento de Veículos;
Qualquer setor que trabalhe com informações que possam ser relacionadas a pontos específicos do território pode, em princípio, valer-se de ferramentas de geoprocessamento.
36
SIG - Aplicações
� Ordenamento e gestão do território:
� Constituição de uma base cartográfica geoprocessada que servirá às demais aplicações setoriais, que reproduza a configuração do território do município, identificando logradouros, lotes e glebas, edificações, redes de infra-estrutura, propriedades rurais, estradas e acidentes geográficos.
� A base assim constituída é útil para as atividades de planejamento urbano e ordenação do uso do solo, inclusive para processos de revisão da legislação.
37
SIG - Aplicações
� Localização de equipamentos e serviços 
públicos:
� A partir de uma base cartográfica que inclua informações sócio-econômicas e sobre equipamentos públicos é possível identificar áreas com maior nível de carência e os melhores locais para instalação de equipamentos e serviços públicos. 
� Estas decisões podem ser tomadas com base em critérios de necessidade e de acessibilidade aos locais.
38
SIG - Aplicações
� Identificação de público-alvo de políticas públicas: 
� À medida que se possua uma base de dados que incorpore dados sócio-econômicos, é possível utilizá-la para desenhar políticas públicas. dispondo-se, por exemplo, de informações sobre crianças residentes no município e a incidência de doenças, épossível desenhar ações de saúde específicas para micro-regiões da cidade. Ou, cruzando-se os dados sobre renda das famílias e desempenho escolar, pode-se identificar o público-alvo para programas de renda mínima ou bolsa escola. 
39
SIG - Aplicações
� Identificação de público-alvo de políticas 
públicas: 
� Identificando-se as áreas da cidade com maior concentração de idosos pode-se definir áreas prioritárias para programas de atendimento domiciliar à saúde ou áreas com carências especiais de saúde que possam ser atendidas por programas de médico de família.
40
SIG - Aplicações
� Gestão ambiental:
� O geoprocessamento é útil para monitorar áreas com maior necessidade de proteção ambiental, acompanhar a evolução da poluição da água e do ar, níveis de erosão do solo, disposição irregular de resíduos e para o gerenciamento dos serviços de limpeza pública (acompanhando por área da cidade o volume de resíduos coletado e para análise de roteiros de coleta).
41
SIG - Aplicações
� Gerenciamento do sistema de 
transportes: 
� A base cartográfica é indispensável para a gestão do sistema de transportes do município. Sua informatização através de recursos de geoprocessamento pode ampliar a qualidade e a velocidade das decisões tomadas. É possível, por exemplo, realizar estudos de demanda do transporte coletivo ou de carregamento de vias, identificar pontos críticos de acidentes e vias com mais necessidade de manutenção.
42
SIG - Aplicações
� Mapas temáticos
43
SIG - Aplicações
� Mapas cadastrais
44
SIG - Aplicações
� Mapas de redes
45
SIG - Aplicações
� Mapas numéricos
46
Mapa quantitativo - Taxa de ocorrência de óbitos por acidente de trânsito nos bairros do Rio de Janeiro.
47
SIG - Limitações
� Custos
� Hardware
� Software
� Peopleware
� Mão-de-Obra qualificada – desde o operador técnico do sistema até a equipe multidisciplinar que utilizará dos recursos oferecidos para o planejamento e a gestão do espaço urbano.
48
SIG - Softwares
� Processamento Digital de Imagens:
� ENVI
� IDRISI
� ERDAS
� SPRING
� Sistema de Informações Geográficas:
� ARCGIS
� ARCVIEW
� ARCINFO
� SPRING;
� TERRA VIEW
49
SIG - Softwares ArcInfo e ArcView
� Foram desenvolvidos nas décadas de 80 e 90 respectivamente, pela ESRI (Environmental SystemsResearch Institute).
� Atualmente, são os SIG’s mais utilizados em funções de Geoprocessamento, envolvendo análises ambientais, urbanas e sociais;
� O sistema ArcInfo é utilizado, principalmente, na elaboração de dados geográficos de origem primária e secundária, etapas onde se exige maior gama de recursos (entrada de dados, conversão, integração/cruzamento e análise das informações).
50
SIG - Softwares ArcInfo e ArcView
� Foram desenvolvidos nas décadas de 80 e 90 respectivamente, pela ESRI (Environmental Systems Research Institute).
� Atualmente, são os SIG’s mais utilizados em funções de Geoprocessamento, envolvendo análises ambientais, urbanas e sociais;
� O sistema ArcInfo é utilizado, principalmente, na elaboração de dados geográficos de origem primária e secundária, etapas onde se exige maior gama de recursos (entrada de dados, conversão, integração/cruzamento e análise das informações).
� O ArcView é mais utilizado para elaboração Layouts para impressão, também executa funções de geoprocessamento, com algumas limitações;
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
Segundo Pitágoras (6 séc. A.C.) e Aristóteles (4 séc. A.C.) definiram a terra como esférica. Newton (séc XVII) considerou-a elipsoidal. Gauss (séc XVIII)cloncluiu que a melhor forma seria a Geoidal. Tendo a concepção da terra plana como esférica oferecem aproximações aceitáveis para determinados fins. Dentro dos limites da topografia, por exemplo, a terra é considerada plana e, por outro lado, para muitos cálculos astronômicos, a terra é considerada uma esfera.Para os geodesistas, interessados na medida precisa de longas distâncias, a terra é vista sob a forma real (Figura irregular), porém não apropriada para cálculos matemáticos, assim buscou-se a forma que melhor se aproximasse da terra.
Ciência
Formas Dimensões
Terra
O QUE É A GEODÉSIA 
Geóide
Após a evolução tecnológica Não é perfeitamente redonda nem 
elipsóidica
Elipsóide irregular Geóide
• Qualquer representação da Terra, deve 
levar em consideração uma superfície 
geometricamente homogênea;
• Isto é impraticável sobre um geóide, razão 
pela qual o elipsóide é considerado a figura 
mais próxima da forma da Terra e, portanto, 
a forma de referência utilizada pelos 
cartógrafos na elaboração de bases 
cartográficas.
Forma da Terra
A forma e tamanho de um elipsóide bem como sua posiçãorelativa ao geóide definem um sistema geodésico (também
designado por datum geodésico).
A importância do datum prende-se com a necessidade de projetar um corpo curvo e as três dimensões (a Terra), num plano a duas dimensões, mantendo no entanto os cruzamentos em ângulo retos dos meridianos e paralelos (o mapa)
Considera-se que o geóide representa melhor a superfície real do planeta 
Terra, por ter significado físico. No entanto, não é modelável 
matematicamente e não é aplicável ao sistema GPS. 
As superfícies de referência fornecem as condições para que sejam 
estabelecidos os sistemas de referência (datuns). Estes podem ser 
verticais e horizontais. 
O datum vertical (altimétrico) brasileiro oficialmente adotado é o Marégrafo
de Imbituba, localizado na cidade de mesmo nome em Santa Catarina. 
Com relação aos datuns horizontais, nosso país está atualmente numa 
fase de transição entre o SAD/69 e o SIRGAS (na sequência, os dois serão 
melhor definidos). No entanto, temos ainda muitas bases cartográficas no 
Datum Córrego Alegre e algumas no Datum Astro Chuá. Por conta disso, 
faremos uma breve descrição de cada um deles a seguir.
Datum Córrego Alegre 
Este datum foi oficialmente adotado pelo Brasil no período 
compreendido entre as décadas de 1950 e 1970. Na definição deste 
sistema adotou-se como superfície de referência o Elipsóide 
Internacional de Hayford de 1924, com semi-eixo maior a = 6.378.388 
m, semi-eixo menor b = 6.366.991,95 m e achatamento f = 
1/297000745015 (IBGE, on line). 
Neste datum o ponto de origem é o vértice Córrego Alegre, no qual o 
posicionamento e a orientação do elipsóide de referência foram feitos 
astronomicamente.
Astro Datum Chuá
No período entre o final da utilização do datum Córrego Alegre e o início 
do uso do SAD 69, foi adotado um sistema de referência provisório 
denominado Astro Datum Chuá, no qual foram editadas algumas cartas 
topográficas. Este sistema tinha como ponto de origem o vértice Chuá e 
como elipsóide de referência o Hayford. O mesmo foi estabelecido com o 
propósito de ser um ensaio ou referência para a definição do SAD 69. 
Suas características básicas são semi-eixo maior a = 6.378.388 m, semi-
eixo menor b = 6.378.160 m e achatamento f = 1/297000 (IBGE, on line)
Datum Sul Americano de 1969 (South American Datum - SAD 69) 
O datum sul americano foi desenvolvido para ser um sistema de 
referência único para a América do Sul. Na definição do sistema 
adotou-se como modelo geométrico da Terra o Elipsóide de 
Referência Internacional de 1967, recomendado pela Associação 
Internacional de Geodésia (International Association of Geodesy -
IAG), com semi-eixo maior a = 6.378.160,000 m, com semi-eixo 
menor b = 6.356.774,72 m e com achatamento (1/298,247167427) 
aproximado para o valor f = 1/298,25. Este é o sistema de referência 
adotado atualmente no Brasil. No entanto, o mesmo deverá ser 
substituído pelo SIRGAS até o ano de 2015.
Sistema de Referência Geocêntrico para a América do Sul -SIRGAS 
O SIRGAS foi criado na Conferência Internacional para Definição de um Datum Geocêntrico para a América do Sul, realizada em outubro de 1993 em Assunção, Paraguai, que teve como objetivos (IBGE, on line): a) definir um sistema de referência geocêntrico para a América do Sul; b) estabelecer e manter uma rede de referência, e c) definir e estabelecer um datum geocêntrico. 
WGS 84 (World Geodetic System 1984) 
Devido à utilização crescente do GPS, o datum por ele utilizado também 
passou a ser estudado e considerado no Brasil. Este usa como elipsóide 
de referência o GRS80 (Geodetic Reference System 1980) e tem como 
características básicas o semi-eixo maior a = 6.378.137, o semi-eixo 
menor b = 6.356.752,31425 com um fator de achatamento = 
1/298,25722356. 
Transformações entre sistemas de referência 
Muitas vezes nos deparamos com situações em que necessitamos transformar 
coordenadas de um sistema de referência (datum) para outro. Os parâmetros 
oficiais para a transformação de WGS 84 para SAD 69, são os seguintes: 
Translação em X (∆X) = 66,87 m ± 0,43 m 
Translação em Y (∆Y) = -4,37 m ± 0,44 m 
Translação em Z (∆Z) = 38,52 m ± 0,40 m 
Não existem parâmetros de transformação entre o Sistema Córrego Alegre e o 
WGS 84, devendo ser feita uma transformação intermediária para SAD 69, no 
caso de necessidade. 
Os parâmetros de transformação do Sistema Córrego Alegre para o SAD 69 
são: 
Translação em X (∆X) = -138,70 m 
Translação em Y (∆Y) = 164,40 m 
Translação em Z (∆Z) = 34,40 m 
Os parâmetros de transformação do Sistema SAD 69 para o Astro Chuá são: 
Translação em X (∆X) = 77,00 m 
Translação em Y (∆Y) = -239,00 m 
Translação em Z (∆Z) = -5 m
Sistema de Coordenadas
Os sistemas de coordenadas são necessários para expressar a posição de 
pontos sobre uma superfície. O sistema de coordenadas permite descrever 
geometricamente a superfície terrestre em levantamentos. 
Para o elipsóide, ou esfera, usualmente emprega-se um sistema de coordenadas 
esférico (paralelos e meridianos) e para o plano, um sistema de coordenadas 
cartesianas X e Y.
Os sistemas de coordenadas são gerados a partir dos sistemas de referência, e estes a partir da figura de um elipsóide. As coordenadas permitem a localização precisa de pontos sobre a superfície da Terra. O geoprocessamento, a partir do uso dos SIGs permite a utilização de diversos sistemas de coordenadas. No Brasil, os dois sistemas oficialmente adotados são o de coordenadas geográficas, baseado em coordenadas geodésicas e o UTM, baseado em coordenadas plano-retangulares. 
Coordenadas Geográficas (Geodésicas)
As coordenadas geográficas de um mapa são resultado da aplicação 
de um sistema sexagesimal, com origens sobre o meridiano de 
Greenwich e sobre o Equador. Os valores dos pontos são expressos
pela sua latitude e por sua longitude. As unidades de representação 
destes valores são o grau, minuto e segundo, acompanhados da 
informação do hemisfério onde se encontram: norte ou sul para a 
latitude e leste ou oeste para longitude. Além disso, deve-se usar sinal 
positivo (para N e E) ou negativo (para W e S). Neste caso, quando a 
latitude está localizada ao sul do equador, seu sinal é negativo. Da 
mesma forma, quando a longitude está localizada a oeste de 
Greenwich, seu sinal também é negativo.
� LATITUDE: 0°(Equador) a 90° em direção Norte e Sul.
� LONGITUDE: 0° a 180°para Leste e Oeste a partir do meridiano de Greenwich, estabelecido como meridiano de referência. 
� Por convenção, latitudes no hemisfério norte são 
consideradas positivas (52°N ou 52°) e latitudes do 
hemisfério sul negativas (30°S ou -30°). 
� As longitudes tem valor positivo para leste(37°E ou 37°) e negativo para oeste (137°W ou -
137°). 
Latitude: + (N)
Longitude: - (W)
Latitude: - (S)
Longitude: - (W)
Latitude: - (S)
Longitude: + (E)
Latitude: + (N)
Longitude: + (E)
EQUADOR
M
E
R
I
D
I
A
N
O
 
D
E
 
M
E
R
I
D
I
A
N
O
 
D
E
 
G
R
E
E
N
W
I
C
H
G
R
E
E
N
W
I
C
H
Sistema de Coordenadas
Sistema de Coordenadas
Coordenadas UTM
As coordenadas UTM (Universal Transversa de Mercator) são amplamente 
utilizadas em trabalhos de geoprocessamento, devido às suas características de 
adotar paralelos e meridianos retos e eqüidistantes. A representação das 
coordenadas em valores métricos é outro aspecto que facilita a interpretação das 
informações, e seu uso. Neste sistema, a Terra, representada por um elipsóide de 
revolução, foi dividida em sessenta fusos de 6º de longitude, numerados de 1 a 60, 
com origem no antimeridiano de Greenwich, em sentido anti-horário para um 
observador situado no polo norte. 
As coordenadas leste-oeste são determinadas a partir do meridiano central de cada 
fuso, iniciando com o valor 500.000 metros no fuso central, reduzindo no sentido 
oeste e aumentando para leste. Neste caso, sempre que adotarmos este sistema de 
coordenadas, devemos levar em consideração o fuso em que estamos trabalhando 
e informá-lo nos resultados obtidos. A Figura 1 apresenta a distribuição dos fusos 
UTM no Brasil. 
Com relação à latitude a divisão consiste em zonas de quatro graus, identificadas 
com as letras do alfabeto, iniciando com a letra A no equador, aumentando para o 
Sul. O valor das coordenadas norte-sul começa a ser contado em 10.000.000 de 
metros no equador, diminuindo para o Sul.
Figura 1 - Fusos UTM para o Brasil. Fonte: AGUIRRE (1997). In: Becker et al, 1998. 
SISTEMA DE COORDENADAS UTM
(UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR)
As coordenadas UTM (ou coordenadas plano-retangulares) estão 
estruturadas da seguinte forma:
Longitude: fusos variando de 1 a 60o, começando a contar do 
antimeridiano de Greenwich (-180º) (sentido oeste leste).
- variação para cada fuso: de 6 em 6°.
- Meridiano Central de cada fuso: de 3 em 3°.
Latitude: se extende de 80°Sul a 84°Norte variando de 4 em 4°(partindo 
do Equador,
com letras de A a Z, para Norte ou para o Sul)
CONCEITOS BÁSICOS
MAPADefinição Simples: Representação dos aspetos geográficos -naturais ou artificiais da Terra destinada a fins culturais, ilustrativos ou científicos.
O mapa, portanto, pode ou não ter caráter científico especializado e éfrequentemente, construído em escala pequena, cobrindo um território mais ou menos extenso.
CARTADefinição Simples: Representação precisa da Terra, permitindo a medição de distâncias, direções e a localização de pontos.
Assim, a carta é comumente considerada como uma representação similar ao mapa, mas de caráter especializado construído com uma finalidade específica e geralmente em escala média ou grande; De 1:1.000.000 ou maior.
CARTOGRAFIA
A escala de um mapa é a relação constante que existe entre as distâncias lineares medidas sobre o mapa e as distâncias lineares correspondentes, medidas sobre o terreno. As escalas podem ser:
1- Numéricas: normalmente expressa por uma fração cujo numerados é a medida no
mapa e o denominador é a medida correspondente no terreno, mantendo-se a mesmaunidade. A escala de um mapa será, portanto, tanto menor quanto maior o denominador da
referida fração ou vice versa. Para calcular a escala basta dividir ambos os termos da fração pelo numerador.
Assim , a escala 1:25000 significa que:- 1 m na carta corresponde a 25.000m (25 km) no terreno;
-1 cm na carta corresponde a 25.000 cm (250 m) no terreno;
2- Gráfica: A escala gráfica é um ábaco formado por uma linha graduada, divididaem partes iguais, cada uma delas representando a unidade de comprimento escolhida para o
terreno ou um dos seus múltiplos. É indispensável nas cópias heliográficas ou xerográficasde mapas, devido as deformações presentes nestes métodos de reprodução.
Escala
As convenções cartográficas abrangem símbolos que, atendendo às exigências da técnica, 
do desenho e da reprodução fotográfica, representam, de modo mais expressivo, os 
diversos acidentes do terreno e objetos topográficos em geral. Permitem ressaltar esses 
acidentes no terreno, de maneira proporcional à sua importância principalmente sob o ponto 
de vista das aplicações da carta. A carta tem por objetivo representação de duas 
dimensões o plano e a altitude, desta forma os símbolos e cores convencionais são de 
duas ordens: Planimétricos e Altimétricos.
PLANIMÉTRICOS: divididos em duas partes físicos ou naturais e culturais ou artificiais.
� Hidrografia – associa-se a símbolos que caracterizem água, sempre com a cor azul.
� Vegetação – para representar cobertura vegetal do solo, utiliza-se várias tonalidade da cor verde.
� Unidades Políticos-Administrativas – representadas por meio de linhas convencionais (limites).
� Localidades – representadas, conforme a quantidade de habitantes em números absolutos.
� Linhas de Comunicação – resumem-se à linhas telegráficas, telefônicas e de energia elétrica.
� Linhas de Limite – importante em cartas topográficas, depende da escala para representação das 
divisas.
� Áreas Especiais – áreas definidas por órgão públicos ou privado, com objetivos de manutenção e 
preservação.
Ex: parques, reservas, monumentos, terra indígenas, etc.
� Sistema Viário – rodovias são representadas por traços e/ou cores, classificadas de acordo com 
tráfego e pavimentação, nas ferrovias a classificação e de acordo com à bitola.
ALTIMÉTRICOS: representada pela cor sépia. O relevo pode ser representado das 
maneiras; curvas de nível, perfis topográficos, relevo sombreado, cores isométricas, etc. As 
cartas topográficas apresentam pontos de controle vertical e horizontal, cotas comprovadas 
ou não comprovadas entre outros.
MÉTODOS PARA OBTENÇÃO DE UMA BASE CARTOGRÁFICA
A determinação da utilização de um método ou outro depende :
1. Da extensão da área a ser mapeada;2. Do objetivo do mapa;3. Dos recursos financeiros disponíveis para contratá-los.
Os métodos mais empregados na obtenção de mapas podem ser classificados de um a maneira geral como:
1. Levantamentos terrestres;2. Sensoriamento remoto;3. Levantamentos aéreos4. Digitalização.
Levantamento terrestre
São aqueles conduzidos sobre a superfície terrestre, ou seja, a estação de observação e os métodos utilizados são terrestres.Para a realização destes levantamentos, e dependendo da precisão que se deseja atingir, faz-se uso de equipamentos tipo teodolitos e/ou níveis (convencionais ou eletrônicos), estações totais, distanciômetros e GPS (Global Position System).
Sensoriamento Remoto
Métodos que utilizam tecnologias que detectam e avaliam os objetos sem o contato humano direto.Os levantamentos que se utilizam desta tecnologia são os aerofotogramétricos e os orbitais.
Levantamentos AerofotogramétricosO processo está baseado na coleta de informações a partir de câmaras fotográficas especiais, instaladas a bordo de aeronaves. Estes levantamentos envolvem as seguintes etapas:
Recobrimento AerofotogramétricoO planejamento da cobertura fotográfica de uma região depende inicialmente da finalidade do projeto a ser executado, sendo que a sua realização estásujeita a uma série de limitações devido às condições atmosféricas: bruma, nuvens, altura do sol e outras.O sucesso de um projeto depende da boa qualidade das fotografias tomadas, bem como, da adequação aos demais recursos disponíveis.A cobertura fotográfica de um a região deve ser realizada de modo que a área de superposição longitudinal, ou entre fotos consecutivas, não seja inferior a 50%, assegurando a visão tridimensional da área. Comumente,estabelece-se 60% de superposição longitudinal e 30% de superposição lateral ou enterfaixas, para garantir o recobrimento total da região e obter estereoscopia. Para o caso das ortofotocartas, o recobrimento longitudinal deve ser de 80%.
O Processamento das Imagens
Os filmes são levados ao laboratório fotográfico para a revelação, copiagem das fotos alternadas e montagem das faixas de vôo para análise e verificação da necessidade ou não de revôos de falhas.
Fotografias AéreasAs fotografias aéreas são bastante empregadas em trabalhos de fotointerpretação e atualização de cartas topográficas já existentes, podendo ser utilizada em combinação com as cartas ou, em casos específicos, substituindo-as.Num mapeamento aerofotogramétrico há uma seleção dos elementos do terreno que serão representados na carta, pois, representar todos os detalhes iria sobrecarregá-las prejudicando sua interpretação. As fotografias aéreas se constituem num riquíssimo armazém de informações cartográficas, geográficas, geológicas, etc., pois são a representação fiel do terreno por elas registrado.As fotografias aéreas mais em pregadas em mapeamento são as verticais, tomadas com o eixo ótico da câmara perpendicular ao terreno, possuem uma escala média quase constante em toda a sua extensão.
Fotointerpretação e fotoidentificação
Através de exames sistemáticos das imagens, os elementos são identificados nas suas categorias :Natureza;Limites e relações com o meio;Análise qualitativa e quantitativa
A fotointerpretação se desenvolve em duas fases:1. Na constatação com identificação de sinais conhecidos e traduzidos de objetos diretamente visíveis;2. Na detecção dos objetos e suas relações através de análise metódica e sistemática.Na fotointerpretação, o mais importante em relação aos trabalhos cartográficos nem sempre é a identificação de detalhes isolados do terreno, m as sim, a procura de estruturas e seu relacionamento.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE 
FOTOGRAFIAS AÉREAS
Fundamentos de Fotogrametria
Fotointerpretação
Medições sobre fotos
Fundamentos de Fotogrametria
� Fotogrametria é a ciência de obter medidas dignas de confiança por meio de fotografias.
� As fotografias aéreas, resultantes de levantamentos fotogramétricos, antes de serem retificadas, não podem ser consideradas como cartas/mapas, pois são perspectivas cônicas ... 
� A escala nominal de uma foto é uma escala aproximada.
� A escala real varia em função da altura de vôo (h) que vai alterando em função do relevo da superfície imageada. 
Escalas do vôo/levantamento...
� As escalas usuais de levantamentos 
aerofotogramétricos são: 1:8.000 
para áreas urbanizadas e 1:25.000 
para as demais áreas.
� Essas escalas foram definidas em 
função das possibilidades máximas 
de ampliação (4 X), resultando assim 
em bases para fotos ampliadas e 
cartas/mapas nas escalas 1:2.000 e 
1:10.000.
Retificação fotogramétrica ⇒ Restituição 
cartográfica
� As fotografias aéreas podem ser retificadas 
(transformadas em projeções ortogonais) e 
transformadas em cartas planialtimétricas, 
através do processo de restituição...
� Essas cartas podem ser no formato de:
� ortofotocartas (mosaicos de fotos retificadas com sobreposição de dados vetoriais e toponímias) ou 
� cartas vetoriais (pontos, linhas, áreas, toponímias). 
Tomada das fotos
� As fotografias aéreas podem ser verticais 
ou oblíquas, em função da posição da 
tomada das fotos. 
� As fotos mais usadas são as verticais 
(ângulo normal = 90°) com abertura de 
imagem de 75° a 100°.
lentes
Faixas de vôo
FAIXA 1
FAIXA 3
FAIXA 2
Foto aérea do Pântano do Sul – 05/1994 ... 
Recobrimentos 
� 60 % longitudinal e 30% lateral
Foto3 Foto1Foto2
Recob. Long. 60%
Recob. Lateral 30%
Recobrimentos Longitudinal e Lateral
O Recobrimento Longitudinal de uma fotografia aérea geralmente é
planejado para prover aproximadamente 60% de superposição entre 
fotografias. Isto permite a obtenção da estereoscopia (3D) quando as 
duas fotografias são usadas em um estereoscópio. A superposição 
entre faixas de vôo varia de 20% a 40% e é chamado de 
Recobrimento Lateral.
Para coberturas não-estereoscópicas, geralmente usadas em vôos 
de reconhecimento, o Recobrimento Longitudinal pode ser de apenas 
20% garantindo apenas a cobertura fotográfica da área de interesse.
Pares Estereoscópicos
Esses pares de fotografias permitem usar a 
técnica da estereoscopia para visualizar o 
terreno em 3 dimensões.
Estereoscopia
Imagem estereoscópica é o resultado da superposição longitudinal entre 
duas aerofotos consecutivas. A superposição conhecida como 
Recobrimento Longitudinal é o percentual que uma determinada fotografia 
superpõe em relação a uma fotografia consecutiva em uma faixa de vôo.
Para visualizar a imagem em 3D, aproxime-se do monitor. Faça com que os 
raios óticos de seus olhos focalizem cada uma das imagens separadamente
(Imagem esquerda para o olho esquerdo e Imagem direita para o olho 
direito). Afaste-se lentamente sem perder o paralelismo dos eixos óticos e 
aguarde a acomodação da imagem. Após algumas tentativas, a visão
tridimensional é obtida.
Fotointerpretação
a) Etapas
b) Elementos de reconhecimento
a) Etapas da fotointerpretação
1/2
� Fotoleitura: Reconhecimento (ver item b) e identificação da natureza dos elementos imageados na foto.
� Delineação: agrupamento dos elementos através da definição da chave de interpretação (que levaráposteriormente a definição da legenda).
� Dedução dos significados (análise)
a) Etapas da fotointerpretação
2/2
� Classificação: estabelece uma 
“identidade” as superfícies ou objetos 
delineados, incluindo:
� a descrição da superfície delineada pela análise;
� sua organização em um sistema (tema) apropriado para uso nas investigações de campo, sempre que necessárias;
� a codificação (legenda) necessária para expressar esse sistema.
� Apresentação formal dos resultados: 
� na sua forma gráfica (mapa temático) 
� por um relatório (na forma de um texto), visando sua utilizaçãopor diferentes pessoas, para diferentes objetivos e em diferentes tempos. 
b) Elementos de 
reconhecimento 
� Tonalidade : Numa foto Preto & Branco (P&B) a tonalidade varia completamente do branco ao preto, passando pelas nuances de cinza, resultado das diferentes intensidades de reflexão à luz solar.
� Forma : ... um vulcão aparece como um círculo menor dentro de um maior, 
� Padrão: ... os aspectos retilíneos e exagerado das cidades, ou uma rede de drenagem formada por rios e córregos.
� Textura: ... a textura rugosa do conjunto de árvores, que nos permite identificar a floresta. 
� Tamanho: O tamanho do objeto real é a função do seu tamanho na fotografia aérea dependendo exclusivamente da escala.
Imagem Lima/PE em nov/2008 p/Dora ORTH
Medições sobre fotos
a) Medida de Distâncias: A medida 
de distâncias sobre fotos em estado 
bruto (não corrigidas) só pode ser 
feita por pequenos setores dentro 
do retângulo útil, após verificar a 
escala real neste trecho. 
Confiabilidade das medições
� Mesmo que a precisão não seja 
igual a medidas feitas em uma 
carta, tem-se em compensação a 
imagem de tudo que é visível sobre 
uma foto.
� Em uma foto não existem erros de 
imagem, apenas deslocamentos e 
distorções que vão aumentando do 
centro da foto em direção as 
laterais. 
b) Medidas de alturas: pela paralaxe ou 
pela sombra
b.1) Calculo das alturas usando a paralaxe: Na fotografia aérea, existe somente um raio de luz perpendicular a superfície, que é o raio que passa pelo ponto central da foto (ou ponto nadir: vertical em direção ao centro da Terra). 
� No ponto central da foto(P), os elementos tridimensionais aparecem como um único ponto na fotografia. Qualquer outro ponto afastado que tenha uma dimensão vertical (altura),aparecerá com o topo deslocado em relação à base. 
� Os deslocamentos devidos ao relevo ou alturas são radiais a partir do ponto nadir, sendo este deslocamento chamado de paralaxe ... principal elemento para cálculo de medidas de alturas em fotos. 
b.2) Cálculo de alturas usando a sombra dos objetos imageados...
c) Estimativas sobre fotos 
aéreas
� Áreas: delimita-se uma superfície (quadra, área homogênea, setor); determina-se a escala média nessa superfície; calcula-se a área . Se a foto não for corrigida, o resultado será aproximado.
� População: conta-se o número de unidades habitacionais e multiplica-se pelo número médio de habitantes por unidade utilizado pelo IBGE. 
� Quando trata-se de uma zona de prédios de apartamentos, deve-se identificar grupos de prédios similares e fazer entrevistas no local com os porteiros sobre o número de unidades por andar e o número de andares residenciais. 
� Fazer distinção com as unidades especiais como kitinetes, ...
� Densidades: população versus área; edificações versus área; vegetação versus área, ...
TIPOS DE FILMES AÉREOS
Os atributos necessários para escolha de um filme são basicamente impostos 
pela qualidade de imagem desejada e pela finalidade da Cobertura Aerofotogramétrica.
�Preto & branco
O filme aéreo Preto & Branco (P&B) é mais usado nas fotografias aéreas pelo 
seu custo relativamente baixo e pela sua resposta espectral ser bem próxima do espectro 
visível pelo olho humano. Desta maneira, o usuário da fotografia aérea distingue 
pequenas variações de tons de cinza.
Isto permite a interpretação fácil de elementos naturais ou feitos pelo homem. 
Sua principal desvantagem é que mesmo com o uso de filtros apropriados (filtro amarelo 
ou menos azul), continua sensível à bruma atmosférica o que reduz o contraste da 
imagem.
Colorido
Os filmes coloridos ou de cores naturais são filmes que apresentam 
uma riqueza muito grande detalhes devido à apresentação de elementos em 
sua cor real. Isto facilita a interpretação de objetos e cenas uma vez que muitos 
elementos do mundo real são mais facilmente identificados quando agrupam o 
atributo cor.
Um exemplo disto são as massas de água (lagos, lagoas) que apesar 
de serem bem caracterizados pela sua forma, possuem uma resposta espectral 
variando do branco até o preto nos filmes pancromáticos (P&B) enquanto que 
nos filmes coloridos a sua identificação é muito facilitada pela sua resposta 
espectral na imagem.
Em contra-partida, os filmes coloridos possuem muito mais 
sensibilidade aos fenômenos atmosféricos como bruma, névoa, poluição do 
que o filme P&B. Até mesmo a variação de temperatura do instante da tomada 
da foto e o ângulo de inclinação do sol têm efeito sobre a resposta obtida na 
imagem.
� Vantagem: Melhor penetração na névoa atmosférica do que no filme colorido normal, melhor realce das imagens de alguns objetos na fotografia, principalmente com a delineação entre corpos de água e vegetação, diferenciação entre folhosas e coníferas, distinção entre vegetação sadia e estressada.
Infra-vermelho
Desvantagens: é muito sensível ás variações de temperatura eumidade do objeto imageado bem como de seu próprio material, portanto requerendo armazenamento em baixa temperatura e revelação imediata após a exposição para evitar a degradação química de suas diversas camadas. Ele não permite grandes variações no tempo de exposição com o risco de produzir resultados não satisfatórios.
GEOMETRIA DA FOTOGRAFIA AÉREA
EscalaA escala é a característica mais importante e informativa de uma fotografia aérea. Conhecendo a escala de uma fotografia aérea épossível conhecer outras informações de relevância como a área coberta por uma imagem.Calcular a escala de uma fotografia aérea (E) é muito simples desde que sejam conhecidos a altura de vôo (H) no instante da tomada da foto e a distância focal da câmara (f) utilizada para obter a foto.Assim, a relação matemática f/H nos dará a escala da fotografia aérea.
Por exemplo, para uma fotografia aérea obtidacom uma câmara com f=153 mm e uma altura de vôo H=1.224 m, a escala da foto será:
?????
Outra maneira de obter a escala de uma fotografia aérea é a comparação de distância entre pontos escolhidos na foto e identificados em um mapa de escala conhecida.Na realidade, a altura de vôo (H) não é uma constante. Ela varia em todos os pontos da área imageada devido à própria ondulação do terreno. Assim, normalmente adota-se uma alturade vôo média que corresponde à média aritmética da menor e maior alturas de vôo possíveis na área a ser fotografada. Com isso, temos uma variação de escalas para os pontos mais baixos e mais altos do terreno. Esta variação de escala admissível é da ordem de 5 a 10%.
Área coberta por uma fotografia aérea
Conhecendo a escala e as dimensões de uma fotografia aérea é possível avaliar a 
área coberta por esta imagem. A fotografia aérea tem uma dimensão útil de 23 cm 
(L).
1) área de cobertura única
2) área de recobrimento longitudinal (RLo)
3) área de recobrimento lateral (RLa)
L = lado da foto
Usando a escala calculada no exemplo anterior (1/8.000), o lado da foto no
terreno (L) terá a seguinte dimensão:
Assim, a área coberta pela imagem da fotografia aérea seria:
Número de fotografias necessárias para a cobertura de uma área de interesse
Para atender aos requisitos de estereoscopia e outros, uma cobertura 
aérea deve prever a Superposição Longitudinal entre fotos consecutivas 
que geralmente é da ordem de 60%. De maneira semelhante, entre faixas 
de fotos existe uma Superposição Lateral que é da ordem de
30%.
Assim, a área de cobertura única (sem superposição) de uma fotografia 
aérea corresponderia ao produto da dimensão representativa de 40% do 
lado da foto no sentido longitudinal e 70% do lado da foto em no sentido 
lateral.
Para o nosso exemplo, cujo lado da foto no terreno é 1,84 km e a área total 
de uma foto é de 3,4 km2, a área de cobertura única seria:
Portanto, para avaliarmos a quantidade aproximada de fotos necessárias para cobrir uma
área de 100 km2, por exemplo, basta dividir o valor da área de interesse pelo valor da área de
cobertura única da foto:
ESTEREOSCOPIA
Princípios fundamentaisEstereoscopia é o nome dado ao seguinte fenômeno natural: Uma pessoa observa simultaneamente duas fotos de um objeto, tomadas de dois pontos de vista diferentes (distintos).Vendo cada foto com um olho, verá o objeto em três dimensões. Para que isto se viabilize, devem ser cumpridos os seguintes requisitos:
1) no instante da observação os eixos óticos devem estar aproximadamente no mesmo plano.2) a razão B/H deve ser tal que 0,02 < B/H' < 2, onde B é a aerobase e, H', a altura da aeronave, que obteve as fotos.
É oportuno distinguir estereoscopia de visão estereoscópica.
Visão estereoscópica significa visão tridimensional e estereoscopia é um dos processos de obtenção desta visão tridimensional.
O olho humanoO olho humano é a principal condição ou a principal ferramenta para a estereoscopia, pois sem ele não épossível termos noção da terceira dimensão.Para obtenção da visão estereoscópica, através de fotos, é necessário que tenhamos dois olhos e com a mesma capacidade de visão.A visão monocular permite examinar a posição e direção dos objetos, dentro do campo da visão humana, num único plano. Permite reconhecer nos objetos, a forma, as cores e o tamanho.
Noção de profundidadeA sensação de profundidade baseia-se em dois fenômenos: a experiência e a estereoscopia.Experiência: aqui aparecem os exemplos de desenho perspectivo como:1) uma fila de postes. Notamos que a sua altura diminui com o afastamento dos postes.2) olhando uma estrada, as suas margens parecem convergir para um ponto.3) as montanhas distantes apresentam uma cor azulada, enquanto que as próximas apresentam cor verde.
A percepção de profundidade obtida por visão 
estereoscópica é fundamentalem Fotogrametria, pois 
permite a visualização do estereomodelo, formado por 
um par de fotografias com superposição longitudinal. 
Essa percepção de profundidade dá-se o nome de 
Paralaxe.
Método do estereoscópio
Podemos obter a visão tridimensional por estereoscopia, utilizando o instrumento denominado estereoscópio. O estereoscópio elimina a dificuldade criada pelo nosso condicionamento. Essencialmente, ele é constituído de um par de lentes convexas montadas sobre um suporte. A distância focal destas lentes é um pouco maior que as pernas do suporte, de modo que, quando colocamos o par fotográfico sob o instrumento, os raios luminosos emanadosda foto, situadas quase no plano focal das lentes, saem, aproximadamente, paralelos. O cristalino acomodado, para observar a imagem, formada no infinito, obtém a visão tridimensional.
A paralaxe pode ser observada com um simples experimento: alinhe o polegar da mão esquerda com uma bandeirinha e seu nariz, e foque sua visão para o dedo. Você verá abandeirinha como sendo duas, uma para cada olho (feche um olho e abra o outro e em seguida inverta), conforme Figura 1a. Agora convergindo a visão para a bandeirinha, a visão que você terá com os dois olhos abertos émostrada na Figura 1b – o polegar agora é visto como sendo dois.
A paralaxe absoluta de um ponto, portanto, é o deslocamento aparente que este ponto sofre, ao ser fotografado consecutivamente, de posições distintas no espaço.
Existem estereoscópios de espelhos e estereoscópios de bolso.
O estereoscópio de espelhos nos dácondições de analisar uma região maior da fotografia.Isto é importante, na implantação de grandes projetos. Exemplo: na implantação de uma rodovia ou ferrovia, precisamos ter várias opções para depois escolher a melhor. Para tanto, é necessáriover, de uma vez, todas as opções ou, pelo menos, algumas delas. Com o estereoscópio de espelhos épossível usar alguns acessórios como: a barra de paralaxe e o amplificador de detalhes, o qual concentra o campo visual a uma micro-região da foto.
O estereoscópio de bolso amplia mais o relevo do que o de espelho. Além disso, ele tem a vantagem de transporte, pois é pequeno e não exige lugar mais sofisticado para o seu uso. Épossível, levá-lo em trabalhos de campo e obtermos medidas estereoscópicas no campo.
Fatores que afetam a estereoscopia
- orientação do estereomodelo;- capacidade de visão do fotointérprete ou fotogrametrista;- iluminação do ambiente;- diferença notável de escala no estereomodelo;- tonalidade fotográfica uniforme;- mudanças de posições de objetos no intervalo de tempo decorrido, entre duas tomadas de fotografias

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