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Trabalho de Estudo das Religiões 2

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FAEME – FACULDADE EVANGÉLICA DO MEIO NORTE
CURSO:
LICENCIATURA PLENA
EM
CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
MATÉRIA:
HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
Professora: Eunice de Carvalho
Aluno: Augusto César Campos Mendes
TRABALHO
Assunto:
As Dez Principais Religiões Mundiais:
1) Cristianismo
2) Islamismo
3) confucionismo
4) Judaísmo
5) Religiões Indígenas
6) Religiões Africanas
7) Hinduismo
8) Jainismo
9) Budismo
10) Sikhismo
1) - CRISTIANISMO
A doutrina cristã, A história do Messias Jesus Cristo, O livro Sagrado (a Bíblia), Expansão, Festas religiosas, Os Dez Mandamentos.
Introdução
A religião cristã surgiu na região da atual Palestina no século I. Essa região estava sob domínio do Império Romano neste período. Criada por Jesus, espalhou-se rapidamente pelos quatro cantos do mundo, se transformando atualmente na religião mais difundida. Jesus defendia a paz, a harmonia, o respeito um único Deus, o amor entre os homens e era contrário à escravidão. Atualmente, encontramos três ramos do cristianismo: Catolicismo, Protestantismo e Igreja Ortodoxa. 
Doutrina Cristã
De acordo com a fé cristã, Deus mandou ao mundo seu filho para ser o salvador (Messias) dos homens. Este, seria o responsável por divulgar a palavra de Deus entre os homens. Foi perseguido, porém deu sua vida pelos homens. Ressuscitou e foi par o céu. Ofereceu a possibilidade da salvação e da vida eterna após a morte, a todos aqueles que acreditam em Deus e seguem seus mandamentos. A principal idéia, ou mensagem, da religião cristã é a importância do amor divino sobre todas as coisas. Para os cristãos, Deus é uma trindade formada por: Pai (Deus), Filho (Jesus) e o Espírito Santo.
O Messias (Salvador)
Jesus nasceu na cidade de Belém, na região da Judéia. Sua família era muito simples e humilde. Por volta dos 30 anos de idade começa a difundir as idéias do cristianismo na região onde vivia. Em suas peregrinações, começa a realizar milagres e reúne discípulos e apóstolos por onde passa. Perseguido e preso pelos soldados romanos, foi condenado a morte por não reconhecer a autoridade divina do imperador. Aos 33 anos, morreu na cruz e foi sepultado. Ressuscitou no terceiro dia e apareceu aos discípulos dando a eles a missão de continuar os ensinamentos.
Difusão do cristianismo
Os ideais de Jesus espalharam-se rapidamente pela Ásia, Europa e África, principalmente entre a população mais carente, pois eram mensagens de paz, amor e respeito. Os apóstolos se encarregaram de tal tarefa. A religião fez tantos seguidores que no ano de 313, da nossa era, o imperador Constantino concedeu liberdade de culto. No ano de 392, o cristianismo é transformado na religião oficial do Império Romano. Na época das grandes navegações (séculos XV e XVI), a religião chega até a América através dos padres jesuítas, cuja missão era catequizar os indígenas. 
A Bíblia
O livro sagrado dos cristãos pode ser dividido em duas partes: Antigo e Novo Testamento. A primeira parte conta a criação do mundo, a história, as tradições judaicas, as leis, a vida dos profetas e a vinda do Messias. No Novo Testamento, escrito após a morte de Jesus,  fala sobre a vida do Messias, principalmente. 
Principais festas religiosas
Natal: celebra o nascimento de Jesus Cristo (comemorado todo 25 de dezembro).
Páscoa : celebra a ressurreição de Cristo.
Pentecostes: celebra os 50 dias após a Páscoa e recorda a descida e a unção do Espírito Santo aos apóstolos.
Os Dez Mandamentos
De acordo com o cristianismo, Moisés recebeu de Deus duas tábuas de pedra onde continham os Dez Mandamentos: 
1. Não terás outros deuses diante de mim.
2. Não farás para ti imagem de escultura, não te curvarás a elas, nem as servirás.
3. Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
4. Lembra-te do dia do sábado para o santificar. Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia é o sábado do seu Senhor teu Deus, não farás nenhuma obra.
5. Honra o teu pai e tua mãe.
6. Não matarás.
7. Não adulterarás.
8. Não furtarás.
9. Não dirás falso testemunho, não mentirás.
10. Não cobiçarás a mulher do próximo, nem a sua casa e seus bens.
2) - ISLAMISMO
Introdução ao Islamismo 
Uma das quatro religiões monoteístas baseadas nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”, contidos no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islã significa submeter, e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que significa aquele que se submete a Deus. 
História do Islamismo 
Maomé nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e idolatria. Como qualquer membro da tribo Quirache, Maomé viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina, quando ele tinha seis anos. Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação, quando, segundo a tradição, teve uma visão do anjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Khadija, uma viúva rica que se casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé passou a pregar publicamente sua mensagem, encontrando uma crescente oposição. Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar para Medina, no dia 20 de Junho de 622. Esse acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do calendário muçulmano até hoje.
Maomé faleceu no ano 632. O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50% das nações em três continentes. O número de adeptos que professam a religião mundialmente já passa dos 935 milhões. O objetivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite matar e destruir os “infiéis ou incrédulos” da religião.
O Islamismo crê erroneamente em anjos 
Segundo eles, Gabriel foi quem transmitiu as mensagens de Alá para Maomé. É ensinado que os anjos são inferiores aos homens, mas intercedem pelos homens. 
O Islamismo crê que exista um só livro sagrado dado por Alá, o Corão, escrito em Árabe 
Os muçulmanos creêm que Alá deu uma série de revelações, incluindo o Antigo e Novo Testamentos, que é chamado de Corão. Segundo eles, as antigas revelações de Alá na Bíblia foram corrompidas pelos cristãos, e, por isso, não são de confiança. 
O Islamismo crê que Maomé é o último e o mais importante dos profetas 
Conforme o Islamismo, Alá enviou 124,000 profetas ao mundo, apesar de unicamente trinta estarem relacionados no Corão. Os seis principais foram: 
         Profeta Adão, o escolhido de Alá 
         Profeta Noé, o pregador de Alá 
         Profeta Abraão, o amigo de Alá 
         Profeta Moisés, o porta-voz de Alá 
         Profeta Jesus, a palavra de Alá 
         Profeta Maomé, o apóstolo de Alá 
Islamismo crê na predestinação do bem e do mal 
Tudo o que acontece, seja bem ou mal, é predestinado por Alá através de seus decretos imutáveis.
O Islamismo crê que haverá o dia da ressurreição e julgamento do bem e do mal 
Neste grande dia, todos os feitos do homem, sejam bem ou mal, serão colocados na balança. Os muçulmanos que adquiriram suficientes méritos justos e pessoais em favor de Alá irão para o céu; todos os outros irão para o inferno. 
Cinco Colunas do Islamismo 
A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são chamadas de “Colunas da Religião”. 
Recitação do credo islâmico: Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé, o seu profeta. 
Preces cotidianas: chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, cada vez em uma posição diferente (de pé, ajoelhado, rosto no chão, etc), e virados em direção à Meca. A chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, desde uma torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público de adoração conhecido como mesquita. 
Observação do mês de Ramadã: o qual comemora a primeira revelação do Corão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nasceraté o pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados. 
Pagamento do zakat: imposto anual de 2.5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos pobres. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana. 
Peregrinação para Meca: ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de Eid el Adha (festa islâmica que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a ordem de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho), pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano dotado de condições físicas e econômicas. 
3) - CONFUCIONISMO 
Introdução 
Religião oriental baseada nas idéias do filósofo chinês Confúcio (551- 479 a.C.). Conhecido pelos chineses como Junchaio (ensinamentos dos sábios). O princípio básico do Confucionismo é a busca do Caminho (Tao), que garante o equilíbrio entre as vontades da terra e as do céu. 
Seu Nascimento e Juventude 
Confúcio, também conhecido como K'ung Ch'iu (Mestre Kong), nasceu em meados do século VI (551 a.C.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung. Este estado é denominado de "terra santa" pelos chineses. Confúcio estava longe de se originar de uma família abastada, embora seja dito que ele tinha descendência aristocrática. Seu pai, Shu-Liang Hê, antes magistrado e guerreiro de certa fama, tinha setenta anos quando se casou com a mãe de Confúcio, uma jovem de quinze anos chamada Yen Chêng Tsai, que diziam ser descendente de Po Ch'in, o filho mais velho do Duque de Chou, cujo sobrenome era Chi. Dos onze filhos, Confúcio era o mais novo. Seu pai morreu quando ele tinha três anos de idade, o obrigando a trabalhar desde muito novo para ajudar no sustento da família. Aos quinze anos, resolveu dedicar suas energias à busca do aprendizado. Em vários estágios de sua vida empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Aos dezenove anos se casou com uma jovem chamada Chi-Kuan. Apesar de se divorciar alguns anos depois, Confúcio gerou um filho, K'ung Li, que nasceu um ano após seu casamento, e uma filha. 
Fundo Histórico da China 
Confúcio viveu numa época em que a China se encontrava dividida em estados feudais que lutavam pela supremacia do poder. Estas guerras eram seguidas de execuções em massa. Soldados eram pagos para trazer as cabeças de seus inimigos. Populações inteiras eram disseminadas através da decapitação de mulheres, crianças e velhos. Estes números chegavam a 60.000, 80.000, 82.000, e até 400.000. A longa e complexa história política do povo evolveu na desunião e diversidade, que estavam refletidos nas características sociais e culturais da Dinastia Chou. A renascença social e moral advogada por Confúcio não tinha aprovação universal, principalmente nos círculos de poder, e seu ardente desejo era um posto governamental. Foi então que na idade de trinta anos ele deixou Lu e viajou para o Estado de Ch'i em companhia do Duque Chao, que fugia por ser o perdedor de uma dura luta política. 
O Confucionismo considera o homem bom e possuidor do livre arbítrio, sendo a virtude sua recompensa. O único sacrilégio é desobedecer a regra da piedade. Segundo a história, Confúcio morreu em 479 a.C., velho, desapontado, mal sucedido e murmurando: “A grande montanha terá que desmoronar! A forte viga terá que quebrar! O homem sábio murcha como a planta! Não existe ninguém no império que me queira como mestre! Meu tempo de morrer chegou.” (Anacletos, 56) Seus discípulos o lamentaram por três anos, e um deles permaneceu junto à sua sepultura por seis anos em Ch'u Fü. Hoje, o local tornou-se na denominada Floresta K'ung. 
Princípios da Doutrina Confucionista 
As doutrinas confucionistas podem ser resumidas em seis palavras-chaves: 
1. Jen - humanitarismo, cortesia, bondade, benevolência. É a norma da reciprocidade, ou seja, "não faça aos outros o que você não gostaria que lhe fizessem." Esta é a virtude mais elevada do Confucionismo. Segundo ensinam, se o homem colocá-la em prática, ele poderá viver em paz e em harmonia com as outras pessoas (Anacletos 15:24). Porém, desde o princípio da humanidade, o gênero humano nunca foi por si próprio, ou pelo seu esforço, capaz de estabelecer esta paz ou harmonia. O exemplo vê na história antiga e contemporânea: Egito, Babilônia, Grécia, Roma, I & II Guerras Mundiais, Bósnia, Ruanda, Iraque, e a lista não teria fim. 
2. Chun-tzu - homem superior, virilidade. Segundo Confúcio, o homem para ser perfeito deve ter humildade, magnanimidade, sinceridade, diligência e amabilidade. Somente assim, ele poderá transformar a sociedade em um estado de paz. Porém, a realidade do ser humano é outra. O homem natural é egoista, soberbo e mal contra seu próximo. Isso podemos contemplar com os nossos olhos dia-a-dia, sem mencionar as injustiças e autrocidades contra os direitos humanos no Holocausto e na Praça Tiananmem em Beijing. 
3. Cheng-ming - Retificação dos nomes. Este conceito ensina que para uma sociedade estar em ordem, cada cidadão deveria ter um título designativo ou um papel, e afirmar-se neste papel no esquema da vida. O rei, atuando como rei, o pai como pai, o filho como filho, o servo como servo. (Anacletos, 12:11; 13:3) 
4. Te - poder, autoridade. Confúcio ensinava que a virtude do poder, e não a força física, era necessária para dirigir qualquer sociedade. Todo governante, segundo ele, deveria ter esta autoridade para inspirar seus súditos à obediência. Este conceito perdeu-se durante o tempo de Confúcio, dado à predominância das guerras e sobrepujança das dinastias entre si. 
5. Li - padrão de conduta exemplar, propriedade, reverência. Este conceito é tratado no Livro das Cerimônias (Li Ching), um dos Cinco Clássicos. Segundo Confúcio, cada governante deveria ser benevolente, proporcionar um bom padrão de vida para o povo e promover a educação moral e os ritos. Sem esta conduta, o homem não saberia oferecer a adoração correta aos espíritos do universo, não saberia estabelecer a diferença entre o rei e o súdito, não saberia a relação moral entre os sexos, e não saberia distinguir os diferentes graus de relacionamento na família (Li Ching, 27). Como exemplo perfeito de benevolência, ele exaltava o legendário Imperador Yao e seu sucessor, o Imperador Shun, os quais foram renomeados e constituiram, como diziam, "uma idade de ouro da antiguidade". 
6. Wen - artes nobres, que inclui: música, poesia e a arte em geral. Confúcio tinha uma grande estima pela arte vinda do período da Dinastia Chou, e considerava a música como a chave da harmonia universal. Ele cria que toda expressão artística era símbolo da virtude e que deveria ser manifesta na sociedade. "Aqueles que rejeitam a arte, rejeitam as virtudes do homem e do céu" (Anacletos, 17:11, 3:3). Para Confúcio, a música era um reflexo do homem superior e espelhava seu caráter verdadeiro. 
Segundo a doutrina de Confúcio, o ser humano é composto por quatro dimensões:
O eu; A comunidade; A natureza; O céu (fonte da auto-realização definitiva) 
As cinco virtudes essenciais do homem são: 
A justiça 
O cumprimento das regras adequadas de conduta 
A autoconsciência da vontade do "Céu" 
A sabedoria e sinceridade desinteressadas 
Os Escritos Confucionistas 
Confúcio compilou, editou e escreveu alguns escritos depois dos seus 43 anos de idade. Seus ditos, juntamente com os de Mêncio e de outros discípulos, foram reunidos no "Wu Ching" (os "Cinco Clássicos") e no "Shih Shu" (os "Quatro Livros"), onde se incluiu o Anacleto (ditos de Confúcio). 
Os Cincos Clássicos 
Shu Ching (Livro dos Documentos), sobre a organização política de cinco dinastias da China 
I Ching (Livro das Mutações), sobre a metafísica. 
Li Ching (Livro das Cerimônias), sobre a visão social. 
Shi Ching (Livro das Poesias), sobre a antologia secular e religiosa. 
Chun-Chiu (Anais das Primaveras e Outonos), sobre a história da China. 
Os Quatro Livros 
Ta Hsio (Grande Aprendizado), ensinamentos sobre a virtude. 
Chung Yung (Doutrinado Meio), ensinamentos sobre a moderação perfeita. 
Lun Yu (Anacletos), coleção das máximas de Confúcio, seus princípios éticos. 
Meng-Tze (Mêncio), obra do grande expositor de Confúcio. 
No Confucionismo não existe igrejas, clero, ou credo. Entretanto, a religião influencia as formas de pensamento, educação e governo do povo chinês. De 125 a 1905 d.C., os membros da classe de servidores públicos dos mandarins eram nomeados para os postos governamentais, com base no exame dos clássicos de Confúcio. Este sistema permitiu que muitos indivíduos de procedência humilde atingissem a proeminência e premiou a honestidade do governador e do súdito. 
4) - Judaísmo  
A história dos judeus , Livros sagrados , Símbolos e rituais da religião judaica , Festas religiosas
Torá : livro sagrado do judaísmo
Introdução 
O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o criador de tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida. Atualmente a fé judaica é praticada em várias regiões do mundo, porém é no estado de Israel que se concentra um grande número de praticantes.
Conhecendo a história do povo judeu 
A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo. De acordo com as escrituras sagradas, por volta de 1800 AC, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã ( atual Palestina). Isaque, filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó. Este luta , num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formavam o povo judeu. Por volta de 1700 AC, o povo judeu migra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós por aproximadamente 400 anos. A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada por Moisés, que recebe as tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficam peregrinando pelo deserto, até receber um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.
Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos : Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo. Em 721 começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destrói o templo de Jerusalém e deporta grande parte da população judaica. No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. Após estes episódios, os judeus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. Em 1948, o povo judeu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel.
Os livros sagrados dos judeus 
A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá : Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio.
O Talmude é o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.
Rituais e símbolos judaicos 
Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o memorá, candelabro com sete braços. Entre os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos ( aos 8 anos de idade ) e o Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah para as meninas ( aos 12 anos de idade ). Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das orações. Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.
As Festas Judaicas 
As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário lunisolar. As principais são as seguintes:
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.
Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 AC. 
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.
Rosh Hashaná - é comemorado o  Ano-Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót -  refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito. 
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém. 
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés
5) - Hinduísmo
A religião hindu, a história do hinduísmo, deuses hindus, mitologia hindu, princípios e países praticantes, cultura védica, sistema de castas, karma, os brâmanes, história da religião
Principal religião da Índia, o Hinduísmo é um tipo de união de crenças com estilos de vida. Sua cultura religiosa é a união de tradições étnicas. Atualmente é a terceira maior religião do mundo em número de seguidores. Tem origem em aproximadamente 3000 a.C na antiga cultura Védica. Os hindus são politeístas (acreditam em vários deuses). São os principais: Brahma (representa a força criadora do Universo); Ganesa (deus da sabedoria e sorte); Matsya (aquele que salvou a espécie humana da destruição); Sarasvati (deusa das artes e da música); Shiva (criadora da Ioga), Vishnu (responsável pela manutenção do Universo)
O escritor indiano A. Parthasarathy explica: "Os hindus não são politeístas. O hinduísmo fala de um Deus uno...Os diferentes deuses e deusas do panteão hindu são mera representação dos poderes e das funções do único Deus supremo no mundo manifestado." Os hindus não raro referem-se à sua fé como saru-tana darma, que significa lei ou ordem eternas. Hinduísmo* é realmente um termo vago que descreve uma hoste de religiões e seitas (sampradaias) que se desenvolveram e floresceram no decorrer dos milênios sob a sombra da complexa mitologia hindu antiga. Essa mitologia é tão intricada que a Nova Enciclopédia Larousse de Mitologia (em inglês) diz: "A mitologia indiana é uma inextricável selva de luxuriante vegetação. Entrando nela, perde-se a luz do dia e todo senso claro de direção." Não obstante este capítulo abordará alguns dos aspectos e ensinos dessa fé.
Raízes do Hinduísmo 
Embora o hinduísmo talvez não seja tão difundido como algumas outras religiões principais, não obstante por volta de 1990, gozava da lealdade de uns 700 milhões de seguidores, ou cerca de 1 em 8 (13%) da população do mundo. Contudo, a maioria destes encontra-se na Índia Assim, é lógico perguntar: Como e por que o hinduísmo ficou concentrado na Índia? Alguns historiadores dizem que as raízes do hinduís-mo remontam a mais de 3.500 anos, quando uma onda de migração trouxe do noroeste para o vale do Indo um povo ariano de pele clara, agora localizado principalmen-te no Paquistão e na Índia. De lá eles se espalharam até as planícies do rio Ganges e por toda a Índia. Alguns estudiosos dizem que os conceitos religiosos desses migrantes baseavam-se em antigos ensinos iranianos e babilônicos. Um traço comum a muitas culturas, e também encontrado no hinduísmo, é a lenda sobre um dilúvio.
Escritos 
Os escritos mais antigos são os Vedas, uma coletânea de orações e hinos conhecidos como Rig-Veda, Sama-Veda, Iajur-Veda e Atarva-heda. Foram compostos durante vários séculos e completados por volta de 900 a.C. Os Vedas foram mais tarde suplementados por outros escritos, incluindo os Brâmanas, Upanichades e O Bagavat Gita.
Os Brâmanas especificam como realizar os ritos e sacrifícios, tanto domésticos como públicos, e dão muitos detalhes sobre seus profundos significados. Foram escritos a partir de cerca de 300 a.C.  ou mais tarde.
Os Upanichades (literalmente:"assentos perto dum mestre"), também conhecidos como Vedanta e escritos por volta de 600-300 a.C., são tratados que delineiam a razão de todo o pensamento e ação, segundo a filosofia hindu. As doutrinas da samsara (transmigração da alma) e do carma (a crença de que as ações de uma existência anterior são a causa do atual estado da pessoa na vida) foram esboçadas nesses escritos. 
O Bagavat Gita (Cântico Celestial), tido por alguns como "jóia da sabedoria espiritual da Índia", é uma conversação em campo de batalha "entre o Senhor Sri Krsna [Críxena], a Suprema Personalidade da Divindade, e Arju-na, Seu amigo íntimo e devoto, a quem Ele instrui na ciência da auto-realização". Contudo, o Bagavat Gita é apenas parte da extensa biblioteca sagrada hindu. Alguns desses escritos (Vedas, Brâmanas e os Upanichades) são encarados como Sruti, ou "foram ouvidos", e são, portan-to, considerados escritos sagrados diretamente revelados. Outros, como as epopéias e os Puranas, são Smríti, ou "lembrados", e, assim, compostos por autores humanos, embora derivados de revelação. Um exemplo é o Manu Smviti, que esboça as leis religiosas e sociais hindus, além de explicar a base para o sistema de castas. Quais são algumas das crenças que surgiram desses escritos hindus?
Ciclo da Existência 
Outra crença básica que afeta a ética e a conduta hindu, e uma das mais vitais, é o ensino do carma. Trata-se do princípio de que toda ação tem suas conse-qüências, positivas ou negativas; determina cada existên-cia da alma transmigrada ou reencarnada. Como explica o Garuda Purana: 
O Panteão de Deuses Hindus 
Embora o hinduísmo afirme existir milhões de deuses, na prática real há certos deuses favoritos que se têm tornado o ponto focal de várias seitas dentro do hinduísmo. Três dos deuses mais destacados estão incluídos no que os hindus chamam de Trimúrti, uma trindade, ou tríade, de deuses. A tríade consiste em Brama, o Criador, Vixenu, ~. Preservador e Xiva, o Destruidor, e cada qual tem pelo menos uma esposa ou consorte. Brama é casado com Sarasváti, a deusa do conhecimento. A esposa de Vixenu é Lacxími e a primeira esposa de Xiva era Sati, que se suicidou. Foi a primeira mulher a passar pelo fogo sacri-ficial, tornando-se assim a primeira sati. Seguindo seu exemplo mitológico, milhares de viúvas hindus ao longo dos séculos se sacrificaram na pira funerária de seu marído, embora tal prática seja agora ilegal. Xiva tem também outra esposa, conhecida por vários nomes e títulos. Na sua forma benigna, ela é Parvati e Uma, bem como Gauri, a Dourada. Como Durga ou Cali, ela ê uma deusa terrificante. 
6) - Budismo
História das religiões, ensinamentos budistas, filosofia, surgimento na Índia Antiga
Introdução ao Budismo
O budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico, originário da região da Índia. Foi criado por Sidarta Gautama (563? - 483 a.C.?), também conhecido como Buda. Este criou o budismo por volta do século VI a.C. Ele é considerado pelos seguidores da religião como sendo um guia espiritual e não um deus. Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo. O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a encarnação ou avatar de Vishnu. Esta religião teve seu crescimento interrompido na Índia a partir do século VII, com o avanço do islamismo e com a formação do grande império árabe. Mesmo assim, os ensinamentos cresceram e se espalharam pela Ásia. Em cada cultura foi adaptado, ganhando características próprias em cada região.
Os ensinamentos, a filosofia e os princípios
Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a idéia de que o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Esta idéia é conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações. Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana. 
A filosofia é baseada em verdades: a existência está relacionada a dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos e os desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. De todos os caminhos apresentados, a meditação é considerado o mais importante para atingir o estado de nirvana.  A filosofia budista também define cinco comportamentos morais a seguir:  não maltratar os seres vivos, pois eles são reencarnações do espírito, não roubar, ter uma conduta sexual respeitosa, não mentir, não caluniar ou difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes.  Seguindo estes preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e melhorará o carma de uma vida seguinte. 
Prática de Fé do Budismo
O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida. Também creêm na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua condição na vida futura. A doutrina é baseada nas Quatro Grandes Verdades de Buda:
A existência implica a dor -- O nascimento, a idade, a morte e os desejos são sofrimentos.
A origem da dor é o desejo e o afeto -- As pessoas buscam prazeres que não duram muito tempo e buscam alegria que leva a mais sofrimento.
O fim da dor -- só é possível com o fim do desejo.
A Quarta Verdade -- se prega que a superação da dor só pode ser alcançada através de oito passos:
Compreensão correta: a pessoa deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos de Buda.
Pensamento correto: A pessoa deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o pensamento mal.
Linguagem correta: A pessoa não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.
Comportamento correto: A pessoa não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer atos ilegais.
Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.
Esforço correto: A pessoa deve evitar qualquer mal hábito e desfazer de qualquer um que o possua.
Desígnio correto: A pessoa deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.
Meditação correta: Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades, alegrias e dores, a pessoa deve entrar nos quatro gráus da meditação, que são produzidos pela concentração.
Missões do Budismo
Um dos grandes generais hindus, Asoka, depois do ano 273 a.C., ficou tão impressionado com os ensinos de Buda, que enviou missionários para todo o subcontinente indiano, espalhando essa religião também na China, Afeganistão, Tibete, Nepal, Coréia, Japão e até a Síria. Essa facção do Budismo tornou-se popular e conhecida como Mahayana. A tradicional, ensinado na India, é chamado de Teravada.
O Budismo Teravada possui três grupos de escrituras consideradas sagradas, conhecidas como “Os Três Cestos” ou Tripitaka:
·O primeiro, Vinaya Pitaka (Cesto da Disciplina), contêm regras para a alta classe.
·O segundo, Sutta Pitaka (Cesto do Ensino), contêm os ensinos de Buda.
·O terceiro, Abidhamma Pitaka (Cesto da Metafísica), contêm a Teologia Budista.
O Budismo começou a ter menos predominância na Índia desde a invasão muçulmana no século XIII. Hoje, existem mais de 300 milhões de adeptos em todo o mundo, principalmente no Sri Lanka, Mianmá, Laos, Tailândia, Camboja, Tibete, Nepal, Japão e China. Ramifica-se em várias escolas, sendo as mais antigas o Budismo Tibetano e o Zen-Budismo. O maior templo budista se encontra na cidade de Rangoon, em Burma, o qual possui 3,500 imagens de Buda.
Teologia do Budismo
A divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados,necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.
Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.
Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados (salvos).
A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.
O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.
Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:
proibição de matar 
proibição de roubar 
proibição de ter relações sexuais ilícitas 
proibição do falso testemunho 
proibição do uso de drogas e álcool
No Budismo a pessoa pode meditar em sua respiração, nas suas atitudes ou em um objeto qualquer. Em todos os casos, o propósito é se livrar dos desejos e da consciência do seu interior.
7) - Jainismo 
O jainismo foi originalmente -- como o budismo, seu contemporâneo -- um movimento de reforma dentro do hinduísmo. Tomou depois forma como religião independente e existe até os dias de hoje, com mais de dois milhões de adeptos na Índia.  
Milenar religião e filosofia da Índia, o jainismo foi criado no século VI a.C. por Vardhamana, conhecido como Mahavira (Grande Herói). Segundo alguns, contudo, o jainismo teria surgido dois séculos antes, com Parsvanatha, cujo título honorífico de "vencedor" (jaina ou jina, donde jainismo), também dado a Mahavira, teria sido a origem do nome do sistema. De qualquer forma, coube a Mahavira desenvolver a nova religião. Como Buda, ele pertencia à casta guerreira, na qual o movimento teve origem.
Tanto o jainismo como o budismo reagiam contra as concepções existentes sobre a divindade e adotavam posição não-teísta, ensinando também que a libertação (moksha) dependia do esforço de cada um e não dos deuses. Ambos protestavam também contra o regime de castas e os privilégios dos brâmanes.
Não acreditando em deuses, espíritos ou demônios, os jainistas adotam uma metafísica muito complexa e até contraditória. Dualistas, afirmam que o universo está dividido em duas categorias últimas e eternas: os seres vivos ou almas (jiva) e as coisas inanimadas ou materiais (ajiva). Entre as últimas distinguem quatro categorias: matéria, movimento, repouso e tempo. Já os seres vivos constituem uma combinação de alma e matéria, reunidas pelo karma (ação) e divididos em oito classes com inúmeras subdivisões.
A salvação consiste em liberar-se dos laços materiais e alcançar o nirvana.
No jainismo o princípio do ahimsa (não fazer mal a nenhuma criatura) é mais rigoroso do que no budismo, pois entende como ser vivo também as pedras, o vento, a água etc.
8) - SIKHISMO
História.
O Sikhismo é uma ramificação do HINDUISMO e do ISLAMISMO, resultado de um agudo conflito entre os séculos 12 e 15. O movimento hindu BHAKTI e o islâmico SUFISMO encontraram compatibilidade em certos elementos comuns aos dois.
O início formal do Sikhismo é marcado pela era dos DEZ GURUS, que começa com o GURU NANAK (1469-1538). Ele nasceu na vila de Rai Bhoi di Talvandi, na região do Punjab, atual Paquistão. Sua educação incluía conhecimentos do Hinduísmo e Islamismo. Em seus anos de formação, Nanak conheceu e tornou-se amigo de um muçulmano chamado Mardana, junto com quem compunha hinos. Ambos, hindus e muçulmanos, reuniam-se, para cantar esses hinos num local chamado Sultanpur. Foi ali que Nanak teve uma visão na qual percebeu seu chamado para pregar e ensinar sobre o caminho da ILUMINAÇÃO e de Deus.
Conforme a história é relatada, ele desapareceu, enquanto se banhava num riacho e reapareceu depois de três dias de reclusão, para proclamar: "Não existe hindu, não existe muçulmano". Esta frase tornar-se-ia um dos pilares do Sikhismo. Nanak ensinou pelo resto da vida e fundou o primeiro templo Sikh em Katarpur. Antes de sua morte, em 1538, nomeou seu sucessor,Angad, que se tornou o segundo dos dez gurus. A seguir, listamos os dez, juntamente com as respectivas datas de liderança:
1. Nanak (1469-1538) 
2. Angad (1538-1552) 
3. Amar Das (1552-1574) 
4. Raml Das Sodhi (1574-1561) 
5. Arjun Mal (1581-1606) (morreu executado) 
6. Hargobind (1606-1644) 
7. Har Raj (1644-1661) 
8. Hari Khishen (1661-1664) 
9. TegK Bahadur (1664-1675) (morreu executado) 
10. Gobind Rai (1675-1708). 
Embora originariamente o Sikhismo tivesse uma filosofia e teologia pacifista, a execução de dois dos gurus criou sikhs mais militantes nas gerações seguintes. O décimo guru, Gobind Rai, fundou a ORDEM KHALSA, a principal do Sikhismo. Devido ao fato de que ele perdera todos os seus filhos durante o curso de sua vida, não teve desejo de nomear um sucessor. Conseqüentemente, declarou que o reinado dos gurus chegara ao final.
Gobind Rai, entretanto, teve sucessores, os quais enfrentaram duras perseguições na região do Punjab, governada pelos muçulmanos. A tolerância desenvolveu-se gradualmente, quando os afegãos e persas invadiram a região e finalmente assumiram o poder. No início do século 19, foi formado um Estado sikh sob a liderança de Ranjat Singh (1780-1839) e foi sustentado até que os britânicos levaram tropas para a região. Isso ocasionou as duas guerras (1 843-46 e 1848-49), que culminaram na derrota dos sikhs e o domínio da Inglaterra. Várias facções desenvolveram-se dentro do Sikhismo no século 19. As relações com os ingleses eram consideravelmente melhores do que fora com os dominadores muçulmanos, mas o massacre de civis em Amritsar em 1919, resultou no crescimento da amargura dos sikhs contra seus "dominadores imperialistas". Muitos deles uniram-se ao movimento de MAHATMA GANDHI contra o domínio britânico.
Ensinos:
A missão de Nanak era reunir os elementos comuns do Hinduísmo e Islamismo. Mais tarde, portanto, os sikhs foram considerados dissidentes do BRAMANISMO. Nanak rejeitou os dogmas cerimoniais e ritualísticos do Hinduísmo, em prol da compatibilidade. 
Arjun, o quinto dos dez gurus, reuniu os muitos escritos e os hinos, que até sua época permaneciam separados e independentes. Este processo de junção continuou até ser concluído pelo décimo guru, Gobind Rai. O volume resultante, que contém as doutrinas do Sikhismo, é chamado de Siri Guru Granth Sahib (também conhecido como Adi Granth), uma antologia dos escritos dos dez gurus, considerada como a bíblia Sikh. Deus, como confessado no Islamismo, é apenas um. Ele criou todas as coisas.
A experiência para se chegar ao conhecimento do Todo-poderoso é alcançada através da MEDITAÇÃO. Os sikhs adotam o conceito hindu da SAMSARA, carma e REENCARNAÇÃO. Ao nascer, o homem tem a oportunidade final de escapar da samsara. Os sikhs mais zelosos, chamados de santos Khalsa, aderem ao que é conhecido como os cinco K, que são os seguintes: (1)kesa -"cabelos longos", que os Khalsa conservam sem cortar; (2) kangha - "pente'; (3) kacha - "calças curtas"; (4) kachu - "bracelete de metal"; e (5) kirpan -"arma" ou "espada".
Os templos sikhs, que são mais de duzentos na Índia, são chamados GURDWARAS. O principal é o já mencionado Harimandir, em Amritsar. O segundo santuário mais sagrado é Nankana, local de nascimento de Nanak. Embora os sikhs, como os muçulmanos, são terminantemente proibidos de adorar ícones e ídolos, o Adi Grnnth na realidade tornou-se um objeto de devoção. Como acontece no Islamismo, um tempo sagrado, geralmente pela manhã, é reservado para a oração.
Conclusão:
Os sikhs e hindus tornaram-se cada vez mais separados uns dos outros, tanto na política como na teologia, apesar da convicção de Nanak de que "não existe hindu, não existe muçulmano". No Sikhismo, todos têm direito de ler os escritos sagrados; eles não são destinados apenas às classes privilegiadas.O Hinduísmo, por outro lado, permite que apenas a elite espiritual, dentro do SISTEMA DE CASTAS, tenha acesso às escrituras. Os sikhs rejeitam as estreitas estruturas sociais do sistema de castas hindu, mas as divisões étnicas ainda persistem, principalmente nos vilarejosrurais com menor acesso à educação. O Sikhismo tem considerável influência no Ocidente, principalmente através dos ensinamentos de IOGUE BHAJAN e sua forma particular de Shikhismo, conhecida como S1KH DHARMA. Devido à natureza mais radical das idéias de Bhajan, este volume discute o Sikh Dharma separadamente.
9) – RELIGIÕES INDIGENAS
Religião Indígena
Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte.
Introdução 
Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis ( região do litoral ), macro-jê ou tapuias ( região do Planalto Central ), aruaques ( Amazônia ) e caraíbas ( Amazônia ). 
Eram, à época do contacto, em 1910, predominantemente caçadores e coletores seminômades, com organização social caracterizada pelo constante fracionamento do grupo, pela divisão do trabalho por sexo e idade e um sistema religioso centrado na figura dos Marét e dos espíritos encantados de seus mortos, os Nanitiong, responsáveis pela fecundação das mulheres humanas e por emitir avisos de morte. Os Marét, habitantes das esferas superiores, eram os grandes ordenadores dos fenômenos da natureza e, dentre eles, se destacava o Marét-khamaknian, herói criador dos homens e do mundo, benevolente e civilizador da humanidade.
Outras entidades do panteão religioso dos Botocudos eram os espíritos da natureza - os tokón -, responsáveis pela eleição dos seus intermediários na terra, os xamãs, com os quais mantinham contacto durante os rituais e que, quase sempre, acumulavam o cargo de líderes políticos. Havia, ainda, as almas, espíritos que viviam nos corpos dos humanos, adquiridos a partir dos quatro anos de idade, quando eram implantados os primeiros botoques labiais e auriculares. A alma principal abandonava o corpo durante o sono e, quando se perdia, ocorria a doença. Antes de a pessoa morrer, sua alma principal morria dentro de seu corpo. As outras seis almas que habitavam o corpo acompanhavam o cadáver até seu túmulo, sobre o qual voavam, chorando. Eram invisíveis para os membros da comunidade presentes à cerimônia. Caso suas necessidades de alimento e luz não fossem atendidas, essas almas complementares poderiam transformar-se em onças e ameaçar a aldeia, pois, não se alimentando, morreriam de fome. Passados alguns anos, espíritos bondosos da esfera superior vinham buscá-las para seu espaço, de onde não mais voltavam. Dos ossos dos cadáveres, surgiam espíritos que passavam a morar no mundo subterrâneo, no qual o sol brilhava durante a noite terrestre. Eram espíritos grandes, maus e negros que vagavam pela aldeia atacando os vivos, principalmente as mulheres, desenterravam os mortos, batiam no chão, assustando a todos, matando animais por espancamento. As vítimas se defendiam tentando surrá-los e evitando saírem de seus abrigos durante a noite.
Ensino
Sabedoria, a marca das religiões indígenas. As religiões indígenas respondem a um 
desafio: são formas de explicar o mundo (cosmologia) e de lidar com as forças da natureza e da cultura (rituais) para reafirmar a dignidade do ser humano e, ao mesmo tempo, o seu destino maravilhoso, apesar das lutas e desgraças que experimentamos na vida concreta.
Índios Guaranis
Os índios Guaranis têm a sua própria religião e são detentores de uma grande espiritualidade. Praticam todos os dias atos religiosos que se realizam à noite através de cânticos, rezas e danças. Este fato é muito importante para a comunidade Guarani, pois os mantêm unidos e através da religião, mantêm sua cultura. Por serem religiosos são, sobretudo, amantes da natureza, pois acreditam que “Nhanderu” (Deus) criou os homens para viverem em harmonia com o meio ambiente, do qual extraíam seu alimento, sua medicina, suas casas e sua paz.
10) - RELIGIÕES AFRICANA
Religião
Os Fundamentos religiosos, as citações históricas, as lendas e contos, enfim tudo o que é relacionado nesta página tem o intuito de divulgar e perpetuar a Religião Africanista, mais conhecida como Batuque. 
Não queremos de forma alguma ter as idéias aqui escritas como sendo únicas e verdadeiras, não somos donos da verdade e nem queremos ser. Porém queremos humildemente dividir os conhecimentos adquiridos em anos dedicados à religião Africana onde convivemos com Babalorixás e Yalorixás que tinham como seu único instrumento de divulgação da Religião os seus próprios atos e relatos. 
Hoje no Ilê Oxum Docô contamos com a ajuda do desenvolvimento tecnológico para manter viva a chama da cultura e da Religião, porém nunca deixamos de nos preocupar em manter nossas raízes mais profundas. Desejamos que os Orixás abençoem todos aqueles que se dispõe a conhecer e a cultuar nossa Religião perpetuando sua história através dos tempos.
10.1 - XAPANÃ
Uma religião africana de raiz
Para muitos adeptos e iniciados nos candomblés da região sudeste do país, o Batuque do Rio Grande do Sul não é considerado como religião, por vários motivos que realmente me incomodam, talvez a causa maior seja o medo de abalar uma das mais fortes atrações turísticas da Bahia, pois não posso aceitar mulheres nas ruas vestidas com roupas e guias de religião vendendo acarajé, isto é apenas um pequeno exemplo.
Já por outro lado quando um dos maiores estudiosos de Nação Ketu, Pierre Verger esteve em Porto Alegre lá pelo ano de 1985, ao visitar uma Casa de Batuque, ficou surpreendido quando acompanhou um ritual, dizendo que o que ele escutava era Yourubá arcaico e aquela religião que ele via somente eram cultuada por tribos primitivas no interior do interior africano, em lugares que não sofreram a influencia dos povos brancos e até hoje cá estamos nós ainda utilizando a energia bruta como essência: a pedra e o sangue. Nossos filhos somente se ocupam de um Orixá, o Orixá como força da natureza, simples porém soberano como a água, a terra, o ar e o fogo, nossos Orixás não precisam de vestimentas alegóricas ao se manifestar no mundo, a Sua energia é tão pura que não cabe a nós comentarmos de sua manifestação, pois não somos merecedores dela, somos carne e osso que um dia irá se decompor. Aprendemos também em não excluir o preto e o branco, o que temos que fazer é agregar e ficar atento para as diversas energias existentes no mundo e quando necessário utilizá-las. 
Para concluir esta etapa, penso que primeiro temos que estudar o assunto ao qual estamos inseridos, seja por vontade própria ou por força superior: na África fazendo um traçando na linha do Golfo de Benin, temos ao Norte os negros Sudaneses e ao Sul os Bantos, no culto dos Bantos, existia a veneração aos Orixás e aos espíritos de antepassados mortos, que vinham na terra com a autorização dos Orixás para dar conselhos, fazer curas materiais e espirituais, encontramos aqui as raízes mais profundas da conhecida Umbanda e me arriscaria, porque não a afirmar que aqui nesta influencia encontramos também o Candomblé, já no culto dos Sudaneses, que nos interessa aqui, os negros cultuavam unicamente os Orixás (Deuses sobrenaturais), sendo a ligação entre Olorum ( O Deus Supremo) e os homens da terra, encontramos aqui as raízes do Xangô da Bahia e do Batuque no Rio Grande do Sul. Neste caso os Orixás servem como a ponte para o Deus maior, intercedendo por nos. Assim sendo, eles recebem a toda a hora e momento nossos mas profundas necessidades e segredos, e o maiordeles e a possessão do Orixá no cavalo-de-santo, pelo simples fato do segredo e que não somos merecedores de termos em nosso corpo, Aquele que se comunica com Olorum, e que não devemos comentar o que se passa com cada indivíduo dentro da Religião, inclusive conosco. Respeitando estes princípios básicos estaremos estreitando cada vez mais nossas relações com os Orixás que serão reforçadas com as obrigações de sacrifícios de animais, onde encontramos o elemento material e energético que melhor representa a vida, o sangue. Este e o básico do ritual que deve ser respeitado. Cada vez que um destes passos for desrespeitado, a relação que deveria ser estreitada, será afastada, chegando ao estremo, poderemos ate observar casos, supostamente já ouvido por todos ou ate mesmo vistos por alguns, que e a loucura e ou a morte.
10.2 - CANDOMBLÉ
O candomblé ao contrário da umbanda, se mantém bem mais fiel e menos “modernizada”, conservando velhos ritos, como o sacrifício de galinhas e bodes.
O Candomblé nasceu da necessidade dos negros escravos em realizarem seus rituais religiosos que no princípio eram proibidos pelos senhores de escravos. E para burlar essa proibição, os negros faziam seus assentamentos e os escondiam, preferencialmente fazendo um buraco no chão, cobrindo-os e por cima colocavam e dançavam para seus Òrìsà, dizendo que estavam cantando e dançando em homenagem àquele santo católico; daí nasceu o sincretismo religioso, que foi abandonado mais tarde pela maioria dos adeptos do Candomblé tradicional, com o "término" da escravidão e mais concretamente quando o Candomblé foi aceito como religião com a liberdade de culto garantida pela Constituição Brasileira.
O candomblé é praticado pelas Américas, mantendo muitas de suas características ancestrais, cada Orixá, é regido por um tipo de canto, saudação e batida de atabaque. Modificam – se, igualmente, as roupas, as danças e as oferendas. Geralmente, a incorporação é feita por um médium experiente, mas pessoas sem contato com a religião podem recebe seus santos, afirmam especialistas.
O orixá maior é OXALA dentre todos os deuses do Candomblé. Há os sacerdotes que sacrificam os animais, outros batem o tambor ou preparam a comida, podem ascender espiritualmente e abrir seu próprio centro de candomblé no futuro. A iniciação varia. Em tese o próprio orixá indica atos como: abstinência sexual, raspagem dos cabelos e roupas brancas etc.
Os dialetos nagô e yorubá são mantidos, embora haja letras em português. Não a sincretismos com santos católicos, exemplo: Yansa é Yansa e pronto na (umbanda Yansa é Santa Bárbara).
O estado de maior afluência do candomblé é a Bahia.
10.3 - O Yorùbà 
O Yorùbá foi deturpando-se no geral com o passar dos séculos, desde a chegada dos primeiros negros oriundos da África, particularmente da Nigéria e do Dahomé (a atual República Popular de Benin), sendo que os de origem Yorùbá foram dos últimos a chegarem ao Brasil, já próximo ao término da escravidão. A nossa religião é uma das mais belas e originais manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuanças com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem também própria e particularizadas, apesar de variada. A Linguagem Oral: através da qual se expressa os orins (cânticos), àdúràs (rezas), Ofos (encantamentos) e oríkìs (louvações). É através dela que se conversa com os Òrìsàs.
Nossa religião é eminentemente de transmissão oral, e a despeito disso, preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia com sua língua. litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo, pelas pessoas mais proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito. A língua oficial nos cultos Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà, é o Yorùbá, que apesar disso é também muito utilizada nos cultos de origem Angola e Jeje, que são oriundos de países e culturas diferentes. 
  
10.4 – A UMBANDA
A umbanda engloba em si elementos Kardecistas, como a reencarnação, e as rezas do catolicismo, além da cultura indígena, oriental e africana. A umbanda é feitos por caboclos, pretos velhos, índios, ciganos, crianças, espíritos do mar, terra, ar e etc...
A umbanda tem uma forte ligação com o sincretismo dos Santos Católicos. O líder do terreiro é o Pai ou Mãe de Santo e seus adeptos são os filhos de Santo. Toda a cerimônia umbandista tem inicio com o defumador em todo o local, para a seguir com os hinos, chamados de “pontos”, no intuito de fazer baixa o santo. Na umbanda tem sacrifícios de animais tais como galinhas, cabras, galinha da angola, pombos, etc., dar –se o sangue para o SANTO, e a carne e servida para todos no terreiro nos dias das festividades, sempre pedido força espiritual, paz, luz, para todos do terreiro, mais a maioria dos terreiros estão acabando com está pratica de de dá sangue aos seus orixás. Geralmente os orixás não são incorporados e sim seus falangeiros, mas quando precisa chama – se os Orixás. Os guias, caboclos, exus e etc, bebem e fumam, bebem sua bebida própria no caso do Exu bebe cachaça, a criança bebe guaraná ou garapa de açúcar, pomba gira beber cerveja, etc. Os orixás não falam geralmente dão o seu grito de guerra. Estes seres voltaram à Aruanda, mas deixaram suas energias positivas vinculada às forças da natureza.
A Umbanda é a mistura do Culto aos Òrìsà, do Catolicismo e do Kardecismo, resultando numa religião Brasileira, que hoje em dia é até exportada para os países vizinhos, principalmente os do cone Sul, como Argentina, Paraguai e Uruguai, onde existem até confederações de Umbanda e onde o Brasil está para eles, assim como a África  está para nós. Como Resultado dessa guerra, muitos foram capturados de ambos os lados, e foram vendidos aos Portugueses como escravos. Foi quando, já ao final do século, começaram a chegar tantos os escravos de origem Ewe-Fon, conhecido popularmente por Jejes, oriundos do Benin, antigo Dahomé, que foram capturados pelos Yorùbá, com a recíproca, dos Yorùbá capturados pelos Ewe-Fon,  também vendidos como escravos.
  
10.5 - Quimbanda:
A Quimbanda, também conhecida pelos leigos como macumba, é uma ramificação da Umbanda que pratica a magia negra. Embora cultuem os mesmos Orixás e as mesmas entidades, se sirvam das mesmas indumentárias, e tenham em seus terreiros semelhanças muito marcantes tais como a presença de congá repleto de imagens dos santos católicos simbolizando os orixás, caboclos e pretos velhos, existem entre as duas religiões diferenças fundamentais e decisivas. Uma delas é que na Quimbanda são realizados despachos com animais como galos e galinhas pretas por exemplo, pólvora, objetos da pessoa a quem se quer prejudicar, dentes, unhas ou cabelo de pessoas ou animais. Estes despachos costumam-se realizar à meia-noite em locais como encruzilhadas e cemitérios. Outra prática bastante freqüente que também se encontra presente no vodu haitiano sob o nome de paket é o envultamento.Este, diz respeito à construção de um boneco de pano ou qualquer outro material, desde que pertencente à pessoa a quem quer se prejudicar, e a seguir alfinetes ou pregos são utilizados para transpassar o corpo da imagem.
Os quimbandeiros têm como ponto principal de seu culto a invocação de Exus que na Quimbanda são considerados espíritos das trevas, uns já em estado de evolução, e outros, denominados quiumbas, espíritos atrasadíssimos e que por isso também são chamados obsessores. Existem muitos Exus: Exu das Almas, Exu Caveira, Exu das Matas, Exu Tranca Rua. Existem de igual forma, Exus femininos, como é o caso de Maria Padilha, Pombagira Mulambo, Cigana, entre outras.Uma das práticas mais conhecidas da Quimbanda é a Gira dos Exus, ou Enjira dos Exus, cerimônia realizada, via de regra à meia noite, na qual diversos Exus incorporam nos médiuns e passam a dançar, beber, fumar, utilizando-se de uma linguagem bastante grosseira.
F I M.
�PAGE �1�
�PAGE �1�Deus seja louvado.

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