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PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO

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PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: POSSIBILIDADES
METODOLÓGICAS ALTERNATIVAS
Jackson De Toni
	
	Nogueira (2004) classifica a participação em quatro grandes modalidades de acordo com os diferentes graus de consciência política coletiva, relacionada à maior ou menor maturidade, homogeneidade e organicidade dos grupos sociais.
1- A participação assistencialista
	É a forma mais comum e primitiva de participação, é a de menor grau de consciência política coletiva, visa atender requerimentos imediatos de manutenção da vida ou do bem estar de grupos ou segmentos sociais, freqüentemente relacionada a atividades religiosas, comunitárias e políticas de assistência social estatais. 
2- Participação corporativa
	Quando o objetivo do movimento está conscrito aos interesses de um segmento ou categoria social específica. Esta forma de associativismo está na base do sindicalismo moderno e se relaciona diretamente com a forma assistencial de participação motivada por lutas econômicas geralmente. Assim como a primeira forma esta também pode ser considerada pré-política.
3 – A participação eleitoral
	Se situa no plano direto da ação política do cidadão na sua relação com o Estado, esta forma de participação sofre, entretanto, um conjunto de
limitações típicas daquelas existentes em regimes democráticos representativos: distorções das preferências pessoais, igualdade formal anulada pela desigualdade real, falhas do processo eleitoral, mecanismos frágeis de controle dos eleitos etc.
4 - Participação política 
	Ela se relaciona diretamente com o Estado e dialoga com as formas de organização da vida em sociedade e sua reprodução. Alimenta-se da participação corporativa e eleitoral, mas vai além delas porque questiona e formula novos consensos sociais, formaliza conquistas de direitos universais que afetam o conjunto de uma população, sociedade, nação.
	O campo da participação política é portanto a arena da declaração e competição de projetos de sociedade ou nação. A modalidade “política” da
participação é aquela claramente identificada como manifestação de poder político, não como simples expressão de direito público subjetivo.
	A dimensão política da participação cidadã nos remete ao tema do controle social sobre o Estado, realizado de modo absolutamente imperfeito e insuficiente pelas eleições periódicas.
	Neste embate teórico e prático surgiram novos eixos para a ação coletiva na América Latina. 
O primeiro e mais importante foi à democratização política implicando no retorno da dinâmica conflitiva de sujeitos sociais novos como movimentos sociais, populares, étnicos etc., junto com partidos políticos – que ganham maior protagonismo – e a reconstrução de organizações estatais.
	Entretanto, nossa democracia é débil e os sistemas de representação são frágeis, há uma infinidade de pontos na agenda de transição que não foram completados.
	Duas décadas de democracia em muitos países não mudaram substancialmente o quadro de injustiça social, concentração de renda e atraso econômico.
	Um segundo eixo são as lutas pela democratização social e pelos direitos da cidadania, assumindo a forma dos direitos políticos, econômicos ou sociais. A incorporação de minorias, as lutas étnicas ou de gênero, o direito à informação, ao ambiente etc.
	Um terceiro eixo mobilizador poderia ser chamado de “a disputa pelo modelo de desenvolvimento”, no contexto da globalização. Neste último caso a ação coletiva é pautada ou pela defesa de condições ameaçadas, por exemplo, na privatização de serviços públicos gratuitos ou pela proposição de novas agendas capazes de recompor a intervenção estatal em setores estratégicos.
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: POSSIBILIDADE OU FICÇÃO?
	Foi no contexto do pós-guerra que o planejamento se consolida como um procedimento comum de governo, uma prática universalmente aceita vinculada à necessidade de racionalização permanente dos serviços e da máquina pública. 
	O planejamento como organizador da ação pública nasce, assim, da necessidade permanente de suporte e estímulo à atividade econômica privada.
	As sínteses possíveis que resumem a construção do planejamento como procedimento público até a transição para a democracia nos anos oitenta poderiam ser resumidas nos seguintes pontos:
1) o planejamento é subordinado a uma ótica reducionista do ponto de vista teórico que o limita ao manejo e operação de ferramentas de
organização estatal e/ou regulação de mercados privados ou setores sob concessão federal ou estadual.
2) o viés econômico-normativo praticamente organiza todo processo de planejamento.
 O antigo “Orçamento Plurianual de Investimentos” (Lei 4.320/64 e Constituição de 1967) foi praticamente a única “estratégia” de concretização e materialidade do processo de
Planejamento estratégico público.
	3) o planejamento no setor público, como de resto as demais políticas públicas têm a marca genética da exclusão, da não-participação e da
ausência absoluta de controle social sobre seus meios e fins. 
	A nossa cultura política impregnada de golpismos e práticas autoritárias que se expressam na cidadania restringida e regulada, na fragmentação do aparelho de Estado e no enorme fosso que separa sociedade civil da sociedade política fez das práticas de planejamento reduto inatingível aos grupos organizados ou aos simples cidadãos.
	O planejamento público ficou restrito à elaboração do Plano Plurianual (PPA), dispositivo previsto pela Carta de 1988.
	Alguns fatores conjunturais fizeram da elaboração do terceiro Plano Plurianual (2000-2003) da União um momento qualitativamente diferenciado10.
Entre as principais modificações conceituais e operacionais podemos listar
a categoria “programa” foi considerada o elo de vinculação entre plano e orçamento, 
desenho de programas a partir da identificação de problemas ,
aprofundamento da natureza gerencial do planejamento
orçamentária, flexibilidade na classificação funcional-programática, uso da categoria “função” e “ sub-função” definindo políticas governamentais – e 
(d) identificação de produtos e metas por projetos e ações, com indicadores, gerentes específicos por
programa.
METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS DO PLANEJAMENTO: ATÉ ONDE IR?
	Muitos pensam que o caráter participativo do planejamento resulta do número de pessoas envolvidas, bastaria encher salas com funcionários ou moradores e pendurar algumas cartelas escritas nas paredes com “pontos fracos e fortes” e pronto. Outros pensam que a liberdade para dar sugestões e opiniões – ao estilo bottom up –, seria suficiente para compromenter as partes envolvidas.
	 Na verdade, a imensa maioria dos processos ditos “participativos” de planejamento de projetos ou políticas, na melhor das hipóteses, não passam de processos informativos, de terapia grupal ou de mera consulta.
	A seguir enumeramos três critérios básicos para distinguir processos de planejamento participativo dos “não-participativos”, supondo, é óbvio, que entre uma e outra gradação nesta escala possam existir infinitos pontos de combinação entre graus de participação com tipos e enfoques de planejamento (seja ele estratégico, tático ou operacional).
1) Empoderamento dos participantes e das arenas de disputa e pactuação: serão participativos tanto quanto maior for o grau de
empoderamento, de autonomia, de capacidade de valer suas decisões e quiça de institucionalização da vontade dos participantes.
2) Comunicação e transparência de procedimentos: Todo processo participativo pressupõe ambientes, regras e instituições que favoreçam a negociação, a formação de pactos e consensos – o que obriga a exposição pública e
processamento público de conflitos e divergências.
3) Mecanismos de monitoramento e avaliação de resultados auto constituídos e regulados: Se os participantes não tiverem mecanismos de responsabilização pelos resultados esperados do
planejamento, não há participação, no máximo o que ocorre é uma “encenação participativa”, um engodo.

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