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Resumo Direito Tributário - Professor Difini

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01. Direito Tributário: conceito, natureza e autonomia. Relações com os demais ramos do Direito. Evolução do Direito Tributário.
conceito direito tributário o ramo do direito público que abrange o complexo de princípios e regras jurídicas que regem as relações sobre imposição, fiscalização e arrecadação de tributos entre entidades de direito público e sujeitos passivos da relação jurídica tributária.
natureza direito tributário situa-se, sem sombra de dúvida,no campo do direito público pois o Estado exige-os, de forma coercitiva, no exercício de seu poder de império os tributos.
Autonomia
Sua autonomia didática é incontestável, pois consolidado o seue nsino, em cadeiras próprias nos currículos.
A autonomia científica também se faz presente pois tem institutos e princípios próprios (legalidade, anterioridade, universalidade, generalidade, isonomia, irretroatividade, nãocumulatividade,capacidade contributiva, seletividade etc.).
A autonomia legal também se encontra presente, em nosso direito positivo, com a promulgação do Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25-10-1966
Quanto ao direito tributário, mantém estreitas relações com o direito constitucional, financeiro, administrativo, penal, processual civil e penal e mesmo com o direito privado (civil e comercial).
Relações
O direito constitucional traça as próprias bases institucionais do Estado, discriminará quais os tributos que caberão à União, aos Estados e aos Municípios) estabelecerá os princípios constitucionais tributários e disciplinará as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
O direito financeiro trata da realização das despesas públicas e o direito tributário, das receitas públicas tributárias. Ainda, para muitos, o direito tributário surgiu e ganhou autonomia em relação ao direito financeiro, A Constituição Federal disciplina a matéria tributária e financeira sob o mesmo Título VI (“Da Tributação e do Orçamento”), 
O direito administrativo rege as relações do Estado com seusfuncionários, inclusive com os funcionários do fisco, O dia-a-dia da atividade tributária é feito pelo trabalho dos funcionários do fisco cujas atribuições são objeto do direito administrativo.
Com o direito penal, mantém estreitas relações. A par da existência de crimes tributários, como sonegação fiscal e as infrações tributárias(que não constituem crimes, mas meros ilícitos administrativos) e que são objeto do direito tributário penal ao qual se aplicam, alguns princípios próprios do direito penal, como in dubio pro reo etc.
Também com o direito processual, civil ou penal, relaciona-se o direito tributário. A apuração de responsabilidades, pela prática dos crimes tributários, dar-se-á segundo as regras de direito processual penal.
Com o direito privado — civil e comercial — o direito tributário mantém relações, na medida em que toma emprestados institutos desses ramos, ainda que eventualmente lhes altere os efeitos para fins tributários(as noções de prescrição, decadência, etc).
güidade.Sempre foi a maneira de o Estado obter receitas.O primeiro dispositivo sobre garantias do contribuinte é a Magna Caria inglesa de 1215, na qual os barões puderam limitar os poderes absolutos da Coroa.
O desenvolvimento doutrinário do direito tributário ocorreu, em maior extensão, na Itália, século XIX. Todavia, a primeira codificação do direito tributário deu-se na Alemanha, em 1909, com a RÁO.
EVOLUÇÂO
Tributos existem desde a remota Antigüidade.Sempre foi a maneira de o Estado obter receitas.O primeiro dispositivo sobre garantias do contribuinte é a Magna Caria inglesa de 1215, na qual os barões puderam limitar os poderes absolutos da Coroa.
O desenvolvimento doutrinário do direito tributário ocorreu, em maior extensão, na Itália, século XIX. Todavia, a primeira codificação do direito tributário deu-se na Alemanha, em 1909, com a RÁO.
A primeira tentativa de codificação foi o projeto de Rubens Gomes de Sousa, apoiado pelo então Ministro da Fazenda,Osvaldo Aranha.
Na década de 50 e início da de 60, começa a se formar uma doutrina tributária brasileira e construir-se a autonomia de nossa disciplina.Finalmente, em 1965, a Emenda Constitucional n. 18, realizou a “Reforma Tributária”, traçando as linhas do sistema tributário que,até hoje vigora entre nós, com pequenas modificações. Em seguida, surgiu o Código Tributário Nacional em 1966, logo em seguida houveram diversas obras que vieram consolidar a autonomia e o desenvolvimento do direito tributário no Brasil.
02. Tributo. As espécies tributárias: imposto, taxa, contribuição de melhoria, outras contribuições. Empréstimo compulsório.
Tributos são prestações obrigatórias, em espécie, exigidas pelo Estado, em função de seu poder de império, sem caráter sancionatório. prestações obrigatórias e compulsórias
Impostos são tributos não-vinculados. Sua imposição independe de qualquer prestação estatal específica em favor do contribuinte. Definidos e delimitados exclusivamente pela constituição. 
Taxas são de tributos vinculados. Pressupõem uma atividade estatal específica, prestada àquele contribuinte que a paga. têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou autilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico.
Taxa de Serviço: Aqui o fato gerador da taxa é “a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”.
Taxas do poder de polícia não há uma prestação positiva. Há, de fato, uma prestação negativa. É atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato por interesse público.
Contribuições de melhoria são tributos que em tese são de grande justiça fiscal pois são instituídos para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária porém é pouco utilizada.
Outras Contrubuições: Decorre do texto constitucional haver três espécies dessas contribuições:
a) contribuições sociais; São duas: a primeira é para o custeio da seguridade social, cobrado pelo PIS e PASEP, COFINS, Constribuição previdenciáris e CSLL. A segunda são contribuições sociais gerais, FGTS, contribuição para salário educação e para o sistema S.
b) contribuições de intervençãono domínio econômico;são aquelas destinadas a exercer o Estado sua função reguladora da economia nacional,
c) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas.são as carreadas aos respectivos sindicatos (contribuição sindical) e aos conselhos e ordens de fiscalização do exercício profissional
Emprestímos Compulsórios: A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição, catastrofes e investimentos publicos urgentes. Muito se discutiu se é tributo ou não. o fisco sustentava que eram contratos obrigatórios. Acontece que para prestação pecuniária compulsória que não constitua sanção de ato ilícito por parte do estado, só pode ser tributo e seguir seus preceitos e limitações.
03. As fontes do Direito Tributário. Legislação Tributária.
A Constituição lança as bases do Estado, traçar seus princípios e objetivos. É a própria Lei Fundamentaldo Estado.
Da matéria tributária cuida a Constituição Federal nos art (145 a 162), Tais disposições cuidam das espécies tributárias — matéria reservada à lei; complementar tributária; das limitações constitucionais ao poder de tributar; aí incluídas as imunidades; dos impostos que cabem à União, aos estados/distrito federal e municipios; e da repartição de receitas tributárias; bem como dos princípios em matéria tributária. A CF NÃO CRIA TRIBUTOS, APENAS DÁ COMPETENCIA PARA INSTITUÍ-LOS.
As emendas constitucionais, situam-se no mesmo NÍVEL hierárquico da Constituição: validamente aprovadas, passam a fazer parte do texto constitucional.
ex n. 29 (prevê novas hipóteses de progressividade e diferenciação de alíquotas do — IPTU)
n. 12 (outorga competência à União para instituir — CPMF)
Leis complemntares,são complementares à CF, no art 146 a própria CF disciplina o que cabe à legislação complementar no que tange os tributos. Assim, o CTN foi recepcionado, pela Constituição vigente, com eficácia de lei complementar.
Leis ordinárias, a CF diz que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça, é por meio de leis ordinárias, leis delegadas(exceto § Ia do art. 68 da Constituição.) e medidas provisórias que o estado o faz.
Resoluções e decretos legislativos praticam atos que não precisam de sansão presidencial, como por exemplo aprovar tratados e convenções internacionais(que ironicamente quem assina é o presidente da republica)
04. Vigência, aplicação, interpretação e integração da legislação tributária.
Vigência, de acordo com o caput do art. 1 da lei de introdução, a lei entrará em vigor 45 dias após sua publicação, salvo dispositivo contrário(maior ocorrência). o art. 104 da CTN diz que dispositivos legais sobre imposto de patrimônio e renda entra em vigor no 1º dia do exercício seguinte quando: instituem/majoram impostos, definem novas hipóteses de incidência ou extinguem/reduzem isenções. Texto imperfeito, uma vez que essas apenas PRODUZEM EFEITOS na data mencionada. Posterior a CTN a CF diz que qualquer tributo será inexigível no mesmo exercício e noventa dias depois que fora promulgada. Exceção constitucional, IPI e IOF.
Aplicação,“A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do art. 116”. art 105 CTN. Aplica-se a lei vigente quando da ocorrência do fato gerador, não aquela em vigor quando do lançamento. A retroatividade da lei só poderá, a retroação da lei que extinguir infrações ou reduzir penalidades ocorrerá apenas no que tange à multa ou outra sanção. Só estas podem ser abolidas ou reduzidas. O tributo será sempre devido e reger-se-á pela lei vigente quando ocorreu o fato gerador.
A atividade de interpretação, serve para eliminar dúvidas na sua aplicação da lei. Para Kelsen, a aplicação do direito pressupõe sempre criação de normas jurídicas. A diferença é que o aplicador do direito cria normas individuais e concretas, enquanto o legislador cria normas abstratas.
Métodos de interpretação: LITERAL, nesta busca-se o significado das palavras do legislados, busca sentido no texto estrito. LÓGICA, busca-se integrar o preceito sob interpretação dentro do sistema jurídico a que pertence e dele extrair conclusão compatível. TELEOLÓGICA interpreta-se a norma jurídica tendo em mira o objetivo a ser alcançado com a sua edição. HISTORICA, procura-se situar no contexto histórico do tempo de elaboração da lei para identificar objetivo visado pela norma. o art 118 do CTN, diz que a interpretação da do fato gerador não entra no mérito de validade jurídica dos atos cometidos ou sua natureza bem como de seus efeitos. Para o direito tributário é irrelevante a legalidade, a validade dos atos praticados perante outros ramos do direito, por tanto o enriquecimento ilícito sofre o mesmo tratamento tributário que o enriquecimento lícito.
Integração, quando há uma norma expressa sobre o fato busca-se no sistema jurídicico como um todo uma solução. o art 108 do CTN diz “Na ausência de disposição expressa, o juiz ou órgãos do fisco utilizaram, de I — a analogia; II — os princípios gerais de direito tributário; III — os princípios gerais de direito público; IV — a eqüidade”
Analogia consiste em aplicar para o fato não previsto em lei norma expressa existente para caso semelhante.
Princípios gerais de direito tributário. São normas gerais, próprias, que servem de norte para interpretar e para buscar solução situações não previstas nas regras específicas.(da legalidade tributária, da anterioridade, da universalidade, da isonomia concreta, da irretroatividade, da capacidade contributiva, não de confisco, da não-cumulatividade e da seletividade).
Princípios gerais de direito público. São as normas com função norteadora abrangindo todo o direito público.
Equidade, é buscar integrar no sistema jurídico para situação não prevista em norma expressa por meio da ideia de justiça - sem que resulte na dispensa do pagamento pois seria contra o princípio da legalidade.
05. Fato gerador.
a estrutura lógica, de acordo com becker, é dividida em:
-hipotese de incidência(fato gerador ou suporte fático)
-a regra(norma, preceito)
Ainda de acordo com becker, a regra juridica tem a seguinte atuação dinâmica:
a) realização da hipótese de incidência; o fato hipotetico mencionado é cometido
b) incidência da regra jurídica sobre a hipótese de incidência realizada;
c) juridicização da hipótese de incidência;
d) irradiação da eficácia jurídica
e) irradiação da relação jurídica, do pólo positivo (sujeito ativo) ao pólo negativo (sujeito passivo);
f) irradiação do conteúdo jurídico da relação jurídica: direito à prestação e correlativo dever de prestá-la, pretensão à prestação e correlativa obrigação de prestá-la, coação e correlativa sujeição.
Classificação
Instantâneos são aqueles que se completam numa só unidade de tempo ou em curto intervalo de tempo. Neles, o fato imponível se constitui de um só fato. Exemplo é o fato gerador do ICMS que ocorre no momento da saída de mercadoria.
Complexo é aquele cuja formação consiste num conjunto de fatos, circunstâncias ou acontecimentos globalmente considerados. É o fato gerador cuja realização se protrai durante determinado período. Exemplo IR, cujo fato gerador é sua disponibilidade economica durante um tempo.
Continuados são fatos instantâneos que se repetem a determinados intervalos de tempo ou em datas fixadas em lei. São aqueles impostos que se renovam a cada exercício financeiro, como IPTU, IPVA e ITR.
Elementos
Pessoal, é a determinação dos sujeito ativos e passivos da relação jurídica. o sujeito ativo será sempre, quando não mencionado em lei a autoridade que promulgou tal lei. O sujeito passivo será determinado na norma criterios para determinar tal sujeito. Há, porém previsões para que quem seja o sujeito passivo da relação seja terceiro(substituto, sucessor etc)
Temporal, será aquela vigente quando ocorrer o fato imponível, como conforme art. 144, caput, do CTN(saida de mercadorias, fornecimento de bebidas e alimentos, transmissão de terras, etc)
Espacial, como regra geral para o elemento espacial rege o princípio da territorialidade. Leis federal, tem ocorrência em todo território da união, etc. Pode haver situações onde é necessário de uma convenção que discipline a relação, por exemplo em casos de substituição tributária de operações interestaduais.
Elemento material: É a descrição de todos os dados fundamentais que servem para delimitá-la. podem ser qualitativos ou quantitativos(base de calclulo e alícota). elemento material é o núcleo da hipotese de incidência. e deste o mais importante é aquele que descreve o fato(qualitativos)
06. Obrigações tributárias, capacidade, domicílio e responsabilidade.
O direito tributário é um direito obrigacional já que rege relações de débito entre dois sujeitos, sendo um deles publico. A estrutura dessa obrigação é igual ao de direito civil: a obrigação tributária é o vinculo jurídico no qual o estado(sujeito ativo) pode exigir prestação do contribuinte/responsável/substituto/sucessor(sujeito passivo) conforme em lei(causa da obrigação). O CTN no artigo 113 define obrigações principais e acessórias, sendo as principais o pagamento e as acessórias são atos declaratórios de cunho administrativo para facilitar a arrecadação e fiscalização de tributos.
Sujeito Ativo – é a pessoal jurídica de direito publico com COMPETENCIA para instituir tributos. Quando a um desmembramento de um ente federativo, o novo ente usa da legislação tributária do ente-mãe até que este tenha legislação própria. 
Sujeito Passivo – pessoa natural ou jurídica que tem obrigação de prestação ao estado; podem ser:
Contribuinte: o sujeitopassivo com relação direta com a situação que constituía o fato gerador. O contribuinte comete o fato imponível.
Responsável(estrito)– Aqueles que mesmo não sendo os contribuintes e não tendo relação direta com o fato gerador são os responsáveis de pela quitação da obrigação tributária. Existe em caso de(pais/tutores pelos menores que são responsáveis, administradores de bens de terceiros, inventariantes, etc). Estes só ser responsabilizado por multas de mora, aquelas que decorrem do atraso do pagamento.
Responsabilidade dos sócios 
Responsabilidade por Infrações
Substituto Tributário – A lei exlcui a responsabilidade do contribuinte e atribui a um terceiro com participação nas operações. A relação que a substituição tributária transfere a obrigação de quem realizou o fato imponível para quem tem maior capacidade contributiva. A pode ser regressiva, quando a obrigação passa para o próximo na cadeia de negócios, e progressiva quando o contrário.
Sucessor Tributário
Sucessão Imobiliária, O adquirente de bem imóvel responde pelos tributos incidentes sobre o imóvel devidos pelo anterior proprietário.
Sucessão Comercial, em casos de transformação, incorporação e fusão a nova sociedade fica responsável pelos tributos lançados pelas sociedades que o antecederam.
Sucessão Falimentar, a regra está posta no art. 184 da CTN - A massa falida responde, como sucessora do falido, pelos tributos devidos por este.
Capacidade – independe da capacidade civil, se cometer o fato imponível terá capacidade passiva tributária. Da mesma maneira não importa a regularidade da pessoal jurídica, sendo registrado ou não também terá capacidade passiva.
Domicílio – é eleito pelo contribuinte. Este vai fazer inscrições nos fiscos dos entes que pretende ter uma relação passiva. Quando não for possível determinar este será considerado o lugar de situação dos fatos que deram origem a obrigação tributária.
08. A partilha tributária (discriminação de rendas tributárias).
A Constituição brasileira adotou discriminação rígida da competência tributária, designando de cada uma das esferas de governo os impostos que o cabem. Adotou-se também a técnica de discriminação pelo produto, estabelecendo participação das entidades de nível inferior nas receitas dos tributos de competência daqueles de nível superior.
impostos da união: importação, exportação, renda, ipi, iof, itr e grandes fortunas. Renda e ipi são as maiores fontes de arrecadação. a união também é responsável pelas contribuições sociais de intervenções econômicas ou profissionais.
impostos dos estados/DF: IRCB, ICMC e IPVA, sendo o ICMS responsável quase pela totalidade de arrecadação.
Impostos do município: IPTU, ITIV, ISSQN.
Repartição das receitas:Tributos federais repassados aos estados - cabe aos estados o irrf por eles pagos; 20% da arrecadação de imposto que a União instituir; 21,5% do IR e IPI será repassado aos estados pelo Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE); 10% da arrecadação do IPI será repassado aos estados; 30% para o estado de origem do IOF ouro e 29% do produto da arrecadação sobre a importação e comercialização de combustíveis.
Tributos repassados aos municípios - a totalidade do IRRF por eles pagos; 50% sobre o ITR(sobre moveis no respectivos município - município pode por escolha ficar com todo o itr caso fiscalizar); 50% do IPVA naquele município; 25% sobre serviços do ICMS do estado(transp intermunicipal e interestadual e comunicação); 23,5% do ipi será repassado pelo fundo de participação dos municípios; 25% do valor que a união repassar aos estados(10% da arrecadação do IPI será repassado aos estados); 70% do IOF sobre ouro; 25% do valor que a união repassar aos estados relativos aos combustíveis. Os repasses não mudam a competência jurídica de quem impõe o tributo.
09. Classificação dos impostos.
a) reais e pessoais; classificação quanto à incidência
Impostos reais são aqueles que incidem sobre um objeto material; aqueles cuja hipótese de incidência limita-se a descrever um fato, ou estado de fato.
Impostos pessoais, são aqueles que incidem devido a certas características da pessoa do sujeito passivo. Aqueles cuja hipótese de incidência leva em consideração certas qualidades, dos possíveis sujeitos passivos - por exemplo a renda.
b) diretos e indiretos; classificação quanto à responsabilidade do ônus
Os impostos diretos têm como fato gerador uma situação permanente,durável ou continuada no tempo (renda, propriedade); têm por hipótese de incidência uma situação patrimonial do contribuinte; e têm descrita na hipótese de incidência uma manifestação imediata de capacidade contributiva.
Os impostos indiretos, uma situação instantânea (industrialização, circulação de mercadorias);hipótese de incidência em um evento independente da situação patrimonial do sujeito passivo e é uma manifestação mediata de capacidade contributiva (promover circulação de mercadorias).
c) fixos, proporcionais, progressivos e regressivos. Quanto ao valor auferido do imposto devido
Impostos fixos são aqueles que o valor devido é determinado diretamente em reais ou em unidades fiscais.
Impostos proporcionais aqueles que são auferidos pela aplicação de uma alíquota percentual constante sobre a base de cálculo.
Impostos progressivos aqueles que a alíquota cresce à medida que aumenta a respectiva base de cálculo. Aumentando a base de cálculo aumenta a alíquota, como que por faixas.
Impostos regressivos, são o contrário dos progressivos, a medida que aumenta a base de cálculo diminui a alíquota. Este tipo de imposto é inconstitucional no Brasil, pois vai contra o princípio constitucionalizado da capacidade contributiva.

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