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Constitucional I unidade II (Miguel Calmon)

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ASSUNTO DA SEGUNDA PROVA DE CONSTITUCIONAL I 
 Concepções de constituição 
 A constituição é algo que dar forma/conteúdo para aquilo que ela compõe, sua 
noção é aberta e continua. 
 Concepção sociológica: Ferdinand Lassale, pensador Alemão, partindo do 
pressuposto que poucos sentem/compreendem o que é uma constituição, ele fez uma 
reflexão sobre qual a verdadeira essência dela. A partir dessa reflexão ele entendeu que a 
constituição é a resultado da soma dos fatores reais de poder que compõe uma nação, 
assim ele acreditava ela é uma força ativa que faz com que tudo seja como é, e a 
constituição escrita deveria corresponder o máximo possível à constituição real e efetiva 
para possuir valor, caso não se espelhasse tenderia a ser simplesmente uma folha de 
papel (sem valor). Esta é uma visão unilateral, monolítica que não se preocupa com 
outras dimensões além da sociologia. 
 Concepção politica: seguindo a linha de Lassale, Carl Schmitt, outro teórico alemão, 
traz a concepção politica da constituição. Para ele a constituição é o conjunto de decisões 
politicas fundamentais do Estado, sendo o restante leis constitucionais. Dessa forma, ele 
respalda a constituição num ato de vontade seja lá de quem for, ou seja, a constituição 
seria formada pelas decisões de quem está no poder. 
 Para ele é constituição aquilo que se refere ás formas de Estado e de governo, aos 
órgãos do poder, suas atribuições e limites e aos direitos e garantias fundamentais. Tudo 
mais, pelo fato de está na constituição é lei constitucional. A distinção dessas duas é que 
a primeira (leis constitucionais) podem ser reformadas, pelo processo de reforma 
constitucional geralmente previsto nas constituições normativas, as decisões politicas 
fundamentais (a constituição) jamais podem ser reformadas, uma vez que correspondem 
à própria substancia e essência da constituição (a alma da constituição). 
 Concepção normativista ou jurídica da constituição: essa concepção foi 
desenvolvida por Hans Kelsen, fundamentando-se na estrutura hierárquica das normas 
jurídicas, de modo que a validade da mesma esteja em conformidade com a norma 
superior, consequentemente uma norma inferior deve está em conformidade com a 
norma superior. A constituição é norma fundamental jurídico-positiva e norma 
fundamental logico jurídica, (norma fundamental hipotética). Em suma, a constituição 
positivada é a norma fundamental que regulamenta o Estado e todas as outras normas 
inferiores. 
 
 
 Concepção da força normativa da constituição: desenvolvida por Hesse, entende 
que o fato de uma norma não ser cumprida não significa que ela não tenha a força 
normativa. Nesse sentido, o direito é o “dever ser” que se projeta sobre o “ser”, o “dever 
ser” se justifica para que o “ser” se transforme em um dia “dever ser”. Para o autor, a 
constituição tem uma pretensão de efetividade, isso decorre de dois fatores, a sua 
relativa correspondência com a natureza singular do presente (ela tem que conter um 
embasamento com a realidade), e um respaldo notório, social, ou seja, ter vontade de 
constituição, que se configura em compromisso e sentimento de que antes de qualquer 
interesse, deve-se existir a eficácia da constituição, tornar essa constituição uma força 
ativa. 
 Constituição dirigente: para Canotilho, esse tipo de constituição se caracteriza por 
designar ao Estado algumas atividades, que através de meta, diretrizes possam promover 
a transformação da realidade social, e a efetividade dos direitos sociais. Ela juridiciza e 
constitucionaliza tarefas e atividades que devem ser cumpridas por quem exerce o 
poder. Em síntese, é uma constituição que parte da força normativa, confiando 
demasiadamente na constituição e no Estado. 
 Com a derrocada da constituição dirigente portuguesa que previa a passagem para o 
socialismo, Canotilho, percebeu que a constituição dirigente sobrecarrega o Estado, 
culminando numa erosão da eficiência constitucional, e isso repercute de forma negativa. 
Diante do pensamento de Pablo Lucas Verdú, todos os Estados tem uma constituição, 
mas em nem todos Estados ela verdadeiramente existe, por não existir “um sentimento 
constitucional”. Nesse sentido, Canotilho elaborou um novo conceito de constituição a 
Concepção material-aberta: as constituições devem resguardar algumas matérias como 
o elenco de direitos fundamentais, mas não deve enganar a politica, diretriz com 
finalidade especifica, estando aberta a novas mudanças. 
 Nessa nova concepção de constituição, Canotilho foi influenciado por duas teorias, 
desenvolvidas conjuntamente nos EUA e na Alemanha, a concepção instrumental, que 
defende que a constituição deverá ser apenas um instrumento de governo, distribuindo 
atribuições e competência, não devendo trazer conteúdo materialmente vinculante, e a 
procedimental sustentada bastante nos Estados Unidos, em que a constituição deve se 
limitar a regular o processo politico, o acesso ao seu exercício do poder. Em síntese, o 
caráter procedimental, deve primar também pela preservação dos direitos políticos e a 
necessidade de proteger a vontade politica das minorias. 
 
 
 Concepção cultural Peter Haberle: para o autor constituição é cultura, ela é o 
espelho da sociedade é o foco que projeta a luz, os anseios, demandas e necessidades 
que são experimentadas em uma determinada sociedade. 
 CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO 
 A constituição é método pelo qual podemos perceber que houve a manifestação 
do poder constituinte genuíno, resultando em um novo texto fundamental. Seu termo 
significa a particular maneira de ser de um Estado. Para entender a constituição, ela deve 
ser visualizada de duas maneiras: o formal, o material. 
 Formal: é um conjunto de normas jurídicas elaboradas de maneira especial e 
solene promulgado a um só tempo, positivada e dotada de rigidez, de modo a não 
poderem ser modificadas senão de acordo com certos processos, de valores superiores 
aos demais processos de elaboração das normas do direito. 
 Material: é aquela que se refere ao conteúdo constitucional sendo composta de 
matérias constitucionais, variáveis no tempo e espaço. Essas constituições devem tratar 
de técnicas e limitações do poder e dos direitos fundamentais. 
 Classificação 
1. Quanto à origem podem ser outorgadas, cesaristas, pactuadas ou 
promulgadas. 
1.1 Outorgadas: típicas de estados totalitários são aquelas que não resultaram 
da participação popular, sendo editada pelo detentor fático do poder ilegítimo que busca 
a legitimidade do seu poder. Nos estados que a constituição é outorgada, existe um 
mínimo limite ao abuso do poder (Brasil, 1824). 
1.2 Cesaristas: embora elaboradas unilateralmente pelo líder do poder politico 
fático é submetido a referendo popular (participação popular para aprovação), seria, por 
exemplo, a de 1937, pois previa a sujeição ao referendo popular que nunca aconteceu 
geralmente, chama-se de cartas. 
1.3 As constituições pactuadas: são as que resultam de um acordo, entre quem 
detém o poder politico e determinado segmento do povo. Se fosse uma constituição a 
Magna carta se enquadraria. 
1.4 Promulgadas: resulta de uma intensa participação popular, discursão em 
uma assembleia nacional constituinte, cujos membros tenham sidos eleitos pelo povo, 
podendo haver referendo ou plesbicito. No Brasil as constituições de 1891, 1934, 1946 e 
1988 foram promulgadas. 
 
 
Obs. Plebiscito, é a consulta prévia de determinada deliberação que se faz ao povo 
que depois se implementa. 
Obs.1. Referendo: consulta a posteriori para validar ou não. 
Obs.2. preâmbulo, síntese do momento histórico, declaração de compromisso, 
apresentação dos objetivos primordiais, houve uma intensa participaçãopopular na 
constituição de 88. 
 
2. Forma de elaboração da constituição: positivadas (dogmáticas) e históricas, 
as dogmáticas, ou sistemáticas, são frutos da elaboração levada a efeito por um corpo 
destinado o confecção (assembleia constituinte), tecidas a partir de institutos e 
instituições já consagradas na teoria, na doutrina, em dogmas políticos, nelas também 
aparece os costumes. Já a histórica, é resultado da gradativa sedimentação de um povo, 
através dos costumes, documentos constitucionais, e legis que tratam da matéria 
constitucional, por meio de suas tradições (constituição inglesa). 
3. Quanto à extensão, sintéticas ou analíticas: as sintéticas (constituição norte 
americana) consagram princípios, diretrizes e que se limitam a tratar das questões mais 
relevantes para o Estado, possuindo assim um texto mais curto. As analíticas, em 
contrapartida, são a grande maioria, principalmente nos dias hodiernos, ultrapassando 
mais de 200 artigos. Tratam não apenas de questões constitucionais, mas disciplinam 
matérias que ficaram a cargo do legislador. Isso ocorre para tirar tal matéria do livre 
arbítrio dos legisladores e por uma possível desconfiança do povo em relação ao poder 
publico, são bem detalhistas. A constituição não inviabiliza a existência de código para 
determinadas matérias, a exemplo do código penal, civil e etc., por ser tão detalhistas 
elas são mais vulneráveis as emendas. 
4. Quanto à mutabilidade jurídica formal (imutáveis, flexíveis, semirrígidas ou 
semi-flexíveis e rígidas, super-rígida), : diz respeito a maior ou menor possibilidade de 
modificação a partir do texto ou não, de mudanças na interpretação, caracterizando-se a 
mutação constitucional (processo informal da mudança da constituição pela 
interpretação da norma), em relação a uma lei comum ou ordinária. Essa mudança 
formal se dar através de emendas. As imutáveis são impossíveis, pois, toda constituição 
precisa de mecanismo para sua alteração. 
4.1 Flexíveis, são as primeiras a aparecem na sociedade organizada. Ela prevê, 
para a sua alteração, processo legislativo idêntico ao da lei ordinária. Esta por ser 
posterior, revoga a constituição federal que lhe seja contrário o processo de emenda 
constitucional igual as das leis ordinárias não prevê nenhuma solenidade, formalidade 
para mudança de seu texto em relação a uma lei (Constituição de Israel). 
 
 
4.2 Semirrígidas, uma parte precisa de um processo dificultoso, diferenciado e a 
outra parte não, ou seja, numa parte para alguma normas o processo de alteração é 
diferenciado, mais dificultoso. Trata-se do meio termo, exigindo um quórum diferenciado 
e um poder limitado. Para outras normas constitucionais, o processo legislativo seria o 
mesmo da lei ordinária. Ex.: carta imperial do Brasil, no art.: 178, “é só constitucional o 
que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas aos poderes políticos, e aos direitos 
políticos, e individuais dos cidadãos”. Tudo, o que não é constitucional, pode ser alterado 
sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias. 
4.3 Rígida: preveem para os seus textos uma solenidade, são as cujo caráter 
especifico consiste em que todas possuem uma autoridades superior às das demais leis 
do Estado e são modificadas por procedimentos diferentes daqueles pelos quais se ditam 
e revogam as demais leis. Nesta constituição o processo legislativo é mais trabalhoso, 
mais dificultoso do que comumente é exigível. As constituições rígidas são sempre 
escritas, mas nem toda constituição escrita é rígida. Por isso, no confronto da norma 
constitucional com as demais espécies normativas, sempre prevalece a norma 
constitucional, ou seja, as leis posteriores que contrariam a constituição serão eliminadas 
por inconstitucionalidade. 
 4.4 Super-rígidas: a constituição brasileira é o exemplo de uma constituição super-
rígida (clausulas pétreas) e rígida, concomitantemente. A super-rigidez caracteriza-se 
pela pretensão da eternidade e impossibilidade de alteração sendo imutável e perene. 
Sua super rigidez pode ser absoluta, (super-rigidez verdadeira) ou temporária (falsa 
super-rigidez). 
5. Classificação ontológica (Karl Loewenstein): ele objetivou identificar as 
possíveis relações entre a constitucional e a responsabilidade politica institucional. A 
partir daí ele entendeu que existem constituições semânticas, seriam disfarces fantasias 
para iludir o povo, tentar legislar uma orbita arbitrária do poder. São geralmente 
outorgadas. Normativas: perfeita, adequada, ideal grau de efetividade suficiente 
razoavelmente cumpridas e aceita pela sociedade, as nominais, muito avançadas para 
uma sociedade, não logram grande efetividade, mas tem um caráter pedagógico, 
buscam orientar a sociedade a progressivamente conferir maior efetividade. 
6. Caráter ideológico: Constituições liberais (negativas) e sociais (dirigentes): 
as primeiras surgem da ideologia burguesa e os ideias de liberalismo, objetivando a 
proteção de liberdade burguesa em face do poder estatal. Trata-se das constituições 
marcadas pela divisão de poderes com a declaração expressa da ampla liberdade do 
cidadão e, consequentemente, dos limites da atuação estatal, elas originam-se no inicio 
do surgimento dos direitos humanos, que exigiam a intervenção estatal, daí o conceito 
 
 
de constituição negativa, já que impunha a omissão ou negação de ação do Estado, 
preservando-se assim, as liberdades públicas. Já as constituições sociais correspondem 
a um momento posterior na evolução do constitucionalismo. É o chamado estado de 
bem comum (admite a atuação positiva do Estado, corrigindo as desigualdades sociais e 
proporcionando, assim, efetivamente, a igualdade de todos). É bastante comum, nesse 
tipo de constituição, traçar expressamente os grandes objetivos que hão de nortear a 
atuação governamental, impondo-os (ao menos a longo prazo), por isso, canotilho, 
chama de “dirigentes. 
7. Proposta construtiva: simples ou compromissória, as constituições simples 
são aquelas que definem uma linha politica e ideológica e questões constitucionais que 
devem ser seguidas. Já as compromissórias são aquelas plasmadas de normas 
programáticas, há exemplo das constituições sociais, resulta de compromissos e pactos 
para resolução de problemas sociais, ex: a brasileira. 
 
Estrutura das constitucionais: preambulo, dogmática, orgânica, ADCT (atos das 
disposições constitucionais transitórias) e as emendas. 
 O preambulo, não integra o corpo da norma, e não tem caráter normativo, é 
meramente uma carta de apresentação onde encontra-se a evocação de Deus, e o 
legislador aponta os ideiais que o inspiraram e que impregnam no texto que se apresenta 
a nação (para Miguel Calmon o preâmbulo partilha do caráter normativo). 
. A parte introdutória, via de regra, encontra-se nas regras gerais, com a divisão dos 
poderes, os objetivos supremos do estado e sua organização mais genérica (forma e 
sistema de governo). 
 A constituição brasileira se iniciaria com a parte dogmática que compreende as 
declarações de direitos e todas as limitações á atuação estatal. Seria as enumerações dos 
direitos fundamentais art. 1° ao 17. 
 Na parte orgânica, estabelece a organização do poder, sua divisão mais minuciosa, 
com a atribuição de competências tanto ente os órgãos da republica como entre os 
diversos entes federativos (diretrizes para o funcionamento do Estado). 
 Por fim, a parte final pode ser as ADCT (atos das disposições constitucionais 
transitórias ou finais), objetiva a regulamentação da transição da ordem anterior para 
outra. Por apresentar caráter efêmero, por vezes prazo certo, após o qual simplesmente 
perde muito seu peso normativa, objetivandoa transição de uma ordem anterior para a 
outra (a adct comporta emendas) 
 
 
 As emendas elas são anexadas ao final, mas alteram o texto da constituição. 
 Direito intertemporal 
 A relação entre a nova constituição e a anterior é um problema de direito 
constitucional intertemporal. Pois é essa disciplina que se habilita a tratar das questões 
entre a constituição pretérita e a constituição vigente. 
 O problema da revogação da constituição não está no plano da validade, pois a 
constituição se auto validam e sim no plano da existência. 
 Para a minoria doutrinária, quando uma constituição entra em vigor, ela revoga a 
constituição anterior. A doutrina majoritária, todavia entende que só quem pode revogar 
uma constituição é o poder constituinte originário nesse sentido para essa parte da 
doutrina não haveria uma revogação da constituição superveniente, mas sim a ausência 
de recepção. 
 Num processo de mudanças constitucional, defende-se que vários princípios podem 
reger a relação entre a constituição pretérita e a vigente: 
Principio da recepção: com a revogação da constituição anterior, o direito 
infraconstitucional pode ser recepcionado ou revogado. No primeiro caso, quando se 
analisa uma constituição (anterior ou atual) pode-se analisar através do aspecto formal 
ou material, todavia sempre se analisa pelo aspecto material, por isso as normas 
anteriores que são compatíveis com a superveniente serão recepcionadas. Isso porque, 
os princípios da continuidade da ordem jurídica não permite que as normas compatíveis 
sejam afastadas. No entanto, a lei que permanecer terá novos fundamentos, já que não 
se pode interpretar leis pretéritas de acordo a constituição anterior. Para a doutrina 
majoritária não existe o segundo caso, ou seja, revogação, pois segundo ele só quem 
pode revogar uma nova constituição é o poder originário, por isso há uma ausência de 
recepção. 
Repristinação (convalidação): é o restabelecimento da norma revogada em razão 
da revogação da norma revogadora, ou seja, o restabelecimento do direito 
infraconstitucional, em razão da conciliação daquela direito com a constituição atual. 
Essa repristinação deve ser expressa na nova constituição, pois não pode haver este 
fenômeno automaticamente. 
Desconstitucionalização: é a recepção da nova ordem constitucional, como leis 
ordinárias, de disposição constitucional anterior (pretérita). Isso acontece em razão das 
normas constitucionais anteriores guardarem harmonia material com a nova 
 
 
constituição, assim haveria uma desconstitucionalização, ou seja, perda do status de 
constitucionais, assumindo a posição de normas legais, este fenômeno o deve ser 
expresso na nova constituição também. 
TEORIAS DOS PRINCÍPIOS 
O texto não é norma, todavia com a interpretação do texto, podem surgir as 
normas. 
O neo-constitucionalismo e o pós-positivismo resultou no fortalecimento da força 
normativa dos princípios. 
Fases dos princípios. 
O jusnaturalismo: os princípios eram preceitos de direito natural assim eles 
estavam numa posição de preponderância no ápice das normas jurídicas. Todavia na 
prática esses princípios eram abstratos e indefinidos sendo, portanto, corrigidos segundo 
a justiça e a igualdade. 
O jus positivismo: com o grau de abstração e indefinição dos princípios na 
jusnaturalismo, o positivismo achou necessária sua positivação. Isso acontece a partir do 
normativíssimo de Kelsen, para esta corrente a norma é um juízo hipotético 
condicionantes, cujo objetivo é estabelecer uma hipótese e uma consequência, ou seja, 
definir condutas, modalidades de dever ser (modais dêoticas), e a não observâncias das 
consequências culminaria numa sanção. Assim, nessa época os princípios eram utilizados 
simplesmente para suprir as lacunas, não tendo hipótese de incidência, ou seja, os 
princípios eram ignorados pelo positivismo. No final da segunda guerra mundial o 
positivismo entra em crise. 
Pós-positivismo: os princípios que nadam valiam para o positivismo, voltam a 
posição de destaque do jusnaturalismo, mas agora como norma jurídica constitucional, 
passando a gozar de supremacia constitucional, não precisando está positivada para 
terem aplicabilidade, ou seja, passaram a ter os mesmos fundamentos da norma (proibir, 
permitir, obrigar). Sua maior utilização é no caso concreto. 
Norma no pós positivismo 
A norma para o pós-positivismo é uma ordenação material de conduta que podem 
vir através de regra ou princípios. 
Com a inserção dos princípios no campo da norma jurídica, o conceito de norma do 
positivismo passa a está errado. 
 
 
Para Dworkin, existem normas e princípios, este último são aplicados segundo o 
seu peso e importância no caso concreto, eles são aplicados em intensidade distintas de 
acordo a cada caso. Já as normas seriam aplicadas na regra do tudo ou nada. 
Regras e principios 
Para alexy e canotilho, existe o gênero que é a norma, e a norma comporta duas 
espécies, que são as regras e os princípios, dessa forma percebe-se uma dificuldade em 
distinguir as regras dos princípios. Nesse sentido, foram desenvolvidos vários critério 
para que não se possa confudi-las. 
Para canotilho, a diferença entre os princípios e as regras está no grau. Para o 
referido autor, os princípios tem maior generalidade, abstração, imprecisão e 
indeterminação que as leis (regras), em contrapartida, tem menos densidade normativa, 
pois são mais abstrato, só podendo ser compreendidos dentro de um caso concreto. 
Para alexy, as regras tem a estrutura hipotético, consequência e sanção, por isso 
tem mesmo abstração, pois a hipótese já é uma delimitação. Em suma, as regras já 
existem dentro do possível, são ordem, mandados, ordens peremptórias e definitivas. Os 
princípios pelo contrário são mandado de otimização, pois devem ser aplicados na maior 
medida do possível fática e juridicamente. A priori os princípios sempre se aplicam a 
qualquer caso, (são mais abstratos), isso dar margem a colisão dos princípios. 
É nesse sentido que Alex chegará mais perto de Dworkin, pois enquanto as regras 
são resolvidos pelos critérios de autinomia (cronológicos, especialidade, exceção e 
hierarquia), os princípios só podem ser resolvidos por ponderação. Isso é explicitado no 
principio da ponderação cujo entendimento é “para resolver a colisão, as razões dos 
princípios devem ser mais importantes do que os efeitos do principio que vai ceder, não 
sendo desconsiderado ou inválido o principio que não prevalecer, ou seja, há uma 
redução de um principio ao mínimo e outro ao máximo, todavia isso pode-se inverter em 
outro caso. 
Enfim os princípios só são aplicados no caso concreto. Dessa forma, alexy chega a 
conclusão de que toda vez que houver determinadas condições fáticas no caso concreto, 
um determinado principio I deve prevalecer sobre o principio II. EX: no caso da 
informação e o direito a privacidade, o fato de a informação ser atual e relevante fixa a 
precedência de liberdade de expressão sobre a intimidade, assim se as condições 
mudarem, os resultados também podem ser mudados. 
As colisões de princípios geralmente resultam em regras, pois toda e qualquer 
regra tem fundamento em um principio, ou seja, toda regra tem fundamentação 
 
 
axiológica em um principio, todavia se num caso concreto couber o principio cuja regra 
foi fundada, poderá relativizar a regra em nome do principio, isso é uma ponderação de 
regra (regra – principio). NESSE SENTIDO A GRANDE QUESTÃO É QUE OS PRINCIPIOS 
DESIGNA UMA FINALIDADE, UM ESTADO DE COISA A SER ALCANÇADO E TEM CARATER 
AXIOLOGICO. 
 
Obs. Para Habermas não há uma racionalidade na ponderação de Alexy, pois esta 
teoria poderiaderrubar o muro de fogo dos direitos fundamentais, poderia fazer 
ponderação, por exemplo, para justificar a tortura. 
Resposta de Alex, para ele sempre que houver um juízo discursivo sobre vida e 
saúde, deve-se prevalecer sobre a igualdade. 
PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE: quando a lei restringe um principio para 
saber se é constitucional ou não, a proporcionalidade exige que se analise três critérios; 
a) adequação, ou seja medida efetivada para realizar um principio seja adequado, útil, 
idôneo para realizar um principio em restrição ao outro; b) necessidade, menos gravoso 
(buscar medidas menos grave para o caso in concreto). 
EFICÁCIA JURÍDICA DA NORMA 
A eficácia jurídica das normas consiste na aptidão de uma norma em produzir 
efeitos na esfera jurídica. A eficácia social, todavia, é a efetividade da norma em um caso 
concreto, o problema da efetividade da norma social é grande. 
Eficácia das normas constitucionais 
A eficácia das normas constitucionais iniciou-se nos Estados Unidos, com Thomas 
cooley, chamava a primeira categoria de normas auto executáveis (self-executing) e a 
segunda de não auto executáveis (not self-executing). As primeiras são aquelas que 
valem por si mesmas, já as segundas são delineadas por outros órgãos, ou seja, é preciso 
que suja uma lei para disciplina-las. Essa interpretação foi mantida por Rui barbosa. Foi 
na época do liberalismo, e essas normas causavam a angustia, pois por se tratar de 
normas constitucionais, deveriam ter eficácia plena. 
Período entre guerras e pós guerras: com o constitucionalismo social, a questão da 
efetividade da normas programáticas ganham maior relevância, é nesse período que 
surgem as normas programáticas. Sua discursão foi maior na Itália (regime facista), que 
pretendia retirar todos os obstáculos que impediam o desenvolvimento da pessoa 
 
 
humana. Nessa época havia um questionamento sobre a possibilidade de leis fascistas 
continuarem no ordenamento jurídico. 
Constitucionalismo Italiano Vezio Crisapolly: diz que as normas programáticas 
são jurídicas e disciplinam o direito futuro. Em parte, estava equivocado, pois as normas 
programáticas se entendem a todos os poderes (executivo e judiciário), e não somente 
ao legislativo. Analisando os efeitos das normas programáticas sobre o legislativo, as 
normas programáticas podem depender de lei (ato legislativo), ela também pode causar 
a inconstitucionalidade de leis pretéritas, inconstitucionalidade superveniente (ausência 
de recepção). As leis que surgem com a CF, contrárias às programáticas também poderão 
ser declaradas inconstitucionais por esta, todavia nesse caso será inconstitucionalidade 
típica ou originaria. 
O legislador viola a CF pela sua ação ou omissão (inércia). Isso diz respeito a 
normas programáticas. Em alguns casos, o legislador tem a opção de legislar 
(discriocionariedade). EX: profissão, criação de IGF, nesse caso, ele pode ou não criar. Em 
outros casos, ele deve legislar. Ex: curso prévio, há duas situações (faculdade ou dever). 
Omissão inconstitucional é quando a lei não atende a CF (ausência de lei) ou quando 
existe, mas não é suficiente. 
Crisjafely diz que se a CF impõe o dever e o poder, mas se abstém do poder de 
legislar, haverá a inconstitucionalidade por omissão. Nesse caso, caberá ao tribunal 
constitucional declarar a inconstitucionalidade por omissão. Diz que essa declaração é 
igual declaração por censura, pois não há como constranger/forçar o legislador a legislar. 
Além disso, crisafilly reconhece ainda que as normas constitucionais programáticas 
orientam a discricionariedade administrativa (de acordo com o que o administrador ache 
conveniente ou não), bem como, são vetores de interpretação e dirige a integração das 
lacunas, asseguram ao individuo um direito de defesa. Essas normas podem gerar direito 
individuais contra leis que contrariem seus direitos, só gera direito negativo. 
Obs. Essa censura deveria repercutir nas urnas, ou seja, caberia ao povo não mais 
votar nos parlamentares que não editaram a norma, o tribunal constitucional não pode 
fazer nada mais que avisar o legislador. 
Eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais (José Afonso da silva) 
Plena ou (auto-executórias): são as normas aptas a produzir os seus efeitos, ou 
seja, normas de aplicabilidade imediata e integral, essas normas não podem ser 
restringidas por legislações infraconstitucionais, bem como, não precisam de 
regulamentação para serem aplicadas.. Ex: normas proibitivas 
 
 
Contida e aplicabilidade imediata, mas possivelmente não integral: são normas 
imediatamente aplicadas e aptas a produzir efeitos, mas sofrem uma restrição de sua 
eficácia tanto por normas constitucionais, como por normas infraconstitucionais. Em 
suma, ela não precisa de lei para ter eficácia, a outra lei simplesmente restringe, todavia, 
essa restrição deve ser proporcional e por motivos de paz social, ordem publica ou bons 
costumes. 
Limitadas (normas constitucionais de eficácia limitada ou reduzida): são, via de 
regra, normas que tem aplicabilidade para o futuro, ou seja, precisarão de uma 
integração infraconstitucional. Elas terão o mínimo de eficácia, por isso é dever do 
legislador ordinário regulamentar essa norma, vão constituir um sentido teleológico para 
a interpretação, integração e aplicação das normas e condicionar a atividade 
discricionária do poder executivo e do judiciário. 
 Elas subdividem-se em dois tipos, definidoras de princípios institucionais, refere-se 
às normas que iniciam a previsão da criação de um órgão do Estado, EX.: antes de 88 não 
existia a defensoria publica, foi criada por lei ou definidoras de normas programáticas. 
 (aula de felipe, Turma II). 
 Eficácia das normas constitucionais 
Eficácia social e jurídica: é a plicação da norma em um caso concreto, já eficácia jurídica 
é aptidão para regular algumas relações jurídica no caso concreto. Apesar de que nem 
todas as normas tem eficácia social, elas tem a ter eficácia jurídica. Nesse sentido as 
normas que tem fácil aplicação, são consideradas densas, já as que não tem tanta 
facilidade de aplicação são consideradas menos densas. Essa aplicabilidade ou alta ou 
baixa é utilizado para definir sua aplicabilidade. 
 Classificação das normas no âmbito internacional e nacional. 
 As internacionais: para thomas cooley nenhuma constitucional não será um mero 
conselho, mas sim, elas terão eficácia jurídica, e força normativa, todavia, algumas 
normas não são aplicadas imediatamente. Assim ele, subdividiu, as normas em 
autoaplicáveis (executáveis) são regras gerais e podem ser aplicadas diretamente ao 
caso, e as normas não auto-aplicaveis, não permitem aplicação direta, exigindo uma 
intervenção infraconstitucional. Para Rui Barbosa, essas normas são classificadas como 
bastante em si e não bastante em si, respectivamente. 
 Para azzariti: existem as normas diretivas que são semelhantes a normas 
programáticas, mas não possuem eficácia jurídica, e as normas preceptivas, estas 
 
 
estabelecem preceitos que o cidadão ficaria vinculado. As preceptivas poderiam ser de 
aplicação direta e imediata ou aplicação direta e mediata, esta precisam de intervenção 
infraconstitucional (normas não auto-executaveis), já aquelas tem aplicação direta ao 
caso (seria as normas auto-executaveis). 
As normas programáticas vão vincular o poder publico e estabelecer programa. 
Segundo, normas imediatamente preceptivas constitutivas, semelhantes as auto-
aplicaveis, normas de eficácia diferida, esta seraim as normas não auto aplicáveis, pois 
seria necessário um desdobramento por meio instrumentais ou leis organizatórias 
posteriores. 
Para Zagrebelky: existemnormas de eficácia direta e normas de eficácia indireta. A 
primeira são normas que por si só regulam diretamente as relações jurídicas. Já as outras 
são as que possuem estrutura normativa completa, esta, subdivide-se em três, as 
diferidas são normas de organização, mas precisam de disciplina posterior, normas de 
princípios são aquelas que estabelecem os princípios (clausulas gerais) e as normas 
programáticas. 
Nacional 
Jose Afonso da silva neto: para este autor, existem as normas de eficácia plena, 
são normas de aplicabilidade imediata e integral, não podem ser restringidas por 
legislação infraconstitucional e não precisam de regulamentação para ser aplicada. 
Normas constitucionais de eficácia contida e aplicabilidade imediata, mas 
possivelmente não integras, elas podem ser restringidas, limitadas, podendo ser 
restringida por normas constitucionais ou infraconstitucionais, desde que por motivos de 
ordem publica, paz social e bons costumes. Normas constitucionais de eficácia limitada 
e reduzida, essas não precisarão de uma integração infraconstitucional, pois terão o 
mínimo de eficácia, sendo dever do legislador ordinário regulamenta-las, irão constituir 
um sentido teleológico para a interpretação, integração e aplicação das normas, bem 
como, condicionar a atividade discricionária do poder executivo e do poder judiciário. A 
norma de eficácia limitada e reduzida subdivide-se em definidoras de principios 
institucionais que prevem normas gerais de determinado órgão, que necessita de uma 
legislação e definidoras de normas programáticas. 
Crítica de Luiz Vigilio a José afonso da Silva: para luiz vigilio, josé afonso comete 
dos equívocos, o primeiro é sobre as normas que são limitáveis e não limitáveis, o 
segundo que existem normas regulamentáveis e não regulamentáveis, ele acha que esses 
dois critérios é um só, porque quando se regulamenta algo, está limitando. No que tange 
as normas de eficácia plena (não podem ser restringívei) e limitada, por vir da ideia de 
 
 
direitos fundamentais deve ter a obstenção do Estado, todavia para Luiz vigilio todas as 
normas precisam da atuação do Estado, pois para ele, todas as normas são de eficácia 
limitada. 
Para Maria Helena Diniz, teriam as normas de super eficazes ou eficácia absoluta, 
são intangíveis e inalteráveis e normas de eficácia plena, normas de eficácia relativa 
restringível, normas de eficácia completável ou dependente de complementação 
legislativa. Gradualismo eficácia das normas constitucionais art.5° CF-89. 
 
 INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO 
 A teoria do direito sempre se debruçou sobre o problema da interpretação. Na 
tentativa de entender qual o seu objetivo (atividade cuja finalidade é entender a 
extensão e o sentido das normas), bem como, entender também, o objetivo da 
hermenêutica, surgem os métodos, clássicos de interpretação, especialmente no que se 
refere a interpretação da constituição, que exige um interpretação clara e literal. 
 Os métodos clássicos visavam garantir a pureza do legislador, baseados no ponto 
de que a lei seria sempre clara, precisa, boa e justa. Esses métodos de hermenêutica 
clássicos acreditavam piamente na lei, por isso já estão defasados. 
 Métodos clássicos 
1. Literal: sentido popular, leigo ou técnico-jurídico, se baseia no sentido explicito 
das expressões do texto. 
2. Lógica: afasta o sentido absurdo que poderiam advir de interpretação literal, ou 
seja, exclui sentido desconexo. 
3. Sistemática: a constituição não deve ser interpretada em tiras, deve-se envolver 
o sistema constitucional como um todo, bem como interpretar a lei como a 
constituição se é compatível ou não. 
4. Histórica: mais prestigiada, busca a mens legis. 
5. Finalístico: finalidade de uma determinada norma para melhor compreendê-la. 
Savigny se propunha a usar todos os métodos juntos. 
Os métodos surgem no período liberal, do positivismo, da escola de exegese. O juiz 
só fundamenta a sua decisão. No positivismo, há uma premissa maior e uma menor 
(norma e caso), isso acontece pela tentativa de dar ao direito continuidade, assim, essa 
compreensão reproduz o sentido da norma que é repetido pelo interprete, não 
importando se a norma é justa ou injusta, a interpretação é meramente descritiva. 
 
 
 
 O método tópico problemático de Theodor Viehweg, vai romper com as bases da 
compreensão sistemática do direto. Para ele o mais importante para decidir é o caso, por 
isso qualquer solução deve vir do caso e não da lei. Nesse sentido, o pensamento deve vir 
de um aspecto problemático, cujo finalidade é a problematização do caso. Dentro desse 
ponto de vista adota-se a melhor decisão, rompendo com o raciocino logico matemático 
do direito. 
 A tópica: surge com os pontos de que podem orientar a decisão. A norma é mais 
um ponto de vista, mas não o principal. O papel da norma era secundário, para Theoder, 
consoante Canotilho, esse método poderia levar a uma preponderância a um casuísmo 
sem limites, em detrimento da norma. 
 Método hermenêutico-concretizador: Theodor foi substituído por Konrad hesse, 
que traz a interpretação concretizante da constituição. Ele utiliza a tópica e premissas da 
hermenêutica filosófica, entendendo que só a interpretação na discursão de casos 
complicados, pois os casos simples dispensa interpretação. 
 Para ele não se podia confundir textos com normas, texto é o enunciado normativo 
(o que está escrito) é dele que se estrai o âmbito normativo e o programa normativo. O 
primeiro é porção da realidade que o texto retrata, o recorte da realidade, o segundo o 
que se prescreve, ordena, determina. 
 Toda atividade de interpretação se dá dentro de um horizonte histórico, por isso 
todos trazem em si pré-conceitos e concepções que norteiam ou embasam essas 
concepções. Por isso, toda vez que nos deparamos com um texto a ser interpretado 
vamos analisa-lo, juntamente com as nossas preconcepções, nesse sentido a 
interpretação deve possibilitar a junção do horizonte do texto com a do interprete. Pois 
se a realidade é parte da composição da norma, não se pode entender a norma 
distanciando-se da realidade. 
 Circulo hermenêutico: horizonte do interprete com o horizonte do texto, Hesse 
defende os princípios e orientações da interpretação constitucional. 
 Método normativo-estruturante: esse método segue a mesma concepção de 
Hesse, explicando algo que passa despercebido, de todos fazemos, sustentando a 
metódica constitucional. Na metódica constitucional ele procura o que utilizamos para 
compreender, entender nossas concepções. 
 
 
Para Friedrich Muller, existem elementos que compõem a interpretação sem 
serem revelados, e quando compõem são arbitrários. Esses elementos, podem ser 
intrínsecos, ou extrínsecos ao programa da norma. Os primeiros estariam alocados os 
métodos clássicos e os princípios da interpretação constitucional, já os extrínsecos são os 
elementos sociais, culturais, políticos e econômicos, bem como, a doutrina. Ele se 
equivoca a juntar os métodos clássicos na concepção moderna. 
Elementos da doutrina constitucional: é evidente que a doutrina parte da 
compreensão da norma, pois ela é imprescindível da mesma forma que os elementos da 
politica constitucional cujo objetivos o direito constitucional estabelece. A jurisprudência 
que envolvem questões constitucionais, também são utilizado no método normativo-
estruturante. Isso é importante pois segurança jurídica não representa a primazia do 
significado da norma. 
Princípios da interpretação constitucional 
Tanto Hesse como Muller sustentavam a necessidade de princípios de 
interpretação constitucional, esses princípios não seriam normas jurídicas, mas sim, 
serviriam paraorientar como de se as normas e guiar a ciência do direito. 
Princípio da unidade da constituição: entende que o ordenamento jurídico só 
pode ser concebido como um conjunto de normas, este principio afasta a 
inconstitucionalidade, pois é responsável por impor a regra de não hierarquia das 
normas constitucionais frente às outras normas constitucionais. Pois a constituição é 
uma unidade, e suas normas são originarias, quer porque possui o mesmo fundamento 
de validade, quer porque são provenientes da mesma fonte (poder constituinte) por 
isso, qualquer contradição entre elas deve ser resolvida pela interpretação. 
Principio do efeito integrador: desenvolvida por Rudolf smend, nessa perspectiva 
a constituição é compreendida como um projeto normativo global de ordenação do 
Estado e da sociedade, que se destina a assegurar uma coesão sócio-política, partindo 
dessa analise, entende-se que a interpretação deve prestigiar a integração social, politica 
e econômica do povo. 
Principio da máxima efetividade: chamado também principio da interpretação 
efetiva, orienta o interprete a atribuir às normas constitucionais o sentido que maior 
efetividade lhe dê, visando otimizar ou maximizar a norma para dela extrair todas as suas 
potencialidades, tem maior incidência no campo dos direitos fundamentais, embora 
possam ser utilizadas por todas as normas constitucionais. Em suma, ele confere as 
normas constitucionais entendimento de maior eficácia social da interpretação. 
 
 
Principio da justeza ou da conformidade funcional: o principio da conformidade 
funcional tem por finalidade exatamente impedir que o interprete-concretizador da 
constituição modifique aquele sistema de repartição e divisão das funções 
constitucionais, para evitar que a interpretação constitucional chegue a resultados que 
perturbem o esquema organizatório-funcional nela estabelecido, como é o caso da 
separação dos poderes, este principio tem particular importância no controle da 
constitucionalidade. Em síntese ele impede que a constituição possa ser interpretada de 
modo a deturpar a divisão de competência e funções que estabelece a separação dos 
poderes. 
Principio da concordância prática ou da harmonização: este principio da 
concordância prática ou da harmonização serve ao proposito de diminui e ponderar 
entre os bens jurídicos, valores, ou idéias em colisões, impondo ao interprete a 
coordenação e harmonização desses bens jurídicos-constitucionais em conflito, de modo 
a evitar o sacrifício de uns em relação ao outro. 
 Nas coalisões entre normas deve-se primar pela harmonia da norma com o caso 
concreto, ou seja, dentro de várias possibilidades deve-se primar pelo a que menos 
restritiva seja, e mais se aproxida dos valores tais como justiça e equidade. Para alguns 
autores esse principio se aproxima do principio da necessidade, deve-se primar pela lei 
necessária. 
 Obs. Ele tem sido invocado largamente para resolver conflitos entre direitos 
fundamentais, ou entre este e outros bens protegidos pela constituição. Essa ponderação 
não será feita a priori, mas no caso in concretu, sendo esta ponderação feita (i) com 
concessões reciprocas, procurando preservar o máximo possível de cada um dos 
interesses em disputa ou, no limite (ii) procederá à escolha do direito ou bem que irá 
prevalecer, em concreto, por realizar mais adequadamente a vontade constitucional 
Principio da força normativa constitucional: esse princípio entende que as normas 
constitucionais dispõem de força normativa suficiente para vincular e impor os seus 
comandos, por isso, cumpre ao interprete a tarefa de preservar a forma normativa da 
constituição, através de um trabalho de atualização de suas normas, garantido a sua 
ótima eficácia e permanência. Em suma, sustenta que as interpretações da constituição, 
associa-se ao da máxima efetividade, deve-se resguardar a constitucionalidade da 
constituição. 
Principio da proporcionalidade ou da razoabilidade: é um principio constitucional 
importante que limita a atuação e discricionariedade dos poderes públicos, vedando que 
seus órgãos ajam com excesso ou valendo-se de atos inúteis, desarrazoados e 
 
 
desproporcionais. Estes princípios, consubstancia, em essência, uma pauta de natureza 
axiológica que emana diretamente das ideias de justiça, equidade, bom senso, 
prudência, moderação, justa medida (...) e valores afins, que precedem e condiciona a 
positivação jurídica, tanto a nível constitucional, como serve de regra para interpretação 
para todo o ordenamento jurídico. 
O principio da proporcionalidade ou razoabilidade é um principio constitucional 
implícito que exige a verificação do ato do poder publico quanto aos aspectos: 
adequação (utilidade), isto é, aquele que exige que as medidas adotadas pelo poder 
público se apresentem aptas para atingir os fins almejados; necessidade (exigibilidade) 
impõe-se que o poder público adote, entre os atos e meios adequados, aquele ou 
aqueles que menos sacrifícios ou limitações causem aos direitos fundamentais e por fim 
proporcionalidade em sentido estrito, deve-se encontrar um equilíbrio entre o motivo 
que ensejou a atuação do poder público e a providencia por ele tomada na consecução 
dos fins visados. 
Obs. A razoabilidade tem sua origem e desenvolvimento no devido processo legal, 
antigo instituto do Direito angro-saxão, que remota a cláusula Law of the land, na magna 
carta, este principio baseava-se no critério da não possibilidade de condenação de um 
individuo sem o devido processo legal, neste primeiro meramente formal, sendo que nos 
EUA, esta garantia desenvolveu-se com aspecto muito mais substantivo ou material, que 
permitia o judiciário investigar o próprio mérito dos atos do poder público. 
Hermenêutica filosófica: para a hermenêutica filosófica a interpretação não pode 
seguir um único método especifico, ou seja, ela afasta uma compreensão metódica da 
interpretação. Para essa corrente, embora os métodos e princípios tragam caminho para 
a interpretação constitucional, não há um principio, método superior para se chegar a 
uma conclusão. Isso ocorre porque a mente humana é falível, limitada e nessa 
circunstancia a compreensão e a interpretação são atividades que ocorrem 
concomitantemente. 
Metódica da interpretação: pressupostos filosóficos, metodológicos equivocados; 
compreensão, interpretação e aplicação, ocorrem concomitantemente, e há uma 
aproximação do horizonte dos historiadores; hermenêutica, traduzir dentro do contexto 
de onde vem o objetivo e para onde vai; horizontes pré-concebidos, distanciamento 
histórico e ampliação dos horizontes, dialógica, essa atividade a partir de uma caso 
concreto que pode levar a interpretação. 
ESTADO FEDERAL 
 
 
Formas de governo: é como está estruturado o governo, monarquia e republica, 
este é na maioria presidencialista, caracterizado pela responsabilidade do governante, 
governo temporário e elegibilidade, já aquele é o governo de um só, caracteriza-se pela 
irresponsabilidade do monarca, hereditariedade e vitaliciedade. Em síntese, principio 
republicano não é clausula pétrea, alguns princípios decorrentes podem ser, já a forma 
federativa é sim uma clausula pétrea. 
Sistema de governo: é a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido 
no âmbito de um Estado, podendo ser presidencialismo ou parlamentarismo 
(monárquico ou republicano), o primeiro é o acumulo de chefe do governo e do Estado 
numa só pessoa o presidente, já o segundo o Rei é chefe de Estado e o primeiro ministro 
chefe de governo. O chefe de governo é a figura politica que irá representar o pais 
internamente, estabelecendo uma politica no âmbito (primeiro ministro ou presidente),já o chefe de Estado é uma figura politicamente neutro, que só representa o pais no 
âmbito externo. 
Obs. O primeiro ministro pode perder o cargo através da monção de desconfiança. 
Formas de Estado Unitário ou Federal: o estado unitário (estado simples), é 
aquele que possui governo único, conduzido por uma única entidade politica, que exerce 
o poder de forma centralizada, e mesmo quando o estado unitário for descentralizado, as 
competências do governo locais estão subordinada ao governo central. 
O Estado Federal é um poder central, mas descentralizado entre os Estados-
membros, todas politicamente autônomas cuja autonomia está prevista na constituição, 
devendo seu exercício está em consonância com ela. Na constituição de 1891 foi previsto 
a forma federativa para o Brasil. 
A federação brasileira é composta pela união do entes federativos: municípios, 
estados, Distrito Federal e a própria União (art. 1° CF-88), a união nesse sentido, refere-se 
a agregação dos Estados-membros. 
Art.18 especifica detalhe, esse ente chamado de união. 
Classificações da federação: descentralização, ou seja, há uma descentralização 
politica, legislativa e administrativa, esta última como possibilidade de auto governo, 
principio da participação, isso prevê que as vontades parciais irão participar das 
vontades nacional, deve ser prevista na constituição, no Brasil ocorre através do 
congresso nacional (representa o povo) e senado (representa o Estado) e o principio da 
autonomia, preconiza que a possibilidade de auto organização, auto legislação e auto 
administração. 
 
 
Requisitos essenciais para a manutenção da Federação: rigidez constitucional, 
forma federativa como cláusula pétrea e controle de constitucionalidade, ou seja, é o 
controle de adequação das leis e atos normativos em relação a constituição. Isso ocorre 
porque o poder público deve garantir a permanência de órgão específicos para julgar 
esse controle, partindo da analise dos atos públicos em relação à adequação a 
constituição. 
Classificação do federalismo: 1) leva em consideração o surgimento do Estado: O 
federalismo pode ser por agregação (estado perfeito ou associação) ou segregação 
(estado imperfeito, por dissociação), aquele é quando vários Estados se unem através de 
uma constituição para formar um único Estado (EUA), nesse caso os Estados-membros 
tem autonomia muito maior, já o segundo acontece quando um único Estado se 
desagrega em vários Estados menores, persistindo o único Estado organizado por uma 
constituição, nesse caso a União mantém o máximo de poder, isso acontece porque o 
caráter originário do federalismo influencia na manutenção máxima do poder. 
 2) leva em consideração a repartição de competências: Dual (clássico), 
cooperativo (neoclássico). Aquele consiste numa repartição privativa entre as entidades 
federadas que atuam como esferas distintas, separadas e independentes, não havendo 
entre elas qualquer tipo de cooperação ou colaboração recíproca. Já o cooperativo surgiu 
coma necessidade de um Estado social, caracteriza-se pela colaboração recíproca e 
atuação paralela ou comum entre os poderes centrais e regionais. Por fim, o federalismo 
por integração, repartição vertical de competência onde a união vai supervisionar essa 
competência, subordinação do Estado para a união. No Brasil a repartição é 
cooperativa, assim como na Alemanha. 
 3) leva em conta a concentração do poder : centrípeto, centrifugo ou de 
equilíbrio. No primeiro caso, proporciona uma maior concentração de poder no governo 
central, o segundo implica uma maior descentralização do poder central e uma 
ampliação dos poderes regionais (EUA), já o terceiro caso, visa uma equilibrada e 
equitativa repartição de podres entre os governantes centrais e regionais (Brasil, após CF-
88). 
 Para Raul machado neto. 
 4) quanto as características dominantes das constituições: federalismo simétrico 
ou homogêneo, se estabelece um rol de características, a) composição plural de Estado-
membros, ou seja vários entes federativos; b) repartição de competência, governo local e 
central participando da competência da União; c) possibilidades de intervenção federal 
(art.34 CF-88), desde que seja para manter a estabilidade da federação, se permite a 
 
 
intervenção da união nos Estados e Distrito Federal e nos municípios; d) poder legislativo 
bicameral, pois é necessário que os entes parciais participem da formação da vontade 
nacional; e) poder judiciário dual, estadual e federal, quando houver conflitos entre 
estes, a competência será do STF , e f) existência de um poder constituinte originário e 
um poder constituinte decorrente (constituição dos Estados), isso acontece como 
pressuposto da idéia de que autonomia dos Estados –membros de se regularem por leis 
próprias, salvo algumas exceções O Brasil adota o federalismo simétrico apesar da 
existência dos municípios. 
 Federalismo assimétrico: foge do modelo padrão, homogêneo, não adota as 
características supra mencionadas. 
 Federalismo: ideia de Estado com repartição politica, administrativa e legislativa. 
 Competência de âmbito geral pertence à união, já a competência de 
concorrentes, vai interessar a todos os entes (união, estados-membros e municípios). 
 Repartição de competências: serve para garantir autonomia dos Entes, não se 
restringindo a competência de formato ativo, bem como, competências comuns e 
concorrentes (âmbitos que todos os entes vão atuar juntos). 
 Interesse nacional, regional e local (se houver conflito, em interesse local 
permanece a vontade do município, predominância de interesse). 
1. Campos específicos das competências: é a competência de um ente e de 
outro, retomado do modelo tradicional de repartição. Art. 21 (competências da união); 
art. 22 (privativamente a união legislar); art. 30 (competências dos municípios). 
1.1 As competências do Estado é em regra dada pela exclusão, ou seja, compete 
ao Estado tudo que não compete aos municípios e a União, bem como, as competências 
comum a todos eles. Existem competências residual para os Estados, mas algumas são 
dadas pelas próprias constituição (numéricas), art.18, criação de organização, estabelece 
uma competência para o Estado. 
Obs. A critica da doutrina é na questão terminológica para eles competências 
residual seria mais própria ao Estado por agregação. 
Obs. Competência hibrida: tanto dos municípios quanto dos Estados. 
Distrito Federal (art.32 § 1), algumas competências do Distrito Federal passam para 
a união. 
 
 
2. Probabilidade de delegação: é sobre transferir parte da competência. Pode 
ser privativa ou exclusiva, nesta não permite delegação, naquela permite delegação. Os 
requisitos necessário para a delegação, consoante André ramos são: a) ser feito por lei 
complementar; b)apenas delegar questões limitadas e especificas; e c) adoção por 
analogia para aplicação da forma da lei delegada (trazer extensão da delegação, os 
termos de seu exercício lei passar pelo congresso nacional e poderia haver um prazo para 
a delegação. 
3. Possibilidade de delegação, ou seja, conceder a um Estado competência 
maior e para outros competência menor. Para André neto, é possível a delegação 
desigual, para pode solucionar as desigualdades regionais, cujo objetivo é alcança a 
igualdade material (art. 3° CF-88). Para, Fernando Menezes não seria possível porque o 
Brasil teria adotado o federalismo simétrico (tratamento igual dos entes federativos). 
Vale frisar que mesmo no federalismo simétrico tem algumas exceções no que tange a 
competência. Para a proibição de forma abstrata depende de como a competência vai 
ser delegada no caso concreto, ex: se for para reduzir as desigualdades.4. Estabelecimento de âmbito de divisão de competências, comuns e 
concorrentes: as primeiras estendem-se a todos os entes federativos, são competências 
administrativas, exemplo se a constituição federal determina a organização ao Estado-
membros é uma competência implícita que engloba a competência legislativa, é uma 
repartição horizontal sendo coordenada pela União e as competências cooperativas são 
reguladas por lei complementar. O conflito de interesse no caso concreto será resolvido 
de acordo com o interesse. 
4.2 competências concorrentes (legislativa) art. 24 CF-88. Nesse artigo não fala da 
competência dos municípios, todavia, seria incorreto afirmar que os municípios não 
podem legislar, pois eles também têm o poder de suplementar, e apesar dos municípios 
não possuírem poder concorrente, isso não impede que possam legislar sobre matéria 
do art. 24, desde que haja o interesse local no assunto e a legislação competente esteja 
de acordo com a legislação Federal ou Estadual. A competência concorrente é legislativa 
vertical que pode ser cumulativa, ou seja, permite que os Estados legisle sobre os mesmo 
parâmetros, ou não cumulativa que estabelece o âmbito de atuação de cada ente, no 
Brasil a não cumulativa se dar com base na predominância do interesse. 
Há a competência concorrente suplementar que abrange os Estados em relação à 
União e as competências meramente suplementar que compreende os municípios. 
5. Norma geral: para Carlos Ayres Brito, normas gerais são aquelas que o 
objeto vai o objeto vai exigir tratamento informe dentro do cenário nacional. Para Carlos 
veloso, são as mais abstratas com maior grau de abstratividade (classicamente a ideia de 
princípios/ competência concorrente suplementar, estado complementar a norma). 
 
 
6. Competência concorrente suplementar complementar: os Estados vão 
apenas completar a legislação Federal, já a competência concorrente suplementar 
supletiva, a união não traça os parâmetros gerais, mas os Estados precisam legislar, 
quando existe uma omissão legislativa da união, podendo trazer tanto os pontos 
específicos como os aspectos gerais. A união não legisla o Estado cria a norma e traz 
tanto a de caráter especifico quanto geral, ou seja, exercem a atividade legislativa plena. 
 Obs. Uma lei de um ente federativo não pode revogar a lei de outro ente. Outra 
questão é que a parte geral que for contrária a União terá seus efeitos suspensos, pois 
não há revogação da norma Estadual, assim se tirar o obstáculo os efeitos voltam. 
 Efeitos repristinatorio tácito: é a possibilidade de uma norma voltar a produzir 
efeitos após a norma que impedia seja revogada. Por exemplo, a medida provisória não 
revoga a lei, apenas suspende sua eficácia. 
 UNIÃO 
 A união é pessoa jurídica de direito público interno, ora atuando como pessoa 
jurídica de direito constitucional, ora como pessoa jurídica de direito internacional, no 
primeiro caso age em nome próprio como entidade integrante da federação, no segundo, 
atua em nome da federação (quer no plano interno, quando edita leis nacionais(vincula 
todos os entes federativos), leis federais (dizem respeito somente assim mesma), quer no 
plano externo, quando mantém relações com estados estrangeiros, declara guerra e 
celebra paz). 
Mesmo com esses poderes, a união não é titular de soberania, meramente, possui 
autonomia política, sendo responsável pelo comando do governo central e pelo exercício 
das competências que lhe foram enumeradas na constituição, para o atendimento dos 
assuntos de predominante interesse nacional. O titular de Soberania é a Republica 
Federativa do Brasil. 
 Os bens da união estão elencados no art. 20 CF-88, que compreende as terras 
devolutas que não foram transportada para um ente privado, mas foram utilizadas pelo 
poder publico. As competências não legislativas ou administrativas compreende a 
organização e a manutenção de serviço publico, subdividindo-se em exclusivas, não 
podem ser delegadas para os Estados-membros, ou comuns/paralela/comulativas (art. 
21), atuação de todos os entes federativos (art. 25). 
 Competências legislativas: é a capacidade de elaboração das leis: essas 
competências podem ser privativas, permitem delegação aos Estados-membros, ou 
concorrentes, os Estados-membros e a união podem legislar juntos, mas em âmbitos 
 
 
distintos desde que haja o interesse. A união só legisla norma de âmbito geral, sobre 
regiões administrativas ou de desenvolvimento. Para josé aonso, a legislação sobre a 
organização administrativa seria uma forma especial, por exemplo a SUDENE no 
nordeste, isso culminaria em duas consequências para André Ramos Tavares, a primeira 
na produção de efeitos meramente administrativo e na segunda, a implementação da 
articulação social visando o desenvolvimento econômico de determinada região. 
 O Distrito Federal como ente autônomo: para José Afonso da silva, o Distrito 
Federal seria uma ente federativo com competência parcialmente tutelada pela União, 
suas competências legislativas em regras são as mesmas dos Estados e municípios, mas 
existem algumas dessas que ficam a cargo da União, por exemplo, a organização dos 
poderes judiciário. 
 O distrito federal possui assim como os outros entes, capacidade de auto 
governo, auto administração e capacidade de auto organização, pois pode ter seu próprio 
governador, pode promulgar leis orgânicas do distrito federal, tem a repartição tributaria 
igual as municípios e Estados-membros. Todavia, o DF deve respeitar e obedecer ao 
principio da simetria. 
 Os municípios: só depois da constituição Federal de 1988 que os municípios 
passaram a integrar a federação, sendo que alguns autores não consideram os 
municípios como entes da Federação, como José Afonso da silva, pois acredita que ele 
não faz parte da formação da vontade. Todavia, o fato dos municípios não participarem 
da formação da vontade, não exclui sua participação em outros quesitos que 
caracterizam o Estado Federal, pois, primeiro, eles tem o poder de auto organização, já 
que podem editar suas próprias leis orgânicas desde que estejam em consonância com a 
Constituição Federal e Estadual, ressaltando que esse direito de auto legislação é 
exclusivo quando for de interesse local, ele também, poderá suplementar a legislação da 
união e dos Estados. Tem o poder de auto administração pois podem fiscalizar as 
finanças orçamentarias tanto internamente pelo poder executivo, como externa (poder 
legislativo e com o auxilio do Tribunal de contas). O art. 18 CF-88 irá regulamentar a 
criação, incorporação, fusão e desmembramento dos municípios. 
 Território: não vai integrar a federação como entre federativo apenas como 
parte integrante da União, não tem autonomia, poderão eleger 04 deputados, senador 
e vai ter governador. 
 Estados-membros, Estados federados: Os estados federados são as organizações 
politicas típicas da federação, pois sem eles não há verdadeira federação, eles são partes 
autônomas ou frações politicas que compõem este último; o Estado federal, pelo 
 
 
contrário, representa o todo, sendo o único titular de soberania, é o resultado da união 
daqueles. Daí entende-se que a federação é técnica de organização interna do estado, 
relativamente ao exercício do poder, não sendo, dessa forma, de relevância para o 
Direito Internacional e do Agente se os federais. 
 O Estado tem o poder de criar suas próprias constituições, pode este concedido 
pelo poder constituinte originário, toda via, esse poder deve ser exercido respeitando 
alguns princípios, como os princípios sensíveis (essência da organização do Estado 
republica e Estado Federal), os princípios estabelecidos (os quais a CF vai diretamenteregular e obrigar os estados), o principio da simetria (o Estado deve seguir, determinados 
paradigmas da constituição), neste caso no Brasil há uma dupla simetria, tanto para os 
municípios como para os Estados. 
 Princípios sensíveis, extensivos e estabelecidos: esse principio permite a 
intervenção Federal, já os princípios extensivos expressos, prevê a extensão da 
inviolabilidade para o Deputado Estadual, já os implícitos foi estendido pelo supremo, 
que são critérios para a formação de CPI e princípios básicos do processo legislativo. Os 
princípios estabelecidos, são previstos diretamente para os Estados, ele deve 
regulamentar diretamente a atuação do Estado, podem também ser expressos, dizem 
respeito a proibições e mandamentos (ex: art.37 princípios da administração publica), ou 
implícitos a união estabelece determinada competência para um órgão de forma 
exclusiva, pois a constituição do Estado não poderá regulamentar essa competência, 
frisa-se que tem também os princípios estabelecidos decorrentes, concerne ao respeito 
que o sistema federativo do Brasil requer entre os Estados-membros. 
 Os estados também tem capacidade: auto-legislação (exclusiva), se não for do 
município ou da união, tem capacidade exclusiva também de determinar região 
metropolitano (art. 25, §3). Para art. 25 § 2°, é vedada a medida provisória para o 
Estado, todavia o STF, entende que os Estados podem sim editar medidas provisórias, 
desde que esteja prevista na constituição Estadual e que respeite os ditames do processo 
legislativo. Auto governo, dos estados são exercido pelo Governador e Deputado 
Estadual, os bens do Estado estão previsto no art. 26, os litígios entre a união e os 
Estados será julgado no STF. 
 Intervenção federal: em determinadas situações a união pode intervir afastando 
temporariamente a autonomia do ente, tanto nos Estados, quanto no DF e nos 
municípios. Essa intervenção (arts. 34, 35 e 36 CF-88), pode ser espontânea, declarada de 
oficio pelo presidente; provocadas, por solicitação contra o poder executivo ou 
 
 
legislativo, o presidente não fica vinculado, por requisição esta é contra o poder 
judiciário, nesta o presidente será solicitado a intervir. 
 O provimento de intervenção pode ser por representação ou ADIN interventiva 
(vinculada a principio ____ e execução vinculado alegação ______) decreto presidencial 
de prevenção, art.35 intervenção Estadual por município. 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
A inconstitucionalidade pode ser ampla ou restrita. A primeira é praticada por 
qualquer pessoa que comete uma conduta proibida pela constituição, a segunda, que é a 
importante para o controle de constitucionalidade, é a inconstitucionalidade dos atos 
normativos e leis vigentes e posteriores a constituição (vigente), bem como, os deveres 
impostos ao Estado e que não são cumpridos. A inconstitucionalidade é sempre um juízo 
de incompatibilidade direta e imediata entre o que foi realizado e o que foi imposto ou 
proibido pela constituição vigente. 
Supremacia constitucional 
A supremacia constituição obriga e vincula o poder público, bem como conforma a 
sociedade. A constituição pode vincular o poder público no sentido positivo ou negativo. 
No primeiro caso, ela estabelece vedações/limites ao exercício do poder. A partir do 
constitucionalismo social, a constituição passou a estabelecer também, imposições e 
deveres ao Estado. O descumprimento dos limites e deveres impostos pela constituição 
culmina na inconstitucionalidade, que pode ser controlada por diversos órgãos. 
O controle de constitucionalidade só se manifesta nos lugares que adotam as 
constituições rígidas (supremacia), pois é uma atividade de fiscalização da validade e 
conformidade das leis e atos do poder público à vista da constituição. Esse controle será 
feito quando houver a) constituição formal rígida; b) noção de constituição como norma 
jurídica fundamentadora e c) pelo menos um órgão com competência para o exercício da 
atividade do controle. 
CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE 
 Para Jorge Miranda, o conceito de constitucionalidade e 
inconstitucionalidade expressa uma relação de conformidade ou desconformidade que 
se estabelece entre a constituição e o comportamento estatal. Nesse, particular a 
inconstitucionalidade se caracteriza pela violação, uma a uma, da norma constitucional. 
No segundo caso, é em relação ao comportamento estatal, que pode ser positivo (uma 
 
 
ação) ou negativo (uma omissão), na medida em que haverá inconstitucionalidade tanto 
em face de um ato praticado contra uma norma constitucional como em razão da inércia 
do poder político diante de uma norma constitucional que determina um agir. 
 A relação de desconformidade deve ser direta e imediata, ou seja, o ato deve 
violar imediatamente a constituição para ser inconstitucional, já a violação ilegal, pode 
ser quando um ato está em desconformidade com a ele, é ilegal e não inconstitucional. 
Em síntese, só as constituições rígidas ensejam o fenômeno da inconstitucionalidade das 
leis, pois esta ideia, decorre do principio de hierarquia das normas jurídicas, em vista do 
qual as normas inferiores haurem seu fundamento de validade das normas superiores. 
Inconstitucionalidade por ação 
A inconstitucionalidade por ação é sempre um juízo de incompatibilidade direta e 
imediata entre o que foi realizado e o que foi imposto ou proibido pela constituição 
vigente. Quando se fala em inconstitucionalidade deve-se ter como parâmetro os atos 
normativos infraconstitucionais vigentes e posteriores a constituição. Ela é uma ação de 
controle concetrado-principal de constitucionalidade concebida para a defesa genérica 
de todas as normas constitucionais, sempre que violadas por alguma lei ou ato normativo 
do poder publico. 
Os atos normativos que podem se sujeitar ao controle de constitucionalidade são 
os atos imediatamente constitucionais, emendas, leis complementares, ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decreto legislativo e resoluções, bem como, os tratados 
internacionais incorporados ao ordenamento interno. Além disso, em determinados 
casos atos normativos dos poderes judiciários (decreto judiciário) legislativos e 
executivos (decreto), e as resoluções do conselho nacional de justiça. 
Os atos ilegais: são atos normativos ilegais, que tem possibilidade de serem 
sujeitados a inconstituciolidade, todavia não é algo recorrente, pois a 
inconstitucionalidade ato normativo ou lei deve ser direta e imediata. Isso acontece, 
porque por uma questão meramente política, a constituição só prever o controle de 
constitucionalidade para os atos normativos Estaduais e Federais. 
A inconstitucionalidade direta e imediata do comportamento estatal com a 
constituição: 
 Inconstitucionalidade formal e inconstitucionalidade material: a primeira 
compreende a inconstitucionalidade formal propriamente dita, ou seja, decorre do vicio 
de incompetência do órgão de onde provém o ato normativo, já a inconstitucionalidade 
formal (propriamente dita) decorre da inobservância do procedimento legislativo fixado 
 
 
na constituição. A constitucionalidade material refere-se ao conteúdo do ato normativo. 
É materialmente inconstitucional todo ato normativo que não se ajusta ao conteúdo dos 
princípios e regras da constituição. 
 (para calmon): a incompatibilidade da inconstitucionalidade poderá ser matérias, 
quando a regra é proibida pela constituição e é criada uma lei, ou formal quando não é 
observado algum critério formal no processo de criação formal, em regra um vício formal 
leva a inconstitucionalidade. 
 A inconstitucionalidade total e parcial: a inconstitucionalidade é total quando o 
viciocontamina todo o ato normativo. É parcial quando macula atinge o ato apenas em 
parte. Em regra a inconstitucionalidade formal ataca todo o ato. No entanto alguns casos 
podem haver inconstitucionalidade somente parcial, quando por exemplo, uma lei, num 
artigo dispõe de matéria, reservada a leis complementares, será inconstitucional, 
somente o artigo nesse caso. 
 A jurisprudência também tem admitido casos em que a inconstitucionalidade 
parcial pode tornar nulo todo o ato. Isso ocorre quando 1) em consequência da 
declaração de inconstitucionalidade de uma norma, se reconheça que as normas 
restantes, conformes à constituição deixa de ter qualquer significado autônomo e 2) 
quando a norma inconstitucional fizer parte de uma regulamentação global à qual 
emprestava sentido e justificação. 
 (para Calmon): a inconstitucionalidade pode ser total ou parcial. O primeiro todo o 
ato normativo está viciado, na segunda só alguns dispositivos estão viciados, mas se o 
vicio for no dispositivo que seja o ponto principal a lei será inconstitucional total. 
 Obs. Todos os atos praticados que foram baseados na lei inconstitucional serão 
arrastado e declarada inconstitucional também. 
 
 Inconstitucionalidade originária ou superveniente: é originaria quando ela surge 
com o simples nascimento do ato, comprometendo-se desde a origem, e é superveniente 
quando se manifesta posteriormente em face de uma alteração constitucional, de uma 
renovada interpretação da constituição ou, ainda, em virtude de mudanças nas 
circunstancias fáticas. Por conseguinte, existe inconstitucionalidade formal superveniente 
quando o ato normativo anterior seguei um procedimento diverso ou foi editado por um 
órgão distinto em face da nova constituição, ou pode ser inconstitucionalidade material 
superveniente, quando o ato anterior não se compatibiliza com o novo conteúdo da 
norma constitucional. 
 
 
 (para calmon): a inconstitucionalidade originária o vicio surge logo na vigência da 
lei ou ato normativo. Já a superveniente é quando surge posteriormente após a uma 
alteração da constituição (tanto numa nova constituição ou emenda). A doutrina 
brasileira não admite incompatibilidade superveniente, para eles é a ausência de 
recepção. 
Inconstitucionalidade antecedente e imediata ou consequente e derivada: aquela 
decorre da direta e violação de uma norma constitucional, já esta decorre de um efeito 
reflexo da inconstitucionalidade imediata. 
Inconstitucionalidade por omissão (ADIN por omissão). 
Na ADIN por omissão é uma incompatibilidade entre o que a constituição exige e a 
inercia do órgão (não tem lei, se tiver será inconstitucionalidade parcial). Em síntese, 
nesse caso há uma incompatibilidade entre o dever de legislar e a inércia/inação dos 
órgãos responsáveis. 
A ação direta de inconstitucionalidade por omissão ocorre, porque, via de regra, a 
constituição estabelece imposições e obrigações a determinados órgãos do Estado, 
quando não há uma imposição da constituição vigente para determinado órgão o não 
exercício do dever não é inconstitucionalidade, todavia quando há uma imposição 
(direito fundamental ou criar outro órgão constitucionalmente previsto) o não exercício 
caracteriza-se como uma inconstitucionalidade. 
Importante ressalvar que, para que haja a inconstitucionalidade por omissão deve 
ser considerados alguns requisitos, o primeiro a voluntaria intenção do legislador em 
legislar, que deve ser analisado a partir do lapso temporal entre a lei e o a ADIN por 
omissão. Por isso, é necessário esperar um tempo para que o legislador possa legislar. 
Projeto de lei sob a matéria que se pretende arguir a inconstitucionalidade: se há 
um projeto de lei sob a matéria que arguiu inconstitucionalidade, deve-se permanecer 
com a ADIN por omissão, pois o projeto não afasta a ADIN e nem o projeto de lei é 
certeza de que a lei irá ser aprovada. 
Total ou parcial: A ADIN por omissão também pode ser total ou parcial. No 
primeiro caso há uma imposição da constituição vigente sob uma lei ou ato legislativo, 
mas não há essa lei, a segunda envolve a existência de uma lei, porém o legislador 
legislou de forma inadequada por displicência ou por intenção (ex: uma lei concede 
direitos a uma determinado grupo de pessoas, mas não estende aos outros). Nesse caso, 
como o Supremo Tribunal Federal não pode declarar a nulidade da lei, pois se assim 
fizesse estaria usurpando a atividade do legislador, deve reconhecer a 
 
 
inconstitucionalidade por omissão e comunicar para que o legislador declare a nulidade o 
estendam os direitos a todos. 
Formal e material: 
Obs. Consoante Dirley, se perceber que o legislador, atuo na ADIN por omissão 
parcial com intenção, deve-se julgar o caso como inconstitucionalidade por ação, se ele 
atuo com displicência, seria inconstitucionalidade por omissão. 
Obs. Sentenças aditivas: quando o tribunal corrige uma situação normativa que 
impede a aplicação de um determinado tratamento a uma categoria de situações 
homogêneas que dela resultam excluídas por efeito do texto legislativo impugnado, isso 
acontece na Italia. Já na Alemanha, quando ocorre uma situação de inconstitucionalidade 
por ação de lei incompleta, declara-se a inconstitucionalidade por omissão parcial da 
norma, definindo prazo para o legislador corrigir.

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