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Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 1 1.1- CONJUGADO EM MÁQUINAS DE ROTOR CILÍNDRICO Neste trabalho as equações serão deduzidas a partir do ponto de vista de campo magnético, no qual considera a máquina como dois grupos de enrolamento, um no rotor e outro no estator, produzindo campos magnéticos no entreferro como mostrado na Figura 1. Com hipóteses apropriadas, o conjugado e a tensão gerada podem ser calculados em função de fluxos concatenados e da energia do campo magnético no entreferro em termos de grandeza de campo. O conjugado é expresso como a tendência para dois campos magnéticos se alinhar, e a tensão gerada é expressa como o resultado do movimento relativo entre o campo e o enrolamento. Na Figura 1 temos um diagrama vetorial das FMM do estator (Fs) e do rotor (Fr), ambas são ondas espaciais senoidais sendo o angulo de fase em relação ao seus eixos magnéticos. A FMM resultante é a soma vetorial de Fs e Fr, das relações trigonométricas, obtemos a expressão: srrsrssr FFFFF dcos2 22222 ++= (1.3) Figura 1- Máquina de 2 Pólos Simplificada (a) Modelo elementar (b) Diagrama Vetorial da Onda de Fluxo (FITZGERALD et al., 1978) Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 2 O campo radial resultante H é uma onda espacial cuja o valor de Hpico é obtido como: g F HHlFMM srpico 2 =Þ= (1.4) onde Hpico é a força magnetomotriz no entreferro sobre duas vezes o comprimento do entreferro (gap). Sabe-se que a energia armazenado no entreferro é também conhecida como Co- energia: 2 0 2 1 '' HWHdlW H mm =Þ= ò (1.5) Substituindo a Eq-1.3 e Eq1.4 na Eq-1.5 temos: )cos2( 8 ' 2222 2 d m rsrs o FFFF g W ++= (1.6) Sabe-se que conjugado é v/PT = então: )sen2( 8 ' 2 srrs o srsr FF g W dt d dt dW T dm dd -= ¶ ¶== (1.7) portanto : srrs o FF g T d m sen 4 2 -= (1.8) 1.2- CAMPO MAGNÉTICO GIRANTE Devido a forma física das máquinas rotativas, a disposição geométrica das bobinas na armadura faz com que se tenha a formação de um campo magnético girante. O campo magnético girante pode ser definido, como uma distribuição espacial da densidade de fluxo magnético cujo vetor, representativo dessa onda, tem um módulo constante e gira a uma velocidade angular constante determinada pela freqüência das correntes que o produzem.(FITZGERALD et al., 1978). Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 3 Para maior compreensão do referido efeito, será analisado a natureza do campo magnético produzido por enrolamento polifásico em uma máquina trifásica de dois pólos, onde os enrolamentos das fases individuais estão dispostos ao longo da circunferência do entreferro deslocados uns dos outros de 120º graus elétricos, como mostrado pelas bobinas a, - a ; b, -b e c, -c na Figura 1.2 . Cada enrolamento está alimentado por uma corrente alternada variando senoidalmente com tempo. Para um sistema balanceado, as correntes instantâneas são: )º240cos( )º120cos( )cos( -v= -v= v= tIi tIi tIi Mc Mb Ma (1.1) Onde IM e o valor máximo de corrente e a seqüência de fases é tomada como sendo abc. Como conseqüência, tem-se três componentes de FMM, sendo a onda de FMM resultante representada por um vetor espacial oscilante que gira na periferia do entreferro a uma velocidade v t, com comprimento proporcional às correntes de fases instantâneas, esta FMM resultante é a soma vetorial das componentes de todas as três fases dada por : )cos(2/3),( tt vqq -=Á (1.2) Para uma melhor visualização deste efeito, considere a Figura 1.1 no momento em que t= 0, t=p /3 e t=2p /3. Ia Ib Ic Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 4 0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4 - 1 - 0 . 8 - 0 . 6 - 0 . 4 - 0 . 2 0 0 . 2 0 . 4 0 . 6 0 . 8 1 Para t = 0, a fase a está em seu valor máximo IM, portanto, a FMM que é proporcional a corrente, tem seu valor máximo, Fa = FMAX. Observando o sentido das correntes na bobina a podemos determinar o sentido do vetor Fa, mostrado na Figura 1.2a. Neste mesmo instante as correntes ib e ic são ambas de módulo IM/ 2 na direção negativa. Observando os sentidos das correntes instantâneas, representados com pontos e cruzes, as FMM correspondentes a fase b e c, são mostradas pelos vetores Fb e Fc, ambos de módulo igual a FMAX/ 2, desenhados na direção negativa ao longo dos eixos magnéticos das fases b e c respectivamente. A resultante, é obtida pela soma vetorial das contribuições individuais das três fases, é um vetor de modulo F=3/2 FMAX alinhado no eixo da fase a. Para o instante t=p /3, as correntes instantâneas na fase a e b são de IM /2 positivas e a corrente na fase c é de IM negativo. As componentes individuais de FMM e sua resultante são mostradas na Figura 1.2b. A resultante possui a mesma amplitude que no instante anterior, 3/2FMAX , porem deslocada de 60º graus em sentido anti-horário. Figura 1.1 - Correntes Trifásicas Instantâneas Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 5 No instante t= 2/3, note que o mesmo acontece, a corrente na fase b esta no seu máximo negativo e nas fases a e c á metade de seu valor máximo negativo, a resultante é novamente de modulo igual a 3/2FMAX , mas ela girou mais 60 graus elétricos no sentido anti-horário, alinhando-se com o eixo magnético da fase b, como mostra a Figura 1.2c. Como visto, conforme o tempo passa, a onda de FMM resultante desloca-se ao longo do entreferro com módulo constante, caracterizando, este comportamento, como campo magnético girante. CAPÍTULO II - MODELAGEM DA MÁQUINA DE INDUÇÃO Figura 1.2- Campo Magnético Resultante no Entreferro de uma Máquina de Indução Trifásica (FITZGERALD et al., 1978) (a) (b) (c) Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 6 O objetivo deste capítulo é obter um modelo matemático da máquina de indução que permitirá o controle da mesma pela orientação de campo. São vários os modelos existentes que permitem uma análise transitória do motor de indução. Cabe ao pesquisador analisar qual o modelo mais adequado à solução de seu problema específico. Um modelo considerado adequadamente suficiente, quando se tratando de analisar a máquina de indução controlada vetorialmente, consiste em referenciar os parâmetros da máquina em um sistema de eixos girando a uma velocidade arbitrária. A modelagem em variáveis naturais (“ABC”), são diferencias, não-lineares e com parâmetros variantes com o tempo, sendo inadequadas para simulações, pois demanda tempo de processamento. Utilizando a transformação “ABC / dq0 ”, que consiste em transformar a máquina trifásica (real), em uma máquina fictícia bifásica com as mesmas forças magnetomotrizes produzidas, é possível eliminar a dependência temporal dos parâmetros. Esta transformação pode ser feita diretamente o indiretamente, sendo a última computacionalmente mais vantajosa devido ao menor número de operações com senos e cosenos. Estes processos de transformações serão visto nas sessões posteriores. 2.1- VETORES ESPACIAIS COMPLEXOS Um método bastante comum de representação de sistemas polifásicos foiproposto por Fortescue (STEVENSON, 1974). De acordo com Fortescue, o sistema trifásico pode ser representado por um conjunto de três componentes simétricas. Sendo estas: componentes de seqüência zero (Ia0 ); componentes de seqüência positiva (Ia1 ); componentes de seqüência negativa (I a2 ), mostradas na Equação 2.1. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 7 )( 3 1 )( 3 1 )( 3 1 2 2 2 1 0 cbaa cbaa cbaa aIIaIV IaaIIV IIIV ++= ++= ++= (2.1) Onde: a = e j2p/3 e a2 = e j4p/3 . Para um sistema alimentado equilibrado, as correntes e tensões são apenas de sequência positiva. Um motor de indução de dois pólos, pode ser convenientemente analisado em termos dos vetores espaciais complexos ou fasores espaciais como na Figura 2.1. Então, se iae, ibe e ice são as correntes instantâneas de estator nas fases ae, be e ce, o vetor complexo de corrente estatórica, ie, é definido por: cebeaee iaaiii 2 _ ++= (2.2) Onde: a = e j2p/3 =1/2 + j e a2 = e j4p/3 . O eixo real do plano complexo coincide com o eixo da fase “ae”, o qual também é o eixo de referência do estator. Observa-se que a representação obedece à seqüência positiva das componentes simétricas de fase. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 8 O vetor de corrente estatórica complexa pode ser interpretada como sendo a corrente estatórica resultante ou a onda de FMM fundamental devido às três fases, como visto no item 1.1. Ou seja, sendo: tii Mae w= sen (2.3) então: )º90sen( 2 3 -w= tii Me (2.4) Para correntes trifásicas senoidais balanceadas, o vetor _ ei tem amplitude constante e se movimenta com velocidade constante w. Entretanto, vetores espaciais não são restritos à variações senoidais no tempo, nem à sequências constantes. Logo a equação de _ ei é uma equação geral que é válida para qualquer instante da corrente estatórica, desde que: 0=++ cebeae iii (2.5) Figura 2.1- Representação das componentes simétricas (KAZMIERKOWSKI, 1994) Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 9 2.2 - REPRESENTAÇÕES NO PLANO COMPLEXO ‘dq’ 2.2.1- Plano Referencial Estacionário ( aa bb ou deqe) ww=0 Após feita a representação da máquina trifásica em termos de vetor resultante podemos facilmente representar este vetor em um plano complexo ab, no qual a é o eixo real em fase com o eixo da fase a e b eixo imaginário (Figura 2). Sendo o vetor resultante discriminado conforme a Eq.2.2 , onde : 2 3 2 1 )3/4sen()3/4cos( 2 3 2 1 )3/2sen()3/2cos( 3/42 3/2 jjea jjea j j --=p+p== +-=p+p== p p Então pode-se obter a matriz transformação “ABC / ab” como sendo: ú ú ú û ù ê ê ê ë é ´ ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ë é - -- =ú û ù ê ë é ce be ae e e i i i i i 2 3 2 3 0 2 1 2 1 1 b a (2.5) Figura 2 - Vetor Resultante Representado no Plano Complexo aa bb Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 10 Em diversas literaturas o eixo a é também chamado de eixo direto do estator (de), e b é chamado de eixo em quadratura (qe). 2.2.2. PLANO REFERENCIAL ROTÓRICO (drqr) èè ww= wwR Outra opção de referencial é o plano rotórico, onde o vetor direto (qr) está alinhado com o fasor fase Ar. 2.2.3. PLANO REFERENCIAL SÍNCRONO (DQ) ww=wwexcitação Vetores qd girando à velocidade da frequência de excitação. Relação dos vetores no plano estacionário e rotativo(síncrono): ae qe de de q qe d w q Figura 2.3- Plano Referencial (a) Estator como Referencial (b) Referencial Síncrono Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 11 Pela análise da figura 2.3, podemos afirmar que: q--= q-q-=q-q-q-q=- j deqe deqedeqedeqedq eii jiiiijiijii )( )sen)(cos()cossen(sencos Logo a matriz transformação “ ab / dq” é dada como: ú û ù ê ë é ´ú û ù ê ë é - =ú û ù ê ë é de qe d q i i i i qq qq cossen sencos (2.6) Pode-se obter a matriz transformação “ABC / dq” através das equações 2.5 e 2.6, o que resulta em: ú ú ú û ù ê ê ê ë é ´ ú ú ú û ù ê ê ê ë é p+qp-qq p+qp-qq = ú ú ú û ù ê ê ê ë é c b a d q i i i i i i 2/12/12/1 )3/2sen()3/2sen(cos )3/2cos()3/2cos(cos 0 (2.7) Note que a matriz “ABC/dq” possui muitas operações com seno e coseno. Em sistemas de tempo real os atrasos, ocasionados por estas operações, podem afetar o seu comportamento. É conveniente, ao implementar computacionalmente esta conversão, utilizar o modo indireto, utilizando primeiramente a matriz “ABC /ab “ e depois a matriz “ab /dq”, desta forma reduziremos o número de operações com senos e cosenos. 2.3. O MODELO DA MÁQUINA: EQUAÇÕES DAS TENSÕES NO ESTATOR Na modelagem de máquinas de indução trifásicas algumas considerações devem ser feitas sem afetar a validade das analises (CAMINHAS, 1989): - A máquina possui entreferro uniforme; Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 12 - Os enrolamentos do estator são idênticos e distribuídos de maneira a produzirem ondas espaciais senoidais de força magnetomotriz; - As barras do rotor são rearranjadas de forma que a FMM seja senoidal, sendo representada por enrolamentos trifásicos; - são desprezadas os efeitos de saturação e histerese, portanto, o circuito magnético é linear; - o motor é alimentado por correntes equilibradas, ou seja, componente de seqüência zero são desprezadas. 2.3.1 - CIRCUITO ELÉTRICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO As equações das tensões no circuito estatórico trifásico são definidos da seguinte forma: V dt cedrceiceV V dt bed erbe i be V V dt aed eraeiaeV e l += l += l += Onde lae, lbe e lce são os fluxos concatenados com os enrolamentos das fases a, b e c do estatos, respectivamente. E, as equações das tensões no circuito rotórico são: V dt crd rrcricrV V dt br d rrbribrV V dt ard rrariarV l l l += += += Onde lar, lbr e lcr são os fluxos concatenados com os enrolamentos das fases a, b e c do rotor, respectivamente. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 13 Equações do fluxo concatenado (fluxo mútuo): espiraWb abc r i abc ei abc rr Labc re L abc erL abc eeL abc r abc e . ú ú ú û ù ê ê ê ë é ú ú ú û ù ê ê ê ë é ú ú ú û ù ê ê ê ë é = l l Onde Lee e Lre, são as auto-indutâncias de estator para estator e indutância mútua de rotor para estator, respectivamente. Estas indutâncias representam a densidade de fluxo concatenado entre os enrolamentos estatóricos e rotóricos. ()tcebeaeabce llll ,,= ( )tcrbrarabcre llll ,,= ( )tceibeiaeiabcei ,,= ( )tcribriariabcri ,,= As submatrizes das indutâncias de enrolamento estator-estator e rotor-rotor podem ser representadas da seguinte forma: H rrLlrLrmLrmL rmLrrLlrLrmL rmLrmLrrLlrL abc rrL H eeLleLemLemL emLeeLleLemL emLemLeeLleL abc eeL ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ë é ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ë é + + + = + + + = As indutâncias mútuas de estator para rotor dependem do ângulo rotórico, ou seja, da posição do rotor em relação ao campo magnético girante: Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 14 re mm LjX w= jwLle ( )mrlr LLjLj -w=w s rr Ve Ie Er Em Ir [ ] ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ë é ÷ ø ö ç è æ -÷ ø ö ç è æ + ÷ ø öç è æ +÷ ø öç è æ - ÷ ø öç è æ -÷ ø öç è æ + == rrr rrr rrr er tabc re abc er CosCosCos CosCosCos CosCosCos LLL qpqpq pqqpq pqpqq 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 Os campos magnéticos do rotor e estator são representados pelas forças magnetomotrizes geradoras, as quais tem efeito no entreferro da máquina e suas relações são descritas no diagrama fasorial: 2.3.2. Determinação do Fluxo e Conjugado a partir do Modelo Elétrico O circuito equivalente Figura 2.5 - Diagrama fasorial das tensões de rotor e estator Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 15 convencional do MI com a impedância rotórica refletida ao estator é mostrado a seguir: Figura 2.1. Modelo elétrico convencional do MI O torque (conjugado) é representado no circuito equivalente como sendo proporcional à potência no entreferro da máquina e entregue a rr/s: s rI 2 P 3T r 2 r w = 2.3.1 Esta equação pode ser reescrita em termos da tensão Er sobre o resistor rr/s para se obter: rrIE2 P 3T w = 2.3.2 2.3.2.1. Circuito equivalente modificado Para se obter uma similaridade entre o torque produzido pelo motor cc e o MI, o circuito equivalente convencional deve ser ligeiramente modificado. Há várias formas de representação em estado estacionário. O mais utilizado, porém, é aquele que utiliza a taxa de transformação, como em transformadores. r e N N a = Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 16 Fig. 2.2. Representação do MI com referência à relação de transformação ‘a’ Uma forma especialmente usual para análise do controle de torque é obtido pela escolha da taxa “a” referencial, fazendo a indutância de disperção do rotor igual a zero. Assim, pode-se verificar a partir da figura 2.2, que: r m L L a = Com esta escolha, o circuito geral se reduz à figura 2.3. Nota-se que a nova corrente no circuito rotórico é m r L L vezes a corrente no circuito convencional. Nota- se também que a nova reatância de magnetização tem a mesma tensão da resistência rotórica em seus terminais. Fig. 2.3. Representação do MI com dispersão rotórica desprezível O novo circuito representa o comportamento em termos do fluxo rotórico, enquanto que no circuito convencional enfatiza o fluxo de entreferro (mútuo). Isto é importante para o controle do torque, porque coloca em evidência a componente da corrente estatórica responsável pelo fluxo rotórico. A corrente estatórica é então dividida em duas componentes: A nova componente de fluxo If e aquela que circula pela resistência rotórica IT . Estas componentes são responsáveis pelo controle do fluxo rotórico e pelo torque respectivamente. re jw(Le-aLm) ( )mr2 aLLaj -w s r a r2 Ve Ie Er Ir/a maLjw re s r L L r 2 r 2 m Ve Ie r 2 m L L jw r m r I L L r r m E L L ÷ ÷ ø ö ç ç è æ -w r 2 m s L L Lj Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 17 2.3.2.2. Controle do Conjugado através de Iff e IT A tensão Er é identificada como a queda de tensão sobre rr/s que é igual à tensão induzida pelo fluxo rotórico: rr jE wl= 2.3.3 f=ll= ILeIL L 2 P 3T mrTr r m 2.3.4 m r m r m r m r r m Lj E jX E X L L j E L L 2 P 3I w ===f 2.3.5 Combinando as equações: f=l ILmr A componente de torque da corrente estatórica é imediatamente identificada como: ' r m r T IL L I = E o torque desenvolvido pode ser expresso usando as equações 2.3.4 e 2.3.5: ( ) T r 2 m T r m mrr IIL L 2 P 3I L L IL 2 P 3IE 2 P 3T ff =÷÷ø ö ççè æ w w = w = 2.3.6 Verifica-se então a similaridade entre o controle de conjugado da MI com o controle da máquina cc, onde fI representa a corrente de campo e TI a corrente de armadura. re s r L L r 2 r 2 m Ve Ie m r m X L L j r m r T IL L I -= r r m E L L ' ejX Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 18 Fig. 2.5. Diagrama vetorial com as componentes de fluxo e conjugado Outra relação importante pode ser obtida a partir da equação do torque e da tensão rE . r r m r r 2 r 2 m r r m T r sE L L s r L L j E L L I == 2.3.7 Combinando as equações 2.5 e 2.7: fw= Isr L jI r r T 2.3.8 f =w I I L r s T r r 2.3.9 TI T r m r IL L I -= fI f=l ILmr eI Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 19 2.4. MODELO DA MÁQUINA NUM SISTEMA DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIO Relembrando, a matriz de transformação de trifásico para qdo é: ú ú ú û ù ê ê ê ë é +- +- = 2/12/12/1 )3/2sen()3/2sen(cos )3/2cos()3/2cos(cos 3 2 pqpqq pqpqq qdT e, sua inversa: [ ] ú ú ú û ù ê ê ê ë é -+ --=- 1)3/2sen()3/2cos( 1)3/2sen()3/2cos( 1coscos 1 pqpq pqpq qq qdT 2.4.1. EQUAÇÕES DE TENSÃO EM qd: Em notação matricial, as tensões nos enrolamentos estatóricos será: abc e abc e abc e abc e irdt d V += l Aplicando a matriz de transformada Tqd0 para as tensões,fluxos concatenados e corrente na equação acima, teremos: ][][][][][][ 1-1- qdoeqdo abc eqdo qdo eqdoqdo qdo e iTrTTdt d TV += l O termo derivativo ][][ 1 qdoeqdoT dt d l pode ser expresso como: [ ] [ ] [ ] [ ]01001 0)3/2cos()3/2sen( 0)3/2cos)3/2sen( 0cossen qd eqd qd eqd Tdt d xT ll q pqpq pqpq qq -- + ú ú ú û ù ê ê ê ë é -+- --- - = Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 20 Substituindo na Equação principal, obtemos a equação das tensões de estator, referenciadas aos vetores dq: Ve qdo = w qdoe qdo e qdo e qdo e ir+dt d +× ll Onde: 100 010 001 r=re dt d = e qdo e q w De forma análoga às tensões do estator, pode-se obter a equação das tensões de rotor, referenciadas aos vetores dq: Vr qd0 = (w - wr) 0qdr 0qd r 0qd r 0qd r irdt d +l+l Através da equação 7, pode-se derivar as expressões das tensões Vq e Vd de estator e rotor separadamente. Os fluxos concatenados no referencial qd0, são definidos a partir das auto e mútua indutâncias, assim como do ângulo q: =qq+qq=l +q=l -- 0qd r 1 0qd abc er0qd 0qd e 1 0qd abc ee0qd 0qd e abc r abc er abc e abc ee0qd 0qd e i)](T[L)](T[i)](T[L)](T[ )iLiL)]((T[ 0 -1 0 -1 0 0 0 0 0 0 -1 0 -1 0 0 0 0 0 (6) (7) Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 21 0qd rer er 0qd e le eele eele i 000 0L 2 3 0 00L 2 3 i L00 0L 2 3 L0 00L 2 3 L ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ë é + ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ë é + + = 0qd r lr rrlr rrlr 0qd eer er 0qd r 1 r0qd abc rrr0qd 0qd e 1 0qd abc rer0qd 0qd r i L00 0L 2 3 L0 00L 2 3 L i 000 0L 2 3 0 00L 2 3 i)](T[L)](T[i)](T[L)](T[ ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ë é + + + ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ë é = =q-qq-q+qq-q=l -- Então as relações de fluxo concatenado podem ser expressas como: .estatoraoreferidasestãorotóricassquantidadeAs:.Obs i i i i i i L00L00 0LL00L0 00LL00L 000L00 0L00LL0 00L00LL r0 ´ dr ´ qr ´ e0 de qe lrm mlrm mlrm le mmle mmle r0 ´ dr ´ qr ´ e0 de qe ú ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ê ë é ú ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ê ë é + + + + = ú ú ú ú ú ú ú ú û ù ê ê ê ê ê ê ê ê ë é l l l l l l Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 22 2.4.3. Determinação do Conjugado a partir de Vqd e Iqd (Forma alternativa) Na transformação de referencial, as variáveis como tensão, corrente e fluxo podem ser tomados como vetores acoplados num plano síncrono, de forma que são contínuos, quando referenciados a este plano para um sistema trifásico não equilibrado, além dos vetores dq síncronos, há ainda os componentes de sequências zero, que em sistemas de potência são aquelas que circulam para a terra, a partir do neutro em sistemas conectados em estrela e desequilibrados ou em situações de curto-circuito. Pode-se dizer que esta componente é normal ao plano dq. Em máquinas de indução, conectadas em triângulo ou em estrela sem neutro, não haverá circulação destas correntes. Para determinação das variáveis dq a partir das variáveis trifásicas, deve-se lembrar que a transformação trifásica para referencial estacionário é definida pela resultante vetorial dos vetores da sequência positiva das fases abc. E, a transformação do referencial estacionário para rotórico(síncrono), é definido pela matriz: ú û ù ê ë é ´ú û ù ê ë é qq q-q =ú û ù ê ë é de qe d q i i cossen sencos i i A representação da matriz acima para a exponencial de Euler (forma polar) pode ser verificada como a seguir, a partir da matriz de transformação . 2.4.3.1. Desenvolvimento da forma polar de representação: A representação vetorial determina que: q-q-q-q= q-q-q-q=- cosdjsenqjsendcosq )cosdsen(qjsendcosqjdq eeee eeee Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 23 q-q- -=q-q-q-q= q+q-q-q= j e j eee ee ejdeq)senj(cosdj)senj(cosq )sen j 1 (cosdj)senj(cosq ( ) q--=- jee ejdqdjq Concluindo, )polarforma(e cossen sencos T jse q- ® =ú û ù ê ë é qq q-q = Desta forma, as variáveis complexas dq podem ser expressas como: [ ] abce j ce 2 beae j qd fe fafafe 3 2 f q- q- = ++= Onde “f” pode significar qualquer variável estatórica ou rotórica, como tensão, corrente ou fluxos. 3.2. Determinação de q e d diretamente do trifásico (forma alternativa) Outra forma de determinação dos vetores girantes(síncronos), diretamente das variáveis trifásicas começa pela análise do diagrama vetorial mostrado a seguir: Figura 2.6. Vetores trifásicos das variáveis rotóricas e estatóricas em dq. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 24 Desta análise podemos definir as componentes de abc sobre d e q: ú û ù ê ë é ÷ ø ö ç è æ p+q+÷ ø ö ç è æ p-q+q= 3 2 cosf 3 2 cosfcosf 3 2 f cebeaeqe ú û ù ê ë é ÷ ø ö ç è æ p+q+÷ ø ö ç è æ p-q+q= 3 2 senf 3 2 senfsenf 3 2 f cebeaede Desta forma pode-se determinar o vetor resultante rotativo, multiplicando todos os termos por e -jq: [ ])3/2(jce)3/2(jbejaedeqeqd efefef 3 2 jfff p+q-p-q-q- ++=-= Onde: a = 3 2 j e p e a2 = 3 4 j e p ; Da mesma forma, as variáveis rotóricas podem ser transformadas para o plano rotativo(síncrono) através da exponencial complexa: [ ] abcr )(j cr 2 brar )(j qdr fe fafafe 3 2 f r r q-q- q-q- = ++= Pode-se agora utilizar as equações acima para transformar as equações vetoriais complexas da máquina para o plano referencial síncrono (rotativo); )ei´(peLipe)LL(ierveV rjabcr j mabce j mleabce j eabce j qde qq-q-q-q- +++= Entretanto pela regra da cadeia para a diferenciação: y dt dx )xy( dt d dt dy x -= Desta forma podemos reescrever a equação 2.8-7, ]ei´L)ie)LL[(j ]ei´[ dt d L)ie( dt d )LL(ierve )(j abcrmabce j mle )(j abcrmabce j mleabce j eabce j r r q-q-q- q-q-q-q-q- ++w+ +++= Utilizando-se das equações 2.8-5 e 2.8-6, pode-se determinar: ]i dt d Li)LL[(ji dt d Li dt d )LL(irV ´qdrmqdemle ´ qdrmqdemleqdeeqde ++w++++= De forma similar, pode-se determinar as equações do circuito rotórico em coordenadas do plano rotativo:Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 25 ]i dt d Li)LL)[((ji dt d Li dt d )LL(irv qdem ´ qdrm ´ lrrqdem ´ qdrm ´ lr ´ qdr ´ r ´ qdr ++w-w++++= +-+-++-=-= )jII( dt d L)jII( dt d )LL()jII(rjVVV drqrmdqmlsdqsdqqd )]jII(L)jII(L)jII(L[j drqrmdqmdqls -+-+-w+ +-++-++-= dt dI jL dt dI L dt dI )LL(j dt dI )LL(IjrIrV drm qr m d mls q mlsdsqsqd drmqrmdmqmdlsqls ILI´LjILILjILILj w+w+w+w+w+w+ d q qsdrmdmls q qs drmdmdls qr m q mlsqs dt d Ir]ILI)LL[( dt d Ir I´LILIL dt dI L dt dI )LL(Ir:alReParte wl+ l +=++w+ l += =w+w+w++++ q d dsddq d ds qrmqmqls dr m d mlsds dt d IrVjVj dt d jIjr ]I´LILIL[j dt dI jL dt dI )LL(jIjr:agináriaImParte wl- l +=Þ-=wl+ l --= =++w+-+-- Logo, dr qe qesqe dt d IrV wl+ l += qr qe desde dt ´d IrV wl- l += 2.4.3 . O conjugado no MI: Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 26 O conjugado pode ser expresso a partir das potências de estator e rotor: WceiceVbe i be VaeiaeVin P ++= WcricrVbribrVariarVinP ++= W r0 i r0 V2 dr i dr V qr i qr V e0 i e0 V2 de i de V qe i qe V 2 3 inP ÷ø öç è æ +++++w= Usando as equações 6 e 7, na equação acima, substituindo as tensões, obtêm-se os seguintes tipos de termos: (Ver Fitzgerald cap. 2) ï ï ï î ïï ï í ì =wl =l = .mecânico trabalhoemconvertida)coenergia(energiadetaxaatasenreprei ;osenrolamententreenergiadeciatransferêndetaxaatasenrepre dt d i ;joulicasperdastasenrepreri2 Logo, o conjugado eletromecânico desenvolvido pela máquina será a soma dos termos wli, divididos pela velocidade mecânica: ( ) ( )( )[ ] m.Niiii 2 P 2 3 T drqr ´ qrdr ´ rdeqeqede r em l-lw-w+l-lww = Sabendo-se que, qrmqelemqedrmdelemde ILI)LL(eILI)LL( ++=l++=l qemqrlsmqr ' dsmdrlsmdr ' ILI)LL(eILI)LL( ++=l++=l rotoreestatordetotaissindutânciaassãoque,LLLeLLLseFazendo rlrmelem =+=+- ( ) ( ) ( ) deqrmqeeqedrmdeedeqeqede IILILIILILII +-+=l-l ( )deqrqedrmdeqrmdeqeeqedrmqedee IIIILIILIILIILIIL -=--+ dredr ' demqreqr ' qem ILILeILIL:Como -l=-l= ( ) ( )qrdr'drqr'qrdr'drqr' qrdreqrdr ' drqredrqr ' deqrqedrm IIII IILIIILIIIIIL l-l-=l-l= +l--l=- Logo, Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 27 ( ) ( )qrdr'drqr'deqeqede IIII l-l-=l-l Então: ( ) ( )( )[ ]drqr'qrdr'rdeqeqede r IIII P 2 3 T l-lw-w+l-lw w = ( ) ( )( )[ ]drqr'qrdr'rdrqr'qrdr' r IIII P 2 3 l-lw-w+l-lw- w = ( )( )[ ]rdrqr'qrdr' r II P 2 3 w-w+w-l-lw- w = ( )drqr'qrdr' IIP 2 3 l-l-= ( )qrdr'drqr' IIP 2 3 l-l= Com a orientação de campo: qrdrr qs r m qrqrrqsmqr IP ;I L L I0ILIL:Como lw-= -=Þ=+=l ( ) ).orientadocampo(0IdosenII L L IILI L L ILILP ILIL drqede r 2 m drqemrqe r m demdrrr demdrrdr =Þ÷ ÷ ø ö ç ç è æ +w=+w= +=l ;II L L P qede r 2 m rw= ;IL L P:ou qedr r m r lw= Para determinação do conjugado: .II L LP T qede r 2 m r = w = Relembrando a equação 2.3.6 da seção 2.3.2, pode-se verificar que o conjugado é função do produto entre as variáveis de fluxo (Id) e armadura (Iq), como num motor de corrente contínua. 2.5. Circuito equivalente modificado no plano dq Síncrono Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 28 O objetivo desta seção é apresentar uma forma mais simples, porém aproximada, do modelo da MI em regime permanente, como verificado na seção 2.3.2, onde o circuito equivalente foi modificado tendo como referência a taxa de transformação baseada no número de espiras do estator e rotor. Esta modificação no modelo, permite uma interpretação mais fácil e sólida, pois, permite uma visualização das componentes de fluxo e carga(armadura), assim como visto pelo modelo das impedâncias na disciplina Máquinas Elétricas II. Figura 2.7. Diagrama vetorial de seqüência positiva em um referencial síncrono. Pela figura 2.8 pode-se deduzir que, para este referencial: ( ) 0IIL qrqemqm =+=l (não existe, neste referencial, fluxo em q) qrqe II -= 2.4.1 A corrente de magnetização, neste referencial, é a soma vetorial das corrente rotórica e estatórica de eixo d. mdrde III =+ 2.4.2 As componentes do vetor fluxo concatenado estatórico são: ( ) ( )remrs IILj +w-w- rI eI mI Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 29 qemeqrmqeeqe I)LL(ILIL -=+=l 2.4.3 )II(LI)LL(ILIL drdemdemedrmdeede ++-=+=l 2.4.4 Fig. 2.8. Diagrama fasorial para seqüência positiva, plano referencial síncrono, referenciado ao fluxo de entreferro ( lm acoplado ao eixo d). E, a partir dessas equações, o vetor fluxo concatenado estatórico pode ser ser reescrito como: mmemee IjLI)LL( -+=l 2.4.5 Similarmente, o fluxo rotórico será: mmrmrr IjLI)LL( --=l 2.4.6 As equações em estado estacionário são definidas a seguir: eSeee jIrV lw-= 2.4.7 rSr r jI S r 0 lw+= 2.4.8 Usando as equações 2.4.5 e 2.4.6, as equações das tensões tornar-se-ão: )jI(LjI)]LL(jr[V mmSemeSee -w+-w+= 2.4.9 rmrS r mmS I)LL(jS r )jI(Lj0 úû ù êë é -w++-w= 2.4.10 ie lem lrm=Lmir llr=Llr i lm ir Er Ea q d lr i im Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 30 As equações anteriores mostram claramente que descrevem um circuito de seqüência positiva. Porém, se considerarmos o plano dq deslocado, de tal forma que que o eixo d coincida (oriente-se) com o fluxo rotórico lm (princípio da orientação de campo), como ilustrado pela figura 2.9, ter-se-á: 0Idr = 2.4.11 0ILIL qrrqemqr =+=l 2.4.12 Fig. 2.9. Diagrama fasorial para seqüência positiva, plano referencial síncrono, referenciado ao fluxo total rotórico ( lr acoplado ao eixo d). Ou seja, não haverá, neste referencial, componente do fluxo rotórico no eixo q, e, as componentes de fluxo estatórico serão: qe ´ eqe r 2 m eqrmqeeqe ILIL L LILIL =÷÷ ø ö çç è æ -=+=l 2.4.13 de r 2 m de r 2 m edrmdeede IL L I L L LILIL +÷÷ ø ö çç è æ -=+=l 2.4.14 O que resulta no vetor fluxo estatórico: )jI(IL dee ´ ee -+=l r 2 m L L 2.4.15 O vetor fluxo rotórico será simplesmente, ie lem lrm=Lmir llr=Llr ir lm ir Er Ea q d lr i im Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 31 )jI(Lj demdrr -=l-=l 2.4.16 E as tensões serão representadas pelas seguintes equações: )jI( L L jI)Ljr(V de r 2 m Se ´ eSee -w+w+= 2.4.17 )jI(LjI S r 0 demSqr r -w+= 2.4.18 Multiplicando-se a equação da tensão rotórica por Lm/Lr e usando a equação 2.4.12 para eliminar o termo Iqr, resulta que: )jI( L L jI S r L L 0 der 2 m Sqe r 2 r m -÷÷ ø ö çç è æ w+÷ ø ö ç è æ ÷÷ ø ö çç è æ -= 2.4.19 As equações 2.4.17 e 2.4.19 descrevem o circuito equivalente mostrado na figura 2.10, usando o fator de transformação Lm/Lr. Fig. 2.10 Diagrama fasorial para seqüência positiva, plano referencial síncrono, referenciado ao fluxo de entreferro ( lm acoplado ao eixo d). O circuito resultante coloca todas as dispersões no lado do estator, e é chamado muitas vezes de circuito baseado no fluxo rotórico, pois evidencia toda a corrente de magnetização que produz o fluxo rotórico lr. 3. CONTROLE DE VELOCIDADE re s r L L r 2 r 2 m Ve Ie r 2 m e L L jw qsI r r m E L L esLjw dsjI- Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 32 3.1. Ajuste da Tensão Aplicada Uma justificativa simples que explica a estreita faixa de controle de velocidade abaixo da velocidade nominal do motor, é, em alguns casos, a necessidade da redução da tensão aplicada abaixo de seu valor nominal. A faixa deste controle de velocidade é dependente não só das curvas de torque / velocidade que variam de acordo com a tensão aplicada, mas também da curva torque / velocidade de carga. Desde que o torque (conjugado) desenvolvido é proporcional ao quadrado da tensão e a corrente rotórica é proporcional à tensão aplicada. Se a carga térmica é afetada principalmente pela corrente do rotor, o conjugado para um dado nível de carga térmica reduzirá com a queda da tensão aplicada. Neste caso, a operação em baixa velocidade sem sobreaqueciemento será possível somente se o conjugado de carga cair com a velocidade. Além disso, desde que eem PsP )1( -= , a eficiência decrescerá com o aumento do escorregamento. Figura 3.1. Conjugado em função da tensão estatórica e velocidade 3.2. Ajuste da Resistência Rotórica (Rotor Bobinado) Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 33 Nas máquinas de rotor bobinado, resistências externas podem ser introduzidas para limitar a corrente de partida. A figura 3.2 mostra que a curva torque / velocidade pode ser ajustada através da variação da resistência rotórica. Neste método, ao contrário da variação da tensão aplicada, pode-se obter operação com torque constante elevado para corrente nominal. 3.3. Ajuste da Tensão e Frequência Estatóricas Com o inversor de frequência, a amplitude, a frequência e a fase da tensão aplicada ao motor podem ser variadas eletronicamente. Se o inversor pode conduzir fluxo de potência bidimensional, o motor poderá operar nos quatro quadrantes. Porem-se o inversor permite o fluxo de corrente em apenas um sentido, a operação será limitada a um ou dois quadrantes. Quando a frequência de excitação, we, é zero , o valor do escorregamento, s, dado por srs www /)( - , torna-se indefinido. Isto pode ser um problema com a forma convencional das equações de regime permanente dada por: Figura 3.2. Conjugado como função da resistência Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 34 ( )rsmsrlrsrr IILjILj s r V ++÷ ø öç è æ += ww ''' (3.1) Para operação com frequência variável que inclui excitação em CC, a equação 3.2 , também de regime permanente, é mais usual: ( ) ( )rsmeslrsrs IILjILjrV '+++= ww (3.2) ( )[ ] ( ) ( )rsmrerrsrr IILjIjrV +-+-+= wwww ' (3.3) A expressão correspondente ao valor médio, para o conjugado desenvolvido por uma máquina de P pólos é : ( ) rr rmsnrmsn rr em rI PrI T ''. 2 3''3 2 2 wwww - = - = N.m. (3.4) 3.4. Operação com Fluxo de Entreferro Constante A curva de conjugado / velocidade de uma máquina de indução que opera com fluxo mútuo constante, tem características que não se altera com as variações de frequência de excitação. s M rsmm E IIL w l =+= ' (3.5) então, mantendo o fluxo mútuo constante é equivalente manter a taxa Em/ws constante b alnomiM sM E E w w ln= (3.6) onde Em nominal é o valor de Em à frequência base nominal. O máximo valor continuo de Em não deveria ser maior que seu valor à frequência nominal se a excessiva saturação do núcleo deve ser evitada. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 35 lr b s r rs b M r XjR E I '' ' w w ww w + - -= (3.7) ( )2 2 2 min 22 2 2 ' ' ' ' ' lr rs rb alnoM lr b s rs rb M r X r E X r E I +÷÷ø ö ççè æ - = ÷÷ø ö ççè æ +÷÷ø ö ççè æ - = ww w w w ww w (3.8) substituindo o quadrado da corrente rotórica na equação 3.4, com a equação 3.8, a expressão para o conjugado desenvolvido com fluxo constante torna-se: ( ) r lr rs rb alnoM rmsn em r X R EP T ' ' ')(2 3 2 2 2 min ÷ ÷ ÷ ÷ ÷ ø ö ç ç ç ç ç è æ +÷÷ø ö ççè æ - - = ww www (3.9) examinado a equação anterior, para o conjugado desenvolvido, com o fluxo constante, verifica-se que o valor de velocidade de deslizamento, ws-wr, para qualquer valor de ws. graficamente isto é equivalente à transformação vertical da curva velocidade / conjugado para condições nominais, ao longo do eixo das velocidades, à medida que a Figura 3.3. Conjugado x Velocidade com fluxo constante e freqüências de 60, 45, 30, 15, 0 e –15 Hz. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 36 frequência varia. Isto indica que obter-se-á o mesmo valor de conjugado à mesma velocidade de escorregamento ws-wr. Com Em mantido constante, a máxima potência para uma dada potência de excitação, será desenvolvida no entreferro quando: lr b s máxs rb X r ' ' w w ww w = - (3.10) e a máxima velocidade e escorregamento será: r lr b máxs r X ' ' www ±=- (3.11) Os valores positivos do segundo membro da equação 3.11, indica escorregamento na motorização, e, negativo para regeneração. O valor máximo conjugado desenvolvido, obtido pela substituição da equação 3.11 em 3.9 é : lr alnoM b máx em X EP T '4 3 2 min w = (3.12) o valor máximo de conjugado é independente da frequência ws, que é o mesmo obtido à velocidade nominal wb. Pode-se verificar ainda que a partir da equação 3.9, que o conjugado pode ser controlado pelo ajuste do fluxo estatórico, velocidade de escorregamento ou ambos, através do controle da amplitude e frequência da tensão aplicada ao motor. Com o inversor controlado a tensão, a velocidade de escorregamento é normalmente mantida dentro do máximo valor de deslizamento elevado, e a corrente de estator e perdas baixas. Dentro dos valores nominais de tensão do inversor, a amplitude da tensão do estator pode ser ajustada para manter o fluxo estatórico constante. Entretanto, mantendo fluxo estatórico e velocidade de escorregamento constante resultará em Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 37 altos valores de escorregamento e altas perdas rotóricas nas baixas frequências de operação. O fluxo de excitação do rotor pode ser considerado como o fluxo estatórico vezes o deslizamento. Então na região gráfica de torque constante, mantêm-se o fluxo à um nível capaz de prover máximo conjugado. Após a velocidade base, na faixa de potênciaconstante, a velocidade de escorregamento é mantida constante, pela possibilidade de o deslizamento crescer com a velocidade até o máximo valor. Com o valor nominal de s, normalmente metade do valor de Smax, o valor máximo da faixa de potência constante é em trono de duas vezes o valor da velocidade base. 3.5. Operação Tensão / Frequência Constante Embora a regulação à fluxo constante de entreferro ser possível com o uso de realimentação direta do fluxo medido na prática, o uso da tensão terminal medida é preferível, pois a medição do fluxo com sensores de efeito Hall ou através de bobinas, mesmo havendo filtros, pode trazer problemas, seja de ruídos, seja para sua substituição quando necessário. O controle indireto da tensão de entreferro através da tensão terminal é bem mais simples. Entretanto, como mostrado na figura 3.4 a curva torque / velocidade do mesmo motor operando com controle V/F constante não é a mesma da figura 3.3, obtida com fluxo constante, para todas as condições de operação. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 38 Para frequências de excitação não nulas, a distorção que se verifica que se verifica na figura 3.4, pode ser atribuída à mudança do fluxo mútuo causado pela queda de tensão sobre a impedância estatórica, lsbss Xjr )/( ww+ , especialmente nas baixas frequências, onde a queda de tensão na resistência rs torna-se dominante. Figura 3.4. Curvas Conjugado x Velocidade com V/f constante e freqüências de 60, 45, 30, 15, 0 e –15 Hz. Figura 3.5. Curvas V/f constante para três características de carga: Corrente nominal em motorização(linha cheia), sem carga (linha pontilhada) e regeneração. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 39 A figura 3.5 mostra as curvas V/F para o mesmo motor da figura 3.3, para 3 valores de corrente estatórica. Cada curva é obtida mantendo-se a amplitude da corrente estatórica e do fluxo constante em seus respectivos valores nominais, com frequência variável. As curvas indicam que a amplitude da tensão requerida será função da frequência e da carga. Em geral, o valor da tensão necessária para a motorização é maior que a necessária para condição sem carga, que por sua vez é maior que a situação de regeneração (gerador). Em motorização, a queda de tensão na impedância reduz a tensão de entreferro, mas na regeneração, o fluxo de potência, assim como a queda estatórica invertem. Com exceção para a curva ws=0, o impacto da queda na impedância para baixas frequências pode ser compensada pela adição de uma pequena tensão “boost” para características V/F constante. A figura 3.5b mostra as curvas de torque / velocidade obtidas com as características V/F apresentadas a baixos valores de conjugados máximos. Examinado as correntes, pode-se explicar tal fato. Neste caso as correntes estatóricas e rotóricas, especialmente próximo ao conjugado máximo são menos que aquelas apresentadas pela figura 3.3. A figura 3.6a mostra as curvas V/F para o mesmo motor. Quando o fluxo é mantido no valor nominal e a corrente rotórica que resulta o mesmo valor máximo conjugado dado pela equação 3.12. As curvas de torque / velocidade utilizando tensão de alimentação segundo a figura 3.6 são apresentadas na figura 3.6b. Neste caso, comparando com a figura 3.3, este tipo de controle é mais favorável, com exceção para ws=0. A curva ws=0 não tem somente um maior valor de torque máximo, mas também uma característica de variação (após o conjugado máximo) muito mais acentuada. Com ws=0, a tensão de magnetização, Em, e sempre zero e a corrente estatórica será determinada pela tensão aplicada e pela resistência do enrolamento. Quando a tensão terminal é fixa, a corrente estatórica permanece inalterada para qualquer velocidade de deslizamento. Consequentemente, as bruscas variações da curva conjugado / velocidade da figura 3.6b é função da corrente constante e não do fluxo constante. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 40 O elevado valor do conjugado máximo (Pull Out Torque) para ws=0 pode ser reduzido, reduzindo-se a tensão aplicada. A figura 3.7a mostra as tensões modificadas para características V/F para que o conjugado máximo para ws=0, seja o mesmo que das outras frequências de excitação. O caso de excitação em corrente continua (ws=0), ocorre não somente com conversores de frequência, mas também com acionamentos que injetam corrente continua para obtenção de conjugado de frenagem. Quando as equações de tensão são desenvolvidas como na equação 3.1, a solução torna-se manipulável numericamente para qualquer ws, incluindo zero. Se ws é zero, a equação 3.1 torna-se ( ) ( )rsmrrlrsrr sss IILjILjrV IRV ''''' +-+= = ww (3.13) com somente a excitação estatórica, pois Vr é zero (ws=0), o fasor corrente rotórica é dado por: s lrsr mr r I Ljr Lj I ´'' ' w w + = (3.14) onde lrmr 'LL'L += os valores negativos da resistência rotórica agem como uma fonte de potência regenerativa através do estator. O conjugado de motorização será: 2 222 2 '' ´ 2 3 s rrr rmr em I Lr rLP T w w + = N.m. (3.15) Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 41 3.6. Acionamentos de Máquinas de Indução A disponibilidade de eficientes chaveamentos de potência e rápidos processadores tem facilitado o desenvolvimento e o uso cada vez mais frequente dos acionamentos (Drivers) para motores de indução. Num acionamento típico de motores de indução, o conversor de potência usa para converter a energia da fonte de alimentação na forma necessária para operação do motor. As características de saída podem ser controladas de forma que a tensão e/ou frequência estejam em níveis compatíveis para o motor. Estas características podem associar ondas de harmônicos inerentes ao uso dos inversores. Os tipos de inversores podem ser diferenciados em suas categorias relativas ao barramento CC: inversores VSI a fonte para a etapa de inversão é o LINK DC (barramento de CC), constituído por um retificador e um banco de capacitor. Para os inversores CSI, a fonte para a etapa de inversão são retificadores controlados com um banco de inversores no barramento CC. Atualmente os acionamentos de baixa potência, são constituídos de inversores VSI com tensão moduladas em largura de Figura 3.6. V/F constante e corrente rotórica para produzir conjugado máximo. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 42 pulso (PWM), que permitem que a tensão e frequência sejam controlados eletronicamente. A função do modulador PWM é transferir as ondas de modulação de amplitude e frequência variáveis em trem de pulsos chaveados pelo inversor. Nos moduladores PWM clássicos, as interseções entre a onda senoidal de modulação e a onda triangular determinam os pontos de comutação para a geração do trem de pulsos. A figura 3.7 mostra as formas de onda da tensão de saída de um inversor trifásico. Nos inversores PWM senoidais, a taxa de modulação é definida como quociente da amplitude da onda de modulação e da amplitude da onda triangular. A amplitude da componente fundamental de saída do PWM é proporcional ao índice de modulação, quando a taxa de modulação é menor que a unidade. Com a taxa de modulação unitária, a amplitude da componente fundamental é cerca de 79% de uma onda quadrada de mesma amplitude. Com a taxa de modulação aproxima-se de uma unidade a largura de pulsos torna-se tão estreita que não haverá tempo suficiente para que os chaveadoresse desliguem e retornem a sua capacidade de bloqueio em tensão reversa. 3.6.1. Estratégia de Operação Figura 3.7. Curvas Conjugado x Velocidade com V/f constante e freqüências de 60, 45, 30, 15, 0 e –15 Hz, na motorização(linha cheia) e regeneração. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 43 A figura 9 mostra as estratégias de operação mais comumente usadas para a motorização possibilitando uma larga faixa de velocidade. Pode-se identificar três modos distintos: · Modo 1: mantém-se a velocidade constante e regula-se a corrente estatórica para obter torque constante. · Modo 2 : mantém-se tensão estatórica em seu valor nominal e regula a corrente estatórica para obter a potência constante. · Modo 3 : mantém-se a tensão estatórica constante regula-se a velocidade de deslizamento logo abaixo do valor de conjugado máximo. No modo 1, a taxa da amplitude da tensão de saída para frequência é ajustado de forma a se obter fluxo aproximadamente constante. O máximo valor de conjugado disponível na região de torque constante é usualmente definido pela limitação da corrente do inversor para valores abaixo daqueles correspondentes ao conjugado máximo. A transição do modo 1 para o modo 2 acontece quando o valor da tensão máxima é alcançado. No modo 2 o motor opera com a máxima tensão e sua forma de onda e quase quadrada. Como a frequência continua a crescer neste modo a maquina operará com fluxo de entreferro reduzido. Neste modo o deslizamento aumenta para manter a corrente estatórica no seu limite. A transição do modo 2 para o modo 3 ocorre quando o deslizamento aproxima-se de seu limite (máximo conjugado). Então, o deslizamento se manterá neste valor e o limite máximo de velocidade pode ser determinado por algumas considerações como baixo conjugado máximo, excessivas perdas no núcleo e no enrolamento, perdas mecânicas, etc. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 44 Em muitas aplicações à velocidade variável onde pequenas variações na velocidade do motor com carga é tolerável um simples sistema de malha aberta usando controle V/F com compensação em baixas frequências como a figura 3.9 pode ser satisfatório. Pode-se verificar duas formas simples desta compensação. Outras formas de compensação dependentes da carga podem ser utilizadas. Figura 3.8. Modos de operação em ampla faixa de velocidade Figura 3.9. Controle V/F com compensação (booster) de tensão em baixas Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 45 Como se pode verificar, a referencia de velocidade de deslizamento é adicionada à velocidade rotórica para produzir a frequência desejada. Referência da velocidade de escorregamento pode ser negativa, neste caso a máquina ira regenerar; entretanto, este valor deve ser limitador com certa margem de segurança abaixo da velocidade de escorregamento para a qual acontece o conjugado critico (torque máximo). Desde que a velocidade de escorregamento seja normalmente menor em relação à velocidade rotórica. Operações com velocidade de escorregamento negativas causam regeneração (frenagem), e consequentemente fluxo de potência para o barramento DC. A potência regenerativa deve ser dissipada nos resistores de frenagem ou retornar a rede prevenido excessivos crescimentos na tensão DC devido à sobrecarregamento dos capacitores do link DC. A estratégia de controle pelo deslizamento é largamente usada porque o fator de potência de entrada e o conjugado devido a corrente estatórica podem ser elevados, resultado em melhor utilização da corrente disponibilizada pelo inversor. Quando o fluxo de entreferro e a velocidade de escorregamento são mantidos constantes, o conjugado desenvolvido será o mesmo, mas a eficiência não será tão boa como a obtida para fluxo e deslizamento constantes. Quando o deslizamento é mantido constante, a velocidade de deslizamento variará linearmente com a frequência de excitação e a suavidade da curva torque / velocidade no lado da velocidade síncrona caíra com a frequência, as figura 3.10 e 3.11 mostram o controle de velocidade em malha fechada com a regulação V/F e escorregamento. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 46 Figura 3.10. Controle de velocidade em malha fechada com V/F e regulação de deslizamento. Figura 3.11. Controle V/F com compensação (booster) de tensão em baixas frequências em inversor SIEMENS. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 47 3.7. CONTROLE VETORIAL DO MOTOR DE INDUÇÃO As máquinas de corrente contínua são a bastante tempo conhecidas pela sua facilidade de controle. Isso deve-se ao fato de que o fluxo de campo e o fluxo da armadura, devido a ação dos comutadores, estarem sempre perpendiculares um do outro, esta ortogonalidade permite um controle independente dos mesmos. Na máquina c.c. o valor do fluxo de campo é mantido constante (até a velocidade base), e, através do controle da corrente de armadura, proporciona indiretamente, o controle do conjugado. Desta forma obtém-se respostas rápidas de velocidade, pois o conjugado pode ser alterado rapidamente. O controle vetorial ou controle com campo orientado tem como objetivo a obtenção de um controle desacoplado entre o fluxo e o conjugado eletromagnético na máquina de corrente alternada, de forma a tornarem análogas as máquinas de corrente contínua, melhorando assim, suas características dinâmicas, quando comparada com a resposta dos acionamentos convencionais. No motor de indução, o ângulo espacial d varia com a carga, o que compromete a resposta dinâmica. d pode ser controlado desde que a corrente do estator seja decomposta em componentes de fluxo e de conjugado. Através da orientação de campo garante-se um ângulo espacial de 90º elétricos entre estas componentes, obtendo assim um controle independente das mesmas. 3.1. Princípio da Orientação do Campo O princípio da orientação de campo se originou no oeste da Alemanha, em um trabalho de Hasse e Blaschke, na Universidade de Darmstadt e Brauunschweig, em um laboratório da Siemens. Vários métodos de implementação têm sido desenvolvidos, mas estas técnicas podem ser classificadas em dois grupos: Controle Direto e Controle Indireto. A classificação é baseada no método usado para determinar o vetor de fluxo rotórico. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 48 O controle de Orientação de Campo Indireto foi proposto por Hasse, e requer uma alta resolução de sensores de posição do rotor, como encoder ou resolver, para determinar a posição do fluxo rotórico. O controle por Orientação Direta de Campo, originalmente sugerido por Blaschke, determina a magnitude e a posição do vetor de fluxo do rotor, por meio de medição de fluxo direto ou por uma estimação baseada em condições terminais. O desenvolvimento do método de controle direto da Universidade de Brauchweig tem sido descrito pelo professor Leonhard . O controle campo-orientado tem sido caracterizado por uma complicada aproximação de processadores de sinais sofisticados e transformação em coordenadas complexas, pois no passado a implementação era feita usando controles eletrônicos analógicos. De qualquer forma, o controle digital com microprocessador esta tornando isso irrelevante e permitindo espetaculares avanços. 3.2 - Orientação de Campo – Referencial Síncrono qd A orientação de Campo consiste em colocar o eixo d em fase com fluxo rotórico lr. Determinação da posição do fluxo rotórico em relação à corrente rotórica: lr = lr + llrie lem lrm=Lmir llr=Llr ir lm ir Er Ea q d lr ir im Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 49 lr = Lm(ie + ir) + Llrir Onde: llr = Fluxo de dispersão rotórico; Llr = Indutância de dispersão rotórica. Baseado na equação de tensão no rotor: Vr = rrir + slr = 0; s = jw slr = -rrir ==> lr = -(rrir)/jw e, multiplicando numerador e denominador por j: lr = j (rrir)/ w Logo, lr está avançado em relação à ir de 90°. Relembrando, o conjugado pode ser expresso, com o campo orientado, como: q r d rem iPT l-= 2 3 (1) Determinação da velocidade de escorregamento: Determinando qri : )2(0 ).(0:)( d r d r d r q r d r d r d r d r q rr d r ir dt d síncronorefeVOndeir dt d V +l= =l+l+lw-w-= )3( L iL i LLLOndeiLiLComo r d em d rd r lrmr d rr d em d r -l = +=+=l Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 50 q rlrm q em d r iLLiL )( ++=l No referencial síncrono (campo orientado) 0=lqr q rr q em iLiL +=0 r q emq r L iL i - = (5) substituindo (5) em (1) q e d r r m em iL L PT l= 2 3 Definição da velocidade de escorregamento : 0' =+=l qrr q em d r iLiL '' lrmr LLL += lr q emq r L iL i - = (1) Da equação drr q r q rr q r dt d irV lw-w+l+= )( 0=qrV )4(totalrotóricoFluxoi 1s L :LaplacedesoperadorpormembrososambosndoMultiplica)iL( L r dt d 0 )2(em)3(equaçãoadoSubstituin d e md r d em d r r d rd r Þ +t =l -l+l= Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 51 0=lqrdt d , então: d r q r q r r ir l - =w-w (2) substituindo (1) em (2) : d rr q emq e r m d r r slipr iL i L Lr lt = l =w=w-w ' ' è Velocidade de escorregamento Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 52 Figura 3.11. Aplicações práticas: Malha de regulação de velocidade com controle vetorial em inversor SIEMENS. Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 53 3.7. Simulação 3.12. Modelo para simulação em Matlab/Simulink de um acionamento Vetorial com MI com Orientação de Campo Acionamentos Elétricos Prof.: Genésio G. Diniz 54 ABC® ®qd 1+ts Lm p2 3 ´ Ä s 1 ¸ m r L t r m L L- Ä s 1 cm jj + 1 q ei d ei q ri q rl emT slipw rw rw w q q cT + - + + · w Ai Ci Bi b a b a b a qdSíncronosEixos orientadoCampo Modelo do Motor de Indução na análise vetorial MI L LINK L LINK + + Av Bv cv Ai Bi Ci Inversor de Frequência
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