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Geologia de Mocambique

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Índice 
 
1. Introdução ................................................................................................................................................. 2 
2. Localização Geográfica............................................................................................................................. 3 
3. Enquadramento regional ........................................................................................................................... 4 
4. Principais litologias suas características ................................................................................................... 6 
4.1 Origem .................................................................................................................................................. 11 
5. Tectónica e deformação .......................................................................................................................... 12 
6. Metamorfismo ......................................................................................................................................... 13 
7. Geocronologia ......................................................................................................................................... 14 
8. Mineralizações e tipos de Jazigos minerais ........................................................................................... 14 
9. Conclusão ................................................................................................................................................ 17 
10. Bibliografia ........................................................................................................................................... 18 
 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
2 
 
1. Introdução 
Moçambique é caracterizado pela ocorrência de uma grande diversidade geologica , as unidades 
lito-estratigráficas constituintes do território moçambicano podem ser convenientemente 
divididas entre um sôco cristalino com idade arcaica-câmbrica e uma cobertura de rochas com 
idade fanerozóica. 
O complexo metamórfico de Mungári enquadra-se na Suíte de Guro que foi definida pelo GTK 
(2006) como uma nova unidade litológica. Esta era anteriormente incorporada no Complexo de 
Bárue por Hunting (1984). Esta Suíte localiza-se a norte do Complexo de Bárue, a leste da 
margem do cráton de Zimbabwe separando-se deste através das rochas epicrustais do grupo de 
Rushinga e a sul da Suíte gabro-anortosítica de Tete. 
Suíte de Guro é bimodal composta de membros toleíticos félsico e máfico e é constituída 
basicamente por granitos tipo A. O membro máfico apresenta um carácter geoquímico 
peraluminoso enquanto que o félsico um caráter que varia de meta à peraluminoso.(Manjate, 
2015). 
Os eventos magmáticos e metamórficos responsáveis pela evolução da Suíte de Guro são 
episódicos. (Chaúque, 2012) 
O presente trabalho, visa uma ilustração panorâmica relativa as Principais litologias, tectonica, a 
geocronologia bem como a ocorrência de mineralizações do complexo metamórfico de Mungári. 
Para concretização deste trabalho recorreu-se a consulta a bibliográfica disponível sobre o tema, 
em Internet, bibliotecas, arquivos, Mapas. 
 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
3 
 
2. Localização Geográfica 
O posto Administrativo de Mungari localiza-se no distrito de Guro na província de Manica entre 
17° 10' 5" Sul 33° 33' 14" Este, que Tem limite a norte e a oeste com o distrito de Changara da 
província de Tete, a sudoeste com o distrito de Bárue, a sul e sudeste com o distrito de Macossa, 
a leste com o distrito de Tambara e a nordeste com o distrito de Moatize da província de Tete. 
 
Figura. 1 – Mapa de localização da área de estudo. O quadrado vermelhas indicando distrito de 
Guro localidade de Mungari (Adaptado de http://cea.revues.org) 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
4 
 
3. Enquadramento regional 
O continente Africano é composto por um mosaico de crátons e faixas móveis Arcaicos, 
amalgamados por cinturões dobrados Proterozóico-Cambrianos e cobertos por uma associação 
de sedimentos indeformados e rochas extrusivas de idades Neoproterozóica, Carbonífera 
Superior-Jurássica Inferior e Cretácea-Quaternária (Gabert 1984, Dirks & Ashwal, 2002). 
A parte central de Moçambique foi marcada por eventos episódios consistindo de granitogênese 
mesoproterozóico e neoproterozóico, magmatismo neoproterozóico, sedimentação 
neoproterozóica e magmatismo cambriano(Manjate, 2015). 
 
Estes eventos produziram unidades geológicas cujas relações espaciais e temporais tem sido 
controversas no que se refere à Suíte de Guro e ao Complexo de Bárue. Alguns autores 
defendem a existência de duas unidades geológicas distintas e outros incorporavam a Suite de 
Guro no Complexo de Bárue formando assim uma e única unidade geológica. 
 
A área em estudo a nível regional, enquadra-se nos terrenos do Gondwana Sul que compreende o 
Cratão do Zimbabwe e um conjunto de unidades tectono ou litoestratigráficas nos cinturões 
dobrados proterozóicos que foram carregados ou depositados no topo das margens norte e leste 
do Cratão localizada no cinturão Moçambique formado por colisão e consequente Amalgamação 
dos três Gondwanas a quando de eventos Pan Africano 900 - 700 M.a. 
 
A área compreende as rochas dominadas por Granada (Biotite) Gneissse, mármore, granito 
Chacocoma e seus derivados tectônicos, granada granito-migmatito bem como as Membros 
bimodais toleiticos de Magasso e da Serra Banguete. 
Estas rochas possuem idades de cristalização meso e neoproterozóicas, da ordem de 1070 e 800 
Ma, e apresentam também evidências de terem sofrido a ação térmica do evento Pan-Africano, 
no intervalo de tempo entre 540 e 500 Ma .(ChaúqUe, 2012). 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
5 
 
 
 
Figura 2: Mapa das principais unidades geológicas da região centro de moçambique com idades 
máximas de deposição (Adaptado de Chaúque, 2012) 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
6 
 
 4. Principais litologias suas características 
Segundo GTK CONSORTIUM (2006) O complexo metamórfico de Mungári com codificação 
P2MG,compreende várias litologias metassedimentares de idade variadas do Meso e Neo 
Proterozóico, sendo as principais (figura 4) encontradas na folha de Guro (1732/1733) na escala 
1:250000. 
 
Figura 3: Mapa das Principais litologias da área em estudo. Modificado d GTK, (2006) 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
7 
 
Granada granito - migmatito de Mungári ( P2MG ) 
Esta litologia é amplamente distribuída em particular nas áreas do leste norte do Complexo 
Báruè e da o nome do Complexo. . Estes são predominantemente granatíferos de granulometria 
grossa ricos em K -feldspato, mas notavelmente rochas graníticas inequigranulares e raramente 
porfiríticos. A sua textura é bastante maciça ou mais ou menos compacta, é comum em granitos 
misturados com pegmatitos vermelhos ou gneisses migmatíticos. 
Frequentente essas rochas contém bandas de grãos finas acinzentados que são contínuos ao 
longo de uma direção e pouco interrompidas e que representam intercalações metassedimentares 
(figura4), Em muitos casos, estas intercalações são resultantes da fusão quase completa do 
material granítico - pegmatítico , assim alterando muito a sua caráter original. 
 
Figura 4: Pequenos intercalacoes metasedimentares no leucoMigmatico Mungári 
(GTK,2006) 
Mármore (P1RPml) 
O mármore é uma unidade que ocorre em pequenas manchas ao longo do rio Dombe na área em 
estudo observadas da através no mapa na escala 1:250000 na Folha 1732/1733. 
No Monte Pitãolocalidade (SE Chioco mapa folha SDS 1632), o Mármore tem um espessura 
medida de mais de 50 m. 
Os mármores mais baixas são de médio a muito grosseiro e, essencialmente de composição, 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
8 
 
dolomítica, o tamanho dos grãos e cor são muitas vezes correlacionada com o Acamamento. 
Garnet (biotita) gnaisse (P1ppg) 
Gneisses ocupam três áreas separadas leste da aldeia Guro, na folha de mapa 1732/1733. 
Apresentam, contatos que são localmente graduais ao gnaisse - granitos de Mungari nas 
proximidades. Estes rochas formam um grupo de gnaisse, que são difíceis de contacto com 
tipos de rochas vizinhas. Normalmente, estas rochas são gneisses heterogêneos. Apesar de ser 
relativamente homogêneos na aparência, são semelhante a plutónitos. Geralmente os gneisses 
compreendem localmente reliquias de estratos metasedimentares.( Figura 5). 
Os gneisses contêm muitas vezes pequenos porfiroblastos de granada. A biotite não é um 
mineral típico no gneisse; sua composição modal é cerca de 15%. apresentam pequenas 
quantidades de calco-silicatos entre camadas. 
Veios graníticos e milonitos indicam que os gneisses foram submetidos a intenso metamorfismo. 
 
Figura 5: Gneisse com pequenas fragmentos de metasedimentos de Mungari (GTK,2006) 
 
Biotite Granito Porfirítica Chacocoma (P2Cgr) 
A unidade compreende granitoides grosseiros cor cinza a avermelhado com grãos de feldspato 
potássio porfirítico abundante, geralmente com um tom avermelhado, mas com alguma 
frequência também violeta-azulada . 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
9 
 
A textura ígnea porfiritica foi preservada apenas em alguns casos (Figura 6). No entanto, é 
comum, a rocha apresentar deformações no gnaisse com milonítos. 
Com o aumento da deformação, a identidade da rocha porfirítica original se torna gradualmente 
obscura enquanto um bom tecido xistoso penetra e substitui a estrutura augen gneisse. 
 
Figura 6: Granodiorito fortemente deformado com milonitos.(GTK,2006) 
 
Granito gnaisse aplítico-migmatito Serra Banguatere (P3Oag) 
Esta litologia representa o componente félsica pura da suíte bimodal de Guro o componente 
félsico alterna com o componente máfica. A rocha apresenta-se com textura Aplítica. 
Em afloramentos a espessura da camada félsica ocorre entre centímetros a mais de uma centena 
de metros. Aqueles com espessura maiores são mostrados no mapa como corpos alongados, 
representando suas verdadeiras formas tabulares. Em pequena escala os membros félsicos e 
máficos é possível tirar tudo separadamente. 
A largura de uma banda félsica na área do tipo oeste de Serra Banguatere é várias quilômetros no 
mapa, embora a verdadeira espessura pode ser apenas 100-150 m. Em áreas onde as rochas 
félsicas foram inclinadas de forma íngreme para subvertical, eles formam cristas estreitas, o que 
implica uma melhor resistência à erosão em comparação com o conjunto com as bandas máficas. 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
10 
 
 
Os principais componentes minerais da rocha são o quartzo, o feldspato potássico e plagióclase. 
minerais escuros são geralmente escassos, aparecem em tamanhos milimétricos como pequenos 
pontos pretos. Outros pontos pretos pertencem a disseminações escassos de magnetitas. Granada 
pode ocorrer em pequenos grãos nas áreas do leste na região do Mungari, a granada é mais 
abundante especialmente nas bandas máficas onde a Variação do tamanho dos grãos é muito 
estreita. 
O Metagabro e Gneisse-Migmatito Máfico Magasso (P3Ogb) 
Forma o componente máfico da Suíte Bimodal Guro. Este é o componente inferior do complexo 
de injecão máfico félsico e ocorre somente de forma ocasional em grandes afloramentos, sem o 
componente félsico. Somente alguns corpos arredondados mapeáveis, com consideráveis 
dimensões, foram desenhados no mapa. 
 
Monte Calinga Muci Granito Gneisse-migmatito e gneisse-migmatito máfico (P3Ogm) 
Forma ta componente máfico da Suíte Bimodal Guro, representa um dos componentes Máfico 
da Suite de Guro. 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
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Figura 7: Alternância de membros Máfico e Félsico da Suite Guro , Monte calinga Muci 
(GTK,2006) 
4.1 Origem 
A suíte de Guro, de natureza bimodal toleítica, é composta pelos granito gnaísses de Cuchamano, 
Monte Calinga Muci e Serra Banguatere e pelas rochas metassedimentares que constituem o 
Complexo Metamórfico de Mungári. 
 
Mais para leste do cratao do Zimbabwe, as rochas compreendem terrenos alóctones formados por 
material de idade variada, em grande parte Mesoproterozóica, sotoposto a rochas supracrustais 
com zircões detríticos do Neoproterozóico (Macossa, Chimoio e Mungári). ( Chaúque, 2012). 
Em termos de origem o complexo metamórfico de Mungári deriva de rochas sedimentares 
metamorfizadas ou seja rochas supracrustais de idades meso proterozoico de terrenos alóctones 
depositadas em bacias continentais. 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
12 
 
Nestas rochas observam-se idades máximas de deposição dos sedimentos em torno de 700-900 
Ma e idades de protólitos de cerca de 1000-1100 Ma com provável proveniência no Complexo 
de Bárue.(Chaúque, 2012) 
5. Tectónica e deformação 
Nos mapas geológicos 1: 250.000 do GTK (2006) observam-se na nappe de Mungari três 
ambientes tectônicos principais, ambientes distensivo, compressivo e transcorrente. O ambiente 
distensivo se caracteriza por uma série de falhas normais, gerando estruturas sequenciais de 
Horst e Graben (GTK, 2006) constituindo o limite entre a Suíte de Guro e as formações 
mesozóicas-cenozóicas compostas por riolito, basaltos, arenitos, argilitos, marga e camadas de 
carvão. Em seguida, ocorrem falhas transcorrentes dextrais acompanhando as falhas normais. Por 
fim, o ambiente compressivo se apresenta em forma de empurrões terminando em nappes nas 
rochas arqueanas com desenvolvimento de dobras e lineações. Os empurrões e nappes formam 
dois grupos com sentido sul e oeste. O grupo de sentido sul se relaciona com o terreno alôctone 
do Zambezi representada complexo de Masoso enquanto que o de sentido oeste se relaciona com 
a Suíte de Guro (GTK, 2006). 
 
Figura 8. Perfil geológico da parte central de Moçambique (Bárue-Guro-Margem cratónica) 
modificado de GTK (2006). 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
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 6. Metamorfismo 
Segundo Chaúque Fátima (2012) obteu em três rochas do alto grau, 09bFR09 granulito, Sill-Grt-
Bt gnaisse (12FR09) e Crd-Grt-Bt migmatito (13FR09) através de estudos geotemobarometricos 
foi possível estabelecer as condições de metamorfismo estimadas entre 4-6 kbr 700-800°C. 
Análises pontuais de granada, micas, feldspatos e piroxênios foram feitas nas três secções 
delgadas das amostras 09bFR09 (granulito), 12FR09 (paragnaisse) e 13FR09 (migmatito) para 
fins de cálculos termobarométricos. 
Os cálculos para as respectivas composições das granadas resultaram como segue na tabela 
abaixo: 
 
Amostras Associações Composição (teores) 
Granulito 
(09bFR09) Grt-Opx-Bt 
Alm0.68-0.73 Gross0.14-0.19 Prp0.07-0.1 
Sps0.045 
Paragnaisse 
(12Fr09) Sill-Grt-Bt Alm0.78-0.83 Gross0.12-0.17 Prp0.03 Sps0.02 
Migmatito 
(13Fr09) Crd-Grt-Bt 
Alm0.62-0.73 Gross0.02-0.04 Prp0.22-0.34 
Sps0.02 
Tabela 1. Composições de Granadas e associações típicas (dados extraidos de Chauque, 2012) 
 
Por estes resultados, a granada dessas rochas tem composição predominante de almandina, e com 
teores muito baixos de espessartita, o que indica cristalização em temperaturas altas. Além disso, 
a falta de zoneamento óptico aparente mostrada por essas granadas é típico de altas temperaturas. 
Os teores de piropo são elevados na amostrado migmatito, o que sugere uma composição mais 
magnesiana do protólito, condição necessária para a preservação da cordierita em pressões mais 
altas. Os teores de grossulária são relativamente elevados nas duas outras amostras, o que é 
sugestivo de cristalização em pressões elevadas, e é muito baixo na Sil-Grt-Bt gnaisse, o que 
pode ser devido à composição do Protólito ou a um intenso reequilíbrio da granada sob 
condições de baixa pressão.(Chauque, F. 2012) 
De acordo, As associações acima exposto e as condições de temperatura e Pressão de 4-6 kbr 
700-800°C as rochas representam as fácies de Granulito Figura 3. 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
14 
 
 
Figura 9: Ponto em estrela representado as condições de Fácies Granulítica típicas das amostras 
de vários locais da suite Guro. 
7. Geocronologia 
O Consórcio GTK datou três amostras da Suíte Guro através do método U/Pb, dos quais, em 
resumo, três idades podem ser deduzidos: 
(1) idade magmática de zircão de 867±15 Ma, (2) idade metamórfica de zircão de 850-830 Ma e 
(3) uma segunda sobre-impressão metamórfica de 512±4 Ma. 
A idade (1) pode ser atribuída ao emplaçamento magmático da Suíte Guro. 
A idade (2) pode estar relacionada com falhamento de descolamento extensional (cf. Dirks et al. 
1998) e idade (3) à sobre-impressão metamórfica Pan-Africana. 
8. Mineralizações e tipos de Jazigos minerais 
 Granito-gnaísse do Monte Calinga Muci 
 
Esta unidade rochosa contém depósitos e ocorrências notáveis de Au, Mn e polimetálicos como 
Ag, Pb, Zn, Fe, Ti e minerais do grupo de platina (PGEs) pertencentes aos grupos genéticos 
hidrotermal e ortomagmático. De acordo com a nota explicativa da carta de depósitos e 
ocorrências minerais de Moçambique (1995). 
 
 Granito-gnaísse da Serra Banguatere 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
15 
 
Possui ocorrências de Au, cianita e silimanita (Nota explicativa da carta de depósitos e 
ocorrências minerais de Moçambique,1995). O Au ocorre em tipos genéticos hidrotermais 
associado a Ag e PGEs em Changara – Província de Tete. A cianita e silimanita ocorrem no 
granito da Serra Banguatere, junto ao falhamento. 
 
 Granito de Chacocoma 
O Au ocorre em tipos genéticos hidrotermais associados a Ag e PGEs em Changara – Província 
de Tete (Nota explicativa da carta de depósitos e ocorrências minerais de Moçambique,1995). 
Este pertence ao grupo genético hidrotermal numa área que segundo GTK (2006) consiste de 
dobras chevron com eixos sub-horizontais de sentido Norte. As dobras foram quebradas e as 
fraturas resultantes preenchidas com pegmatitos félsicos que provavelmente são a fonte da 
mineralização hidrotermal de Au e associados. 
 
 Granada granito - migmatito Mungári 
 Apresenta ocorrência de Grafite ao longo da faixa SW do complexo. 
 
 
 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
16 
 
 
Figura 10: Mapa das principais ocorrências de Mineralizações do complexo metamórfico 
de Mungári, (Adaptado de GTK, 2012) 
 
 
 
 
 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
17 
 
9. Conclusão 
O complexo metamórfico de mungári (P2MG), compreende várias litologias metasedimentares 
de idades meso-proterozóica. 
 Nestas rochas observaram-se idades máximas de deposição dos sedimentos em torno de 
700-900 Ma e idades de protolitos de cerca de 1000-1100 Ma com provável proveniência 
no complexo de Bárue. 
 A Nappe de Mungari apresenta três ambientes tectônicos principais: ambientes 
distensivo, compressivo e transcorrente. 
 Através de estudos geotemobarometricos foi possível estabelecer as condições de 
metamorfismo estimadas entre 4-6 Kbr 700-800°C, que representam as fácies de 
granulito. 
 Em quase todas as litologias metamorfizadas a presença de Granadas, cianita e silimanita 
 Nota-se Também em rochas graníticas a ocorrência de mineralização de Au, Ag e PGE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complexo metamórfico de Mungári 2016 
 
18 
 
10. Bibliografia 
 GTK Consortium, 2006b. Notícia Explicativa da Carta Geológica de Moçambique 
1:250.000, Volume 2, Folhas Mecumbura (1631), Chioco (1632), Tete (1633), Tambara 
(1634), Guro (1732,1733), Chemba (1734), Manica (1832), Catandica (1833), 
Gorongosa (1834), Rotanda (1932), Chimoio (1933) e Beira (1934), Escala / Scale 1:250 
000. Ministério dos Recursos Minerais, Direcção Nacional de Geologia 
 MANJATE, V. A., (2015). Caracterização geocronológica dos granitóides do complexo 
de bárue e da suíte de guro, centro-oeste de moçambique: implicações tectônicas e 
 metalogenéticas. Tese de doutorado. Instituto de geociências, 
 Universidade de São Paulo, 2015. 
 CHAÚQUE, Fátima Roberto; contribuição para o conhecimento da evolução tectônica 
do cinturão de moçambique em moçambique. Tese de doutorado – são paulo, 2012. 
 
 GRANTHAM, g.h, Marques, J.M., WILSON, m.g.c., MANHICA, v., hartza 2011; 
Explanation of the geological map of mozambique, escale 1:1000 000; Direção Nacional 
de Geologia- Moçambique. 
 RUBERT, Excelso, MACHADO, Rómulo, rochas metamórficas, decifrando a terra 
capítulo 18. 
 Nota explicativa da carta de depósitos e ocorrências minerais de 
 Moçambique,1995 
 MÄNTÄRI, I. (2008). Mesoarchaean to lower Jurassic U-Pb and Sm-Nd ages from NW 
Mozambique. Special Paper, Geological Survey of Finland, 48:81-119.. 
 AFONSO, R.S. & MARQUES, J.M. (1993). Recursos minerais da República de 
Moçambique. Instituto de Investigação Tropical, Centro de Geologia, Lisboa. Direcção 
Nacional de Geologia, Maputo, Moçambique

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