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AULA 9 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA

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AULA 9 - FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
POLÍTICAS MACROECONÔMICA: CAMBIAL E COMERCIAL
Introdução
Escutamos nos telejornais, lemos nos jornais e revistas a valorização e/ou a desvalorização do dólar frente à moeda nacional e as consequências para a economia brasileira.
Mas, como a moeda norte-americana se valoriza? Como se desvaloriza? Quais os efeitos?
Vamos entender alguns conceitos importantes, nesta aula, para clarear um pouco essas discussões, ou seja, vamos entender os princípios da Política Cambial.
Outra política macroeconômica que vamos estudar é a Comercial. Esta consiste na atuação do Governo com medidas para influenciar as exportações e importações, sem que seja necessário mexer na taxa de câmbio. E, como isso, fechamos a parte da matéria que diz respeito às políticas macroeconômicas.
Objetivos: 
Ao fim desta aula, você deverá ser capaz de cumprir os objetivos abaixo descritos: 
Definir câmbio, regimes cambiais e Política Cambial;
Reconhecer a Política Comercial e sua capacidade de influenciar a economia na busca das metas macroeconômicas.
Política Cambial e Comercial
A política comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivo de intervir nas transações com o exterior. As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados retratam bem essa interferência.
Quanto maior a tarifa, mais dificultadas se tornarão as importações e mais protegida da concorrência externa estará a indústria nacional e, consequentemente, seus empregados.
ATENÇÃO: A taxação que incide sobre os veículos importados é um bom exemplo da intervenção do governo através da política comercial que, em última análise, preserva o emprego de milhares de trabalhadores brasileiros.
Vamos começar pela Política Cambial
De uma forma resumida, podemos dizer que a Política Cambial é a determinação da taxa de câmbio do país.
Mas o que é taxa de câmbio?
É o preço do dólar no país; mede quantas unidades da moeda nacional são necessárias para comprar U$1.
O que é uma taxa de câmbio valorizada ou valorização cambial?
Significa que para comprar U$1 é preciso menos moeda nacional. Ou seja, serão necessários menos reais (R$) para comprar o mesmo dólar (U$).
EXEMPLO: 
Momento 1: para comprar U$1 preciso de R$2,50
Momento 2: para comprar U$1 preciso de R$2,10 (preciso de menos reais para comprar o mesmo dólar).
A Política Cambial inclui a escolha, pelo Governo, da forma como é determinada a taxa de câmbio oficial — se é fixada pelo governo ou livremente pelo mercado.
Regimes Cambiais
Regime de Câmbio Fixo: O Governo se compromete (oficialmente) com uma determinada taxa fixada. Isto significa dizer comprar e vender dólar a um valor por ele pré-estabelecido, por exemplo, pode estipular que U$1 = R$1,00.
Esse regime já foi muito utilizado na economia mundial e possui vantagens e desvantagens:
Vantagens: O preço do dólar não varia, portanto, não encarece os importados; não impacta sobre a inflação.
Desvantagens: O governo precisa gastar as reservas internacionais para manter a taxa. E se a taxa for valorizada (baixa), a balança comercial fica deficitária.
Suponhamos que o valor da moeda americana seja fixado em R$1,50. Neste caso, o Banco Central assume o compromisso de comprar qualquer quantidade de dólar por esse valor.
Se ocorrer uma crise financeira internacional, as condições do mercado cambial se deterioram, porque, nesses momentos, os investidores estrangeiros procuram retirar seus recursos do país; para isso, compram dólares no mercado de câmbio, levando a uma tendência à valorização da moeda americana.
ATENÇÃO: Para impedir que o valor do dólar suba, o Banco Central seria então forçado a vender dólares, sempre a R$1,50. A capacidade do Banco Central brasileiro de vender dólares esta limitada à quantidade das reservas internacionais. Com elas reduzindo, o BC pode utilizar uma política monetária contracionista e aumentar a taxa de juros para atrair mais dólares para o país. E isso poderia comprometer o crescimento econômico brasileiro. Outra desvantagem é a concorrência dos produtos nacionais frente aos produtos importados com um câmbio fixo.
Regime de Câmbio Flutuante (Flexível)
No regime de câmbio flutuante, o mercado determina a taxa de câmbio, ou seja, ela depende da demanda e da oferta de dólar no mercado.
Mas o que é a oferta de dólar?
É a entrada de dólar no país. Veja algumas fontes de chegada:
- Exportações — o exportador recebe em dólares e troca no Bacen;
- Empréstimo do FMI;
- Venda de títulos do Brasil no exterior;
- Entrada de capitais financeiros, atraídos por nossos juros altos;
- Envio de lucros de empresas brasileiras atuando no exterior.
E a demanda por dólar?
É a saída da moeda em circulação no país. Algumas fontes de demanda por dólar:
- Importações — o importador compra dólar para pagar suas compras;
- Pagamento da divida externa;
- Envio de remessa de lucro de multinacionais atuando aqui, para o país de origem;
- Saída de capitais financeiros.
Na verdade, nenhum governo (autoridades monetárias) de um país deixa de atuar para evitar flutuações consideradas excessivas na taxa de câmbio. Em tese, embora o regime cambial seja de taxa de câmbio flutuante, na prática, ele é chamado de flutuação suja.
Flutuação suja? O que é isso?
Quando considera necessário, o Banco Central pode adotar medidas visando influenciar o comportamento do mercado de câmbio
EXEMPLO: Imagine que U$1 esteja valendo R$3,00, pois a oferta está muito pequena em relação à demanda por dólar. O governo pode vender dólares de suas reservas internacionais, aumentando assim a oferta da moeda no mercado, o que tende a resultar em queda do valor da moeda norte-americana. Essa redução, ou seja, a valorização do real pode contribuir para reduzir os preços dos produtos importados, diminuindo a pressão inflacionária. Mas, por outro lado, incentiva o aumento das importações e baixa a capacidade de exportação das empresas brasileiras, o que tende a levar a uma deterioração da balança comercial.
Vantagens: O Governo não é obrigado a gastar as reservas internacionais para controlar a taxa de câmbio (mas pode fazê-lo eventualmente). A balança comercial tende ao superávit, como será visto adiante.
Desvantagens: Toda vez que a taxa de câmbio sobe, encarece o custo de importar. Isto pode impactar sobre a inflação, caso um produto, aqui produzido, use componentes importados.
Portanto, outra forma de tentar evitar desvalorizações cambiais é utilizando a política monetária, ou seja, elevar a taxa de juros, atraindo dólares para serem investidos no país em títulos da dívida pública.
Efeito da Taxa de Câmbio sobre a Balança Comercial do país (exportação — importação)
Exportador: O exportador recebe em dólar e troca por reais.
Ex.: Venda de U$100
Se a taxa de câmbio = R$2,90, a sua receita, em reais é = 100 x 2,90 = R$290,00
Se a taxa de câmbio = R$4,00, a sua receita, em reais é = 100 x 4,00 = R$400,00
→ O exportador fica estimulado quando a taxa cambial está desvalorizada porque a receita em reais vai ser maior.
Importador: O importador gasta em dólar; para isto, usa reais para comprar dólares e pagar a encomenda.
Ex.: Importação de mercadorias, no valor de U$100
Se a taxa de câmbio = R$2,90, seu gasto, em reais, é = 2,90 x 100 = R$290,00
Se a taxa de câmbio = R$4,00, seu gasto, em reais, é = 4,00 x 100 = R$400,00
→ O importador fica estimulado quando a taxa cambial está valorizada, porque o gasto em reais vai ser menor.
Conclusão: a taxa de câmbio valorizada (real valorizado frente ao dólar)  desestimula as exportações, apesar de fomentar as importações, o que pode vir a causar uma balança comercial deficitária.
Efeitos da Taxa de Câmbio sobre a Inflação no país.
Se a taxa de câmbio aumentar, ou seja, o real desvalorizar, pode ocorrer uma inflação de custos. Isto porque a importação fica mais cara.
Se o empresário brasileiro, que compra o importado, decidir repassar o custo maior ao preço da mercadoria final, realmente ocorrerá inflação.
Se a taxa de câmbio reduzir, ou seja,o real valorizar, haverá uma queda nos preços dos produtos importados e uma menor pressão inflacionária.
Em resumo:
Política Comercial
São medidas para influenciar as exportações e as importações, sem que seja necessário mexer na taxa de câmbio.
As alterações no câmbio, embora visem primordialmente equilibrar as contas externas, tendem a trazer repercussões sobre outras variáveis. Assim, para obter resultados desejados, em relação à balança comercial, os governos tradicionalmente adotam políticas para incentivar as exportações e reduzir as importações, independentemente das variações que venham a ocorrer na taxa de câmbio.
No Brasil, tais medidas incluem a concessão de financiamentos subsidiados através dos bancos oficiais e de incentivos fiscais.
Afetam as exportações: 
O crédito mais barato
A isenção de impostos
Afetam as importações:
O estabelecimento de cotas (limites de quantidade) para a importação de um produto;
Definir obstáculos burocrático
Dar subsídio ao produto nacional, para que fique mais barato que o importado
Colocar tarifas sobre os produtos importados
Balanço de Pagamentos
É o registro mensal das transações entre residentes e não residentes do país. Contabiliza não só transações do governo, mas principalmente das empresas e cidadãos. As contas são feitas em dólares.
As alterações no câmbio, embora visem primordialmente equilibrar as contas externas, tendem a trazer repercussões sobre outras variáveis. Assim, para obter resultados desejados, em relação à balança comercial, os governos tradicionalmente adotam políticas para incentivar as exportações e reduzir as importações, independentemente das variações que venham a ocorrer na taxa de câmbio.
No Brasil, tais medidas incluem a concessão de financiamentos subsidiados através dos bancos oficiais e de incentivos fiscais.
RESUMO DO CONTEÚDO
Nesta aula, você:
Reconheceu a Política Cambial e suas implicações;
Identificou a Política Comercial e o balanço de pagamentos.

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