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Apostila - projeto físico de redes.pdf

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T503A 
 
Projeto Físico de 
Redes Locais 
 
Leonardo Lira 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 
SUMÁRIO 
1. QUE É IMPORTANTE SABERMOS: 4 
1.1. LARGURA DE BANDA: 4 
1.2. CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DE DADOS. 4 
1.2.1. TRANSMISSÃO ASSÍNCRONA DE DADOS 5 
1.2.2. TRANSMISSÃO SÍNCRONA DE DADOS 6 
1.3. ESTRUTURAS DE REDES E SUAS APLICAÇÕES 7 
1.3.1. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE COMPUTAÇÃO 7 
1.3.2. SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES DE COMPUTADORES 8 
1.3.3. SISTEMA DISTRIBUIDO: 9 
1.3.4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS BÁSICOS DE UMA REDE 10 
1.3.5. APLICAÇÕES DE REDES 12 
1.4. AS SETE CAMADAS DO MR - OSI, SEUS OBJETIVOS, FUNÇÕES E SERVIÇOS13 
1.4.1. DIVISÃO EM SETE CAMADAS DO MODELO DE REFERÊNCIA 13 
1.4.2. CAMADA FÍSICA 14 
1.4.3. CAMADA DE ENLACE 14 
1.4.4. CAMADA DE REDE 15 
1.4.5. CAMADA DE TRANSPORTE 16 
1.4.6. CAMADA DE SESSÃO 17 
1.4.7. CAMADA DE APRESENTAÇÃO 17 
1.4.8. CAMADA DE APLICAÇÃO 17 
1.5. REDES LOCAIS ETHERNET 17 
1.5.1. PADRÃO IEEE 802.3 - CSMA/CD 17 
1.5.2. PROJETO SIMPLIFICADO DE UMA REDE LOCAL ETHERNET 20 
1.5.3. FAST ETHERNET (IEEE 802.3U - 100BASET) 21 
1.5.4. GIGABIT ETHERNET (IEEE 802.3Z) 24 
1.6. PADRONIZAÇÃO DE REDES 25 
2. MÍDIAS DE COMUNICAÇÃO- 26 
2.1. CABO COAXIAL 26 
2.2. CABO UTP( UNSSHIELDED TWISTER PAIR) 28 
2.2.1. PROJETO DE CABEAMENTO UTP 28 
2.2.2. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS 29 
2.2.3. ACESSÓRIOS PARA REDES DE CABOS UTP 31 
2.2.4. TESTES E CERTIFICAÇÃO DAS REDES UTP 36 
2.3. FIBRA ÓTICA 40 
2.3.1. ESTRUTURA: 40 
2.3.2. CONSTRUÇÃO DA FIBRA ÓTICA 40 
2.3.3. TIPOS DE FIBRA ÓTICA 41 
2.3.4. CABOS ÓTICOS 42 
2.3.5. TIPOS DE FIBRAS UTILIZADAS. 44 
2.3.6. TIPOS DE CABOS ÓPTICOS 44 
2.3.7. APLICAÇÃO DOS CABOS ÓPTICOS 46 
2.3.8. ACESSÓRIOS ÓTICOS 52 
2.3.9. CONECTOR ÓPTICO 54 
2.3.10. CONJUNTOS DE SUSPENSÃO 60 
2.3.11. CONJUNTOS DE ANCORAGEM 60 
2.3.12. EMENDAS EM FIBRAS ÓPTICAS 62 
3. EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO 68 
Leonardo Lira Página: 2 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
3.1. HUBS – CONCENTRADORES INTELIGENTES 68 
3.2. REPETIDORES 68 
3.3. BRIDGES 69 
3.4. GATEWAYS 69 
3.5. ROTEADORES 69 
3.6. SWICTH 69 
3.7. SERVIDOR DE TERMINAIS 70 
3.8. PLACAS DE REDE 70 
3.9. MODEMS E MULTIPLEXADORES 71 
4. CABEAMENTO ESTRUTURADO 71 
4.1. DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO: 72 
4.2. SUB-SISTEMAS DO CABEAMENTO ESTRUTURADO 72 
4.3. BACKBONE 73 
4.3.1. TOPOLOGIA 73 
4.4. CROSS-CONNECTIONS 74 
4.5. INTERCONNECTIONS (INTERCONEXÕES) 75 
¾ LOCALIZAÇÃO DE VERTICAL CROSS-CONNECTS 75 
4.6. WORK AREA 78 
4.7. TELECOMMUNICATION CLOSETS 80 
4.7.1. DEFINIÇÃO GERAL 80 
4.7.2. 5.1. DESENHO E PROJETO 80 
4.8. EQUIPMENT ROOM 82 
4.8.1. DEFINIÇÃO GERAL 82 
4.8.2. DESENHO E PROJETO 82 
4.8.3. FUNÇÃO 82 
4.9. ENTRANCE FACILITIES 82 
4.9.1. DEFINIÇÃO GERAL 82 
4.9.2. FUNÇÃO 83 
4.10. INFRA-ESTRUTURA PARA O CABEAMENTO 83 
4.10.1. MATERIAIS 83 
4.10.2. INFRA-ESTRUTURA HORIZONTAL 84 
4.10.3. INFRA-ESTRUTURA DO BACKFONE 84 
 
Leonardo Lira Página: 3 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 
 
1.Que é importante sabermos: 
 
1.1. Largura de Banda: 
 
Banda Base(BaseBand): 
 
método de transmissão da banda base define que somente um sinal digital pode viajar pela mídia ; 
A informação é posta na mídia sem nenhum tipo de modulação; 
Cabo para banda base: UTP, Coaxial, Fibra Ótica 
 
-Banda Larga(BroadBand): 
 
Permite que vários sinais possam viajar ao mesmo tempo pela mídia; 
Essas transmissões exige uma largura de banda maior; 
A informação é modulada antes de ser transmitida; 
sistema de televisão é o maior exemplo; 
Cabo para banda larga: Coaxial, Fibra Ótica. 
 
 
1.2. Características de um sistema de Comunicação de Dados. 
 
 
Um enlace de dados, ponto a ponto, pode ser configurado segundo diversos parâmetros relacionados com o tipo de 
transmissão e a maneira como está implementado esta transmissão. Assim podemos ter: 
 
Quanto ao modo de como o fluxo de informação se estabelece entre os dois sistemas terminais, podemos ter: 
a – enlace simplex 
b – enlace duplex 
c – enlace semi-duplex 
Na transmissão simplex o fluxo de informação se dá em um único sentido. Na transmissão semi-duplex o fluxo de 
informação se dá ora em um sentido ora em outro sentido, porém sempre de forma alternada. Já na transmissão duplex, 
a transmissão acontece nos dois sentidos, de forma simultânea, como pode ser observado na fig. 1. 
 
Leonardo Lira Página: 4 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
E T D
E q uip a m en to
T e rm in a l
d e D a d os
E T D
E q uip a m en to
T erm in a l
d e D a d os
E T D
E q uip a m en to
T e rm in a l
d e D a d os
E T D
E q uip a m en to
T erm in a l
d e D a d os
E T D
E q uip a m en to
T e rm in a l
d e D a d os
E T D
E q uip a m en to
T erm in a l
d e D a d os
M eio
S istem a S im p le x
S istem a S em i-d u p le x
S istem a D u p le x
 
 
Fig. 1 – Modos de Transmissão em um sistema de Comunicação de Dados 
 
2. Quanto a maneira de como a informação é seqüenciada pelo meio de comunicação podemos ter : 
a – comunicação serial 
b – comunicação paralela 
Em comunicação de dados predomina a comunicação serial bit a bit dos dados. 
 
3. Quanto a maneira de como o sistema correlaciona os tempos do processo de transmissão com o processo de 
recepção, podemos ter: 
a - transmissão síncrona ou 
b - transmissão assíncrona. 
A seguir faremos uma análise mais detalhada em relação a estes dois modos de temporização num processo de 
comunicação de dados. 
 
 
1.2.1. Transmissão Assíncrona de Dados 
 
 
Na transmissão assíncrona o terminal não fornece a cadência ou o sincronismo dos dados (relógio de transmissão). 
Neste caso o modem utiliza o seu próprio relógio interno, que obviamente deve ter a mesma freqüência do terminal (ou 
próxima). 
Em transmissão assíncrona, quando queremos transmitir um bloco de dados binários, este é segmentado em conjuntos 
de 8 bits de informação, aos quais são acrescentados um cabeçalho, constituído de um bit, e no final uma rabeira, 
constituído de um ou dois bits, formando assim um conjunto de 10 ou 11 bits denominados de caracteres ou bytes, 
como é mostrado na figura 2. 
Leonardo Lira Página: 5 
 
 
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ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
1 Start
bit
“zero”
2 stop bits
“um”
+12
+3
0
-3
-12
Digito binário
“zero”
Digito binário
“um”
Volts
1 Caracter ou byte
bit
pari
dade
8 bits de Informação
 
Fig. 2 – Transmissão assincrona de caracteres ou bytes 
 
 O cabeçalho é formado por um digito binário zero, também chamado de start bit, pois sinaliza o início do bloco de 8 
bits de informação. A rabeira, constituída de um a dois dígitos binários em um, também chamados de stop bits, indicam 
o fim dos 8 bits de informação. Os bits de start e stop, além de localizarem temporalmente os 8 bits de informação, 
também tem a função de sincronizar a fase do relógio de recepção local no terminal de recepção. 
Fica claro que, a transmissão assíncrona, pelo fato de não se preocupar em enviar informação de sincronismo junto com 
os dados, possui uma implementação simples, mas, por outro lado, é pouco eficiente, pois no pior caso, para enviar 8 
bits de informação necessita um total de 11 bits, ou seja, uma eficiência η = 8/11 = 0,72 (72%). Na transmissão de 
caracteres alfanuméricos, o oitavo bit às vezes ainda é utilizado para implementar um mecanismo de detecção de erros, 
baseado na paridade dos restantes 7 bits de informação, neste caso, a eficiência baixa para; η = 7/11 = 0,63 (63%). 
 
Modem
Transmissão
1 Start bit
(zero)
2 Stop bits
(um)
8 bits de Informação
(sem paridade)
t
ModemRecepcão
Dados XMT Dados RECLinha de Transmissão
1 bnyte
de
Informação
 
Fig. 3 – Transmissão Assincrona de um bloco de dados . 
 
Praticamente todos os microcomputadores possuem uma interface de comunicação serial do tipo assíncrona, ou seja, os 
dados fornecidos pela porta serial se apresentam da forma como é mostrado na figura 2 (caracteres soltos) ou segundo 
blocos de bytes como é mostrado na figura 3. Já os modens, transmitem pela linha de forma síncrona. Para 
compatibilizar esta situação os modens dispõem internamente um bloco conversor do tipo assíncrono/síncrono (ver fig. 
10 e 12 do capítulo anterior) e desta forma a interface serial assíncrona consegue enviar dados através de um canal 
síncrono. 
 
1.2.2. Transmissão Síncrona de Dados 
 
 
Um sistema de transmissão síncrono, combina através de um código, ou uma técnica de modulação, os sinais de 
sincronismo-de-transmissão e dados-de-transmissão, no lado do transmissor, em um sinal único, que é enviado pela 
linha. O receptor por sua vez decodifica este sinal, devolvendo um sinal de sincronismo-de-recepção e o sinal de 
dados-recebidos como é mostrado na figura 4. 
 
Leonardo Lira Página: 6 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
Relógio de Transmissão
Dados de Transmissão
Codifi-
cador
Decodi-
ficador Dados Recepção
Relógio de RecepçãoLinha de Transmissão
Transmissor Receptor
Sinal codificado
 
 
a) Características de um Sistema de Transmissão Síncrono 
 
t. . . . . .
Bloco de transmissão síncrono
Bits ou Bytes de Informação útil
Cabeçalho
 
b) Transmissão assíncrona de um bloco de dados binários (bytes) 
 
Fig. 4 - Transmissão síncrono: características funcionais e blocos de dados utilizados 
 
Desta forma, torna-se óbvia a necessidade de uma codificação dos dados com o relógio, buscando a obtenção de um 
sinal mais adequado para ser transmitido pelo canal. Uma das funções dos modens síncronos, (independente de ser 
analógico ou banda base) é portanto, codificar e decodificar o sinal de dados junto com o sinal de sincronismo, para 
gerar um novo sinal, mais adequado para ser transmitido pela linha física. 
Os dados, na transmissão síncrona, são agrupados em blocos de tamanho variável, segundo múltiplos inteiros de 
octetos. Um bloco de dados é formado por um cabeçalho, geralmente com 4 a 16 octetos, um campo de informação, e 
uma rabeira, formada por 4 a 5 bytes. Tanto o cabeçalho como a rabeira contém a informação do protocolo daquele 
nível (PCI – protocol control information). O campo de informação útil pode variar desde algumas centenas de bytes 
até milhares de bytes. Pode se verificar, que a transmissão síncrona, possui eficiência que pode chegar a 95% da 
capacidade máxima do enlace síncrono. 
 
1.3. Estruturas de Redes e suas Aplicações 
 
1.3.1. Evolução dos Sistemas de Computação 
 
 Com o surgimento dos computadores, na segunda metade deste século, podemos observar várias etapas 
técnológicas pelas quais passaram os sistemas de Computação. Observa-se atualmente, no final deste século, uma 
simbiose cada vez maior entre os Sitemas de Telecomunicações e os Sistemas de Computação, a tal ponto que hoje, 
estamos diante de uma integração total destes Sistemas, formando o que é conhecido atualmente como RDSI (Rede 
Digital de Serviços Integrados), que proporciona uma integração total de todos os serciços atuais dentro de um conceito 
de multimídia (voz dados e imagem). Vamos listar as principais etapas observadas nesta evolução com as principais 
características associadas a cada uma. 
 
Sistemas Centralizados (Década de 50) 
 - Processamento em Batch, JOB a Job. 
 - Teleprocessamento através de Terminais do tipo Remote Job Entry 
 - Terminais Burros 
Leonardo Lira Página: 7 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 
Sistemas de Tempo Partilhado - Time Sharing (Década de 60) 
 - Terminais Interativos 
 - Processamento de multi-Tarefas 
 - Redes de Terminais Multiponto 
 
Sistemas Compartilhados (Década de 70) 
 - Minicomputadores e Microcomputadores 
 - Redes Locais 
 - Utilização compartilhada de Periféricos especializados (Impressora, 
 Memória de Massa, Leitoras) 
 - Inicio do Movimento de Padronização (OSI - ISO) 
 
Interligação de Sistemas e Redes (Década de 80) 
 - Processamento descentralizado e cooperativo. 
 - Redes públicas de Pacotes 
 - Cresce pressão por interoperabilidade (padronização) 
 - Rápido crescimento da digitalização das redes de telecomunicações 
 públicas (Rede Digital Integrada - Rede Inteligente) 
 - Surgimento das Redes Corporativas com integração de voz/dados 
 - Surgimento do Conceito de RDSI 
 
Sistemas Multimídia de Banda Larga (Década de 90) 
 - Interoperabilidade de Redes LAN x WAN e LAN x LAN 
 - Crescimento explosivo das Redes Locais (Downsizing e Modelo 
 Cliente/Servidor) 
 - Surgimento das Tecnologias de Alta Velocidade (Frame Relay, 
 ATM, SMDS, DQDB etc...) 
 - Rede mundial Internet 
 - Implantação da RDSI de Faixa Estreita e Faixa Larga (multimídia) 
 - Redes Virtuais (Topologias controladas por software) 
 - Gerência Integrada (TMN) 
 - Obrigatoriedade de Sistemas abertos por parte dos orgãos 
 governamentais (GOSIP) 
 - Crescimento das Comunicações s/fio (PCS, UMTS) 
 
1.3.2. Sistemas Distribuídos e Redes de Computadores 
 
Conceituação de Sistemas Distribuidos: 
(Definição de M. Eckhouse) 
 
Um Sistema Distribuido (SD) é uma coleção de elementos de processamento interconectados, tanto logicamente como 
fisicamente, para execução cooperativa de programas de aplicação com o controle geral dos recursos centralizado. 
 
Palavra chave : Controle dos recursos centralizado 
 
Leonardo Lira Página: 8 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 
 
Conceito de Redes de Computadores: 
Definição de A. S. Tanenbaum 
 
Coleção de computadores autônomos porém interconectados. 
(Interconectados no caso significa capazes de trocar informações) 
 
 
 
NOTA 
Sistema Distribuido, segundo A. S. Tanenbaum, é um caso particular de Redes de Computadores em que os múltplos 
computadores são transparentes ao usuário. 
 
 
Distinção funcional entre 
Sistemas Distribuidos e Redes de Computadores 
 
 
1.3.3. Sistema Distribuido: 
 
 O usuário de um Sistema Distribuido (SD) não se dá conta do fato que existem Múltiplos Processadores, para 
ele existe um sistema e este sistema é como se possuisse um processador virtual único. 
(Em um SD nada precisa ser feito explicitamente, tudo é feito automaticamente pelo sistema sem o conhecimento do 
usuário.) 
 
Redes de Computadores 
 
 Em uma Rede de Computadores o usuário deverá explicitamente deslocar arquivos, e em geral manusear e 
gerenciar pessoalmente a Rede. 
 (O usuário necessita pedir a conexão com outro hospedeiro e uma vez conectado explicitar o que quer) 
 
A principal distinção entre, 
Redes de Computadores e 
Leonardo Lira Página: 9 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
Sistemas Distribuidos 
é mais a nível de software do que propriamente a nível de hardware. 
Classificação dos Sistemas Distribuidos quanto à Distância 
 
 Sistemas Distribuidos Confinados ou Fortemente Acoplados. Distâncias entre os processadores de alguns metros no 
máximo. Processadores em um mesmo gabinete, rack ou sub-bastidor. 
 Ex. : Modem de alto desempenho com vários 
 processadores (PSD, controle, compressão e 
 correção de erros), Super-mini, etc. 
 
 2. Sistema Localmente Distribuido ou Frouxamente 
 Acoplado. Distâncias entre processadores de algumas 
 centenas de metros 
 Ex.: Redes Locais. 
 
 3. Sistemas Geograficamente Distribuidos ou 
 Fracamente Acoplados. Distâncias entre 
 processadores de centenas de quilômetros.Ex. : Redes de Computadores Públicas, nacionais 
 e internacionais. 
 
Nova Visão dos Sistemas de Computação 
sob o ponto de vista Controle e Gerenciamento de Processos 
com o advento dos Sistemas Distribuidos 
 
Sistema de Computação Centralizado 
 
Sistema Distribuido 
 
Controle do Sistema 
Perfeita e global noção do estado do Sistema em 
qualquer instante 
 
Controle do Sistema 
Num determinado instante conhecemos apenas 
alguns aspectos do Estado do Sistema 
 
Controle dos Processos 
Processos compartilham a qualquer instante de 
uma visão coerente e determinística (evolução) 
do Estado Global do Sistema. 
 
 
Controle dos Processos 
Estado Geral do Sistema é fragmentado e 
distribuido em diferentes processadores e 
memórias, com uma comunicação entre eles 
sujeita a atrasos variáveis e não determinísticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.4. Elementos Estruturais Básicos de uma Rede 
 
Leonardo Lira Página: 10 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 
 1. Hospedeiro ou Estação 
 
 
 2. Sub- Rede de Comunicação composto de : 
 Troncos ou Canais, 
 Nós de Acesso e Nós de Comutação. 
 
 
 
 3.Protocolos 
 
 
 
 
 
 
 Legenda: 
H : Estação ou Hospedeiro 
 NA : Nó de acesso 
 NC : Nó de Comutação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Topologia Física de Redes 
 
Leonardo Lira Página: 11 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 
 
 
Legenda: H: Hospedeiro ou Estação (Pode ser um Terminal ou um 
 Computador ou outro dispositivo de manipulação de Informação) 
 NA: Nó de Acesso (Funções de Acesso e Comutação) 
 NC: Nó só de Comutação 
 
 
1.3.5. Aplicações de Redes 
 
Leonardo Lira Página: 12 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 
 As aplicações possíveis em um Mainframe e as mesmas aplicações rodando em uma Workstation ligada a uma 
Rede Local, provavelmente não apresentam muitas diferenças, a não ser em termos de um aumento de confiabilidade e 
performance. A disponibilidade porém de uma Rede de Longa Distância Pública, WAN, torna possivel uma série de 
novas e fantásticas aplicações. Muitas destas aplicações terão um impacto importante na sociedade como um todo. 
 Para dar uma idéia, sobre algumas destas novas e importantes aplicações que se tornaram possíveis graças às 
Redes de Computadores, vamos examinar de forma resumida três exemplos: 
 - Acesso a Programas remotos 
 - Acesso a Base de Dados Remotas 
 - Facilidades de Comunicação do tipo valor agregado. 
 No primeiro caso imaginemos um programa de simulação das tendências da economia mundial. O programa é 
extremamente complexo e necessita de constantes ajustes e roda em um super-computador de grande porte. Ao invés de 
comprar o programa e uma máquina de grande porte eu posso mandar meus dados sobre um determinado setor da 
economia e rodar remotamente o programa, com os resultados da simulação enviados posteriormente ao meu 
computador. 
 Na categoria de acesso a Bancos de Dados podemos imaginar aplicações como, home banking, previsão do 
tempo, reservas de passagens, compras por catalogo, reservas de Hotel, Restaurante, etc. 
 Na última categoria podemos enquadrar aplicações como de TV por demanda, música por programação 
personalizada, revista eletrônica personalizada, jornal eletrônico personalizado etc. 
 Todas estas aplicações são possíveis em função de um suporte de rede a nível regional e mundial. Uma rede de 
Computadores é um sofisticado sistema de Comunicações. O exemplo mais palpável desta realidade que começa a 
surgir é, sem dúvida, a rede mundial Internet, que a cada dia oferece novas oportunidades e aplicações com reflexos em 
todo comportamento social. 
 A utilização das facilidades associadas às Redes de Computadores deverá reduzir a necessidade do 
deslocamento físico das pessoas e com isto economizar energia. O trabalho em casa deverá ser cada vez mais uma 
realidade, especialmente para trabalhos em tempo parcial. O escritório e a Escola, como conhecemos atualmente, 
poderão desaparecer. As lojas poderão se tornar virtuais, com atendimento eletrônico por computador. 
 A revolução da Informação deverá mudar profundamente o comportamento da sociedade, assim como o fez a 
Revolução Industrial. As mudanças comportamentais da sociedade, devido a esta revolução, ainda são objeto de muita 
especulação por parte dos sociólogos, porém certamente serão mais marcantes e profundas do que as mudanças 
originadas pela Revolução Industrial. 
 
1.4. As Sete Camadas do MR - OSI, seus Objetivos, Funções e Serviços 
 
1.4.1. Divisão em sete camadas do Modelo de Referência 
 
 No capítulo anterior foi descrita a estrutura geral da arquitetura OSI que estabelece os principais conceitos 
arquitetônicos a serem utilizados para determinar as diversas camadas, bem como suas funções e serviços. Neste 
capítulo serão abordados primeiramente os princípios que orientaram a divisão em sete camadas da arquitetura OS, 
além das funções e serviços associados a cada camada. As camadas definidas são: 
 a- Camada 1 ou Camada Física 
 b- Camada 2 ou Camada de Enlace 
 c- Camada 3 ou Camada de Rede 
 d- Camada 4 ou Camada de Transporte 
 e- Camada 5 ou Camada de Sessão 
 f- Camada 6 ou Camada de Apresentação 
 g- Camada 7 ou Camada de Aplicação 
Observação: ISO utiliza a denominação "Camada" enquanto o CCITT utiliza a designação "Nível". 
 A camada de Aplicação que é a de nível mais alto, é a que consiste das entidades ou processos de aplicação, 
que em última análise cooperam entre si no ambiente OSI. Todas as demais camadas abaixo desta fornecem serviços 
para que as entidades de aplicação possam cooperar entre si através delas. 
 As camadas propiciam melhoria progressiva dos serviços de comunicação. A fronteira ou a interface entre 
duas camadas identifica um estágio dessa melhoria de serviço. Em cada camada deverá ser definido um padrão de 
serviços OSI, enquanto o funcionamento das camadas é governado por padrões de protocolo OSI. 
Leonardo Lira Página: 13 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
 Salientamos aqui que nem todos os sistemas abertos apresentam, necessariamente a origem inicial ou destino 
final dos dados. Alguns sistemas abertos agem apenas como repetidores ou nós de comutação de uma rede, fornecendo 
apenas serviços das camadas inferiores. Por exemplo, um nó de comutação de rede fornece os serviços das camadas de 
1 a 3 apenas. 
 
1.4.2. Camada Física 
 
 A Camada Física provê os meios mecânicos, elétricos, funcionais e os procedimentos necessários para se 
ativar, manter e desativar conexões físicas que são usadas para transmitir bits entre Entidades de Enlace. As entidades 
da Camada Física são interconectadas através de um meio físico. 
Os principais serviços fornecidos à camada de enlace são: 
- Conexão física através de um canal de comunicação viabiliza a transmissão de cadeias de bits de forma transparente e 
serial. 
- Transferência de dados de forma duplex ou semiduplex, tipo assíncrono ou síncrono. 
- Fornecimento do sinal de sincronismo de bit. É parte inerente da camada física. 
- Identificação de terminações da conexão física. Uma terminações de conexão física pode ser ponto a ponto ou 
multiponto. 
- Identificação do circuito de dados. A Camada Física fornece identificadores que especificam univocamente os 
circuitos de dados, ou seja, a ligação entre duas entidades físicas incluindo todas as facilidades da camada física 
necessárias para a transmissão de bits. (Exemplo: modem, mux) 
- Sequenciação. A Camada Física entrega os bits transmitidos à entidade receptora na mesma ordem que foram 
enviados pela entidade emissora. 
- Notificação de condições de falha. A ocorrência de falhas detectadaspela Camada Física é devidamente notificada às 
entidades de enlace. (Exemplo: falta de portadora) 
- Parâmetros de qualidade do serviço. A qualidade dos serviços é decorrente da qualidade dos circuitos de dados que a 
compõem e são caracterizados pelos seguintes fatores: 
taxa de erros quando motivados por perda, criação ou alteração de bits 
na transmissão; 
disponibilidade do serviço; 
taxa de transmissão; 
tempo máximo de atraso na transmissão. 
 
As principais funções internas da camada física são: 
Podemos destacar três funções internas na Camada Física, a saber: 
 a. - Ativação e desativação de uma conexão física entre duas entidades de 
 enlace, incluindo a interconexão de circuitos de dados sob solicitação da 
 Camada de Enlace; 
 b. - Transmissão de unidades de dados de serviço físico - bits - que pode ser de 
 forma síncrona ou assíncrona, codificados ou modulados em símbolos 
 elétricos; 
 c. - Gerência de Camada Física, ou seja, os protocolos da Camada Física tratam 
 de algumas funções como ativação e o controle de erros. 
 
1.4.3. Camada de Enlace 
 
 A Camada de Enlace dispõem de funções e procedimentos necessários para estabelecer, manter e encerrar 
conexões de enlace entre entidades de rede, bem como transferência de unidades de dados do serviço de enlace através 
de uma ou mais conexões físicas. Esta camada detecta e possibilita a correção de erros ocorridos na Camada Física. Ela 
permite ainda à Camada de Rede, controlar a interconexão de vários circuitos de dados da Camada Física. 
 
Serviços Fornecidos à Camada de Rede 
Conexão de Enlace. A conexão pode ser entre duas ou mais entidades de rede e pode ser estabelecida ou liberada de 
forma dinâmica. 
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Transferência de unidades de dados do serviço de enlace. No caso são os quadros de enlace transferidas através de uma 
conexão de enlace. 
Identificadores de terminação da conexão de enlace. Estes identificadores podem ser usados pela entidade de rede para 
identificar uma determinada conexão de rede. 
Sequenciação. A sequenciação das Unidades de Dados do serviço de enlace (quadros) é garantida pela Camada de 
Enlace. 
Notificação de erros. A Camada de Enlace notifica à entidade de rede a ocorrência de qualquer erro irrecuperável 
detectado. 
Controle de Fluxo. Cada entidade de rede pode controlar dinamicamente a taxa de recepção de unidades de dados do 
serviço de enlace, através de uma conexão de enlace. 
Parâmetros de qualidade de serviço. Estes parâmetros são selecionados e mantidos enquanto durar a conexão de enlace. 
Os principais parâmetros são: 
tempo médio de erros 
taxa de erro residual 
disponibilidade do serviço 
tempo máximo de atraso na transmissão 
vazão (troughput) 
 
Funções Internas da Camada de Enlace 
- Estabelecimento e liberação da conexão de enlace. 
Para estabelecimento de uma conexão de enlace é utilizando uma conexão física ativa. 
- Mapeamento da unidade de dados do serviço de enlace em unidades de dados de protocolo de enlace. Este 
mapeamento se dá numa correspondência biunívoca. 
- Divisão da conexão de enlace em várias conexões físicas. 
- Delimitação e sincronização. 
Reconhecimento da sequência de "Flag" que determina o início e fim de quadro. 
- Controle de seqüência das unidades de dados de serviço de enlace. 
As unidades de serviço de enlace passam através de uma conexão enlace. 
- Detecção de erros de transmissão, formato e operacionais. 
Detecção de erros que porventura ocorrem numa conexão física ou erros de falha de entidades de enlace. 
- Recuperação de erros de formato, transmissão ou operacionais. 
Se não for possível a recuperação, esta função se encarrega de notificar a entidade de rede como sendo um erro 
irrecuperável. 
Controle de fluxo 
controle de fluxo do nível de enlace é feito segundo o mecanismo da janela dinâmica de transmissão (sliding window). 
- Função de troca de identificação e de parâmetros de conexão da entidade de enlace. 
- Controle de interconexão de circuitos de dados pelas entidades de rede. 
- Gerência da camada de enlace. Os protocolos da camada de enlace tratam de algumas funções de gerenciamento da 
camada de enlace. 
 
1.4.4. Camada de Rede 
 
Objetivos da Camada 
 Fornecer os meios para estabelecer, manter e liberar conexões de rede entre sistemas contendo entidades de 
aplicação que se comunicam. Ela fornece também as funções e procedimentos necessários para efetuar a troca de 
unidades de dados do serviço de rede entre entidades de transporte, através de conexões de rede. A maneira como tais 
recursos de rede estão sendo usados para suportar uma conexão de rede, é totalmente transparente às entidades de 
transporte. 
 
Serviços Fornecidos à Camada de Transporte 
 A Camada de Rede fornece como serviço básico à Camada de Transporte a transferência transparente de dados 
entre entidades de transporte. Assim, este serviço permite que a estrutura e o conteúdo dos dados transferidos sejam 
determinados exclusivamente pelas camadas superiores à camada de rede. 
 O serviço fornecido às entidades de transporte envolvidas numa conexão de rede, é exatamente o mesmo, 
independente do fato da conexão de rede estar utilizando várias sub-redes de comunicação com serviços não similares. 
 
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Os principais serviços fornecidos pela camada de rede: 
- Endereços de rede. A camada de rede reconhece as entidades de transporte através de endereços de rede. Os endereços 
de rede são fornecidos pela camada de rede, e são usados univocamente pelas entidades de transporte para se 
identificarem entre si, por intermédio dos serviços de rede. 
- Conexões de rede. As conexões de rede permitem a transferência de dados entre entidades de transporte, devidamente 
identificadas pelos endereços de rede. A camada de rede fornece os meios para se estabelecer, manter e liberar as 
conexões de rede. 
- Identificadores de terminação da conexão de rede. Os identificadores de rede são fornecidos às entidades de transporte 
para identificar univocamente a terminação da conexão de rede associada com o endereço de rede. 
- Transferência de unidades de dados do serviço de rede. Acamada de rede garante a integridade destas unidades. 
- Parâmetros de Qualidade de Serviço (Quality of Service - QoS). Estes parâmetros incluem fatores como; taxa de erro 
residual, disponibilidade do serviço, confiabilidade, vazão e tempo máximo de atraso da transmissão dos dados ou 
estabelecimento da conexão. São objeto de negociação quando do estabelecimento de uma conexão de rede. 
- Notificação de erros irrecuperáveis à camada de transporte. 
- Sequenciação. Entrega na ordem correta das unidades de dados do serviço de rede. Solicitação explícita do serviço 
requerido. 
- Controle de fluxo de dados. Este controle atua sobre a recepção ou transmissão de unidades de dados de uma 
entidade de transporte. 
- Transferência expressa de unidades de dados do serviço de rede (opcional). 
- Reinicialização de conexão de rede (opcional). Quando solicitado, ele faz a camada de rede desprezar todas as 
unidades de dados do serviço de rede em trânsito numa conexão de rede e notificar a outra entidade de transporte 
envolvida na conexão. 
- Liberação da conexão de rede. Solicitado por uma entidade de transporte, o serviço de rede não garante a entrega dos 
dados que ainda estão trafegando pela conexão. 
 
Funções Internas da Camada de Rede 
 As funções internas da rede permitem uma vasta gama de configurações, suportando conexões de rede que 
variam desde simples ponto a ponto até conexões de rede usando complexas combinações de sub-redes com diferentes 
características. 
As principais funções da Camada de Rede são apresentadas a seguir: 
 
- Encaminhamento e Retransmissão.Determina uma rota apropriada entre endereços de rede. 
- Conexões de Rede. Esta função provê conexões de rede entre entidades de transporte utilizando conexões de enlace 
fornecidas pela camada de enlace. 
- Multiplexação da Conexão de rede. Esta função pode ser usada para multiplexar conexões de rede em uma única 
conexão de enlace. 
- Segmentação e Blocagem. A Camada de Rede pode segmentar e/ou blocar as unidades de dados do serviço de rede, 
com finalidade de facilitar a sua transferência. 
- Detecção de erros. Esta função é usada mais para verificar se a qualidade de serviço de uma conexão de rede está 
sendo mantida. Esta função se vale das notificações de erros feita pela camada de enlace. 
- Recuperação de erros detectados. Esta recuperação poderá ser com um grau que pode variar de acordo com a 
qualidade do serviço de rede fornecido. 
- Sequenciação. Solicitado explicitamente pelas entidades de transporte, ordena a entrega das unidades de dados do 
serviço de rede na ordem que foram enviados. 
- Controle de fluxo. Se o serviço é solicitado, a camada de rede deve prover tal função. 
- Transferência de dados expressos. Esta transferência é feita através de uma conexão de rede, ou seja, fora do 
mecanismo de janela. 
- Reinicialização ("Reset"). Esta função possibilita o serviço de reinicialização de uma conexão de rede. 
- Seleção de qualidade de serviço. A função garante que a qualidade do serviço fornecido às extremidades da conexão 
de rede seja a mesma independente de utilizar várias sub-redes de diferentes qualidades. 
- Gerência de Camada de Rede. Os protocolos da camada de rede tratam de algumas funções de gerência da camada, 
tais como: ativação e o controle de erros. 
 
1.4.5. Camada de Transporte 
 
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 O principal objetivo desta camada é fornecer uma transferência transparente de dados entre entidades de 
sessão de forma confiável e eficiente. Todos os protocolos da camada de transporte tem um significado "fim-a-fim", 
onde os pontos finais são as entidades de transporte correspondentes. 
 A camada de transporte não trata de aspectos relacionados com o encaminhamento e repetição dentro da sub-
rede uma vez que este serviço é providenciado pela camada de rede. 
 A camada de transporte otimiza o uso do serviço de rede disponível de forma a obter o desempenho e 
qualidade exigido pela entidade de sessão a um custo mínimo. Esta otimização naturalmente é obtida dentro dos limites 
da concorrência das entidades de sessão, bem como qualidade e capacidade global do serviço de rede disponível à 
camada de transporte. 
 
1.4.6. Camada de Sessão 
 
 A camada de sessão tem por objetivo prover às entidades de apresentação correspondentes os meios que lhes 
permitam organizar e sincronizar o seu diálogo, bem como para gerenciar a troca de dados. Dessa forma, a camada de 
sessão fornece serviços para o estabelecimento de uma conexão de sessão entre duas entidades de apresentação, além 
daqueles serviços necessários à troca ordenada de dados. 
 
1.4.7. Camada de Apresentação 
 
 A camada de apresentação fornece a representação da informação (sintaxe) que é referenciada pelas entidades 
de aplicação na sua comunicação. A camada de apresentação se preocupa apenas com a sintaxe, isto é, a representação 
dos dados e não com a sua semântica, isto é, seu significado, que é conhecido apenas pelas entidades da camada de 
aplicação. A camada de apresentação fornece uma sintaxe comum da informação para as entidades de aplicação. Esta 
transformação é realizada internamente nos sistemas abertos e, portanto, não causa problemas na padronização dos 
protocolos de apresentação. Com isso é conseguida uma independência de sintaxe na troca de informação entre as 
entidades de aplicação. Esta independência pode ser conseguida de duas maneiras: 
 - a camada de apresentação fornece elementos sintáticos comuns, que são usados pelas entidades de aplicação; 
 - as entidades de aplicação podem usar qualquer sintaxe, e a camada de apresentação se encarrega da 
conversão destes para uma sintaxe comum à comunicação das entidades de aplicação. 
Esta última maneira foi a adotada pelo MR-OSI para a camada de apresentação. 
 
1.4.8. Camada de Aplicação 
 
 
 O principal propósito da camada de aplicação é o de servir como uma janela entre os usuários de comunicação 
do ambiente OSI através da qual ocorrem todas as trocas de informações úteis ao usuário. 
 Todos os parâmetros de cada instância de comunicação, especificáveis pelo usuário são passadas ao ambiente 
OSI (e portanto aos mecanismos de implementação do ambiente OSI) através da camada de aplicação. Toda 
especificação da semântica (significado) da informação trocada é fornecida através da camada de aplicação. 
 
1.5. Redes Locais Ethernet 
 
1.5.1. Padrão IEEE 802.3 - CSMA/CD 
 
 É a Rede Local mais antiga e popular da atualidade. Utiliza o conceito de acesso partilhado a um meio comum 
de 10 Mbit/s. Estima-se que mais de 90% das redes Locais instaladas a nível mundial são do tipo Ethernet. É uma 
tecnologia consolidada, barata e com capacidade de migração assegurada para redes de maior desempenho, como por 
exemplo a Fast Ethernet de 100 Mbit/s ou Gigabit Ethernet de 1000 Mbit/s. 
 
Principais Características Técnicas 
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Protocolo de Acesso ao Meio: CSMA/CD Carrier Sense Multiple Access, Collision Detect (não determinístico) 
Taxa Nominal: 10 Mbit/s. 
Meios de Transmissão: Par Trançado, Cabo Coaxial e Fibra Ótica 
Tipo de Transmissão: Banda Base. 
Topologia Lógica : Barra com terminação 
Topologia Física de Implementação: HUB em Estrela. 
Número máximo de Repetidores (ou HUB’s ativos hierarquizados): 4 
Número máximo de conexões por segmento: 10BaseT: 2 
 10Base2: 30 
 10Base5: 30 
 10Base FL: 2 (Link de Fibra) 
Número máximo de nós por domínio de colisão: 1024, teórico. na prática <500. 
Padronização: ANSI (American National Standard Institute): IEEE 802.3 e 
 ISO (International Standard Organisation): ISO 88023. 
 
 
Relações entre os padrões IEEE 802 e o MR-OSI 
 
Arquitetura IEEE 802.3: CSMA/CD 
e a Arquitetura RM-OSI 
 
Interface dependente
do meio (MDI)
Interface
MAC/PLS
(SAP)
Interface
LLC/MAC
(SAP)
Unidade de
Ligação
com o Meio
(MAU)
Interface
AUI
Meio de Transmissão
Transceptor (Ex.: 10 Base T)
(PMA)
Sinalização de Camada Física
(PLS)
Subcamada de Controle de
Acesso ao Meio (MAC)
Subcamada de Controle de
Enlace Lógico (LLC)
Camadas Superiores
Camada Enlace
Camada Física
Camada Aplicação
Camada Apresentaçào
Camada Sessão
Camada Transporte
Camada Rede
Arquitetura MR-OSIArquitetura IEEE 802.3
 
 
LEGENDA: 
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 AUI Attachment Unit Interface 
LLC Logical Link Control 
MAC Medium Access Control 
 MAU Medium Access Unit 
MDI Medium Dependent Interface 
PLS Physical Level Signaling 
 PMA Physical Medium Attachment 
 SAP Service Access Point 
 
Algoritmo de Acesso CSMA/CD 
Ethernet 
 
 
Transmite Dados e ouve
o canal
Não
Meio
ocupado
?
Sim
Espera de acordo
com o algoritmo de
backoff*
Estação pronta para
transmitir
Transmitir o sinal
de JAM
Completa Transmissão
do quadro
Detectou
Colisão
Não Houve
colisão
 
 
*Algoritmo de backoff binário exponencial 
 
O algoritmo determina o número (r) de time slots (τ) que o terminal deverá esperar após uma colisão, antes de fazer 
uma nova tentativa de transmissão. 
 time slot → τ = 2 t p
Nesta expressão é o tempo de propagação máxima pelo meio. t p
No caso de haver uma colisão, todos os terminaisque colidiram param de transmitir e determinam o instante de uma 
nova tentativa de transmissão a partir de um algoritmo de retardo, também chamado back-off que no caso da Ethernet é 
do tipo binário exponencial, definido por: 
m = ( ) 2 1i −
em que m representa o limite máximo superior de time slots de espera e i indica o número de colisões. O terminal 
retransmite no time slot r, escolhido arbitrariamente no intervalo dado por: 
( 0 ≤ r ≤ m). 
No caso da IEEE 802.3 o número máximo de colisões é 16, porém o valor máximo de m é fixado em 1023, (i = 10). 
 Ex.: Na primeira tentativa (i = 1), após a colisão, a escolhe será entre (0, 1); 
Na segunda tentativa, após nova colisão, a escolha será entre (0, 1, 2, 3), 
Na terceira tentativa, após nova colisão, a escolha será entre (0, 1, …5, 6, 7), etc. Só depois de um tempo τ , após 
iniciar a transmissão o terminal tem certeza de que adquiriu o meio. 
 
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1.5.2. Projeto simplificado de uma rede local Ethernet 
 
Neste modelo simplificado são estabelecidas 6 regras para projetar um rede local multi-segmento, basedo em hipoteses 
conservativas. Redes em condições próximo de valores limites das especificações deverão ser analisadas através de 
calculos mais exatos baseados no padrão IEEE 802.3. 
 
6 Regras simplificadas para Configuração de uma rede local IEEE 802.3 multi-segmento. 
 
Serão utilizados sempre repetidores ou HUBs para interligação de segmentos 
 
O MAU que faz parte do repetidor ou HUB será contado junto para fins de do número máximo de MAU’s por 
segmento. 
 
O caminho de transmissão máximo permitido entre dois ETD’s quaisquer deverá conter no máximo: 
- 5 segmentos, 
- 4 repetidores (ou HUB’s em cascata), 
- 2 MAU’s, 
- 2 AUI’s. 
 
Cabos de AUI para 10Base-FP e 10Base-FL não deverão exceder 25m. Como são duas MAU’s por segmento, ou seja 
25m por MAU, resulta um comprimento máximo de 50m de cabo AUI por segmento. 
 
Quando o caminho de transmissão consiste de 4 repetidores (ou HUB’s em cascata) e 5 segmentos, 3 destes segmentos 
poderão ser do tipo agregadores de terminais (10Base2 ou 10Base5), os demais deverão ser do tipo interconexão (link). 
Os limites máximos destes segmentos serão: 
FOIRL (Fiber Optic Inter Repeater Link); 500m 
10Base-FB (Fiber Backbone); 500m 
10Base-FL (Fiber Link); 500m 
10Base-FP (Fiber Passiv Hub); 300m 
 
Quando o caminho de transmissão consiste de 3 repetidores (ou HUB’s em cascata) e 4 segmentos, se aplicam as 
seguintes restrições: 
O comprimento máximo de qualquer segmento de fibra entre repetidores não deverá exceder 1000m para FOIRL, 
10Base-FB e 10Base-FL, e, se for 10Base-FP, não deverá exceder 700m 
O comprimento máximo de interconexão de um ETD a HUB não deverá ser maior que 400m para 10Base-FL e 300m 
para 10Base-FP. 
Não há maiores restrições quanto ao comprimento dos segmentos de interconexão ou dos segmentos de terminais do 
tipo 10BaseT, desde que não ultrapassem os 100m 
 
Rede Local tipo Ethernet (IEEE 802.3) 
Valores Limites de Projeto 
 (Os valores listados na Tabela correspondem a um único domínio de colisão) 
 
Topologia 
Parâmetro Valor Limite Observação 
Número máximo de 
Repetidores 
4 HUB’s ativos são considerados repetidores 
Número máximo de 
segmentos 
5 No máximo 3 segmentos podem ser coaxiais 
Número máximo de 
Conexões por segmento 
10BaseT: 
10Base2: 
10Base5: 
Fibra Ótica: 
2 
30 (espaçamento min. 0,5m) 
100 (espaçamento min. 2,5m) 
2 
Meios 
Tipo Comp. max. (m) Observação 
10BaseT 100 Par trançado (nominal) 
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10Base2 185 Coaxial fino de 50 ohms 
10Base5 500 Coaxial grosso de 75 ohms 
10BaseFB (Backbone) 2000 Interligação de HUB’s 
10BaseFL (Link) 2000 Link entre Repetidores 
10BaseFP (Passiva) 1000 Estrela Passiva 
 
1.5.3. Fast Ethernet (IEEE 802.3u - 100BaseT) 
 
Principais Características Técnicas 
 
Responsável pelo desenvolvimento: Um grupo de indústrias, com mais de 60 membros, conhecido como Fast 
Ethernet Aliance ou simplesmente Aliance, no início da década de 90. Submetido à IEEE, foi aprovado em julho de 
1994 pelo subcomitê IEEE 802.3u, e em sua forma final no final do mesmo ano. 
 
Estruturação da rede: Estrela escalonável com no máximo 2 HUB’s. do tipo shared-media, ou seja, um domínio de 
colisão único. Com HUBs do tipo switch, permite escalonamento maior e também operação duplex (200 Mbit/s). 
 
Meios de Transmissão padronizados: A rede pode ser implementada em três tecnologias de transmissão e respectivos 
meios; 
 - 100Base-TX ; tranceptor aproveitado do CDDI (Copper 
 Distributed Data Interface, 100 Mbit/s). Operação semiduplex 
 ou duplex em dois pares, UTP categoria 5 ou STP. 
 - 100Base-T4 ; operação semiduplex com 4 pares de fios do tipo 
 UTP categoria 3, 4, ou 5 e código 8B/6T. 
 - 100Base-FX ; operação duplex e semiduplex sobre dois cabos 
 de fibra ótica monomodo. 
 
Distâncias limites : - 100Base-TX até 100m 
 - 100Base-T4 até 100m 
 - 100Base- FX até 400m semiduplex e 2000m duplex 
 
Autosensing: Os dispositivos Fast Ethernet podem ser dotados de uma novidade chamada Nway autosensing. Esta 
lógica permite aos adaptadores Fast Ethernet, Hubs ou Switch, detectar se o equipamento ligado a ele é de 10 ou 100 
Mbit/s e desta forma, o dispositivo se ajusta automaticamente à taxa suportada pela conexão. 
 
Adaptadores com Medium Independent Interface (MII): Esta facilidade nos adaptadores permite troca de interface 
entre as três possíveis implemntações; 100Base-TX, 100Base-T4 e 100Base-FX. A interface MII é análoga à interface 
AUI. 
 
Cartões Adaptadores com facilidades como: 
 - DMI (Desktop Managment Interface) permite coletar informações estat. 
 - Plug and Play instalation; configuração automática via Sistema Operac. 
 - Operação duplex e semiduplex (100 Mbit/s ou 200 Mbit/s) 
 - Nway sensing (adaptação ao tipo de meio) 
Vazão adequada pela interface PCI (Perif. Component Interface) 
 
 
 Componentes Estruturais da Fast Ethernet - 100 BaseT 
IEEE 802.3 
 
 A Fast Ethernet é composta de cinco blocos funcionais: o subnível de Media Access Control (MAC), a Media 
Independent Interface (MII), e tres tipos de níveis físicos, conforme mostra a figura 5.1. Cada um destes componentes 
foram projetados no sentido de manter compatibilidade com a Ethernet de 10 Mbit/s e o cabeamento existente. 
 
 
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Blocos funcionais da Fast Ethernet 
 
Subnínel de Controle de Acesso ao Meio - CSMA/CD
MMI - Media Independent Interface
100Base-TX
2 pares cat.5b UTP
ou tipo1 STP
100Base-T4
4 pares
Cat. 3, 4, ou 5 UTP
100Base-FX
Fibra multimodo
62,5/125micron
Subnível de Controle de Acesso ao Meio - CSMA/CD
MMI - Media Independent Interface
100BaseTX
2 pares cat. 5 UTP
ou STP tipo1 ou 2
100BaseT4
4 pares
Cat. 3, 4, ou 5 UTP
100BaseFX
Fibra multimodo
62,5/125micron
 
 
 
Fig. 5.1 Componentes Estruturais da Fast Ethernet 
 
O Controle de Acesso ao Meio (MAC) 
 A Fast Ethernet simplesmente aumenta a taxa com que os dados são transmitidos. O método de acesso, o 
formato dos quadros, o comprimento dos quadros, o controle de erro, o algorítmo de back off e as informações de 
gerenciamento permanecem inalteradas 
 
 
 
Media Independent Interface (MMI) 
O MII na fast Ethernet foi definido para substituir a AUI (Attachment Unit Interface) da Ethernet de 10 Mbit/s. A AUI 
tem limitações de taxa e codificação que não permitem o seu uso em altas taxas. A MII é uma interface digital síncrona 
pela qual passam dados não codificados em circuitos separados. A interface viabilizaa conecção dos transceptores de 
cada uma das três implementações do nível físico. 
 
Os níveis Físicos (100 Base-T4, 100Base-TX e 100Base-FX) 
 Como ja vimos a Fast Ethernet pode ser implementada sobre os mesmos tipos de cabeamento utilizados com 
10BaseT : UTP (unshielded twisted pair), STP (shielded twisted pair) e fibra ótica. O único meio não suportado é o 
cabo coaxial. Vamos analisar separadamente cada um dos três padrões físicos. 
Padrões Físicos da Fast Ethernet 
 
100BaseT4 
Este padrão de nível físico define um suporte para a Fast Ethernet baseado em 4 pares de fios tipo UTP, categorias 3, 4 
ou 5. A especificação 100BaseT4 define 3 pares de fios para comunicação de dados em semiduplex e um par para 
detecção de colisões. Cada par trançado de dados transmite a 33,33 Mbit/s o que caracteriza um clock de 33,33 MHz. 
Esta taxa de clock está acima do limite de 30 MHz para o cabeamento UTP. Para contornar este limite é utilizado a 
codificação 8B6T (8 bits são substituídos por 6 símbolos ternários), ou seja, em vez de uma codificação binária é 
utilizada uma codificação ternária. A codificação ternária 8B6T utiliza um clock de símbolos de 25 MHz.. 
 A codificação 8B6T associa, a cada conjunto de 8 bits de dados, um conjunto de 6 símbolos ternários. Os 
níveis de sinal utilizados são +V, 0 e -V. Seis símbolos ternários com três níveis formam um alfabeto com uma 
variedade v = 3**6 = 729 símbolos, enquanto 8 bits binários necessitam apenas 2**8 = 256 símbolos. Os símbolos 
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válidos dos 729 possíveis, foram escolhidos de modo a garantir que cada símbolo contenha pelo menos duas transições 
do sinal de forma a garantir uma recuperação precisa do sincronismo (clock de 25 MHZ). 
 
100BaseTX 
 Este padrão é definido para dois pares de fios do tipo UTP, categoria 5, ou dois pares STP, tipo 1 ou tipo 2. 
Um par trançado é utilizado para transmissão a 125 MHz e outro é utilizado para detecção de colisões e recepção. A 
codificação utilizada é 4B5B, ou seja, um conjunto de 4 bits de dados são codificados em 5 bits símbolo. A taxa de 
dados será de 100 MHz enquanto a taxa de símbolos será de 125 MHz. Os 2**4 = 16 possíveis blocos de dados são 
mapeados em 2**5 = 32 possíveis blocos de símbolos. Destes 32 blocos possíveis, 16 são utilizados para dados, 4 para 
controle e um para indicar quadro vazio ( os 11 restantes não são utilizados). 
 
100BaseFX 
Esta padrão da camada física define a operação da Fast Ethernet sobre duas fibras do tipo monomodo de 62,2/125 
microns. Uma fibra é utilizada para transmissão e a outra para recepção e detecção de colisões. A codificação é binária 
e 100BaseFX pode ser utilizado em distâncias de 400m no modo semiduplex ou 2000m no modo duplex em conexões 
intra-redes via bridges, routers ou switches. 
 
Performances dos Padrões do Nível Físico da Fast Ethernet 
 
Padrão Físico Cabeamento 
 
Distâncias 
100BaseT4 
 
4 pares UTP 
Categorias 3, 4 ou 5 
100m 
semiduplex 
100BaseTX 
 
2 pares UTP cat. 5 ou 
2 pares STP tipo 1 ou 2 
100m 
semiduplex ou duplex 
100BaseFX 
 
2 fibras multimodo 
2 x 62,5/125 microns 
400m semiduplex 
2000m duplex 
 
 
Topologia Típica de uma Fast Ethernet 100Base T 
(Um único domínio de colisão) 
 
 
 
Limites máximos a serem observados em um domínio de colisão único 
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Fast Ethernet 100BaseT 
 
Distância máxima HUB a Nó: 100m 
Distância máxima entre dois Nós: 205m 
Número máximo de Repetidores ou HUBs: 2 
Distância máxima HUB - HUB (via interface MII): 5m 
Distância máxima HUB - HUB com 100Base FX : 400m 
 
 
Observação: Em um domínio de colisão único, não há possibilidade de implementar um 
 enlace do tipo duplex, todos os enlaces são do tipo semiduplex. 
 
1.5.4. Gigabit Ethernet (IEEE 802.3z) 
 
Nova tecnologia de transmissão em redes locais em que a taxa de transmissão é aumentada de uma ordem de grandeza 
em relação à Fast Ethernet (IEEE 802.3.u), passando para 1000 Mbit/s (1 Gbit/s), mantendo-se porém o protocolo de 
acesso MAC tradicional CSMA/CD. 
 
CARACTERÍSTICAS MARCANTES DA GIGABIT ETHERNET 
 
Surgiu no final de 1996, quando foi instituída a Força Tarefa IEEE 802.3.z (Task Force) com o objetivo de definir os 
padrões para a Ethernet de 1000Mbit/s. 
 
Devido a alta taxa, é definido também um nova interface de alta velocidade, utilizando-se uma tecnologia já utilizada 
no Fibre Channel. A interface é conhecida como GMII (Gigabit Media Independent Interface), opera com codificação 
8B/10B, taxa efetiva de 1 Gbit/s, e uma taxa de sinalização na linha de 1,25 Gbit/s. É uma versão modificada do padrão 
ANSI X3T11 para o nível físico FC-0 do Fibre Channel. 
 
 
Utiliza formato de quadro MAC padrão Ethernet tradicional, com tamanho variando entre 1518 a 64 bytes. Está sendo 
estudado um aumento no tamanho máximo do quadro. 
 
 
Mantém compatibilidade de endereçamento com as tecnologias baseadas em 10Base T e 100Base T. 
 
 
 Transmissão duplex a 2000Mbit/s (2 Gbit/s) em ligações ponto a ponto entre switch/switch ou estação/switch, sem 
CSMA/CD, ou transmissão semiduplex em meio partilhado segundo o algoritmo CSMA/CD. 
 
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Switch
H UB
W S
W S W S W S
W S
W S
Switch
H UB
W S
W S W S W S
W S
W S
Conexão duplex a 2 G bit/s
Conexão semiduplex, por demanda, a 1 G bit/s (CSM A/CD)
Servidor Servidor
 
 
 
Camadas da Gigabit Ethernet 
(IEEE 802.3z e IEEE 802.3ab) 
 
 
IE E E 802.3z
(Tecnologiam baseada no F iber C hannel)
IE E E 802.ab
(Tecn. D SP)
Transceptor
1000B A SE -C X
Transceptor
1000B A SE - LX
Transceptor
1000B A SE - SX
Transceptor
1000B A SE -T
C odificador/D ecodificador - 8B 10B
1000B A SE - X
C od./D ec. N ível F ísico
1000B A SE -T
A lgoritm o M A C
(duplex e sem i duplex)
G M II
(G igabit M edia Independent Interface)
N ível
Físico
N ível
M A C
 
1.6. Padronização de Redes 
 
Os padrões de redes locais têm um papel muito importante para seu perfeito funcionamento. Sem eles, os usuários 
estariam obrigados a adquirir equipamentos e redes proprietárias de um só fabricante. Os benefícios imediatos de uma 
padronização podem ser : 
 
Redução de custos de equipamentos. 
Facilidade de conexão de dispositivos de diferentes tipos na rede. 
Capacidade de interconectar tanto o hardware quanto o software de diferentes máquinas ou produtores. 
 
Segue a baixo dois exemplos de hierarquias de órgãos responsáveis pela padronização de elementos relacionados à 
telecomunicações. 
 
 
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 NNOORRMMAALLIIZZAAÇÇÃÃOO NNAACCIIOONNAALL
COBEI
ABNT
CONMETR
INMETRO 
IEEE 
NNOORRMMAALLIIZZAAÇÇÃÃOO AAMMEERRIICCAANNAAISO
 
 
 
 
 
EIA/TIA 606 
EIA/TIA 569 
EIA/TIA 568A 
EIA TIA
ANSI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISO ( International Standards Organization)- 
ANSI (American National Standards Institute)- 
TIA (Telecommunications Industry Association)- 
EIA(Electronic Industries Association)- 
IEEE(Institute of Electrical and Electronics Engineers- 
 
ISO- 
 
A ISO publica padrões sobre uma vasta gama de assuntos, ela já publicou mais de 5 mil padrões. Para nós o mais 
importante foi modelo de referência OSI(Open System Interconnect). 
O sistema de cabeamento é o tipo de material utilizado para cumprir os padrões EIA em relação ao tipo de cabo, 
velocidade de transmissão, número de fios por cabo, impedância e distância máxima. Atualmente existe uma grande 
variedade sistemas paracabeamentos no mercado. 
No geral, todos os sistemas de cabeamento possuem cabos de cofre e/ou de fibra ótica, conectores, terminadores, 
adaptadores, dispositivos de intrerface eletrônica e equipamento padrão para o cabeamento de edifícios(EIA/TIA 568). 
Hoje em dia, a grande maioria das instalações com esses sistemas de cabeamentos utiliza uma topologia em estrela, 
conectada a uma caixa de cabeamento (MDF ou IDF) onde se encontram os patch panels, ou seja, painéis de conexão, 
de onde chega o cabo da rede e por onde partem os cabos individuais para cada estação ou nó da rede. 
 
2.Mídias de Comunicação- 
 
2.1. Cabo Coaxial 
 
O Cabo coaxial para banda base e o cabo coaxial para banda larga são muito parecidos em sua construção, mas suas 
principais diferenças são: capa do cabo, diâmetro e impedância. 
O cabo coaxial para banda base é de 3/8 de polegada e utiliza uma capa de plástico. Já o cabo coaxial para banda larga 
é de 1/2 de polegada e é coberto por uma malha ou tela de alumínio e uma camada protetora de plástico. 
Uma rede Ethernet pode trabalhar muito bem com os dois tipos de cabos, mas o mais comum hoje em dia é o de banda 
larga, para formar o "backbone" da rede (espinha dorsal). 
A tabela a seguir mostra as diferenças fundamentais entre os dois tipos de cabo coaxial. 
 
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 Banda Base Banda larga 
Tipo de cabo RG-58 A/U RG-59 ou RG-6 
Velocidade máxima de transmissão 10Mbps 6Mhz 
Impedância 50ohms 75ohms 
Distância máxima de cada segmento 185-500m 3.600m 
Custo Baixo Alto 
Indução de ruído Baixa Alta 
 
Devido ao fato de não ser muito comum nas tecnologias de redes de área local o uso do cabo coaxial para banda larga, 
é que são aplicadas com maiores detalhes as características do cabo coaxial para banda base. 
 
IEEE 802.3, 10Base5 
Este tipo de cabo é conhecido como cabo coaxial grosso, que opera com a velocidade de 10Mbps em uma só banda 
(banda base) e alcançar distâncias máximas de 500m. A impedância desse tipo de cabo é de 50ohms e ele requer um 
conector tipo terminador em cada uma das suas duas extremidades para poder enviar informações. 
O tipo de conector utilizado nesse cabo é conhecido como conector tipo N. 
IEEE 802.3, 10Base2 
Esse tipo de cabo é conhecido como cabo coaxial fino, que opera em transferência de dados a 10Mbps em uma só 
banda. A impedância do cabo também é de 50ohms, e cada segmento de cabo deve ser fechado em suas extremidades 
com os conectores tipo terminador. 
Os conectores utilizados por esse tipo de cabo são os famosos conectores tipo BNC. 
O cabo coaxial fino utiliza os conectores tipo T para conectar os dispositivos da rede a ele, enquanto o cabo coaxial 
grosso utiliza"transceiver" e um tipo de cabo conhecido como AUI(Attachment Unit Inetrface), o qual vai do 
transceiver até o dispositivo que se deseja conectar. Veja figura a seguir. 
 
 
 
Figura - Cabo coaxial típico 
 
Normalmente o cabo coaxial fino é utilizado para conectar um pequeno grupo de dispositivos, os quais não mudam de 
lugar com frequência. É ideal para pequenos departamentos ou grupos de pessoas que compartilham a mesma área 
física. 
O cabo coaxial para banda base tem uma capa e uma malha (dupla blindagem) que evitam que os sinais externos afetem 
a condutividade, como é o caso do cabo UTP. 
Você ainda pode encontrar cabos coaxiais com dois tipos de capa: uma de PVC e outra de chumbo(maior blindagem). 
O coaxial de capa de PVC é mais flexível, e o de chumbo é mais rígido, porém suporta maiores temperaturas chegando 
até a resistir, em determinadas situações, a incêndios. 
Vantagens do Cabo Coaxial 
Baixo custo de manutenção 
Fácil de instalar e conectar 
Maior resistência ao ruído e a indução de outros sinais. 
 
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Desvantagens do Cabo Coaxial 
Limitado em distância e tecnologia 
Pouca segurança. Facilmente danificável 
Maior dificuldade em efetuar mudanças no cabeamento. 
 
 
 
2.2. Cabo UTP( Unsshielded Twister Pair) 
 
2.2.1. Projeto de Cabeamento UTP 
 
. O cabo do par trançado é composto de pelo menos dois cabos de cobre com um centro sólido, formando uma trança 
entre eles. 
O cabo UTP normalmente era utilizado em escritórios para os sistemas telefônicos. Em geral, eram quatro fios, dois 
pares, cobertos por uma capa plástica e algumas vezes usavam uma capa de alumínio para ajudar a incrementar as 
velocidades de transmissão de dados e protegê-los de ruídos exteriores 
Quando falamos em projeto de rede estruturada em cabeamento UTP estamos falando em uma grande quantidade de 
informações que deverá ser conhecida pelo projetista da rede, para que se possa adequar às necessidades do cliente e às 
suas aplicações. 
Descrevemos à seguir, as principais informações que devem ser conhecidas com relação ao meio físico na hora de se 
projetar uma rede em cabeamento UTP. 
 
Meio Físico 
 
A partir de 1991 com a primeira edição da norma EIA/TIA 568, os sistemas de cabeamento passaram a ser classificados 
em categorias que caracterizaram a performance do meio físico e acessórios de acordo com intervalos de freqüências. 
 
 Categoria 3 
 
 
Essa categoria se aplica a sistemas de cabeamento baseado em cabos de par trançado com impedância característica de 
100 Ω. As características de transmissão deste sistema é especificado para freqüências de até 16 MHZ. Suportam até 10 
Mbps de taxa de transmissão e distância de até 90m. 
 
Categoria 4 
 
Esta categoria especifica impedância de 100 Ω, frequências de até 20 MHZ. Suportam até 20 Mbps e distancia de até 
100m. 
 
 Categoria 5 
 
Esta categoria também especifica 100 Ω de impedância para frequências de até 100 MHZ. Suportam até 155 Mbps e 
distância de até 100m. 
 
Largura de Banda(bandwidth) 
 
 
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100 MHZ 
Category 3, 16 MHz 
Ethernet 10BaseT 7.5 MHz
Token Ring @ 16Mbps 12.5 MHz 
Category 4, 20 MHz, 
Voice (POTS), 4KHz 
B
A
N
D
W
I
D
T
H
ATM @ 155.52Mb/s, 77.5 MHz
Category 5 (100MHz) 
ATM @ 622Mb/s, 33 MHz 
1 Hz 
 
 
2.2.2. Características Elétricas 
 
As características elétricas estão diretamente relacionadas com a performance dos cabos UTP pois, a transmissão dos 
sinais de dados irá depender, basicamente, dos parâmetros elétricos dos cabos. Onde os parâmetros são: 
 
 
Impedância 
 
É definida como sendo a soma de todas as resistências, indutâncias e capacitâncias inerentes nos cabos. A medida deste 
denominada impedância característica, que é baseada em uma linha de transmissão de comprimento infinito. No caso 
dos cabos UTP, o valor da impedância característica deve estar em torno de 100 Ω ± 15%. 
 
Atenuação 
 
É definida como sendo a diferença da potência de entrada no cabo e a potência de saída, isto é, significa a perda do 
sinal no interior do cabo. A atenuação é medida em decibéis (dB) e quando menor for o valor da atenuação, melhor será 
a performance do cabo. A norma EIA/TIA especifica atenuação para cabos UTP em diferentes frequências mostradas 
na tabela abaixo: 
 
 
*Atenuação do Cabo UTP, conforme Norma EIA/TIA 568. 
 
 
ATENUAÇÃO MÁX P/100m 20 � FREQUÊNCIA 
(MHZ) Cat 3 (dB) Cat 4 (dB) Cat 5 (dB) 
1 2.6 2.2 2 
4 5.6 4.3 4.1 
8 8.5 6.2 5.8 
10 9.7 6.9 6.5 
16 13.1 8.9 8.2 
20 - 10.0 9.3 
25 - - 10.4 
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31.21 - - 11.7 
62.5 - - 17 
100 - - 22 
 
 
 
 
Paradiafonia(NEXT) 
 
É definida como sendo o parâmetro que mede o nível de interferência entre os pares de condutores de um mesmo cabo. 
A paradiafonia é medida em decibéis (dB), sendo que a EIA/TIA 568 definiuvalores mínimos para determinadas 
frequências, alguns deste valores estão na tabela a baixo: 
 
 
 *Paradiafonia do Cabo UTP, conforme Norma EIA/TIA 568. 
 
 
PARADIAFONIA MIN P/100m FREQUÊNCIA 
(MHZ) Cat 3 (dB) Cat 4 (dB) Cat 5 (dB) 
1 41 56 62 
4 32 47 53 
8 27 42 48 
10 26 41 47 
16 23 38 44 
20 - 36 42 
25 - - 41 
31.21 - - 39 
62.5 - - 35 
100 - - 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2.3. ACESSÓRIOS PARA REDES DE CABOS UTP 
 
Para a instalação de uma rede local, além dos cabos, são necessários os acessórios que complementam a instalação. 
Estes acessórios podem abranger uma lista de materiais que, dependendo do grau de complexidade da rede à ser 
instalada, poderá ser simples ou bastante complexa. Em uma rede de cabeamento estruturado é necessário que a mesma 
apresente características flexíveis, principalmente no que diz respeito às mudanças diversas que ocorrem 
freqüentemente com qualquer rede local e também suporte às inovações tecnológicas à que as redes locais estão 
sujeitas. Em relação à categoria da rede, para que a mesma atenda às exigências das normas EIA/TIA categoria 5, não 
só os cabos, mas todos os acessórios deverão ser categoria 5. 
 
¾ Conectores 
Nas redes de cabos UTP, a norma EIA/TIA padronizou o conector RJ-45 para a conectorização de cabos UTP. São 
conectores que apresentam uma extrema facilidade, tempo reduzido na conectorização e confiabilidade, sendo que estes 
fatores influem diretamente no custo e na qualidade de uma instalação. Os conectores estão divididos em 2 tipos, 
macho (plug) e fêmea (jack). O conector RJ-45 macho possui um padrão único no mercado, no que diz respeito ao 
tamanho, formato e em sua maior parte material, pois existem vários fabricantes deste tipo de conector portanto todos 
devem obedecer a um padrão para que qualquer conector RJ-45 macho de qualquer fabricante seja compatível com 
qualquer conector RJ-45 fêmea de qualquer fabricante. Já o conector RJ-45 fêmea pode sofrer algumas alterações com 
relação à sua parte externa. 
Para o conectorização do cabo UTP, a norma EIA/TIA 568 A/B determina a pingagem e configuração. Esta norma é 
necessária para haja uma padronização no mercado. Contudo, existem, no mercado, duas padronizações para a pinagem 
categoria 5, o padrão 568 A e 568 B, que diferem apenas nas cores de dois pares de condutores dos cabos UTP. A 
figura abaixo demonstra a diferença entre os dois padrões de pinagem no conector RJ-45 plug: 
Tabela 07: Pinagens do Conector RJ-45 Macho. 
 
PINO EIA/TIA 568 A EIA/TIA 568 B 
1 Branco-verde Branco-laranja 
2 Verde Laranja 
3 Branco-laranja Branco-verde 
4 Azul Azul 
5 Branco-azul Branco-azul 
6 Laranja Verde 
7 Branco-marrom Branco-marrom 
8 Marrom Marrom 
Figura 4: Pinagem do Conector RJ-45 Fêmea nas Normas EIA/TIA 568 A e B. 
 
RJ-45 Macho (plug) 
Aplicação 
Conexões de determinações de cabos UTP Cat. 5 de condutores sólidos (solid wire) e flexíveis (flex wire), também 
utilizado nos adapter e patch cables. 
Funcionamento 
Conexão com conectores RJ-45 fêmea através de contato elétrico e destravamento mecânico (trava do conector). 
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Material 
Corpo principal em policarbonato e 8 contatos metálicos revestidos com uma camada de 50 µpol. de ouro depositado. 
Dimensões(CxLxA) 
(22,73x11,68x7,29) mm. 
Instalação 
Devem ser obedecidos os seguintes procedimentos: 
1. Decapar a capa externa do cabo cerca de 20 mm. 
Figura 5: Preparação do Cabo UTP. 
2. Posicionar os pares de condutores lado a lado, conforme a figura acima, com o cuidado de não misturar os fios entre 
si. Seguir a seguinte ordem: 1&2. Verde/Branco-Verde, 3&4. Laranja/Branco-Laranja, 7&8. Marrrom/Branco/Marrom. 
3. Destorcer os pares expostos e posicionar os condutores, conforme a figura abaixo, conforme a seguinte ordem: 
 
EIA/TIA-568A EIA/TIA-568B 
1. Branco-Verde 1. Branco-Laranja 
2. Verde 2. Laranja 
3. Branco-Laranja 3. Branco-Verde 
4. Azul 4. Azul 
5. Branco-Azul 5. Branco-Azul 
6. Laranja 6. Verde 
7. Branco-Marrom 7. Branco-Marrom 
8. Marrom 8. Marrom 
 
4. Cortar as pontas dos condutores expostos de forma que os condutores fiquem paralelos entre si. 
Figura 06: Posicionamento dos Condutores do Cabo UTP. 
 
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5. Inserir o cabo no conector com a trava voltada para baixo. Certificar que os condutores estão nas posições corretas e 
totalmente inseridos no conector nas respectivas cavidades. A capa externa do cabo UTP deve ser inserida até a entrada 
dos condutores nas cavidades dos contatos. 
 
INSERIR OS CONDUTORES, NA SEQUÊNCIA CORRETA 
Figura 07: Introdução dos Condutores do Cabo UTP no Conector RJ-45 Macho. 
 
6. Inserir o conector no alicate de crimpar mantendo-o devidamente posicionado e “crimpar”firmemente. 
 
 
Figura 08: Crimpagem do Conector RJ-45 Macho. 
 
7. Cuidados: O conector pode ser crimpado uma vez, não permitindo uma segunda tentativa. Após a crimpagem, 
certifique se os condutores estão bem crimpados e a capa do cabo esteja presa firmemente. 
 
¾ Tomadas e Espelhos 
 
As tomadas são caixas moldadas em plástico e salientes que acomodam e fixam os conectores RJ-45 fêmea, geralmente, 
são utilizados em locais onde as condições oferecidas pelo ambiente não são apropriadas para a instalação de uma infra-
estrutura embutida, por exemplo, locais onde são utilizadas canaletas aparentes para a instalação de cabos, a instalação 
de tomadas seria a mais apropriada, além de proporcionar um bom acabamento. 
Já, com relação aos espelhos, estes possuem a mesma função das tomadas, ou seja, também são utilizados para a 
acomodação e fixação dos conectores RJ-45 fêmea e, ao contrário das tomadas, estes são utilizados em instalações que 
ofereçam uma infra-estrutura embutida, onde estes espelhos possam ser fixados em caixas de embutir de tamanho 
padronizado. Com relação ao tamanho e formato, os espelhos possuem dimensões que atendem aos padrões 4”x2”e 
4”x4”, hoje muito utilizado no mercado. 
 
¾ Patch Panels 
 
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Patch Panels são painéis de conexão utilizados para a manobra de interligação entre os pontos da rede e os 
equipamentos concentradores da rede. É constituído, de um painel frontal onde estão localizados os conectores RJ-45 
fêmea e de uma parte traseira onde estão localizados os conectores que são do tipo “110 IDC”. Os cabos de par 
trançado que chegam dos pontos da rede são conectorizados nesses conectores e, nos conectores RJ-45 fêmea são 
ligados os cabos pré-conectorizados com conectores RJ-45 macho (patch cable). Os cabos denominados patch cabbles 
fazem a ligação entre o concentrador e o painel (Patch Panel). 
O Patch Panel tem a função de uma interface flexível, ou seja, através dele é possível alterar-se o lay out lógico dos 
pontos da rede. Além disso, os patch panels, juntamente com as tomadas providas de conectores RJ-45 fêmea, 
proporcionam à rede uma grande flexibilidade em termos de deslocamento de pontos e eventuais extensões da 
localização de pontos de rede. Por exemplo, através dos patch panels e tomadas é possível conectar-se os cabos pré-
conectorizados aos equipamentos com o cumprimento necessário, isto desde que o comprimento total do lance esteja 
dentro do permitido pela norma EIA/TIA. Portanto, verificamos que as tomadas e os patch panels são acessórios 
importantíssimos de um cabeamento estruturado. 
 
Seguem abaixo, as principais características dos patch panels : 
 
 
Aplicação 
 
Interligação de cabos dos pontos de uma rede local e conexões de terminações de cabos UTP de condutoressólidos 
(solid wire) com bitola de 22 a 26 AWG. 
 
 
Montagem 
 
Fixação através de parafusos em racks e conectorização dos cabos dos pontos da rede através dos conectores “110 
IDC” e ferramenta 110 Punch Down Tool. 
 
Materiais 
 
Corpo do chassi em material metálico e conectores RJ-45 fêmea e “110 IDC”. 
 
Características Elétricas 
 
Tabela 09: Características elétricas do conector RJ-45 fêmea do Patch Panel FCS. 
 
FREQÜÊNCIA PERDA DE INSERÇÃO (dB) PARADIAFONIA (dB) 
4 <0,05 >65 
10 <0,05 >60 
16 <0,10 >56 
20 <0,15 >54 
100 <0,40 >41 
 
Dimensões (AxL) 
24 posições (44,45x485) mm 
48 posições (88,90x485) mm 
 
 
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Figura 26: Patch Panel - Vista Frontal e Traseira. 
 
Instalação 
Devem ser obedecidos os seguintes procedimentos: 
Decapar a capa externa do cabo UTP aproximadamente 50 mm com o cuidado de não danificar os condutores. Segurar 
firmemente o cabo na remoção da capa externa e posicionar os pares na seguinte ordem: 
Verde/Branco - Verde 
Laranja/Branco - Laranja 
Azul/Branco - Azul 
Marrom/Branco - Marrom 
Figura 27: Preparação do Cabo UTP. 
Conectar os condutores individualmente usando a ferramenta 110 Puch Down Tool na posição de baixo impacto, 
obedecendo a correspondência entre as cores dos condutores e dos terminais. Evitar que o comprimento máximo dos 
pares destrançados ultrapasse o valor de 13 mm. 
 
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Figura 28: Posicionamento da Ferramenta Punch Down Tool no Conector RJ-45 Fêmea. 
 
Os cabos deverão instalados e crimpados partindo do centro do painel e distribuídos em direção às duas laterais, 
dividindo os cabos em duas partes. 
Os cabos ficarão agrupados ordenadamente e fixados entre si por abraçadeiras plásticas na parte traseira do patch panel. 
Cuidado para não apertar as abraçadeiras em excesso, além disso, lembrar sempre que o raio de curvatura deverá ser de, 
no mínimo, de 21,2 mm para o cabo UTP Cat. 5. 
Observar a compatibilidade de pinagem entre o patch e o conecto RJ-45 macho do FCS. A pinagem do conector RJ-45 
macho deverá obedecer ao padrão de pinagem do patch panel (568A ou 568B). 
 
Correspondência de Cores e Pinagem no Conector RJ-45 Macho. 
T568B (AT & T) PINAGEM T568A 
 RJ 45 MACHO 
BRANCO/AZUL 5 BRANCO/AZUL 
AZUL/BRANCO 4 AZUL/BRANCO 
BRANCO/LARANJA 1 BRANCO/VERDE 
LARANJA/BRANCO 2 VERDE/BRANCO 
BRANCO/VERDE 3 BRANCO/LARANJA 
VERDE/BRANCO 6 LARANJA/BRANCO 
BRANCO/MARROM 7 BRANCO/MARROM 
MARROM/BRANCO 8 MARROM/BRANCO 
 
Após a conectorização dos cabos UTP na parte traseira do Path Panel, o passo seguinte é a fixação destes rackets 
através de parafusos M5, utilizando-se de porcas e arruelas no caso da utilização de brackets. 
No momento da fixação do Patch Panel, tomar cuidado para que os cabos não sejam acidentalmente desconectados dos 
terminais 110 IDC. 
 
2.2.4. TESTES E CERTIFICAÇÃO DAS REDES UTP 
 
A instalação de uma rede local envolve várias etapas, contudo, tão importante quanto a instalação de uma rede, são os 
testes de certificação que irão demonstrar se a rede está ou não disponível para o uso, Esta certificação do cabeamento 
deve ser realizada antes da rede ser ativada, pois, após a ativação da rede torna-se muito difícil localizar a causa de um 
eventual defeito que possa surgir na rede. Além disso, existe o inconveniente de desativar toda a rede, ou pelo menos 
parte dela, para uma eventual manutenção. Portanto, uma vez que o cabeamento encontra-se certificado, a hipótese da 
causa de um eventual defeito na rede estar no cabeamento é bastante reduzida. 
A certificação de uma rede envolve uma série de testes que avaliam os parâmetros inerentes ao cabeamento da rede. Na 
prática, estes parâmetros demonstram a qualidade geral do cabeamento de uma rede local. 
Para efetuar-se a certificação, no mercado existem equipamentos especializados em certificar e detectar falhas no 
cabeamento. Diversas empresas comercializam estes testadores de cabo portáteis com inúmeros recursos e com a 
possibilidade de testar o cabeamento de acordo com os requisitos do padrão e EIA/TIA 568. Estes equipamentos de 
teste podem testar diversos tipos de cabeamento, oferecendo diversas funções para cada tipo de cabeamento. Um dos 
recursos interessantes destes equipamentos é o de armazenar e emitir relatórios de testes, contendo o resultado dos 
testes e dos parâmetros avaliados. Estes relatórios são úteis para anexar à documentação que deve acompanhar o 
projeto da instalação (As Built), além disso, poderá servir para uma posterior verificação dos testes realizados. Com 
relação à precisão destes equipamentos, não podemos compará-los aos equipamentos de laboratório, pois, por estes 
equipamentos serem portáteis e de campo, a precisão possui uma tolerância de aproximadamente 15%, o suficiente para 
assegurar que a rede possa ser certificada. 
Existem vários tipos de testadores de cabos, cada qual com uma função específica. Descreveremos à seguir, os 
principais tipos de testadores de cabos encontrados no mercado com suas funções. 
 
Mapeador de Cabos (Cable Mapper) 
Efetua o mapeamento da pinagem entre os condutores, e indica falhas como falha de contatos elétricos, pares trocados, 
problemas como SplitPair que prejudicam a paradiafonia do cabo. 
 
Leonardo Lira Página: 36 
 
 
Projeto Físico de Redes Locais 
ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA
Testador de Cabos (Cable Tester) 
É o tipo de equipamento mais utilizado para a execução de testes em redes UTP, pois possui vários recursos e realiza os 
testes exigidos pela norma EIA/TIA 568, além de armazenar os testes na memória e emitirem relatórios destes. Os 
testadores de cabo, através destes relatórios, indicam se o cabeamento testado encontra-se em condições de ser 
utilizado. Estes equipamentos são dotados do recurso TDR (Time Domam Refiectometer) que proporciona condições 
para que o equipamento possa realizar uma análise ao longo de toda a extensão do cabo UTP que esteja sendo 
analisado. Basicamente, os testes mais comuns efetuados pelos testadores de cabos são: 
 
Indicação de Comprimento dos Cabos 
Fornece uma indicação da metragem do lance de cabo UTP, com uma tolerância de aproximadamente 15%, desde que o 
mesmo esteja calibrado convenientemente. 
 
Mapeamento de Condutores 
Como no equipamento anterior, indica se os condutores do cabo estão ligados corretamente e, no caso de falhas, indica 
o tipo de falha como pinagem invertida, Split Pair (pares trocados) e condutores não conectados. 
 
Paradiafonia do Cabo (Next) 
Indica o nível de paradiafonia do cabo em várias faixas de freqüências que variam desde 64 KHz à l 00 MHz. 
 
Atenuação do Cabo 
Indica o nível de atenuação do cabo em várias faixas de freqüência que variam desde 64 KHz à l 00 MHz. 
 
Impedância do Cabo 
Indica a variação do valor da impedância do cabo em várias faixas de freqüência que variam desde 64 KHz à 100 MHz. 
 
Resistência do Cabo 
Indica o valor da resistência do cabo. 
 
Taxa de Colisão na Rede 
Indica a taxa de colisão ocorrida durante um certo período e. fornecendo uma idéia da ocupação da rede. 
 
Nível de Ruído na Rede 
Indica o nível de ruído existente na rede durante um certo período, fornecendo, idéia do nível de interferência que a 
rede testada esteja sofrendo. 
 
Analisadores de Rede 
Estes equipamentos indicam o estado lógico da rede analisada, isto é, informam dados estatísticos relacionados com a 
taxa de utilização, colisão, erros, além de analisar estes itens separadamente. Alguns analisadores mais sofisticados 
possuem o recurso de analisar protocolos de comunicação existentes (IPX, TCP/IP, etc.). 
Como foi descrito anteriormente, existem vários tipos de equipamentos para executar os mais diversos tipos de testes

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