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CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO 
PROFESSOR LEANDRO CADENAS 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
Olá pessoal! 
Esta é parte da primeira aula semanal do nosso curso “on 
line” de Direito Administrativo, que será iniciado no dia 
01/11/2005, até 07/02/2006, podendo ser antecipadas, a 
depender da publicação do edital. 
As aulas conterão a explanação da matéria, mais ou menos 
da mesma forma que fazemos em sala de aula, para que o 
aluno se sinta como se estivesse ouvindo o professor falar. 
Ao fim de cada aula, procuraremos incluir inúmeros exercícios 
de concursos anteriores, com gabaritos rapidamente 
comentados, para que sejam testados os conhecimentos 
relativos àquela matéria dada, bem como a já conhecida 
seção “PARA GUARDAR”, onde são feitas breves 
considerações sobre a matéria tratada, com vistas a facilitar 
uma futura revisão do conteúdo. 
Durante a semana, estará disponível um fórum onde serão 
respondidas as perguntas relativas à última aula. 
 
E mais! Os primeiros 100 (cem) alunos que confirmarem a 
matrícula ganharão, em primeira mão, a versão eletrônica da 
minha apostila de resumo de Direito Constitucional para a 
ESAF, na sua 4ª edição, que está sendo lançada agora, com 
mais de 800 itens. 
 
Inscreva-se e participe. Faça sua parte. Estude a matéria 
dada e rumo ao sucesso!! 
Na aula de amostra que disponibilizamos aqui, vamos tratar 
do conceito e das fontes do Direito Administrativo, bem como 
do Regime Jurídico Administrativo. Repito, essa é apenas 
parte da nossa primeira aula... aguardem! 
Críticas e sugestões são sempre bem vindas. 
 
 
 
CURSOS ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO 
PROFESSOR LEANDRO CADENAS 
www.pontodosconcursos.com.br 2
AULA 0: DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1. CONCEITO 
 
O Direito Administrativo, como ramo autônomo da maneira como é 
visto atualmente, teve seu nascimento nos fins do século XVIII, com 
forte influência do direito francês, tido por inovador no trato das 
matérias correlatas à Administração Pública. 
São muitos os conceitos do que vem a ser o Direito Administrativo. Em 
resumo, pode-se dizer que é o conjunto dos princípios jurídicos que 
tratam da Administração Pública, suas entidades, órgãos, 
agentes públicos, enfim, tudo o que diz respeito à maneira como se 
atingir as finalidades do Estado. Ou seja, tudo que se refere à 
Administração Pública e à relação entre ela e os administrados e seus 
servidores é regrado e estudado pelo Direito Administrativo. 
O Direito Administrativo integra o ramo do Direito Público, cuja 
principal característica encontramos no fato de haver uma 
desigualdade jurídica entre cada uma das partes envolvidas. Assim, 
de um lado, encontramos a Administração Pública, que defende os 
interesses coletivos; de outro, o particular. Havendo conflito entre tais 
interesses, haverá de prevalecer o da coletividade, representado pela 
Administração. Isto posto, veja que esta se encontra num patamar 
superior ao particular, de forma diferente da vista no Direito Privado, 
onde as partes estão em igualdade de condições. 
Sabemos que a República Federativa do Brasil, nos termos da CF/88, é 
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal (art. 1º). Em seu art. 2º, determina a divisão dos Poderes da 
União em três, seguindo a tradicional teoria de Montesquieu. Assim, são 
eles: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e 
harmônicos entre si. 
Cada um desses Poderes tem sua atividade principal e outras 
secundárias. A título de ilustração, veja que ao Legislativo cabe, 
precipuamente, a função legiferante, ou seja, de produção de leis, em 
sentido amplo. Ao Judiciário, cabe a função de dizer o direito ao caso 
concreto, pacificando a sociedade, em face da resolução dos conflitos. 
Por último, cabe ao Executivo a atividade administrativa do Estado, é 
dizer, a implementação do que determina a lei, atendendo às 
necessidades da população, com infra-estrutura, saúde, educação, 
cultura, enfim, servir ao público. 
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Mas e o Direito Administrativo, então, como cuida da Administração 
Pública, regula apenas as atividades do Poder Executivo? 
Não. Esse ramo do Direito regra todas as atividades 
administrativas do Estado, qualquer que seja o Poder que a exerce, 
ou o ente estatal a que pertença: se a atividade é administrativa, 
sujeita-se aos comandos do Direito Administrativo. 
Então, o Judiciário, quando realiza um concurso público para 
preenchimento de suas vagas, segue as normas da Lei nº 8.112/90, se 
da esfera federal. O Senado Federal, quando promove uma licitação 
para aquisição de resmas de papel, por exemplo, seguirá a Lei nº 
8.666/93, e assim por diante. 
Vemos, assim, que não só o Executivo se submete ao Direito 
Administrativo. Repita-se: cada Poder, cada ente, cada órgão, no 
desempenho de suas atribuições administrativas, está submetido às 
previsões desse ramo do Direito. 
O estudo do Direito Administrativo, no Brasil, torna-se um pouco penoso 
pela falta de um código, uma legislação consolidada que reúna todas as 
leis esparsas que tratam dessas matérias. Então, temos que lançar mão 
da doutrina e do estudo de cada uma das leis, bem assim da 
Constituição Federal, que são suas principais fontes. 
 
2. FONTES 
 
Diz-se fonte à origem, lugar de onde provém algo. No caso, de onde 
emanam as regras do Direito Administrativo. 
Quatro são as principais fontes: 
I – lei; 
II – jurisprudência; 
III – doutrina; 
IV – costumes. 
Como fonte primária, principal, tem-se a lei, em seu sentido genérico 
(“latu sensu”), que inclui, além da Constituição Federal, as leis 
ordinárias, complementares, delegadas, medidas provisórias, atos 
normativos com força de lei, e alguns decretos-lei ainda vigentes no país 
etc. Em geral, é ela abstrata e impessoal. 
Mais adiante, veremos o princípio da legalidade, de suma importância no 
Direito Administrativo, quando ficará bem claro por que a lei é sua fonte 
primordial. 
As outras três fontes são ditas secundárias. 
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Chama-se jurisprudência o conjunto de decisões do Poder Judiciário na 
mesma linha, julgamentos no mesmo sentido. Então, pode-se tomar 
como parâmetro para decisões futuras, ainda que, em geral, essas 
decisões não obriguem a Administração quando não é parte na ação. 
Diz-se em geral, pois, na CF/88, há previsão de vinculação do Judiciário 
e do Executivo à decisão definitiva de mérito em Ação Declaratória de 
Constitucionalidade (art. 102, § 2º). 
A doutrina é a teoria desenvolvida pelos estudiosos do Direito, 
materializada em livros, artigos, pareceres, congressos etc. Assim, como 
a jurisprudência, a doutrina também é fonte secundária e influencia no 
surgimento de novas leis e na solução de dúvidas no cotidiano 
administrativo, além de complementar a legislação existente, que 
muitas vezes é falha e de difícil interpretação. 
Por fim, os costumes, que hoje em dia têm pouca utilidade prática, em 
face do citado princípio da legalidade, que exige obediência dos 
administradores aos comando legais. No entanto, em algumas situações 
concretas, os costumes da repartição podem influir de alguma forma nas 
ações estatais, inclusive ajudando a produção de novas normas. Diz-se 
costume à reiteração uniforme de determinado comportamento, que é 
visto como exigência legal. 
 
3. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
 
Ao conjunto de regras que disciplinam determinado instituto dá-se o 
nome de regime jurídico. 
Em se tratando de regime jurídico administrativo, importam as normas 
que buscam atender aos interesses públicos, é dizer, refere-se ao 
conjunto dessas regras que visama esse fim. Normalmente, para 
atingir esses objetivos, as normas jurídicas desse tipo de regime jurídico 
concedem uma posição estatal privilegiada, ou seja, como já dito, o 
Estado localiza-se num patamar de superioridade em relação ao 
particular, justamente por defender o interesse de toda uma 
coletividade. 
Dessa forma, surgem os dois princípios basilares do Direito 
Administrativo: supremacia do interesse público sobre o particular 
e indisponibilidade do interesse público, tratados adiante. 
No entanto, ainda que a importância do Direito Administrativo seja 
patente, as controvérsias em matéria administrativa decididas pelo 
órgão executor não fazem coisa julgada material1, cabendo ao Judiciário 
 
1 Coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI): consiste na decisão judicial definitiva, da qual não é possível mais se 
recorrer – quer porque intempestivo o recurso, quer em virtude de impossibilidade processual – e que 
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essa incumbência. Então, algum pedido que seja dirigido à 
Administração Pública e por ela negado, pode ser revisto, como regra 
geral, pelo Judiciário (CF, art. 5º, XXXV). Veremos adiante que, quanto 
ao mérito administrativo, o Judiciário nada pode fazer. 
Então, no Brasil, cabe somente ao Poder Judiciário dizer o Direito (juris 
dicere), de forma definitiva, no caso concreto. 
Isso não afasta a possibilidade de se recorrer administrativamente de 
qualquer lesão ou ameaça a direto. Porém, as decisões nessa instância, 
repita-se, sempre estarão sujeitas ao crivo do Judiciário. 
Aqui cabe uma importante distinção, destacando a diferença entre 
unicidade e dualidade de jurisdição. 
A Jurisdição é una, como no Brasil, quando apenas a um órgão se 
defere a competência de dizer o Direito de forma definitiva, é 
dizer, fazendo coisa julgada material (CF, art. 5º, XXXVI). 
De outro lado, diz-se que é dual quando há previsão de que dois 
órgãos se manifestem de forma definitiva sobre o Direito, cada 
qual com suas competências próprias. Ocorre tal dualidade na França, 
onde as decisões em matéria administrativa fazem coisa julgada 
material, enquanto que cabe ao Judiciário manifestar-se sobre os 
demais assuntos. Assim, na França, uma decisão administrativa não 
pode ser revista pelo Judiciário. 
Como já se disse, o Direito Administrativo pátrio tem forte influência do 
Direito francês, sendo que a principal diferença entre ambos os sistemas 
está justamente na dita natureza judicante da decisão do contencioso 
administrativo francês. 
Apenas para clarear, não se confundam os conceitos de dualidade de 
jurisdição e duplo grau de jurisdição. Este refere-se à possibilidade 
de recorrer da decisão de primeira instância, para que seja novamente 
analisado o caso por outra superior, dentro do Judiciário. 
Portanto, se um caso está pendente de solução na esfera administrativa, 
e inicia-se ação (perante o Judiciário) tratando do mesmo tema, a 
decisão administrativa fica prejudicada, posto que sempre valerá a 
 
modifica a vontade e a atividade das partes litigantes, impondo-lhes a decisão judicial pacificadora do 
conflito. 
Há dois tipos de coisa julgada, a saber: 
I – material: enfrenta o mérito, dando definitividade à decisão, que não mais poderá ser alterada. Tampouco 
poderá ser proposta nova ação com as mesmas partes e com mesmo conteúdo; 
II – formal: termina o processo sem decidir o mérito, por alguma irregularidade processual, como falta de 
pagamento das custas, irregularidade na representação, falta de alguma das condições da ação etc. Nesse caso, 
como não houve apreciação do mérito, basta que o autor corrija as falhas e promova outra ação. 
Diz o art. 467 do Código de Processo Civil: “Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna 
imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário”. 
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judicial. Assim, o processo administrativo será arquivado sem decisão de 
mérito. 
A eleição da via administrativa ou judicial é opção do interessado. 
Porém, uma vez acionado o Judiciário, não caberá mais a primeira via, 
pois a decisão judicial sempre prevalecerá sobre a administrativa. No 
entanto, nada impede que, após esgotadas todas as instâncias 
administrativas, o interessado se socorra do Judiciário, pois, repita-se, 
no Brasil, a jurisdição é una. 
Só para citar, a instância administrativa tem várias peculiaridades 
interessantes para os administrados, como a informalidade do processo, 
celeridade, gratuidade, possibilidade de revisão de ofício e muitas 
outras, que acabam por incentivar o seu uso, desafogando um pouco o 
Poder Judiciário. 
 
PARA GUARDAR 
 
• Direito Administrativo é o conjunto dos princípios jurídicos que 
tratam da Administração Pública, suas entidades, órgãos, 
agentes públicos, enfim, tudo o que diz respeito à maneira como 
se atingir às finalidades do Estado. 
• O Direito Administrativo integra o ramo do Direito Público, cuja 
principal característica encontramos no fato de haver uma 
desigualdade jurídica entre cada uma das partes envolvidas, ou 
seja, a Administração Pública se encontra num patamar superior 
ao particular. 
• Esse ramo do Direito regra todas as atividades 
administrativas do Estado, qualquer que seja o Poder que a 
exerce, ou o ente estatal a que pertença: se a atividade é 
administrativa, sujeita-se aos comandos do Direito Administrativo. 
• Quatro são as principais fontes do Direito Administrativo: 
I – lei: fonte primária, principal, em geral abstrata e geral; 
II – jurisprudência: conjunto de decisões do Poder Judiciário no 
mesmo sentido, é fonte secundária; 
III – doutrina: teoria desenvolvida pelos estudiosos do Direito, é 
fonte secundária; 
IV – costumes: reiteração uniforme de determinado 
comportamento, é fonte secundária. 
• Regime jurídico administrativo é o conjunto das regras que 
buscam atender aos interesses públicos. 
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• São princípios basilares do Direito Administrativo: supremacia 
do interesse público sobre o particular e indisponibilidade do 
interesse público. 
• No Brasil, a Jurisdição é una, cabendo apenas a um órgão a 
competência de dizer o Direito de forma definitiva, é dizer, 
fazendo coisa julgada material: Poder Judiciário. 
• Diz-se que a Jurisdição é dual quando há previsão de que dois 
órgãos se manifestem de forma definitiva sobre o Direito, 
cada qual com suas competências próprias, como na França. 
• Aqui, as decisões em matéria administrativa só fazem coisa julgada 
material quando tomadas pelo Judiciário. 
• Dualidade de jurisdição e duplo grau de jurisdição não se 
confundem. Dualidade: dois órgãos dizendo o Direito no caso 
concreto, de forma definitiva. Duplo grau: duas instâncias, dentro 
do mesmo órgão, decidindo a mesma matéria, uma superior à 
outra.

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