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GUARULHOS SP Professor de Educação Física 2016

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Didatismo e Conhecimento
Índice
PREFEITURA MUNICIPAL DE
GUARULHOS
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Professor (a) de Educação Básica - Educação Física
EDITAL DE ABERTURA N° 01/2016-SAM 01
ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS
LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) .............................................................01
Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras ...................................................................................07
Pontuação ..............................................................................................................................................................................09
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: 
emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem ..............................................................................................12
Concordância verbal e nominal ..........................................................................................................................................21
Regência verbal e nominal...................................................................................................................................................33
Colocação pronominal .........................................................................................................................................................38
Crase ......................................................................................................................................................................................40
MATEMÁTICA
Operações com números reais. Mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum. Potências e raízes ....................01
Razão e proporção ................................................................................................................................................................06
Porcentagem .........................................................................................................................................................................10
Regra de três simples e composta .......................................................................................................................................14
Média aritmética simples e ponderada ..............................................................................................................................17
Juro simples ..........................................................................................................................................................................19
Equação do 1.º e 2.º graus. Sistema de equações do 1.º grau ...........................................................................................21
Relação entre grandezas: tabelas e gráficos .......................................................................................................................26
Sistemas de medidas usuais .................................................................................................................................................29
Geometria: forma, perímetro, área, volume, ângulo, teorema de Pitágoras ..................................................................33
Resolução de situações-problema .......................................................................................................................................40
Didatismo e Conhecimento
Índice
ATUALIDADES
Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a partir 
do 1o semestre de 2016 divulgados na mídia local e/ou nacional ...........................................................................................01
TEMÁRIO
A educação enquanto processo de humanização ...............................................................................................................01
A educação baseada na ética, estética, solidariedade e respeito ao bem comum ...........................................................03
A educação em direitos humanos ........................................................................................................................................09
Educação Inclusiva...............................................................................................................................................................22
Prevenção e enfrentamento da violência ............................................................................................................................31
Aprendizagem e desenvolvimento: afetividade, construção do conhecimento, zona de desenvolvimento proximal ..35
A ludicidade enquanto dimensão humana .........................................................................................................................42
Avaliação: o papel do erro, a relação entre a avaliação e o fracasso escolar, os registros do educando e do educador no 
acompanhamento dos processos de aprendizagem e desenvolvimento ..................................................................................43
A concepção de ciclos e a reorganização dos tempos e espaços escolares .......................................................................50
A educação e os tempos de vida: Concepção de infância(s); Educação de Jovens e Adultos: identidade, trajetória, 
cultura e singularidades .............................................................................................................................................................53
Metodologias: pedagogia participativa na infância, juventude e vida adulta; trabalho coletivo, foco nos educandos 
(sujeitos); tecnologias e mediação pedagógica; projetos como modalidade organizativa do trabalho pedagógico: cotidiano 
e contextos; reflexão sobre a prática .........................................................................................................................................62
A relação entre família/comunidade e escola na contemporaneidade .............................................................................78
Currículo – educação integral; alfabetização, interdisciplinaridade, protagonismo e autoria; emancipação 
humana .......................................................................................................................................................................... 81
O educando e as múltiplas linguagens – o direito às artes e à expressão; sexualidade; relações de gênero na educação 
escolar; ciências e cotidiano; leitura, escrita e oralidade no processo de alfabetização e letramento; a matemática 
e a construção do pensamento matemático pela problematização de situações do cotidiano e resolução de problemas 
matemáticos; a educação e a cultura corporal de movimento; o educando e as artes .........................................................98
Sustentabilidade e educação ..............................................................................................................................................120
LEGISLAÇÃO FEDERAL
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica – MEC/SEB: 
Brasília, 2013 ...............................................................................................................................................................................01
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – Artigo 5o, Artigos 37 ao 41, 205 a 214 e 227 ao 229 ........02
Lei Federal no 8.069, de 13/07/90 – Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências. 
Artigos 1o ao 6o, 15 ao 18-B, 53 ao 59 e 136 ao 137 .................................................................................................................10
Lei Federal no. 9.394, de 20/12/96 – Estabelece as Diretrizese Bases da Educação Nacional ......................................13
Lei Federal no 10.436, de 24/04/02 – Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências 27
Lei Federal no 11.645, de 10/03/08 – Altera a Lei no 9.394, de 20/12/96, modificada pela Lei no 10.639, de 09/01/03, que 
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade 
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.................................................................................................27
Lei Federal no 13.005, DE 25/06/14 – Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências .........28
Lei Federal no 13.257, de 08/03/2016 – Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei no 
8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 
(Código de Processo Penal); a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de 
maio de 1943; a Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008; e a Lei no 12.662, de 5 de junho de 2012”. – Artigos 1o ao 18 e 
Artigos 25 ao 36. ..........................................................................................................................................................................30
Didatismo e Conhecimento
Índice
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
Decreto no 23.798, de 15/05/06 – Dispõe sobre instituição do “Conselho Escolar” ........................................................01
Decreto no 33.349 de 01/04/2016 – Dispõe sobre a organização da Educação Básica, no que tange a sua competência: 
Educação Infantil (creche e pré-escola) e Ensino Fundamental (anos inicias) nas escolas da Prefeitura de Guarulhos, e dá 
outras providências; ....................................................................................................................................................................01
Lei no 6.058, de 04/03/05 – Dispõe sobre a estrutura, organização e funcionamento da carreira e remuneração do 
Magistério Público do Município de Guarulhos, alterada pelas Leis no 6.122/2006, no 6.338/2007, no 6.711/2010 e no 
6.839/2011; ...................................................................................................................................................................................02
Portaria no 080/2013 SE, DE 27/09/13 – Dispõe sobre Acompanhamento da frequência escolar dos educandos 
matriculados na rede municipal de ensino; ..............................................................................................................................10
Portaria no 095/2014 SE, DE 17/12/14 – Dispõe sobre Regulamentação da Educação de Jovens e Adultos do Ensino 
Fundamental nas Escolas da Prefeitura de Guarulhos (revogada a Portaria 104/13). ........................................................12
PUBLICAÇÕES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE GUARULHOS
Quadro de Saberes Necessários (QSN) – 2010 ...................................................................................................................01
Avaliação Educacional .........................................................................................................................................................06
Educação Inclusiva: história, concepções e políticas públicas .........................................................................................08
Educação Inclusiva: violência contra crianças e adolescentes .........................................................................................09
BIBLIOGRAFIA
AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola. São Paulo: Contexto, 2006 ....................01
CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar. Racismos, preconceitos e discriminação na educação infantil. 
São Paulo: Ed Contexto, 2000 ...................................................................................................................................................02
FREIRE, Paulo. Não há docência sem discência (Cap. I). In: Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática 
educativa. ed. 43ª. São Paulo: Paz e Terra, 2011. .....................................................................................................................08
KISHIMOTO, Tizuko M. (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 13ª Edição. São Paulo: Cortez, 
2010. ............................................................................................................................................................................... 13
NOGUEIRA, Maria Alice. Família e escola na contemporaneidade. In: Educação e Realidade. V. 31 (2), jul/dez 
2006...............................................................................................................................................................................................16 
OLIVEIRA, Martha Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: 
Scipione, 1997. .............................................................................................................................................................................20
VASCONCELLOS, Celso. Avaliação da aprendizagem. São Paulo: Libertad, 2005. ....................................................22
VIGOTSKY, L. A formação social da mente. 2ª ed. São Paulo: Martins, 2007. .............................................................26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Contextualização sócio-política da Educação Física. ........................................................................................................01
Esporte na escola (teoria e prática conscientizadora). ......................................................................................................04
Cultura popular e educação física escolar no Ensino Fundamental. ..............................................................................12
Características socioafetivas, motoras e cognitivas através do jogo; o jogo cooperativo. .............................................19
Corpo, sociedade e a construção da cultura corporal do movimento. ............................................................................27
Aspectos gerais do corpo humano. .....................................................................................................................................33
Socorros de urgência aplicados à Educação Física. ..........................................................................................................38
Didatismo e Conhecimento
Índice
Aspectos psicossociais. .........................................................................................................................................................41
Planejamento e sua evolução. ..............................................................................................................................................44
Metodologia, avaliação na Educação Física escolar. .........................................................................................................56
A Educação Física no currículo da Educação Básica: significados e possibilidades ......................................................65
Perspectivas educacionais através do lúdico......................................................................................................................79
As diferentes tendências pedagógicas da Educação Física na escola ..............................................................................84
BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA SUGERIDA
BETTI, Mauro. Educação Física e Sociedade, São Paulo: Movimento, 1991 ..............................................................101
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 
1991 ..............................................................................................................................................................................103
DAÓLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995 .............................................................................103
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 
1989 .............................................................................................................................................................................. 105
MEDINA. João Paulo S. A educação Física cuida do corpo...e “mente”: Bases para a renovação e transformação da 
educação física. 9º ed. Campinas: Papirus,1990 .....................................................................................................................106
NEIRA M. G; NUNES M. L. F. Pedagogia da Cultura Corporal: críticas e alternativas, São Paulo: Phorte, 
2006 .............................................................................................................................................................................. 106
NEIRA M. G. Ensino de educação física. São Paulo: Thomson Learning, 2007- (Coleção ideias em ação/ coordenadora 
Anna Maria Pessoa de Carvalho). ...........................................................................................................................................106
SOARES, Carmem Lucia ET AL. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992 ..................107
Didatismo e Conhecimento
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Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula 
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.
A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO
Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.
Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de 
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da 
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de 
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança), 
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.
E então, você já teve estes problemas?
Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas 
como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?
Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos 
públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, dificuldade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e 
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.
Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito, 
Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a 
volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para 
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a 
tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia.
O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, 
desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;
2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;
3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que 
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas). 
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão 
aumentar seu desempenho.
Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta 
um pouco de disciplina e organização.
O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir 
como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são 
imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou 
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o 
seu rendimento final no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em 
uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem 
seu tempo definido. Isto aumentará a concentração noestudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em 
tudo que fazemos.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller 
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos.
LÍNGUA PORTUGUESA
Didatismo e Conhecimento 1
LÍNGUA PORTUGUESA
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE 
DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS 
(LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS).
Interessa a todos saber que procedimento se deve adotar para 
tirar o maior rendimento possível da leitura de um texto. Mas não 
se pode responder a essa pergunta sem antes destacar que não 
existe para ela uma solução mágica, o que não quer dizer que não 
exista solução alguma. Genericamente, pode-se afirmar que uma 
leitura proveitosa pressupõe, além do conhecimento linguístico 
propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao tex-
to, o que se costuma chamar de conhecimento de mundo. A com-
preensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o 
que nos leva à conclusão de que o aprendizado da leitura depende 
muito das aulas de Português, mas também de todas as outras dis-
ciplinas sem exceção.
Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendi-
do é a resposta a 
três questões básicas: 
- Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar res-
ponder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as ques-
tões secundárias da principal, isto é, aquela em torno da qual gira 
o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está 
tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de 
que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor não 
tem repertório suficiente para compreender o que está diante de 
seus olhos.
- Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discus-
são? Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da opi-
nião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá 
dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão 
é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva.
- Quais são os argumentos utilizados pelo autor para funda-
mentar a opinião dada? Deve-se entender por argumento todo tipo 
de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele está 
falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é tam-
bém um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor 
acompanhou o desenvolvimento das ideias. Na verdade, entender 
um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argu-
mentativo. 
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em de-
compô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou 
ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os concei-
tos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação 
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. Ler 
é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpre-
tação dos símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo 
seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e incorpo-
rando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo 
mantenha um comportamento ativo diante da leitura.
Os diferentes níveis de leitura
Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para 
a compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimen-
to ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até que te-
nhamos condições cognitivas para utilizar. De uma forma geral, 
passamos por diferentes níveis ou etapas até termos condições de 
aproveitar totalmente o assunto lido. Essas etapas ou níveis são 
cumulativas e vão sendo adquiridas pela vida, estando presente em 
praticamente toda a nossa leitura.
 
O Primeiro Nível é elementar e diz respeito ao período de 
alfabetização. Ler é uma capacidade cerebral muito sofisticada e 
requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a 
gramática, a semântica, é preciso que tenhamos um bom domínio 
da língua.
O Segundo Nível é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem 
duas funções específicas: primeiro, prevenir para que a leitura pos-
terior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de 
escolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, 
de nossa primeira impressão sobre o texto. É a leitura que comu-
mente desenvolvemos “nas livrarias”. Nela, por meio do salteio de 
partes, respondem basicamente às seguintes perguntas:
- Por que ler este livro?
- Será uma leitura útil?
- Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?
 
Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se 
seguem, procurando usar de imparcialidade quanto ao ponto de 
vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se você se pro-
puser a ler um texto sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o 
antes de conhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito 
baixo. Ler é armazenar informações; desenvolver; ampliar hori-
zontes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever me-
lhor; relacionar-se melhor com o outro. 
O Terceiro Nível é conhecido como analítico. Depois de vas-
culharmos bem o texto na pré-leitura, analisamos. Para isso, é im-
prescindível que saibamos em qual gênero o texto se enquadra: 
trata-se de um romance, um tratado, uma notícia de jornal, revista, 
entrevista, neste caso, existe apenas teoria ou são inseridas práticas 
e exemplos. No caso de ser um texto teórico, que requeira memo-
rização, procure criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, 
veja, realmente, o que está lendo, dando vida e muita criatividade 
ao assunto. Note bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta fase, e 
a primeira coisa a fazer é ser capaz de resumir o assunto do texto 
em duas frases. Já temos algum conteúdo para isso, pois o enca-
deamento das ideias já é de nosso conhecimento. Procure, agora, 
ler bem o texto, do início ao fim. Esta é a leitura efetiva, aproveite 
bem este momento. Fique atento! Aproveite todas as informações 
que a pré-leitura ofereceu. Não pare a leitura para buscar significa-
dos de palavras em dicionários ou sublinhar textos, isto será feito 
em outro momento.
Didatismo e Conhecimento 2
LÍNGUA PORTUGUESA
 O Quarto Nível de leitura é o denominado de controle. Trata-
-se de uma leitura com a qual vamos efetivamente acabar com 
qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termos des-
conhecidos de um texto são explicitados neste próprio texto, à 
medida que vamos adiantando a leitura. Um mecanismo psicoló-
gico fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos 
até que tenhamos a resposta. Caso não haja explicação no texto, 
será na etapa do controle que lançaremos mão do dicionário. Veja 
bem: a esta altura já conhecemos bem o texto e o ato de interrom-
per a leitura não vai fragmentar a compreensão do assunto como 
um todo. Será, também, nessa etapa que sublinharemos os tópicos 
importantes, se necessário. Para ressaltar trechos importantes opte 
por um sinal discreto próximo a eles, visando principalmente a 
marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a fixar a 
cronologia e a sequência deste fato importante, situando-o. Apro-
veite bem esta etapa de leitura. 
 
Um Quinto Nível pode ser opcional: a etapa da repetição 
aplicada. Quando lemos, assimilamos o conteúdo do texto, mas 
aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou seja, 
que tenhamos experiência do que foi lido na vida. Você só pode 
compreender conceitos que tenha visto em seu cotidiano. Nada 
como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos pela 
etapa da repetição aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles 
brancos quando queremos evocaro assunto. Observe agora os tre-
chos sublinhados, trace um diagrama sobre o texto, esforce-se para 
traduzi-lo com suas próprias palavras. Procure associar o assunto 
lido com alguma experiência já vivida ou tente exemplificá-lo com 
algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando 
para uma turma de alunos interessados. É importante lembrar que 
esquecemos mais nas próximas 8 horas do que nos 30 dias poste-
riores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e 
ao retornarmos ao texto, consultamos as anotações. Não pense que 
é um exercício monótono. Nós somos capazes de realizar diaria-
mente exercícios físicos com o propósito de melhorar a aparência 
e a saúde. Pois bem, embora não tenhamos condições de ver com 
o que se apresenta nossa mente, somos capazes de senti-la quando 
melhoramos nossas aptidões como o raciocínio, a prontidão de in-
formações e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale 
a pena se esforçar no início e criar um método de leitura eficiente 
e rápido.
Ideias Núcleo
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em de-
compô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou 
ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os concei-
tos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação 
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. 
Exemplo:
“Incalculável é a contribuição do famoso neurologista aus-
tríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade 
humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes nas 
camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e sub-
consciente. Começou estudando casos clínicos de comportamen-
tos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em cola-
boração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos 
sobre a histeria, 1895). 
Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inven-
tou o método que até hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres 
associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pela terapeuta 
por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte 
das perturbações mentais. Para este caminho de regresso às ori-
gens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem 
onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação 
dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.
Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo 
cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose é 
de origem sexual.”
(Salvatore D’Onofrio)
Primeiro Conceito do Texto: “Incalculável é a contribuição 
do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a 
formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939) 
conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique 
humana: o inconsciente e subconsciente.” O autor do texto afirma, 
inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender 
os níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente 
e subconsciente.
Segundo Conceito do Texto: “Começou estudando casos clí-
nicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda 
da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Mar-
tin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os re-
sultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje 
é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de 
sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas ao 
paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais.” 
A segunda ideia núcleo mostra que Freud deu início a sua pesquisa 
estudando os comportamentos humanos anormais ou doentios por 
meio da hipnose. Insatisfeito com esse método, criou o das “livres 
associações de ideias e de sentimentos”.
Terceiro Conceito do Texto: “Para este caminho de regresso 
às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lin-
guagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como com-
pensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.” Aqui, está 
explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por 
meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem me-
tafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia.
Quarto Conceito do Texto: “Mas a grande novidade de Freud, 
que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação da 
tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o texto afir-
ma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando 
a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual.
QUESTÕES
(CESPE/UnB – Analista do MPU – Apoio Jurídico/2013)
Se considerarmos o panorama internacional, perceberemos 
que o Ministério Público brasileiro é singular. Em nenhum outro 
país, há um Ministério Público que apresente perfil institucional 
semelhante ao nosso ou que ostente igual conjunto de atribuições.
Do ponto de vista da localização institucional, há grande di-
versidade de situações no que se refere aos Ministérios Públicos 
dos demais países da América Latina. Encontra-se, por exemplo, 
Ministério Público dependente do Poder Judiciário na Costa Rica, 
na Colômbia e, no Paraguai, e ligado ao Poder Executivo, no Mé-
xico e no Uruguai.
Didatismo e Conhecimento 3
LÍNGUA PORTUGUESA
Constata-se, entretanto, que, apesar da maior extensão de 
obrigações do Ministério Público brasileiro, a relação entre o nú-
mero de integrantes da instituição e a população é uma das mais 
desfavoráveis no quadro latino-americano. De fato, dados recentes 
indicam que, no Brasil, com 4,2 promotores para cada 100 mil 
habitantes, há uma situação de clara desvantagem no que diz res-
peito ao número relativo de integrantes. No Panamá, por exemplo, 
o número é de 15,3 promotores para cada cem mil habitantes; na 
Guatemala, de 6,9; no Paraguai, de 5,9; na Bolívia, de 4,5. Em 
situação semelhante ou ainda mais crítica do que o Brasil, estão, 
(l.11) por exemplo, o Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por 
fim, o Equador, com a mais baixa relação: 2,4. É correto dizer que 
há nações (l.12) proporcionalmente com menos promotores que o 
Brasil. No entanto, as atribuições do Ministério Público brasileiro 
são muito mais (l.13) extensas do que as dos Ministérios Públicos 
desses países.
Maria Tereza Sadek. A construção de um novo Ministério 
Público
resolutivo. Internet: <https://aplicacao.mp.mg.gov.br> (com 
adaptações).
(l.11) – linha 11 no texto original
(l.12) – linha 12 no texto original
(l.13) – linha 13 no texto original
Julgue os itens seguintes com (C) quando a afirmativa estiver 
Correta e com (E) quando a afirmativa estiver Errada. Itens rela-
tivos às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima.
01. Os dados expostos no terceiro parágrafo indicam que os 
profissionais do Ministério Público brasileiro são mais eficientes 
que os dos órgãos equivalentes nos demais países da América do 
Sul.
02. Com base nos dados apresentados no texto, é correto con-
cluir que a situação do Brasil, no que diz respeito ao número de 
promotores existentes no Ministério Público por habitante, está 
pior que a da Guatemala, mas melhor que a do Peru.
03. Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do 
texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais maiúsculas e minús-
culas, o período “É correto (...) o Brasil” (l.11-12) fosse iniciado 
com um vocábulo de valor conclusivo, como logo, por conseguin-
te, assim ou porquanto, seguido de vírgula.
04. O objetivo do texto é provar que o número total de pro-
motores no Brasil é menor que na maioria dos países da América 
Latina.
05. No primeiro período do terceiro parágrafo, é estabelecido 
contraste entre a maior extensão das obrigações do Ministério Pú-
blico brasileiro, em comparação com as de órgãos equivalentes em 
outros países, e o número de promotores em relação à população 
do país, o que evidencia situação oposta à que se poderia esperar.
06. Noúltimo período do texto, a palavra “atribuições” está 
subentendida logo após o vocábulo “as” (l.13), que poderia ser 
substituído por aquelas, sem prejuízo para a correção do texto.
07. Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do 
texto se o primeiro parágrafo fosse assim reescrito: Quando se 
examina o contexto internacional, concluímos que não há situação 
como a do Brasil no que se refere a existência e desempenho do 
Ministério Público.
(VUNESP – TJ-SP – 2013)
Leia o texto para responder às questões de números 08 a 10.
A ética da fila
SÃO PAULO – Escritórios da avenida Faria Lima, em São 
Paulo, estão contratando flanelinhas para estacionar os carros de 
seus profissionais nas ruas das imediações. O custo mensal fica 
bem abaixo do de um estacionamento regular. Imaginando que os 
guardadores não violem nenhuma lei nem regra de trânsito, utilizar 
seus serviços seria o equivalente de pagar alguém para ficar na fila 
em seu lugar. Isso é ético?
Como não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejo grandes 
problemas nesse tipo de acerto. Ele não prejudica ninguém e deixa 
pelo menos duas pessoas mais felizes (quem evitou a espera e o 
sujeito que recebeu para ficar parado). Mas é claro que nem todo 
o mundo pensa assim.
Michael Sandel, em “O que o Dinheiro Não Compra”, levanta 
bons argumentos contra a prática. Para o professor de Harvard, 
dublês de fila, ao forçar que o critério de distribuição de vagas 
deixe de ser a ordem de chegada para tornar-se monetário, acabam 
corrompendo as instituições.
Diferentes bens são repartidos segundo diferentes regras. 
Num leilão, o que vale é o maior lance, mas no cinema prepondera 
a fila. Universidades tendem a oferecer vagas com base no mérito, 
já prontos-socorros ordenam tudo pela gravidade. O problema com 
o dinheiro é que ele é eficiente demais. Sempre que entra por al-
guma fresta, logo se sobrepõe a critérios alternativos e o resultado 
final é uma sociedade na qual as diferenças entre ricos e pobres se 
tornam cada vez mais acentuadas.
Não discordo do diagnóstico, mas vejo dificuldades. Para 
começar, os argumentos de Sandel também recomendam a proi-
bição da prostituição e da barriga de aluguel, por exemplo, que 
me parecem atividades legítimas. Mais importante, para opor-se 
à destruição de valores ocasionada pela monetização, em muitos 
casos é preciso eleger um padrão universal a ser preservado, o que 
exige a criação de uma espécie de moral oficial – e isso é para lá 
de problemático.
(Hélio Schwartsman, A ética da fila. Folha de S.Paulo,
08. Em sua argumentação, Hélio Schwartsman revela-se
(A) perturbado com a situação das grandes cidades, onde se 
acabam criando situações perversas à maioria dos cidadãos.
(B) favorável aos guardadores de vagas nas filas, uma vez que 
o pacto entre as partes traduz-se em resultados que satisfazem a 
ambas.
(C) preocupado com os profissionais dos escritórios da Faria 
Lima, que acabam sendo explorados pelos flanelinhas.
(D) indignado com a exploração sofrida pelos flanelinhas, que 
fazem trabalho semelhante ao dos estacionamentos e recebem me-
nos.
(E) indiferente às necessidades dos guardadores de vagas nas 
filas, pois eles priorizam vantagens econômicas frente às necessi-
dades alheias.
Didatismo e Conhecimento 4
LÍNGUA PORTUGUESA
09. Ao citar Michael Sandel, o autor reproduz desse professor 
uma ideia contrária à
(A) venda de uma vaga de uma pessoa a outra, sendo que 
aquela ficou na fila com intenção comercial. O autor do texto con-
corda com esse posicionamento de Sandel.
(B) comercialização de uma prática que consiste no pagamen-
to a uma pessoa para que ela fique em seu lugar em uma fila. O 
autor do texto discorda desse posicionamento de Sandel.
(C) criação de uma legislação que normatize a venda de vagas 
de uma fila de uma pessoa a outra. O autor do texto discorda desse 
posicionamento de Sandel.
(D) falta de incentivo para que a pessoa fique em uma vaga 
e, posteriormente, comercialize-a com quem precise. O autor do 
texto discorda desse posicionamento de Sandel.
(E) falta de legislação específica no que se refere à venda de 
uma vaga de uma pessoa que ficou em uma fila guardando lugar 
a outra. O autor do texto concorda com esse posicionamento de 
Sandel.
10. Nas considerações de Sandel, o dinheiro 
(A) cria caminhos alternativos para ações eficientes, minimi-
zando as diferenças sociais e resguardando as instituições.
(B) anda por diversos caminhos para ser eficiente, rechaçando 
as diferenças sociais e preservando as instituições.
(C) está na base dos caminhos eficientes, visando combater as 
diferenças sociais e a corrupção das instituições.
(D) é eficiente e abre caminhos, mas reforça as desigualdades 
sociais e corrompe as instituições.
(E) percorre vários caminhos sem ser eficiente, pois deixa de 
lado as desigualdades sociais e a corrupção das instituições.
Leia o texto para responder às questões de números 11 e 12.
O que é ler?
Começo distraidamente a ler um livro. Contribuo com alguns 
pensamentos, julgo entender o que está escrito porque conheço a 
língua e as coisas indicadas pelas palavras, assim como sei identi-
ficar as experiências ali relatadas. Escritor e leitor possuem o mes-
mo repertório disponível de palavras, coisas, fatos, experiências, 
depositados pela cultura instituída e sedimentados no mundo de 
ambos.
De repente, porém, algumas palavras me “pegam”. Insensi-
velmente, o escritor as desviou de seu sentido comum e costumei-
ro e elas me arrastam, como num turbilhão, para um sentido novo, 
que alcanço apenas graças a elas. O escritor me invade, passo a 
pensar de dentro dele e não apenas com ele, ele se pensa em mim 
ao falar em mim com palavras cujo sentido ele fez mudar. O livro 
que eu parecia soberanamente dominar apossa-se de mim, interpe-
la-me, arrasta-me para o que eu não sabia, para o novo. O escritor 
não convida quem o lê a reencontrar o que já sabia, mas toca nas 
significações existentes para torná-las destoantes, estranhas, e para 
conquistar, por virtude dessa estranheza, uma nova harmonia que 
se aposse do leitor.
Ler, escreve Merleau-Ponty, é fazer a experiência da “reto-
mada do pensamento de outrem através de sua palavra”, é uma 
reflexão em outrem, que enriquece nossos próprios pensamentos. 
Por isso, prossegue Merleau-Ponty, “começo a compreender uma 
filosofia deslizando para dentro dela, na maneira de existir de seu 
pensamento”, isto é, em seu discurso.
(Marilena Chauí, Prefácio. Em: Jairo Marçal,
Antologia de Textos Filosóficos. Adaptado)
11. Com base nas palavras de Marilena Chauí, entende-se que 
ler é
(A) um ato de interação e de desalojamento de sentidos cris-
talizados.
(B) uma atividade em que a contribuição pessoal está ausente.
(C) uma reprodução automatizada de sentidos da ideologia 
dominante.
(D) um processo prejudicado pela insensibilidade do escritor.
(E) um produto em que o posicionamento do outro se neutra-
liza.
12. Com a frase – O escritor me invade, passo a pensar de 
dentro dele e não apenas com ele... – (2.º parágrafo), a autora re-
vela que
(A) sua visão de mundo destoa do pensamento do escritor.
(B) seu mundo agora deixa de existir e vale o do escritor.
(C) sua reflexão está integrada ao pensamento do escritor.
(D) seu modo de pensar anula o pensamento do escritor.
(E) seu pensamento suplanta a perspectiva do escritor.
(FCC – TRT-12ªRegião – 2013)
Para responder a questão de número 13, considere o texto 
abaixo.
As certezas sensíveis dão cor e concretude ao presente vivido. 
Na verdade, porém, o presente vivido é fruto de uma sofisticada 
mediação. O real tem um quê de ilusório e virtual.
Os órgãos sensoriais que nos ligam ao mundo são altamente 
seletivos naquilo que acolhem e transmitem ao cérebro. O olho 
humano, por exemplo, não é capaz de captar todo o espectro deenergia eletromagnética existente. Os raios ultravioleta, situados 
fora do espectro visível do olho humano, são, no entanto, captados 
pelas abelhas.
Seletividade análoga preside a operação dos demais sentidos: 
cada um atua dentro de sua faixa de registro, ainda que o grau de 
sensibilidade dos indivíduos varie de acordo com idade, herança 
genética, treino e educação. Há mais coisas entre o céu e a terra do 
que nossos cinco sentidos − e todos os aparelhos científicos que 
lhes prestam serviços − são capazes de detectar.
Aquilo de que o nosso aparelho perceptivo nos faz cientes 
não passa, portanto, de uma fração diminuta do que há. Mas o 
que aconteceria se tivéssemos de passar a lidar subitamente com 
uma gama extra e uma carga torrencial de percepções sensoriais 
(visuais, auditivas, táteis etc.) com as quais não estamos habitua-
dos? Suponha que uma mutação genética reduza drasticamente a 
seletividade natural dos nossos sentidos. O ganho de sensibilidade 
seria patente. “Se as portas da percepção se depurassem”, sugeria 
William Blake, “tudo se revelaria ao homem tal qual é, infinito”.
O grande problema é saber se estaríamos aptos a assimilar o 
formidável acréscimo de informação sensível que isso acarretaria. 
O mais provável é que essa súbita mutação – a desobstrução das 
portas e órgãos da percepção – produzisse não a revelação mística 
imaginada por Blake, mas um terrível engarrafamento cerebral: 
uma sobrecarga de informações acompanhada de um estado de 
aguda confusão e perplexidade do qual apenas lentamente con-
seguiríamos nos recuperar. As informações sensíveis a que temos 
acesso, embora restritas, não comprometeram nossa sobrevivência 
no laboratório da vida. Longe disso. É a brutal seletividade dos 
nossos sentidos que nos protege da infinita complexidade do Uni-
verso. Se o muro desaba, o caos impera.
(Adaptado de: Eduardo Gianetti, O valor do amanhã, São
Paulo, Cia. das Letras, 2010. p. 139-143)
Didatismo e Conhecimento 5
LÍNGUA PORTUGUESA
13. No texto, o autor
(A) lamenta o fato de que nossos sentidos não sejam capazes 
de captar a imensa gama de informações presentes no Universo.
(B) aponta para a função protetora dos órgãos sensoriais, cuja 
seletividade, embora implique perdas, nos é benéfica.
(C) constata que, com o uso da tecnologia, a percepção visual 
humana pode alcançar o nível de percepção visual das abelhas, e 
vir a captar raios ultravioleta.
(D) discorre sobre uma das máximas de William Blake, para 
quem a inquietação humana deriva do fato de não se franquearem 
as “portas da percepção”.
(E) comprova que alterações na percepção sensorial humana 
causariam danos irreparáveis ao cérebro.
Para responder às questões de números 14 e 15, considere o 
texto abaixo.
bem no fundo
no fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela − silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas
(Paulo Leminski, Toda Poesia, São Paulo,
Cia. das Letras, 2013. p. 195)
14. Atente para o que se afirma abaixo.
I. Depreende-se do poema que é preciso mais do que apenas 
nosso desejo para a resolução de dificuldades.
II. Segundo o texto, o remorso deve ser evitado, bastando, 
para tanto, que não se evoque o passado a todo o momento.
III. Infere-se do texto que as mágoas podem desaparecer na 
medida em que não forem cultivadas.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) I e III.
(B) I e II.
(C) II e III.
(D) I.
(E) II.
15. a partir desta data,
 aquela mágoa sem remédio
 é considerada nula
 e sobre ela − silêncio perpétuo
Uma redação alternativa em prosa para os versos acima, em 
que se mantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido 
original, é:
(A) Um silêncio perpétuo, cairia sem remédio, sobre aquela 
mágoa, considerada nula a partir desta data.
(B) Aquela mágoa sem remédio fora, considerada nula, a par-
tir desta data, sobre ela restando um silêncio perpétuo.
(C) Aquela mágoa sem remédio seria, a partir desta data, con-
siderada nula e, sobre ela, cairia um silêncio perpétuo.
(D) Considerando-se nula aquela mágoa a partir desta data, 
restando sobre ela, um silêncio perpétuo.
(E) Aquela mágoa, sem remédio será, a partir desta data, con-
siderada nula, caindo-se sobre ela, um silêncio perpétuo.
Respostas:
01-E (Afirmativa Errada)
No terceiro parágrafo constatamos que apesar da maior exten-
são de obrigações do Ministério Público brasileiro, a relação entre 
o número de integrantes da instituição e a população é uma das 
mais desfavoráveis no quadro latino-americano. De fato, dados re-
centes indicam que, no Brasil, com 4,2 promotores para cada 100 
mil habitantes, há uma situação de clara desvantagem no que 
diz respeito ao número relativo de integrantes. No Panamá, por 
exemplo, o número é de 15,3 promotores para cada cem mil habi-
tantes; na Guatemala, de 6,9; no Paraguai, de 5,9; na Bolívia, de 
4,5. Em situação semelhante ou ainda mais crítica do que o Brasil, 
estão, por exemplo, o Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por 
fim, o Equador, com a mais baixa relação: 2,4.
02-C (Afirmativa Correta)
No Brasil, com 4,2 promotores para cada 100 mil habitantes.
Na Guatemala, com 6,9 promotores para cada 100 mil habi-
tantes.
No Peru, com 3,0 promotores para cada 100 mil habitantes.
03-E (Afirmativa Errada)
Não podemos usar um vocábulo de conclusão, pois ela se dará 
nas últimas duas linhas do texto: ...apesar de haver nações propor-
cionalmente com menos promotores que o Brasil, as atribuições 
do Ministério Público brasileiro são muito mais extensas do que as 
dos Ministérios Públicos desses outros países.
04-E (Afirmativa Errada)
Pois o texto afirma que há outros países em situação seme-
lhante ou ainda mais crítica do que o Brasil, estão, por exemplo, o 
Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por fim, o Equador, com a 
mais baixa relação: 2,4.
05-C (Afirmativa Correta)
Sim, as afirmações estão explícitas e confirmam o item 05: 
“Constata-se, entretanto, que, apesar da maior extensão de obriga-
ções do Ministério Público brasileiro, a relação entre o número de 
integrantes da instituição e a população é uma das mais desfavorá-
veis no quadro latino-americano”.
06-C (Afirmativa Correta)
“No entanto, as atribuições do Ministério Público brasileiro 
são muito mais extensas do que as atribuições dos Ministérios Pú-
blicos desses países”. (Sim, a palavra atribuições está subentendi-
da após “as”).
“No entanto, as atribuições do Ministério Público brasileiro 
são muito mais extensas do que aquelas dos Ministérios Públicos 
desses países”. (Não houve prejuízo no entendimento do texto).
Didatismo e Conhecimento 6
LÍNGUA PORTUGUESA
07-E (Afirmativa Errada)
Como está no texto: “Se considerarmos o panorama inter-
nacional, perceberemos que o Ministério Público brasileiro é 
singular. Em nenhum outro país, há um Ministério Público que 
apresente perfil institucional semelhante ao nosso ou que ostente 
igual conjunto de atribuições”.
Como ficaria: “Quando se examina o contexto internacional, 
concluímos que não há situação como a do Brasil no que se refere 
a existência e desempenho do Ministério Público”.
Errada porque o primeiro diz que em nenhum outro país há 
um Ministério Público semelhante ao nosso, que ostente a quan-
tidade de atribuições. No segundo diz que em nenhum outro país 
há um Ministério Público semelhante ao nosso, na existência e de-
sempenho.
08-B
A confirmação da alternativa fica evidente no trecho: “Como 
não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejograndes problemas 
nesse tipo de acerto. Ele não prejudica ninguém e deixa pelo 
menos duas pessoas mais felizes (quem evitou a espera e o sujeito 
que recebeu para ficar parado). Mas é claro que nem todo o mundo 
pensa assim”.
09-B
Michael Sandel, reproduz uma ideia contrária à comercializa-
ção de uma prática que consiste no pagamento a uma pessoa para 
que ela fique em seu lugar em uma fila. Podemos verificar essa 
afirmação na passagem: “Para o professor de Harvard, dublês de 
fila, ao forçar que o critério de distribuição de vagas deixe de ser a 
ordem de chegada para tornar-se monetário, acabam corrompendo 
as instituições”. 
10-D
Podemos confirmar esta afirmativa no trecho: “O problema 
com o dinheiro é que ele é eficiente demais. Sempre que entra por 
alguma fresta, logo se sobrepõe a critérios alternativos e o resulta-
do final é uma sociedade na qual as diferenças entre ricos e pobres 
se tornam cada vez mais acentuadas”.
11-A
(A) um ato de interação e de desalojamento de sentidos cris-
talizados. (Correta)
(B) uma atividade em que a contribuição pessoal está ausente.
Errada. “Ler é fazer a experiência da “retomada do pensamen-
to de outrem através de sua palavra”, é uma reflexão em outrem, 
que enriquece nossos próprios pensamentos”.
(C) uma reprodução automatizada de sentidos da ideologia 
dominante.
Errada, não há ideologia dominante. “Ler é fazer a experiên-
cia da “retomada do pensamento de outrem através de sua pa-
lavra”, é uma reflexão em outrem, que enriquece nossos próprios 
pensamentos”.
(D) um processo prejudicado pela insensibilidade do escritor.
Errada. Ler é ter muita sensibilidade, “é uma reflexão”.
(E) um produto em que o posicionamento do outro se neu-
traliza.
Errada. “Ler é fazer a experiência da “retomada do pensa-
mento de outrem através de sua palavra”, é uma reflexão em ou-
trem, que enriquece nossos próprios pensamentos”.
12-C
(A) sua visão de mundo destoa do pensamento do escritor.
Errada. Não destoa, pois o “escritor me invade, passo a pen-
sar de dentro dele e não apenas com ele...”
(B) seu mundo agora deixa de existir e vale o do escritor.
Errada. Seu mundo passa a existir junto com o mundo do au-
tor. “O escritor me invade, passo a pensar de dentro dele e não 
apenas com ele...
(C) sua reflexão está integrada ao pensamento do escritor. 
(Correta)
(D) seu modo de pensar anula o pensamento do escritor.
Errada. Seu modo de pensar não anula a do autor, pois passa a 
pensar não apenas com ele, mas de dentro dele.
(E) seu pensamento suplanta a perspectiva do escritor.
Errada. Pois os dois pensam juntos.
13-B
A confirmação da alternativa “B” fica evidente nos parágra-
fos 02 e 03: “Os órgãos sensoriais que nos ligam ao mundo são 
altamente seletivos naquilo que acolhem e transmitem ao cérebro. 
O olho humano, por exemplo, não é capaz de captar todo o es-
pectro de energia eletromagnética existente. Os raios ultravioleta, 
situados fora do espectro visível do olho humano, são, no entanto, 
captados pelas abelhas.
Seletividade análoga preside a operação dos demais sentidos: 
cada um atua dentro de sua faixa de registro, ainda que o grau de 
sensibilidade dos indivíduos varie de acordo com idade, herança 
genética, treino e educação. Há mais coisas entre o céu e a terra do 
que nossos cinco sentidos − e todos os aparelhos científicos que 
lhes prestam serviços − são capazes de detectar.”
E quando finaliza o texto: “É a brutal seletividade dos nossos 
sentidos que nos protege da infinita complexidade do Universo.”
14-D
I. Depreende-se do poema que é preciso mais do que apenas 
nosso desejo para a resolução de dificuldades. (Correta)
“mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas”
II. Segundo o texto, o remorso deve ser evitado, bastando, para 
tanto, que não se evoque o passado a todo o momento. (Incorreta)
Pois, a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela − silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
III. Infere-se do texto que as mágoas podem desaparecer na 
medida em que não forem cultivadas. (Incorreta)
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
Didatismo e Conhecimento 7
LÍNGUA PORTUGUESA
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela − silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
15-C
Aquela mágoa sem remédio seria, a partir desta data, conside-
rada nula e, sobre ela, cairia um silêncio perpétuo.
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO 
PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.
Significação das Palavras
Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguin-
tes categorias:
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. 
Exemplo:
- Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo 
outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os sinônimos dife-
renciam-se, entretanto, uns dos outros, por matizes de significação 
e certas propriedades que o escritor não pode desconhecer. Com 
efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito (ani-
mal e quadrúpede); uns são próprios da fala corrente, desataviada, 
vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta, 
literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e oftalmo-
logista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, em 
nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
- Adversário e antagonista.
- Translúcido e diáfano.
- Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinoní-
mia, palavra que também designa o emprego de sinônimos.
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
- Mal e bem.
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto 
ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/antipático, 
progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/implícito, ativo/
inativo, esperar/desesperar, comunista/anticomunista, simétrico/
assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às 
vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos:
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
- Aço (substantivo) e asso (verbo).
Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. 
A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é conside-
rada uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico 
(som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes no 
timbre ou na intensidade das vogais.
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
- Colher (verbo) e colher (substantivo).
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
- Para (verbo parar) e para (preposição).
- Providência (substantivo) e providencia (verbo).
- Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de per+o).
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e diferentes 
na escrita.
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de con-
sertar).
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
- Apreçar (determinaro preço, avaliar) e apressar (acelerar).
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
- Censo (recenseamento) e senso (juízo).
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
- Paço (palácio) e passo (andar).
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo).
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = 
anular).
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão 
(tempo de uma reunião ou espetáculo).
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia.
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
- Cedo (verbo), cedo (advérbio).
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pronúncia: 
Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, tetânico e titâni-
co, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e séptico, prescrever 
e proscrever, descrição e discrição, infligir (aplicar) e infringir 
(transgredir), osso e ouço, sede (vontade de beber) e cede (verbo 
ceder), comprimento e cumprimento, deferir (conceder, dar defe-
rimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confir-
mar) e retificar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito 
grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
Didatismo e Conhecimento 8
LÍNGUA PORTUGUESA
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. 
A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos:
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plan-
tas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado.
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó.
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao véu 
do palato.
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissêmi-
cas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que têm dezenas 
de acepções.
Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras podem ser 
empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. Exemplos:
- Construí um muro de pedra. (sentido próprio).
- Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado).
- As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).
- As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado).
Denotação e Conotação: Observe as palavras em destaque 
nos seguintes exemplos:
- Comprei uma correntinha de ouro.
- Fulano nadava em ouro.
No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa sim-
plesmente o conhecido metal precioso, tem sentido próprio, real, 
denotativo.
No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder, 
glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo, possui várias 
conotações (ideias associadas, sentimentos, evocações que irra-
diam da palavra).
Exercícios
01. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos 
erros do passado.
a) eminente, deflagração, incidiram
b) iminente, deflagração, reincidiram
c) eminente, conflagração, reincidiram
d) preste, conflaglação, incidiram
e) prestes, flagração, recindiram
02. “Durante a ........ solene era ........ o desinteresse do mestre 
diante da ....... demonstrada pelo político”.
a) seção - fragrante - incipiência
b) sessão - flagrante - insipiência
c) sessão - fragrante - incipiência
d) cessão - flagrante - incipiência
e) seção - flagrante - insipiência
03. Na ..... plenária estudou-se a ..... de direitos territoriais a 
..... .
a) sessão - cessão - estrangeiros
b) seção - cessão - estrangeiros
c) secção - sessão - extrangeiros
d) sessão - seção - estrangeiros
e) seção - sessão - estrangeiros
04. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política.
b) A catástrofe torna-se iminente.
c) Sua ascensão foi rápida.
d) Ascenderam o fogo rapidamente.
e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.
05. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
a) cozer = cozinhar; coser = costurar
b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país
c) comprimento = medida; cumprimento = saudação
d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar
e) chácara = sítio; xácara = verso
06. Assinale o item em que a palavra destacada está incorre-
tamente aplicada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.
07. O ...... do prefeito foi ..... ontem.
a) mandado - caçado
b) mandato - cassado
c) mandato - caçado
d) mandado - casçado
e) mandado - cassado
08. Marque a alternativa cujas palavras preenchem correta-
mente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Necessitando ...... 
o número do cartão do PIS, ...... a data de meu nascimento.”
a) ratificar, proscrevi
b) prescrever, discriminei 
c) descriminar, retifiquei
d) proscrever, prescrevi
e) retificar, ratifiquei
09. “A ......... científica do povo levou-o a .... de feiticeiros os 
..... em astronomia.”
a) insipiência tachar expertos
b) insipiência taxar expertos
c) incipiência taxar espertos
d) incipiência tachar espertos
e) insipiência taxar espertos
10. Na oração: Em sua vida, nunca teve muito ......, apresen-
tava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . As palavras adequadas 
para preenchimento das lacunas são:
a) censo - lasso - cumprimento - eminentes
b) senso - lasso - cumprimento - iminentes
c) senso - laço - comprimento - iminentes
d) senso - laço - cumprimento - eminentes
e) censo - lasso - comprimento - iminentes
Respostas: (01.B)(02.B)(03.A)(04.D)(05.B)(06.C)(07.B)
(08.E)(09.A)(10.B)
Didatismo e Conhecimento 9
LÍNGUA PORTUGUESA
PONTUAÇÃO.
Pontuação
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na lín-
gua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua fa-
lada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.
Ponto ( . ) 
- indicar o final de uma frase declarativa: Lembro-me muito 
bem dele.
- separar períodos entre si: Fica comigo. Não vá embora.
- nas abreviaturas: Av.; V. Ex.ª
Vírgula ( , ): É usada para marcar uma pausa do enunciado 
com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, 
apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam 
uma unidade sintática: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora úni-
ca da Sena.
Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre 
termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula. Não 
se separam por vírgula:
- predicado de sujeito;
- objeto de verbo;
- adjunto adnominal de nome;
- complemento nominal de nome;
- predicativo do objeto do objeto;
- oração principal da subordinada substantiva (desde que esta 
não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
- separar o vocativo: Maria, traga-me uma xícara de café; A 
educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.
- separar alguns apostos: Valdete, minha antiga empregada, 
esteve aqui ontem.
- separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: Che-
gando de viagem, procurarei por você; As pessoas, muitas vezes, 
são falsas.
- separar elementos de uma enumeração: Precisa-se de pedrei-
ros, serventes, mestre-de-obras.
- isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo: Ama-
nhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para 
acertar a viagem.
- separar conjunções intercaladas: Não havia, porém, motivo 
para tanta raiva.
- separar o complemento pleonástico antecipado: A mim, nada 
me importa.
- isolar o nome de lugar na indicação de datas: Belo Horizon-
te, 26 de janeiro de 2011.
- separar termos coordenados assindéticos: “Lua, lua, lua, lua, 
por um momento meu canto contigo compactua...” (Caetano Ve-
loso)
- marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo): Ela 
prefere ler jornais e eu,revistas. (omissão do verbo preferir)
Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dis-
pensam o uso da vírgula: Conversaram sobre futebol, religião e 
política. Não se falavam nem se olhavam; Ainda não me decidi se 
viajarei para Bahia ou Ceará. Entretanto, se essas conjunções apa-
recerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula 
passa a ser obrigatório: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, 
nem à missa de sétimo dia.
A vírgula entre orações
É utilizada nas seguintes situações:
- separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Meu 
pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
- separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (ex-
ceto as iniciadas pela conjunção “e”: Acordei, tomei meu banho, 
comi algo e saí para o trabalho; Estudou muito, mas não foi apro-
vado no exame.
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção:
- quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes: 
Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais 
pobres.
- quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar 
ênfase (polissíndeto): E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
- quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja 
da adição (adversidade, consequência, por exemplo): Coitada! Es-
tudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
- separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou 
reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração prin-
cipal: “No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda 
mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho.” (O selvagem 
- José de Alencar)
- separar as orações intercaladas: “- Senhor, disse o velho, te-
nho grandes contentamentos em a estar plantando...”. Essas ora-
ções poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão: 
“Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em a estar 
plantando...”
- separar as orações substantivas antepostas à principal: Quan-
to custa viver, realmente não sei.
Ponto-e-Vírgula ( ; )
- separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, 
de uma sequência, etc: 
Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI-destituição de função comissionada. (cap. V das penalida-
des Direito Administrativo)
- separar orações coordenadas muito extensas ou orações 
coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula: “O rosto 
de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, 
era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da 
vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi 
transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o 
inferior um tanto tenso (...)” (Visconde de Taunay)
Didatismo e Conhecimento 10
LÍNGUA PORTUGUESA
Dois-Pontos ( : )
- iniciar a fala dos personagens: Então o padre respondeu: 
__Parta agora.
- antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou 
sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores: 
Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
- antes de citação: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que 
o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito 
enquanto dure.”
Ponto de Interrogação ( ? )
- Em perguntas diretas: Como você se chama?
- Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação: Quem 
ganhou na loteria? Você. Eu?!
Ponto de Exclamação ( ! )
- Após vocativo: “Parte, Heliel!” ( As violetas de Nossa Sra.- 
Humberto de Campos).
- Após imperativo: Cale-se!
- Após interjeição: Ufa! Ai!
- Após palavras ou frases que denotem caráter emocional: Que 
pena!
Reticências ( ... )
- indicar dúvidas ou hesitação do falante: Sabe...eu queria te 
dizer que...esquece.
- interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incom-
pleta: Alô! João está? Agora não se encontra. Quem sabe se ligar 
mais tarde...
- ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a inten-
ção de sugerir prolongamento de ideia: “Sua tez, alva e pura como 
um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” 
(Cecília- José de Alencar)
- indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - 
Raimundo Fagner)
Aspas ( “ ” )
- isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, 
como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos 
e expressões populares: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do 
seu admirador; A festa na casa de Lúcio estava “chocante”; Con-
versando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a 
mim requerido.
- indicar uma citação textual: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro 
vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e 
refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer neces-
sário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ‘ ‘ )
Parênteses ( () )
- isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e 
datas: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras per-
das humanas; “Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como 
se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim 
do verão”. (O milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha)
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o tra-
vessão.
Travessão ( __ )
- dar início à fala de um personagem: O filho perguntou: __
Pai, quando começarão as aulas?
- indicar mudança do interlocutor nos diálogos. __Doutor, o 
que tenho é grave? __Não se preocupe, é uma simples infecção. É 
só tomar um antibiótico e estará bom.
- unir grupos de palavras que indicam itinerário: A rodovia 
Belém-Brasília está em péssimo estado.
Também pode ser usado em substituição à virgula em expres-
sões ou frases explicativas: Xuxa – a rainha dos baixinhos – é loira.
Parágrafo
Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; co-
meça por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que come-
çam as outras linhas.
Colchetes ( [] )
Utilizados na linguagem científica.
Asterisco ( * )
Empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota 
(observação).
Barra ( / ) 
Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
Hífen (−) 
Usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir 
pronomes átonos a verbos. Exemplo: guarda-roupa
Exercícios
01. Assinale o texto de pontuação correta:
a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma co-
madre, minha avó.
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: pro-
vocava risos, muxoxos, palavrões. 
c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam 
deles os outros, sem que este riso os impeça de conservar as suas 
roupas e o seu calçado.
d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam 
muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC, tritu-
rados soltos no ar. 
e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde no-
tei, que me achava lá, numa sala pequena.
02. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada 
corretamente: 
a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado 
do concurso. 
b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado 
do concurso. 
c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado 
do concurso. 
d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concur-
so, em fila. 
e) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado 
do concurso. 
Didatismo e Conhecimento 11
LÍNGUA PORTUGUESA
Instruções para as questões de números 03 e 04: Os períodos 
abaixo apresentam diferenças de pontuação, assinale a letra que 
corresponde ao período de pontuação correta: 
03.
a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião 
ficou mais animada. 
b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas

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