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Módulo Teórico Mudanças Climáticas

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Energia e mudança climática 
 
Índice 
 
Energia e mudança climática .................................................................................................................. 1 
Objetivos do Módulo .............................................................................................................................. 1 
1. Introdução ........................................................................................................................................... 2 
2. Clima ................................................................................................................................................... 4 
3. Gases de efeito estufa. Emissões de GEE ............................................................................................ 6 
3.1. A contribuição da América Latina e do Caribe nas emissões de GEE ................................................... 6 
3.2. Efeito estufa ......................................................................................................................................... 8 
4. Mudança Climática.............................................................................................................................. 9 
4.1. Vulnerabilidade à Mudança Climática ................................................................................................ 11 
4.2. Critérios de vulnerabilidade à Mudança Climática ............................................................................. 12 
5. Protocolo de Kyoto. O compromisso internacional contra a mudança climática ............................ 14 
5.1. O protocolo de Kyoto na América Latina MDL ................................................................................... 16 
6. Energia e mudança climática ............................................................................................................ 17 
6.1. Impacto da energia sobre o meio ambiente ...................................................................................... 17 
6.2. Internalização de custos ambientais .................................................................................................. 20 
6.3. Setor elétrico na América Latina. Aspectos fundamentais relacionados com a mudança climática . 21 
6.4. Comparação de impactos ambientais das diferentes tecnologias ..................................................... 24 
7. Mitigação da mudança climática ...................................................................................................... 27 
7.1. Tecnologias para reduzir as emissões de GEE no fornecimento de energia ...................................... 30 
7.1.1. Conversão mais eficiente de combustíveis fósseis. ...................................................................... 32 
7.1.2. Mudança à combustíveis fósseis de baixo carbono ..................................................................... 33 
7.1.3. Descarbonização de combustíveis. Captura e armazenamento de CO2 ....................................... 34 
7.1.4. Energia nuclear ............................................................................................................................. 35 
7.1.5. Utilização de Energias Renováveis ............................................................................................... 36 
7.2. Papel de las energías renovables en el cambio climático .................................................................. 37 
7.3. Energias renováveis ............................................................................................................................ 38 
7.3.1. Energia hidroelétrica .................................................................................................................... 38 
7.3.2. Biomassa ...................................................................................................................................... 39 
7.3.3. Energia Eólica ............................................................................................................................... 40 
7.3.4. Energia solar ................................................................................................................................. 40 
7.3.5. Energia geotérmica e oceânica..................................................................................................... 41 
7.4. Panorama energético internacional e da América Latina: o papel das energias renováveis ............. 41 
8. Adaptação à mudança climática ....................................................................................................... 45 
 
Energia e mudança climática 
 
8.1. Capacidade de adaptação .................................................................................................................. 47 
8.2. Cenários climáticos ............................................................................................................................. 48 
8.3. Cenários na América Latina ................................................................................................................ 53 
Glosario ................................................................................................................................................. 66 
Bibliografía ............................................................................................................................................ 69 
Índice de Figuras ................................................................................................................................... 72 
Tabelas/Gráficos/ Ilustrações .................................................................................................................... 72 
 
 
 
 
 
Energia e mudança climática 1 
 
Energia e mudança climática 
 
Objetivos do Módulo 
Nos últimos anos há um crescente interesse pelo meio ambiente, acompanhado de um amplo 
desenvolvimento tecnológico com o objetivo de fomentar a exploração das fontes de recursos 
energéticos renováveis. Isto é resultado da grande preocupação social pelo meio em que vivemos, 
não somente no âmbito particular, mas também governamental e, inclusive, empresarial, já que se 
começou a desenvolver uma série de ações destinadas a proteger o planeta. 
Com este curso pretende-se reunir diferentes materiais relacionados com as questões da mudança 
climática, a fim de que o aluno tenha um conhecimento geral do problema, bem como das 
estratégias desenvolvidas pela legislação e economia ambiental. 
 
Os objetivos que se pretendem alcançar são os seguintes: 
 
 Tratar a mudança climática da perspectiva do sistema climático, dos ciclos do clima, dos 
modelos do clima, do impacto da mudança climática, da mitigação desta mudança e da 
resposta à mudança climática. 
 Analisar as políticas ambientais e como eles são definitivas para combater as mudanças 
climáticas. 
 Estudar os aspectos macro-ecológicos que intervêm na modificação do clima no planeta. 
 Mostrar os efeitos sobre a mudança climática são as diferentes fontes de geração de energia. 
 Analisar os cenários previstos para os próximos anos em todo o mundo e particularmente na 
América Latina e o Caribe. 
 
 
 
Energia e mudança climática 2 
 
1. Introdução 
Ainda que o clima da Terra sempre tenha sofrido mudanças naturais, agora, pela primeira vez, a 
atividade humana é a principal força que afeta este processo, com consequências potencialmente 
drásticas. 
 
Todos os dias usamos enormes volumes de combustíveis fósseis na forma de gasolina, petróleo, 
carvão e gás natural, liberando dióxido de carbono. Isto, junto a outras emissões geradas pela 
atividade humana, como o metano e o óxido nitroso, acentuam o “efeito estufa” natural que torna a 
Terra um planeta habitável. 
 
Esta velocidade de alterações semprecedentes está ameaçando os sistemas sociais e ambientais, 
que não podem ajustar-se ao mesmo ritmo. No mundo, aumenta-se a ocorrência de eventos 
meteorológicos cada vez mais extremos, as vezes com manifestações inesperadas. 
 
O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) conclui que algumas mudanças 
poderiam ser repentinas e irreversíveis. O aumento do nível do mar e extensas perdas de 
biodiversidade são apenas dois entre uma variedade de possíveis impactos. 
 
É provável que para os países em desenvolvimento seja mais difícil combatê-lo, porque possuem 
menos capacidade técnica, econômica e institucional para adaptar-se. 
 
Considerando o legado de emissões de gases de efeito estufa e o crescente consumo mundial de 
energia, parece inevitável que se aproxime um maior aquecimento da Terra. 
 
Para enfrentar os efeitos da mudança climática, há dois tipos de acções: mitigação e adaptação. 
Ambas as medidas estão inter-relacionados. 
 
O primeiro termo - mitigação - refere-se às políticas, tecnologias e medidas que, em primeiro lugar, 
limitar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, por outro lado, melhorar as pias do mesmo 
para aumentar a capacidade de absorção de gases de efeito estufa. 
 
A adaptação termo se refere a iniciativas e medidas que reduzam a vulnerabilidade dos sistemas 
naturais e humanos contra os efeitos reais ou esperados das mudanças climáticas. 
 
As medidas de mitigação para reduzir o alcance do aquecimento global são cruciais. O Protocolo de 
Kyoto - primeiro acordo internacional para afrontar a mudança climática - estipula que os países 
industrializados, historicamente responsáveis por uma maior quantidade de emissões, devem atuar 
primeiro para reduzir as emissões, dando tempo aos países em desenvolvimento para que suas 
economias cresçam e aumentem o padrão de vida de seus habitantes. Mas também se reconhece 
que, cedo ou tarde, as nações em desenvolvimento terão que atuar. O IPCC prevê que as emissões 
dos países em desenvolvimento - lideradas por economias que estão sofrendo uma rápida 
industrialização, como a do Brasil, China e Índia - excederão a dos países desenvolvimento durante a 
primeira metade deste século. 
 
 
 
Energia e mudança climática 3 
 
É necessário estruturar a política da energia e do clima, por um mundo com uma pegada de carbono 
menor, que contemple o trajeto econômico de cada país. 
 
As possíveis medidas a serem adotadas estão em discussão e consistem nas compensações a países 
que renunciem à deflorestação, os incentivos tributários para tecnologias de baixa emissão, o uso da 
energia nuclear e o desenvolvimento de novas fontes de energia. 
 
Do mesmo modo, a utilização dos biocombustíveis como uma possível alternativa ao petróleo no 
transporte nos mostra que existem alternativas e enfatiza a necessidade de desenvolver políticas de 
pesquisa nestes temas. No exemplo dos biocombustíveis, inicialmente, muitos gerentes de políticas 
defenderam sua utilização como indubitavelmente benéfica. Gradualmente, no entanto, os 
pesquisadores começaram a analisar individualmente cada biocombustível e avaliar seu ciclo de 
vida, custos e benefícios, não somente em termos de emissão de carbono, mas também de seu 
impacto em outras áreas da vida, como o preço dos alimentos e o consumo de água. 
 
Na mudança climática existem duas possíveis aproximações: a adaptação e a mitigação. A adaptação 
é tão importante quanto a mitigação, e isto se aplica particularmente aos países em 
desenvolvimento, escassos em recursos técnicos e econômicos. Um recente relatório do IPCC 
menciona áreas com especial risco de serem afetadas pela mudança climática, como a África, as 
pequenas ilhas, os grandes deltas asiáticos e africanos e o Ártico. 
 
Para qualquer ação que se decida tomar, o IPCC conclui que todos os cenários da estabilização 
climática indicam que dentre 60 e 80% da redução nas emissões proverá de fontes de energia, de 
seu uso e de processo industriais, “com a eficiência energética exercendo um papel chave em muitos 
cenários”. 
 
A mudança climática pode provocar importantes alterações no sistema econômico atual, a 
dependência quase exclusiva dos combustíveis fósseis, o elevado nível de extração e a concentração 
das jazidas em áreas geográficas determinadas, produzem tensões na economia mundial, 
estagnando seu crescimento. 
 
Desse modo, dentro das três dimensões do desenvolvimento sustentável: ambiental, econômica e 
social, a problemática energética apresenta grandes dificuldades, de forma que seria necessária uma 
evolução a modelos de desenvolvimento que demandem um consumo energético reduzido. 
 
 
 
 
Energia e mudança climática 4 
 
2. Clima 
O clima está mudando principalmente devido à emissão de CO2 e de outros gases de efeito estufa 
derivada de atividades humanas, especialmente da combustão dos combustíveis fósseis e da 
deflorestação. Estes gases permanecem na atmosfera por várias décadas e capturam o calor do Sol, 
exercendo o efeito de uma estufa. 
 
O último relatório do IPCC das Nações Unidas, publicado em fevereiro de 2007, que é considerado o 
melhor documento até a data relacionado com o aquecimento global, afirma que a temperatura 
global elevou-se 0.76ºC nos últimos 100 anos. Prevê uma elevação da temperatura média da 
superfície do planeta entre 1.4 e 5.8 graus para o ano 2100, o que poderia ser devastador. Os 
glaciais dos Andes, que fornecem água potável ao formar rios, que por sua vez servem como fontes 
de irrigação estão desaparecendo. 
 
O degelo das massas polares, do mesmo modo, provocará o aumento do nível do mar, o que 
eventualmente poderia por em risco a países inteiros, como a Holanda ou Bangladesh. 
 
Estas não são suposições sem fundamentos. Prevê-se que em 2080 haverá uma grave escassez de 
água na China e na Austrália. A corrente do Golfo, que aquece o norte da Europa, poderia ser 
interrompida caso hajam mudanças na salinidade da água do Atlântico. 
 
 
Ilustração 1. Furacões intensos na Bacia do Atlântico 
Furacões intensos na Bacia do Atlântico 
Percurso frequente dos ciclones tropicais: Quantidade de furacões 
Furacões do Atlântico Furacões do Caribe 
 
 
Energia e mudança climática 5 
 
 
Ilustração 2. Mudanças espaciais nos padrões de precipitação. Fonte: IPCC, 2007. 
 
 
 
Energia e mudança climática 6 
 
3. Gases de efeito estufa. Emissões de GEE 
 
Denominam-se gases de efeito estufa (GEE), ou gases estufa, os gases cuja presença na atmosfera 
contribui com o efeito estufa. Os mais importantes estão presentes na atmosfera de maneira 
natural, ainda que sua concentração possa ser modificada pela atividade humana, mas também 
entram neste conceito alguns gases artificiais, produtos da indústria. Esses gases contribuem mais 
ou menos de forma líquida ao efeito estufa pela estrutura de suas moléculas e, de forma 
substancial, pela quantidade de moléculas de gases presentes na atmosfera. Os gases em causa são: 
 Vapor de água (H2O). 
 Dióxido de carbono (CO2). 
 Metano (CH4) 
 Óxidos de nitrogênio (NOx). 
 Ozônio (O3) 
 Clorofluorcarbonetos 
 
3.1. A contribuição da América Latina e do Caribe nas emissões de GEE 
Em termos percentuais, a América Latina tem uma baixa contribuição à concentração de dióxido de 
carbono na atmosfera, ainda que sua contribuição aumente todos os anos. 
 
Os dados mais recentes indicam que na América Latina e no Caribe as emissões de dióxido de 
carbono em 2004 superaram em 75% as registradas em 1980, o que significou um crescimento 
sustentado de 2,4% anual, mas não é possível observar uma tendência definida ou clara quando se 
tenta relacionar as emissões por unidade de produto com o produto interno bruto per capita. 
Quando se examina o conjunto das emissões de GEE, acredita-se que para o ano 2050 a contribuição 
da Região às emissõesglobais seja de 9%. A Região da América Latina e do Caribe produz 4,3% das 
emissões causadas pela mudança no uso da terra. As emissões de metano derivadas das atividades 
humanas representam 9,3% do total mundial. 
 
Dentro da região da América Latina e do Caribe, o Brasil é o principal emissor de óxido nitroso, 
seguido pela Argentina e pela Colômbia. A maior parte deste deriva do uso de Fertilizantes (quase 
80%) nas plantações, seguido pelo transporte (pouco menos de 20%). 
 
Os gráficos apresentados abaixo mostram a participação relativa da Região nas emissões globais de 
dióxido de carbono, metano e óxidos nitrosos, bem como o que estas representam no total das 
emissões regionais de GEE. 
 
 
 
Energia e mudança climática 7 
 
As emissões de GEE não são geradas em proporção igual por todos os países da Região. Em termo 
gerais, pouco mais de 70% das emissões de GEE na América Latina e no Caribe provém de quatro 
países: Brasil, México, Venezuela e Argentina. 
 
 
Ilustração 3. Inventário de CO2. Fonte: CAIT 1.5, WRI. 
 
 
Ilustração 4. Emissões de GEEs, comparação mundial. Fonte IPCC. 
 
INVENTÁRIO DE CO2 Milhôes toneladas Carbono Porcentagem 
Emissões de GEE, comparativa mundial 
Contribuição relativa da ALC 
nas emissões mundiais de CO2 
em 2000 
CO2 relativo a outros GEE na ALC 
Resto do mundo 82% 
Total ALC 18% 
CO
2
 70% 
 
Outros gases 3% 
 
 
Energia e mudança climática 8 
 
 
 
Ilustração 5. Mudança nas emissões de efeito estufa das partes incluída no anexo 1. Fonte: IPCC 
 
3.2. Efeito estufa 
Os gases de efeito estufa absorvem a radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra, pela 
própria atmosfera, pelos mesmos gases e pelas nuvens. A radiação atmosférica é emitida em todos 
os sentidos, inclusive à superfície terrestre. Os gases de efeito estufa capturam o calor dentro do 
sistema da troposfera terrestre. A isto se denomina ‘efeito estufa natural’. 
 
Um aumento na concentração de gases de efeito estufa produz um aumento da opacidade 
infravermelha da atmosfera e, portanto, uma radiação efetiva no espaço que vai de uma maior 
altitude a uma temperatura mais baixa. Isto causa uma mudança no fluxo líquido de calor (diferença 
entre a radiação solar que entra e a radiação infravermelha que sai), gerando um desequilíbrio que 
somente pode ser compensado por um aumento da temperatura do sistema superfície-troposfera. A 
isto se denomina ‘efeito estufa aumentado’. 
 
Os gases integrantes da atmosfera, de origem natural e antropogênica, como o vapor de água (H2O), 
dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O), metano (CH4) e ozônio (O3), são os principais gases de 
efeito estufa da atmosfera terrestre. 
 
Ademais, existe na atmosfera uma série de gases de efeito estufa totalmente produzidos pelo 
homem, como os halocarbonos e outras substâncias que contém cloro e bromo, das quais se ocupa 
o Protocolo de Montreal. 
 
 
Energia e mudança climática 9 
 
¡Reflita e procure informações sobre as questões 
propostas a seguir! 
4. Mudança Climática 
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (IPCC), em seu Artigo 1, define a 
‘mudança climática’ como: ‘uma mudança no clima atribuída direta ou indiretamente à atividade 
humana que altera a composição da atmosfera mundial e que se soma à variabilidade natural do 
clima observada durante períodos de tempos comparáveis’. 
 
O IPCC faz uma distinção entre ‘mudança climática’ atribuída a atividades humanas que alteram a 
composição atmosférica e a ‘variabilidade climática’ atribuída a causas naturais. 
 
A mudança climática se refere a uma importante variação estatística em um estado médio do clima 
ou em sua variabilidade, que persiste durante um período prolongado (normalmente decênios ou 
inclusive mais). 
 
 
 
¿O clima mundial está mudando? O mundo está sofrendo um aquecimento? 
Ao observar o gráfico sobre as mudanças de temperatura global nos últimos 150 anos, a resposta 
deveria ser sim. Mas o que acontece se observamos os últimos 1000 anos, 100.000 anos ou mais? E 
porque é importante saber se o nosso mundo realmente está sofrendo um aquecimento? 
 
Ilustração 6. Temperaturas globais. Fonte NASA 
 
 
Energia e mudança climática 10 
 
O que sabemos sobre o clima terrestre do passado? 
Como sabemos qual temperatura a Terra possuía há milhares e milhões de anos atrás, quando não 
existiam os termômetros? 
Podemos calcular a temperatura utilizando outros meios. As árvores, corais e núcleos dos glaciais da 
Groenlândia e da Antártida dão algumas pistas. 
O que determina a temperatura global? 
O sol aquece a terra. Mas se esse fosse o fim da história, o mundo estaria muito frio. O efeito estufa 
mantém a Terra a uma temperatura confortável. 
Então, porque a temperatura global muda? 
O dióxido de carbono constantemente está se deslocando até a atmosfera e a partir dela, em um 
processo conhecido como o ciclo do carbono. 
Existe uma estreita relação entre os níveis de dióxido de carbono na atmosfera e a temperatura 
global. 
Existem outros fatores que afetem a temperatura? 
O astrônomo Milutin Milnkovitch concebeu a teoria de que a relação mutável entre a Terra e o sol 
afeta o clima terrestre. 
Como as pessoas se relacionam com isso? 
A partir da Revolução Industrial as pessoas afetam o ciclo do carbono. 
A intervenção humana elevou a concentração de dióxido de carbono na atmosfera a seu nível mais 
alto em centenas de milhares de anos. Analise detidamente a lateral direita do gráfico. 
 
Ilustração 7. Concentração de dióxido de carbono. Fonte: ISES International environment services 
 
 
Energia e mudança climática 11 
 
Mas qual é o problema? O aquecimento global é ruim? 
O aquecimento global terá um importante impacto em nossa maneira de viver. Os níveis do mar 
crescerão provocando inundações de áreas costeiras densamente povoadas. Aumentará a 
intensidade das tempestades tropicais. Muitas áreas agrícolas que já estão sofrendo com a seca, 
serão ainda mais secas. 
Perguntas como: “qual é o grau de incerteza do cenário da mudança climática e seu impacto? 
Quanto será necessário adaptar-se? Quanto pode custar esta adaptação? Quais são seus 
benefícios?”, precisam ser respondidas e incorporadas a uma análise custo-benefício, 
principalmente quando se considera que alguns dos impactos de ditas medidas não têm mercado e, 
portanto, são menos tangíveis. 
 
4.1. Vulnerabilidade à Mudança Climática 
A mudança climática, originada pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE) à atmosfera tem 
consequências significativas na temperatura, no nível de precipitações e, principalmente, sobre o 
padrão e características dos eventos naturais extremos. 
 
O efeito da mudança climática sobre as atividades econômica, a população e os ecossistemas são 
significativos e, em alguns casos, irreversíveis. 
 
Existem várias definições de vulnerabilidade, uma das mais gerais estabelece que vulnerabilidade se 
refere à habilidade de manejar os impactos da mudança climática. 
 
Outra definição mais detalhada estabelece que a vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade ou de 
incapacidade de um sistema para enfrentar os efeitos adversos da mudança climática e, 
particularmente, a variabilidade do clima e os fenômenos extremos. 
 
A vulnerabilidade dependerá do caráter, magnitude e rapidez da mudança climática a que está 
exposto um sistema e de sua sensibilidade e capacidade de adaptação. Os países em 
desenvolvimento e, particularmente, as populações que vivem em condição de pobreza, são as mais 
vulneráveis à mudança climática. 
 
Na América Latina, a sensibilidade às mudanças climática modifica algumas atividades econômicas 
como a agricultura, a pesca e o turismo, gera possíveis perdas de biodiversidade e de vidas 
humanas, põe em perigo adisponibilidade de água e a geração elétrica futura. Os países mais 
pobres, com menos capacidades e recursos, terão menor probabilidade de adaptar-se a estas 
mudanças e, portanto, poderão ser seriamente prejudicados. 
 
 
Energia e mudança climática 12 
 
4.2. Critérios de vulnerabilidade à Mudança Climática 
Os seguintes conceitos precisam ser identificados no âmbito da vulnerabilidade: 
 
- Exposição: Decisões e práticas que posicionam um elemento da sociedade (pessoas e/ou seus 
meios de vida) nas áreas de influência de uma ameaça. 
- Fragilidade: Grau de (não) resistência e/ou (des) proteção ao impacto de uma ameaça. Está 
relacionado com as características físicas da unidade social: indivíduo, lar, comunidade ou seus 
meios de vida (Cannon, 2008). 
- Resiliência: Grau de assimilação e/ou recuperação que pode ter a unidade social depois de uma 
ameaça. 
 
Fonte: EIRD 2009; DGPM 2007; y Cannon, 2008. 
 
Nas últimas décadas, a América Latina foi submetida a impactos climáticos severos como a maior 
frequência e intensidade do evento El Niño, as chuvas intensas na Venezuela, inundações nos 
pampas argentinos, a seca no Amazonas, tempestades de granizo em La Paz, Bolívia e em Buenos 
Aires, Argentina, as intensas temporadas de Furacões no Caribe, dentre outros. Como consequência, 
o número de desastres aumentou e os impactos econômicos também. 
Entre o ano 2000 e 2005, 19% dos eventos extremos quantificados economicamente representaram 
perdas de 20 milhões de dólares. 
 
É importante mencionar também que existem outras causas que contribuem com o aumento da 
vulnerabilidade dos sistemas humanos como, por exemplo, a pressão demográfica, o crescimento 
urbano sem planificação, a pobreza e a migração rural, o baixo investimento em infraestrutura e 
serviços e os problemas de coordenação intersetorial. 
 
O relatório do IPCC para a América Latina (Magrin, G. et. al. 2007) menciona a vulnerabilidade 
existente em alguns sistemas naturais. Por exemplo, as selvas tropicais da América Latina 
incrementaram sua sensibilidade aos incêndios devido a maior frequência de secas e às mudanças 
no uso da terra. Os manguezais localizados nas costas baixas são particularmente vulneráveis ao 
aumento do nível do mar, ao aumento da temperatura e à frequência de furacões. 
 
Na agricultura, os rendimentos de alguns cultivos são afetados, com a redução do ciclo de 
crescimento e a maior incidência de doenças e pragas. 
 
As chuvas escassas e as temperaturas elevadas originam deficiências hídricas e problemas na 
qualidade da água. Na maioria dos países da América Latina, a energia hidráulica é a principal fonte 
de eletricidade e é muito vulnerável às anomalias persistentes e de grande escala das precipitações. 
 
As costas baixas da América Latina são particularmente vulneráveis à variabilidade climática e aos 
eventos extremos. 
O aumento do nível do mar ainda não representa um risco sério, ainda que os níveis de aceleração 
das taxas de aumento indiquem que a vulnerabilidade aumentará. 
 
 
Energia e mudança climática 13 
 
 
Finalmente, a saúde humana também foi afetada pelas condições climáticas. A epidemia da malária 
nas regiões costeiras e nas áreas de inundações, o ressurgimento da dengue hemorrágica e o 
estresse térmico, são alguns exemplos de impactos à saúde gerados pelas variações climáticas. 
 
 
Ainda que os impactos da mudança climática sejam basicamente físicos ou biofísicos, seus efeitos 
no bem-estar da população são econômicos, sociais e políticos. Assim, é importante tomar 
medidas preventivas para minimizar o impacto da mudança climática e a responsabilidade das 
autoridades por promovê-las dentro das políticas de planejamento. 
 
 
Energia e mudança climática 14 
 
5. Protocolo de Kyoto. O compromisso 
internacional contra a mudança climática 
 
O Protocolo de Kyoto, dentro da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima 
(CMCC) foi criado no terceiro período de sessões da Conferência das Partes da CMCC em 1997, em 
Kyoto, Japão. Contém alguns compromissos legais obrigatórios, além dos incluídos na CMCC. 
Os países do Protocolo, a maioria dos países da Organização de Cooperação de Desenvolvimento 
Econômico (OCDE), e os países com economias em transição, acordaram a redução de suas emissões 
antropogênicas de gases de efeito estufa (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, 
hidrofluorcarbonos, perfluorcarbonos e hexafluoreto de enxofre) em ao menos 5% com relação aos 
níveis de 1990 durante o período de compromisso de 2008 a 2012. 
O protocolo impõe aos 36 países industrializados que o ratificaram reduções da emissões das seis 
principais substâncias responsáveis pelo aquecimento da atmosfera: o dióxido de carbono, o 
metano, o óxido de nitrogênio e três gases fluoretados. 
As limitações concernem, essencialmente, à combustão de energias fósseis - petróleo, gás e carvão -
, responsáveis por dois terços das emissões mundiais de gases de efeito estufa. A deflorestação é 
considerada responsável por 17% destas emissões, e a agricultura por 15,5%. 
O protocolo impõe “objetivos diferenciados” de acordo com os países como, por exemplo, de 8% 
para o conjunto da União Européia, ou de 6% para o Canadá e o Japão. Os países emergentes, 
dentre eles a China - que se converterá no principal contaminante mundial -, Índia ou Brasil, estão 
exonerados das reduções, do mesmo modo que os países em desenvolvimento, a pesar de seu 
crescimento excepcional. 
 
Ilustração 8. Posição dos diversos países em 2011 com relação ao Protocolo de Kyoto. 
 
 
Energia e mudança climática 15 
 
O Protocolo de Kyoto não estabeleceu nenhum objetivo de redução das emissões para outros 
países, nem previu a aplicação de mecanismos comerciais para promovê-la. Por outro lado, a única 
referência ao comércio internacional no Protocolo foi que as “Partes... procurarão implementar 
políticas e medidas... de forma que estas minimizem os efeitos adversos... sobre o comércio 
internacional” (cit. por Peters and Hertwich, 2008). 
O Protocolo de Kyoto estabeleceu três vias para o cumprimento de seus objetivos: 
 Políticas e medidas (como o fomento da eficiência energética, a pesquisa, promoção 
e desenvolvimento do uso de fontes novas e renováveis de energia, redução 
progressiva, ou eliminação gradual, dos incentivos fiscais e das subvenções que 
sejam contrárias ao objetivo da CMNUCC em todos os setores emissores de GEE...). 
 Sumidouros de carbono (atividades de uso da terra, mudança do uso da terra e 
silvicultura). 
 Mecanismos flexíveis. Contemplam-se três tipos: 
 Comércio de direitos de emissões (CDE). 
 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). 
 Aplicação Conjunta (AC). 
O objetivo final de todas estas medidas é o mesmo: possibilitar aos países do Anexo I da CMNUCC 
(isso é, aos países industrializados) complementar as medidas internas de redução de emissões de 
GEE necessárias para cumprir com o compromisso estabelecido no Protocolo de Kyoto. 
O financiamento dos investimentos em projetos MDL admite dois possíveis modelos: 
 Ação direta: 
 Modelo unilateral. País anfitrião. 
 Modelo bilateral. Quando um país ou companhia investem diretamente em 
um país anfitrião. 
 Ação indireta ou modelo multilateral. Quando um país ou companhia investem em 
um Fundo de Carbono (Banco Mundial, nacionais, privados). 
 
 O Protocolo de Kyoto e a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima são as 
ferramentas básicas de que dispõe a comunidade internacional para lutar contra o aquecimento 
do planeta. 
 
 
 
Energia e mudança climática 16 
 
5.1. O protocolo de Kyoto na América Latina MDL 
A fim de reduzir os custos de mitigação, o Protocolo criou três mecanismos de mercado (chamados 
mecanismos de flexibilidade) para trocar créditos de carbono: 
 O primeiroautorizou o comércio de emissões entre países desenvolvidos com 
compromissos de redução, habilitando aqueles que superem seus compromissos a 
vender seus créditos excedentes aos que não possam alcançá-los. 
 Os outros dois mecanismos permitiram aos países desenvolvidos com compromissos 
de redução obter créditos por emissões evitadas através de projetos específicos em 
países em desenvolvimento (Mecanismo para o Desenvolvimento Limpo - MDL) ou 
em economias em transição (o sistema de Implementação Conjunta - JI, em inglês). 
O primeiro inclui aos países da América Latina e até hoje foi o principal mecanismo 
de mercado para canalizar fundos privados para atividades de mitigação. No 
entanto, a participação da região foi modesta: de 33 países da região, apenas 19 
apresentaram projeto MDL e a maioria destes se concentra no Brasil (com uma 
participação de 6,7% dos recursos totais). 
Para os países da América Latina, ricos em recursos renováveis, os benefícios potenciais (muitos 
deles já reais) destes projetos dentro do MDL são evidentes, ao permitir-lhes mobilizar recursos 
adicionais (financeiros, mas também tecnológicos) aos internos para o cumprimento de seus 
próprios objetivos energéticos e ambientais. 
Esta oportunidade não se materializa sozinha e requer, por parte dos distintos países, inserir-se no 
mercado de MDL; e isto, por sua vez, exige colaboração público-privada para o comércio de projetos 
no mercado internacional. 
A competição por parte da Ásia (China e Índia, principalmente) no momento de captar estes 
projetos a escala mundial é, no entanto, muito forte. 
Região Quantidade de projetos MDL % 
América Latina e Caribe 889 16,08% 
Ásia e Pacífico 4373 79,09% 
Europa e Ásia Central 61 1,10% 
África 143 2,59% 
Oriente Médio 63 1,14% 
Total 5529 100% 
Tabela 1. UNEP RISO CENTRE. Energy Climate and Sustainable Development. CDMI/JI Pipeline (2013) 
 
A América Latina representa o segundo ator mais importante no mercado de carbono 
 
 
Energia e mudança climática 17 
 
6. Energia e mudança climática 
A energia é um elemento essencial para a atividade econômica e o bem-estar da cidadania, estando 
fortemente relacionada com a mudança climática. A energia é responsável por 80% das emissões de 
gases de efeito estufa na União Européia e constitui a causa fundamental da mudança climática e da 
contaminação atmosférica. 
Atualmente, os objetivos do setor energético se focam em desenvolver um sistema sustentável e 
abastecido com recursos autóctones especialmente renováveis ou amplamente disponíveis no 
mercado mundial, como o carvão limpo e a energia nuclear. 
As tecnologias destinadas a melhorar a eficiência energética e reduzir o consumo de energia 
também fazem parte destes objetivos, sem esquecer outras atividades, cuja finalidade é mitigar, 
prevenir e adaptar-se à mudança climática. 
 
6.1. Impacto da energia sobre o meio ambiente 
O desenvolvimento e uso da energia estão intimamente ligados. De fato, um problema fundamental 
a ser enfrentado nos próximos anos é como garantir fontes de energia suficientemente confiáveis e 
econômicas para assegurar um nível de desenvolvimento adequado. 
No entanto, o problema não termina aí. Está claro que toda atividade terá um impacto sobre o meio 
ambiente. O problema começa quando este impacto é negativo ou, inclusive, irreversível. A 
disponibilidade de energia é uma limitação ao desenvolvimento; mas além disso os impactos 
ambientais também podem limitar ou condenar o desenvolvimento. 
A atividade humana, com relação a aspectos relacionados com a energia, pode exercer os seguintes 
impactos no meio ambiente: 
 Em Atividades de Extração: contaminação por atividades mineiras de carvão, 
petróleo ou outras. Impacto ambiental pela construção de represas. 
 Em Geração: emissões sólidas, líquidas ou gasosas. Contaminação térmica. 
Contaminação nuclear. Uso do solo. 
 Em distribuição: vazamentos sólidos ou líquidos. Impacto ambiental de linhas de 
alta tensão, impacto de gasodutos. 
 Utilização: emissões sólidas, líquidas ou gasosas. Contaminação de recintos 
fechados, contaminação térmica e acústica. 
São muitos os contaminantes específicos associados a estas atividades, e é importante destacá-los 
por sua gravidade: 
 
 
Energia e mudança climática 18 
 
 CO2: Dióxido de carbono. Origina o chamado efeito estufa. Nos últimos 100 anos 
verificou-se um aumento da concentração de CO2 na atmosfera de um pouco 
mais de 30%. Teme-se que este gás de efeito estufa (junto a outros como o 
metano) esteja causando um aumento significativo da temperatura média 
terrestre. Isto originará mudanças climáticas indefinidas. A evidência desta 
mudança pode ser vista na diminuição dos glaciais e de parte da calota polar. 
 Chuva Ácida: Muitos processos industriais (queima de carbono, refinamento de 
minerais - especialmente o cobre -) desprendem gases ou substâncias que 
contém SO2 e SO3. Estes gases são os precursores da chuva ácida. Na Europa e 
na América do Norte, a chuva ácida causou danos a grandes superfícies 
florestais. Também danifica as construções; por exemplo, ataca o mármore, 
pedras calcárias e outros revestimentos. 
 CFC: são os clorofluorcarbonetos. Inicialmente eram usados como 
refrigeradores para o uso doméstico e industrial. Logo, passaram a ser usados 
em frascos propulsores de spray e espumas para plásticos. Ao emigrar à alta 
atmosfera, o Cloro destrói as moléculas de Ozônio (O2) que estão na camada de 
Ozônio. Isto permite a entrada da radiação UV que corta a superfície terrestre. 
Dentre seus efeitos estão danos genéticos à pele e tecidos expostos, bem como 
destruição de materiais fotossensíveis (plásticos, pinturas). Em 1990 assinou-se 
a Convenção de Montreal que limita a produção e uso dos CFC. Já existem 
refrigerados alternativos. Calcula-se que o efeito do dano à camada de Ozônio 
(mais notório no hemisfério Sul) atingirá seu máximo a princípios do próximo 
século. 
 Resíduos Nucleares: A grande quantidade de centrais nucleares de fissão 
nuclear originam uma enorme quantidade de resíduos radioativos. O manuseio, 
tratamento e armazenamento destes resíduos é uma questão ainda sem 
solução. Ademais, seu volume aumentará na medida em que as centrais 
nucleares antigas sejam desativadas e desmanteladas. 
 NOx: Óxidos de nitrogênio. São produtos da combustão a temperaturas maiores 
do que 800°C. Portanto, são muito típicos em motores de combustão interna 
(gasolina e diesel), bem como em turbinas a gás. Ainda que o Ozônio seja 
benigno a 60 Km de altitude, é maligno ao nível do solo. Principalmente porque 
é um forte oxidante, com efeitos nocivos sobre a pele, mucosas e órgãos, além 
de pinturas, revestimentos e outros materiais inorgânicos. 
 Resíduos químicos: são abundantes e variados. Estão presentes na 
contaminação por mercúrio e cádmio, resíduos de determinados processos, nos 
restos da indústria petroquímica e, inclusive, na enorme variedade de 
contaminação de lençóis freáticos por pesticidas, fertilizantes e outros. 
Os impactos ambientais produzidos são de todas as índoles, podendo possuir um alcance local ou 
global, ou ter efeitos de curto e longo prazo. 
 
 
Energia e mudança climática 19 
 
Assim, por exemplo, as emissões de partículas procedentes das centrais de geração têm um alcance 
local, enquanto que suas emissões de CO2 possuem um alcance global. Os impactos dos resíduos da 
refinarias costumam ter um alcance de curto prazo, enquanto que o problema dos resíduos 
radioativos é de longo prazo. 
Os impactos ambientais mais importantes das atividades energéticas são: 
 As centrais térmicas são responsáveis por 90% das emissões de contaminantes 
atmosféricos (SO2 e NOx) procedentes das grandes instalações de combustão, 
sendo os principais causadores das chuvas ácidas. A responsabilidade restante,10%, é do setor de refinaria. 
 As centrais nucleares são responsáveis por 95% dos resíduos radioativos de 
média e alta atividade. 
 Os produtos petrolíferos utilizados no transporte e na indústria são responsáveis 
por 60% das emissões de CO2 de nosso país, gás considerado como o principal 
responsável pelo efeito estufa. 
Por outro lado, nos últimos anos começou um processo de liberalização dos diferentes setores 
energéticos, que tradicionalmente desenvolveram sua atividade em estruturas verticalmente 
integradas e em regime de monopólio. 
Existe o convencimento geral de que no mercado se alcança maior eficiência como resultado da 
melhor alocação de recursos. Neste sentido, os novos regulamentos promovem mercados tanto 
organizados (como o mercado de produção de eletricidade, os mercados de futuros de petróleo 
bruto, ou de produtos petrolíferos), quanto livres (como os mercados de comercio de eletricidade 
ou de gasolina). 
 
Os preços da eletricidade, do gás natural ou dos produtos petrolíferos não abrangem atualmente 
o custo total dos impactos ambientais a eles associados. Os preços, portanto, não informam o 
verdadeiro custo social das atividades energéticas, de modo que podem ocorrer alocações 
ineficientes de recursos, já que o custo ambiental não tem repercussões sobre os agentes 
contaminantes, mas sobre o conjunto da sociedade. 
 
Para conseguir essa alocação eficiente é preciso internalizar os custos ambientais do preço da 
energia. Desta forma, os mercados energéticos destinarão de maneira mais eficiente os recursos e o 
desenvolvimento será sustentável. 
Infelizmente, esta tarefa esbarra em duas sérias dificuldades, a existência de incertezas na 
quantificação dos custos ambientais e a escassa experiência na aplicação de mecanismos 
reguladores de internalização. Assim, o objetivo da internalização deve ser tomado como uma 
referência conceitual, mas deve ser realizado com cautela e gradualismo. 
 
 
Energia e mudança climática 20 
 
 
6.2. Internalização de custos ambientais 
Nos ambientes liberalizados costuma-se introduzir mecanismos de tipo indireto, a fim de evitar 
restrições diretas ao mercado. Por meio destes mecanismos, pretende-se internalizar os custos 
ambientais ao nível de demanda da sociedade, sem interferir diretamente no funcionamento dos 
mercados energéticos. 
Em outras ocasiões, a sociedade não admite determinados impactos, e o poder político proíbe 
“diretamente” o desenvolvimento da atividade ou fabricação do produto, impondo determinadas 
qualidades mínimas aos combustíveis, como ocorre, por exemplo, no caso da tradicional gasolina 
super (com chumbo), cuja comercialização foi proibida nos países da União Européia a partir de 
2002. 
Os instrumentos mais importantes de internalização dos custos ambientais utilizados de maneira 
cada vez mais assídua nos setores energéticos liberalizados são os seguintes: 
 Instrumentos de tipo fiscal, como tributos, impostos e taxas ambientais, 
associados à atividade de transformação potencialmente contaminante, às 
emissões de contaminantes ou ao uso e consumo de energia. Estes 
instrumentos são contemplados como deduções, abatimentos e subvenções às 
atividades menos contaminantes. 
 Instrumentos de tipo econômico, como os incentivos econômicos que 
pretendem fomentar a transformação tecnológica, favorecendo às atividades 
com menor impacto ambiental relativo, como são os prêmios para as energias 
renováveis, a cogeração ou os programas de gestão da demanda. 
 Instrumentos de mercado, como o comércio de direitos de emissão (SO2 ou 
CO2), os leilões de capacidade de energia renovável ou os certificados verdes. 
Outros instrumentos são o fomento da informação ao consumidor (por exemplo, informação sobre a 
mistura de geração de eletricidade e as emissões associadas), a formalização de acordos voluntários 
entre empresas e administrações, ou o marketing verde (green pricing). 
 
 
 
 
 
Energia e mudança climática 21 
 
6.3. Setor elétrico na América Latina. Aspectos fundamentais relacionados 
com a mudança climática 
A capacidade instalada de geração elétrica na Região, em 2010, foi de 307.131 MW, dos quais 
aproximadamente a metade (49,8%) corresponde a centrais hidroelétricas, 47% a térmicas, 0,5% a 
geotérmicas, 1,4% a nucleares e 1,14% a outras tecnologias dentre as quais se encontram eólicas e 
fotovoltaicas. 
 
Ilustração 9. Fonte: OLADE – SIEE: Datos al 2010 
Emissões contaminantes. 
Os limites de emissões de SO2 e NOx, aos quais as grandes instalações de combustão (GIC) estão 
sujeitas, encontram-se regulados nas distintas normativas de cada um dos países. 
Resíduos radioativos 
Outro impacto ambiental de grande repercussão social é o armazenamento dos resíduos 
procedentes de centrais nucleares. 
A América Latina, ainda que em menor escala do que a Europa, também enfrenta a problemática de 
encontrar depósitos definitivos para seus resíduos atômicos. Atualmente existem centrais nucleares 
funcionando na Argentina, Brasil, México, Colômbia e Chile. 
 
 
Energia e mudança climática 22 
 
A Argentina foi precursora desta tecnologia, pois neste país se instalou a primeira central atômica do 
continente. Hoje conta com duas plantas nucleares em funcionamento e uma terceira em 
construção. 
No Brasil, 3,1% do fornecimento total de eletricidade é gerado pela energia atômica. Os brasileiros 
possuem atualmente duas usinas nucleares e uma em construção. 
A Central Nuclear Laguna Verde, localizada em Punta Limón, Veracruz, é a única central nuclear 
mexicana e gera 4% do fornecimento elétrico total do país. 
Demanda de energia 
Nos países que liberalizaram sua indústria elétrica, continua-se fomentando programas e 
mecanismos de gestão da demanda que adotam diversos modelos, variando da promoção da 
informação ao consumidor à concessão de um incentivo ou crédito para a aquisição de 
equipamentos eficientes, com o objetivo de conseguir uma economia energética. As vezes são 
utilizados mecanismos de mercado para alocar os incentivos. 
Redes de transporte e distribuição 
As distintas normativas do setor elétrico estabelecem que as solicitações de autorizações para 
instalações de transporte de energia elétrica deverão comprovar, dentre outros requisitos, o 
adequado cumprimento das condições de proteção do meio ambiente. Exige-se também o 
cumprimento de disposições relativas ao meio ambiente com relação a instalações de distribuição. 
Submeter as atividades de construção ao processo de avaliação de impacto ambiental demanda a 
elaboração de uma Declaração de Impacto Ambiental, que identifica os possíveis impactos que a 
atividade pode causar nos distintos meios (físico, biológico e socioeconômico), estabelecendo um 
critério de importância. 
Setor do gás 
Ainda que também seja utilizado como matéria prima na indústria química, o principal uso do gás 
natural é como combustível. Dos combustíveis fósseis, o gás natural é o mais limpo, pois foram 
desenvolvidos para sua utilização final equipamentos e novas tecnologias com rendimentos 
elevados. 
Sua combustão, como a dos demais combustíveis fósseis, produz principalmente CO2 e vapor de 
água. O motivo de ser qualificado como “mais limpo” se deve a sua composição química. A 
proporção de hidrogênio/carbono é maior do que nos outros combustíveis. 
Isto resulta em emissões de CO2, produto da combustão, de 25-30% mais baixas em comparação 
com o petróleo, e 40-50% menores do que o carvão, por unidade de energia produzida. 
Considerando a alta eficiência dos processos de combustão do gás natural e as avançadas 
tecnologias de recuperação de calor dos mesmos, as proporções de contaminação emitidas são 
ainda menores. 
 
 
Energia e mudança climática 23 
 
Com relação ao óxido de nitrogênio (NOx) e ao dióxido de enxofre (SO2),que originam a chuva 
ácida, o gás natural contém pouco enxofre, de modo que suas emissões de SO2 são insignificantes 
quando comparadas com as quantidades emitidas pelo petróleo ou o carvão. Do mesmo modo, as 
emissões de NOx são pequenas, principalmente devido à utilização de queimadores de baixo NOx. 
Durante a etapa de extração do gás, os impactos no meio ambiente produzidos são restritos, 
resumindo-se na modificação da paisagem, na produção de ruídos e na geração de restos vegetais e 
inertes, derivados do processo. 
Para seu consumo, o gás natural não demanda complicados processos de transformação, mas utiliza 
praticamente o mesmo estado de extração. 
Quando o transporte é realizado em forma de GNL, através de tanques de gás, o gás sofre um 
processo de liquefação e posterior re-gaseificação. A principal repercussão ambiental é um aumento 
do consumo de energia utilizado na liquefação e re-gaseificação. 
A re-gaseificação consiste e uma mudança na fase líquido-gás, na qual se utilizam permutadores de 
calor com água do mar, e que em si mesma não produz resíduo, nem emissões, de modo que estas 
plantas apresentam um impacto ambiental reduzido. 
O transporte e distribuição de gás através de gasodutos tem um impacto ambiental praticamente 
nulo durante a fase de operação, já que estão no subsolo e, portanto, não afetam o meio. 
O impacto ambiental mais importante ocorre durante a construção de redes de gasodutos, fase que 
é cuidadosamente planejada para proteger o patrimônio arqueológico e a paisagem característica 
das áreas em que está presente, de modo que, finalmente, a única evidência de sua existência são as 
indicações de onde está enterrado. Dentre as medidas de atuação para a redução de impactos se 
encontram a proteção das áreas de alto valor ecológico na escolha do traçado, a preservação da 
fauna autóctone através da seleção mais apropriada do ano, a redução da largura da pista de 
trabalho, a proteção dos leitos hídricos e a restauração do meio após a finalização das obras. 
O armazenamento de gás natural é normalmente subterrâneo e para tanto se opta com frequência 
por formações geológicas naturais com características semelhantes a das jazidas, não afetando, 
assim, o ecossistema. 
Os mercados de gás natural mais avançados são os da Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile e México 
Setor do petróleo 
Dentre os países com maiores concentrações de hidrocarbonetos ressalta-se a Venezuela, tanto em 
reservas de petróleo, quanto de gás. Logo está o Brasil, que após a recente descoberta de uma 
grande jazida nas profundezas do mar, poderia ter a segunda maior reserva de petróleo da região. 
Os países que aparecem na segunda linha, com relação à riqueza de petróleo e gás, são o Equador, 
Peru e Trinidad & Tobago. Por último, a Bolívia é o território com as segundas maiores reservas de 
gás natural. 
 
 
Energia e mudança climática 24 
 
A atividade petroleira é uma das indústrias que mais impactos ambientais gera no âmbito local e 
global. As distintas fases da exploração petroleira geram destruição da biodiversidade e do meio 
ambiente de modo geral. 
Além do cumprimento da normativa internacional e nacional, as próprias companhias petroleiras 
apresentam iniciativas para a proteção do meio ambiente em resposta às próprias exigências do 
mercado, que pede cada vez mais qualidade nos produtos, com o máximo respeito às condições 
ambientais. 
Neste sentido, existe um avançado desenvolvimento de tecnologias para a redução de emissões de 
CO2, a fim de mitigar o efeito estufa, que produz um aquecimento da atmosfera. Por outro lado, 
começaram a ser implantadas nos postos de gasolina bombas cujo objetivo é recuperar os vapores 
liberados pelo combustível (gasolina ou diesel) quando se abastece, minimizando a emissão de gases 
à atmosfera. 
 
6.4. Comparação de impactos ambientais das diferentes tecnologias 
A análise e comparação das diferentes tecnologias energéticas não é simples e exige a realização de 
estudos socioeconômicos. A energia eólica ou a solar, em suas modalidades fotovoltaica e térmica, 
são excelentes do ponto de vista de seu impacto ambiental e com relação à disponibilidade ilimitada 
do recurso. A continuação analisaremos os sistemas que estão mais introduzidos no mercado 
elétrico. 
O estudo sobre impacto “Environmental impacts of the production of electricity” realizado, dentre 
outros, pelo IDAE e o CIEMAT em 2000, compara os impactos das diversas fontes de produção de 
energia elétrica, possibilitando sua comparação quantitativa. Também facilita a avaliação destes 
custos e sua internalização nos preços finais da eletricidade. 
O estudo avalia e compara oito sistemas de produção de eletricidade. 
 
Os sistemas convencionais: carvão, fuel, gás natural, energia nuclear, e as energias renováveis 
eólica, hidroelétrica (mini) e solar fotovoltaica. 
 
 
 
Energia e mudança climática 25 
 
 
 
 
Para a realização do estudos foram consideradas diferentes fases ou ciclos do sistema de geração 
de eletricidade: 
A avaliação do ciclo de vida dos sistemas de geração de eletricidade sob estudo considera as 
entradas, energia e matérias primas, e saídas, resíduos e emissões. A unidade de medida usada para 
medir o impacto ambiental dos sistemas de geração de eletricidade é o Ecoponto. O estudo 
proporciona a cada tecnologia estudada um valor total de ecopontos por Terajoule eletricidade 
produzida (o TJ tem cerca de 278 MWh). O ecoponto é uma unidade de penalização ambiental, 
quanto maior é seu valor, maior será o impacto ambiental do sistema estudado. 
Os sistemas de geração elétrica se classificam em três categorias, em função de seu impacto 
ambiental: 
 Categoria 1. Os sistemas de geração de eletricidade baseados no carvão e fuel 
superam os 1000 ecopontos. 
 Categoria 2. Os sistemas baseados no gás natural e na energia nuclear possuem 
entre 100 e 1000 ecopontos. A tecnologia solar fotovoltaica também obtém cerca de 
500 pontos, no entanto, estes valores devem ser analisados com cautela, 
considerando que se encontra em desenvolvimento e que uma grande quantidade 
de eletricidade necessária para obter as células PV é produzida por outros recursos e 
penaliza seus resultados. 
 Categoria 3. Os sistemas de energias renováveis de maior implantação, eólico e 
hidroelétrico, encontram-se abaixo dos 100 pontos. 
Os impactos ambientais analisados incluem: 
 Aquecimento global, Redução da camada de ozônio 
 Acidificação, Eutrofização, 
 Poluição de metais pesados Smog, 
 Substâncias cancerígenas, 
 Geração de resíduos industriais 
 
Não considera o impacto visual, o ruído, a biodiversidade, riscos e 
saúde laboral, desmantelamento e ocupação de solos 
 
 
Energia e mudança climática 26 
 
 
Tabela 2. Fonte: Gás Natural 
 
 
Energia e mudança climática 27 
 
 
7. Mitigação da mudança climática 
 
Os tratados internacionais e as políticas nacionais procuram enriquecer os esforços globais para 
mitigar as alterações climáticas e se adaptar . 
Significa mitigar intervenção antrópica para reduzir as fontes ou aumentar a captura ou seqüestro 
de gases de efeito estufa (GEE) . Trata-se de opções físicas, químicas e biológicas, etc ... 
 Opções de mitigação são multi- dimensional : 
 Ela está relacionada com a redução das emissões ou aumentar as suas capturas ; 
 Pode ser implementado tanto na oferta e consumo de energia; 
 Eles são aplicáveis tanto a combustão de combustível e emissões ; 
 É possível, em todas as categorias ou reconhecidos como emissores (energia, processos 
industriais, Mudando de Uso da Terra e Florestas , agricultura , aterros , etc.) Setores . 
Abaixo são apresentadas em opções de mitigação de mesa com uma breve descrição deles . 
 
 
Energia e mudança climática 28 
 
 
Tabela 3.Elaborada por OECC com base em diversas fontes. 
 
 
 
Energia e mudança climática 29 
 
“ A velocidade é importante quando nos equivocamos de direção” Mahatma Gandhi 
 
As estratégias definidas para conseguir mitigar a mudança climática serão determinantes para os 
resultados finais. Quanto mais tempo deixemos passar, maior será a concentração de gases de efeito 
estufa na atmosfera, mais difícil será a estabilização abaixo da meta de 450ppm de CO2 e maior será 
a probabilidade de que o aquecimento global se converta em realidade no século XXI. Este capítulo 
examina as estratégias necessárias para conseguir uma rápida transição a um futuro com baixas 
emissões de dióxido de carbono. Existem alguns princípios básico para atingi-lo: 
 O primeiro fixar um preço para as emissões de gases de efeito estufa. Os 
instrumentos de mercado tem um papel vital na criação de incentivos que enviem 
um sinal às empresas e aos consumidores de que a redução de emissões tem um 
valor e que a capacidade da Terra para absorver CO2 é restrita. As duas alternativas 
amplas existentes para fixar o preço das emissões são os impostos e os sistemas de 
emissões de carbono negociáveis, com fixação de limites máximos. 
 O segundo princípio básico da mitigação é a mudança de comportamento no sentido 
mais amplo. A mitigação somente pode ser conseguida se os consumidores e os 
investidores suprem sua atual demanda energética através de fontes de energia 
com baixas emissões de carbono. Os incentivos de preços podem fomentar 
mudanças no comportamento, mas os preços isoladamente não poderão reduzir as 
emissões ao grau e ritmo necessário. Os governos exercem um papel fundamental 
ao incentivas as mudanças de comportamento para facilitar a transição a uma 
economia com baixas emissões de dióxido de carbono. Estabelecer normas, difundir 
informação, fomentar a pesquisa e o desenvolvimento e, caso seja necessário, 
restringir as opções que comprometem os esforços para abordar a mudança 
climática são peças chave no conjunto de ferramentas reguladoras. 
 A cooperação internacional representa o terceiro elemento do tripé da mitigação. 
Os países desenvolvidos deverão estar na vanguarda da luta contra a perigosa 
mudança climática, já que estes deverão realizar as reduções mais profundas e de 
maneira mais expedita. 
No entanto, qualquer regulação internacional que não defina metas para todos os países que mais 
emitem gases de efeito estufa estará destinado ao fracasso. 
Os países em desenvolvimento também deverão participar da transição a menores emissões de 
dióxido de carbono para evitar a mudança climática. A cooperação internacional pode ajudar a 
facilitar o processo de transição, garantindo que qualquer via escolhida para reduzir as emissões não 
comprometa o desenvolvimento humano e o crescimento econômico. 
Somente será possível mitigar a mudança climática se os investidores suprirem sua atual demanda 
energética através de fontes de energia com baixas emissões de carbono. 
Os custos financeiros e sociais mais amplos associados às emissões de carbono são elevados, mas 
incertos, e se distribuem entre países e gerações. 
 
 
Energia e mudança climática 30 
 
7.1. Tecnologias para reduzir as emissões de GEE no fornecimento de 
energia 
Dentre os métodos promissores para reduzir as emissões no futuro, figuram a conversão mais 
eficiente de combustíveis fósseis; a utilização de combustíveis fósseis com pouco carbono; a 
descarbonização de combustíveis e o armazenamento de CO2; a utilização de energia nuclear e de 
fontes de energia renováveis. 
Cada uma destas opções tem suas próprias características que determinam a rentabilidade, bem 
como a aceitação social e política. Tanto os custos quanto os efeitos para o meio ambiente devem 
ser avaliados sobre a base de análises de ciclos de vida completos. 
A tabela a seguir mostra exemplos selecionados de medidas e opções mostradas técnicas para 
mitigar as emissões de gases de efeito estufa na geração de eletricidade 
 
Tabela 4. Potencial técnico de redução das emissões de CO2 sobre a base dos cenários IS92 do IPCC para diferentes 
tecnologias de mitigação no ano 2020. 
 
 
Energia e mudança climática 31 
 
 
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