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Aula Caatinga

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Caatinga 
MSc. Cecília Gontijo Leal 
Localização no Brasil 
11% do território 
nacional (cerca 
de 735 mil km2) 
 
70% do nordeste 
 
9 estados: PI, CE, 
RN, PB, PE, AL, 
SE, BA e MG 
(Jequitinhonha) 
 
-> segue o rio SF 
 
 
 
 
Amazônia 
Pantanal 
Mata 
Atlântica 
Pampa 
Caatinga 
www.ibge.gov.br 
 Caatinga: 
 
Baraúna-do-sertão - Schinopsis Aroeira - Myracrodruon Barriguda - Cavanillesia 
Pereiro – Aspidosperma 
Ipê - Tabebuia Tupi-Guarani 
Floresta branca 
(aspecto da vegetação na 
estação seca) 
CARACTERÍSTICAS 
EXTREMAS 
Baixa taxa de 
umidade relativa 
Baixa 
nebulosidade 
Alta radiação 
solar 
Temperatura 
média anual alta 
Evapotranspiração 
potencial elevada 
Precipitação baixa e IRREGULAR 
(400-900 mm), limitada a um 
período curto do ano 
Clima do semi-árido quente 
Eventos 
catatróficos 
 “Polígono das Secas” do 
nordeste do Brasil 
“Contudo, é a ausência 
completa de chuvas em 
alguns anos que 
caracterizam a região” 
Nimer 1972 
Água → fator limitante 
Água Recurso de grande poder modelador da 
vegetação 
• Quantidade anual de chuvas 
 
• Distribuição temporal das chuvas 
 
• Evapotranspiração (umidade relativa, temperatura, ventos..) 
 
• Regime de água dos solos (topografia, prop. físicas do solo) 
 Drenagem (percolação/escoamento) 
 Capacidade de armazenamento 
 Saturação por água subterrânea ou fluvial 
Escassez de água 
Fator ecológico 
 Redução da altura da floresta; 
 
 Simplificação da estratificação florestal; 
 
 Aumento da deciduidade (caducidade) das árvores; 
 
 Aumento da esclerofilia foliar, incluindo espinhos; 
 
 Redução do tamanho de folhas, folíolos ou foliólulos; 
 
 Aumento da sincronia dos eventos fenológicos; 
 
 Redução de lianas e epífitas. 
Respostas da vegetação 
Flora 
 Bioma mais desvalorizado e mal 
conhecido botanicamente. 
 Caatinga: resultado da modificação de 
outra formação vegetal, 
 baixa diversidade de plantas, sem espécies 
endêmicas e altamente modificada pelas 
ações antrópicas. 
 
 
 Mesmo alterada: 
 grande variedade de tipos vegetacionais, 
 elevado número de espécies, 
 remanescentes de vegetação ainda bem 
preservada, 
 número expressivo de táxons raros e 
endêmicos. 
 
Escassa cobertura vegetal 
rasteira sobre o solo; 
Plantas lenhosas decíduas 
e esclerófilas, suculentas 
e ervas efêmeras. 932 espécies de plantas 
vasculares 
 
318 espécies endêmicas - 34% 
Fitofisionomias 
 Vegetação típica: depressões 
sertanejas 
 
 Formações arbóreas: manchas de 
solos mais ricos 
 
 Florestas úmidas (brejos de 
altitude): encontas e topos das 
chapadas e serras > 500m e 
1.200mm de chuva 
 
Mata seca, mata úmida, carrasco, 
formações abertas com 
predomínio de cactáceas… 
 
Solo 
Raso e pedregoso - 
arenoso e profundo 
 
Baixa fertilidade 
(chapada 
sedimentar da 
Ibiapaba) – alta 
fertilidade (Chapada 
cárstica do Apodi) 
Gêneros comuns 
Facheiro - Pilosocereus 
Pereiro - Aspidosperma 
Bromelia 
Cactus endêmicos 
Leocereus 
Tacinga 
Zehntnerella 
O número real de espécies na Caatinga 
deve ser ainda maior: 41% da região nunca foi 
investigada e 80% permanece subamostrada 
(Tabarelli & Vicente, 2004). 
Maior diversidade: maiores 
altitudes, principalmente 
em áreas rochosas 
Zona protegida durante oscilações climáticas do Pleistoceno 
Períodos úmidos: nordeste 
recoberto por diversos tipos 
de florestas (pereni e 
caduciólias) 
Isolamento 
plantas não 
arbóreas em 
áreas abertas, 
altas e com 
solos rasos 
Zona protegida durante oscilações climáticas do Pleistoceno 
Períodos secos: relevo 
acentuado + rochas expostas = 
captura de maior umidade 
(chuvas e neblina) 
Vertentes 
protegidas = 
refúgio para as 
espécies 
florestais 
Ex: florestas de brejo 
Fauna 
Mocó – espécie arborícola 
Kerodon rupestris 
Mamíferos 
148 espécies (Oliveira et al., 2003) 
10 espécies endêmicas - 7% 
Tatu-bola – recentemente 
redescoberto na caatinga 
Tolypeutes tricinctus 
Aves 
510 espécies (Silva et al., 2003) 
15 espécies endêmicas - 3% 
Ararinha-azul 
Cyanopsitta spixii 
& Tabebuia caraiba 
Arara-azul-de-lear 
Andorhynchus leari 
Licurizeiro 
Syagrus coronata 
Herpetofauna 
167 espécies (Rodrigues, 2003) 
 
47 lagartos 
52 cobras 
4 quelônios 
3 jacarés 
 
51 sapos 
10 cobras-cegas 
 
 
 
Endêmicos: 16 lagartos, 8 cobras, 4 cobras-cegas, 1 
sapo 
37 % dos lagartos e cobras-cegas, 16% das cobras da 
Caatinga em uma área que representa 0,8% do 
bioma. 
Região Biogeográfica 
Dunas do rio São Francisco 
São Lagoa 
São 
São Lagoa 
Oceano 
Atlântico 
Eurolophosaurus divaricatus Eurolophosaurus amathites 
Margem direita 
X 
Margem esquerda 
Calyptommatus Phimophis Amphisbaena 
Peixes 
240 espécies 
136 endêmicas - 57% 
 
Steindachnerina notonota 
Apareiodon davisi 
Moenkhausia 
lepidura 
Simpsonichthys fulminantis 
Serrasalmus 
brandtii 
Prochilodus brevis 
Regiões Aquáticas 
Características 
peculiares, como o 
regime intermitente e 
sazonal de seus rios, 
reflexo direto das 
precipitações escassas e 
irregulares, associadas à 
alta taxa de evaporação 
hídrica. 
 
Invertebrados 
 Heterogeneidade 
ambiental 
+ 
Singularidade de certos 
ambientes 
= 
Fauna provavelmente rica 
 
Abelhas, cupins e formigas 
19 áreas indicadas 
 
12 “insuficientemente conhecida” 
Conservação 
1985 a 1996: 135 milhões de dólares 
para projetos de biodiversidade 
em todo país -> 4% para a 
caatinga 
 
6,4% do bioma – 47 UC’s 
 11 UC’s (1%) de proteção integral 
 
Aprox 15% da população do BR 
Agricultura de corte 
e queima 
Caça 
Retirada de 
madeira para 
lenha 
Remoção de 
vegetação para 
criação 
Conservação 
1985 a 1996: 135 milhões de dólares 
para projetos de biodiversidade 
em todo país -> 4% para a 
caatinga 
 
6,4% do bioma – 47 UC’s 
 11 UC’s (1%) de proteção integral 
 
Aprox 15% da população do BR 
Perda de 2,01% de 
cobertura vegetal 
2002-2008 
Atividade agrícola na 
Caatinga (áreas em 
preto). 
 
IBGE, 1993 
30,4% impactada 
 
3o bioma mais 
degradado 
 
243 fragmentos 
 
14 > 10.000km2 
51,7% impactada 
 
2o bioma 
 
172 fragmentos 
 
9 > 10.000 km2 
Atividade agrícola 
+ Zona de efeito 
de estradas 
Desertificação 
“Degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e 
subúmidas, resultante de diferentes fatores, entre eles as 
variações climáticas e atividades humanas” 
Já atinge 
15% da área 
da caatinga 
 
1 milhão 
km2 - áreas 
suscetíveis 
Localização 
geográfica das 
áreas 
suscetíveis à 
desertificação 
 
Locais propícios: 
 - escassez de chuva (250 a 800 
mm/ano), concentração em certos 
períodos do ano 
 - áreas suscetíveis à erosão 
 
1 bilhão da população mundial 
 - 37% da superfície do planeta 
 - Concentração da pobreza 
 
Manejo inadequado da terra: 
 - queimadas, 
 - irrigação mal conduzida, 
 - desmatamento, 
 - pastoreio excessivo, etc 
Perda de nutrientes e 
redução da capacidade 
produtiva das terras 
Locais propícios: 
 - escassez de chuva (250 a 800 
mm/ano), concentração em certos 
períodos do ano 
 - áreas suscetíveis à erosão 
 
1 bilhão da população mundial 
 - 37% da superfície do planeta 
 - Concentraçãoda pobreza 
 
Manejo inadequado da terra: 
 - queimadas, 
 - irrigação mal conduzida, 
 - desmatamento, 
 - pastoreio excessivo, etc 
Organização das Nações Unidas: 
discussão e busca por soluções 
desde a década de 70 
ONU – 2010 
 
“Década para 
os Desertos e a 
Luta contra a 
Desertificação” 
 
Degradação 
ambiental 
Incompatibilidade: 
atividades econômicas 
& condições 
ambientais 
Alta densidade 
demográfica Má distribuição de 
renda 
Pobreza: principal 
desafio da caatinga 
Obrigada!

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