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Água Subterrânea

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Água Subterrânea
 Augusto Victor
Breno Jones
Diego Lima
Diogo Fillipi
Gustavo Valença
Natanielton Santos
Rodrigo Barcelos 
						
Recife -PE
Maio de 2013.
Augusto Victor
Breno Jones
Diego Lima
Diogo Fillipi
Gustavo Valença
Natanielton Santos
Rodrigo Barcelos 
Água Subterrânea
Trabalho acadêmico solicitado pela professora Drª Kalinny Lafayette como requisito parcial do primeiro exercício escolar na disciplina Fundamentos de 
Geologia							 		
								
Recife –PE
Maio de 2013. 
SUMÁRIO
1. Introdução – página 5
2. – Movimento de água no sistema Terra - página 6
	2.1. Origem da água – página 6
	2.2. Ciclo Hidrológico – página 7
	2.3. Formação e consumo de água no ciclo hidrológico – página 9
	2.4. Balanço hídrico e Bacias hidrográficas – página 9 
3. – Infiltração - página 11
	3.1. Fatores que influenciam na infiltração – página 11
	3.2. Material de cobertura do solo e permeabilidade – página 11
	3.3. Cobertura Vegetal – página 12
	3.4. Topografia – página 13
	3.5. Precipitação – página 13 
	3.6. Ocupação do solo – página 13 
4. Definições e conceitos fundamentais das estruturas que compõem o solo – página 14
	4.1. Principais propriedades dos constituintes do subsolo – página 14
	4.1.1. Vazios – página 14
	4.1.2. Porosidade – página 15
	4.3.1. Permeabilidade – página 15
	4.2. Zonas do subsolo – página 16
	4.3. Zonas de aeração – página 16
 	4.4. Zonas saturadas – página 17
	4.5. Nível freático – página 18
5. Aquíferos, Aquitardes e Aquicludes – página 19
	5.1. Aquíferos – página 19
	5.1.2. Aquitarde – página 19
	5.1.3. Aquiclude – página 20
	5.1.4. Aquifugos – página 20
	5.2. Aquíferos e tipos de porosidade – página 20
	5.2.1. Aquíferos Livres – página 21
	5.2.2. Aquíferos suspensos – página 21
	5.2.3. Aquíferos confinados – página 22
	5.2.4. Aquífero de fratura – página 22
	5.2.5. Aquíferos porosos – página 23
	5.2.6. Aquíferos cársticos – página 23
	5.2.7. Aquífero intergranular – página 23
	5.3. Artesianismo – página 24 
6. Aquíferos no território brasileiro. – página 24
	6.1. Aquífero Guarani – página 24
	6.2. Alter do Chão – página 25
7. Capitação da água subterrânea – página 26
	7.1. Poços – página 27
	7.1.1. Poços rasos – página 27
	7.1.2. Poços profundos – página 31
	7.2. Funcionamento dos poços – página 33
	7.3. Fontes – página 
	7.3.1. Tipos de fontes – página 34
	7.3.1.1. Fontes de encosta – página 34
	7.3.1.2. Fonte de camada – página 35
	7.3.1.3. Fonte de fratura – página 35
	7.3.1.4. Fonte de falha – página 36
8. Ação geológica da água subterrânea – página 36
	8.1. Deslizamento de encosta – página 37
	8.2. Processo de formação – página 38
	8.3. Métodos de preservação – página 42
	8.4. Voçorocas – página 44
	8.5. Processo de formação e preservação das voçorocas – página 44
9. Carste e Cavernas: paisagens subterrâneas – página 45
	9.1. Carste – página 45
	9.2. Rochas carstificáveis – página 46
	9.3. Requesitos para o desenvolvimento de sistemas cársticos – página 47
	9.4. Cavernas e condutos – página 47
	9.5. Formas do relevo cárstico – página 47
	9.6. Carste no Brasil – página 48
10. Conclusão – página 49
11. Referências – página 50 - 51
Anexo – página 52
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Distribuição da água nos principais reservatórios naturais
Figura 2 – Ciclo Hidrológico 
Figura 3 – Elementos de uma bacia hidrográfica e obtenção do hidrograma
Figura 4 – Regra de manutenção
Figura 5 – Diferença de coberturas vegetais
Figura 6 – Escoamento superficial
Figura 7 – Volume de poros e tamanhos de partículas em sedimentos
Figura 8 – Distribuição de água no subsolo
Figura 9 – Nível freático e o relevo da superfície
Figura 10 – Aquíferos livres e suspensos
Figura 11 – Aquífero confinado, superfície potenciométrica e artesianismo
Figura 12 – Aquífero cárstico
Figura 13 – Aquífero Guarani e Alder do Chão e suas localizações exatas
Figura 14 – Esquema do poço escavado
Figura 15 – Esquema do poço cravado
Figura 16 – Esquema da galeria filtrante
Figura 17 - Poço artesiano e semi-artesiano
Figura 18 - Esquema de poços tubulares com revestimento parcial e total 
Figura 19.1 e 19.2 - Aquífero com boa permeabilidade e com baixa permeabilidade
Figura 20 - Fonte de encosta
Figura 21 - Fonte de camada
Figura 22 - Fonte de fratura
Figura 23 - Fonte de falha
Figura 24 - Escorregamento de encosta, Boçorocas, Relevo carstico e Cavernas
Figura 25 - Fatores que contribuem para movimentação de massa em uma encosta
Figura 26 - Esquematização do rastejo
Figura 27 - Escorregamento planares
Figura 28 - Escorregamentos Circulares
Figura 29 - Escorregamento em cunha
Figura 30 - Metodos de prevenção
Figura 31 - Esquematização da Boçoroca (Voçoroca)
Figura 32 - Relevo carste
Figura 33 - Esquematização do sistema cárstico
1. INTRODUÇÃO.
	
	A água é a substância mais abundante na superfície do planeta, participando dos processos modeladores, tanto na dissolução de materiais terrestre quanto do transporte de partículas. É o melhor e mais comum solvente disponível na natureza e seu papel no intemperismo químico é evidenciado pela hidrólise.
	Nos rios, a água é responsável pelo transporte de partículas, desde em solução iônica até cascalho e blocos, representando o meio mais eficiente de erosão da superfície terrestre. Na forma de gelo (geleiras), acumula-se em grandes volumes arrastando blocos rochosos e esculpindo a paisagem.
	Além do mais a água pode ser encontrada em estado sólido, líquido ou gasoso; na atmosfera, na superfície da Terra, no subsolo ou nas grandes massas constituídas pelos oceanos, mares e lagos. Em sua movimentação constante, configura o que se convencionou chamar de ciclo hidrológico; muda de estado ou de posição com relação à Terra, seguindo as linhas principais desse ciclo (precipitação, escoamento superficial ou subterrâneo, evaporação), mantendo no decorrer do tempo uma distribuição equilibrada, do que é uma boa evidência a constância do nível médio dos mares.
	Embora a água seja abundante na Terra (cerca de 71% da superfície do planeta), apenas 0,63% do volume total das águas é doce e em estado líquido (ASSIS, 2000), a parte restante é constituída de água salgada, sendo imprópria para o uso humano. 
	Portanto, neste trabalho iremos discorrer sobre como ocorre à formação das águas no planeta (ciclo hidrológico) e assim a consequente formação dos reservatórios subterrâneos desse recurso mineral; propriedades da água; conceitos de aquíferos, aquicludes e aquitardes; captação das águas subterrâneas; captação da água e sobre a ação geológica das águas subterrâneas que compreende os movimentos de massa, formação de voçorocas e cavernas. 
2. MOVIMENTO DE ÁGUA NO SISTEMA TERRA - CICLO HIDROLÓGICO.
	A água é um recurso mineral que sem o mesmo, os seres vivos não teriam capacidade de viver na Terra. Encontrada nos mares, oceanos, lagos, rios e geleiras, ela pode ser encontrada também em formas de reservas subterrâneas e no ar como vapor de água. Todo esse “reservatório” de água compõe a chamada hidrosfera encontrada cerca 10 km de profundidade na crosta terrestre. As constantes trocas entre esses reservatórios de água formam o ciclo hidrológico, movimentado pela energia solar, e representa o processo mais importante da dinâmica externa da Terra. 
2.1 Origem da Água.
	A origem da água está vinculada com a formação da atmosfera, ou seja, a degaseificação do planeta. Fenômeno esse caracterizado pela liberação de gases por um sólido ou um líquido quando este é aquecido ou resfriado. Esses processos aconteciam da seguinte forma: há milhões de anos atrás, na origem da Terra, centenas de vulcões existiam na superfície terrestre. As lavas produzidas por eles, depois de certo tempo, resfriavam e se tornavam rochas. 
	Nesse resfriamento, vários gases eram liberados na atmosfera,mas dois eram principais: CO2 e vapor de água. Sendo assim esses processos de aquecimento da superfície e posterior resfriamento causado pelas erupções vulcânicas eram praticamente ininterruptos, muito vapor de água começou a ser produzido por degaseificação. Quando esses vapores chegavam a determinadas alturas mais frias, eles condensavam e se materializavam em forma de chuva. Portanto, as águas foram se depositando nas partes mais baixas, originando os primeiros oceanos.
	A água doce disponível na terra correspondente à água subterrânea está esquematizada na figura 1.
Figura 1- Distribuição da água nos principais reservatórios naturais.
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 115.
2.2 Ciclo Hidrológico.
	Pode-se considerar que toda a água utilizável pelo homem provenha da atmosfera, ainda que este conceito tenha apenas o mérito de definir um ponto inicial de um ciclo que, na realidade, é fechado. A água pode ser encontrada na atmosfera sob a forma de vapor ou de partículas líquidas, ou como gelo ou neve.
	Quando as gotículas de água, formadas por condensação, atingem determinada dimensão, precipitam-se em forma de chuva. Se na sua queda atravessam zonas de temperatura abaixo de zero, pode haver formação de partículas de gelo, dando origem ao granizo. No caso de a condensação ocorrer sob temperaturas abaixo do ponto de congelamento, haverá a formação de neve.
 	Quando a condensação se verifica diretamente sobre uma superfície sólida, ocorrem os fenômenos de orvalho ou geada, conforme se dê a condensação em temperaturas superiores ou inferiores a zero grau centigrado. Parte da precipitação não atinge o solo, seja devido à evaporação durante a própria queda, seja porque fica retida pela vegetação. A essa última perda (com relação ao volume que atinge o solo) dá-se a denominação de intercepção. Do volume que atinge o solo, parte nele se infiltra, parte se escoa sobre a superfície e parte se evapora, quer diretamente, quer através das plantas, no fenômeno transpiração.
	A infiltração é o processo de penetração da água no solo. Quando a intensidade da precipitação excede a capacidade de infiltração do solo, a água se escoa superficialmente. Inicialmente são preenchidas as depressões do terreno e em seguida inicia-se o escoamento propriamente dito, procurando, naturalmente, a água os canais naturais, que vão se concentrando nos vales principais, formando os cursos dos rios, para finalmente dirigirem-se aos grandes volumes de água constituídos pelos mares, lagos e oceanos. Nesse processo pode ocorrer infiltração ou evaporação, conforme as características do terreno e da umidade ambiente da zona atravessada. A água retida nas depressões ou como umidade superficial do solo pode ainda evaporar-se ou infiltrar-se.
	A água em estado líquido, pela energia recebida do Sol ou de outras fontes, pode retornar ao estado gasoso, fenômeno que se denomina de evaporação. É através da evaporação que se mantém o equilíbrio do ciclo hidrológico.
	Para viver, as plantas retiram umidade do solo, utilizam-na em seu crescimento e a eliminam na atmosfera sob a forma de vapor. A esse processo dá-se o nome de transpiração. Em muitos estudos, a evaporação do solo e das plantas são consideradas em conjunto sob a denominação de evapotranspiração.
	A água que se infiltra no solo movimenta-se através dos vazios existentes, por percolação, e eventualmente, atinge uma zona totalmente saturada, formando o lençol subterrâneo. A figura 2 descreve o ciclo hidrológico.
Figura 2- Ciclo Hidrológico
Disponível em: < http://www.mma.gov.b/agua/recursos-hidricos/aguas-subterraneas/ciclo-hidrologico>. Acessado em 27 de maio 2013.
2.3 Formação e consumo de água no ciclo hidrológico.
	O ciclo hidrológico pode ser comparado a uma grande máquina de reciclagem da água, na qual operam processos tanto de transferência entre os reservatórios como de transformação entre os estados gasoso, líquido e sólido. Processos de consumo e formação de água interferem neste ciclo, em relativo equilíbrio através do tempo geológico, mantendo o volume geral de água constante no Sistema Terra. Há, portanto, um balanço entre a geração de água juvenil e consumo de água por dissociação e sua incorporação em rochas sedimentares. 
	No ciclo “rápido” a água é consumida nas reações fotoquímicas (fotossíntese) onde é principalmente retirada na produção de biomassa vegetal (celulose e açúcar). Com a reação contrária a fotossíntese, a respiração, esta água retorna ao ciclo. Já no ciclo “lento” o consumo da água intemperismo químico através das reações de hidrólise e na formação de rochas sedimentares e metamórficas com a formação de minerais hidratados. A produção de água juvenil pela atividade vulcânica representa o retorno desta água ao ciclo. 
2.4 Balanço Hídrico e bacias hidrográficas.
	O ciclo hidrológico tem uma aplicação prática no estudo de recursos hídricos que visa avaliar e monitorar a quantidade de água disponível na Terra. A unidade geográfica responsável para esses estudos é a bacia hidrográfica, que é definida como uma área de captação da água de precipitação, demarcada por divisores topográficos, onde toda água converge para um único ponto de saída, o exutório (esquematizado na figura 3). Portanto a bacia hidrológica é um sistema físico onde podemos quantificar o ciclo da água. A analise quantitativa é feita pelo balanço hídrico. 
Figura 3 – Elementos de uma bacia hidrográfica e obtenção do hidrograma. O fluxo basal representa a água do rio proveniente da água subterrânea.
 Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 117.
3. INFILTRAÇÃO.
	
	Infiltração é o fenômeno de penetração da água nas camadas de solo próximas à superfície do terreno, movendo-se para baixo, através dos vazios, sob a ação da gravidade, até atingir uma camada-suporte, que a retém, formando então a água do solo.
3.1 Fatores que influenciam na infiltração de água no solo. 
Material de cobertura do solo e permeabilidade; 
Cobertura Vegetal;
Topografia;
Precipitação. 
Ocupação do solo.
3.2 Material de cobertura do solo e permeabilidade.
	A presença de matérias, porosos e permeáveis, como solos e sedimentos arenosos, favorece o processo de infiltração. Rochas exposta muito fraturadas ou porosas também permitem a infiltração superficial da água. Por outro lado, materiais argilosos e rochas cristalinas pouco fraturadas (corpos ígneos plutônicos e rochas metamórficas, como granito, gnaisse), são desfavoráveis à infiltração. Espessas coberturas de solo (ou materiais inconsolidados) exercem um importante papel no controle da infiltração, retendo temporariamente, e liberando gradativamente a água para rochas subjacentes.
	O volume de água transmitida pelo o solo depende de uma característica muito importante, capacidade de campo, que corresponde à quantidade de água que é absorvida pelo solo, antes de atingir a saturação, e que não sofre movimento para níveis inferiores. Esse fator influencia diretamente na infiltração, pois representa um volume de água que está no solo, mas não é absorvida, logo não contribui para a recarga da água subterrânea, sendo aproveitado inteiramente pela vegetação.
	A figura 4 mostra a capacidade do campo do solo, que absorve um volume de água até atingir sua saturação, chamada regra de manutenção, e o resto da água é absorvido pela vegetação.
Figura 4 – Regra de manutenção
Disponivel em: < http://globalrelva.org> Acesso em 27 de maio 2013.
3.3 Cobertura Vegetal
	Em áreas vegetadas (figura 5), a infiltração é facilitada pelas raízes das plantas, que abrem caminho para a água descendente no solo. A cobertura vegetal também exerce função de retardamento de parte da água que atinge o solo, pois a cobertura intercepta uma boa parte da água, e o excesso é lentamente liberado para a superfície do solo por gotejamento. Por outro lado, nos ambientes densamente florestados, cerca de 1/3 da água interceptada sofre evaporação antes de atingir o solo. 
Figura 5 – Diferença de coberturas vegetais.
Disponivel em: < http://www.tvcanal13.com/noticias/estudo-calcula-que-78-especies-podem-sumir-22639.html>Acesso em 27 de maio 2013.
3.4 Topografia.
	De modo geral, declives acentuados aumentam o escoamento superficial, diminuído a infiltração, logo, para obter-se uma maior taxa de infiltração, superfícies suavemente onduladas diminuem a taxa de escoamento superficial, permitindo assim uma maior infiltração. A figura 6 ilustra o escoamento superficial.
Figura 6 – Escoamento superficial
 
Disponível em: < http://sites.marista.edu.br> Acesso em 27 de Maio 2013.
Processo de escoamento superficial, diminuindo a infiltração e causando erosão da encosta.
3.5 Precipitação 
	O modo como à precipitação é distribuída ao longo do ano é um fator decisivo no volume de recarga da água subterrânea, independente do tipo de terreno.
	Chuvas regularmente distribuídas ao longo do tempo promovem uma maior infiltração, assim, a velocidade de infiltração segue o volume de chuva. Diferente de chuvas torrenciais, que favorecem o escoamento superficial direto, visto que, a taxa de infiltração é muito menor ao grande volume de chuva, em um curto intervalo de tempo.
3.6 Ocupação do Solo
	O avanço da urbanização e a devastação da vegetação tem uma significante influencia na quantidade de água infiltrada em adensamentos populacionais e zonas de intenso uso agropecuário. 
	Nas áreas urbanas, as construções e a pavimentação impedem a infiltração, causando problemas à cidade, devido ao aumento do escoamento superficial e redução de recarga de água subterrânea. Nas áreas rurais, devido ao desmatamento em geral, pela exposição de vertentes através de plantações sem terraceamento, e pela compactação dos solos causada pelo pisoteamento de animais, como em áreas de criação de gado, a infiltração é bruscamente reduzida. 
4. DEFINIÇÕES E CONCEITOS FUNDAMENTAIS DAS ESTRUTURAS QUE COMPÕE O SUBSOLO. 
	Neste tópico explicaremos conceitos necessários para um melhor entendimento sobre o assunto apresentado. Serão explicadas algumas propriedades dos materiais existentes no interior do solo ou sobre ele, tais como vazios, porosidade e permeabilidade. Mostraremos também as principais zonas do subsolo e suas principais características.
4.1 Principais propriedades dos constituintes do subsolo:
4.1.1 Vazios.
	Os vazios de uma rocha são os espaços não ocupados por matéria sólida, e nos quais existem água ou ar. Também conhecidos como poros, os vazios possuem uma grande importância na infiltração, pois eles atuam como reservatórios ou como canais para a água subterrânea. 
	Podemos dividi-los de acordo com o tipo de rocha ou solo que estamos lidando. Caso o solo tenha se formado de uma rocha sedimentar, podemos chamar os vazios de espaços intersticiais entre os grãos ou, simplesmente, poros. Porém, se os vazios ocorrem em rochas magmáticas ou metamórficas, são classificados como fraturas os quais tem a forma de verdadeiros canais subterrâneos. 
	Por outro lado, se estamos falando de estruturas de composição calcária, podem-se classificar seus “poros” como vazios de dissolução. Eles são assim chamados já que à medida que a água vai infiltrando em superfícies calcárias ela vai dissolvendo essa estrutura e formando canais ao mesmo tempo. Essa classificação se difere das fraturas já que no caso das rochas magmáticas e metamórficas, os canais já foram previamente formados.
4.1.2 Porosidade.
	A porosidade representa a porcentagem de vazios existentes em um determinado volume de rocha. Podemos classificá-la em dois tipos: primária e secundária.
	A porosidade primária é aquela gerada juntamente com o sedimento ou rocha. Ela é característica de rochas sedimentares como o arenito. Já a porosidade secundária é aquela que se desenvolve após a formação das rochas. Ela é característica das rochas ígneas e metamórficas pelas fraturas, mas também existem em rochas sedimentares. Um caso especial é o do calcário e o do mármore que, são rochas solúveis, ou seja, a água vai dissolvendo essas estruturas e criando canais que permitem a infiltração simultaneamente. É importante deixar claro que é errado afirmarmos que quanto maior a porosidade, mais fácil será a infiltração da água, já que isso também depende da permeabilidade do material constituinte do solo como vamos ver a seguir.
4.1.3 Permeabilidade.
	A permeabilidade expressa à capacidade do solo ou rocha de permitir o fluxo de água através dos poros. Essa propriedade depende do tamanho dos poros e da interligação entre eles (figura 7), e é expressa como o volume de fluxo por unidade de área de uma seção, por unidade de tempo (Ex.: dm3/cm2/hora).
	Mesmo que pareça estranho, uma elevada porosidade nem sempre corresponde a uma elevada permeabilidade. A argila, por exemplo, pode possuir mais que 50% de porosidade, mas quando está saturada de água, torna-se impermeável, já que as moléculas de água ficam firmemente presas devido à atração molecular das partículas de argila. Por outro lado, uma rocha basáltica, que possui pouca ou nenhuma porosidade, mas que apresente uma grande quantidade de fraturas pode apresentar uma alta permeabilidade.
Figura 7 – Volume de poros e tamanhos de partículas em sedimentos. Fato importante é a diminuição da permeabilidade com o aumento da porosidade e diminuição do tamanho da partícula.
 Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 122.
4.2 Zonas do Subsolo.
	Como sabemos após a água precipitar ela pode seguir três destinos preferenciais: evaporação, escoamento superficial e/ou infiltração. Também falamos sobre a influência de determinados fatores sobre a infiltração. Entretanto, após a infiltração da água, o que será que acontece? Ela atravessa determinadas zonas existentes no subsolo, e é sobre isso que iremos discorrer a seguir.
4.3 Zonas de Aeração. 
	Após a infiltração, a água entra na primeira zona do subsolo, chamada de zona de aeração, vadosa, ou não saturada. Nesta zona, parte do solo está preenchida por água e a outra parte por ar. É na zona de aeração que ocorre o fenômeno da transpiração das plantas e de filtração da água.
	Alguns autores subdividem essa zona em três: zona de umidade do solo, zona intermediária e franja de capilaridade. A zona de umidade do solo é a parte mais superficial do subsolo, onde há muita perda de água para a atmosfera devido à evaporação. Devido a essa intensa evaporação, os solos podem se tornar demasiadamente salinizados ou lateralizados. Essa zona serve de suporte fundamental para os vegetais. Já a zona intermediária é a região compreendida entra a zona de umidade e a franja de capilaridade, sendo mais úmida que a primeira e menos que a segunda. Por fim, a franja de capilaridade é a última região antes do começo da zona saturada. Por ela estar perto do nível freático, essa região tem um grau de umidade mais elevado que as zonas anteriores.
 
4.4 Zona Saturada.
	É a região onde os vazios entre as rochas estão totalmente preenchido por água (figura 8 ilustrando a distribuição da água no subsolo e as zona do subsolo). Para chegar a essa zona, a água atravessa os poros ou fraturas do solo ou rocha ajudada pela gravidade. Vale lembrar que essa infiltração também depende do grau de permeabilidade solo, já que solos pouco permeáveis dificultarão o acesso da água até esta zona. Parte dá água que se acumula nessa zona vai desaguar na superfície, formando fontes; outra parte irá desaguar em rios, lagos ou oceanos; e outra irá se acumular no subsolo formando verdadeiros bolsões de água também conhecidos como aquíferos. 
Figura 8 – Distribuição de água no subsolo.
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 120.
4.5 Nível Freático.
	O nível freático (figura 9) representa a divisão entre as zonas de aeração e saturada. Assim, o nível freático indica que abaixo dele existe a zona saturada e, consequentemente, água acumulada. Esse nível acompanha as irregularidades do terreno, ou seja, se estamos num terreno plano o nível freático estará, geralmente, paralelo a ele. Entretanto, se nesse mesmo terreno existir uma montanha ou morro, o nível freático também se inclinará, acompanhando o terreno ao qual elepertence.
	Em geral, o nível da água é mais profundo caso o ambiente seja seco, e mais raso se houver uma intensa pluviosidade no local. O nível freático também é mais profundo quando está localizado debaixo de cristas de divisores topográficos, e mais raso em vales. Assim, caso o nível freático esteja muito próximo do solo, pode ocorrer afloramentos de água, o qual é responsável pela formação das nascentes de alguns rios.
	Os rios e o nível freático possuem uma íntima relação entre si. Quando um rio é alimentado pelas águas subterrâneas e, assim, sua vazão aumenta, é chamado de efluente. Caso ocorra o inverso, e o rio passe a alimentar as reservas subterrâneas, com a consequente diminuição de sua vazão, classificamo-los como influentes.
	 O primeiro caso é típico de regiões úmidas, já o segundo ocorre principalmente em regiões áridas ou semiáridas, uma vez que devido à falta de chuva o nível freático não é recarregado, e assim necessita que o rio faça esse trabalho. 
Figura 9 – Nível freático e o relevo da superfície.
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 120.
5. AQUÍFEROS, AQUITARDES E AQUICLUDES.
	Próximo à superfície terrestre encontram-se unidades geológicas, formadas dos mais diferentes tipos de matérias, algumas sendo capazes de armazenar e/ou transmitir significativos volumes de águas subterrâneas. Assim formandos os reservatórios de águas subterrâneas, tais como Aquíferos, Aquicludes e Aquitardes.
5.1 Aquíferos. 
	Aquífero é uma formação geológica do subsolo, constituída por unidades rochosas ou de sedimentos, porosas e permeáveis, que armazena e transmite volumes significativos de água subterrânea passível de ser explorada pela sociedade. Assim, uma litologia só será aquífera se, além de ter seus poros saturados (cheios de água) permitir a fácil transmissão da água armazenada. 
	A maioria dos aquíferos desenvolvidos em todo o mundo, com altas vazões consistem de areias e cascalhos inconsolidados encontrados em planícies costeiras; vales aluviais e depósitos glaciais. 
	No Brasil, além destes tipos, também são aquíferos adequados os arenitos, os basaltos fraturados e os calcários com canais formados por dissolução e com fraturas. Em algumas áreas, rocha cristalina fraturada, tal com granito, tem sido perfurada para o suprimento de água, mas as vazões são em geral bem baixas, se comparadas às dos aquíferos da areia e do cascalho. 
	Um aquífero pode ter extensão de poucos quilômetros quadrados a milhares de quilômetros quadrados, ou pode, também, apresentar espessuras de poucos metros a centenas de metros. O estudo dos aquíferos visando a exploração e proteção da água subterrânea constitui um dos objetivos mais importantes da Hidrogeologia.
5.1.2 Aquitarde.
	Enquanto aquíferos fornecem quantidades significativas de água, aquitardes são formações de baixa permeabilidade, que armazenam água, mas não podem suprir poços de bombeamento. Eles podem, contudo, transmitir água suficiente através de enormes áreas, tornando-se importantes em estudos regionais de suprimento de água. As camadas de argila e de folhelho que separam muitos aquíferos confinados são bons exemplos de aquitardes transmitindo água através de drenança vertical. Eles são tipicamente menos permeáveis em mais de uma a duas ordens de grandeza do que o material geológico do aquífero que eles confinam ou semiconfinam. Em estudos de aquíferos, aquitardes também conhecidos como camadas confinadas drenantes.
5.1.3 Aquiclude.
	Unidade geológicas que, apesar de saturadas, e com grandes quantidades de água absorvida lentamente, são incapazes de transmitir um volume significativo de água com velocidade suficiente para abastecer poços ou nascentes, por serem rochas relativamente impermeáveis. São exemplos extremos de aquitarde.
5.1.4 Aquifugos.
	
	Unidades geológicas que não apresentam poros interconectados, não absorvem águas, logo não as transmitem.
5.2 Aquíferos e tipos de porosidade.
	
	Conforme os três tipos fundamentais de porosidade, identificam-se aquíferos de porosidade intergranular/granular, de fraturas e de condutos (cárstico). Os aquíferos de porosidade granular ocorrem no regolito e em rochas sedimentares clásticas com porosidade primária. Os arenitos, de modo geral, são excelentes aquíferos deste tipo. A produtividade em água dos arenitos diminui com o seu grau de cimentação, como é o caso de arenitos silicificados, quase sem permeabilidade intergranular.
	A maioria dos aquíferos de fraturas forma-se em consequência de deformação tectônica, na qual processos como dobramento e falhamento geram sistemas de fraturas, normalmente seladas, devido à profundidade. Posteriormente sofrem aberturas submilimétricas a milimétricas, permitindo a entrada e fluxo de água, pela expansão das rochas devido ao alívio de carga litostática causado pelo soerguimento regional e erosão das rochas sobrejacentes. Sendo assim, o fluxo de água somente se instala quando as fraturas que compõem o sistema estão interconectadas. 
	Fraturas não tectônicas, do tipo disjunção colunar em rochas vulcânicas, como nos derrames de basalto, podem ser geradas durante as etapas de resfriamento e contração, possibilitando que estas rochas tornem-se posteriormente, importantes aquíferos.
Aquíferos de condutos caracterizam-se pela porosidade cárstica, constituída por uma rede de condutos, com diâmetros milimétricos e métricos, gerados pela dissolução de rochas carbonáticas. 
	Constituem aquíferos com grandes volumes de água, mas extremamente vulneráveis à contaminação, devido à baixa capacidade de filtração deste tipo de porosidade.
5.2.1 Aquíferos Livres.
	São aqueles cujo topo é demarcado pelo nível freático, estando em contato com a atmosfera (figura 10). Normalmente ocorrem a profundidades de alguns metros a poucas dezenas de metros da superfície, associado ao regolito, sedimentos de cobertura ou rochas.
5.2.2 Aquíferos suspensos.
	São acumulações de águas de água sobre aquitardes na zona insaturada, formando níveis lentiformes de aquíferos livres acima do nível freático principal (figura 10).
Figura 10 – Aquíferos livres e suspensos. Aquíferos suspensos ocorrem quando uma camada impermeável intercepta a infiltração.
 
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 126.
5.2.3 Aquíferos confinados.
	Ocorrem quando um estrato permeável (aquífero) está confinado entre duas unidades pouco permeáveis (aquitardes) ou impermeáveis. Representam situações mais profundas, a dezenas, várias centenas ou até milhares de metros de profundidade, onde a água está sob a pressão não somente atmosférica, mas também de toda coluna de água localizada no estrato permeável. (figura 11).
Figura 11 – Aquífero confinado, superfície potenciométrica e artesianismo.
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 126.
5.2.4 Aquífero de fratura.
	No local de ocorrência de rochas ígneas ou metamórficas formam-se os aquíferos de fraturas ou fissuras, pois esses tipos de rochas tendem a apresentar fraturas que são ocupadas pela água. A perfuração de poços depende da precisão em acertar uma fratura significativa, o que nem sempre é possível de se calcular previamente.
	Em geral, trata-se dos menos produtivos; mas, por questões de localização geográfica, são muito importantes para o abastecimento em nosso país, pois vários estão localizados em áreas que comportam grandes cidades e, assim, são largamente utilizados no abastecimento.
5.2.5 Aquíferos porosos.
	Consistem nos aquíferos mais relevantes, por apresentarem a maior capacidade de armazenamento de água e por abrangerem grandes áreas. O Aquífero Alter do Chão é desse tipo. Esses aquíferos ocorrem em materiais de origem sedimentar, cuja principal característica é a grande e homogênea porosidade, o que permite à água escoar em qualquer direção. A recarga desse tipo de aquífero é mais intensa do que nos de fissura.
5.2.6 Aquíferos cársticos. 
	São aquíferos associados a rochas carbonáticas (figura 12), as quais apresentam bastante sensibilidade ao desgaste por ação da água. Dessa forma, as fraturas nesse tipo de rochaalargam-se pelo fluxo de água, formando verdadeiros rios subterrâneos. 
Figura 12 – Aquífero cárstico.
Disponível em: < http://www.educacional.com.br/reportagens/alterchao/parte-02.asp> Acesso em 28 de Maio 2013.
5.2.7 Aquífero intergranular. 
	Aquífero intergranular, ou também chamado de granular, ocorre em rochas sedimentares clásticas com porosidade primária e no regolito. Excelente aquífero granular são os arenitos. A permeabilidade intergranular depende da produtividade de água, como no arenito a sua produtividade diminui com o seu do grau de cimentação, arenitos silicificatos, por exemplo, são quase sem permeabilidade intergranular.
5.3 Artesianismo.
	Em determinadas situações geológicas, aquíferos confinados dão origem ao fenômeno do artesianismo, responsável por poços jorrantes, chamados de artesianos. Neste caso, a água penetra no aquífero confinado em direção a profundidades crescentes, onde sofre a pressão hidrostática crescente da coluna de água entre a zona de recarga e um ponto em profundidade. 	Quando um poço perfura esse aquífero (ver figura 11), a água sobe pressionada por esta pressão hidrostática, jorrando naturalmente. A formação deste tipo de aquífero requer uma sequência de estratos inclinados, onde pelo menos um estrato permeável encontre-se entre estratos impermeáveis e uma situação geométrica em que o estrato permeável intercepte a superfície, permitindo a recarga de água nesta camada. 
	O poço, ao perfurar o aquífero, permite a ascensão da água pelo principio dos vasos comunicantes, e a água jorra na tentativa de atingir a altura da zona de recarga. A altura do nível da água no poço corresponde ao nível potenciométrico da água; em três dimensões, oconjunto de vários níveis potenciométricos define a superfície potenciométrica da água. Devido à perda de carga hidráulica ao longo do fluxo há um rebaixamento no nível d’água no poço em relação ao nível d’água da zona de recarga. Este desnível cresce conforme aumenta a distancia da área de recarga.
6. AQUÍFEROS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO.
6.1 Aquífero Guarani
	Considerado por muitos autores a maior reserva de água doce subterrânea do mundo, com aproximadamente 1,2 milhão de km². Está localizado na região centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude sul e entre 47º e 65º de longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000l Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²). Maior parte da área ocupada pelo aquífero está presente no subsolo do centro-sudoeste do Brasil, abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
	O Aquífero do Guarani (figura 13), nomeado pelo uruguaio Danilo Anton em homenagem à tribo Guarani, é formado por derrames de basalto ocorridos nos Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo Inferior (entre 200 e 132 milhões de anos).  É constituído pelos sedimentos arenosos da Formação Pirambóia na Base (Formação Buena Vista na Argentina e Uruguai) e arenitos Botucatu no topo (Missiones no Paraguai, Tacuarembó no Uruguai e na Argentina). 
	É de grande importância a estratégia do uso desse grande reservatório de águas subterrâneas para o abastecimento da população, para o desenvolvimento das atividades econômicas e do lazer. Sua recarga natural anual (maior parte pelas chuvas) é de 160 Km³/ano, sendo que desta, 40 Km³/ano constitui o potencial explotável sem riscos para o sistema aquífero.
	A água do Aquífero Guarani escorre em poros interconectados, ou seja, executando um tipo de filtragem. Conforme passa por diversas camadas até grandes profundidades, movimentos lentos que podem levar décadas, a água do aquífero se torna limpa. Então em certas regiões do Aquífero do Guarani, muitos autores fazem uma comparação a uma esponja, por conta das características das suas formações rochosas que levam, justamente, a esse ciclo de filtragem apresentado. Em geral oferece uma água de boa qualidade para uso humano, sendo que em sua porção confinada, os poços têm cerca de 1.500 m de profundidade e podem produzir vazões superiores a 700 m³/h.
 	Então, por regra geral, a água é adequada para consumo humano, com o fato de o aquífero apresentar boa proteção contra os agentes de poluição que afetam rapidamente as águas dos rios e outros mananciais de água de superfície, e com o fato de haver uma possibilidade de captação nos locais onde ocorrem as demandas e serem grandes as suas reservas de água. Essa combinação faz com que o Aquífero Guarani seja o manancial mais econômico, social e flexível para abastecimento do consumo humano na área.
6.2 Aquífero Alter do Chão.
	Recentemente estudos da Universidade federal do Pará(UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chão (figura 13) como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo com os estudos da UFPA. Um novo levantamento de campo será feito na região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser ainda maior do que o calculado inicialmente pelos geólogos.
Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani, com 45 mil km³ de volume, até então considerado o maior do país e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai. "Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. 	O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando", disse Milton Mata, geólogo da UFPA. Por ser um estudo recente, ainda não se tem todas as informações essenciais sobre o Aquífero Alter do Chão. Porém pesquisas estão sendo e serão realizadas, como sobre o potencial de vazão, para futuramente mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água para a sociedade.
Figura 13 – Aquífero Guarani e Alder do Chão e suas localizações exatas.
Disponível em: < http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/04/aquifero-na-amazonia-pode-ser-o-maior-do-mundo-dizem-geologos.html > Acesso em 28 de Maio 2013.
7. CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA.
	A captação de água subterrânea é feita, geralmente, em locais não abastecidos por sistema público de água (água encanada) ou para complementar o volume fornecido pela rede, principalmente, quando se necessita de grandes quantidades como, por exemplo, para fins industriais, irrigação em agricultura, hotelaria e condomínios residenciais.
	A captação de água subterrânea é feita através de perfurações em lençóis freáticos ou em lençóis artesianos. Pode-se também captar água através de fontes, onde a água aflora espontaneamente na superfície do terreno, sem a necessidade de perfuração.
	A escolha do tipo de obra para captação de água subterrânea depende do tipo e potencialidade do aquífero, da finalidade de uso e da demanda de água, cujas opções têm reflexos diretos no custo. O poço, raso ou profundo, é a forma mais comumente utilizada para captar água subterrânea.
7.1 POÇOS.
	Os poços são as formas mais comumente utilizadas para captar água subterrânea. Eles são classificados de acordo com a sua profundidade, pois a mesma determina de uma forma geral, o método construtivo, além de ser um fator importante nas considerações sobre poluição da água subterrânea.
	Basicamente podemos dividir os poços em dois tipos: os poços rasos, que capta a água dos lençóis freáticos, mas possui o risco de a água estar contaminada ou poluída; e os poços profundos, que capta a água dos lençóis artesianos, sendo essa água de boa qualidade.
7.1.1 Poços Rasos.
Poço escavado: É a mais usual e também a mais antiga forma de se obter água subterrânea. Ele possui vários nomes: cacimba, cisterna,amazonas, cacimbão ou apenas poço. 
Este tipo de poço geralmente tem pouca profundidade e pela baixa produção de água é utilizado predominantemente em pequenas propriedades, na maioria, não atendidas pela rede pública de água. 
Consiste em um poço cilíndrico, que, com o auxilio de instrumentos como pás e picaretas, são abertos manualmente, fazendo com que poços desse tipo só possam ser escavados em locais com materiais que não sejam muito resistentes, geralmente solo e depósitos sedimentares pouco consolidadas. 
O poço escavado apresenta grande diâmetro, frequentemente entre 1 e 2 metros, e profundidade, geralmente inferior a 30 metros. 
No fundo do poço utilizam-se, em geral, anel pré-moldado de concreto, tijolos furados, manilhões de concreto semi-poroso ou pedras encaixadas e cascalho na base para permitir a entrada de água. A parede do poço, acima da entrada de água, deve ser feita com alvenaria ou concreto e revestida com massa de cimento. A parede deve ser erguida alguns centímetros acima do solo e uma laje de concreto deve ser construída ao seu redor, como representado na figura 14.
Figura 14 – Esquema do poço escavado.
Fonte: IRITANI, Mara Akie; EZAKI, Sibele, 2008, p. 68.
	A impermeabilização da parede do poço até os primeiros metros de profundidade e a laje de proteção evita infiltração de água suja ou poluída que contaminam a água subterrânea. Além disso, o poço deve permanecer sempre tampado e seu entorno cercado para evitar a circulação de pessoas e animais.
	A água deve ser extraída, preferencialmente, por meio de bombas manuais ou elétricas de baixa potência, pois o uso de carretilhas e baldes pode carrear sujeira para dentro do poço.
	Antes da construção do poço, é necessário verificar sua distância (acima de 30 metros) e posicionamento em relação a fossas negras e outras fontes de poluição, de modo a evitar a contaminação da água.
Ponteiras cravadas: Para sua construção é necessário um haste perfurada revestida por uma tela (ponteira), que é cravada no terreno até o nível d’água, onde são fixados, à medida que a profundidade aumenta, segmentos de tubos bem vedados para que não se entre ar, o que impediria a água de subir. Com isso, é necessário o uso de uma bomba de sucção para a retirada da água, como representado na figura 15. Porém esse tipo de poço só pode ser feito em aquíferos rasos, sendo bastante utilizados em obras de construção civil, principalmente porque servem para rebaixar o lençol freático. Normalmente, possui de 4 a 5 cm de diâmetro.
Figura 15 – Esquema do poço cravado.
Fonte: CHIOSSI, Nivaldo José, 1979, p. 256.
	
	Estas ponteiras são muito versáteis, e é uma boa opção para um poço de baixo custo. Caso a necessidade de água aumente pode-se cravar mais ponteiras, mantendo uma distância segura para evitar as interferências dos cones de depressão.
	Mas esse tipo de poço possui algumas limitações, uma delas é em relação a profundidade, pois como a água é extraída por sucção, a profundidade máxima de extração alcançada é dada pela pressão atmosférica. 
	Outra limitação é em relação ao tipo de terreno, sendo indicada para terrenos arenosos homogêneos, pois qualquer seixo ou bloco de pedra um pouco maior encontrado, quando se estiver cravando, impedirá que a ponteira desça. Da mesma forma solos argilosos oferecem muita resistência à penetração. Para facilitar a penetração pode-se injetar água no tubo na medida em que o mesmo vai sendo cravado.
Poço a trado: Para sua perfuração usa-se o trado, que é uma ferramenta composta de uma caçamba cilíndrica, com aberturas laterais cortantes, rosqueada a uma haste de ferro terminada em T e que penetra no solo através de movimentos giratórios, realizados por um operário (trado manual) ou por um motor (trado mecânico). Há no mercado trados com diâmetro variando de 5 a 24 centímetros.
O poço é perfurado lentamente, pois após algumas voltas o operador tem que levantar a ferramenta para retirar o solo preso na caçamba. À medida que a profundidade aumenta são acrescentados novos segmentos de cano galvanizado na haste, que se tornará, portanto mais pesada. Ao atingir o nível freático é necessário descer um ou mais tubos que protejam a parede do poço, evitando seu desmoronamento. Para continuar a perfuração na zona saturada é necessário diminuir o diâmetro da caçamba para poder perfurar por dentro do tubo de revestimento. Quando o poço começa a produzir muita água, o avanço se torna muito difícil, pois há a formação de lama no fundo, tornando-se quase impossível a retirada do material. Após ter atingido a máxima profundidade possível da zona saturada, coloca-se um tubo de fundo cego e furos na lateral, que servirá como filtro e elemento de contenção das paredes da escavação.
Poço radial: São poços com diâmetro maior que o dos outros tipos (de 3 a 4 metros), no qual em sua parte inferior podem ser cravadas ponteiras ou abertos drenos horizontais, num arranjo radial aumentando assim a captação da água do aquífero. Uma das vantagens deste método é que permite que se faça o desenvolvimento do poço, isto é, usar processos que aumentam a permeabilidade do aquífero ao redor das ponteiras ou drenos.
 Para se fazer esse tipo de poço pode-se provocar uma agitação na água para a extração dos grãos finos que se encontram entre os grãos maiores, sendo comum o uso de um pistão para esse movimento de enfiada e retirada.
Galerias: Características em terrenos permeáveis, como ilustrado na figura 16, as galerias freáticas são usadas para aumentar a área vertical de captação de um poço para uma maior vazão. Normalmente, são tubos que são furados no terreno, convergindo para um poço maior e a partir dele é retirada a água com o auxilio de bombeamento. Após sua escavação só é necessário instalar um tubo resistente portador de um dreno para que a água possa fluir. Como as galerias fornecem água através da gravidade, a economia de energia é bastante significativa.
Figura 16 – Esquema da galeria filtrante.
Disponível em: < http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Captac03.html?submit=Continuar>
Acessado em: 28 de maio 2013
7.1.2 Poços Profundos.
 
	Também chamados de poços tubulares profundos, apresenta pequeno diâmetro, em geral entre 10 e 50 cm, com profundidades que normalmente variam de 40 a 1500 metros, e capacidade de produção de água bem maior que os poços rasos.
O poço tubular profundo cuja pressão da água é suficiente para a sua subida à superfície, sem a necessidade de bombeamento, é conhecido como poço artesiano, necessitando a instalação de equipamento na boca do tubo para controlar a saída da água. Já quando a pressão da água não é suficiente para a sua subida à superfície, esse tipo de poço é chamado de poço semi-artesiano, necessitando instalação de equipamento no interior do poço para efetuar a bombeamento da água. A diferença desses tipos de poços é representado na figura 17.
Figura 17 – Poço artesiano e semi-artesiano.
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 126.
	Para a perfuração dos poços tubulares, é necessário equipamento especializado e que seja executado sempre com acompanhamento de um profissional habilitado, como um geólogo ou um engenheiro ligado a esta área. As paredes do poço são normalmente revestidas com tubos de aço, ferro ou PVC que vai sendo colocado na medida em que a profundidade aumenta para impedir o desmoronamento das paredes nas porções de solo e de rochas sedimentares menos consolidadas. Em aquíferos sedimentares, nas porções mais produtivas, como camadas mais arenosas, o tubo de revestimento possui aberturas para permitir a entrada de água para dentro do poço e é denominado de filtro. 
	No espaço entre o revestimento e as paredes do poço, coloca-se algum tipo de material granular (arenoso), servindo como um pré-filtro, aumentando a área de captação do filtro e retendo partículas do aquífero (principalmente as mais finas). Existem dois tipos de revestimento, o parcial, quando o revestimento é aplicado até a rocha sã  e o total, quando toda a perfuração é revestida, neste casoé feito para solos mais instável, com chance de desmoronamento, como ilustrado na figura 18.
Figura 18 – Esquema de poços tubulares com
revestimento parcial e total.
. Fonte: IRITANI, Mara Akie; EZAKI, Sibele, 2008, p. 71.
	Existem tipos de métodos de perfuração para se obter os poços:
Percussão: Para esse tipo de perfuração usa-se um instrumento chamado de trépano (bloco resistente preso a um cabo de aço) que é batido constantemente na rocha através de um balancim motorizado. As pancadas do trépano esmigalha a rocha e os fragmentos resultantes, misturados com água do próprio poço ou colocada se este ainda estiver seco, dá origem a uma lama. Estes são retirados do poço através de uma ferramenta chamada caçamba. Esse tipo de perfuração só é indicado para profundidades inferiores a 250 metros, e em locais de formações bem consolidadas e com rochas duras, pois sem essas características o terreno pode entrar em colapso, desmoronando as paredes do poço. 
Rotativa: Nesse tipo, a perfuração se dá através do movimento rotatório de uma broca, ao mesmo tempo que se faz circular lama no poço. Essa movimentação gera uma lama que, além de servir para trazer o material triturado para cima, serve para refrigerar a ferramenta de corte e para manter uma pressão contínua dentro do poço, de forma a conter suas paredes, evitando assim seu desmoronamento. É indicado para formações menos resistentes e usado para atingir grandes profundidades.
7.2 FUNCIONAMENTO DOS POÇOS.
	Ao ser iniciada a captação da água de um aquífero através de bombeamento, ocorre neste o rebaixamento do nível da água, criando um gradiente hidráulico (uma diferença de pressão) entre este local e suas vizinhanças. Este gradiente provoca a vinda contínua de água do aquífero em direção ao poço, enquanto estiver sendo processado o bombeamento. Se o bombeamento parar, o nível d’água retorna ao nível original (recuperação). Ao nível em que se encontra a água dentro do poço quando este está sendo bombeado chamamos de nível dinâmico.
	O rebaixamento do nível d’água possui a forma cônica, cujo eixo é o próprio poço, chamada de cone de depressão. A formação deste cone responde à necessidade da água fluir em direção ao poço para repor a que está sendo extraída. Essa formação cônica dependerá principalmente de dois fatores. Um é o volume de água que está sendo captado fazendo com que o tamanho do cone varie de acordo com a quantidade de água retirada. O outro é a permeabilidade do aquífero, fazendo com que aquíferos mais permeáveis desloquem maiores quantidades de água em direção ao poço em menor tempo, assim gerando cones com uma profundidade menor. Nas figuras 19.1 e 19.2 estão representados esse tipo de ocorrência. 
	Esses cones se expandirão até que o aquífero capture água (de mares, lagos, chuvas ou outras camadas do mesmo) suficiente para igualar o nível de água que está sendo bombeada, fazendo com que o poço funcione em condições de equilíbrio.
Figura 19.1 - Aquífero com boa permeabilidade Figura 19.2 - Aquífero com baixa permeabilidade
(pequeno rebaixamento) (cone de depressão profundo)
Disponível em: < http://www.dicionario.pro.br/index.php/Cone_de_depress%C3%A3o>
Acessado em: 28/05/2013
	Porém deve-se ter cuidado com a expansão do cone de depressão. Seu alargamento pode atingir áreas poluídas contaminando a água do aquífero e consequentemente a água que vem do poço. Por isso, logo após o término do poço deve-se fazer uma análise da água para saber se é viável a utilização dessa fonte de captação. Dentre alguns exemplos de processos de contaminação tem-se a infiltração de águas superficiais sem algum tipo de revestimento hidráulico, infiltração de resíduos industriais despejados no solo, fertilizantes e agrotóxicos da agricultura, líquidos produzidos em lixões, além de intrusão de água marinha em poços localizados próximos ao mar.
7.3 FONTES
Chamamos de fonte ou nascente quando a água aflora (brota) espontaneamente no terreno, e essa água possui pouca vazão. Ela ocorre em determinadas condições topográficas e geológicas e caracteriza uma área de descarga dos aquíferos. 
 7.3.1 Tipos de fontes.
7.3.1.1 Fontes de encosta.
São localizadas em regiões de topografia acidentada. A água se infiltra nas partes mais elevadas do terreno e desce por ação da gravidade ao longo de uma linha solo-rocha. Nos pontos mais baixos, onde a rocha aflora, a água brotará naturalmente. Essa fonte é consequência da presença de material impermeável (rocha) abaixo de uma zona permeável, como apresentado na figura 20. 
Figura 20 – Fonte de encosta.
Fonte: IRITANI, Mara Akie; EZAKI, Sibele, 2008, p. 73.
7.3.1.2 Fontes de camada.
Formada quando o contato entre duas camadas geológicas de diferentes permeabilidades intercepta a superfície do terreno, como ilustrado na figura 21. Este cenário é comum em aquíferos sedimentares, onde uma camada mais permeável (por exemplo, arenito ou calcário) se encontra sobre outra menos permeável (folhelho, argila etc.).
Figura 21 – Fonte de camada.
Fonte: IRITANI, Mara Akie; EZAKI, Sibele, 2008, p. 73.
7.3.1.3 Fontes de fratura. 
Nos aquíferos fraturados, as nascentes ocorrem onde as fraturas que controlam o fluxo da água subterrânea, interceptam a superfície do terreno, ilustrado na figura 22.
Figura 22 – Fonte de fratura.
Fonte: IRITANI, Mara Akie; EZAKI, Sibele, 2008, p. 73.
7.3.1.4 Fontes de falha.
Quando uma falha (deslocamento relativo de blocos ou camadas) coloca em contato rochas permeáveis e impermeáveis, representada na figura 23, pode surgir uma fonte.
	
Figura 23 – Fonte de falha.
Fonte: IRITANI, Mara Akie; EZAKI, Sibele, 2008, p. 72.
8. AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA.
	Ação geológica e a capacidade de um conjunto de processos, causar modificações nos materiais terrestres, transformando minerais, rochas e feições terrestres. O esculpindo de forma de relevo da superfície terrestre e um tipo de ação geológica, dominada pela dinâmica externa do planeta terra, conhecida como ação geomórfica.
	A zona de ocorrência da água subterrânea e uma região onde é iniciada a maioria das formas de relevo, pois a água subterrânea é o principal meio das reações do intemperismo químico.
	O movimento da água subterrânea, somado ao da água superficial, são os principais agentes geomorficos das superfícies da terra. A ação geomórficas da água subterrânea se traduz por vários processos de modificação da superfície terrestre entre eles podemos citar: O escorregamento de encosta (fig. 24.1), Boçorocas (Voçorocas, fig. 24.2), Relevo carstico (fig. 24.3) e cavernas (fig.24.4), representadas pelas figuras abaixo:
Figura 24.1 – Escorregamento de encosta. Figura 24.2 – Boçorocas.
Figura 24.3 – Relevo carstico. Figura 24.4 – Cavernas.
Disponível em: < http://www.1000dias.com/ana/terra-ronca/ >
Acessado em: 28/05/2013
8.1 Deslizamento de encostas.
	
	Em geologia, deslizamentos e escorregamentos são tidos como movimentos de massa, que são deslocamentos de solo, rochas, detritos diversos (incluindo materiais orgânicos) e cobertura vegetal geralmente existente em encosta com declive suficiente para permitir desmoronamento sob ação da gravidade.
	O conjunto “materiais inconsolidados (areia, silte, argila), ou seja, soltos e não cimentados (nem compactados), existente em encosta, adicionados de quantidade de água tal que permita que a força da gravidade supere o atrito entre os componentes do solo”, proporciona as condições que conduzem a um deslizamento (ou escorregamento). 
	Os movimentos são caracterizados como lentos ou de rastejamento (creeps) com velocidade menores que 0,3m/ano já os acima desta notação são englobados na categoria de deslizamento ou escorregamento (slide) de encosta onde a velocidade pode supera 100 km/h potencializados pelo efeito de solifluxão no qual a gravidade age devido a quantidade de água presente no subsolo (pipes).
8.2 Processosde formação.
	Vários fatores contribuem para desencadear esse movimento de massa numa encosta (ver figura 25), quais sejam: 
1. Existência de material inconsolidado; 
2. Declive; 
3. Vegetação que, por razão natural (sistema radicular pouco profundo) ou por ação antrópica (por desmatamento ou queima) não condicione estabilidade à massa de terra acarretando os (runoff); 
4. Possível existência de substrato (subjacente) impermeável que sob ação da água nas camadas sobrepostas faça-o atuar como “lubrificante” e consequentemente facilite o deslizamento;
 5. Água retida em quantidade tal que permita que a força da gravidade supere a força de atrito atuante nos componentes da encosta; 
6. Eventualmente, tremor de terra, e entre os principais tipos de movimentação de massa encontrados no Brasil temos os do tipo rastejo ou slide.
Figura 25 – Fatores que contribuem para movimentação de massa em uma encosta.
Disponível em: < http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09c.html>
Acessado em: 28/05/2013
Rastejo (Creep): movimento descendente, lento e contínuo da massa de solo de um talude, caracterizando uma deformação plástica, sem geometria e superfície de ruptura definidas. Ocorrem geralmente em horizontes superficiais de solo e de transição solo/rocha, como também em rochas alteradas e fraturadas.
	A ocorrência de rastejo pode ser identificada através da observação de indícios indiretos, tais como: encurvamento de árvores, postes e cercas, fraturamento da superfície do solo e de pavimentos, além do "embarrigamento" de muros de arrimo.
	O processo em questão pode causar danos econômicos significativos, principalmente afetando as encostas próximas às obras civis, ou seja, interferindo em fundações, linhas de transmissão, dutos, pontes, viadutos, entre outras. Os rastejos são bons indicadores da ocorrência eminente de escorregamentos (esquematizado na figura 26).
Figura 26 – esquematização do rastejo.
Disponível em: < http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09a.html>
Acessado em: 28/05/2013
Escorregamentos (Slides): movimento rápido de massas do solo e/ou rocha, com volume bem definido, sendo que o centro de gravidade do material se desloca para baixo e para fora do talude, seja ele natural, de corte ou aterro. Esse processo está associado à ruptura de cisalhamento, devido ao aumento das forças de tensões por influencia das águas subterrâneas ou superficiais levando a queda de resistência, em períodos relativamente curtos, podendo ser classificados de acordo com sua geometria e a natureza do material, da seguinte forma.
Escorregamento planares: Em maciços rochosos o movimento é condicionado por estruturas geológicas planares, tais como: xistosidade, fraturamento, foliação, etc. Nas encostas serranas brasileiras são comuns escorregamentos planares de solo (figura 27), com ruptura podendo ocorrer no contato com a rocha subjacente.
Figura 27 – Escorregamento planares.
Disponível em: < http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09b.html>
Acessado em: 28/05/2013
Escorregamentos circulares: em movimento de caráter rotacional segundo um eixo imaginário (figura 28), ao longo de uma superfície encurvada de ruptura, sendo comum uma série de deslizamentos combinados e sucessivos. Ocorre geralmente em aterros, pacotes de solo ou depósitos mais espessos, rochas sedimentares ou cristalinas intensamente fraturadas. esse tipo de processo é muito comum ao longo de estradas e rodovias, devido a construção de taludes artificiais, principalmente durante as épocas chuvosas, onde a saturação de água no solo é grande, fazendo com que a resistência do mesmo diminua.
Figura 28 – Escorregamentos Circulares.
Disponível em: < http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09c.html>
Acessado em: 28/05/2013
Movimento em cunha: movimento ao longo de um eixo formado pela intersecção de estruturas planares em maciços rochosos (figura 29), que desloca o material na forma de um prisma. São comuns em taludes de corte ou encostas que sofreram algum tipo de desconfinamento, natural ou antrópico.
Figura 29 – Escorregamento em cunha.
Disponível em: < http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09d.html >
Acessado em: 28/05/2013
8.3 Métodos de prevenção.
	Devido às graves consequências que qualquer escorregamento pode causar para populações circunvizinhas, o estudo da estabilidade de encostas naturais é um dos grandes desafios da engenharia geotécnica. Apesar da estabilidade de alguns taludes ser comprometida pela ação humana, há um grande o número de escorregamentos que ocorrem sem uma causa aparentemente clara.
a) Caracterização geotécnica dos materiais, através de cuidadosa investigação;
b) Levantamento dos índices pluviométricos da região;
c) Cálculo de taludes mais adequados (inclinações);
d) Não deve-se limitar as investigações e estudos apenas na área do corte. 
	
	Dependendo da situação desses tipos de patologias, a engenharia pode adotar soluções, como: execução de bermas com canaletas de drenagem, impermeabilização das superfícies por material betuminoso, colocação no terreno de tubos perfurados em furos, para drenagem, cobertura de área por vegetação para fixação do solo entre outras (figura 30).
Figura 30 – Metodos de prevenção.
Disponível em: < http://3.bp.blogspot.com/-nOo0SeUeyXY/TfPsA3uTETI/AAAAAAAAA7E/C_LQN_k-0G0/s1600/VGT+in+DRCongo%2527s+road+3months+later2.JPG >Acessado em: 28/05/2013
8.4 Voçorocas.
	
	Após um longo período chuvoso, o impactos da água com o solo acaba gerando um fluxo de sedimentos que podem originar sucos, e processo for contínuo e provocar um incessante aprofundamento do solo, pode-se chegar ao nível de uma voçoroca. Essas pode ser compreendida como “escavação ou rasgão de solo ou rocha decomposta, ocasionado pela erosão do lençol do escoamento superficial”.
	Erosões do tipo voçorocas podem chegar a vários metros de comprimento e de profundidade, devido ao fluxo de água que é possibilitado em seu interior, causando uma grande movimentação de partículas.
	Algumas voçorocas podem chegar até mesmo ao nível do lençol freático do local onde ocorrem. Atualmente, as voçorocas são consideradas um dos piores problemas ambientais em áreas de rochas cristalinas em diversas regiões tropicais onde são frequentes e podem alcançar grandes dimensões, em vertentes desprotegidas esse processo se torna pouco controlável podendo atingir áreas urbanas e estradas.
8.5 Processo de formação e prevenção das voçorocas.
	Os principais fatores onde os processos de formação das voçorocas (figura 31) esta associado e a paisagens de onde foi retirada a sua cobertura vegetal e a água de escoamento superficial ao penetra linearmente no solo, e atingir o lençol freático, compromete a estabilidade da área e gera a formação de voçorocas. 
	Porem, para evitar tais desenvolvimentos à engenharia conta com o estudo dos locais onde o aparecimento das voçorocas tem uma maior probabilidade de ocorrer. Locais onde a declividade é alta, a superfície do solo foi degradada, há concentração de enxurradas da bacia, ou por influência do escoamento da água, são mais propensos ao voçorocamento. 
	Através desses estudos, uma atenção especial e o emprego de técnicas para a prevenção da sua ocorrência e desenvolvimento entre eles podemos citar: Interceptação da área de enxurrada acima da área de voçorocas, retenção da área enxurrada na área de drenagem, revegetação da área, construção de estruturas para deter a velocidade das águas entre outras.
Figura 31 – Esquematização da Boçoroca (Voçoroca).
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 129.
9. CARSTE E CARVENAS: PAISAGENS SUBTERRÂNEAS.
	Dentre as paisagens mais espetaculares da Terra ressaltam-se os sistemas cársticos, com cavernas, cânions, paredões rochosos e relevos ruiniformes produzidos pela ação geológica da água subterrânea sobre rochas solúveis. 
9.1 Carste.
	Carste, carso ou karst, também conhecido como relevo cárstico ou cársico ou sistemacárstico ou cársico, é um tipo de relevo geológico caracterizado pela dissolução química (corrosão) das rochas, que leva ao aparecimento de uma série de características físicas, tais como cavernas, dolinas, vales secos, vales cegos, cones cársticos, rios subterrâneos, canhões fluviocársicos, paredões rochosos expostos e lapiás. 
	O relevo cárstico (figura 32) ocorre predominantemente em terrenos constituídos de rocha calcária, mas também pode ocorrer em outros tipos de rochas carbonáticas, como o mármore e rochas dolomíticas. 
Principais componentes:
Sistemas de cavernas – formas subterrâneas acessíveis à exploração;
Aquíferos de condutos – formas condutoras da água subterrânea;
Relevo cárstico – formas superficiais. 
Figura 32 – Relevo carste.
Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Karst_minerve.jpg >
Acessado em: 28/05/2013
9.2 Rochas carstificáveis.
	Sistemas carsticos são formados pela dissolução de certos tipos de rochas pela água subterrânea. Considera rocha solúvel aquela que após sofre intemperismo químico produz pouco resíduo insolúvel. 
Como exemplo de rocha considerada insolúvel, pode-se citar os granitos, nos quais os feldspatos e micas submetidos ao intemperismo originam argilosminerais, estáveis em superfície, produzindo muito resíduo insolúvel em comparação ao volume inicial da rocha, o que impede o aumento da porosidade secundária (ver figura 33).
Figura 33 – Esquematização do sistema cárstico.
Fonte: Karmann, Ivo, 2001, p. 130.
9.3 Requesitos para o desenvolvimento de sistemas cársticos.
	O desenvolvimento pleno de sistemas cársticos requer três condições:
Rocha solúvel com permeabilidade de fraturas: rochas solúveis do substrato geológico, principalmente calcários, mármores e dolomitos, devem possuir uma rede de descontinuidades, formadas por superfícies de estratificação, planos de fraturas e falhas, caracterizando um aquífero de fratura.
Relevo – gradientes hidráulicos moderados a altos: O desenvolvimento do carste é favorecido quando a região carbonática possui topográfica, no mínimo moderamente acidentada. Vales encaixados e desníveis grandes geram gradientes hidráulicos maiores, com fluxos maiores das águas de percolação ao longo dos condutos no aquífero, à semelhança do que se observa no escoamento superficial.
Clima – disponibilidade de água: sendo a dissolução a causa principal da formação de sistemas cársticos, o desenvolvimento do carste é mais intenso em climas úmidos. Além de alta pluviosidade, a carstificação também é favorecida em ambientes de clima quente com densa vegetação, onde a produção de CO2 no solo é maior, aumentando o teor de ácido carbônico nas águas de infiltração. 
 
9.4 Cavernas e Condutos.
	Podemos chamar de caverna as cavidades naturais com dimensões que permitam o acesso ao ser humano. As cavernas são geradas a partir de fatores como crescente permeabilidade do solo, soerguimento tectônico, entre outros que ocasionam em um rebaixamento do nível freático, o que gera modificações e rebaixamentos nesses sistemas localizados em ambientes freáticos. Sistemas de cavernas são compostos por um conjunto de galerias, condutos e salões, onde todos formam uma única bacia caracterizada por entradas e saídas de água.
9.5 Formas do relevo cárstico.
	Nas superfícies cársticas nota-se a substituição da rede de drenagem fluvial por bacias de drenagem centrípeta. Essas bacias conduzem a água para sumidouros, que conectam a Superfície a drenagem subterrânea. Nota-se que quanto mais o sistema cárstico é desenvolvido maior é o numero de sumidouros, o que gera um aumento no volume de infiltração e diminuição no volume de água escoada superficialmente.
	Associadas a esse tipo de drenagem desenvolve-se dolinas, que são depressões cônicas, circulares na superfície, lembrando a forma de funil. Estas crescem em profundidade e diâmetro, à medida que a rocha e o material residual são levados pela água subterrânea. Outro tipo de formação diagnostica de sistemas cársticos são os vales cegos, que são rios que repentinamente desaparecem em sumidouros junto a anfiteatros rochosos ou depressões.
 
9.6 Carste no Brasil
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	Em vários estados do Brasil há presença de sistemas cárticos, logo este pode ser considerado um importante componente das paisagens do Brasil. Relevos suaves, depressões com dolinas de abastecimento, dolomitos pouco deformados e vales são alguns dos tipos de carste que compõem o nosso relevo. 
	Há também muitas cavernas presentes no nosso país, destacando-se a mais extensa de todas, Toca da Boa Vista, localizada em Campo Formoso-BA, com cerca de 80 km de galerias mapeadas com padrão labiríntico. 
	Há também aquíferos abundantes que devido alto potencial ainda são considerados pouco explorados para abastecimento de água. 
10. CONCLUSÃO.
	A quantidade de água doce hoje encontrada no planeta é relativamente baixa. Esse fato ameaça o desenvolvimento econômico e a estabilidade política do mundo nos próximos anos. Fala-se inclusive de uma possível guerra mundial no futuro cuja causa poderá ser a escassez de água.
	Evitando essas consequências drásticas, deve-se estudar como evitar o desperdício e aproveitar ao máximo a água. Assim, inicialmente, deve-se conhecer o ciclo hidrológico para avaliarmos a disponibilidade de água em determinado local. E, como grande parte da água doce está concentrada no subsolo, deve-se estudar essa região com uma atenção especial.
	Portanto esse trabalho tem a finalidade de mostrar um estudo detalhado da água subterrânea desde a sua origem até as consequências do mau uso desse recurso mineral como foi mostrado no estudo do caso. Para que assim, possamos ter uma visão melhorada sobre como aproveitar a água subterrânea e evitar o desperdício.
11. REFERÊNCIAS.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando a terra – Oficina de textos, USP
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia geral, Ed. Nacional, São Paulo.
ASSIS, J. C. Preservação da água: questão de sobrevivência. 2. Ed. Rio de Janeiro: CREA, Julho 2000. 10p.
PINTO, N. L. S. et al. Hidrologia Básica. 1. ed. São Paulo: Edgard Blücher,1976. 280 p. 
CHIOSSI, Nivaldo José. Geologia Aplicada à Engenharia. 2. ed. São Paulo: Bisordi, 1979. 430 p.
IRITANI, Mara Akie; EZAKI, Sibele. As Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SMA, 2008. 104 p.
Captação de águas subterrâneas. Disponível em:
 <http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Captac03.html?submit=Continuar>. Acesso em: 27 de maio 2013.
Cone de depressão. Disponível em:
<http://www.dicionario.pro.br/index.php/Cone_de_depressão>. Acesso em : 27 de maio 2013.
Associação Brasileira de Águas Subterrâneas. Disponível em: 
<http://www.abas.org/educacao.php>. Acesso em 27 de maio 2013.
Aquífero Alter do Chão. Disponível em: 
<http://www.infoescola.com/hidrografia/aquifero-alter-do-chao/>. Acesso em: 28 de maio 2013.
Aquífero Guarani. Disponível em: 
<http://www.daaeararaquara.com.br/guarani.htm>. Acesso em: 28 de maio 2013.
Aquíferos. Disponível em: 
<http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_geral/hidrografia/brasil_aquifero_2>. Acesso em: 28 de maio 2013.
Deslizamento e ação geológica. Disponível em: 
< http://www.1000dias.com/ana/terra-ronca/ >. Acesso em: 28 de maio 2013.
Movimento de massa. Disponível em:
< http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09.html#1>. Acesso em: 28 de maio 2013.
Infiltração. Disponível em: 
< www.barramentos.ufc.br/.../Cap_6_Infiltracao.pdf >. Acesso em: 28 de maio 2013.
Porosidade e Permeabilidade. Disponível em: 
< www.infopedia.pt/$porosidade-e-permeabilidade>. Acesso em: 28 de maio 2013.
ANEXOS
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