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AUTOCRACIA. É possível atualmente? Jorge Maia, 2016.

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CURSO DIREITO - DR3/2016
JORGE LUIZ FELIPE MAIA
ASSIS
2016
JORGE LUIZ FELIPE MAIA
RESENHA CRÍTICA DO FILME "A ONDA"
Disciplina: Direito das Obrigações
Curso: Direito - DR3/2016
RA: C4679B7
Docente: Professora Marina Perini Antunes Ribeiro
ASSIS
2016
"Eu começo com os jovens. Nós os mais velhos estamos desgastados, mas meus jovens magníficos! Existem melhores que esses em qualquer lugar do mundo? Olhe para todos esses homens e garotos! Que material! Juntos, nós podemos fazer um novo mundo!"
Adolf Hitler, 1933.
RESENHA CRÍTICA DO FILME "A ONDA"
"A melhor Constituição e a melhor forma organizacional e imperativa de um Estado é aquela que enaltece as melhores mentes da comunidade para posições de liderança e influência". É parafraseando essas palavras oriundas de Adolf Hitler, no atual momento de seu ápice do comando nazista, é que início esta célebre resenha.
Instigo ao leitor, para início de diálogo, um estudo preconizado aos sistemas de governos antigos em comparação aos atuais, sendo necessário uma revisão dos mesmos. Observa-se que no contexto histórico da sociedade, à qual é embasada por princípios e costumes de nossos ascendentes, à vista de que uma Nação, um novo Estado, uma nova forma de governo, bem como uma nova era de direitos, são originários de vontades comuns por um determinado grupo, este que geralmente é liderado por uma elite, senão por uma só pessoa, o que acarreta um perigo iminente de modo que um ser individual é constituído por ideologias próprias, dotado muitas vezes de extremo egoísmo, de personalidade narcisista, mergulhados profundamente em seu orgulho, pelo fato de estarem investido de um poder, que por muitas vezes poderá ser absoluto.
É por razões perceptíveis históricas que digo isso. Poderia aqui citar inúmeros conflitos por ocasião dessas formas de governo, entre eles: as revoluções americana e francesa; a necessidade da intervenção do Estado no sistema liberalista em meados do século XIX e XX, ocasionando diversas manifestações da classe trabalhadora; o advento da segunda guerra mundial; e as calamidades derivadas das variáveis formas de terrorismo. Ambos ocorreram e ocorrem - como é o caso dos atuais ataques terroristas - sob a influência de um sistema opressor, alguns na tentativa de derrubarem esse tipo de governo, como foi o caso das revoluções, e outros, deram origem às atrocidades cometidas contra a humanidade, que é o caso da segunda guerra mundial devido a política ditatorial e ambiciosa do sistema nazista. Destaquei também o sistema liberalista do qual as massas trabalhadoras eram submetidas a tratamentos desumanos em relação ao possuidor da mão de obra. Em todas essas formas de domínio das massas houve-se uma série de conflitos dos quais deixaram evidentes que não é apropriado e nunca satisfatório esse modelo de sistema em qualquer sociedade. Desse modo, em apertada síntese, pode-se concluir que a vontade de um só indivíduo frente a uma coletividade nunca conseguirá produzir resultados satisfatórios ao bem comum de seu povo, são sistemas que resultaram em incansáveis confrontos, em fracassados governos, em uma população esmagada pelos seus próprios senhores em que tanto eram idolatrados por alguns.
Vejamos que em todos esses casos prescritos à cima, foi possível que uma determinada sociedade ficasse submissa por imposições de ideologias próprias, de convicções filosóficas, políticas e religiosas por um determinado povo, sob a influência de um pequeno grupo ou de um indivíduo, seja ele físico ou utópico, seja ele existente na Terra ou somente no mundo das ideias, como os governos teocráticos por exemplo. A soberania acaba por ficar nas mãos de indivíduos munidos de poderes supremos inquestionáveis, onde daqueles que se contrapõem são feridos, esquecidos, e até mesmo fuzilados contra seu corpo e atingidos contra sua honra. E mesmo com todas essas afrontas aos direitos fundamentais, esses sistemas por muitas vezes são seguidos e sustentados por um povo em determinados momentos, sujeitando à datas imprevisíveis. 
Se analisarmos minuciosamente a contextura de todos os conflitos desde a era primitiva dos "homens da caverna", ou então para aqueles que adotam uma filosofia mais religiosa, essa voltada desde a origem do ser humano qualificada pela existência de Adão e Eva, chegaríamos a conclusão de que, por mais antigo que seja a origem do homem até o momento em que nos encontramos, passado milênios e séculos - e ainda nos depararmos até o século passado sendo submetido a sistemas de governos autoritários como o Nazismo - não seria fútil de nossa parte dizermos que não haverá mais sistemas assim¿ Mesmo depois de variáveis evoluções no campo do direito, do progresso social para maior igualdade, do maior fortalecimento do princípio da dignidade da pessoa humana, da forte influência dos direitos humanos e da pressão moral dos Estados Democráticos para a internacionalização da paz e ainda nos chocarmos com ataques terroristas ocorridos em pleno século XXI¿ Seria mesmo propício confirmarmos em uma sala de aula ao dizer que não é mais possível o início de um governo autocrático sendo que temos uma idade cronológica de milênios e ainda nos defrontarmos com tais atrocidades¿ Por séculos isso foi possível, e por qual motivo agora não sería¿
São infelizes esses dizeres, porém fazem parte da realidade atual. Autocracia é uma forma de governo na qual há um único detentor no poder estatal, este poder é centralizado em um só governante, podendo ser um partido, uma assembleia ou um líder, um ditador. Países como a China, Cuba, Coréia do Norte e outros vários países do continente africano vivem atualmente nessa espécie de regime. Países que embora tenham uma economia de índice alto, como a China por exemplo, sofrem constantemente com violações aos direitos dos cidadãos; o governo reprime diversas manifestações, é censurado vários meios de comunicações, entre outros direitos civis lesados. Poderia salientar aqui outros diversos países dos quais adotam um regime ainda mais opressor, os quais violam direitos ainda mais relevantes, como o direito de liberdade e o próprio direito à vida. Mas não abrangerei o assunto, pois ficaria muito extenso e fugiria um pouco do meu objetivo aqui proposto.
Acredito que já tenho deixado claro o meu ponto de vista, bem como o meu entendimento de que um governo autocrático é possível se iniciar a qualquer momento, em qualquer lugar, e que seria desprezível por minha parte dizer que algum dia poderíamos dar a certeza da impossibilidade de um regime como esse, "embora minha Nação tenha sofrido a pouco tempo com tal evento e que o povo, por sua maioria, já não mais aceitaria", é comum ouvir essa expressão, porém ouso discordar, visto que a influência de uma só pessoa poderia ocasionar a quebra desse pensamento, e mais uma vez o poder de uma minoria tomar força diante de uma maioria, essa porém, de menor força política e militar.
Então qual seria a solução¿ o filme "A onda" de Dennis Gansel, em seus aspectos finais, implicitamente, demonstra algumas questões relevantes. Até que ponto poderíamos chegar em obedecer uma convicção única¿ De uma religião ou pensamento único¿ Como eu disse anteriormente, o único em face de muitos nunca causará satisfação absoluta aos demais. Cabe aos Estados modernos ampliar todas as formas de liberdades, das igualdades materiais, da efetivação real da universalização dos direitos humanos, acabar de vez com os "mitos democráticos", dar maiores bases à educação do homem em seu seio familiar e em sua escola, de modo que esse não seja facilmente influenciado e enganadopor indivíduos ou grupos persuasivos dos quais os querem fazerem de súditos e impor suas ideologias. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UOL PENSADOR, portal de notícias. Frases de Adolf Hitler. Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/adolf_hitler_frases/> Acessado em 16/08/2016.
WIKIPEDIA, portal de pesquisas. Autocracia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Autocracia> Acessado em: 16/08/2016.
YOUTUBE, portal de vídeos. Filme "A Onda". Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QBKEi8qamKM> Acessado em: 15/08/2016.

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