Buscar

matéria de economia do curso de direito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

22/04/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
5.  A atividade econômica nacional.
 
– Conceitos básicos: PIB, renda, investimento.
 
Nas  contas  nacionais,  consideram­se  apenas  bens  e  serviços  finais.  Os
custos  referem­se à  remuneração dos  fatores de produção, descartando­se
as despesas de matérias primas e demais produtos intermediários. Mede­se
a produção corrente de um período determinado, bem como as  transações
que se deram neste intervalo de tempo. Não são considerados os valores de
transações financeiras. Observe­se que a moeda é neutra, apenas servindo
como unidade de medida e meio de troca.
O  Produto  Bruto  é  o  valor  do  conjunto  de  todos  os  bens  e  serviços
produzidos  por  um  sistema  econômico  ao  longo  de  um  dado  período,
normalmente um ano. São computados nesse cálculo apenas os bens finais,
que não mais serão  transformados ou absorvidos em outros produtos (não
necessariamente os bens de consumo).
No  conjunto  das  atividades  produtivas  de  um  país,  distinguem­se  os
seguintes setores:
Primário:  agricultura,  pecuária.  Em  países  subdesenvolvidos,
este setor é o principal responsável pelo produto e a renda;
Secundário:  extração  de minérios,  transformação  industrial  dos
produtos;
Terciário: diversos serviços.
 
O Produto Interno Bruto é tudo quanto foi produzido em bens finais em um
país  no  período  de  um  ano.  Por  sua  vez,  o  Produto  Nacional  Bruto
corresponde  ao  PIB  menos  a  remuneração  de  fatores  de  produção,  cujos
titulares são residentes no exterior (investimentos estrangeiros).
O  conceito  de  Renda  Nacional  ou  Produto  a  Custo  dos  Fatores  seria  a
somatória  dos  rendimentos  pagos  aos  fatores  de  produção  (salários,
alugueres e lucros).
Também  é  importante  entender  o  que  se  pretende  dizer  por  valor
adicionado. Este resulta do valor de um produto transformado, subtraindo­se
o valor do produto original, isto é, que passou pela transformação.
22/04/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6
Veja­se o exemplo abaixo:
 
Estágios da produção
do pão
Vendas do período (1)
Custo dos bens
intermediários (2)
Valor adicionado
(1 – 2)
Empresa A: trigo 140 0 140
Empresa B: farinha 245 140 105
Empresa C: pão 390 245 145
Valor adicionado final = produto final Total: 390
 
O  conceito  de  valor  adicionado  destina­se  a  captar  a  contribuição  líquida
trazida  pelos  vários  estágios  de  produção  de  um  bem,  desde  a  matéria­
prima até ele sair da loja para as mãos do consumidor.
Seu significado econômico é denso, sendo inclusive utilizado para demarcar
a política  industrial dos países e a cobrança de tributos, como, no Brasil, o
ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços).
Quanto aos  investimentos, é  importante entender o que significa poupança
agregada e  investimento agregado. O primeiro conceito refere­se à parcela
da  Renda  Nacional  que  não  é  consumida  no  período  analisado  (renda  ­
consumo). O  investimento agregado ou  total é a somatória da variação de
estoques e do que se aplicou em bens de capital, altamente necessários à
formação bruta de capital fixo.
Neste  sentido,  bancos  são  importantes  atores  na  utilização  da  poupança
nacional,  pois  exercem  uma  função  fundamental:  acumulam  recursos
daqueles que os possuem em excesso e os canalizam para quem não dispõe
e, ao mesmo tempo, necessita de tais recursos.
O fenômeno da depreciação, isto é, desgaste do equipamento de capital da
economia, condiciona o cálculo do investimento líquido e do Produto Nacional
Líquido.  O  primeiro  corresponderia  ao  investimento  bruto  menos  a
depreciação,  e  o  segundo  seria  o  Produto  Nacional  Bruto  subtraindo­se
também a depreciação. Para se aprofundar no conceito de investimento.
– A distribuição da renda nacional.
22/04/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6
A distribuição de renda é frequentemente considerada como uma questão de
equidade. Entretanto, o modo pelo qual a renda nacional é distribuída exerce
certos  efeitos  sobre  outras  variáveis  econômicas.  Assim,  na  teoria  do
crescimento, é importante perceber quais os efeitos da distribuição da renda
sobre a poupança,  isto  é,  a  tendência  a  se poupar dinheiro,  evitando­se o
gasto.
Os preços de produtos praticados no mercado quase sempre estão acima do
valor  de  remuneração  aos  fatores  de  produção,  ou  seja,  aqueles  que  são
necessários à sua produção. Essa afirmação decorre do fato de que, ao preço
que  o  consumidor  paga  por  um  produto,  estão  incorporados  impostos
indiretos (Pis, Cofins, ICMS e IPI).
Para os produtos considerados “bens de primeira necessidade”, tais como o
arroz e o feijão, o governo reduz ou elimina os impostos indiretos. Em outros
casos, o governo subsidia o preço de determinado produto de modo que o
preço pelo qual ele é vendido ao consumidor seja inferior ao seu custo, como
é o caso do trigo.
Com isto, torna­se necessário, para um melhor entendimento, distinguir os
conceitos de custo de fatores e preços de mercado.
Custo de fatores é aquele que uma empresa paga aos fatores de produção
(salários,  juros,  aluguéis  e  lucros)  acrescido  dos  impostos  indiretos  e
subtraindo­se  os  subsídios.  Apenas  os  impostos  indiretos  são  relevantes
nessa  diferenciação,  isto  porque  os  impostos  diretos  (Imposto  de  Renda,
contribuição social, etc.) não representam uma diferença ente os custos de
fatores e o preço final de venda, já que quem os paga são os proprietários
dos fatores de produção e não a empresa.
Por exemplo: sobre os salários  incidem IRF, INSS; estes  impostos, embora
recolhidos  pela  empresa,  são  descontados  dos  salários  pagos  aos
empregados. Portanto, não são um custo da empresa.
Por  sua  vez,  o  preço  de  mercado  é  o  preço  final  pago  na  venda  pelo
consumidor. Assim, partindo­se da Renda Nacional Liquida  (RNL ou PNL) a
custo de fatores, para se chegar ao PNL a preços de mercado, tem­se:
PNL a preços de mercado = (RNL a custo de fatores) + (impostos indiretos)
– (subsídios)
 
­ Renda pessoal disponível
 
Este  conceito  procura  aferir  a  parcela  da  renda  gerada  no  processo
econômico  que  permanece  em  poder  das  famílias.  Partindo  da  Renda
Nacional Líquida a custo de fatores, já descontada a depreciação, é preciso
deduzir  os  lucros  retidos  (não  distribuídos)  pelas  empresas  para  os
investimentos, pois, apesar dessa parcela da  renda se encontrar em posse
22/04/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/6
das empresas,  não é  transferida de  imediato às  famílias. Deve­se deduzir,
ainda,  os  impostos  diretos  e  as  contribuições  previdenciárias  pagas  pelas
famílias  e  empresas  ao  governo.  Sendo  assim,  a  renda  pessoal  disponível
mede o quanto sobra para as famílias decidirem gastar na compra de bens e
serviços, ou então poupar.
 
–  Objetivos  e  instrumentos  de  política  econômica:  política  fiscal,
política monetária, política cambial.
A  presença  do  Estado  no  sistema  econômico  não  se  origina  apenas  da
constatação das deficiências  intrínsecas  ou  estruturais  do mercado. A  essa
motivação alinha­se a de impor ao setor privado e ao setor público padrões
de  desempenho  em  acordo  com  preferências  politicamente  definidas.  Os
objetivos  de  uma  política  econômica  podem  ser  ativos  ou  restritivos.  São
ativosquando  se  referem  a  novos  padrões  a  serem  impostos  para  o
desempenho do sistema, e restritivos quando mantêm limites a fim de não
se  romperem  situações  de  equilíbrio.  O  Estado  pode  adotar  as  seguintes
políticas econômicas:
•  Política  fiscal:  corresponde  aos  instrumentos  do  governo  para
arrecadar tributos (política tributária) e controlar despesas (política de
gastos).
•  Política  monetária:  atuação  do  governo  sobre  moeda  e  títulos
públicos.  Instrumentos:  emissões,  reservas  compulsórias,  compra  e
venda de títulos públicos, redescontos e regulamentação sobre crédito
e juros.
• Políticas  cambial  e  comercial:  refere­se  à  taxa  de  câmbio  e  os
instrumentos  de  incentivos  às  exportações  e/ou  estímulos  ou
desestímulos às exportações, respectivamente.
– O setor público na economia.
 
O  direito  e  a  economia  não  são  áreas  completamente  afastadas, mas  sim
correlacionadas.  Se,  por  um  lado,  no  mundo  real,  as  normas  jurídicas
determinam  a moldura  da  análise  econômica,  por  outro,  o  surgimento  de
novas questões econômicas é responsável por mudar o arcabouço jurídico.
Para  entender  o  direito  econômico,  é  importante  conhecer  com  precisão
como o mercado, verdadeiro conjunto de fluxos da vida material, relaciona­
se com o Estado e outros aspectos relevantes da vida social.
22/04/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/6
No  Brasil,  o  caput  do  artigo  173,  da  Constituição  Federal  estabelece  um
papel secundário e supletivo no desenvolvimento da atividade econômica –
tal princípio, chamado de princípio da subsidiariedade, é um dos pilares da
ordem econômica brasileira. Leia­se: “Ressalvados os casos previstos nesta
Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será
permitida  quando  necessária  aos  imperativos  da  segurança  nacional  ou  a
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.”.
Dessa  forma,  a  economia  considera  que  haveria  um  papel  a  ser
desempenhado pelo Estado quando o mercado não funcionar corretamente.
Isso se verificaria diante das falhas de mercado.
Dentre as falhas de mercado, encontram­se:
a. Assimetria  informacional: Existe assimetria de  informação, quando um
dos agentes econômicos possui todas as informações necessárias para a
tomada de decisões e o outro não as possui, ou possui de forma parcial.
Desprovidos do acesso à melhor informação, os agentes econômicos não
têm condições de tomar as decisões corretas e, desta forma, o mercado
não  funciona  corretamente.  Neste  sentido,  a  legislação  de  defesa  do
consumidor  torna  imperativo divulgar claramente, por exemplo, o prazo
de validade dos produtos e seus padrões de qualidade.
Da  mesma  forma,  a  legislação  de  mercado  de  capitais  impõe  certos
deveres  de  disclosure  a  respeito  de  informações  comercialmente
sensíveis  para  os  preços  das  ações.  Assim,  a  Comissão  de  Valores
Mobiliários  (CVM)  estabeleceu  recentemente  regulamentações  para  a
divulgação de dados relevantes aos negócios desse campo.
a. Poder econômico: Como se sabe, a concorrência é o regime em que a
geração de riquezas é máxima. Fora da concorrência, à medida que os
produtores  adquirem  poder  econômico,  sua  capacidade  de  agir
unilateralmente aumenta. Isso ocorre se o produtor aumenta os preços
(ou diminui a quantidade dos produtos), se deteriora a qualidade ou a
variedade  de  produtos  ou  serviços,  ou  se  reduz  o  ritmo de  inovações
para aumentar os lucros.
A situação extrema é a do monopólio: se o monopolista aumentar seus
preços,  os  consumidores  simplesmente  não  possuem  alternativas  –  ou
deixam de comprar, ou compram menos, ou compra pagando mais.
Este tipo de falha de mercado decorre de economias de escala, as quais
surgem como algo positivo em princípio: afinal, quando há economias de
escala  significativas,  o  custo  médio  dos  produtos  e  serviços  diminui  à
medida  que  o  volume  de  produção  aumenta  –  não  confunda  esse
conceito com o de economias de escopo, as quais geram economias de
custos quando aumenta a variedade de produtos e serviços produzidos na
mesma empresa.
Para  atingir  as  economias  de  escala,  é  necessário  que  a  empresa  seja
muito grande ­ isso pode acontecer pelo crescimento natural da empresa
ou pelo processo de fusão e aquisição.
22/04/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6
ou pelo processo de fusão e aquisição.
A  partir  de  certo  ponto,  porém,  as  economias  de  escala  tendem  a
desaparecer  e  pode  ser  o  caso  de  os  custos  de  produção  até  mesmo
aumentarem: está­se diante das deseconomias de escala.
a. Externalidades:  São  efeitos  não  pretendidos  no  desenvolvimento  de
uma atividade econômica, pelos quais o empresário normalmente não
se  responsabilizaria  ou  se  aproveitaria.  Com  esta  falha,  existe  uma
limitação à capacidade de autocorreção do mercado (o automatismo da
mão  invisível  de  Adam Smith).  Quando  um  empresário  investe  numa
região e gera progresso, sua intenção nunca foi a de melhorar a região,
mas isso pode acontecer – trata­se de externalidade positiva. Quando a
fábrica aberta por este empresário polui, ele não queria poluir, mas isso
acaba sendo um efeito negativo da atividade econômica –  trata­se de
externalidade negativa.
b. Ausência  de  mobilidade  de  fatores  de  produção:  Com  essa  falha  de
mercado,  existe  uma  limitação  à  capacidade  de  autocorreção  do
mercado, o automatismo da mão invisível de Adam Smith. O cafeicultor
não pode simplesmente deixar de produzir  café de um momento para
outro: o pé de café leva 2 anos para começar a produzir e sua mudança
antes de esgotada a vida útil prejudicaria a rentabilidade da lavoura.
c. Bens coletivos: devido à falta de incentivos para a sua produção, que é
altamente  requisitada  pela  sociedade  por  ser  útil  à  mesma,  bens
coletivos  tendem  a  ser  abastecidos  de  maneira  insuficiente.  Pode­se
citar como exemplos desta falha de mercado o fornecimento de vacinas
e, segundo a ótica do planejamento urbano, a dinâmica dos transportes
coletivos, em conflito com a atual priorização do transporte  individual,
no que tange à produção econômica. Isto se explica pela expansão do
mercado do automóvel no Brasil, notadamente nos últimos vinte anos.

Continue navegando