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Morfologia Interna dos Insetos

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( Morfologia Interna dos Insetos
Tegumento dos Insetos 
ESTRUTURA GERAL DO TEGUMENTO
O exoesqueleto é uma estrutura composta de várias camadas, com as funções de:
- Proteção externa
- Barreira contra a perda de umidade
- Sustentação muscular
- Interface sensorial com o ambiente
Composto por:
a) Membrana basal: camada de polissacarideos secretada por um tipo de hemócito, que separa a epiderme do hemocele.
b) Epiderme: camada de células epiteliais, poligonais, misturadas a células especiais (glândulas dérmicas, enócitos e tricógenos). Os tricógenos são inclusões epidérmicas responsáveis pelo senso táctil.
c) Cutícula: composta das camadas:
Epicutícula: não quitinosa
Exocutícula: mais quitinizada que a endocutícula
Endocutícula: quitinosa
A quitina é um polissacarideo nitrogenado com fórmula empírica – (C8 H13 O5 O)n
Normalmente associado a proteínas (esclerotina), responsáveis pela dureza do tegumento.
ECDISE: É o fenômeno de mudança de pele (tegumento) que ocorre nos artrópodes.
O processo é ativado pelo hormônio ecdisônio, produzido pelas glândulas protorácicas.
MECANISMO DA ECDISE
1. Separação entre a cutícula velha e a epiderme
2. Secreção do fluido da ecdise pela epiderme
3. Produção da cuticulina do novo exoesqueleto
4. Digestão e absorção da velha endocutícula sem afetar a exocutícula e a epicutícula que formarão a exúvia.
5. A epiderme produz uma nova procutícula.
6. Rompimento do tegumento ao longo da linha de ecdise devido a concentração do sangue na cabeça e tórax.
7. Expansão do novo tegumento seguido de pigmentação e esclerotinização.
PROJEÇÕES DO EXOESQUELETO
1. Apófises: processos destituídos de articulação. Os tipos principais são:
a) Nódulos cuticulares: pequenas projeções cônicas variáveis em tamanho, distribuição e forma.
b) Pelos fixos: apófises em forma de pelos.
c) Espinhos: são multicelulares e espiniformes. Ocorrem em várias partes do corpo do inseto.
2. Apêndices: são processos articulados. Os principais são:
a) Esporões: geralmente presente nas patas
b) Setas: pelos móveis ou cerdas, projeções unicelulares do exoesqueleto.
Aparelho Digestivo dos Insetos 
APARELHO DIGESTIVO
- Tubo que percorre o corpo no sentido longitudinal desde a boca até o ânus.
- Tipo de alimento: qualquer substancia orgânica (sangue, vegetais etc.)
- Nos cupins e baratas a digestão é ajudada por simbiontes.
ESTRUTURA GERAL
- Estomodéu
- Mesêntero
- Proctodéu
ESTOMODÉU
Formado por faringe, esôfago, papo ou inglúvio, proventrículo ou moela e válvula cardíaca.
Papo: armazena momentaneamente o alimento realizando as primeiras transformações enzimáticas
Proventrículo: apresenta dentes quitinosos nos insetos mastigadores.
Válvula cardíaca: dobra circular que impede o retorno do alimento ao estomodéu.
MESÊNTERO
Formado por ventrículo, cecos gástricos e válvula pilórica.
Ventrículo: completa a digestão iniciada no estomodéu. Quase toda a assimilação ocorre no ventrículo. Secreta amilases, maltases, invertases, lipases e proteases.
Válvula Pilórica: impede o retorno do alimento ao mesêntero.
PROCTODÉU
Formado por piloro, íleo, cólon, reto e ânus. Presença de “glândulas retais” para absorção de água e nutrientes.
ANEXOS DIGESTIVOS
- Glândulas salivares: localizadas na cabeça ou tórax, secretoras de saliva que é lançada na hipofaringe.
- Saliva: umedece os alimentos, limpa os estiletes e nos hematófagos impede a coagulação sangüínea.
- Cecos gástricos: divertículos em forma de bolsa em número de 2 – 8. Têm a função de manter simbiontes e ampliar a área de secreção e absorção.
- Tubos de Malpighi: principal órgão de excreção dos insetos. Retira da hemolinfa sais e resíduos nitrogenados na forma de ácido úrico. Ocorrem em número variável, normalmente múltiplos de dois.
Aparelho Circulatório dos Insetos 
APARELHO CIRCULATÓRIO
Os insetos possuem um sistema circulatório aberto onde o sangue (hemolinfa) corre livremente na cavidade do corpo, entrando em contato com todas as estruturas internas
ESTRUTURA GERAL
- Vaso dorsal fechado posteriormente e aberto anteriormente
- Órgãos acessórios pulsáteis
Função: efetuar todas as trocas químicas entre os órgãos do corpo; transporte de nutrientes, produtos de excreção, hormônios etc.
Meio circulatório: hemolinfa (sangue ou liquido visceral). Serve como meio de armazenamento de água, aminoácidos e como fluido hidráulico para transmissão e manutenção da pressão do sangue.
VASO DORSAL
Tubo formado por fibras musculares e tecido fibroso. Composto posteriormente pelo coração e anteriormente pela aorta.
Coração: formado por uma serie de câmaras, possuindo válvulas ostiolares que impedem a volta da hemolinfa do vaso dorsal para a cavidade do corpo.
DIAFRAGMAS E SINUS
Diafragmas são duas estruturas musculares (dorsal e ventral) que dividem a cavidade do corpo em três partes (sinus pericardial, perineural e perivisceral)
Diafragma dorsal: separa o coração das outras vísceras. Ligam-se ao coração pelos músculos alares
Diafragma ventral: separa a cadeia nervosa do aparelho digestivo.
ORGÃOS PULSÁTEIS ACESSÓRIOS
São órgãos especializados para bombear o sangue, situados na base das antenas, asas e patas.
CURSO DA CIRCULAÇÃO
1. Coração dilata-se e aspira sangue através dos ostíolos.
2. A contração sistólica impele o sangue para a frente pela aorta até a cabeça.
3. Na cabeça, parte do fluxo é dirigido para as antenas ajudado por órgãos pulsáteis. Depois o sangue é coletado no sinus perivisceral e é levado ao pericardial.
INCLUSÕES (Hemócitos)
- Amebócitos: fagocitose
- Proleucócitos: precursores
- Leucócitos granulares: transporte de nutrientes.
- Hemócitos hialinos: coagulação sangüínea
Aparelho Respiratório dos Insetos 
APARELHO RESPIRATÓRIO
- Os insetos são animais aeróbicos, tendo que obter oxigênio do meio para sobreviver
- Utilizam as mesmas reações metabólicas que outros animais (glicólise, ciclo de Krebs e o sistema de transporte de elétrons)
- O aparelho respiratório dos insetos tem como função levar O2 a todas as células do corpo, e remover o CO2 produzido. É composto por uma complexa rede de tubos (sistema traqueal) que apresenta:
SISTEMA TRAQUEAL
- Espiráculos
- Traquéias e Traquéolas
- Sacos aéreos
ESPIRÁCULOS: são aberturas localizadas lateralmente no tórax e abdome da maioria dos insetos, um par por segmento, por onde entra o ar. Apresenta:
- Peritrema
- Átrio ou Vestíbulo
- Aparelho de Oclusão
Localização: 2 pares no tórax e 8 no abdome
TIPOS DE SISTEMA RESPIRATÓRIO
Baseado na funcionalidade dos espiráculos temos:
a)Holopnêustico:todos os 10 pares são funcionais.Ex:Gafanhoto
b)Hemipnêustico:um ou mais pares não funcionam. Ex:Lepidóptera
c)Hipopnêustico:um ou mais espiráculos desaparecem completamente.Ex:larvas de Diptera.
d)Apnêustico:não possui espiráculos.
TRAQUEIAS:são tubos elásticos apresentando:
a)Endotraquéia:camada de cuticulina interna
b)Tenídia:engrossamento da camada de cuticulina formando estrutura espiralada com função de manter a traquéia distendida
c)Ectotraquéia:camada epitelial externa a endotraquéia e tenídia
d)Membrana basal
TRAQUÉOLAS:canalículos que partem da célula terminal constituindo-se em interface úmida entre o ar e as células.Podem conter fluido traqueal ou ar.
**SACOS AÉREOS:são traquéias dilatadas com função de aumentar a quantidade de oxigênio respirado. Insetos aquáticos utilizam os sacos aéreos para acumular oxigênio e tambem servem para ajudar no vôo.
VENTILAÇÃO
Insetos pequenos dependem, quase completamente, da difusão passiva do ar no sistema traqueal. Insetos maiores requerem ventilação ativa, proporcionada pelos músculos abdominais.Essa ventilação possui as fases diretas e indiretas.
VENTILAÇÃO DIRETA:compreende:
- Aspiração
- Compressão
- Expiração
VENTILAÇÃO INDIRETA: feita através das traqueolas. O oxigênio é dissolvido no líquido traqueal.
Sistema Glandular dos InsetosSISTEMA GLANDULAR
GLÂNDULA: Célula ou associação de células produtoras de secreções. Podem ser exócrinas ou endócrinas.
GLÂNDULAS EXÓCRINAS
Glândulas de Veneno
Ex.
a)Abelhas: localizada na base do ferrão. (ver o endereço http://www.bichoonline.com.br/artigos/gcao0013.htm)
O veneno é constituído por várias substâncias, destacando-se a melitina (50% do veneno seco), responsável pela maioria dos efeitos lesivos, e a fosfolipase A (12% do veneno seco), uma das responsáveis pelos efeitos hemolíticos. São descritos também histamina, hialuronidase, apamina e um fator desagregador dos mastócitos.
O veneno apresenta 3 efeitos no organismo:
a) neurotóxico - atua sobre o sistema nervoso;
b) hemorrágico - aumenta a permeabilidade dos capilares sanguíneos;
c) hemolítico - destrói os glóbulos vermelhos do sangue.
b) Taturanas: conjugadas com os espinhos (Lonomia obliqua) (http:////www.epagri.rct-sc.br/cepaf/labfito/taturana.htm). O veneno e chamado lopap e age ativando uma enzima envolvida nas reações finais desse processo, a protrombina, que é transformada em trombina. A trombina, por sua vez, é a enzima que transforma fibrinogênio em fibrina, coagulando o sangue.
Glândulas Adesivas: localizadas na base dos arólios e pulvilos
Glândulas de cera: localizadas:
Nas abelhas nos 2º - 5º urômeros
COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS:
A cera de Apis mellífera tem sido separada em mais de 300 componentes, que podem ser resumidos em:
- Monoesteres - 35%
- Hidrocarboneto - 14%
- Ácidos livres - 12%
- Diésteres - 14%
- Hidroxipoliesteres - 8%
- Hidroximonoésteres - 4%
- Triésteres - 3%
- Ácidos poliésteres - 2%
- Ácidos monoésteres - 1%
- Material não identificado 7%
USO : indústrias de cosméticos em pomadas, loções, cremes faciais e labiais, para depilação etc. Na indústria de velas e na fabricação de graxas, unguentos; na composição de fitas adesivas, gomas de mascar, tintas; em enxertos e vernizes.
Nos homópteros estão distribuídos por todo o corpo.
Glândulas de Laca: Laca ou Goma Laca é uma resina natural, produzida por cochonilhas da espécie Laccifer Lacca, da família Laciferidae. Para produzir um quilo de goma laca, são necessários cerca de 300 mil insetos deste tipo. Utilizada em laquês para cabelo.
Glândulas de espuma: ocorrem nas pleuras dos 7º e 8º urômeros de cercopidae
Ex. Cigarrinha das raízes da cana-de-açúcar
Glândulas Dérmicas: formam a camada de cimento da epicutícula.
Glândulas Cefálicas:
Mandibulares
Maxilares
Labiais: em Lepidoptera são chamadas sericígenas (produtoras de seda). A seda é formada por moléculas de fibroína e a proteína P25, que formam o fio insolúvel. A fibroína se solidifica no momento que o fio sai.
Glândulas repelentes
Ex. 1. Hemíptera (Pentatomidae, Scutelleridae e Cydnidae)
2. Baratas: localizadas nos 5º e 6º urômeros.
3. Lagarta do citrus: osméterio.
Glândulas Atraentes: produzem feromônios (sexual, marcador de trilha, etc.)
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
Glândulas Protorácicas: produzem o ecdisônio (hormônio da ecdise)
Glândulas Ventrais: existem nos Thysanura
Glândulas Retrocerebrais
HORMÔNIO E METAMORFOSE
1. Hormônio do cérebro → ativação das glândulas protorácicas → produção de ecdisônio → processo de ecdise.
2. Neotenim é produzido em quantidades menores à medida que o inseto se desenvolve.
ÓRGÃO FOTOGÊNICO
Localização:
a) No protórax em Pyrophorus sp. (fam. Elateridae)
b) No abdome em Photinus sp(fam. Lampyridae)
Luminescência
A luciferina (substrato) → oxidação pela enzima luciferase →produção de luz
Função: atração sexual
Comunicação entre os insetos 
COMUNICAÇÃO ANIMAL(Philips & Austad, 1990)
- Ocorre comunicação quando:
a) Um animal transfere informação através de sinais para uma audiência apropriada; ou
b) Um animal ganha informações que outro animal pretende transmitir por meio de sinais.
- A Comunicação existe para:
a) Reconhecimento (espécies, indivíduos, castas etc.)
b) Reprodução (chamamento e corte)
c) Interação agonística e estabelecimento de status social
d) Alarme
e) Forrageamento
- Canais de Comunicação
a) Auditiva
b) Química
c) Visual
d) Táctil
COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DO SOM
- Batimento: usando uma parte do corpo contra o substrato
Ex. Anobiidae: batem a cabeça contra a madeira. Atração sexual
Formigas: abdome contra o solo como alarme e indicação de excitação
Baratas: também abdome contra o substrato
- Vibração de membranas
Ex. Cicadidae: os machos utilizam estrutura parecida com um tambor capaz de atingir a freqüência de 4.500 ciclos por segundo. Atração sexual e reunião da espécie.
- Vibração das asas
Ex. Abelhas, dípteros etc.
- Fricção: encontrado em Orthoptera, Coleoptera e Hemiptera.
Ex. Em Orthoptera temos:
1. Acrididae : femur posterior contra a parte externa da asa
2. Tetigoniidae e Grillidae: fricção das asas anteriores
Função diversa: atração sexual, agregação, luta etc.
COMUNICAÇÃO QUÍMICA
SEMIOQUÍMICOS: sinais químicos
Aleloquímicos: substancias químicas que servem de intermediárias na interação entre dois indivíduos que pertencem a espécies diferentes. Pode se:
- Cairomônio: beneficiam a espécie receptora do estímulo. Ex. o parasita Cardiochiles nigriceps responde a hidrocarbonetos produzidos por Heliothis virescens.
- Alomônio: beneficiam a espécie produtora do estímulo. Normalmente são substâncias de defesa. Ex. operárias de Formica sp. Produzem substâncias repelentes a predadores.
- Sinomônio: tanto o emissor quanto o receptor são beneficiados. Ex. Isocianato de alila (Cruciferas) atrai Diaretiella rapae (parasitóide de pulgões).
Feromônios: substancias químicas liberadas por um organismo que provoca mudança comportamental em outro da mesma espécie.
- Feromônio de alarme: sinaliza ameaça provocando fuga (pulgão) e agressão (abelha).
- Feromônio de dispersão: Ex. antiagregação em moscas-das-frutas
- Feromônio de agregação: para manutenção da sociedade de insetos (abelhas) e colonização de novos habitats antes do acasalamento (escolitideos).
- Feromônio marcador de trilha: produzido por abelhas, formigas, cupins etc.
- Feromônio sexuais: usados para atração do sexo oposto. Constatados em mais de 2000 espécies.
Ex.
( Bombicol – Bombix mori
( Giplure – Porthetria dispar
( Gossyplure – Pectinophora gossypiela
( Trimedlure – Ceratitis capitata
( Rhyncophorol – Rhynchophorus palmarum
COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DA DANÇA
- Encontrado nas abelhas
- Comunica a distância, quantidade e qualidade do alimento
Dança Circular: fonte de alimento localizada até cerca de 8 m. Não há indicação da direção.
Dança em foice: fonte localizada a distância maior,entre 8 e 50 m. Fornece a direção pela bissetriz do ângulo formado pelos braços da foice.
Dança do requebrado: fonte localizada a mais de 50 m.Click aqui http://www.youtube.com/watch?v=-7ijI-g4jHg&gl=BR&hl=pt 
Informações transmitidas:
1. Abundância: indicada pela duração da dança
2. Direção da fonte: indicada pelo ângulo formado entre a linha do requebrado e a direção do sol ou gravidade.
3. Distância: freqüência do requebrado, por unidade de tempo. Quanto mais lenta a dança, mais longe esta o alimento
Sistema Nervoso dos Insetos 
SISTEMA NERVOSO DOS INSETOS
O sistema nervoso dos insetos é uma rede de células especializadas chamadas de neurônios responsáveis pela coordenação das diversas atividades dos vários sistemas.
Cada neurônio possui:
- Pericarion: corpúsculo central nucleado
- Dentrito: fibra aferente
- Axônio: fibra eferente
TIPOS DE NEURÔNIOS
- Unipolar : dentrito e axônio deixam o pericarion num ramo comum.
- Bipolar: apenas um dentrito independente do axônio
- Multipolar: mais de um dentrito independente do axônio
NERVOS: aglomeração de neurônios envolvidos por bainha conjuntiva especial. Neles há predominância de longos axônios.
GÂNGLIOS: formados por nervos. São unidos por nervos, longitudinalmente (conectivos) e horizontalmente por comissuras.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL- Cérebro (gânglio supraesofagiano) : composto pelos:
a) Protocérebro: associado a visão
b) Deutocérebro: associado as antenas
c) Tritocérebro: associado ao lábio superior
- Gânglio subesofagiano: enerva as demais peças bucais e as glândulas salivares
- Cadeia Nervosa Ventral: composta por gânglios torácicos e abdominais, associados com a neurofisiologia dos segmentos, espiráculos e locomoção.
SISTEMA NERVOSO VISCERAL
Constituição:
- Sistema Nervoso Estomogástrico: responsável pela enervação do estomodéu, mesentero, vaso dorsal e traquéias da cabeça.
- Sistema Nervoso Simpático Ventral: associado com os espiráculos
- Sistema Nervoso Simpático Caudal: enerva o proctodéu e os órgãos reprodutores.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Formado por nervos que deixam ou chegam ao SNC para enervar músculos ou órgãos dos sentidos. Seus nervos são:
a) Aferentes: trazem informações dos órgãos dos sentidos para o SNC
b) Eferentes: levam informações do SNC para músculos e apêndices.
TRANSMISSÃO DE IMPULSOS
1. Axônica : de natureza elétrica
- Potencial de repouso (PR): o nível de ions K+ >Na+
- Potencial de Ação (PA): a permeabilidade da membrana permite a inversão dos níveis.
2. Sináptica: de natureza química, ocorrendo através da ação de mediadores (acetilcolina)
SISTEMA NERVOSO E USO DE DEFENSIVOS (Astolfi & Landoni, 1984)
1. Ação fisiológica da Acetilcolina: a acetilcolina liberada pelo sistema nervoso atua diretamente sobre as células provocando respostas características.
2. Ação fisiológica da enzima colinesterase: hidrolisa acetilcolina dando colina + ion acetato, interrompendo a transmissão do impulso nervoso.
3. Ação tóxica dos ésteres fosforados: os ésteres fosforados fixam um grupo fosforila na enzima colinesterase interrompendo sua ação, ocasionando intoxicação.
OBS. No caso de intoxicação humana, utiliza-se Atropina com a finalidade de bloquear a ação da acetilcolina interferindo na capacidade de resposta da célula para responder ao estímulo nervoso.
Orgãos dos Sentidos dos Insetos 
ORGÃOS DOS SENTIDOS DOS INSETOS
Todos os insetos possuem órgãos sensoriais que os capacitam a perceber o ambiente. Estes órgãos convertem energia luminosa, química ou mecânica, originada do ambiente, em impulsos nervosos que conduzirão a uma resposta comportamental apropriada : encontrar recursos (alimento, acasalamento etc.), evitar predadores ou reagir a mudanças ambientais. Podem ser agrupados em três categorias:
1. Receptores mecânicos: detectam movimentos, vibrações, toques etc.
2. Receptores químicos: detectam a presença de substâncias químicas no ar ou em um substrato.
3. Fotoreceptores: detectam a presença e qualidade da luz incidente (radiação eletromagnética).
RECEPTORES MECÂNICOS (sentido táctil)
1. Sensilo Tricógeno: são pelos associados a um neurônio simples, bipolar cujo dentrito esta ligado à base do pelo. Grupo desses pelos são freqüentemente encontrados por trás da cabeça, nas patas ou nas juntas, informando a respeito do movimento do próprio corpo do inseto.
2. Sensilo Campaniforme: são discos ovais planos que servem para perceber qualquer flexão ocorrida no exoesqueleto. São encontrados por todo o corpo do inseto, especialmente nas patas, na base das asas e ao longo das suturas onde dois escleritos se encontram.
3. Órgãos Cordotonais: incluem vários tipos de mecanoreceptores nos quais um ou mais neurônios bipolares estabelecem ligação entre duas superfícies internas do exoesqueleto. Tipos comuns desses órgãos são:
a) Órgãos subgenuais: localizados nas patas de vários insetos, são muito sensíveis a vibração no substrato.
b) Órgãos timpanais: estão ligados a membranas que respondem à vibrações sonoras. Essas estruturas estão localizadas no tórax (alguns Hemiptera), no abdome (gafanhotos e algumas mariposas) ou na tíbia anterior (nas esperanças, grilos e paquinhas).
c) Órgão de Johnston :encontrado por dentro do pedicelo de cada antena. Nos Diptera, estão associados à percepção das vibrações sonoras ocorridas nos pelos antenais.
RECEPTORES QUÍMICOS
1. Gustação: os receptores gustativos são os mesmos sensilos tricógenos, placodes e basicônicos ligados a dentritos de vários neurônios sensoriais, expostas para o exterior através de uma abertura (poro) na cutícula. Cada neurônio parece responder a tipos diferentes de compostos (açúcar, sal, proteínas etc.). São mais abundantes nas peças bucais mas podem também ser encontrados nas antenas, tarsos e genitália, especialmente na parte apical do ovipositor.
2. Olfato: são cones (sensilo basicônico) ou placas (sensilo placode) com numerosos poros através dos quais penetram as moléculas difusas das várias substancias químicas existentes no ar. São extremamente sensíveis podendo perceber substancias mesmos em baixíssimas concentrações (ex. feromônios). São mais comuns nas antenas mas podem ser encontrados também nas peças bucais e genitália.
FOTORECEPTORES
1. Olhos Compostos: encontrado praticamente em todos os insetos adultos e em algumas formas imaturas. Como o nome sugere, são compostos por omatídeos que são a unidade estrutural e funcional da visão dos insetos. O número de omatideos é variável podendo algumas operárias de formigas apresentar menos que seis, enquanto alguns Odonata podem ter mais 25.000.
Estrutura do Omatídeo
- Córnea: parte transparente da cutícula; possui função de lente
- Cone cristalino: situado abaixo da córnea e que conjuntamente com ela, é responsáveis por concentrar e refletir a luz para a região contendo pigmentos.
- Rabdoma: é a parte fotossensivel do omatídeo em forma de bastonete produzido por 6-8 neurônios especializados chamados retínulas. Esta colocado logo abaixo do Cone Cristalino.
- Íris: células pigmentadas situadas em torno do omatídeo.
- Retina: formada pelas retínulas; ligadas a neurônios.
2. Olhos Simples (Ocelos): podem ser laterais ou dorsais
a) Ocelos Dorsais: comumente encontrados nos adultos e em forma imaturas de insetos hemimetabólicos. Diferem dos olhos compostos por apresentarem apenas uma córnea cobrindo vários rabdomas. Não formam uma imagem do ambiente mas respondem a mudanças na intensidade luminosa.
b) Ocelos Laterais: são os olhos das larvas dos insetos holometabólicos e de alguns adultos. Sempre ocorrem lateralmente e são estruturalmente semelhantes ao dorsais apresentando muitas vezes um cone cristalino sob a córnea.
TIPOS DE VISÃO: a visão dos insetos é explicada pela teoria do mosaico ou seja, cada omatídeo apresenta um pequeno campo visual, sendo possível a visão apenas pela junção de inúmeras imagens individuais. Dependendo do grupo temos os seguintes tipos de visão:
- Aposição ou Justaposição: colocação lado a lado dos pontos luminosos dos omatídeos. Ex. Odonata, Diptera.
- Superposição: pontos de luz vizinhos (até 30 omatídeos) podem ser concentrados em um único rabdoma. Ex. mariposas.
FOTORECEPTORES EXTRA -OCULARES
Alguns insetos respondem a mudanças na intensidade luminosas, mesmo sem o funcionamento dos fotoreceptores conhecidos. Nenhum receptor específico foi encontrado até o presente.
Aparelho Reprodutor Dos Insetos 
APARELHO REPRODUTOR DOS INSETOS
Na maioria dos insetos a reprodução é sexuada e por oviparidade
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
É composto por :
a) Um par de ovários
b) Dois ovidutos laterais
c) Um oviduto comum que se continua na Bursa copulatrix (vagina e vulva)
d) Espermateca
e) Glândulas Acessórias
OVÁRIOS: colocados lateralmente ao tubo digestivo. Composto por ovaríolos que se abrem no oviduto lateral.
Os ovaríolos são tubos alongados em número variável apresentando quatro regiões: filamento terminal, germarium, vitellarium e pedicelo.
Tipos de ovaríolos:
1. Panoístico: sem células nutrizes. Ex. Odonata
2. Politrófico: com células nutrizes, alternadas com os oócitos. Ex. Hymenoptera.
3. Acrotrófico: com células nutrizes localizadas no ápice dos ovaríolos. Ex. Hemiptera.
OVIDUTOS LATERAIS: condutos que partem de cada ovário que se unem paraformar o oviduto comum.
ESPERMATECA: serve para recepção e armazenamento dos espermatozóides.
GLÂNDULAS ACESSÓRIAS (ou COLETÉRICAS): elaboram substâncias associadas a oviposição.
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
Formado por:
a) Um par de testículos
b) Vasos deferentes (quando alargados = vesícula seminal)
c) Canal ejaculador
d) Glândulas acessórias
TESTÍCULOS: formado por folículos, ligados ao vaso deferente pelos vasos eferentes. Apresentam:
a) Germário: espermatogônios
b) Zona de crescimento: espermatócitos
c) Zona de divisão e redução: espermátides
d) Zona de transformação: espermatozóides
VASOS DEFERENTES: partem dos testículos e depois se alargam formando a vesícula seminal. Unem-se para formar o canal ejaculador.
GLÂNDULAS ACESSÓRIAS: liberam substâncias que formam o espermatóforo.
SELEÇÃO SEXUAL (Andersson, 1994)
1. Porque a fêmea é normalmente quem escolhe?
a) O esperma é barato e o ovo é caro. Fêmea seleciona o macho.
b) A fêmea apresenta mais freqüentemente cuidado parental liberando o macho.
2. Mecanismos de competição por acasalamento
a) Rapidez na resposta: o primeiro macho a aparecer realiza a cópula.
b) Persistência: o sucesso reprodutivo esta ligado com o tempo gasto copulando ou permanecendo no sitio de reprodução. Borboletas territoriais.
c) Competição: o sexo que investe menos compete diretamente pelo outro sexo.
1. Características que possibilita sucesso na competição: tamanho, força, armas, agilidade ou sinais de ameaças.
2. Machos inferiores desenvolvem táticas alternativas.
3. O que a fêmea deseja do macho?
a) Bons genes
b) Recursos
c) Cuidado parental
Biologia e Desenvolvimento dos Insetos 
BIOLOGIA DOS INSETOS
1. Ciclo Biológico: conjunto de fases por que passa o inseto, desde o ovo até a morte.
Obs: A multiplicação rápida dos insetos deve-se a:
1.Fêmeas prolíferas
2.Ciclo biológico curto
2.Tipos de Reprodução
a) Assexuada
b) Sexuada
3.Reprodução dos Insetos
a) Oviparidade: postura de ovos ou óvulos. Ocorre na maioria dos insetos.
Ex. Lepidoptera, Coleoptera.
b) Viviparidade: o desenvolvimento embrionário é completado dentro do corpo materno. São depositados formas jovens e até pupas. Pode ser:
1.Adenotrófica: o embrião se alimenta de glândulas hipertrofiadas.
Ex. Glossina morsitans
2. No hemocele: ovos são liberados no hemocele. Larvas escapam devorando a mãe. Ex. Strepsiptera, Cecidomiidae.
3.Pseudoplacentária: a alimentação do embrião se da através de estruturas pareci-das a placentas. Ex. pulgões.
4.Ovoviviparidade: ocorre a deposição de ovos com embriões desenvolvidos, ou mesmo larvas recém-eclodidas. Ex. Tachinidae.
c) Partenogênese: óvulos se desenvolvem sem fecundação. Pode ser:
1.Telítoca: quando origina apenas fêmeas. Ex. Pulgões em clima tropical
2.Arrenótoca: origina apenas macho. Ex. Zangões
3.Anfítoca: origina indivíduos de ambos os sexos. Ex. Pulgões em clima tem-perado.
OBS: Reprodução de pulgões em clima temperado
No verão: partenogênese telítoca
No outono: anfítoca para a produção de ovos resistentes
No inverno: ovos
Na primavera: partenogênese telítoca.
d) Pedogênese: ocorre em formas imaturas com ovários funcionais. É partenogenética. Cecidomiidae.
e) Poliembrionia: produção de dois ou mais embriões a partir de um único ovo. Ex. Microhimenopteros como Chalcididae e Braconidae.
f) Hermafroditismo: os dois sexos no mesmo indivíduos. Ex. Icerya purchasi.
g) Neotenia: manutenção de forma jovem no adulto. Ex. Psichidae (Bicho- cesto).
DESENVOLVIMENTO DOS INSETOS
Pode ser:
- Embrionário
- Pós-embrionário
1.Eclosão das larvas
- Deglutição de líquido amniótico
- Força muscular
2. Estádio e Ínstar
- Estádio: período entre duas ecdises
- Ínstar: idade, forma, cor, e tamanho do inseto durante um estádio.
OBS: 1. A maioria dos insetos muda de pele de quatro a seis vezes
2. O último ínstar é chamado adulto ou imago.
3. Metamorfose: mudança através da qual um inseto passa de ovo a adulto.
4. Controle da metamorfose
- Hormônio do cérebro (Corpo cardíaco)
- Ecdisônio (Glândulas protorácicas)
- Neotenin (Corpo cardíaco)
5. TIPOS DE METAMORFOSE
a) Ametabolia: forma jovem igual ao adulto. Ex. Thysanura e Collembola
b) Hemimetabolia: insetos recém-eclodido assemelha-se ao adulto com diferença no ta-manho, ausência de asas e órgãos genitais imaturos. Forma jovem chamada Náiade (para aquáticos) ou Ninfa (para terrestres). Ex. Odonata, cigarras e gafanhotos.
c) Holometabolia: forma jovem difere totalmente do adulto. Ex. Lepidoptera, Coleoptera.
FASES DO DESENVOLVIMENTO
1. Ovo
- Estrutura
Estrutura do ovo de um inseto
2. Forma jovem: fase que vai da eclosão da larva até pupa ou adulto
a)Ninfa: forma jovem dos insetos hemimetabólicos terrestres apresentando corpo, aparelho bucal, olhos compostos e hábitos semelhante ao adulto. Se aquático denomina-se náiade. Ex. gafanhotos e Odonata.
b) Larva: forma jovem dos insetos holometabólicos em que as asas se desenvol-vem sob o exoesqueleto, corpo cilíndrico diferente do adulto, sem olhos compostos, aparelho bucal em alguns casos diferente do adulto.
3. Tipos de Larvas
a) Campodeiforme: pernas torácicas bem desenvolvidas, corpo achatado, predadores. Ex. Joaninhas
b) Carabiforme: corpo achatado, cabeça grande e mandíbulas bem desenvolvida. Ex. Carabideos.
c) Escarabeiforme: sem olhos, patas bem desenvolvidas, corpo encurvado, vive no solo. Ex. pão-de-galinha.
d) Curculioniforme: semelhante a descrição anterior porem sem patas.
e) Elateriforme: corpo cilíndrico, alongado e consistente. Ex. larva arame.
f) Buprestiforme: cabeça pequena encravada no tórax.
g) Cerambiciforme: cabeça pequena, tórax bem desenvolvido (Coleobrocas)
h) Eruciforme: cilíndrica, patas locomotoras abdominais, cabeça bem desenvolvida. Lagartas dos lepidópteros.
i) Vermiforme: ápode, cabeça diminuta, corpo afilado.
j) Limaciforme: ápode, achatada, semelhante a certas lesmas.
4. PUPAS
Fase de transição entre larva e imago. É uma fase inativa do ponto de vista de locomo-ção mas ativa do ponto de vista fisiológico.
4.1. Histólise e histogênese
O primeiro termo refere-se ao processo de degeneração ou dissolução e o segundo à reconstituição dos tecidos.
Ex.
- Pernas abdominais das lagartas desaparecem e as dos dípteros são adquiridas.
- Traqueo-brânquias das formas jovens aquáticas são substituídas por espirá-culos.
- Asas são formadas.
4.2. Tipos de pupas
a) Exarada: apêndices visíveis e agastados do corpo. Ex. Coleópteros, Himenóp-teros, Neurópteros.
b) Obtecta: apêndices intimamente ligados ao corpo. Típica de lepidópteros. Po-dem ser nuas (famílias Noctuidae, Sphingidae, Pieridae) ou encerradas em ca-sulo (bicho-da-seda) ou em estojo (bicho cesto e traças).
c) Coarctada: envolta pela última pele endurecida e encurtada. Típica de Diptera.
Fonte: http://marcosfilgueira.wikidot.com/morfologia-interna março de 2013

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