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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Itajubá MG 2013 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Lucas Peixoto de Lima 16838 Daniel Paiva Fernandes 23673 João Paulo Pagenotto Shibata 26664 Thiago dos Santos Morais 24685 Itajubá MG 2013 2 Sumário Introdução 1. Características da Teoria Neoclássica 2. Aspectos administrativos comuns 3. Eficiência e eficácia 4. Princípios básicos de organização 4.1. A questão da autoridade 4.2. A questão da responsabilidade 4.3. A questão da delegação 4.4. A questão da amplitude administrativa 5. Centralização vs descentralização 6. Funções do administrador Conclusão Referência bibliográfica 3 Introdução Teoria Neoclássica é hereditária,seus autores possuem ideais diferentes por isso ela não é uma teoria definida e sim um grupo de teorias com ideais baseados na Teoria Clássica 1. Características da Teoria Neoclássica a. Ênfase na prática da administração Busca objetivos concretos e pragmáticos,empresa só aplicam projetos quando possuem fatos concretos de sua veracidade b. Reafirmação relativa dos postulados clássicos Reativa valores da Teoria Clássica e as adaptam conforme os valores Neoclássicos. c. Ênfase nos objetivos e resultados possui foco nos objetivos e resultados da empresa,ou seja,seu maior foco é na eficácia de seu empreendimento,mas a certa divergência,a função do administrador é buscar a eficiência de seus projetos. d. Ênfase nos princípios gerais da administração Resgata valores como os princípios gerais de uma administração: Planejamento,Organização,Direção,Controle.Entretanto pegam esses valores e as reformam de maneira a trabalhar com prática mais flexíveis diferentes das anteriores que eram sistemáticas. 2. Aspectos administrativos comuns a. Quanto aos objetivos as empresas possuem enfoque com os objetivos,apesar de serem diferentes seus princípios são os mesmos. b. Quanto à administração organizações possuem fatores comuns de se manusear,como por exemplo, todas organizam reuniões com pautas relacionadas a desempenho(relatórios e gráficos de desempenho),novos empreendimentos e métodos para alcançalos. c. Quanto ao desempenho individual os funcionários em geral possuem autonomia para planejar e trabalhar com o seus recursos e tarefas responsáveis,podendo até organizar seus métodos para alcançar o objetivo. 4 3. Eficiência e eficácia Para Chiavenato, cada organização deve ser vista sobre o ponto de vista da eficácia e eficiência simultaneamente. Enquanto o foco da eficácia é o alcance dos resultados, na eficiência o foco é utilização dos recursos no processo de alcançar o pretendido fim. Através da eficácia, a organização pretende alcançar seu objetivo final, qual seja, produzir bens ou serviços à sociedade. Durante este processo são aplicados recursos para obtenção do produto final, sendo aí que conceito de eficiência entra. A eficiência está voltada à melhor maneira como as coisas podem ser executadas da maneira mais racional possível, a fim de se garantir a otimização da utilização dos recursos disponíveis. Já quando a atenção está voltada à análise se os objetivos da organização estão sendo bemsucedidos através dos processos adotados, o administrado está dando ênfase à eficácia. Apesar do cenário ideal prever tal circunstância, uma organização não é necessariamente eficiente e eficaz ao mesmo tempo. Por exemplo, se uma empresa reduz custos na produção das peças do motor de um veículo, mas o produto passa a apresentar problemas depois de pouco tempo de uso por parte do consumidor final, a empresa pode ter alcançado eficiência durante a produção do veículo, mas não atendeu às expectativas do consumidor e de sua própria finalidade, deixando de ser eficaz. Quando uma organização consegue anteder a ambos os conceitos de eficiência e eficácia, passa a ser considerada detentora de excelência. 4. Princípios básicos de organização Para os teóricos neoclássicos, a organização é um conjunto de posições hierárquicas e funcionais destinadas ao objetivo econômico de produzir bens ou prestar serviços. Seus princípios básicos são a divisão do trabalho, especialização, hierarquia e amplitude administrativa. O procedimento de divisão do trabalho é a maneira como um trabalho complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas que o constituem. Surgiu com a Revolução Industrial com a Administração Científica com o trabalho operário e foi ampliado pelos Neoclássicos aos níveis hierárquicos com o método cartesiano de análise/decomposição e síntese/composição das atividades. Pelo princípio dos níveis hierárquicos, a organização pode ser divida nos níveis institucional, intermediário e operacional. O administradores do nível institucional (estratégico), são responsáveis pelas principais decisões da empresa, traçam objetivos a longo prazo e são responsáveis pela relação da organização com o ambiente externo. O nível intermediário (tático) é intermediário entre o estratégico e o operacional, seus gestores raduzem os objetivos e planos elaborados pelo nível estratégico para que o nível operacional possam realizar. O nível operacional é responsável execução e cumprimento das tarefas cotidianas e de curto prazo. Segundo o princípio da especialização, cada órgão ou cargo possui funções e tarefas específicas e especializadas. Consequência disso, surge o princípio da hierarquia, uma vez que a 5 especialização horizontal conduz à especialização vertical. Por fim, consequência dos poderes decorrentes da hierarquia, a amplitude administrativa está relacionada com o número de subordinados que o administrador pode supervisionar. 4.1. A questão da autoridade Para os teóricos neoclássicos, a autoridade é o direito formal e legítimo de tomar decisões, transmitir ordens e alocar recursos para alcançar os objetivos desejados pela organização. ● Autoridade é alocada nas posições que os administradores ocupam na organização, e não na pessoa em si; ● A autoridade deve ser aceita pelos subordinados, que devem acreditar e aceitar que seus superiores possuem o direito dado pela organização de dar ordens e esperar pelo seu cumprimento; ● A autoridade flui de cima para baixo, por meio da hierarquia, onde as posições do topo possuem mais autoridade que as posições da base. 4.2. A questão da responsabilidade A responsabilidade é o outro lado da moeda, comparada com a autoridade. Significa o cumprimento de uma tarefa a qual uma pessoa foi designada. Em uma organização, o grau de autoridade e responsabilidade de uma pessoa devem ser proporcionais. Se um administrador não cumpre as ordensdadas por seu superior, ele não terá credibilidade para cobrar ordens dadas à um subordinado. 4.3. A questão da delegação Delegar é transferir autoridade e responsabilidade para posições inferiores na hierarquia. Nas organizações, os gerentes muitas vezes são encorajados a delegar autoridades à níveis mais baixos da hierarquia, como forma de flexibilizar o processo, buscando satisfazer as necessidades do cliente e se adaptar ao ambiente. As principais técnicos de delegação são: ● Delegar a tarefa inteira: é delegar a tarefa inteira a uma pessoa, em vez de dividila para várias pessoas. Isto aumenta a responsabilidade do individuo e permite também ao gerente um maior controle sobre as ações executadas. ● Delegar à pessoa certa: a delegação deve de ser feita a um subordinado que tenha talento para a tarefa proposta, para que seja eficaz. É dever do gerente identificar os subordinados adequados para cada tarefa, que sejam independentes nem suas decisões e que possuem desejo de assumir responsabilidades. 6 ● Delegar responsabilidade e autoridade: É a delegação completa. O individuo deve ter a responsabilidade para cumprir a tarefa e também a autoridade para cumprila da maneira que achar melhor. ● Proporcionar informação adequada: Para que uma delegação seja bem sucedida, a tarefa deve ser repassada ao subordinada com todas as informações possíveis e necessárias para o cumprimento da mesma, de modo que o subordinado possa compreender corretamente a tarde e alcançar os resultados esperados. ● Manter retroação: Manter abertas as linhas de comunicação, proporcionando orientação, mas não tentando controlar o subordinado, mantendo o mesmo na linha certa em busca de resultados, e motivandoo, deixando o mesmo livre para executar a tarefa da maneira que melhor achar. ● Avaliar e recompensar o desempenho: Ao final da execução da tarefa, cabe ao gerente avaliar o trabalho de seu subordinado. A avaliação deve ser feita com base nos resultados alcançados, e não nos métodos utilizados. Diante da análise dos resultados, os gerentes devem dar feedback aos subordinados: mostrar os erros e consequências, quando os resultados não são alcançados, e também recompensar os trabalhos bem feitos, financeiramente por exemplo, motivando os subordinados. 4.4. A questão da amplitude administrativa A amplitude administrativa corresponde a quantidade de subordinados que um gerente pode supervisionar. Este conceito surgiu devido a distribuição de autoridades e responsabilidades na organização. Ela determina a configuração da estrutura organizacional da empresa: Uma amplitude média estreita, com um maior número de níveis hierárquicos, produz uma estrutura organizacional alta, enquanto uma amplitude média longa, com poucos níveis hierárquicos produz uma estrutura organizacional achatada. A tendência no apogeu da era neoclássica era alongar as organizações, tornando a estrutura organizacional alta. Hoje, a tendência é cada vez mais achatar e comprimir a estrutura, aproximando a cópula da base e reduzindo os níveis hierárquicos., para melhorar a comunicação. 5. Centralização vs descentralização Com o crescimento exarcebado das organizações, a distribuição de responsabilidades foi inevitável, fazendo com que a teoria neoclássica buscasse ser mais descentralizada, tirando o poder decisório das mãos do executivo máximo da organização e diluindoo através de diferentes departamentos e diferentes níveis hierárquicos. Abaixo vamos listar algumas vantagens da descentralização e o seu contraponto. 7 1. As decisões são mais ágeis, uma vez que pode ser tomada pelo próprio executor da ação. Para que isso ocorra de forma natural é preciso que todos os coordenadores envolvidos estejam cientes destas ações. 2. Os responsáveis pelos departamentos, que tomarão as decisões, serão os que possuem mais informações sobre a situação. Isso exige que cada administrador médio seja melhor selecionado e treinado para desempenhar a sua função. 3. Há uma maior motivação destes tomadores de decisão, uma vez que eles estão participando diretamente das escolhas que definem o rumo da organização. Com isso, devese ficar atento ao objetivo específico de cada departamento, para que ele não ofusque o objetivo geral da organização, uma vez que cada departamento possui suas próprias políticas. 6. Funções do administrador As funções do administrador foram revistas e ganharam uma roupagem nova dentro da teoria neoclássica. Em oposição do que foi posto por Fayol (prever, organizar, comandar, coordenar e controlar), aqui as funções foram clarificadas e reduzidas a somente quatro, criando assim o que se chama de processo administrativo. Cada uma das funções será detalhada a seguir: A. Planejamento: O administrador deverá definir as metas gerais da organização e traçar os planos e estratégias necessários para atingir estas metas. B. Organização: Definir a estrutura hierárquica da organização, agrupando as funções em setores, destacando funcionários para cada uma delas e elegendo gerentes. C. Direção: Cabe aqui ao administrador motivar e liderar todos os seus subordinados, solucionar os conflitos interpessoais e selecionar os canais de comunicação que serão utilizados. D. Controle: Monitorar todas as atividades para garantir que elas estejam sendo realizadas conforme o planejado. Conclusão Referência bibliográfica CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas, 8 volume 1. 7. ed., Barueri, SP : Manole, 2014. ROBBINS, Stephen P.; SOBRAL, Filipe; JUDGE, Timothy A. Comportamento Organizacional. 14 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 9
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