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Controle Administrativo

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OBCURSOS PODIVM 
WWW.CARREIRAFISCAL.COM.BR 
ISBN – 85-02-05620-X 
 
1
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
 
1. CONCEITO: Controle, em tema de Administração Pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção 
que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro. 
 
2. TIPOS OU FORMAS DE CONTROLE 
 
 Estes controles conforme seu fundamento, serão: 
a) controle hierárquico: é que resulta automaticamente do escalonamento vertical dos órgãos do Executivo, em 
que os inferiores estão subordinados aos superiores. Daí decorre que os órgãos de cúpula tem sempre o controle 
pleno dos subalternos, independente de norma que o estabeleça. Este controle pressupõe as faculdades de 
supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades controladas. 
Realiza-se através da fiscalização hierárquica. 
b) controle finalístico: é o que a norma legal estabelece para as entidades autônomas (Administração Indireta), 
indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. É um 
controle limitado e externo, não tem fundamento hierárquico, porque não há subordinação. Por exemplo: 
supervisão ministerial. 
c) controle interno: é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no 
âmbito da própria Administração - ex. controle realizado pelo Executivo sobre seus serviços ou agentes. 
d) controle externo: é o que se realiza por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado - 
ex. apreciação de contas pelo Tribunal de Contas, anulação de ato administrativo por decisão judicial, a sustação 
de ato normativo do Executivo pelo Legislativo (art. 49, V, CF). 
e) controle externo popular: é o previsto no art. 31, § 3º, da CF, determinando que as contas dos Municípios 
(Executivo e Câmara) fiquem, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e 
apreciação, podendo questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei. 
f) controle preventivo ou prévio (a priori): é o que antecede a conclusão ou operatividade do ato, como 
requisitos para sua eficácia - ex. Senado Federal autoriza a União a contrair empréstimo externo. 
g) controle concomitante ou sucessivo: é todo aquele que acompanha a realização do ato para verificar a 
regularidade de sua formação - ex. realização de auditoria durante a execução do orçamento; 
h) controle subseqüente ou corretivo (a posteriori): é o que se efetiva após a conclusão do ato controlado, 
visando a corrigir-lhe eventuais defeitos, declarar sua nulidade ou dar-lhe eficácia - ex. homologação na licitação; 
i) controle da legalidade ou legitimidade: é o que objetiva verificar unicamente a conformação do ato ou do 
procedimento administrativo com as normas legais que o regem. Este controle pode ser exercido pela 
Administração (de ofício ou mediante recurso), pelo Legislativo (casos expressos na CF) e pelo Judiciário (através 
da ação adequada). Neste controle o ato é anulado. 
j) controle de mérito: é todo aquele que visa à comprovação da eficiência, do resultado, da conveniência do ato 
controlado. Este controle compete normalmente à Administração e em casos excepcionais, expressos na 
Constituição, ao Legislativo (art. 49, IX e X), mas nunca ao Judiciário. 
 
3. CONTROLE ADMINISTRATIVO 
OBCURSOS PODIVM 
WWW.CARREIRAFISCAL.COM.BR 
ISBN – 85-02-05620-X 
 
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 Controle Administrativo é todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos demais Poderes 
exercem sobre suas próprias atividades, visando a mantê-las dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e 
as exigências técnicas e econômicas de sua realização, pelo quê é um controle de legalidade e de mérito. 
Através deste controle a Administração pode anular, revogar ou alterar seus próprios atos e punir seus agentes 
com as penalidades estatutárias. 
 
4. CONTROLE LEGISLATIVO 
 O Controle Legislativo é exercido pelos órgãos legislativos (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas 
e Câmaras de Vereadores) ou por comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo na dupla linha 
da legalidade e da conveniência, pelo quê caracteriza-se como um controle enimentemente político, indiferente 
aos direitos individuais dos administrados, mas objetivando os superiores interesses do Estado e da comunidade. 
 O Legislativo tem função de fiscalização e controle dos atos da Administração (art. 49, X), além de outras 
missões previstas na Constituição (art. 49, II, IV, IX) e, ainda, a fiscalização financeira e orçamentária da União, 
nessa parte auxiliada pelos Tribunais de Contas (órgãos independentes mas auxiliares dos Legislativos e 
colaboradores dos Executivos - art. 70 e 71). Há ainda funções de controle privativas do Senado Federal (art. 
52, III a IX) e outras da Câmara de Deputados (art. 51, II). 
 
5. CONTROLE JUDICIÁRIO 
 Controle Judiciário ou Judicial é o exercido privativamente pelos órgãos do Poder Judiciário, sobre os atos 
administrativos do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário quando realiza atividade administrativa. É um 
controle a posteriori, unicamente de legalidade, por restrito à verificação da conformidade do ato com a norma 
legal que o rege. São meios de controle, por exemplo: 
a) Mandado de Segurança Individual e Coletivo – art. 5º, LXIX e LXX, da CF e Lei 51.533, de 31.12.51; 
b) Ação Popular – art. 5º, LXXIII, da CF e Lei 4.717, de 29.06.65; 
c) Ação de Improbidade – Lei 8.429/92. 
d) Ação Civil Pública - art. 129, III, da CF, Lei 7.347, de 24.07.85 e Lei 8.437, de 01.07.92; 
e) Mandado de Injunção - art. 5º, LXXI, da CF; 
f) Ação Direta de Inconstitucionalidade - art. 102, I, a, da CF; 
g) Ação Declaratória de Constitucionalidade - art. 102, I, a, da CF; 
h) Outras ações (especiais ou ordinárias) que podem ser adequadamente utilizadas pelo particular contra a 
Administração (ex. as possessórias, nunciação de obra nova, ação declaratória, consignação de pagamento, 
etc.)

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