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O processo de criminalização pela mídia - Arnaldo Jabor

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criminalizaçâo pela mídia
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f o que não se pode esquecer é que criminalizar é ato O texto que segue abaixo é uma dêgrivaç~~' por
; j: de manifestação política do poder institllcional~ado nós efetuada,' do comentário de Jabôr-já'reféndo.'. } .., , < "':' ;.-. < ,':' ' . c'; '.;~~<_\~";'/.... .
.' ,'e que pane da mídia é instrumento de manutenção Portanto, em I'4-z,ão,d,!:,eI1tonação dada,pPrArnalqg,
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, (deste poder e das regalias daqueles que p,qetém: i labor é qu~ se,,~f~(,u0ll;~~~fP:.av.~9ã?g~~,~~~~~<~~Xi:i"
,:~ OCPmeo tár io de'A riQélJb~ida~pr.:;' . ~"';l;:~?+w
," ., ..~;>.": .,{.,j~~::::~/>;.:.:~~:':-':f:.:,i/- \d;f: ", ..:j.:.<;:'. " __._;,,'" ~,
," Amigos ouvintes eu tentei não' ler Como essaf~<to~p~,'riilles" 'que.r'quantili'4çãojugdi~l}ssaJ~!1- ,
J ,i sobre a morte da menina Isabella, irmãos, seunern ~ocul~çã9'~i~~t ' u(Ião! esse ~~I112,~~~j~g~i Y!~k:
,;',l:t'ambém evitei, na época, os det~?e~crime. E C?IP2 Q avêlFodgi~rf:og\" ',,vel não s6jnqs"chamªd~:'c:wnesiae
: ,~~do ,assassinato daquele menino, ar~ cara de p~~que ':~~!l}~'t!ll~g,t9~1~,i,','cl~~' mécli~ não, ~<irP?:~~~~~"'
, ;~;rastado, o João Hélio, porque na rní- culpado .eudenuncíaría'ç-que .quer. ,barpárie que galopa nas pê>rif~ri~-9
~,iknhª'profissão eu tenho que seteçioõ, ,~~';l,gen~~?;gfes~~4i'.9.J~5in~h:~Q~~;; /;9li~.>M~~ç~'Jen;ü~wPt~R~,i~~\q~~i.;
; :fnar os horrores, senão fico maluco, da família? Mas sãoparentes ou sip ',l!latou o Tirn Lopes. co~~(go~pes.de~.
; ;f mas eu não consegui.' Eu vi o desfe- cúmplícesi A polícia deu ~sh~wd~. .: espada, eletava emliber4a9~~concÚ~
1.~:cho do caso da menina morta ESsa ' bola pericial no caso Isab~Ua>tv1ascia/:,,.,,éi9!1al.Sabi~? Nãq'-5etrãt~'IDais.4~
:t ,l'tragédia não é só das vítimas.mós prasentirqueano;s<les~turape~~f':; ;>up~perversão dO>~~~{Ims,de
" tt, também sofremos para entender es- ta muito defasada com esse espanto-i-, uma perversão do anirnalem nós, Os'
': ~;I'semal incompreensível. Cresce em so crescimento da barbárie.Corno se ",pensadores da justiça continuama
: ~>nós ~2. pele de rinoceronte na al- pode tolerar que um sujeito qyefOl'" tratar os crimes com~ desyios danor-
:~ ,.ma, com o coração mais duro fica- condenado, outro día.rna-semana ma, praticados por cidad6es,'cida-
'J' mos mais cínicos, mais passivos, passada, somente há treze anos, por, dãos iguais. Tem que acabar oterripo
:,;f .díante da crueldade. Um filósofo teresquartejado a namorada, alegan- ,dos casuísmos, das le~ê~c~as,d(\$
c,'- chamado Osvaldo Giacóia Iúnior es- do legítima defesa; possa ficar em ll- 'chicanas, E esse casal de pdtra, esses
creveu urna vez, o seguinte: "o insu- berdade até esgotar os recursos que a ' monstros, será que vão sedeíender
, portável não é só a dor mas a falta de lei prevê, como disse o Supremo Tri- em liberdade esgotandoosrecursos
"sentido da dor, mais ainda, a dor da bunal de Justiça? Como entender' q~eda lei, como ~esquartej~dor pqr jus-
,í falta de sentido", Con10 entender aquele jornalista Pimenta das Neves, ta causa? Serão conderiádo~há dez
, que UI.'1pai e urna madrasta possam ,que premeditou o assassinato dana- ,aIlinhos com -ateI?-~~t~st· O :<q\.:.~
.' ti ter ferido, estrangulado e atirado. ' morada ~om dois tiros pelas costas e,'" .acontecerá com eles? ~J~~,:t~lJ1que"
, L1JIl1ameníninha de cinco anos pela na cabeça, condenado j~ h,~~e~ anos >..ser mais temida, ~ ~p~4~:~ t1lais, .
!-i,janela, como entender a carasórq,i4a esteja ainda em liberdade, na boa?~<; " cruel, Esse vazio da jusliya~liça o
t ; E, e cinica que eles ostentam, para fin-, leis deexecução penal JrrI1:q\l:e .ser ,slfcess.o,<J~,~e,t,S0U}P>~~Tr9B~,.g~.,<~r;gir inocência, Como não demons- aceleradas, As punições.têmqueser "Elite" e até, explicaa fagt~ja ~~:lin~;.
:fi' tram sentimento de culpa algwn? mais terríveis, mais violentas, mais chamento, em nossas cabeças, que..
. ;.;,' Ninguém berra, ninguém chora. Co- rápidas, mais temíveis. Há um cres Deus me perdoe! (Amaldo labor).
r:~j" mo podem querer viver depois disso, cimento da crueldade acima de qual- (grifas nossos)

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