Buscar

7- Dinâmica social e gerações do Direito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dinâmica social 
e 
 gerações 
do 
direito 
Antes de abordar o assunto, torna-
se obrigatório afirmar que a leitura 
do livro “A Era dos Direitos”, de 
Norberto Bobbio torna-se necessária 
aos que se pretendem à 
especialização mínima do assunto. 
É a partir das Revoluções Burguesas 
na Europa e Estados Unidos nos 
séculos XVII e XVIII, que se começa 
a desenvolver a concepção dos 
Direitos do Homem e do Cidadão. 
Embora os atenienses inventaram a 
democracia, não conheceram a ideia 
de Direitos do Homem e do Cidadão. 
A concepção grega de cidadania 
excluía a participação política das 
mulheres e convivia com a existência 
de um sistema escravocrata. 
Com o desenvolvimento dos níveis de 
consciência individual e coletiva, 
assim como, o aumento do controle 
efetivo da sociedade sobre o Estado, 
esses direitos passaram a ser 
garantidos em Declarações, Tratados, 
Constituições e outras legislações. 
Porém, a efetividade desses Direitos 
ainda depende de muitos esforços 
humanos, por meio de instrumentos de 
controle interno e externo por 
organismos nacionais e internacionais. 
Há uma distinção clara entre “Direitos 
do Homem” e “Direitos do Cidadão” 
No entanto, são eles a referência de 
transformação de uma ordem injusta, 
que desumaniza a existência das 
pessoas, numa ordem justa e 
humana. 
A expressão "Direitos do Homem" 
refere-se ao universal, ao que todo 
homem é e tem por direito, 
independentemente do país em que 
vive ou da forma de governo ali 
adotada. Na abordagem dos 
contratualistas (Hobbes, Rousseau e 
Locke), são direitos naturais do 
homem. 
Já "Direitos do Cidadão" diz respeito 
à relação do indivíduo com seu País. 
Assim, um indivíduo, em situações 
específicas, pode ter alguns de seus 
direitos de cidadão suspensos 
temporariamente, mas nunca perde os 
direitos do homem. Numa abordagem 
contratualista, os “Direitos do 
Cidadão” referem-se aos direitos 
civis”. (Direito Positivo) 
Os direitos do homem (humanos) são 
fundamentais. 
 
Trata-se das necessidades essenciais 
da pessoa, como a vida, igualdade, 
liberdade, alimentação, saúde e 
educação. 
São também considerados universais 
por serem válidos para todas as 
pessoas, independentemente de 
nacionalidade, etnia, gênero, classe 
social, religião, escolaridade, 
orientação sexual, idade etc.. 
Primeira Geração de Direitos 
Civis e Políticos 
Titularidade: o ser humano como 
indivíduo (singularidade). 
 
Objeto: a defesa da liberdade 
individual. 
Surgiram na Europa e nos EUA, no 
momento em que a burguesia se 
consolidou como classe social e 
liderou o questionamento ao poder 
absoluto da monarquia. 
Apesar dessa liderança da burguesia, 
esses direitos coincidiam com as 
aspirações dos setores populares em 
sua luta contra os privilégios da 
aristocracia. 
A primeira carta de direitos, o "Bill of 
Rights" foi formulada na Inglaterra do 
século XVII, nos desdobramentos de 
uma revolução que opôs os grandes 
comerciantes e proprietários de 
terras, com expressão no 
Parlamento, ao rei absolutista Jaime 
II e seus seguidores. 
A experiência do "Bill of Rights" 
inglês certamente inspirou os 
colonos norte-americanos que se 
rebelaram contra o domínio da 
Inglaterra em 1776. Em 1791, a 
Constituição Americana incorporou 
os direitos e as liberdades individuais 
nas suas dez primeiras emendas. 
Mas o documento-chave para a 
afirmação dos direitos humanos foi a 
"Declaração dos Direitos do Homem e 
do Cidadão" (clique aqui para ver o 
texto integral), proclamada na França, 
em 1789, no contexto de uma 
revolução contra o poder absoluto do 
rei e pelo fim dos privilégios do clero 
e da aristocracia (Primeiro e Segundo 
Estados). 
Nessa revolução, conhecida como 
Revolução Francesa, foi marcante a 
presença do Terceiro Estado, que 
incluía comerciantes, manufatureiros, 
artesãos e intelectuais, sob a 
liderança da burguesia. 
Essa declaração, votada pela 
Assembleia Nacional em 1789, 
proclamava a liberdade e a igualdade 
dos direitos de todos os homens, 
reivindicando seus direitos naturais e 
imprescritíveis (a liberdade, a 
propriedade, a segurança, a 
resistência à opressão). 
Diferentemente dos ingleses, que 
afirmaram direitos apenas para os 
nascidos no seu país, a declaração 
francesa proclamava os direitos do 
homem e do cidadão para a 
humanidade inteira, e por isso 
passaram a ser conhecidos como 
direitos universais. 
Vale ressaltar que, nas condições 
históricas da época, a ousadia 
francesa teve seus limites. A 
assembleia recusou a "Declaração 
sobre os Direitos das Mulheres", 
proposta em 1791 por Olympe de 
Gouges, uma poetisa que participou 
de Clubes Femininos na época da 
revolução. Além disso, havia 
escravidão nas colônias francesas, 
como o Haiti. 
Segunda Geração de Direitos 
Sociais 
Titularidade: o ser humano em uma 
categoria ou parte social 
(parcialidade). 
 
Objeto: a promoção da igualdade 
social. 
O crescimento das cidades, as 
difíceis condições de vida e trabalho 
dos operários e da população pobre 
e a marginalização da vida política 
favoreceram a organização dos 
operários em sindicatos, 
alimentados por novas ideias e 
novos projetos de organização da 
sociedade. 
Nesse contexto, sob a influência do 
pensamento socialista, o movimento 
sindical europeu questionou a 
enorme distância entre os princípios 
inscritos nas declarações de direitos 
e a dura realidade vivida pelos 
operários e outros segmentos da 
população. 
Nas lutas sociais, portanto, os 
operários passaram a reivindicar 
novos direitos, ocorrendo uma 
ampliação progressiva dos direitos 
do homem e do cidadão. 
Nessa luta, insistiam na necessidade 
da presença do Estado para garantir 
o efetivo exercício desses direitos a 
todos os que, por sua posição 
subalterna na sociedade, estavam 
impedidos de exercê-los. 
São também chamados de direitos 
sociais, econômicos e culturais e 
incluem, entre outros, o direito a 
trabalho, organização sindical, greve, 
estabilidade no emprego, segurança 
no trabalho, previdência social, 
saúde, educação gratuita e acesso à 
cultura e moradia. 
O documento que sintetiza essas 
preocupações e que se constitui na 
grande referência até hoje é a 
"Declaração Universal de Direitos 
Humanos", votada pela Assembleia 
Geral da ONU (Organização das Nações 
Unidas) em 10 de dezembro de 1948. 
Terceira Geração de Direitos 
Coletivos e Difusos 
Titularidade: o ser humano como 
gênero humano (generalidade). 
 
Objeto: a defesa da humanidade e a 
promoção da solidariedade humana. 
A terceira classe ou geração de 
direitos é típica da legislação 
comunitária, que surgiu a partir dos 
meados do século XX. Estende-se a 
todos os indivíduos. Refere-se ao 
gênero humano. São direitos 
essencialmente sociais, em toda a 
sua compreensão e extensão: em 
toda a pureza e grandeza do conceito 
social. 
Defendem os valores humanos mais 
básicos, fundamentais e genéricos da 
sociedade humana. Na verdade se 
estendem difusamente a toda a 
sociedade humana, considerada 
indistintamente em sua generalidade. 
Daí, a razão por que lhes convém é o 
nome de direitos difusos. 
Essa objetivação foi condição, 
embora não causa, da conjunção da 
solidariedade comercial e privada 
com a cultural e política,ou seja, da 
globalização dos negócios privados 
com os públicos em um todo em que 
aqueles e estes cada vez mais se 
interpenetram e reciprocamente se 
influenciam. 
Essa conjunção abre crescente 
espaço para si mesma, dando força e 
eficácia à atuação de entidades que, 
de internacionais, se tornam 
supranacionais, no plano econômico 
(FMI, OMC, etc.), mercadológico 
(Mercosul, Nafta, Alca, etc.), político 
(ONU, OEA, etc.), cultural (UNESCO). 
O que culmina relativizando a 
soberania dos estados nacionais por 
tratados de defesa de direitos 
humanos ou de constituição de 
comunidades supranacionais. 
Esses tratados, quer para garantia de 
direitos humanos, quer para 
constituição de comunidades de 
nações, constituem assim, ao lado 
dos tratados internacionais clássicos 
e tradicionais, uma nova espécie de 
tratados. 
Esses tratados não se preserva a 
plenitude do Estado nacional, mas se 
lhe relativiza a soberania dentro de 
um inovador sistema político-jurídico 
supranacional. 
Esses direitos formam uma terceira 
geração: 
 
a) os direitos de solidariedade, como 
o direito à paz, ao desenvolvimento e 
à autodeterminação dos povos; 
b) a um meio ambiente saudável e 
ecologicamente equilibrado; 
c) a utilização do patrimônio comum 
da humanidade (o fundo dos mares, 
o espaço extra-atmosférico e a 
Antártida). 
a) os direitos de solidariedade, como o 
direito à paz e à autodeterminação 
dos povos; 
b) a um meio ambiente saudável e 
ecologicamente equilibrado; 
c) a utilização do patrimônio comum 
da humanidade (o fundo dos mares, 
o espaço extra-atmosférico e a 
Antártida). 
Quarta Geração de Direitos 
Bioética e Tecnologia 
Direitos de Quarta Geração são 
Direitos que ainda estão em fase de 
definição e não encontra consenso 
entre os “estudiosos das gerações 
de direitos”. 
Segundo alguns especialistas, os 
Direitos de Quarta Geração são 
apenas um desdobramento dos 
Direitos de Terceira Geração, 
abrangendo a vida permanente e 
saudável na Terra, ambiente 
equilibrado, o desenvolvimento 
sustentável, os direitos bioéticos 
(restrições éticas aos avanços 
tecnológicos). 
Para outros, seria o direito à 
participação e à Democracia direta, 
ou o direito ao acesso universal às 
novas tecnologias (direitos virtuais); 
entendem, também, como o 
reconhecimento dos direitos das 
mulheres (direitos sexuais e 
reprodutivos), ou como direito à paz. 
Para o jurista Paulo Bonavides, a 
quarta geração é institucionalização 
do Estado social : “São direitos da 
quarta geração o direito à democracia, 
o direito à informação e o direito ao 
pluralismo”. 
Os direitos fundamentais estão na sua 
essência ligados intimamente, direita ou 
indiretamente, a valores à vida, à 
liberdade, à igualdade e à fraternidade 
ou solidariedade. Isto diz respeito ao 
princípio da dignidade humana. 
Textos extraídos 
 
BARROS, Sérgio Resende de. Noções sobre a 
Gerações do Direitos. 
www.srbarros.com.br/pt/nocoes-sobre-geracoes-de-
direitos.cont 
 
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Campus, 
2004. 
 
ALVES, Eliana Calmon. As gerações dos direitos e 
as novas tendências. Direito Federal: Revista da 
Associação dos Juí-zes Federais do Brasil, v. 19, n. 
64, p. 57-61, jul./set. 2000.

Outros materiais

Outros materiais