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SISTEMA RESPIRATÓRIO As estruturas envolvidas na ventilação e na troca de gases do sistema respiratório são: 1. O sistema condutor, ou vias aéreas, que conduz do meio externo para a superfície de troca dos pulmões. 2. Os alvéolos, uma série de sacos interconectados a seus capilares pulmonares. Estas estruturas formam a superfície de troca, onde o oxigênio se move do ar inalado para o sangue e o dióxido de carbono se move do sangue para o ar que será exalado. 3. Os ossos e os músculos do tórax (cavidade torácica) e do abdome que auxiliam a ventilação. As vias aéreas conectam os pulmões ao meio externo O ar entra no trato respiratório superior através da boca e do nariz e passa pela faringe, uma passagem comum para o alimentos, os líquidos e o ar. Da faringe, o ar flui através da laringe para a traqueia. A laringe contém as pregas vocais, faixas de tecido conectivo que são tensionadas e vibram para criar som quando o ar passa por elas. A traqueia é um tubo semiflexível mantido por 15 a 20 anéis de cartilagem em forma de C. Ela se estende para baixo do tórax, onde se ramifica em um par de brônquios primários, um brônquio para cada pulmão. Dentro dos pulmões, os brônquios se ramificam repetidamente em brônquios progressivamente menores. Como a traqueia, os brônquios são tubos semirrígidos sustentados por cartilagem. Nos pulmões, os menores brônquios se ramificam, tornando-se bronquíolos, que são pequenas vias aéreas colapsáveis, com parede de músculo liso. Nas extremidades dos bronquíolos terminais, estão localizados os alvéolos que possuem a função primária de troca gasosa entre eles e o sangue Os alvéolos são os locais onde ocorrem as trocas gasosas Os alvéolos, agrupados nas extremidades dos bronquíolos terminais, constituem a maior parte do tecido pulmonar. Sua função primária é a troca gasosa entre eles e o sangue. Cada diminuto alvéolo é composto de uma única camada de epitélio. Dois tipos de células epiteliais são encontradas nos alvéolos. As células alveolares tipo II, sintetizam e secretam uma substância chamada de surfactante que ajuda o pulmão a se expandir durante a respiração. As células alveolares tipo I ocupam cerca de 95% da área de superfície alveolar, de modo que que os gases possam se difundir rapidamente através deles. Os alvéolos estão intimamente associados a uma extensa rede de capilares. Os vasos sanguíneos preenchem 80 a 90% do espaço entre os alvéolos, formando uma camada quase contínua de sangue que está em contato com os alvéolos cheios de ar. Os alvéolos são os locais onde ocorrem as trocas gasosas Características dos pulmões Tendência à retração elástica Força elástica do tecido pulmonar propriamente dito Fibras de elastina e fibras de colágeno no parênquima pulmonar Tensão superficial na face interior dos alvéolos Surfactante pulmonar: produzido pelos pneumócitos tipo II, reduz a tensão superficial e o colabamento dos alvéolos Os sacos pleurais envolvem os pulmões Os pulmões consistem em um tecido leve e esponjoso cujo volume é ocupado na maior parte por espaços cheios de ar. Esses órgãos irregulares em forma de cone quase preenchem a cavidade torácica, e suas bases repousam no diafragma. Vias aéreas semirrígidas- os brônquios- conectam os pulmões à via aérea principal, a traqueia. Cada pulmão é circundado por um saco pleural ou (pleura) de parede dupla cujas membranas revestem o interior do tórax e cobrem a superfície externa dos pulmões. As duas pleuras ( parietal e visceral) são mantidas unidas por uma fina camada de líquido pleural. O resultado é parecido a um balão cheio de ar ( o pulmão) circundado por um balão cheio de água ( o saco pleural). Porém, a internalização dos pulmões cria outro desafio: Como mover o ar entre a atmosfera e a superfície de troca localizada profundamente dentro do corpo? Resposta: O fluxo de ar requer uma bomba muscular para criar gradientes de pressão. Por isso, sistemas respiratórios mais complexos consistem em dois componentes separados: uma bomba muscular e uma superfície de troca úmida e fina. Bomba muscular Estrutura musculoesquelética do tórax Superfície de troca úmida Pulmões MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS RESPIRAÇÃO CALMA: INSPIRATÓRIOS: Diafragma EXPIRATÓRIOS: Relaxamento passivo do diafragma RESPIRAÇÃO FORÇADA: INSPIRATÓRIOS: Diafragma, Intercostais externos, Esternocleidomastoideo, serrátil, eretor da coluna e escaleno EXPIRATÓRIOS: Intercostais internos e Abdominais (retro, transverso e oblíquos abdominais) Lei dos Gases Pressão do ar ambiente (pressão atmosférica) são expressas em (mmHg) Ao nível do mar, a pressão atmosférica é de 760 mmHg A atmosfera que circunda a terra é uma mistura de gases e vapor de água. A Lei de Dalton estabelece que a pressão total exercida por uma mistura de gases é a soma das pressões exercidas pelos gases individuais. Por exemplo, no ar seco a uma pressão atmosférica de 760 mmHg, 78% da pressão total são devidos ao N2, 21% ao O2, e assim por diante. A pressão de um único gás em uma mistura é conhecida como pressão parcial (P gás). Desse modo, a pressão parcial do oxigênio (PO2) no ar seco ao nível do mar é de 160mmHg. A pressão exercida por um gás individual é determinada somente por sua abundância relativa na mistura. COMPOSIÇÃO GASOSA DA ATMOSFERA E ALVEOLAR Ar Atmosférico (nível mar) Ar Alveolar gás percentual pressão parcial percentual pressão parcial N2 78,6 597 74,9 569 O2 20,9 159 13,7 103 CO2 0,03 0,3 5,2 40 H2O 0,46 3,7 6,2 47 100 760 100 760 Os gases se movem a favor de gradientes de pressão O fluxo de ar ocorre sempre que houver um gradiente de pressão. O fluxo global de ar, ocorre de áreas de maior pressão para áreas de menor pressão. A difusão de gases ocorre também a favor de seus gradientes de concentração. Ex: o oxigênio se move de áreas de pressão parcial de oxigênio (PO2) mais alta para áreas de pressão parcial de oxigênio mais baixa. O movimento do tórax durante a respiração, cria, nos pulmões condições de pressão alta e baixa alternadas Lei de Boyle descreve as relações pressão-volume Se o tamanho do recipiente é reduzido, as colisões entre as moléculas de gás e as paredes se tornam mais frequentes, e a pressão aumenta. Esta relação pode ser expressa pela equação: P1V1+ P2V2 No sistema respiratório, mudanças no volume da cavidade torácica durante a ventilação causam gradientes de pressão que geram fluxo de ar. Quando o volume do tórax aumenta, a pressão alveolar diminui, e o ar flui para dentro do sistema respiratório. Quando o volume do tórax diminui, a pressão alveolar aumenta e o ar flui para a atmosfera. Durante a ventilação, o ar flui devido aos gradientes de pressão A respiração é um processo ativo que requer contração muscular O ar flui para dentro dos pulmões devido ao gradiente de pressão criado por uma bomba No sistema respiratório, os músculos da caixa torácica e o diafragma funcionam como uma bomba porque a maior parte do tecido pulmonar é umfino epitélio de troca Quando estes músculos se contraem os pulmões se expandem, uma vez que estão presos à parede interna do tórax pelo líquido pleural Os músculos primários envolvidos na respiração espontânea ( em repouso) são o diafragma, os intercostais externos e os escalenos) Durante a respiração forçada, outros músculos do tórax e do abdome podem ser requisitados a auxiliar. Movimento do diafragma durante a inspiração e a expiração A inspiração ocorre quando a pressão alveolar diminui Para o ar mover-se para dentro dos alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser mais baixa do que a pressão atmosférica. De acordo com a lei de Boyle, um aumento no volume gera uma redução na pressão. Durante a inspiração, o volume torácico aumenta quando certos músculos esqueléticos da caixa torácica e o diafragma se contraem. Quando o diafragma contrai, ele desce em direção ao abdome, aumentando o volume torácico. Durante a inspiração, os músculos intercostais externos e escalenos contraem e puxam as costelas para cima e para fora. Aexpiração ocorre quando a pressão alveolar aumenta À medida que o volume dos pulmões e da caixa torácica diminuem durante a expiração, a pressão do ar nos pulmões aumenta, alcançando um máximo de cerca de 1 mmHg acima da pressão atmosférica. A pressão alveolar agora é maior que a pressão atmosférica, de modo que o fluxo de ar se inverte e o ar se move para fora dos pulmões. Ao final da inspiração, ocorre portanto, a retração elástica dos pulmões e da caixa torácica que leva o diafragma e as costelas para suas posições originais relaxadas, da mesma maneira que um elástico esticado retorna ao seu tamanho original quando é solto. A hematose é a uma troca de gases, esta troca ocorre devido à diferença de concentração de oxigênio e gás carbônico por um processo conhecido como difusão. Portanto, recebe o nome de hematose pulmonar a troca gasosa que ocorre entre o sangue e o ar existente nos pulmões. O oxigênio que é inspirado chega até os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa (através de suas finas paredes), com o sangue dos capilares, sendo que o oxigênio presente nestas estruturas passa para a corrente sanguínea (antes o sangue era venoso, passa a ser arterial) e o gás carbônico presente nos capilares passa para o interior dos alvéolos por difusão. Este gás, por sua vez, será eliminado para o ambiente durante o movimento de expiração, passando por todo o trato respiratório (bronquílos, brônquios, traquéia, laringe, faringe, fossas nasais ou pela cavidade oral). Hematose Visão geral da respiração celular e respiração externa Os gases se difundem a favor do seu gradiente de pressão parcial (concentração) nos alvéolos e nas células Oxiemoglobina Ventilação A espirometria é o teste mais utilizado na avaliação clínica e funcional do Sistema Respiratório. Compara-se os valores mensurados com os aqueles inferidos para o avaliado, com base no sexo, idade, altura e área corporal. Volumes Pulmonares O ar movido durante a respiração pode ser dividido em quatro volumes pulmonares: 1. Volume Corrente (VC) 2. Volume de Reserva Inspiratório (VRI) 3. Volume de Reserva Expiratório (VRE) 4. Volume Residual (VR) VALORES ESPERADOS NA ESPIROMETRIA Volume Corrente (VC) 0,5 Volume de Reserva Inspiratório (VRI) 3,1 Volume de Reserva Expiratório (VRE) 1,1 Volume Residual (VR) 1,2 Mensurados diretamente (litros) Capacidade Pulmonares A soma de dois ou mais volumes pulmonares é chamada capacidade 1. Capacidade Vital (CV) = (VC+VRI+VRE) 2. Capacidade Pulmonar Total (CPT) = (VR+CV) 3. Capacidade Inspiratória (CI) = (VC+VRI) 4. Capacidade Expiratória (CE) = ( VC+VRE) 5. Capacidade Residual Funcional (CRF) = ( VR+ VRE) VALORES ESPERADOS NA ESPIROMETRIA Capacidade Vital (CV) = (VC + VRI + VRE) 4,8 Capacidade Pulmonar Total (CPT) = (VR + CV) 6,0 Capacidade Inspiratória (CI) = (VC + VRI) 3,6 Capacidade Expiratória (CE) = (VC + VRE) 1,7 Capacidade Residual Funcional (CRF) = (VR + VRE) 2,4 Mensurados diretamente (litros) VENTILAÇÃO Volume de ar mobilizado pelos pulmões por minuto (expresso em litros/min.) Ve = VC . FR VENTILAÇÃO (l/min) Ve = VC . FR Repouso: 6 = 0,5 . 12 Máxima: 150 = 3,0 . 50 VC = Volume Corrente (litros) FR = Frequência Respiratória (cpm) Espaço Morto Anatômico: volume de ar que preenche as vias aéreas (de condução), onde não existem alvéolos, em torno de 150 ml. Ve = VC . FR VENTILAÇÃO ALVEOLAR Va = (VC-EMA). FR Controle Nervoso da Ventilação 1. Os neurônios respiratórios do bulbo controlam músculos inspiratórios e expiratórios 2. Os neurônios da ponte integram informações sensoriais e interagem com neurônios bulbares para influenciar a ventilação 3. O sinal nervoso transmitido aos músculos inspiratórios, principalmente ao diafragma exibe um início débil e uma elevação constante na forma de uma rampa por cerca de 2 segundos (inspiração). Então, o sinal apresenta interrupção abrupta durante aproximadamente 3 segundos (expiração). 4. A ventilação está sujeita à modulação contínua por vários reflexos associados à quimiorreceptores e mecanorreceptores e por centros encefálicos superiores. Controle Nervoso da Ventilação Sinais Sensoriais ao Centro Respiratório Nervo Glossofaríngeo Bulbo Nervo vago Nervo Glossofaríngeo Corpo Carotídeo Corpos aórticos O dióxido de carbono estimula a Área Quimiossensível Área Quimiossensív el Área Inspiratória
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