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Exercício Avaliativo Curso de Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos

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Página inicial ► gestao_contratos | Turma 4/2016 ► Módulo de Encerramento ► Exercício Avaliativo Final
Questão 1
Correto
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Iniciado em segunda, 29 Ago 2016, 06:31
Estado Finalizada
Concluída em segunda, 29 Ago 2016, 08:07
Tempo empregado 1 hora 35 minutos
Notas 8,00/10,00
Avaliar 24,00 de um máximo de 30,00(80%)
Os contratos de natureza continuada estão dentre as exceções quanto à duração dos
contratos administrativos, que, em geral, devem ter suas vigências coincidentes com os
créditos orçamentários correspondentes.
Com base no que foi estudado no curso, escolha a opção correta.
 
a. Um contrato de vigilância armada, firmado inicialmente com prazo de vigência de
12 meses, pode ter sua vigência prorrogada por até o máximo de 60 meses. Essa
é a resposta correta. Os serviços de vigilância são representativos do que sejam
contratos de natureza continuada. Assim, aplicam-se a tais contratos a possibilidade
de prorrogação de suas vigências em até 60 meses, podendo ser prorrogado por mais
12 meses, em situações excepcionais, conforme previsto no § 4º do art. 57 da Lei
8.666/1993.
b. Um contrato de fornecimento de passagem aérea da Secretaria de Finanças de um
município, cuja vigência inicial se deu de agosto a dezembro, pode ser prorrogado por
sucessivos períodos de 5 meses, até o limite de 60 meses.
c. Um contrato de limpeza e conservação firmado em setembro, deve ter a sua
vigência inicial de 4 meses, de modo que coincida com a vigência do crédito
orçamentário pelo qual correrão as despesas. Como é um serviços de natureza
continuada, poderá ser prorrogado por sucessivos períodos de 4 meses.
d. Um contrato de fornecimento de produtos de informática, como computadores e
impressoras, que foi firmado inicialmente pelo período de 12 meses, pode ser
prorrogado por iguais e sucessivos períodos até atingir o limite de 48 meses.
e. Um contrato de manutenção da rede elétrica de um Secretaria de Estado firmado
em junho, deve ter a sua vigência inicial de 7 meses, de modo que coincida com a
vigência do crédito orçamentário pelo qual correrão as despesas. Como é um serviço
de natureza continuada, poderá ser prorrogado, a partir da primeira prorrogação, por
períodos de 12 meses, desta feita para coincidir com a vigência dos novos créditos
orçamentários pelos quais correrão as respectivas despesas.
BRASIL Acesso à informação Participe Serviços Legislação Canais
Questão 2
Correto
De acordo a publicação Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU:
"Serviços de natureza contínua são serviços auxiliares e necessários à Administração, no
desempenho de suas atribuições, que se interrompidos podem comprometer a
continuidade de suas atividades e cuja contratação deva estender-se por mais de um
exercício financeiro.
A Administração deve definir em processo próprio quais são seus serviços contínuos, pois
o que é contínuo para determinado órgão ou entidade pode não ser para outros. São
exemplos de serviços de natureza contínua: vigilância, limpeza e conservação,
manutenção elétrica e manutenção de elevadores.
O prazo de contrato para prestação de serviços contínuos pode ser estabelecido para um
determinado período e prorrogado, por iguais e sucessivos períodos, a fim de obter
preços e condições mais vantajosos para a Administração, até o limite de sessenta meses,
desde que:
o edital e o contrato estabeleçam expressamente a condição de prorrogação;
a prorrogação não altere o objeto e o escopo do contrato;
o preço contratado esteja em conformidade com o de mercado e portanto, vantajoso
para o contratante;
a vantajosidade da prorrogação esteja devidamente justificada nos autos do processo
administrativo.
De se lembrar que a vigência dos contratos de natureza contínua não precisa,
necessariamente, coincidir com o ano civil. Assim, a duração desses contratos pode
ultrapassar o exercício financeiro que foi firmado. O registro do crédito orçamentário pelo
qual correram as despesas no novo exercício deve ser feito por mero apostilamento. Em
caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade
superior da Administração, o prazo de sessenta meses pode ser estendido por mais doze
meses
Importante ressaltar que alguns objetos de contratos, mesmo que idênticos, podem ser
considerados como de natureza continuada para um determinado órgão e para outros
não. Pode-se mencionar como exemplo a locação de veículos. Um órgão cuja necessidade
de um veículo é esporádica e extraordinária, por exemplo, para descolamento de
autoridades de outros países que vêm esporadicamente para conferências, não
justificaria o contrato como de um serviço de natureza continuada.
Já para outro órgão, que desenvolvesse, por exemplo, atividades de fiscalização
necessitando de deslocamentos frequentes e que não contasse com frota própria, a
disponibilidade de veículos poderia ser considerada imprescindível para o seu
funcionamento. Por essa razão, os contratos de locação poderiam ser caracterizados
como de serviços de natureza continuada.
Gabarito: Um contrato de vigilância armada, firmado inicialmente com prazo de vigência
de 12 meses, pode ter sua vigência prorrogada por até o máximo de 60 meses.
Essa é a resposta correta. Os serviços de vigilância são representativos do que sejam
contratos de natureza continuada. Assim, aplicam-se a tais contratos a possibilidade de
prorrogação de suas vigências em até 60 meses, podendo ser prorrogado por mais 12
meses, em situações excepcionais, conforme previsto no § 4º do art. 57 da Lei 8.666/1993.
O novo fiscal de contratos da prefeitura resolveu fazer um "batimento" entre todas as
compras e serviços em execução na prefeitura e os correspondentes contratos
arquivados no seu setor, quando verificou que não existia termo de contrato formalizado
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Questão 3
Correto
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para uma compra recente de equipamento, no valor de R$ 79.900,00, com prazo de
entrega imediato e necessidade de assistência técnica.
Indica a conclusão tecnicamente correta que fiscal poderia chegar sobre o fato descrito?
 
a. A Prefeitura deve formalizar termo de contrato com o fornecedor, uma vez que a
compra prevê a necessidade de assistência técnica. Este item está correto. O art.
62, § 4º da Lei 8.666/93, estabelece a obrigatoriedade do termo de contrato nas
compras, independente de seu valor, quando resultem obrigações de assistência
técnica.
b. Não há necessidade de firmar termo de contrato, em função do valor da compra
de R$ 79.900,00.
c. Não há necessidade de contrato, pois a entrega do bem é imediata.
d. A Prefeitura deve formalizar o contrato, em função do valor do bem.
e. A Prefeitura deve firmar contrato em razão unicamente da previsão de entrega
imediata.
O art. 62 da Lei nº 8.666/93 prevê que o instrumento de contrato é obrigatório nos casos
de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos
preços estejam compreendidos nos limites destas duas últimas modalidades de licitação
(a Lei 10.520/2002 também obriga o uso do contrato das compras feitas pela modalidade
Pregão), e facultativo nos demais casos em que a Administração puder substituí-lo por
outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
O parágrafo 4º do art. 62 da Lei nº 8.666/93 estabelece a excepcionalidade de que é
dispensável o "termo de contrato", independente de seu valor, nos casos de compra com
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações
futuras, inclusive assistência técnica.
As compras para entrega imediata são entendidas como aquelas com prazo de entrega
até trinta dias depois da data prevista para apresentação da proposta (art. 40, § 4º da Lei
nº 8.666/93).O Tribunal de Contas da União também já expressou seu entendimento quanto ao
assunto:
A Administração é obrigada a firmar contrato nas compras de qualquer valor das quais
resultem obrigações futuras, por exemplo: entrega futura ou parcelada do objeto e
assistência técnica (Acórdão TCU 2.720/2011 - 1ª Câmara).
Gabarito: A Prefeitura deve formalizar termo de contrato com o fornecedor, uma vez que
a compra prevê a necessidade de assistência técnica.
Este item está correto. O art. 62, § 4º da Lei 8.666/93, estabelece a obrigatoriedade do
termo de contrato nas compras, independente de seu valor, quando resultem obrigações
de assistência técnica.
A Secretaria de Saúde do município pretende contratar, por meio de licitação na
modalidade Pregão, empresa para prestar o serviço de locação de veículos com
motorista. No edital, inseriu cláusula com indicação de que o contrato seria firmado
inicialmente por 12 meses, mas que seria prorrogado por iguais e sucessivos períodos até
o limite de 60 meses.
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Foi solicitado ao fiscal de contratos da Secretaria que opinasse sobre as cláusulas do
edital que tratam da vigência do contrato. Foi pedido também que indicasse as cláusulas
de contrato que tratassem da recomposição dos preços inicialmente contratados ao
longo da vigência do ajuste, para que constassem da minuta do contrato que acompanha
o edital.
De acordo com o que foi estudado e com as disposições da Lei 8.666/1993, qual das
alternativas a seguir indica a resposta técnica mais correta a ser dada pelo fiscal de
contratos.
 
a. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a
minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão
de que, a cada 12 meses, seja concedido um reajuste do valor do contrato, de modo a
compensar a inflação do período.
b. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas, pois no
edital não deve constar a indicação nem a possibilidade de prorrogação do contrato.
Somente quando da execução, e se a contratação ainda se mostrar vantajosa para a
Administração, é que poderá haver prorrogação.
c. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a
minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão
de repactuação dos preços a cada prorrogação, com base na variação do salário
mínimo, de modo a compensar a inflação do período.
d. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para a
minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão
de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos
respectivos documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que
compõe o preço do serviço contratado. As prorrogações somente devem ser
procedidas caso o contrato ainda se mostre vantajoso para a Administração. Essa
é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será
exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como
uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do
contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o
instrumento a ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser
precedida de análise comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição
dos preços contratados.
e. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a
minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão
de revisão dos preços a cada novo salário normativo da categoria dos motoristas.
A vigência dos contratos de serviços de natureza continuada e os respectivos preços dos
serviços executados têm disciplina própria na Lei 8.666/1993 quando o ajuste avança
além do período inicial firmado.
A primeira observação importante diz respeito à necessária previsão em edital da
possibilidade de prorrogação da vigência e a forma como se procederá de modo a manter
a equação econômico-financeira do contrato nas bases estabelecidas quando da
proposta e do contrato.
Assim, o contrato somente poderá ter sua vigência prorrogada se for consignado
expressamente no edital. A medida se explica em razão de dar aos licitantes a
possibilidade de formularem suas propostas contemplando essa hipótese, com impacto
Questão 4
Incorreto
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na vantajosidade do preço ofertado, em razão de uma contratação com perspectiva de se
prolongar por um período de até 60 meses implicar em ganhos de escala e diluição de
custos de mobilização e desmobilização.
No caso de ser aventada a possibilidade de prorrogação do contrato, a Administração
deve usar essa faculdade, desde que atendidas algumas condicionantes, como:
1. verificação de que a contratação ainda se mostra vantajosa: vantajosidade que
deverá ser devidamente demonstrada nos autos do processo de prorrogação, por
meio da comparação dos preços das novas condições do contrato com os
praticados no mercado.
2. verificação de que a empresa atende a todos os requisitos de qualificação exigidos
inicialmente na licitação.
3. verificação, caso necessário, do procedimento de recomposição de preços do
contrato, com vistas a manter a equação econômico-financeira inicial, denominado
repactuação, em que se deverá demonstrar a variação de preços dos insumos dos
serviços contratados e ter periodicidade de um ano desde a última repactuação.
Quando da primeira recomposição de preços, deve-se adotar como data-base a data do
orçamento a que a proposta se referir, hipótese que deverá ser previamente consignada
no edital.
Gabarito: As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para
a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão
de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos respectivos
documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que compõe o preço do
serviço contratado. As prorrogações somente devem ser procedidas caso o contrato
ainda se mostre vantajoso para a Administração.
Essa é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será
exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como
uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do
contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o instrumento a
ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser precedida de análise
comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição dos preços contratados.
Em todo contrato, e nos contratos administrativos não é diferente, há uma contraposição
das partes, ante a relação bilateral estabelecida. Nessa relação, o cumprimento de uma
obrigação gera a percepção de um direito, ou impõe uma obrigação para a outra parte;
ou o descumprimento de uma obrigação gera o direito para a outra parte, ou ainda, o
exercício de um direito impõe uma obrigação para a outra parte.
Tomando como referência as disposições da Lei 8.666/1993 e o que foi estudado no
curso, assinale a alternativa que expressa corretamente uma relação "direitos versus
obrigações" das partes.
 
a. O direito de fiscalizar a execução do contrato gera para o contratado o direito de
designar preposto para o mesmo fim. Essa resposta está errada. O exercício da
fiscalização de um contrato administrativo, mais que um direito, é uma obrigação da
Administração. É o que se costuma chamar de poder-dever ante a disposição
expressa da lei 8.666/1993. Já o contratado tem o dever (obrigação) de manter
preposto no local da obra ou serviço para representá-lo e não para fiscalizar o
contrato.
Questão 5
Correto
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b. A entrega do objeto do contrato, ainda que com atraso em relação aocronograma
pactuado, gera para o contratado o direito de receber o preço acordado.
c. O atraso no pagamento da despesa liquidada, gera para o contratado o direito de
correção monetária do valor, somente se o atraso for superior a 90 dias do
vencimento da obrigação.
d. A rescisão de um contrato por descumprimento do prazo de execução gera para a
Administração a obrigação de ocupar o local e utilizar o pessoal da contratada, para
continuidade do contrato.
e. A suspensão da execução do contrato pela Administração, por prazo superior a 120
dias, gera a obrigação de rescindir o contrato e o promover o respectivo
ressarcimento dos prejuízos causados ao contratado, desde que comprovados.
Apesar de a relação contratual administrativa proteger a Administração em detrimento
do particular contratado, em nome do interesse público indisponível (ou seja, que não se
pode abrir mão ou dispor), há também direitos garantidos decorrentes do cumprimento
(adimplemento) de obrigações ou exercício de direitos.
Dessa forma, quando a Administração exerce um direito seu, expresso em cláusulas
exorbitantes, de modificar unilateralmente o contrato, há, em contraponto, que respeitar
o direito do contratado de ter a equação econômico-financeira mantida nos mesmos
patamares do pacto inicial, por meio da correspondente alteração do valor do contrato,
para fazer frente à modificação havida.
O respeito à manutenção da relação econômico-financeira inicial do contrato é uma via
de mão dupla, pois quando a modificação contratual implicar na redução do valor do
contrato, a Administração deverá ser protegida em relação a possível ganho indevido pelo
particular.
Gabarito: A entrega do objeto do contrato, ainda que com atraso em relação ao
cronograma pactuado, gera para o contratado o direito de receber o preço acordado.
Essa é a resposta correta. O atraso no cumprimento da obrigação pactuada não pode ser
alegado como fundamento para a Administração não pagar o preço do bem ou serviço,
conforme contratado. Eventuais penalizações devem ser exercidas pelos instrumentos
próprios conforme disposto no termo do contrato.
Escolha a alternativa que melhor caracteriza o equilíbrio econômico-financeiro de um
ajuste.
 
a. É a relação inicialmente estabelecida entre o que fora previsto para a empresa
contratada executar e o respectivo pagamento pela Administração, e somente será
mantido se não houver aditivos que importem em alterações quantitativas.
b. É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidas na relação
entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante. Essa é
a resposta correta. Numa relação contratual que perdure no tempo, as condições
sobre as quais foram firmados os ajustes devem se manter ao longo da vigência do
acordo, como forma de remunerar corretamente o objeto do contrato, mesmo com o
decurso do tempo.
Questão 6
Correto
c. É a manutenção das condições de qualificação do licitante durante a execução do
contrato, comprovada através de balanço patrimonial e demonstrações contábeis.
d. É o restabelecimento da relação inicialmente pactuada, devida exclusivamente ao
contratado, de modo a preservar o valor da contratação contra os efeitos da inflação.
e. É a aplicação de mecanismos de correções dos valores pagos pela Administração
aos contratados, de modo a minimizar os efeitos dos aumentos de preços dos itens
do objeto do contrato.
Comumente vemos o instituto do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos
administrativo como uma proteção do particular CONTRATADO contra eventuais
alterações decorrentes prerrogativas de privilégio da administração em relação aos
administrados, ou contra os efeitos da corrosão do valor da moeda. No entanto, o
equilíbrio econômico-financeiro é do CONTRATO, significando dizer que qualquer
mudança na relação inicialmente acorda pode ser objeto de revisão visando à
conformação como que fora inicialmente pactuado.
Um bom exemplo de necessidade de correção para a manutenção do equilibro
econômico-financeiro de um contrato administrativo é quando há alteração para menos
na participação de tributos na composição do preço pago por um bem ou serviço, como
se observou com a extinção da CPMF. Como as empresas contratadas deixaram de ser
oneradas pela contribuição extinta, mostrou-se necessária a recomposição dos preços, de
modo que, a relação inicialmente pactuada entre o que era fornecido e o que era pago
tinha que ser mantida, por meio da redução do preço pago por meio do expurgo da
contribuição no preço final do produto ou serviço.
Ressalte que os pleitos de reequilíbrio decorrente desse instituto não se sujeitam a
limitações temporais para que sejam implementados, basta que estejam presentes os
motivos para a sua implementação. Há, no entanto, que se demonstrar a variação de
preços havida decorrente de fatos imprevisíveis e impeditivos da execução do contrato na
forma acordada, ou ainda, caso fortuito, de força maior, ou fato do príncipe, este último
como ocorreu quando da extinção da CPMF.
Assim, como bem esclarece a publicação "Licitações e Contratos: orientações e
jurisprudência do TCU", o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato se justifica nas
seguintes ocorrências:
fato imprevisível, ou previsível porém de consequências incalculáveis, retardadores ou
impeditivos da execução do que foi contratado;
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, que configure álea econômica
(probabilidade de perda concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e
extracontratual.
Gabarito: É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidas na relação
entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante.
Essa é a resposta correta. Numa relação contratual que perdure no tempo, as condições
sobre as quais foram firmados os ajustes devem se manter ao longo da vigência do
acordo, como forma de remunerar corretamente o objeto do contrato, mesmo com o
decurso do tempo.
Quando se fala em Fiscal de Contrato, no âmbito da Administração pública, qual das
definições se aplica à pessoa que exerce essa atividade.
 
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Questão 7
Correto
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a. Representante da Administração que acompanha a execução de um contrato
administrativo, aplicando as multas contratuais quando do descumprimento de
cláusulas pela contratada.
b. Servidor, formalmente designado, que representa a Administração na execução de
um contrato administrativo, dentro das competências que a Lei lhe confere. Essa
é a resposta correta. O art. 67 da Lei 8.666/1993 define que o fiscal deverá ser
designado como representante da Administração na fiscalização do contrato e os §§
1º e 2º delimitam o alcance de sua atuação
c. Servidor encarregado da verificação da conformidade legal do procedimento de
contratação pública, desde a licitação até a execução do contrato.
d. Servidor ou terceiro contratado que elabora e assina os boletins de medição de
obras contratadas, autorizando os respectivos pagamentos.
e. Representante designado pela empresa contratada que atua durante a execução
do contrato.
Importante destacar que a atividade de fiscalização é da Administração contratante,
sendo indelegável, podendo, no entanto, ser assistida por terceiro contratado, quando a
especificidade do objeto contratado assim justificar.
Não se deve confundir a figura do preposto com a do fiscal do contrato. O preposto
representa a empresa perante a Administração, sendo o elo de contato do órgão
contratante com a empresa, recebendo as demandas de serviços ou orientações.
Nos limites de sua atuação, o fiscal do contrato deve registrar as ocorrências havidas na
execução do contrato em livro próprio, e encaminhar à autoridade competente as
questões que ultrapassarem a sua competência, a exemplo de aplicação de multas por
descumprimento de cláusulas contratuais.
Gabarito: Servidor,formalmente designado, que representa a Administração na execução
de um contrato administrativo, dentro das competências que a Lei lhe confere.
Essa é a resposta correta. O art. 67 da Lei 8.666/1993 define que o fiscal deverá ser
designado como representante da Administração na fiscalização do contrato e os §§ 1º e
2º delimitam o alcance de sua atuação
No mês de janeiro, parte do reboco do teto do corredor de uma escola caiu, sendo
contratada pela Secretaria Municipal responsável, por dispensa de licitação, uma empresa
para reparar 9m² de reboco por R$ 3.987,00. Ao iniciar o trabalho, o preposto da empresa
chamou o fiscal do contrato e mostrou que todo o reboco do corredor (totalizando 45 m²)
estava comprometido, devendo ser substituído por completo.
A Administração prorrogou o contrato até maio e determinou a execução do serviço por
R$ 19.935,00.
Em junho, o problema ocorreu no corredor do 2º andar, com área idêntica, e a escola
efetuou novo aditivo, com vigência até dezembro, para o reparo do teto, pagando os
mesmos R$ 19.935,00.
Em dezembro, ocorreu o mesmo problema no refeitório, com 200m², sendo o serviço
contratado por R$ 88.600,00, com prorrogação do contrato até junho do ano seguinte.
O órgão de controle interno questionou o procedimento, obtendo como resposta que a
empresa foi contratada por dispensa de licitação, devido ser situação de emergência, pois
não poderia admitir que o reboco viesse a cair na cabeça de um aluno, e que entre seguir
Questão 8
Incorreto
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as formalidades ou colocar em risco a segurança dos alunos, daria sempre preferência à
segunda.
Em análise do fato é possível afirmar:
 
a. As prorrogações foram feitas corretamente, pois nada há que seja mais importante
que a segurança dos alunos. O interesse público se sobrepõe às formalidades da lei.
b. A primeira prorrogação foi correta.
c. A segunda prorrogação está correta.
d. A terceira prorrogação é a única que está incorreta.
e. Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um
planejamento prévio às contratações. Este item está correto! A Administração
deveria, tão logo verificou a necessidade de ampliação da área a ser reparada,
verificar as demais necessidades de reparo e elaborar procedimento licitatório para
todo o serviço.
A questão envolve a falta de planejamento e a tentativa de caracterizar situações em que
existiram desídia e/ou má gestão como se fossem emergenciais.
Certamente a Administração Pública poderá utilizar uma contratação emergencial para
sanar a situação de risco a que estão expostos os alunos, porém deverá verificar quem
deu causa a esta situação, responsabilizando-o, conforme Orientação Normativa/AGU nº
11, de 01.04.2009. Além disso, é fundamental realizar planejamento para contratação de
empresa responsável pela manutenção preventiva da escola, de forma a evitar que a
manutenção só ocorra em situações de emergência.
Gabarito: Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um
planejamento prévio às contratações.
Este item está correto! A Administração deveria, tão logo verificou a necessidade de
ampliação da área a ser reparada, verificar as demais necessidades de reparo e elaborar
procedimento licitatório para todo o serviço.
Identifique a correta relação entre a conduta ilegal e a correspondente esfera de
responsabilização (administrativa, cível ou penal) a que está sujeito o fiscal de contrato,
quando, por ação ou omissão, o seu ato estiver em desacordo com a legislação
administrativa.
 
a. Deixar de comunicar à autoridade competente a ocorrência de atrasos na
execução do contrato, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração - esfera
administrativa apenas.
b. Atestar boletim de medição de obra sem a verificação in loco dos serviços
efetivamente realizados, ainda que não tenha havido prejuízo – esfera administrativa
e penal. Essa resposta está errada. A esfera penal é aplicável quando o ato está
capitulado como crime, a exemplo dos arts. 89 a 99 da Lei 8.666/1993. Houve falta de
zelo na sua atividade funcional o que implicaria em responsabilização apenas na
esfera administrativa.
Questão 9
Correto
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c. Solicitar verbalmente a correção de serviço que apresentaram defeito, sem que
dessa ação haja prejuízo a Administração – esfera administrativa e cível.
d. Solicitar prorrogação de prazo de contrato fora das hipóteses legais, do
estabelecido no edital ou convencionado no contrato – esfera administrativa e penal.
e. Atestar o recebimento de um bem defeituoso como sendo bom, e em desacordo
com o especificado na licitação e no contrato – esfera administrativa apenas.
O rigor no exercício da atividade pública deve nortear as ações de todos os agentes
públicos, principalmente para algumas categorias de servidores ou de servidores
incumbidos de atividades, que pela sua natureza, assumem contornos de guardiões do
erário.
O fiscal de contrato recebe essa atribuição e dela deve se desincumbir de maneira não
apenas reta e proba, mas primando pela eficiência e efetividade de suas ações, sob pena
de ser compelido a responder por atos que venham a ser questionados. Desta forma, o
Fiscal estará protegendo não apenas o patrimônio público, como também a si próprio,
evitando assim responsabilização por procedimentos que venham a ser considerados
inadequados.
Gabarito: Deixar de comunicar à autoridade competente a ocorrência de atrasos na
execução do contrato, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração - esfera
administrativa apenas.
Essa é a resposta correta. Houve descumprimento de normas funcionais no exercício da
atividade de modo que a esfera de responsabilização é a administrativa. Se de sua
conduta houvesse prejuízo, poderia ser responsabilizado civilmente.
A Administração Pública necessita de instrumentos para viabilizar a consecução de seus
objetivos e interesses, para tanto há a necessidade de realizar obras, adquirir bens ou
produtos e contratar serviços. Para realizar essas contratações a Administração Pública
deve seguir o correto procedimento para aquisição. Esse procedimento tem a seguinte
ordem cronológica: Planejamento, Licitação e Contratação.
Sobre a fase de Planejamento é INCORRETO afirmar que:
 
a. O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal
e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. O planejamento é
um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º do Decreto Lei
nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve obedecer ao
princípio fundamental do Planejamento.
b. Desde a fase de planejamento devem ser avaliados os critérios de eficácia,
eficiência, efetividade e economicidade.
c. O planejamento é fundamental para a melhoria da gestão pública.
d. O Tribunal de Contas da União já manifestou-se sobre a importância da realização
do planejamento estratégico institucional e o planejamento de TI.
e. A falta de planejamento poderá acarretar a responsabilização do agente público
que descumpriu tal incumbência.
Questão
10
Correto
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Além de um princípio fundamental previsto no decreto nº 200/67, o planejamento é umas
das fases mais importantes de uma contratação, pois é nesta fase em que se deve
analisar o que será feito, quando, como, onde, por quanto e porque.
O bom planejamento evita uma série de problemas futuros na contratação e possibilita a
correta fiscalização da entrega de bens ou prestação de serviços, além de prevenir a má
utilização dos recursos públicos.
Gabarito: O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública
Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos.
O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º
do Decreto Lei nº 200/67 prevêem seu inciso I que a Administração Pública deve
obedecer ao princípio fundamental do Planejamento.
A importância de fiscalizar a execução de um contrato administrativo está em fazer com
que o particular contratado cumpra com o que foi ofertado na licitação, cuja decorrência
é o recebimento, pela Administração, do que foi combinado. Além disso, fiscalizar um
contrato é importante, por quê?
 
a. Sendo uma obrigação constitucional, todos estão obrigados a cumpri-la.
b. Se for bem planejada, a execução de um contrato administrativo dispensa a
fiscalização, pois todos os direitos e obrigações estão claramente definidos, cabendo
às partes o seu fiel cumprimento.
c. A obrigação de fiscalizar a execução de um contrato deriva da disposição da Lei
8.666/1993, expressa no seu art. 15, inciso III, pois a fiscalização se enquadra nas
cláusulas exorbitantes dos contratos privados.
d. A correta fiscalização de um contrato administrativo pressupõe que estejam
garantidas a entrega do bem ou a prestação do serviço dentro das especificações,
quantidades e qualidade descritas no contrato, fazendo com que um dos objetivos da
licitação, que é a obtenção da proposta mais vantajosa, seja concretizado na execução
do contrato. Essa é a resposta correta. De nada adianta especificar corretamente
um produto ou um serviço se na hora da entrega não se verifica o que foi entregue.
Essa fase e os procedimentos decorrentes são importantíssimos para garantir que o
que foi contratado e vai ser pago, de fato, vai corresponder à entrega. Daí a
importância de uma fiscalização atuante e firme no sentido de compelir o particular
contratado a cumprir fielmente as especificações do que fora prometido.
e. Se a fiscalização for exercida apenas pelo preposto da empresa contratada,
conforme previsto no art. 68 da Lei 8.666/1993, a Administração terá que remunerá-lo
com fundamento no art. 67 da mesma lei que lhe faculta a possibilidade de
contratação de terceiros para a atividade.
Além de estar expressamente disposto no texto da Lei de Licitações e Contratos, que
impõe à Administração a obrigação quanto à designação de servidores para a tarefa de
fiscalizar os contratos administrativos firmados no âmbito dos respectivos órgãos, esses
servidores públicos designados devem possuir as qualificações necessárias para o correto
exercício da atividade de fiscalização. A qualificação técnica se mostra importante, pois, a
depender das especificidades e complexidade do objeto do contrato, nem todos estarão
aptos para verificar o seu fiel cumprimento. Mas não é só a qualificação técnica que deve
ser verificada na designação de um fiscal de contrato, pois a atividade exige
características de personalidade que façam com que a atividade de fiscalização se dê de
forma efetiva e sem embaraços, a exemplo de iniciativa, pró-atividade, firmeza de
propósito, e conduta funcional adequada;
Vale a pena dar uma olhada na Portaria TCU 297/2012, que dispõe sobre a fiscalização de
contratos de prestação de serviços de natureza continuada, pois tem importantes
conceituações e procedimentos que podem ser aplicadas a diversos contratos.
Também é importante também verificar a alteração da IN SLTI/MPOG 02/2008 promovida
pela edição da IN SLTI/MPOG 06, de 23 de dezembro de 2013, que impacta bastante as
atividades de fiscalização dos contratos administrativos no âmbito do Sistema de Serviços
Gerais (Sisg) no âmbito da União.
Gabarito: A correta fiscalização de um contrato administrativo pressupõe que estejam
garantidas a entrega do bem ou a prestação do serviço dentro das especificações,
quantidades e qualidade descritas no contrato, fazendo com que um dos objetivos da
licitação, que é a obtenção da proposta mais vantajosa, seja concretizado na execução do
contrato.
Essa é a resposta correta. De nada adianta especificar corretamente um produto ou um
serviço se na hora da entrega não se verifica o que foi entregue. Essa fase e os
procedimentos decorrentes são importantíssimos para garantir que o que foi contratado
e vai ser pago, de fato, vai corresponder à entrega. Daí a importância de uma fiscalização
atuante e firme no sentido de compelir o particular contratado a cumprir fielmente as
especificações do que fora prometido.
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