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Resumo de Constitucional Parte II

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Resumo de Direito Constitucional – Parte 2
- Estado
Estado é a nação politicamente organizada que tem soberania, que é soberana. Ele tem um 
território inalienável, tem um governo independente e uma população homogênea. Então, 
esse conceito, que o professor discorda, é composto assim.
Segundo o professor, ter território inalienável é algo que não ocorre, pois há venda de 
territórios para outros países como no caso do Alaska, Acre, etc. Outro problema disso é com 
governos independentes, pois governos periféricos não têm força para ser totalmente 
independente, como por exemplo, as ações dos Estados Unidos que não são comunicadas aos 
respectivos governos em que são feitas.
Logo, se exacerbarmos o conceito de governo independente, o conceito de Estado será 
diminuído. Por exemplo, não se pode dizer que a Espanha, França, têm população homogênea, 
assim como os países do oriente médio e África, divididos por interesse, misturando tribos de 
origens diferentes.
- História do Estado
A sociedade humana não começou com cidades, ela começou com tribos nômades que 
surgiram na África. As primeiras cidades surgem no oriente, próximas da Palestina, do Estado 
de Israel, onde surgiram as primeiras organizações da sociedade humana. O homem não se 
fixava em um local.
A sociedade humana tem três instituições básicas, o Estado, a Família e a Propriedade. O 
Estado é a instituição mais importante, a Família a mais antiga e a Propriedade é a mais 
polêmica. A Religião pode ser considerada também uma instituição básica da sociedade 
humana.
A propriedade é a mais polêmica das instituições da sociedade humana, pois no início não 
havia propriedade privada, logo, a propriedade era coletiva e a propriedade privada surge 
como um domínio. Posse é ter uma determinada área e as pessoas reconhecem que a pessoa 
tem autoridade àquela área. Quando a posse passa a ser reconhecida por todos, ela passa a 
ser domínio. Significa dizer que se cercou uma área, ela é reconhecida e se tem o justo título 
daquela área, alguém dizendo que essa propriedade pertence a uma pessoa.
No início, a origem da propriedade é a posse, e a posse era mantida através da força, que se 
materializou no domínio e se fez o conceito de propriedade. Logo, a origem da propriedade 
privada é vinda da violência.
Toda a análise sociológica das Ciencias Sociais aponta para a origem da sociedade as cidades 
orientais. Não havia Estado, havia Cidades. São aquelas cidades antigas que se organizavam 
em uma concepção de Estado, que foi primeiramente desenvolvida por Maquiavel.
A estrutura de poder era um chefe, que comandava a mesma. Esse chefe se legitimava através 
da força e ela era importante na sociedade humana. O chefe se impunha pela força. O 
professor defende a tese que a Religião é um elemento fundamental para as sociedades 
humanas, pois o chefe que se legitimava pela força, começa a se proteger através da 
divindade, pois não queria a cada momento ter que enfrentar seus adversários pela força.
A divindade era um instrumento de legitimação do chefe. No início, ele expressava a 
divindade, logo, ninguém poderia derrubar a divindade pela força. Depois, ele era um 
representante da divindade. Logo, a Religião teve papel importante para a formação do 
Estado, pois respaldava a força do chefe.
O primeiro grande império reconhecido pelo ocidente foi Roma. Roma era o Império Romano, 
e foi o primeiro grande império do ocidente. O Império Romano foi legitimado através da 
adoção de uma religião oficial. Passam a ser legitimados pelo cristianismo.
Só havia poder executivo, e era exercido pelo imperador. Logo depois, surgiu um poder que 
era o poder de parlare, que é o local onde se fala do imperador, se classificando como um 
segundo poder, diferente do executivo. Começou a surgir uma estrutura de poder legislativo, 
que tinha duas concepções: aonde se falava do imperador e aonde se elaboravam leis. Com 
isso, vemos o início do conceito de parlamento.
Podemos dizer que o império romano tinha um esboço de democracia? O professor diz que 
não, pois quem votava era uma minoria oligárquica que não poderia se encaixar em 
democracia, mas sim, estruturava a cidade de Roma. Roma teve uma grande preocupação de 
criar uma ordem jurídica com res pública, uma coisa que era de todos, um bem ou local que a 
todos pertence.
No início, não havia propriedade, apenas a posse, e ela era mantida pela força. Depois disso, o 
homem teve a preocupação de legalizar a propriedade, pois não há como manter a 
propriedade sem que tenha uma estrutura estatal, pois a cada momento você teria que 
garantir a propriedade. É a chamada origem do pacto social.
O Direito Romano começou a distinguir o Direito Público e o Privado, mostrando que a res 
pública pertencia a todos. Eles tiveram uma genialidade jurídica notável para poder estruturar 
suas normas jurídicas.
O Império Romano começa a entrar em decadência e os bárbaros descem do norte da Europa. 
Os bárbaros criam um problema, eles conquistavam um território e criavam um chefe daquele 
território. Eles então tiraram a grandeza do Império Romano. Os bárbaros queriam poder 
econômico para o chefe bárbaro que liderava aquela tropa.
Isso fez surgir pequenas localizações que originaram o sistema feudal e aproveitaram do 
direito romano o direito privado para dar garantias aos seus interesses privados, fazendo com 
que surja o feudalismo.
O Sistema Feudal significa áreas definidas de poder total do chefe do feudo e todas as pessoas 
que ali trabalhavam eram servos dele, em uma relação de submissão total. Os feudos 
passaram a ser entraves para o desenvolvimento da sociedade pois dificultavam as práticas do 
comércio, pois para comercializar você devia tributos, além de desestruturar o direito público.
Esses tributos pagos aos senhores feudais foram necessários para desenvolver a atividade 
econômica e o fortalecimento dos feudos.
O absolutismo foi fortalecido pelos comerciantes, a burguesia, até o momento que o feudo 
desaparece, os reis estão fortes e os burgueses decidem limitar o poder dos Reis, revoltando-
se contra o absolutismo. Essa revolta gera duas coisas importantes, a Constituição Americana e 
a Revolução Francesa, respectivamente.
Vimos que a Constituição foi importante por uma série de fatores já descritos e a Revolução 
Francesa tinha como parâmetro a igualdade de todos perante a lei. Isso era um avanço 
enorme para a época, pois a nobreza e o clero tinham prevalência de status. Como a religião 
quem legitimava o chefe, tinha um status de privilégio. Até então, a religião era quem 
legitimava o poder.
- Contribuição de Constituições para o Direito Contemporâneo
A Revolução Francesa ao estabelecer a igualdade perante todos naquele momento ( hoje esse 
conceito já é ultrapassado) reconhece a desigualdade entre as pessoas. A revolução fez a 
burguesia tremer, pois com a constituinte eles tinham medo de perder os privilégios que havia.
Com isso, a França gera o Parlamentarismo. A Constituição Americana inova com seus 
conceitos, dando a eles um status de formulador de teorias do direito constitucional muito 
importante. É nela que vemos pela primeira vez a figura do Presidencialismo e o 
Constitucionalismo.
O professor critica isso, pois acha que foi tudo não por formulação teórica, mas sim, 
circunstâncias do momento, pois eles tinham muitas divergências entre si, logo, foi necessária 
a criação de uma constituição que só estabelecesse regras gerais, construindo uma 
constituição sintética para que ela nunca seja alterada e que as leis ordinárias se 
regulamentassem por jurisdição.
A terceira condição emblemática é a Constituição Mexicana, que surgiu no final do século XVIII 
e início do XIX, e foi a primeira constituição que colocou na norma o problema social, que 
visava discutir propriedade, remuneração dos trabalhadores e outras questões sociais, dando 
ao DireitoConstitucional status social.
Outra condição emblemática foi a Constituição Soviética de 1917, que dá um novo conceito ao 
constitucionalismo mundial, dizendo que todo cidadão tem obrigação de trabalho, de pleno 
emprego, conceito muito importante para aquele momento histórico.
Também debatia o que era propriedade privada e propriedade pública, sendo que a primeira 
tem que ser limitada, pois o interesse coletivo tem que prevalecer sobre o interesse individual.
Outra constituição extremamente importante é a constituição de Weimar, que é uma 
constituição alemã, antes da chegada dos nazistas ao poder e primeira constituição social-
democrata do mundo. Estabelece-se uma grande importância do estado na sociedade mas 
também a propriedade privada.
- Teoria da Formação do Estado
a) Teoria da origem familiar
A primeira teoria de formação do Estado é a teoria da origem familiar do Estado. A família é 
uma das instituições básicas da sociedade humana, é a mais antiga e alguns alegam que o 
Estado surgiu da família. A família deu origem a sociedade, logo a sociedade necessitou de um 
Estado e a família quem provocou a formação do mesmo. Os antropólogos alegam que a 
origem da família é o momento em que o homem define seu parceiro sexual e conclui que a 
prole é conseqüência do ato sexual.
Antes disso, não havia parceiro sexual fixo e dificultava a definição de família. Essa então é a 
teoria da origem familiar do Estado, pautada em patriarcado (focada no pai de família). O 
professor não defende essa teoria, mas concorda que a origem do poder familiar era na figura 
do pai. Hoje já se pauta o matriarcado mais forte que o patriarcado.
Outra tese era que a família era baseada no matriarcado e o professor diria que em uma 
sociedade periférica do capitalismo isso se aplica mais fortemente.
O Estado surgiu, então, para proteger a família e como a família é a instituição mais antiga da 
sociedade humana, ela é a origem do Estado.
b) Teoria da origem patrimonial
A teoria da origem patrimonial do Estado diz que a posse da terra gerou um poder público e 
deu a origem do Estado. No início não havia propriedade, mas sim a posse. A propriedade 
gerou o poder público que fundamentou o Estado, com o fator econômico determinante para 
os movimentos sociais.
O Estado surge para proteger a propriedade, pois antes dele, a propriedade tinha que ser 
garantida pela força e, com o Estado temos um aparato estatal que protege a sociedade. O 
professor vê que o direito à propriedade na constituição é automática, sua eficácia é imediata, 
em detrimento de outros direitos sociais que não são imediatos. Como o exemplo da 
participação dos lucros da empresa pelo empregado, que é regulamentado posteriormente.
Essa corrente defende a tese que a origem do Estado foi a questão patrimonial, pois o Estado 
foi criado para defender o interesse patrimonial da sociedade, para que o aparelho estatal, as 
estruturas do Estado, seja utilizado para proteger os interesses de uma minoria. É uma 
contradição que os órgãos repressores de garantias do Estado não são empregos para os filhos 
da burguesia, mas sim, está na mão do proletariado, que defende os interesses das classes 
dominantes.
c) Teoria da origem violenta
Também chamada de Teoria da Força. A teoria da origem violenta do Estado diz que a 
formação política vem do grupo dominador, que domina um grupo subsequente, o Estado foi 
implantado pela violência para defender os interesses de uma minoria. O professor alerta para 
o fato que o direito é feito por quem está no poder.
d) Teoria da origem natural
A teoria da origem natural do Estado diz que o Estado é um fenômeno natural, pois o homem 
é um animal político e a sociedade deveria se organizar politicamente por conta disso. É 
derivada da teoria de Aristóteles.
e) Teoria da origem contratual
A teoria da origem contratual do Estado era a teoria mais aceita na década de 60, onde o 
Estado teria surgido por uma visão racional, onde a busca humana do auto interesse seria 
responsável pela relação de contratos sociais entre os membros da sociedade humana, 
estabelecendo direitos e deveres individuais.
Dentre os principais correntistas dessa teoria, temos Hobbes, estabelecendo o contrato social 
para a legitimação racional do Estado que fosse o melhor garantidor dos direitos individuais, 
uma visão muito empírica segundo o professor. Rousseau também está nessa escola, pois se o 
homem é bom, quando se agrega os valores desaparecem, logo, é necessário um contrato 
para proteger o indivíduo e os valores éticos da sociedade humana.
- Formas de Estado
a) Estado Unitário
Não há divisão política dentro do território nacional, o poder central é único em todo o país. 
Um Estado unitário não significa dizer que não haja uma descentralização administrativa, ele a 
possibilita, mas as autoridades administrativas não têm autonomia e independência como as 
do Estado federativo. Logo, a autoridade dos Estados unitários recebe a legalidade do poder 
central. Esse regime é adotado, por exemplo, na França e no Chile.
b) Federação
Criada pelo direito Norte Americano, é uma união indissolúvel entre estados independentes, 
com autonomia entre si. Porém, os estados não são soberanos, a autonomia concedida a eles 
é meramente administrativa. Existem dois tipos, o Federalismo Típico e o Federalismo Atípico.
No Federalismo Típico, temos uma autonomia administrativa grande, na qual se possibilitam 
criações de códigos penais e civis próprios, impostos diferenciados e outras decisões que 
diferem muito de estado para estado, sem necessidade de regulação Estatal. É o caso do 
federalismo nos Estados Unidos.
Já o Federalismo Atípico significa que a União concentra uma grande competência para 
elaborar normas jurídicas, quase toda a legislação é federal. Logo, a União tem uma grande 
concentração de poder em suas mãos. É o caso do Brasil.
- Formas de Governo
É um conceito que se refere à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como 
se dá a relação entre governantes e governados. Responde a questão de quem deve exercer o 
poder e como este se exerce. 
Nós temos duas formas de governo, a República e a Monarquia.
A República significa o governo de todos, res publica, coisa de todos e na Monarquia a 
representação política ocorre através da figura do monarca ou imperador. A monarquia pode 
ter origem em relações cossanguíneas ou monarquia eletiva, a primeira sendo a mais usual, 
onde os reis são sucedidos por seus descendentes, e a eletiva, como o exemplo do Vaticano, é 
eleito.
A Monarquia evoluiu da Monarquia absolutista para a monarquia constitucional. A absolutista 
era onde o Rei tinha plenos poderes, já a constitucional é aquela subordinada aos princípios da 
constituição, onde o professor brinca que o Rei está mais ligado ao Ministério do Turismo que 
o da Justiça.
- Sistemas de Governo
O sistema de governo diz respeito a como se relacionam os poderes, especialmente o 
legislativo e o executivo. Logo, ele mostra como funcionam os sistemas executivo, legislativo e 
judiciário. Temos dois sistemas de governo, o Presidencialismo e o Parlamentarismo.
a) Presidencialismo
O Constitucionalismo Americano deu duas contribuições para o Direito, o Presidencialismo 
sendo um deles. O Americano trazia a figura do Rei da Europa e queria que isso se 
estabelecesse, porém, com um Rei eleito e com prazo determinado. O professor brinca que o 
presidencialismo é o "Rei eleito", pois a figura do presidente concentra vários poderes e o 
professor tem dúvidas quanto a esse funcionamento. Caracteriza-se na concentração em uma 
pessoa de todo poder executivo.
Num presidencialismo os três poderes são autônomos e independentes, além de soberanos. 
Isso significa que ele concentra na mão desses poderes um grande nível de competência, 
sobretudo no poder executivo. Os americanos criaramum sistema conhecido chamado de 
freios e contrapesos, significando que ainda que sejam autônomos e independentes, houve 
uma grande exacerbação, levando a esse sistema. Ele entra para suavizar a soberania dos 
poderes, estabelecendo uma maneira de um poder interferir no outro.
Isso ocorre, por exemplo, na nomeação dos ministros da Suprema Corte. O presidente nomeia 
os ministros da primeira corte americana, assim como no Brasil para o STF, sendo uma 
interferência do poder executivo no poder judiciário. Além disso, essas nomeações são 
aprovadas pelo poder legislativo, através do senado.
Outra característica do presidencialismo é o presidente ter mandato máximo e mínimo. O 
presidente indica os ministros de Estado sem nenhuma interferência dos outros poderes. O 
presidente tem uma competência enorme do país. O presidente ainda é chefe de Estado e 
chefe de governo, ele representa o Estado e o governa.
A vantagem do presidente da república é a concentração de poder em uma pessoa, dando 
velocidade às decisões. Logo, no presidencialismo essa concentração pode ser benéfica, 
porém, sua desvantagem é ser "o governo da crise", segundo o professor, pois o presidente 
tem que fazer concessões ao parlamento para ter maioria parlamentar. Além disso, pode subir 
ao poder um presidente carismático sem que a população possa medir as conseqüências. 
Logo, é muito perigoso para o desenvolvimento do estado democrático de Direito.
b) Parlamentarismo
A maioria do mundo adota o Parlamentarismo. O Presidencialismo é adotado, sobretudo nas 
Américas e em alguns países da África. Na Europa se adota o parlamentarismo. 
O parlamentarismo foi a evolução do constitucionalismo, pois com a derrota das monarquias 
absolutistas, os países mantiveram o rei sem poder e criaram o parlamentarismo. O 
parlamentarismo é a divisão de uma pessoa ser chefe de Estado e outra pessoa chefe de 
governo. O chefe de Estado é um monarca e o chefe de governo é o Primeiro Ministro. Esse 
sistema tem uma vantagem de poder ser adotado em uma república ou uma monarquia, o que 
não pode ser feito com o presidencialismo.
No Parlamentarismo, os poderes legislativo, executivo e judiciário são, autônomos, 
independentes, mas não soberanos, pois o poder executivo surge do poder legislativo, tendo 
sua origem no parlamento.
No Parlamentarismo, os poderes legislativo, judiciário e executivo são autônomos e 
independentes, porém, não são soberanos, diferente do que ocorre presidencialismo, pois 
nele o governo sai do parlamento, que é quem elege o primeiro ministro.
Significa dizer que não há entre o legislativo e o executivo a mesma independência na 
soberania que existe no presidencialismo. No parlamentarismo, essa relação de poderes é 
diferente. Além disso, no parlamentarismo há um chefe de estado e um de governo, onde o 
primeiro representa o estado e o outro o administra. O chefe de Estado é o monarca.
Logo, a diferença básica entre o presidencialismo e o parlamentarismo significa dizer que os 
poderes não têm soberania entre si, são autônomos e independentes. No parlamentarismo 
não há mandato máximo ou mínimo necessariamente, pois ele pode ser interrompido a 
qualquer momento pelo parlamento.
Existem dois tipos de parlamentarismo, o típico e o atípico. No sistema Francês, por exemplo, 
há um chefe de Estado e um de Governo. Parlamentarismo típico é aquele que o chefe de 
estado representa apenas o Estado, não tendo competência constitucional, como por exemplo 
a rainha da Inglaterra que tem poderes constitucionais limitadíssimos, como posse de 
ministros e algumas decisões da câmara dos lordes.
Já o parlamentarismo atípico é aquele que o Chefe de Estado tem alguns poderes, com seus 
grandes exemplos da França e Portugal. Os presidentes são eleitos diretamente pelo povo e, 
segundo o professor, dá problemas sérios com isso, pois pode não ter maioria no parlamento. 
Além disso, se o presidente e o primeiro ministro estiverem em partidos opostos, temos um 
problema chamado de coabitação, onde muitos problemas podem ocorrer.
Então, no parlamentarismo atípico, o presidente da república tem poderes administrativos, 
normalmente sendo três poderes fundamentais, sancionando e votando leis aprovadas, 
controle da força militar e controle da política externa.
A grande vantagem do parlamentarismo, segundo o professor, é que é um sistema menos 
emocional que o presidencialismo, pois quem tem maioria no parlamento é quem elege o 
primeiro-ministro, diminuindo conflitos políticos. Há quem discorde, pois dizem que a 
democracia só funciona quando se formam "maiorias mínimas", ou seja, com pequena 
margem de maioria.
Logo, o parlamentarismo é criticado por estabelecer estabilidade no poder.
c) Diretórios
Existe também o sistema dos Diretórios, sistema utilizado na Suíça. A Suíça é um Estado que 
não tem uma única nação, e sim os chamados Cantões Suíços, e aliás o nome diretório 
acadêmico vem dessa organização. Logo, existe um terceiro sistema de governo além do 
Presidencialismo e Parlamentarismo.
Esse sistema funciona até hoje, onde os Cantões, alternadamente, administram a Suíça. No 
Brasil, São Paulo tem uma hegemonia eleitoral muito grande, preocupante para a questão 
democrática. A Suíça criou então um sistema em que não se possa eleger pessoas do mesmo 
cantão consecutivamente, exigindo uma alternância do representante de um cantão diferente 
do último. Isso, então, constitui o sistema de Diretório.

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