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Comparativo Ação Rescisória no CPC 73 e NCPC 15

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Comparando (Conceito/Rito/Particularidades) da Ação Rescisória no Código de Processo Civil Lei no. 5.869/1973 (CPC/73) e no Novo Código de Processo Civil Lei no. 13.105/2015 (NCPC/15)
Conforme já fora conceituada, a Ação Rescisória, no CPC/73 era a ação autônoma que visava desconstituir uma decisão (sentença, acórdão e decisão interlocutória) de mérito acobertada pela coisa julgada. O instituto tinha rol expressamente taxativo, com prazo decadencial de dois anos. Esse aspecto ou conceito foi melhor elaborado e ampliado de forma que, a Ação Rescisória não tenha natureza jurídica de recurso sendo uma ação autônoma de impugnação e onde os recursos não atendem a regra da taxatividade e inaugura uma nova ação.
Explicando mais e melhor, tem-se que a Ação Rescisória (NCPC/15) é a ação autônoma de impugnação, que tem por objetivos a desconstituição de decisão judicial transitada em julgado e, eventualmente, o rejulgamento da causa. Ela não é recurso, exatamente porque dá origem a um novo processo para impugnar a decisão judicial. A ação rescisória pressupõe a coisa julgada, contrariamente ao recurso, que impede o trânsito em julgado e mantém o estado de litispendência ou de pendência do processo. 
A natureza jurídica do pedido de rescisão é a mesma da causa originária.
Caso a ação rescisória seja acolhida, ocorrerá a desconstituição da coisa julgada, tendo, em regra, efeito ex tunc. E assemelhando-se à anulabilidade, possuir eficácia retroativa. A ação rescisória permite o desfazimento da decisão por motivos de invalidade ou por motivos de injustiça.
Além da observância dos pressupostos processuais gerais de validade, para que se admita a ação rescisória são necessários: a) uma decisão judicial rescindível; b) o enquadramento da situação em uma das hipóteses de rescindibilidade, que estão relacionadas no art. 966, no §15 do art. 525, no §8° do art. 535 ou no art. 658, todos do CPC.
O art. 966 do CPC prevê a possibilidade de ação rescisória contra decisão de mérito transitada em julgado. O art. 485 do CPC-1973 continha a expressão "sentença de mérito". A mudança do termo "sentença" por "decisão" não foi ocasional. O propósito é evidente: permitir o ajuizamento de ação rescisória contra qualquer tipo decisão de mérito: decisão interlocutória,, sentença, decisão de relator ou acórdão. 
Não importa a espécie de decisão: tendo transitado em julgado, é rescindível.
	A ação rescisória é cabível também contra decisão que não tenha examinado o mérito. O §2° do art. 966 do CPC dá fim à discussão doutrinária exigindo, apenas, que a decisão tenha transitado em julgado. Todavia, sendo possível corrigir o defeito que deu causa à extinção, e, assim, renovar a demanda, não se deverá ajuizar uma ação rescisória. Esta será utilizada nos casos em que o vicio for insanável ou em que o demandante não aceite o reconhecimento do defeito.
Também cabe ação rescisória contra decisão de inadmissibilidade de recurso (art. 966, §20, II, CPC); na decisão que aplica uma sanção processual, inclusive daquela que condena a parte em litigância de má-fé; na decisão que homologa a autocomposição, uma vez transitada em julgado; na partilha decidida ou homologada pelo juiz, quando a respectiva decisão transitou em julgado.
De forma diferenciada, havia determinados requisitos de procedimento segundo o Código anterior, a exemplo em seu art. 488 que previa o pedido de desconstituição ou o de novo julgamento. Era necessário o depósito prévio de 5% do valor da causa (dispensada para a Fazenda Pública, o INSS, o MP, a Assistência Judiciária etc). A petição inicial era distribuída a um relator, tendo a citação do réu para contestar no prazo a ser fixado entre 15 e 30 dias. Da contestação o rito seguia o ordinário, entretanto, se houvesse necessidade de provas, estas seriam colhidas no gabinete do relator, ou no tribunal ou por meio de carta de ordem para o juízo de primeira instância. Após a instrução seria concedido o prazo de dez dias para alegações finais.
	E dentre outros aspectos, o procedimento adotado no NCPC/15 traz importantes observações a serem feitas sobre cada ponto específico com suas nuances e características, como: a petição inicial e a improcedência liminar do pedido; o depósito obrigatório; o valor da causa; o prazo de resposta do réu; a revelia; a possibilidade de audiência preliminar de mediação ou conciliação; a reconvenção; a produção de provas; a intervenção do Ministério Público; a suspensão da execução da decisão rescindenda e tutela provisória; e a tutela provisória de evidência na ação rescisória.
Portanto, hão de existir inúmeras inovações do novo Código e a observação generalista do tema pode deixar passar pequenas peculiaridades importantes, não somente com relação à Ação Rescisória, mas em toda a matéria.
Se no NCPC/15 a Ação Rescisória deve buscar o atendimento da legitimidade, possibilidade, interesse e hipótese de rescindibilidade, além das decisões de mérito rescindível e prazo decadencial, pontuar algumas delas tem sua valoração tem aspecto de debruçar-se em algumas minucias para alcançar a intenção do legislador em alguns aspectos. Tem-se que:
Localização do tema - A Ação Rescisória que fazia parte do Livro do Processo de Conhecimento (CPC/73) e no NCPC/15 está no Livro dos Processos dos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões Judiciais reflete a decisão do legislador em não confundi-la, em definitivo, com o recurso e sim, uma ação autônoma de impugnação.
Decisão rescindível no antigo CPC era sentença de mérito, de acordo com o art. 485 (CPC/73). O uso do termo ´´sentença`` já havia sido defendida pela Súmula 514 do STF onde bastaria que a ação tivesse sido ´´transitada em julgado`` que caberia então, ação rescisória. No NCPC/15 não mais trata de sentença de mérito mas de decisão de mérito (abarcando acórdão, decisão interlocutória, decisão monocrática etc), exigindo ainda o trânsito em julgado porém sem a necessidade de ser de mérito, através de ´´nova propositura de demanda; ou admissibilidade do recurso correspondente``.
Prazo para ajuizamento da Ação Rescisória - Enquanto havia um prazo decadencial definido em 2 anos, ´´contados do trânsito em julgado da decisão`` restando uma dúvida quanto ao termo inicial deste biênio; para alguns a cada capítulo transitado em julgado caberia ação rescisória correspondente e para outros (incluindo o STJ, na súmula 401) que contar-se-ia o prazo referido a partir da última decisão do processo. O NCPC/15 define expressamente os dois anos, a característica decadencial e mesmo quando considera no seu art. 966, §3º, a possibilidade de ação rescisória de apenas um capítulo da decisão, não implica em dizer que adotou a Teoria dos Capítulos e sim, que o prazo começa a partir da última decisão.
Referências
DIDIER Jr., Fredie & CUNHA, Leonardo Carneiro. Curso de direito processual civil: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais. 13ª ed. Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.
NEVES, Gustavo Bregalda & LOYOLA, Kheyder. Vade Mecum Esquemas de Estudo: Doutrina. 5ª ed. São Paulo: Rideel, 2013.

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