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Norma de procedimentos construtivos alvenaria estrutural de blocos de cerãmica

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ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 
 
 
Alvenaria estrutural - Blocos cerâmicos - Parte 2: Execução e controle de 
obras 
 
APRESENTAÇÃO 
1) Este 1º Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Alvenaria estrutural - Blocos 
Cerâmicos – (CE-02:123.03) do Comitê Brasileiro de Construção Civil - (ABNT/CB-02), nas 
reuniões de: 
 
31/10/2007 23/01/2008 31/01/2008 
05/03/2008 07/04/2008 30/04/2008 
28/05/2008 30/07/2008 27/08/2008 
2) Este Projeto não tem valor normativo; 
3) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta 
informação em seus comentários, com documentação comprobatória; 
4) Tomaram parte na elaboração deste Projeto: 
Participante Representante 
SENAI/SP OSCAR KHOIT UENO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - 
UFSCAR 
GUILHERME ARIS PARSEKIAN 
SELECTA ESTRUTURAL BLOCOS E TELHAS 
LTDA 
ADMILSON BERTOLIN 
MARCIA MARIA MELO 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA 
CERÂMICA - ANICER 
LUIS CARLOS BARBOSA LIMA 
CARLOS ANDRÉ FOIS LANNA 
EDVALDO COSTA MAIA 
CESAR VERGÍLIO OLIVEIRA GONÇALVES 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP MARCIO ROBERTO SILVA CORREA 
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE OLARIA E 
DE CERÂMICA PARA CONSTRUÇÃO NO 
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - E 
SINDER-RS 
ODILON PANCARO CAVALHEIRO 
ARQUITETURA ESTRUTURAL CONSULTORIA MARCIO SANTOS FARIA 
CERÂMICA CITY LTDA VANDERLEI LOPES 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS 
COMERCIANTES DE MATERIAL DE 
CONSTRUÇÃO - ANAMACO 
RUBENS MOREL N. REIS 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/2 
 
CAIXA ECONOMICA FEDERAL JOSÉ ONOFRE M. ALBUQUERQUE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
- UFMG 
ROBERTO MARCIO DA SILVA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA 
CATARINA - UFSC 
HUMBERTO RAMOS ROMAN 
 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/30 
 
 
Alvenaria estrutural - Blocos cerâmicos - Parte 2: Execução e controle de 
obras 
Structural masonry – Ceramic block – Part 2: Procedure for execution 
 
Palavras-chave: Alvenaria estrutural. Bloco cerâmico. Parede. Edifício. 
Descriptors: Structural masonry. Ceramic block. Walls. Buildings. 
Sumário 
Prefácio 
1  Escopo 
2  Referências normativas 
3  Termos e definições 
4  Requisitos do sistema de controle 
4.1  Plano de controle da qualidade 
4.2  Projeto executivo 
4.3  Procedimentos do plano de controle 
5  Materiais 
5.1  Especificação prévia do bloco cerâmico 
5.2  Definição prévia da argamassa de assentamento 
5.3  Especificação prévia do graute 
6  Recebimento dos materiais 
6.1  Disposições gerais 
6.2  Recebimento dos blocos 
6.3  Recebimento da argamassa e graute 
6.4  Recebimento de armaduras 
6.5  Aditivos 
6.6  Concreto estrutural 
7  Produção da argamassa de assentamento e do graute 
7.1  Argamassa de assentamento 
7.2  Disposições gerais do graute 
8  Controle da resistência dos materiais e das alvenarias à compressão axial 
8.1  Caracterização prévia dos materiais e da alvenaria 
8.2  Resistência característica 
8.3  Controle dos materiais e alvenaria em obra 
8.4  Condições especiais 
8.5  Quadro resumo do controle de prismas 
8.6  Aceitação da alvenaria 
9  Produção da alvenaria 
9.1  Pré requisitos 
9.2  Locação das paredes de alvenaria 
9.3  Elevação e respaldo das paredes de alvenaria 
10  Controle geométrico e aceitação da alvenaria 
11  Controle de aceitação 
Anexo A (normativo) Ensaio para a determinação da resistência à compressão de 
prismas 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/30 
 
A.1  Princípio 
A.2  Aparelhagem e instrumentação 
A.3  Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova 
A.4  Procedimentos para a execução dos ensaios 
A.5  Expressão dos resultados e relatório de ensaio 
Anexo B (normativo) Ensaio para a determinação da resistência à compressão de 
pequenas paredes (prismas contrafiados) 
B.1  Princípio 
B.2  Aparelhagem e instrumentação 
B.3  Procedimentos 
B.4  Execução dos ensaios 
Prefácio 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, 
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização 
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de 
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores 
e neutros (universidades, laboratórios e outros). 
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. 
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta 
Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. 
Este PN 02:123.03-001, sob o título geral “Alvenaria estrutural - Blocos cerâmicos”, tem previsão de conter as 
seguintes partes: 
⎯ Parte 1: Projetos 
⎯ Parte 2: Execução e controle de obras 
1 Escopo 
Esta Norma fixa as condições exigíveis que devem ser obedecidas na execução e no controle de obras em 
alvenaria estrutural não armada e armada de blocos cerâmicos 
2 Referências normativas 
ABNT NBR 5738; Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova 
ABNT NBR 5739; Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos 
ABNT NBR 7211; Agregado para concreto – Especificação 
ABNT NBR 7222, Argamassa e concreto - Determinação da resistência à tração por compressão diametral de 
corpos-de-prova cilíndricos 
ABNT NBR 7480, Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação 
ABNT NBR 8949, Paredes de alvenaria estrutural - Ensaio à compressão simples 
ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento – Procedimento 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/30 
 
ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da 
resistência à tração na flexão e à compressão 
ABNT NBR 13281; Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos 
ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos - Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia 
e requisitos 
ABNT NBR 15270-3, Componentes cerâmicos – Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação 
– Métodos de ensaio 
PN 02:123.03-001/1, Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos – Parte 1: Projetos 
3 Termos e definições 
Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições. 
3.1 
componente 
unidade integrante de determinado elemento do edifício, com forma definida e destinada a cumprir funções 
específicas (exemplo: bloco de alvenaria) 
3.2 
bloco 
componente básico da alvenaria 
3.3 
junta de argamassa 
material utilizado na ligação entre blocos 
3.4 
graute 
material utilizado para preenchimento de espaços vazios de blocos com a finalidade de solidarizar armaduras à 
alvenaria ou aumentar sua capacidade resistente 
3.5 
elemento 
parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes 
(exemplo: parede de vedação de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado, estrutura de cobertura) 
3.6 
elemento de alvenaria não-armado 
elemento de alvenaria no qual a armadura é desconsiderada para resistir aos esforços solicitantes 
3.7 
elemento de alvenaria armado 
elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras passivas que são consideradas para resistência dos 
esforços solicitantes 
3.8 
elemento de alvenaria protendido 
elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras ativas 
3.9 
parede estrutural 
toda parede admitida como participante da estrutura 
 
ABNT/CB-02PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 4/30 
 
3.10 
parede não-estrutural 
toda parede não admitida como participante da estrutura 
3.11 
verga 
elemento estrutural colocado sobre os vãos de aberturas com a finalidade exclusiva de resistir a carregamentos 
verticais 
3.12 
contraverga 
elemento estrutural colocado sob os vãos de aberturas 
3.13 
cinta 
elemento estrutural apoiado continuamente na parede, ligado ou não às lajes, vergas ou contravergas 
3.14 
coxim 
elemento estrutural não contínuo, apoiado na parede, para distribuir cargas concentradas 
3.15 
enrijecedor 
elemento vinculado a uma parede estrutural com a finalidade de produzir um enrijecimento na direção 
perpendicular ao seu plano 
3.16 
diafragma 
elemento estrutural laminar admitido como rígido em seu próprio plano 
3.17 
excentricidade 
distância entre o eixo de um elemento estrutural e a resultante de uma determinada ação que sobre ele atue 
3.18 
área bruta 
área de um componente ou elemento considerando-se as suas dimensões externas, desprezando-se a existência 
dos vazios 
3.19 
área líquida 
área de um componente ou elemento, com desconto das áreas dos vazios 
3.20 
prisma 
corpo-de-prova obtido pela superposição de blocos, unidos por junta de argamassa, grauteados ou não 
3.21 
amarração direta no plano da parede 
padrão de distribuição dos blocos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam de no mínimo 1/3 do 
comprimento dos blocos 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/30 
 
3.22 
junta não amarrada no plano da parede 
padrão de distribuição de blocos no plano da parede que não atenda ao descrito no item anterior. Toda parede 
com junta não amarrada no seu plano deve ser considerada não estrutural salvo se existir comprovação 
experimental de sua eficiência ou efetuada a amarração indireta conforme 3.24 
 
3.23 
amarração direta de paredes 
padrão de ligação de paredes por intertravamento de blocos, obtido com a interpenetração alternada de 50 % das 
fiadas de uma parede na outra ao longo das interfaces comuns 
3.24 
amarração indireta de paredes 
padrão de ligação de paredes com junta vertical a prumo em que o plano da interface comum é atravessado por 
armaduras normalmente constituídas por grampos metálicos devidamente ancorados em furos verticais 
adjacentes grauteados ou por telas metálicas ancoradas em juntas de assentamento 
3.25 
viga 
elementos que resistem predominantemente à flexão e cujo vão seja maior ou igual a três vezes a altura da seção 
transversal 
3.26 
pilar 
elementos que resistem predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal 
não exceda cinco vezes a menor dimensão 
3.27 
parede 
elementos que resistem predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal 
excede cinco vezes a menor dimensão 
4 Requisitos do sistema de controle 
4.1 Plano de controle da qualidade 
O executor deve estabelecer um plano de controle da qualidade, onde devem estar explícitos: 
⎯ os responsáveis pela execução do controle e circulação das informações; 
⎯ os responsáveis pelo tratamento e resolução das não conformidades; 
⎯ a forma de registro e arquivamento das informações. 
4.2 Projeto executivo 
A execução da alvenaria estrutural só pode ser realizada com base em um projeto estrutural, conforme descrito no 
em 5.3 do PN 02:123.03-001/1, devidamente compatibilizado com os demais projetos complementares. 
4.3 Procedimentos do plano de controle 
Deve constar do plano de controle da obra procedimentos específicos para os seguintes itens: 
a) bloco cerâmico; 
b) argamassa de assentamento; 
c) graute; 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 6/30 
 
d) prisma; 
e) recebimento e armazenamento dos materiais; 
f) controle de produção da argamassa e do graute; 
g) controle sistemático da resistência do bloco, da argamassa e do graute; 
h) controle dos demais materiais; 
i) controle da locação das paredes; 
j) controle de elevação das paredes; 
k) controle de execução dos grauteamentos; 
l) controle de aceitação da alvenaria. 
5 Materiais 
5.1 Especificação prévia do bloco cerâmico 
Os blocos devem atender integralmente as especificações da ABNT NBR 15270-2 além das resistências 
especificadas no projeto estrutural. 
5.2 Definição prévia da argamassa de assentamento 
Para definição da argamassa de assentamento devem ser realizados ensaios com antecedência adequada, em 
laboratório, com os materiais dos mesmos fornecedores selecionados para a obra, comprovando o atendimento 
dos requisitos estabelecidos no projeto estrutural através de ensaios realizados de acordo com as normas 
pertinentes. 
Estes procedimentos devem ser atendidos tanto pelas argamassas não industrializadas quanto as industrializadas 
(sem adição de cimento ou qualquer outro componente na obra). 
 
5.3 Especificação prévia do graute 
O graute deve ter resistência à compressão de modo que a resistência do prisma grauteado atinja a resistência 
especificada pelo projetista. 
Deve ter características no estado fresco que garantam o completo preenchimento dos furos e não apresentar 
retração que provoque o descolamento do graute das paredes dos blocos. 
Quando o graute for produzido em obra, devem ser realizados ensaios com antecedência adequada, 
comprovando o atendimento das características descritas acima. 
O graute pode ser substituído pela argamassa de assentamento utilizada na obra, nos elementos de alvenaria 
não-armados, desde que os ensaios do prisma apresentem os resultados especificados pelo projetista. 
6 Recebimento dos materiais 
6.1 Disposições gerais 
6.1.1 Todos os materiais devem ser inspecionados no recebimento e imediatamente antes do uso, de forma a 
detectar não-conformidades. 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/30 
 
6.1.2 Os materiais devem ser armazenados na ordem do recebimento, e de forma que permitam inspeção geral 
e sejam identificados conforme o controle a ser realizado. 
6.2 Recebimento dos blocos 
6.2.1 Controle da Qualidade 
O recebimento dos blocos deve obedecer às prescrições da ABNT NBR 15270–2 que prescreve 100 000 blocos 
ou fração. Recomenda-se que, para o controle da resistência à compressão, os lotes tenham no máximo 20 000 
blocos ou o número de blocos necessários para construção de dois pavimentos. 
6.2.2 Estocagem 
a) os blocos devem ser descarregados em uma superfície plana e nivelada que garanta a estabilidade da pilha; 
b) os blocos devem ser empregados preferencialmente na ordem do recebimento; 
c) deve haver indicação das resistências identificando o número do lote de obra e o local de sua aplicação; 
d) os blocos devem ser armazenados sobre lajes devidamente cimbradas ou sobre o solo, desde que seja 
evitada a contaminação direta ou indireta por ação da capilaridade da água. 
6.3 Recebimento da argamassa e graute 
6.3.1 Argamassa e graute não industrializados 
No momento do recebimento dos materiais, o executor deve tomar as seguintes medidas: 
a) verificar na embalagem se o cimento e a cal têm selo de conformidade com as normas da ABNT, se estão 
dentro do prazo de validade e acondicionados em sacos secos e íntegros. Caso contrário, deve solicitar 
ensaios do fornecedor ou devolver o produto; 
b) armazenar o cimento e a cal em espaços cobertos, de preferência com piso argamassado ou de concreto. Os 
produtos devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo e não devem estar em contato com 
paredes, tetos e outros agentes nocivos às suas qualidades. Devem ser armazenados sobre superfícies 
impermeáveis e protegidos da ação do tempo. Devemobrigatoriamente ser descartados se estiverem úmidos; 
c) evitar o empilhamento de mais de 10 sacos de cimento ou de cal; 
d) assegurar que os agregados obedeçam às prescrições da ABNT NBR 7211; 
e) armazenar os agregados sobre superfície dura, provida de drenagem e que evite contato com o solo. As baias 
devem ser individualizadas de acordo com seu tipo, sem que haja possibilidade de contaminação; 
f) misturas de areia e cal devem estar dispostas sobre superfícies firmes, sem contato com o solo e protegidas 
da ação da chuva. Caso seja usada cal hidratada em pasta, esta deve ser mantida submerse; 
6.3.2 Argamassas e grautes industrializados 
a) verificar na embalagem se a argamassa e o graute recebidos estão dentro do prazo de validade e em sacos 
secos e íntegros; 
b) armazenar a argamassa e o graute em espaços cobertos, de preferência em piso argamassado ou de 
concreto. Os produtos devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo e não devem estar em 
contato com paredes, tetos e outros agentes nocivos às suas qualidades. Devem ser armazenados sobre 
superfícies impermeáveis e protegidos da ação do tempo. Devem obrigatoriamente ser descartados se 
estiverem úmidos; 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 8/30 
 
c) em qualquer caso, produtos diferentes devem ser armazenados separadamente por lote e por tipo, impedindo 
misturas acidentais. A seqüência de uso deve ser a mesma do recebimento, ou seja, produtos mais antigos 
devem ser utilizados em primeiro lugar; 
d) pilhas de sacos de argamassa industrializada devem ter a altura recomendada pelo fabricante desde que não 
ultrapassem a 10 sacos. No caso específico de cimento, para tempos de estocagem de até 15 dias, as pilhas 
podem ser de 15 sacos. Para períodos maiores, entretanto, devem ser de 10 sacos no máximo. 
6.4 Recebimento de armaduras 
Os fios e barras de aço devem atender às especificações da ABNT NBR 7480, sendo estas características 
comprovadas por controle tecnológico regular ou por certificados fornecidos pelo fabricante. 
As armaduras e outras peças metálicas devem ser armazenadas sobre suportes que impeçam contato com o solo, 
de modo a evitar placas de oxidação e deposição de sujidades que prejudiquem a aderência do graute. Também, 
devem ser colocadas em locais que impeçam a ocorrência de danos e deformações que possam prejudicar seu 
uso no local especificado. 
6.5 Aditivos 
Devem ser armazenados nas embalagens fornecidas pelos fabricantes em locais secos, frescos e ao abrigo das 
intempéries. Instruções específicas de armazenagem devem ser obedecidas rigorosamente. Diferentes lotes 
devem ser identificados, armazenados isoladamente e empregados na ordem do recebimento. 
6.6 Concreto estrutural 
O controle de recebimento de concretos de uso estrutural (utilizados em lajes, fundações, pilares e vigas, etc.) 
deve ser feito em acordo com os procedimentos descritos na ABNT NBR 12655, inclusive a definição de lotes. 
Não é estabelecida, para a construção de edifícios em alvenaria estrutural, nenhuma exigência adicional para este 
controle de recebimento. 
7 Produção da argamassa de assentamento e do graute 
A produção da argamassa deve ser feita de modo a garantir uma adequada uniformidade das suas características. 
Esta uniformidade é obtida pelo estabelecimento de um limite superior para a dispersão dos resultados de 
resistência à compressão axial. 
Esta dispersão deve ser avaliada pelo coeficiente de variação. 
A comprovação desta regularidade deverá ser feita por meio do relatório de ensaio. 
7.1 Argamassa de assentamento 
7.1.1 Disposições gerais 
A trabalhabilidade da argamassa deve ser compatível com as características dos materiais constituintes da 
alvenaria e com os equipamentos a serem empregados na mistura, transporte e aplicação. 
A argamassa deve ser acondicionada em uma argamasseira metálica ou plástica que garanta a estanqueidade. O 
volume da argamasseira deve ser tal que toda a argamassa seja consumida no prazo máximo de 2 h 30 min. 
Durante o período de uso, a argamassa poderá ter a consistência ajustada mediante a adição de água no máximo 
duas vezes. Em climas quentes ou com ventos acentuados, é recomendável que a perda de água seja amenizada 
cobrindo-se o recipiente da argamassa. 
Os aditivos devem obedecer às Normas Brasileiras (especificações) ou, na falta destas, suas propriedades devem 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/30 
 
ser verificadas experimentalmente. São permitidos óxidos puros de origem mineral utilizados como corantes. 
7.1.2 Dosagem 
A proporção dos materiais deve ser conforme especificado a seguir: 
a) cimento e cal hidratada: medida em massa com tolerância de 3 % quando usado a granel; quando ensacado, 
pode ser considerado o peso nominal do saco; 
b) agregados miúdos: medida em massa ou volume, ambos com tolerância de 3 % e sempre levando em conta o 
inchamento por influência da umidade; 
c) água: medida em volume ou massa com tolerância de 3 %; 
d) aditivo líquido: medida em volume ou massa com tolerância de 5 %, seguindo as instruções do fabricante e 
dissolvendo-o em água antes da mistura com os demais materiais; 
e) aditivo em pó: medida em massa com tolerância de 5 %; 
f) produtos à granel: medida em massa ou volume com tolerância de 3 %. No caso de produtos úmidos, deve-se 
levar em conta a água presente no mesmo. 
g) argamassas com maiores retenções de água podem ser requeridas em função da absorção dos blocos. 
IMPORTANTE — O teor de umidade e inchamento dos agregados deve ser levado em consideração na dosagem. 
7.1.3 Mistura 
A argamassa deve ser misturada, com auxílio de misturador mecânico. O misturador deve garantir a mistura 
homogênea de todos os materiais. É vetada a mistura manual. 
A argamassa deve ser armazenada durante suas etapas de produção em locais limpos e secos. 
O tempo recomendado de mistura (dado em segundos) é de 240 √d, 120 √d, 60 √d conforme o eixo do misturador 
for inclinado, horizontal e vertical respectivamente, sendo “d” o diâmetro máximo em metros do misturador. 
Nos misturadores contínuos, as primeiras partes da produção devem ser descartadas até que se obtenha um 
produto homogêneo continuamente. 
Para manter a trabalhabilidade, podem ser adicionadas pequenas porções de água à argamassa, mas qualquer 
mistura não utilizada no período de 2 h 30 min após o preparo deve obrigatoriamente ser descartada. 
Durante o transporte, a argamassa não deve sofrer perda de elementos ou segregação, recomenda-se que seja 
remisturada manualmente no local de aplicação. 
7.2 Disposições gerais do graute 
a) a medida dos materiais deve ser feita conforme especificado a seguir: 
⎯ cimento e cal hidratada: medida em massa com tolerância de 3 % quando usado a granel; quando ensacado, 
pode ser considerado o peso nominal do saco; 
⎯ agregados miúdos: medida em massa ou volume, ambos com tolerância de 3 % e sempre levando em conta o 
inchamento por influência da umidade; 
⎯ agregados graúdos: medida em massa ou volume, ambos com tolerância de 3 %; 
 
ABNT/CB-02 
PROJETO 02:123.03-001/2 
JANEIRO:2009 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 10/30 
 
⎯ água: medida em volume ou massa com tolerância de 3 %; 
⎯ aditivo líquido: medida em volume ou massa com tolerância de 5 %, seguindo as instruções do fabricante e 
dissolvendo-o em água antes da mistura com os demais materiais; 
⎯ aditivo em pó: medida em massa com tolerância de 5 %; 
⎯ produtos à granel: medida em massa ou volume com tolerância de 3 %. No caso de produtos úmidos, deve-se 
levar em conta a água presente no mesmo. 
b) a consistência do graute deve ser compatível com o método de adensamento utilizado e deve ser adequada 
para preencher todos os vazios sem que hajasegregação; 
c) os aditivos devem obedecer às Normas Brasileiras para ser usados (especificações) ou, na falta destas, 
apenas se suas propriedades tiverem sido verificadas experimentalmente; 
d) a dosagem deve levar em conta a absorção dos blocos e das juntas de argamassa, o que pode proporcionar 
uma redução na quantidade de água; 
e) caso seja utilizada cal, o teor não deve ser superior a 10 % em volume; 
f) para blocos, com vazados de dimensão mínima 50 mm, os agregados devem ter dimensão máxima de 
10 mm ou 20 mm, conforme o cobrimento da armadura for de 15 (cobrimento mínimo) ou 25 mm 
respectivamente. Os agregados devem ter dimensão inferior a 1/3 da menor dimensão dos furos a serem 
preenchidos; 
g) o graute deve ser produzido, obrigatoriamente, com misturador mecânico; 
h) o tempo recomendado de mistura é de (dado em segundos) 240 √d, 120 √d, 60 √d conforme o eixo do 
misturador for inclinado, horizontal e vertical respectivamente, sendo “d” o diâmetro máximo em metros; 
i) o graute deve ser utilizado dentro de 1 h 30 min, hora contada a partir da adição de água. Em hipótese 
alguma é permitido utilizar um produto com prazo de uso vencido, a não ser que seja utilizado um aditivo 
retardador de pega. Neste caso, devem ser seguidas as instruções do fabricante do aditivo; 
j) o graute deve ser transportado sem que haja segregação e perda de componentes, sendo desaconselhável o 
uso de depósitos intermediários; 
k) a critério do projetista, para o caso de alvenaria não armada, pode ser utilizada a própria argamassa de 
assentamento em substituição ao graute. 
8 Controle da resistência dos materiais e das alvenarias à compressão axial 
8.1 Caracterização prévia dos materiais e da alvenaria 
Antes do início da obra, deve ser feita a caracterização da resistência à compressão dos materiais e da alvenaria, 
a serem usados na construção. 
Para a caracterização da resistência à compressão dos materiais, os blocos, as argamassas e os grautes devem 
ser ensaiados conforme amostragens e métodos especificados nas ABNT NBR 15270-3, ABNT NBR 13279 
respectivamente. 
A caracterização da alvenaria deve ser feita através de ensaios de prisma, ou pequena parede ou parede 
executados com blocos, argamassas e grautes de mesma origem e características dos que serão efetivamente 
utilizados na estrutura, e nos números mínimos estipulados na Tabela 1. 
 
 
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Tabela 1 — Número mínimo de corpos-de-prova por tipo de elemento de alvenaria 
Tipo de elemento de alvenaria Número de corpos-de-prova 
Prisma 12 
Pequena parede 6 
Parede 3 
Os ensaios de prisma e de pequena parede devem ser realizados de acordo com os métodos de ensaio descritos 
nos Anexos A e B desta Norma, respectivamente. O ensaio de parede deve ser realizado de acordo com a ABNT 
NBR 8949. 
No caso do fornecedor dos materiais já ter realizado a caracterização da alvenaria com os materiais a serem 
usados dentro do prazo de 180 dias que antecedem o início da obra, este procedimento torna-se desnecessário, 
podendo ser utilizados os resultados desta caracterização anterior. 
 
8.2 Resistência característica 
A resistência característica do elemento de alvenaria obtida nos ensaios deve ser igual ou superior à resistência 
característica especificada pelo projetista estrutural. Para amostragem menor do que 20 e maior do que 6 corpos-
de-prova a resistência característica deve seguir os critérios determinados em 8.2.1 e 8.2.2. 
8.2.1 A estimativa da resistência à compressão da amostra é o valor estipulado da seguinte forma: 
 
ei
1-e(ie(2)e(1)
estek, f1-i
)...fff
2 f −⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡ ++= 
 
Sendo: 
i = n/2, se n for par; 
i = (n-1)/2, se n for ímpar 
 
Onde: 
fek,est é a resistência característica estimada da amostra, expressa em megapascals; 
fe(1), fe(2),..., fei são os valores de resistência à compressão individual dos corpos-de-prova da amostra, 
ordenados crescentemente; 
n é igual a quantidade de corpos-de-prova da amostra. 
 
8.2.2 Determinação da resistência característica da amostra fek 
O valor do fek não deve ser inferior ao resultado da expressão: Øxfe(1), sendo os valores de Ø dados na Tabela 2. 
Assim, se fek,est < Ø xfe(1), então fek = Øxfe(1); 
Caso contrário fek = fek,est. (mesmo que fek,est seja maior que a média fem) 
 
 
 
 
 
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Tabela 2 — Valores de Ø em função da quantidade de elementos de alvenaria 
Nº de 
elemen
- 
tos 
 
3 
 
4 
 
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 e 17 
18 e 
19 
Ø 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,04 
Para ensaios de parede com n menor do que 6, a resistência característica deve ser calculada conforme segue: 
fpak = Ø . fpa(1) 
 
Para ensaios com número de elementos maior ou igual a 20: 
 
fek = fem-1,65 Sn 
Onde: 
fem = resistência média dos exemplares 
Sn = desvio padrão da amostra 
8.3 Controle dos materiais e alvenaria em obra 
8.3.1 Determinação da forma de controle 
A forma de controle das resistências dependerá da probabilidade relativa de ruptura da alvenaria em função da 
razão entre a resistência característica especificada em projeto e a resistência característica obtida nos ensaios de 
caracterização descritos em 8.1. 
8.3.2 Para obras de menor exigência estrutural 
Obras com menor exigência estrutural são aquelas em que a maior resistência característica especificada para o 
prisma no projeto é menor ou igual a 15 % da resistência característica do bloco ou menor do que 50 % da 
resistência característica do prisma, obtida em 8.2 e não é prescrito o preenchimento dos furos dos blocos para 
aumentar a resistência à compressão da alvenaria. Neste caso, os ensaios de caracterização, descritos em 8.1, e 
de recebimento dos blocos, são suficientes. 
8.3.3 Para obras de maior exigência estrutural 
Quando a obra não se enquadra conforme descrito em 8.3.2, o controle pode ser padrão ou otimizado e deve ser 
feito através de ensaio de prisma, da argamassa e do graute. 
Os prismas devem ser moldados, armazenados e transportados de acordo com os procedimentos especificados 
no Anexo A. 
O controle deve ser feito separadamente para paredes não grauteadas e paredes grauteadas com objetivo de 
aumentar a resistência à compressão. 
O tamanho do lote da argamassa a ser ensaiado deve ser conforme especificado na ABNT NBR 13281. 
8.3.3.1 Controle padrão 
No controle padrão cada pavimento de cada edificação representa um lote para coleta de amostras. O número de 
amostras de cada pavimento é sempre constituído de no mínimo 12 prismas, sendo 6 para ensaio e 6 para 
eventual contraprova. 
 
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8.3.3.2 Controle otimizado 
O controle otimizado deve ser feito em função do tipo de empreendimento. Os tipos de empreendimento dividem-
se em: 
 
a) edificação isolada; 
b) conjunto de edificações iguais. 
São consideradas edificações iguais aquelas que atendam as seguintes condições: 
a) fazem parte de um único empreendimento; 
b) têm o mesmo projetista estrutural; 
c) têm especificadas as mesmas resistências de projeto; 
d) utilizam os mesmos materiais e procedimentos para a execução. 
8.3.3.2.1 Controle otimizado para edificação isolada 
Cada pavimento representa um universo para coleta de amostras. O número de amostras do primeiro universo é 
sempre constituído de no mínimo 12 prismas, dos quais 6 para eventual contraprova. Para efeito de controle 
considera-se como primeiro universo o primeiro pavimento do edifício e aqueles em que ocorram mudanças de 
materiais ou procedimentos de execução. 
Após os ensaiosdo primeiro universo de alvenaria, deve ser calculado o coeficiente de variação. Este coeficiente 
de variação é utilizado para definir o número de amostras do universo subseqüente. 
A cada novo universo ensaiado deve-se recalcular o coeficiente de variação e a resistência característica estimada 
adicionando-se os resultados dos universos anteriores que tenham sido executados com os mesmos materiais e 
procedimentos. 
O número de prismas a serem ensaiados para os pavimentos subseqüentes deve ser extraído da Tabela 3 usando 
o coeficiente de variação atualizado e a razão entre a resistência característica especificada em projeto para o 
pavimento e a resistência característica estimada em 8.2.1. Deve ser moldado número adicional de prismas igual 
ao que será ensaiado para eventual contraprova. 
 
Tabela 3 — Número mínimo de prismas a serem ensaiados (redução de acordo com a probabilidade 
relativa de ruína) 
CV 
fpk,projeto / fpk estimado 
≤ 0,15 > 0,15 ≤ 0,30 > 0,30 ≤ 0,50 > 0,50 ≤ 0,75 > 0,75 
> 25 % 6 6 6 6 6 
≤ 25 % e ≥ 20 % 0 2 4 6 6 
≤ 20 % e ≥ 15 % 0 2 2 2 4 
< 15 % ≥ 10 % 0 0 2 2 2 
< 10 % 0 0 0 0 0 
IMPORTANTE — Para edificações com mais de 5 pavimentos, o coeficiente de variação deve ser sempre 
considerado como no mínimo igual a 15 %. 
 
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8.3.3.2.2 Controle otimizado para conjunto de edificações iguais 
Pelo menos uma das edificações deve seguir o controle prescrito em 8.3.3.2.1 para edificação isolada. 
Cada pavimento das demais edificações construídas simultaneamente com os mesmos materiais e procedimentos 
daquela que seguir o controle prescrito para edificação isolada constitui um universo. Neste caso, o número de 
ensaios é definido conforme Tabela 1. Todos os resultados dos pavimentos e das edificações que forem 
construídos com os mesmos materiais e procedimentos devem ser usados para atualizar o valor do coeficiente de 
variação e o fpk estimado. 
8.4 Condições especiais 
Sempre que houver mudança de fornecedores ou de tipos de materiais na obra, ou ainda mudança significativa na 
mão de obra, deve ser feita nova caracterização dos materiais e da alvenaria, conforme determinado em 8.1. 
8.5 Quadro resumo do controle de prismas 
O controle previsto na Seção 8 é condensado na Tabela 4. 
Tabela 4 — Número mínimo de prismas ocos ou cheios, por universo (para mesmos materiais e 
procedimentos) 
Edificação 
(tipo) 
Edificação isolada 
Conjunto de edificações iguais 
executadas simultaneamente 
1º pav. Demais pavimentos 
Menor exigência estrutural 
fpk, projeto ≤ 0,15 fbk, carac. 
ou 
fpk, projeto ≤ 0,50 fpk, carac. 
0 0 0 
M
ai
or
 e
xi
gê
nc
ia
 e
st
ru
tu
ra
l 
fp
k,
pr
oj
et
o 
> 
0,
15
 fb
k,
ca
ra
c.
 
ou
 
 fp
k,
 p
ro
je
to
 >
 0
,5
0 
fp
k,
ca
ra
c.
 
Controle 
padrão 
6 6 6 prismas por pavimento de cada 
edificação 
Controle 
otimizado 
 
6 Conforme Tabela 1 
Função: 
fpk, projeto/fpk, est. 
e 
CV prismas 
 
(fpk,est. e CV prismas 
recalculados com todos os 
resultados dos pavimentos 
anteriores) 
Conforme Tabela 1 
Função: 
fpk, projeto/fpk, est. 
e 
CV prismas 
 
(fpk,est. e CVprismas recalculados com 
todos os resultados dos pavimentos 
anteriores de todas as edificações) 
 
Pelo menos uma das edificações deve 
ter controle de edificação isolada 
 
 
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IMPORTANTE — Deve ser moldado um número adicional de prismas para eventual contraprova igual ao que será 
ensaiado. 
8.6 Aceitação da alvenaria 
Para a alvenaria do pavimento ser aceita a resistência característica estimada dos prismas, blocos e grautes, bem 
como a resistência média a compressão da argamassa dos lotes colhidos no pavimento devem ser maiores ou 
iguais às resistências especificadas de projeto: 
Caso o valor da resistência característica dos prismas do pavimento for menor que a resistência característica de 
projeto para o pavimento devem ser feitos os ensaios com os prismas de contraprova. 
No caso de não atendimento aos critérios acima, devem ser adotadas as seguintes ações corretivas: 
a) revisar o projeto para determinar se a estrutura, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, 
considerando os valores obtidos nos ensaios; 
b) determinar as restrições de uso da estrutura; 
c) providenciar o projeto de reforço; 
d) decidir pela demolição parcial ou total. 
9 Produção da alvenaria 
De forma a assegurar que a alvenaria está sendo construída conforme projetada, devem ser observados os 
procedimentos determinados em 9.1, 9.2 e 9.3. 
9.1 Pré requisitos 
Antes do início da elevação, deve-se verificar: 
a) a locação, esquadros e nivelamento da base de assentamento da alvenaria conforme tolerâncias descritas na 
Seção 10 e especificadas no projeto; 
b) o posicionamento dos reforços metálicos e das tubulações de acordo com o projeto; 
c) a limpeza do pavimento onde a alvenaria será executada quanto a materiais que possam prejudicar a 
aderência da argamassa entre o bloco e o pavimento; 
d) os componentes blocos e peças pré-fabricadas devem estar limpos e isentos de materiais que prejudiquem 
sua aplicação e desempenho; 
e) os blocos devem ser umedecidos ou não, de acordo com o especificado em D.3.1 da ABNT NBR 15270-3; 
f) os blocos depois de assentados, não devem ser movidos da sua posição para não perder a aderência com a 
argamassa; 
g) as paredes de alvenaria devem ser executadas apenas com blocos inteiros e seus complementos. Para se 
utilizar peças cortadas, pré-fabricadas e pré-moldadas estas devem estar previstas no projeto de produção e 
obtidas mediante condições controladas; 
h) paredes não estruturais não devem ser amarradas diretamente a paredes estruturais. 
 
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9.2 Locação das paredes de alvenaria 
9.2.1 Eixos referenciais planimétricos 
A marcação da alvenaria influencia na precisão geométrica do conjunto de paredes que serão elevadas. Os eixos 
de referência das medidas que localizam as paredes, andar a andar, deverão estar indicados no projeto. Portanto, 
a escolha dessas referências de forma a permanecerem as mesmas durante toda a execução dos elementos a 
elas dependentes, é fundamental para a precisão dimensional da estrutura como um todo. 
9.2.2 Tolerâncias da variação do nível da superfície dos pavimentos 
A variação do nível da superfície do pavimento, não deve ultrapassar ± 10 mm em relação ao plano especificado. 
O desnível máximo entre dois pontos afastados de 3,50 m e em regiões localizadas, correspondentes a área de 
um círculo de 0,5 m de diâmetro, não deve superar a 20 mm. 
 
 
Figura 1 — Variação do nível da superfície dos pavimentos 
9.2.3 Espessura da junta horizontal da primeira fiada 
O valor mínimo da espessura da junta horizontal de argamassa de assentamento dos blocos da primeira fiada é 
de 5 mm e o valor máximo não deve ultrapassar 20 mm, admitindo-se espessuras de no máximo 30 mm em 
trechos de comprimento inferiores a 50 cm. Caso a espessura da junta horizontal de argamassa de assentamento, 
dos blocos da primeira fiada ultrapassem o valor máximo, deverá ser feito um nivelamento com concreto com a 
mesma resistência da laje, conforme Figura 2. 
9.3 Elevação e respaldo das paredes de alvenaria 
São considerados essenciais para o desempenho da parede, o cumprimento das tolerâncias de prumo 
(alinhamento da parede vertical), de nível (alinhamento da parede horizontal), a execução correta das espessuras 
das juntas de argamassas de assentamento dos blocos e dos reforçosna alvenaria quanto especificados. A 
obediência às especificações e tolerâncias a seguir apresentadas são fundamentais para que o comportamento 
das alvenarias atenda ao modelo considerado na elaboração do projeto. 
DESNÍVEL MÁXIMO = 20 mm.10 FJ
PLANO DE ELEVAÇÃO
ESPECIFICADO
SUPERFÍCIE CONFORME CONSTRUÍDA
Z
Z
TOPO DA LAJE
CONFORME CONSTRUÍDO
PLANO DE ELEVAÇÃO ESPECIFICADO
PLANO ESPECIFICADO
-10mm
+10mm
 
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9.3.1 Assentamento dos blocos 
Durante a elevação das paredes, os blocos devem ser assentados e alinhados segundo especificado em projeto e 
de forma a exigir o mínimo de ajuste possível. Devem ser posicionados enquanto a argamassa estiver trabalhável 
e plástica e, em caso de necessidade de re-acomodação do bloco, a argamassa deve ser removida e o 
componente assentado novamente de forma correta. 
Os cordões de argamassa devem ser aplicados sobre os blocos numa extensão tal que sua trabalhabilidade não 
seja prejudicada por exposição prolongada ao tempo e evitando-se a queda nos vazados dos blocos. 
9.3.2 Espessura das juntas horizontais e verticais 
As juntas verticais e horizontais devem ter espessuras de 10 mm, exceto as juntas horizontais da primeira fiada, 
conforme 9.2.4. 
A variação máxima da espessura das juntas de argamassa deve ser de ± 3 mm. 
 
ESPESSURA DA JUNTA
VERTICAL = 10mm (+ /- 3)
ESPESSURA DA JUNTA
DE ASSENTAMENTO
= 10mm (+/- 3)
ESPESSURA DA JUNTA
DE ASSENTAMENTO INICIAL
= MÍNiMO 5mm, MÁXIMO 20mm
PAVIMENTO
 
Figura 2 — Variações máximas da espessura das juntas de argamassa 
9.3.3 Tipos de juntas de argamassa 
As juntas devem ter o acabamento especificado em projeto e aspecto uniforme. Para alvenarias não revestidas, a 
junta deve ter seu acabamento na forma côncava conforme Figura 3, sendo para isso utilizado frisador que 
pressione e compacte a argamassa ainda fresca, sem arrastá-la para fora da junta, o que potencializa um 
acabamento durável e favorece a eliminação da água da chuva. A profundidade máxima do friso deve ser 3 mm. 
Para alvenarias revestidas, a argamassa deve ser rasada logo após o assentamento dos blocos de maneira a 
compor o plano da parede e sem apresentar rebarbas ou saliências. 
 
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JUNTA CÔNCAVA 
Figura 3 — Chanfro das juntas de alvenaria aparente 
A menos que especificado o contrário no projeto de produção das alvenarias as juntas horizontais devem ser feitas 
com a colocação de argamassa sobre as faces laterais e sobre os septos transversais dos blocos. 
As juntas verticais devem ser preenchidas mediante a aplicação de dois filetes de argamassa na parede lateral 
dos blocos, garantindo-se que cada um dos filetes tenha espessura não inferior a 20 % da largura dos blocos. 
É vedado o uso de qualquer tipo de calço no assentamento dos blocos. 
A argamassa não deve obstruir os vazios dos blocos e aquela retirada em excesso das juntas pode ser re-
misturada à argamassa fresca. Entretanto, argamassa em contato com o chão ou andaime deve ser descartada e 
não pode ser reaproveitada. 
Alvenarias recém elevadas devem ser protegidas da chuva, evitando remoção da argamassa das juntas e 
possíveis manchas, prejudiciais no caso de alvenaria aparente. Qualquer parede que ficar com a fiada de respaldo 
exposta ao tempo deve ser protegida da chuva, seja por meio de concretagem ou proteção de topo, evitando-se 
que o excesso de umidade através dos vazados dos blocos provoque problemas como eflorescências. 
9.3.4 Prumo, nível e alinhamento dos elementos de alvenaria 
O desaprumo e desalinhamento máximo das paredes e colunas do pavimento não podem superar 13 mm além de 
atender aos limites de 5 mm a cada 3 m e 10 mm a cada 6 m, conforme Figura 4. 
 
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Figura 4 — Limites máximos para o desaprumo e desalinhamento das paredes 
 
A descontinuidade vertical de colunas e paredes de um andar para outro, pode ser no máximo de 10 mm conforme 
Figura 5. 
 
Figura 5 — Descontinuidade máxima das paredes e colunas entre os andares 
9.3.5 Vigas, contravergas e cintas 
As contravergas em vãos de janela podem ser executadas com canaletas preenchidas com graute e armadura, 
peças moldadas no local ou peças pré-fabricadas, conforme especificado no projeto. 
± 20 mm para paredes de vedação
± 10 mm para paredes estruturais
parede superior
parede inferior
LINHA DE
PRUMADA
+- 5 mm a cada 3 m.
+- 10 mm a cada 6 m.
+ - 13 mm. mm no MAX.
ALINHAMENTO 
+- 5 mm a cada 3 m.
+- 10 mm a cada 6 m.
+- 13 mm. mm MAX.
FIADA CANALETAS
 
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Também, devem ser previstas em projeto vigas armadas nos vãos de portas e janelas com apoio lateral mínimo 
de 30 cm em cada lado ou conforme especificado no projeto. 
Na finalização das paredes de um pavimento, deve ser executada uma cinta de respaldo contínua, solidarizando 
todas as paredes. Esta cinta pode ser executada com blocos especiais, tipo canaleta, ou com fôrmas. Deve 
preceder a montagem das formas de laje ou do posicionamento das peças pré-fabricadas quando a laje incorporar 
componentes pré-fabricados. 
9.3.6 Armaduras 
As armaduras devem ser colocadas de tal forma que se mantenham na posição especificada durante o 
grauteamento e para tal finalidade podem ser utilizados arames, espaçadores, estribos, tarugos de aço e tarugos 
de massa. Em nenhum caso o cobrimento de materiais sujeitos à corrosão pode ser inferior ao especificado em 
projeto. 
Em nenhum caso é permitido o contato de metais de naturezas diferentes. Os fios, barras e telas de reforço 
imersos em juntas de argamassa deverão ser de aço galvanizado ou de metal resistente à corrosão. 
9.3.7 Grauteamento 
Quanto a operação de grauteamento devem ser observados: 
a) os vazados não podem ter rebarbas de argamassa e as dimensões mínimas recomendadas são de 50 mm x 
70 mm; 
b) antes de verter o graute, os furos devem estar perfeitamente desobstruídos, conforme Figura 6. Para tal, 
recomenda-se a limpeza das rebarbas de argamassa; 
 
 
BL
O
CO
 C
ER
ÂM
IC
O
ARGAMASSA
O EXCEDENTE DE ARGAMASSA
NÃO DEVE SUPERAR 13mm.
ARGAMASSA
ARGAMASSA
ARGAMASSA
FIGURA 7
 
Figura 6 — Desobstrução dos furos 
 
c) A altura máxima de lançamento do graute deverá ser de 1,6 m. Recomenda-se a concretagem em duas 
etapas para os pés direito convencionais de 2,80 m, sendo a altura da primeira etapa definida pela altura das 
 
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NÃO TEM VALOR NORMATIVO 21/30 
 
contra-vergas das janelas. Se o graute for devidamente aditivado, garantida a coesão sem segregação, a 
altura de lançamento máximo permitido é de 2,80 m; 
d) O adensamento deve ser feito concomitantemente com o lançamento do graute e a armadura das paredes 
não deve ser utilizada como ferramenta de compactação. No adensamento manual deve-se empregar haste 
entre 10 e 15mm de diâmetro, devendo a mesma ter comprimento de forma a atingir o fundo do furo a 
preencher; 
e) Os vazados devem ser grauteados no mínimo 24 horas após a execução da alvenaria, a não ser que sejam 
preenchidos com a própria argamassa de assentamento; 
f) As emendas devem ser feitas conforme especificado em projeto; 
Os pontos de visita dos vazios a grautear devem ter dimensão mínima de 7,0 cm de largura por 10 cm de altura e 
devem ser cuidadosamente limpos; 
10 Controle geométrico e aceitação da alvenaria 
Toda alvenaria estrutural deve passar por controle e deve atender às exigências dimensionais e de resistênciaprevistas nesta Seção. Devem ser empregados na execução da alvenaria os materiais definidos na fase de 
caracterização, em função das especificações do projeto estrutural e em conformidade com o previsto na em 6.3.3 
do PN 02:123.01-001/1. Para garantir as tolerâncias dimensionais especificadas, é recomendado o emprego de 
equipamentos e ferramentas adequadas que permitam a execução e a garantia da qualidade da alvenaria durante 
sua execução a cada pavimento. 
Toda a alvenaria estrutural deve passar por controle e deve atender às exigências da Tabela 5 para aceitação. 
Tabela 5 — Variáveis de controle na produção da alvenaria 
Fator Tolerância 
Junta horizontal Espessura ± 3 mm ª 
Nível 2 mm/m 
10 mm no máximo 
Junta vertical Espessura ± 3 mm ª 
Alinhamento vertical 2 mm/m 
10 mm no máximo 
Alinhamento da parede Vertical ± 2 mm/m 
± 10 mm no máximo por piso 
± 25 mm na altura total 
Horizontal ± 2 mm/m 
± 10 mm no máximo 
Superfície superior 
das paredes portantes 
Variação no nível entre elementos 
de piso adjacentes 
± 1 mm/m 
Variação no nível dentro da 
largura de cada bloco 
isoladamente 
± 1,5 mm 
Nota Tolerância referida a juntas de 10 mm de espessura nominal, nos demais casos, considerar ± 30 % da 
espessura correspondente 
11 Controle de aceitação 
A aceitação definitiva da estrutura, após liberação de todos os controles de produção e aceitação, deve ser feita 
pela verificação do prumo do edifício. Será exigida uma tolerância de 2 mm/m, limitada, porém a 25 mm na altura 
total do edifício. 
 
 
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No caso de desaprumo maior devem ser adotadas as seguintes ações corretivas: 
a) Revisar o projeto para determinar se a estrutura, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, 
considerando os valores obtidos nos ensaios; 
b) Determinar as restrições de uso da estrutura; 
c) Providenciar o projeto de reforço; 
d) Decidir pela demolição parcial ou total. 
 
 
 
 
 
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Anexo A 
(normativo) 
 
Ensaio para a determinação da resistência à compressão de prismas 
A.1 Princípio 
Este Anexo especifica um método para determinação da resistência à compressão de prismas. 
A.2 Aparelhagem e instrumentação 
A prensa necessária usada para a aplicação dos carregamentos deve permitir a acomodação dos corpos-de-prova 
e das chapas de distribuição de carga quando elas forem necessárias. 
A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual ao dobro da altura de fabricação dos blocos, mais a 
espessura da argamassa de assentamento e dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm. 
Nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade dos prismas de dois ou mais blocos - por meio da 
determinação do módulo de deformação (Ep) - podem ser instaladas bases de extensômetros mecânicos nas 
duas faces maiores dos prismas. 
Alternativamente a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois defletômetros instalados 
lateralmente, como mostrado esquematicamente na Figura A.1. Neste caso o tempo de permanência de cada 
carregamento não deve ser inferior a 3 min. 
A.3 Recebimento, preparação e acondicionamento dos corpos-de-prova 
A.3.1 Preparação do corpo-de-prova 
Cada corpo-de-prova é um prisma oco ou cheio, constituído de dois blocos principais sobrepostos, íntegros e 
isentos de defeitos. 
Os prismas podem ser recebidos ou moldados no laboratório. Devem ser identificados, limpos e postos em 
ambiente protegido que preserve suas características originais. Devem ser obedecidas as seguintes condições na 
preparação dos prismas: 
a) O capeamento deve ser total (disposto em toda a superfície dos blocos) e apresentar-se plano e uniforme no 
momento do ensaio, não sendo permitidos remendos; 
b) O argamassamento deve ser em toda a área líquida do bloco. 
A.3.2 Assentamento 
Para o preparo dos prismas devem ser usados níveis, prumo, colher de pedreiro e haste de socamento descrita na 
ABNT NBR 5738. 
Caso o assentamento seja executado em laboratório a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar devem 
ser registradas. 
Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa; impermeável para o caso de 
prismas cheios. Esta base, firme e continuamente apoiada, deve ter no mínimo, as dimensões dos blocos. 
 
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O outro bloco, do mesmo lote deve ser assentado sobre a argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com 
um martelo de borracha e o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco em sua posição final, resultando uma 
junta com (10 ± 3) mm. No assentamento, a argamassa deve ser disposta sobre toda a face do bloco, incluindo 
todos septos laterais e transversais. 
A.3.3 Grauteamento 
Deve ser removido o eventual acúmulo de argamassa no fundo dos furos que serão preenchidos. O grauteamento 
deve ser efetuado após (24 + 2) h do assentamento. A temperatura e umidade relativa do ar no momento do 
grauteamento e devem ser registradas. O graute deve ser vertido dentro dos furos dos blocos e adensado em 
duas camadas de 12 golpes/camada com a haste de socamento. A superfície superior do graute deve ser rasada 
e alisada por meio de colher de pedreiro e imediatamente coberta por um filme impermeável. 
A.3.4 Capeamento 
O capeamento deve ser as seguintes prescrições: 
a) as faces do prisma em contato com as placas da prensa devem ser regularizadas através de capeamento 
com pastas de cimento ou argamassas com resistências superiores às resistências dos blocos na área 
líquida; 
b) a superfície onde o capeamento será executado não deve se afastar do plano mais que 0,08 mm para cada 
400 mm; 
c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio; 
d) a espessura média do capeamento não deve exceder 3 mm. 
A.3.5 Cura 
Os prismas podem ser moldados na obra ou no laboratório. Neste caso devem permanecer na temperatura e 
umidade do assentamento, ao abrigo de sol e vento, durante o tempo estipulado para a cura pelo ensaio. 
Se forem moldados no canteiro de obra, de modo a reproduzir tanto quanto possível as condições da obra, os 
prismas devem ser mantidos na obra durante o tempo estipulado para a cura pelo ensaio. 
A.3.6 Transporte 
No fim do período de cura, prismas ocos preparados na obra ou no laboratório, para serem transportados devem 
ser solidarizados por meio de chapas de madeira, colocadas nos topos e amarradas por meio de arames, de modo 
a prevenir a ruptura da aderência nas interfaces entre a argamassa e os blocos durante o manuseio. O transporte 
é proibido antes dessa operação ser completada. 
NOTAS 
1 Quando os prismas são preparados na obra devem reproduzir as condições da obra, principalmente no tocante à mão-de-
obra, materiais e condições atmosféricas. 
2 No caso de prismas de mais de dois blocos, o assentamento, grauteamento, cura e transporte devem seguir as mesmas 
recomendações mencionadas em A.3.1 a A.3.5. 
A.4 Procedimentos para a execução dos ensaios 
Os procedimentos para a execução dos ensaios são os seguintes: 
a) ensaiar todos os corpos-de-prova de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve 
suportar durante o seu emprego na alvenaria; 
 
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b) colocar o corpo-de-prova na prensa de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga dos 
pratos da prensa; 
c) executar o ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que o carregamento seja 
aplicado a qualquer velocidade constante até 50 % da carga de ruptura prevista; e depoisa uma velocidade 
que permita que a ruptura aconteça entre 1 e 2 minutos (não incluindo o tempo necessário para carregamento 
até 50 % da carga de ruptura); 
d) nos casos em que for necessário determinar o módulo de deformação (Ep), este deve ser calculado no 
intervalo correspondente à curva secante entre 5 % e 30 % da tensão de ruptura de cada corpo-de-prova. 
 
Figura A.1 — Esquema para o ensaio de determinação da resistência do prisma (fp) com a instrumentação 
para a determinação do módulo de deformação (Ep) 
A.5 Expressão dos resultados e relatório de ensaio 
O Relatório do ensaio deve conter, no mínimo, as seguintes informações: 
a) identificação do solicitante; 
b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova; 
c) data do recebimento da amostra; 
d) data do ensaio; 
e) tipo do prisma, oco ou cheio; 
f) registros das especificações dos componentes (blocos, argamassa e graute); 
g) data do assentamento; 
h) data do grauteamento; 
i) condições de cura; 
j) se moldados na obra identificar o pavimento representado pelo prisma; 
 
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k) valores da área bruta média dos prismas; 
l) valor médio da área líquida dos blocos; 
m) resistências, individuais e média dos prismas determinadas na área bruta, expressas em MPa, com 
aproximação decimal; a resistência média calculada como a média aritmética dos valores individuais, 
determinados na área bruta; 
n) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep), apresentar os valores 
individuais e médios obtidos; 
o) desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados, ressaltando a posição dos furos; 
p) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos; 
q) referência a esta Norma; 
r) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios. 
 
 
 
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Anexo B 
(normativo) 
 
Ensaio para a determinação da resistência à compressão de pequenas 
paredes (prismas contrafiados) 
B.1 Princípio 
Este Anexo especifica um método para determinação da resistência à compressão de pequenas paredes (prismas 
contrafiados). 
B.2 Aparelhagem e instrumentação 
A aparelhagem necessária usada para a aplicação dos carregamentos deve satisfazer as seguintes condições: 
a) a prensa, ou pórtico de reação, deve permitir a acomodação dos corpos-de-prova e das chapas e perfis de 
distribuição de carga. A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual a do corpo-de-prova, mais a 
espessura dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm e; 
b) nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade das pequenas paredes - por meio da 
determinação do módulo de deformação (Epa) e do coeficiente de Poisson (⌡pa) - devem ser instaladas 
bases de extensômetros mecânicos nas duas faces maiores das pequenas paredes. Alternativamente a 
determinação do módulo de deformação (Epa) deve ser feita com dois defletômetros instalados lateralmente, 
como mostrado esquematicamente na Figura B.1. 
Neste caso o tempo de permanência de cada carregamento não deve ser inferior a 3 min. 
 
Figura B.1 — Esquema para o ensaio de determinação da resistência de pequenas paredes (fpa), ou 
prismas contrafiados, com a instrumentação para a determinação do módulo de deformação (Epa) e do 
coeficiente de Poisson (_pa) 
 
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B.3 Procedimentos 
B.3.1 Generalidades 
O ensaio de determinação da resistência à compressão de pequenas paredes (ou prismas contrafiados) é 
acompanhado da determinação da resistência à compressão da argamassa de assentamento, dos blocos e, 
quando se tratar de parede, apenas grauteada ou armada, da determinação da resistência à compressão do 
graute. 
Cada corpo-de-prova é constituído por uma pequena parede (ou prisma contrafiado) com as características 
geométricas mínimas mostradas esquematicamente na Figura B.1. 
Recomenda-se que o corpo-de-prova tenha, no mínimo, 74 cm de comprimento (C) e de altura (H) 100 cm. 
Os corpos-de-prova recebidos pelo laboratório devem ser identificados, limpos, retiradas as rebarbas e postos em 
ambiente protegido que preserve suas características originais. 
Os procedimentos para cada determinação são os descritos em B.3.2. 
B.3.2 Construção das paredes 
B.3.2.1 Assentamento dos blocos nas paredes 
As pequenas paredes devem ser construídas em ambientes protegidos da incidência direta da luz solar e de 
ventos canalizados, nestas condições a temperatura deve ser de (30 + 10) ºC e a umidade relativa do ar de 40 % 
a 90 %. 
As pequenas paredes e prismas de dois ou mais blocos devem ser construídos entre duas guias (pontaletes de 
madeira), a fim de se garantir a verticalidade. 
É obrigatório o uso do fio de prumo e nível. As paredes estruturais devem ser construídas com os blocos 
amarrados. Durante a construção das pequenas paredes são moldados os corpos-de-prova dos prismas, da 
argamassa de assentamento e, se a parede for grauteada, do graute. 
A preparação dos prismas deve seguir as recomendações que constam deste Anexo. 
A moldagem dos corpos-de-prova da argamassa de assentamento deve seguir as diretrizes da ABNT NBR 13279. 
B.3.2.2 Grauteamento 
Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas e de altura não superior a 1,40 m e após (24 + 2) h do 
término do assentamento dos blocos. 
Existindo armaduras elas serão posicionadas executando-se o grauteamento posteriormente. O graute deve ser 
adensado com soquete metálico ou com vibrador apropriado. 
A moldagem dos corpos-de-prova do graute deve seguir as diretrizes da ABNT NBR 5738. 
B.3.2.3 Capeamento 
Inicialmente as pequenas paredes, ou prismas contrafiados, são capeadas conforme A.3.4. Sobre este 
capeamento é colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio é realizado em uma prensa; ou uma viga metálica 
rígida de distribuição de carga, se o ensaio é realizado em um pórtico de reação. 
Posteriormente os corpos-de-prova serão pintados de cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do 
modo de ruptura. 
 
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Após esta fase as paredes são instrumentadas, caso seja necessário determinar o módulo de deformação (Epa) e 
o coeficiente de Poisson (Pa). 
NOTA Se o ensaio for realizado em pórtico de reação recomenda-se que seja usado o número mínimo de três macacos 
hidráulicos sobre uma viga metálica indeformável, diante do carregamento a ser usado. 
B.3.2.4 Cura 
A idade básica para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias contados a partir do término do 
assentamento. 
No entanto, havendo interesse especial esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições de obra. 
Nesta mesma data são ensaiados os prismas, a argamassa e o graute. 
A cura dos prismas será no mesmo ambiente no qual as paredes foram construídas. Os corpos-de-prova da 
argamassa e do graute devem passar o seu período de cura de acordo, respectivamente, com a ABNT NBR 
13279 e a ABNT NBR 5738. 
B.3.2.5 Transporte 
Quando houver necessidade do transporte do corpo-de-prova para a máquina de ensaio, no fim do período de 
cura, esta operação deve ser efetuada sem choques que possam comprometer a integridade do corpo-de-prova. 
Para manter o corpo-de-prova íntegro eles devem ser solidarizados por meio de chapas de madeira colocadas nos 
topos e amarradas por meio de arames de modo a prevenir a ruptura da aderência nas interfaces entre a 
argamassa e os blocos durante o manuseio. 
O manuseio é proibido antes desta operação ser completada. As pequenas paredes devem ser transportadas navertical. 
B.4 Execução dos ensaios 
Os procedimentos para a execução dos ensaios são os seguintes: 
a) ensaiar todos os corpos-de-prova de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve 
suportar durante o seu emprego; 
b) colocar o corpo de prova na prensa de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga dos 
pratos da prensa; 
c) quando os corpos-de-prova estiverem instrumentados as cargas devem ser aplicadas segundo um número de 
vezes que permita o traçado dos gráficos carga x encurtamentos das pequenas paredes. Sugere-se que o 
valor de cada incremento de carga seja 10 % da carga de ruptura provável. Quando houver indício de ruptura 
os aparelhos devem ser retirados. Após isto as cargas serão incrementadas até a ruptura.Opcionalmente 
podem ser efetuadas duas descargas desde que a carga não tenha atingido 50 % da carga de ruptura; 
d) nos casos em que for necessário determinar o módulo de deformação (Ep), secante, recomenda-se que este 
seja calculado no intervalo correspondente à secante de 5 % e a tensão correspondente a 33 % da tensão de 
ruptura do gráfico tensão-deformação de cada corpo-de-prova, 
e) executar o ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que a tensão aplicada na 
área bruta se eleve progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s, no máximo; 
f) o ensaio à compressão da argamassa de assentamento deve seguir as diretrizes contidas na ABNT NBR 
13279; 
g) o ensaio à compressão do graute deve seguir as diretrizes da ABNT NBR 5739; 
 
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h) nos casos em que seja necessária a determinação da resistência à tração da argamassa e do graute devem 
ser seguidas as diretrizes da ABNT NBR 7222. 
O Relatório do ensaio deve conter, no mínimo, as seguintes informações: 
a) tipo da alvenaria (se de blocos estruturais ou de vedação); 
b) características geométricas das pequenas paredes, dos blocos estruturais ou de vedação e dos prismas; 
c) características gerais da construção das paredes, traço da argamassa de assentamento, do graute, e a 
localização por meio de desenhos, da posição das armaduras com a indicação dos seus diâmetros; 
d) data da construção e dos ensaios; 
e) descrição da instrumentação utilizada e sua posição nas pequenas paredes; 
f) resistências individuais e médias dos blocos; 
g) resistências individuais e médias da argamassa de assentamento usada em cada parede; 
h) resistências individuais e médias do graute usado em cada parede; 
i) tensão de escoamento das armaduras e indicação do tipo do aço usado; 
j) carga de ruptura das paredes; 
k) carga do surgimento da primeira fissura (quando for possível sua observação); 
l) descrição do modo de ruptura das paredes; 
m) gráficos carga x encurtamento de cada parede; 
n) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios; 
o) nos ensaios com a determinação do módulo de deformação (Epa) e do coeficiente de Poisson (_pa), 
apresentar os valores individuais e médios obtidos; 
p) opcionalmente, fotografias para mostrar as condições gerais dos ensaios e para registrar as suas eventuais 
peculiaridades; 
q) referência a esta Norma.

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