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Introdução a Economia: Macroeconomia – 1ª prova Prof. Salomão Franco Neves Universidade Federal do Amazonas – UFAM Faculdade de Estudos Sociais – FES Departamento de Economia e Análise - DEA A Mensuração da atividade econômica Prof. Salomão Franco Neves Universidade Federal do Amazonas – UFAM Faculdade de Estudos Sociais – FES Departamento de Economia e Análise - DEA As contas nacionais Parte da macroeconomia que estuda a construção e a mensuração das medidas agregadas. Se refere ao registro contábil da atividade econômica e social de um país, num certo período (mensal, semestral e anual) Esquema do aparelho de produção das economias Atividades primárias Agropecuária (Lavoura, produção animal e derivados e extração vegetal) Atividades secundárias Indústria (Extrativa mineral, transformação, construção civil) Atividades terciárias Serviços (Comércio, intermed. financ., transportes e comunicações, governo e outros serviços) Serviços (produtos intangíveis) Bens (produtos tangíveis) Atendimento das necessidades de consumo e acumulação da sociedade Identificação dos agentes ativos Os agentes ativos Responsáveis pelas ações econômicas que se desenvolvem no sistema. São agrupados em função da natureza dessas ações, a fim de facilitar a caracterização dos fluxos fundamentais do sistema. São eles: Unidades familiares, Empresas, Governo e Resto do mundo. Unidades Familiares (UF) Indivíduos empregados que se encontram fornecendo recursos para a produção mais os indivíduos beneficiários de transferências da previdência social Participam da produção através de empresas para as quais fluem os recursos individuais de produção (ex: trabalho) e outros ativos (ex: poupança). Empresas Unidades componentes do aparelho de produção. São entes jurídicos responsáveis pela produção nos setores primário, secundário e terciário. Produzem os B/S para consumo e acumulação Caracterizam-se por reunir, organizar e remunerar os recursos de produção fornecidos pelas unidades familiares. Não subsistem isoladamente já que, cada uma, depende do funcionamento regular das demais, num contínuo e ininterrupto sistema de entradas e saídas Governo Agente coletivo que contrata trabalho das unidades familiares e adquire parcela da produção das empresas para produzir B/S úteis à sociedade toda. Suas receitas resultam de retiradas compulsórias do poder aquisitivo das famílias e empresas, através de tributos. Suas despesas resultam do pagamento aos agentes envolvidos no fornecimento de B/S públicos à sociedade. Resto do mundo Destina-se ao registro das transações entre unidades familiares, empresas e governo de um país com seus semelhantes de outros países Exemplos: fluxos de importação e exportação, pagamentos por serviços internacionais, transferências unilaterais de residentes de um país para outro Esquema das inter-relações entre setores e agentes EMPRESAS UNIDADES FAMILIARES GOVERNO Setor primário de produção Setor secundário de produção Setor terciário de produção Fornecimento de bens e serviços finais Fornecimento de recursos de produção Remuneração recursos (salá-rios, juros, lucros, aluguéis,etc) Pagamento, a preços de merca-do (PM) de bens e serviços obtidos Remuneração recursos empregados e transferências Pagto, à PM, dos B/S adquiridos Pagamento de impostos e fornecimento de B/S Pagamento de tributos e fornecimento de recursos de produção Fornec. serv. publi. e formação capital social básico interesse empresas Fornec. serv. publi. e formação capital social básico interesse das UF Transferências recebidas por residentes no pais Recebimentos por serviços prestados Pagamentos por serviços prestados Um Modelo Completo de Economia Aberta: Relações Entre os Agentes do País e os do Resto do Mundo EMPRESAS UNIDADES FAMILIARES GOVERNO RESTO DO MUNDO (Unidades familiares, empresas e governos de outros países) Fluxo de exportações Fluxo de importações Transferências enviadas por residentes no pais As atividades econômicas: categorias e inter-relações As transações ocorrentes entre os agentes classificam-se em três grandes categorias: produção, consumo e acumulação Produção, consumo e acumulação: inter-relações Para cada agente considera-se a existência de três diferentes contas que são usadas para sintetizar as transações verificadas no âmbito da produção, as referentes às rendas destinadas ao consumo e as referentes às rendas destinadas ao processo de acumulação. Produção, consumo e acumulação: inter-relações Pagamentos de renda, sob a forma de salários, juros, lucros e aluguéis Despesas de formação de capital e expansão de estoques para a formação de capital poupanças Despesas de aquisição de bens e serviços finais de consumo PRODUÇÃO ACUMULAÇÃO CONSUMO A igualdade entre renda e produto Produto Interno Bruto (PIB) é o valor de mercado de todos os bens e serviços produzidos dentro das fronteiras do país, num certo período, pelos residentes e não residentes. Renda Interna Bruta (RIB) é o somatório das remunerações dos fatores de produção utilizados no processo produtivo dos bens e serviços de residentes e não residentes. A igualdade entre renda e produto Renda=Produto: Exemplo de uma indústria cerâmica Produção Renda Discriminação R$ Discriminação R$ Valor da produção de telhas cerâmicas 1,200,000.00 Pagamento de salários 800,000.00 Arrendamento da jazida de argila 900,000.00 Leasingde equipamentos 1,400,000.00 Valor da produção de pisos cerâmicos 1,800,000.00 Custofinanceiro 300,000.00 Encargossociais 700,000.00 Valor da produção de azulejos 1,500,000.00 Lucros 400,000.00 Total 4,500,000.00 Total 4,500,000.00 Mensurando o produto: valor adicionado Valor adicionado: Produção de telhas cerâmicas (R$) Produtos vendas no período (1) Custos intermediários no período (2) Valor adicionado noperíodo (3)=(1)-(2) Argilas 1,000,000.00 450,600.00 549,400.00 Aglomerantes 600,000.00 150,950.00 449,050.00 Tintas e lacas 300,000.00 98,450.00 201,550.00 Total 1,900,000.00 700,000.00 1,200,000.00 Mensurando o produto: ótica setorial Participação das atividades econômicas no PIB: ótica setorial Setor Ano 2001 2002 2003 2004 Primário 8.00 8.20 9.40 9.60 Agropecuária 8.00 8.20 9.40 9.60 Secundário - Indústrias 35.80 36.00 36.80 37.10 Indústria extrativa mineral 2.80 3.20 3.80 4.00 Indústria de transformação 21.50 21.90 23.00 22.90 Construção civil 8.20 7.50 6.80 7.00 Serviços industriais de utilidade pública 3.30 3.40 3.20 3.20 Terciário - serviços/ comércio 56.20 55.80 53.80 53.30 Comércio 7.10 7.30 7.30 7.50 Transporte 2.60 2.40 2.30 2.10 Comunicações 2.60 2.50 3.00 3.00 Instituições financeiras 6.30 7.30 6.60 6.30 Outros serviços 10.70 10.30 9.90 10.00 Aluguel de imóveis 11.40 10.60 9.70 9.00 Administração pública 15.5 15.4 15 15.4 Total 100.00 100.00 100.00 100.00 Mensurando o produto: ótica da demanda agregada Bens e serviços De consumo Duráveis e não duráveis De produção (de investimentos ou de capital) Intermediários Capital físico Uma economia pequena: famílias e empresas Para melhor identificar a natureza dos bens e serviços produzidos, vamos considerar, por hipótese, que nossa economia seja constituída somente por dois agentes: consumidores (famílias) e ofertantes (empresas). Uma economia pequena: famílias e empresas Fluxo circular simples Preço no mercado do produto Preço no mercado de fatores (salários, etc.) Desejo dos consumidores Público Propriedade dos fatores Custo da produção Empresas Folha de pagamento, aluguel Chá Habitações Sapatos Terra Trabalho Bens de produção Chá Habitações Sapatos Terra Trabalho Bens de produção Demanda Demanda Oferta Oferta Uma economia pequena: famílias e empresas Numa economia fechada existe apenas duas opções para destinar a renda obtida: consumir ou poupar Uma economiapequena: famílias e empresas Então Uma economia pequena: famílias e empresas Se o estoque de capital físico num determinado ano for inferior ao do ano seguinte, isso significa que ocorreu um novo investimento Onde: It = investimento bruto agregado no ano t Kt = estoque de capital físico no ano t dt = despesas com depreciação no ano t Uma economia pequena: famílias e empresas Ao deduzirmos do produto interno bruto as despesas com depreciação, obtemos o produto interno líquido, ou seja: PIB = PIL + dt As remessas para o exterior são denominadas renda enviada ao exterior (REE) e as remessas vindas de fora são chamadas renda recebida do exterior (RRE) A diferença entre ambas é conhecida como renda líquida enviada ao exterior RLEE = REE – RRE Uma economia pequena: famílias e empresas Evolução da renda líquida brasileira enviada ao exterior (RLEE) Uma economia pequena: famílias e empresas Da dedução da RLEE do PIB obtém-se o Produto Nacional Bruto (PNB), isto é, a produção total, e que se transformou, de fato, em renda nacional Produto Nacional Bruto é o valor de mercado de todos os bens e serviços produzidos pelos residentes do país num determinado período PIB e PNB Fonte: IBGE PIB e PNB Fonte: United Nation Statistics Division PIB e PNB Fonte: United Nation Statistics Division Uma economia completa: governo e setor externo Parcela dos bens finais será destinada ao consumo e investimento governamentais Consumo do governo (G): dispêndios públicos com bens e serviços de uso contínuo ou corrente Investimento do governo (IG): aquisições de bens que se destinam à viabilização das funções governamentais, tais como escolas, hospitais, postos de atendimento do INSS e de saúde, etc. Uma economia completa: governo e setor externo Incluindo o governo: Uma economia completa: governo e setor externo Incluindo o setor externo: Exportações de bens e serviços (X): parte da produção destinada a atender as necessidades de consumidores de outros países Importações de bens e serviços (M): necessidades que o que o país tem em relação a produtos fabricados em outros países. Uma economia completa: governo e setor externo Com a inclusão do setor externo: Uma economia completa: governo e setor externo Comparando as equações temos: Rearranjando os termos, temos: Uma economia completa: governo e setor externo Necessidade de financiamento do setor público (NFSP) = (G-T) Avalia o desempenho da administração pública num determinado período. Apresenta o montante de recursos que o setor público que o setor público não financeiro necessita captar do setor financeiro interno ou externo, além de suas receitas fiscais para fazer face aos gastos Uma economia completa: governo e setor externo Déficit primário ou fiscal= despesas não financeiras – arrecadação total (tributos) Déficit nominal ou total = Despesas não financeiras + juros nominais – arrecadação total Produto nominal e produto real Devemos ficar atentos para o comportamento do produto de um país ao longo dos anos, medido em valores monetários. Muitas vezes podemos pensar que a economia está aumentando as quantidades produzidas, gerando mais empregos, e, na verdade, isso pode não estar ocorrendo. Produto nominal e produto real Produto nominal Valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país em qualquer período aos preços correntes (vigentes) Produto Real Valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país em qualquer período, aos preços de algum ano-base ou a preços constantes Produto nominal e produto real Variações do valor da produção (R$) Produto Unid. Período 1 Período 2 Qtde. Preço Valor Qtde. Preço Valor Televisores un. 20 300.00 6,000.00 20 400.00 8,000.00 Geladeiras un. 50 200.00 10,000.00 50 300.00 15,000.00 Feijão t 100 500.00 50,000.00 100 1,034.00 103,400.00 Roupas pç 5,000 30.00 150,000.00 5,000 40.00 200,000.00 Refrigerantes l 120,000 0.50 60,000.00 120,000 0.50 60,000.00 Total V1=∑P1i.Q1i 276,000.00 V1=∑P1i.Q1i 386,400.00 Variação total no período 2 para o período 1 110,400.00 Produto nominal e produto real Variações do valor da produção (R$) Produto Unid. Período 1 Período 2 Qtde. Preço Valor Qtde. Preço Valor Televisores un. 20 300.00 6,000.00 27 300.00 8,100.00 Geladeiras un. 50 200.00 10,000.00 65 200.00 13,000.00 Feijão t 100 500.00 50,000.00 14 500.00 7,000.00 Roupas pç 5,000 30.00 150,000.00 7,750 30.00 232,500.00 Refrigerantes l 120,000 0.50 60,000.00 251,600 0.50 125,800.00 Total V1=∑P1i.Q1i 276,000.00 V1=∑P1i.Q1i 386,400.00 Variação total no período 2 para o período 1 110,400.00 Números Índices Ano PIBpm Variação 1990 10.884 1991 57.389 1992 640.959 1993 14.097.114 1994 349.204.679 1995 646.191.517 1996 778.820.353 1997 866.827.479 Números Índices Ano PIBpm Variação 1990 10.884 - 1991 57.389 427,28% 1992 640.959 1016,87% 1993 14.097.114 2099,38% 1994 349.204.679 2377,14% 1995 646.191.517 85,05% 1996 778.820.353 20,52% 1997 866.827.479 11,30% Números Índices Para se avaliar a evolução real de uma variável entre dois momentos do tempo é preciso sempre descontar, de seu valor nominal, ou seja, de seu valor cotado nos preços no momento final, o efeito produzido sobre ele pela própria variação dos preços entre esses dois momentos. Números Índices Considere Onde Yt = valor do produto no momento t (produto nominal) yt = produto real Pt/(Pt-1) = variação dos preços entre t e t-1 Números Índices Para encontrar o valor do produto real num momento t qualquer que nos permita comprará-lo ao valor observado no momento anterior qualquer, por exemplo, t-1, temos que dividir o valor do produto nominal em t pela variação dos preços entre t e t-1 Números Índices Ano Produto Nominal Preço do Bem A 0 1.000 10 1 1.150 11 2 1.300 12 3 1.600 14 Números Índices De posse de tais informações, podemos descobrir qual foi o crescimento real do produto que essa economia experimentou: Números Índices Só são comparáveis valores que estão na mesma base. Um índice de preço permite exatamente que se faça a operação de conversão de uma série de valores nominais (portanto, valores em bases distintas) em valores de mesma base (ou valores reais) Números Índices Ano Produto Nominal ($) Produto Real (base = 0) Produto Real (base = 1) Produto Real (base = 2) Produto Real (base = 3) Taxa anual decresc.do produto (%) 0 1.000,00 1 1.150,00 2 1.300,00 3 1.600,00 Produto Nominal, Produto real (várias bases) e taxa de crescimento Números Índices Ano Produto Nominal ($) Produto Real (base = 0) Produto Real (base = 1) Produto Real (base = 2) Produto Real (base = 3) Taxa anual decresc.do produto (%) 0 1.000,00 1.000,00 1 1.150,00 1.045,45 2 1.300,00 1.083,33 3 1.600,00 1.142,86 Produto Nominal, Produto real (várias bases) e taxa de crescimento Números Índices Ano Produto Nominal ($) Produto Real (base = 0) Produto Real (base = 1) Produto Real (base = 2) Produto Real (base = 3) Taxa anual decresc.do produto (%) 0 1.000,00 1.000,00 1.100,00 1 1.150,00 1.045,45 1.150,00 2 1.300,00 1.083,33 1.191,67 3 1.600,00 1.142,86 1.257,14 Produto Nominal, Produto real (várias bases) e taxa de crescimento Números Índices Ano Produto Nominal ($) Produto Real (base = 0) Produto Real (base = 1) Produto Real (base = 2) Produto Real (base = 3) Taxa anual decresc.do produto (%) 0 1.000,00 1.000,00 1.100,00 1.200,00 1 1.150,00 1.045,45 1.150,00 1.254,55 2 1.300,00 1.083,33 1.191,67 1.300,00 3 1.600,00 1.142,86 1.257,14 1.371,43 Produto Nominal, Produto real (várias bases) e taxa de crescimento Números Índices Ano Produto Nominal ($) Produto Real (base = 0) Produto Real (base = 1) Produto Real (base = 2) Produto Real (base = 3) Taxa anual decresc.do produto (%) 0 1.000,001.000,00 1.100,00 1.200,00 1.400,00 1 1.150,00 1.045,45 1.150,00 1.254,55 1.463,64 2 1.300,00 1.083,33 1.191,67 1.300,00 1.516,67 3 1.600,00 1.142,86 1.257,14 1.371,43 1.600,00 Produto Nominal, Produto real (várias bases) e taxa de crescimento Números Índices Ano Produto Nominal ($) Produto Real (base = 0) Produto Real (base = 1) Produto Real (base = 2) Produto Real (base = 3) Taxa anual decresc.do produto (%) 0 1.000,00 1.000,00 1.100,00 1.200,00 1.400,00 - 1 1.150,00 1.045,45 1.150,00 1.254,55 1.463,64 0,045455 2 1.300,00 1.083,33 1.191,67 1.300,00 1.516,67 0,036232 3 1.600,00 1.142,86 1.257,14 1.371,43 1.600,00 0,054945 Produto Nominal, Produto real (várias bases) e taxa de crescimento Números Índices Os números índices têm por objetivo mensurar a evolução relativa de uma ou mais séries de dados ao longo do tempo Números Índices Os índices simples Procuram medir a evolução de apenas uma série homogênea de dados. Índices Compostos São utilizados quando se torna necessário trabalhar com um conjunto de séries de natureza distinta. Índices Simples Consideremos um conjunto de valores V0, V1, V2, ..., Vn. Define-se o índice simples referente ao período t com base no período i como Índices Simples Mês R$/Unid. Índice Jan./98 16,81 Fev. 14,98 Mar 13,41 Abr 12,86 Mai 13,23 Jun 12,96 Jul 12,38 Ago 12,58 Set 13,25 Out 13,79 Nov 14,04 Dez 13,61 Jan./99 14,52 Fev 16,82 Mar 16,06 Preço Nacional daSoja Fonte:Fipe-Agrícola Índices Simples Mês R$/Unid. Índice Jan./98 16,81 100,00 Fev. 14,98 89,11 Mar 13,41 79,77 Abr 12,86 76,50 Mai 13,23 78,70 Jun 12,96 77,10 Jul 12,38 73,65 Ago 12,58 74,84 Set 13,25 78,82 Out 13,79 82,03 Nov 14,04 83,52 Dez 13,61 80,96 Jan./99 14,52 86,38 Fev 16,82 100,06 Mar 16,06 95,54 Preço Nacional daSoja Fonte:Fipe-Agrícola Índices Compostos Os mais conhecidos são: Laspeyres Paasche Fischer Índice Laspeyres Índice Laspeyres de preços na base i (Lp) Índice Laspeyres de quantidades na base i (Lq) Índice de Paasche Índice Paasche de preços na base i (Pp) Índice Paasche de quantidades na base i (Pq) Índices Compostos Preçose quantidades para uma economia que produz 3 bens Ano A B C P Q P Q P Q 0 2,00 10,00 3,5 15,00 4,00 20 1 2,50 12,00 3,8 14,00 4,50 22 2 3,50 9,00 4,5 12,00 5,50 19 Índices Compostos Calculando o produto agregado nominal para o período 0-2 chegaremos a Índices Compostos Preçose quantidades para uma economia que produz 3 bens Ano Produto Agregado Nominal Variação Percentual 0 1 2 Índices Compostos Preçose quantidades para uma economia que produz 3 bens Ano Produto Agregado Nominal Variação Percentual 0 152,50 - 1 182,20 19,48% 2 190,00 4,28% Índices Compostos Como saber que parcela dos 19,5% de crescimento registrado no ano 1 e dos 4,3% registrados no ano 2 deve-se de fato ao crescimento do produto ou ao crescimento dos preços entre esses dois anos? Índices Compostos Calculando o índice de Laspeyres Índices Compostos Calculando o índice de Paasche Índices Compostos Resumindo Índices de preços Ano Lp Pp Fp 0 1 2 Índices Compostos Resumindo Índices de preços Ano Lp Pp Fp 0 1,0000 1 1,1279 2 1,3934 Índices Compostos Resumindo Índices de preços Ano Lp Pp Fp 0 1,0000 1,0000 1 1,1279 1,1317 2 1,3934 1,3971 Índices Compostos Resumindo Índices de preços Ano Lp Pp Fp 0 1,0000 1,0000 1,0000 1 1,1279 1,1317 1,1298 2 1,3934 1,3971 1,3952 Números Índices Índice Laspeyres Ano Produto nominal Lp Produto real (base = 0) Variação real anual (%) 0 152,50 1,0000 152,50 - 1 182,20 1,1279 161,54 5,93% 2 190,00 1,3934 136,35 -15,59% O produto real e o deflator O deflator mede o nível geral de preços de uma economia, em relação ao nível de preços de um certo ano-base. Mensura a parte da variação do produto nominal atribuída exclusivamente ao aumento dos preços, permitindo, assim, identificar a variação efetiva das quantidades produzidas. Ou seja O Deflator Implícito do PIB Encontrado pela razão entre o PIB nominal e o PIB real O Deflator Implícito do PIB PIB nominal e real (em R$ 1,000) Ano PIB Nominal Tx. de var. PIB real PIB real (base 1990) Deflator implícito Tx. de var. anual dos preços (%) 1990 10.884 10.884,00 1991 57.389 10.916,65 1992 640.959 10.862,07 1993 14.097.114 11.394,31 1994 349.204.679 12.066,57 1995 646.191.517 12.573,37 1996 778.820.353 12.925,42 1997 886.827.479 13.403,67 O Deflator Implícito do PIB PIB nominal e real (em R$ 1,000) Ano PIB Nominal Tx. de var. PIB real PIB real (base 1990) Deflator implícito Tx. de var. anual dos preços (%) 1990 10.884 0 10.884,00 100,00 - 1991 57.389 0,30% 10.916,65 525,70 425,70% 1992 640.959 -0,50% 10.862,07 5.900,89 1022,48% 1993 14.097.114 4,90% 11.394,31 123.720,65 1996,64% 1994 349.204.679 5,90% 12.066,57 2.893.984,61 2239,13% 1995 646.191.517 4,20% 12.573,37 5.139.366,11 77,59% 1996 778.820.353 2,80% 12.925,42 6.025.493,59 17,24% 1997 886.827.479 3,70% 13.403,67 6.616.303,44 9,81% Referencia GONCALVES, Antonio Carlos Porto; GONCALVES, Robson Ribeiro; SANTACRUZ, Ruy, MATESCO, Virene Roxo. Serie Gestao Empresarial: Economia Aplicada. 7.ed. Rio de Janeiro: FGV. 2007 A economia é uma ciência complexa mas fundamental para a compreensão do ambiente onde as instituições privadas e governamentais atuam. Este livro facilita esse entendimento, oferecendo ao leitor um conjunto de conceitos econômicos úteis e suas interações. Como o tema é muito vasto os autores escolheram enfocar aquilo que consideram realmente essencial. Onde conseguir: FGV Editora - http://www.editora.fgv.br/ Bibliografia SILVA, José Claudio Ferreira da. Modelos de Análise Macroeconômica. Rio de Janeiro: Campus, 1999. Este manual de macroeconomia apresenta uma abordagem nova para velhos temas. Dá uma visão global do capitalismo moderno. Mostra o processo de abertura da economia brasileira em consonância com a globalização da economia mundial. Bibliografia PAULANI, Leda Maria; BRAGA, Márcio Bobik. A nova contabilidade social: uma introdução à macroeconomia. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 307 p. Bibliografia ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade social. 7.ed. São Paulo: Atlas, 1992. Aborda as concepções teóricas, as bases metodológicas e as áreas de aplicação da Moderna Contabilidade Social. Desenvolve por aproximações sucessivas, a estrutura completa de em Sistema de Contas Nacionais. Passo a passo, vai de um sistema simples de economia fechada sem governo até o modelo completo de uma economia com transações governamentais e aberta ao setor externo O mercado de bens e o modelo keynesiano simples de determinação da renda Prof. Salomão Franco Neves Universidade Federal do Amazonas – UFAM Faculdade de Estudos Sociais – FES Departamento de Economia e Análise - DEA O Modelo Keynesiano simples: condições para o produto de equilíbrio Uma noção fundamental do modelo keynesiano é que, para que o produto esteja em equilíbrio, é necessário que o produto seja igual a demanda agregada, logo: Y = DA Y = DA = C + I + G Y = C + I + G O Modelo Keynesiano simples: condições para o produto de equilíbrio Com o Produto Nacional Y correspondendo à Renda Nacional, temos: Y = C + S + T Adicionalmente, pelo fato de Y ser o Produto Nacional, podemos escrever: Y C + Ir + G O Modelo Keynesiano simples: condições para o produto de equilíbrio Utilizando as equações anteriores, pode-se escrever o nível de renda de equilíbrio da seguinte forma: C + S + T Y C + I + G Ou, equivalentemente, S + T = I + G O Modelo Keynesiano simples: condições para o produto de equilíbrio De modo similar, podemos ver que em equilíbrio C + Ir + G Y = C + I + G Ou, cancelando, temos: Ir = I O Modelo Keynesiano simples: condiçõespara o produto de equilíbrio Então, no modelo Keynesiano simples, temos três formas equivalentes de expressar a condição de equilíbrio no modelo: Y = C + I + G S + T = I + G Ir = I Logo, quando: Y > DA Y < DA C +Ir+ G > C + I + G C +Ir+ G < C + I + G Ir> I Ir< I Investimento Planejado e Não Planejado Entendendo o investimento privado como um aumento do capital instalado, ou seja, o aumento do número ou da qualidade das máquinas , equipamentos, instalações, área cultivada, estoques, etc., podemos distribuí-lo em duas parcelas: A primeira é a parcela planejada do investimento (IP), aquela que o empresário decide realizar, tendo feito, provavelmente, um estudo prévio da sua possibilidade de retorno. A segunda parcela é a do investimento não planejado (IN), representado por uma inesperada elevação nos níveis de estoque, como o que ocorre nos meses anteriores ao período do natal. Investimento Planejado e Não Planejado Como I = IP + IN, temos a seguinte equação: Agora, quando o consumo aumenta exogenamente sem alterar o nível de renda, logo através da redução da poupança, no lado esquerdo da equação surge um desenvestimento não planejado. Ele se materializa como uma redução de estoques (iN < 0), exatamente da mesma magnitude do aumento original do consumo, reequilibrando a a equação. Investimento Planejado e Não Planejado O lado esquerdo da equação não depende da renda, sendo representado por uma reta horizontal que corta o eixo das ordenadas exatamente no ponto que mostra o valor resultante da soma algébrica IP + G, quando todo o investimento é planejado (IN = 0). O lado direito, entretanto, varia quando a renda varia, e no mesmo sentido, pois tanto a poupança como a arrecadação tributária aumentam quando a renda aumenta e caem quando a renda cai. A intersecção das duas curvas no ponto A0 mostra a situação em que os dois lados da equação tem valores iguais. S + T IP + G A0 IN > 0 IN < 0 y1 y0 y2 I + G S + T y Variação exógena no investimento privado IN < 0 Suponha- se que os empresários, devido ao clima de boas expectativas, decidam aumentar os níveis de investimento de suas empresas. A reta (IP + G) vai se deslocar para cima, de sua posição (IP0 + G) para (IP1 + G) O produto de equilíbrio desloca-se de Y0 para Y1>Y0, mas os empresários vão dar conta disso quando observarem a queda contínua dos estoques, refletida no ponto BA0 IP0 + G A1 Y1 Y0 I + G S + T Y S + T A0 B IP1 + G Os Componentes da Demanda Agregada Consumo A função consumo proposta por Keynes era a seguinte Onde a = Consumo Autônomo b = Propensão Marginal a Consumir, utilizada normalmente pela notação: Os Componentes da Demanda Agregada Poupança Como Y C + S + T Podemos escrever Yd Y – T C + S Logo, a função poupança é: S = -a + (1 – b)yd Onde (1 – b) é a Propensão Marginal a Poupar O Investimento Ao realizar um investimento, a empresa necessita de financiamento, que pode ser com próprio, de terceiros ou, como ocorre mais comumente, uma combinação das duas. Utilizando recursos próprios, os empresários têm, como alternativa dos investimentos pretendidos, a aplicação desses recursos em títulos ou privados, recebendo remuneração de acordo com a taxa de juros do mercado. Utilizando recursos de terceiros, pagam por eles uma remuneração também de acordo com a taxa de juros do mercado Quando a taxa de juros (r) eleva-se de um valor inicial (r0) para outro mais elevado (r1), algumas das decisões de investimento, que antes (com a taxa de juros em r0) parecia lucrativas aos olhos dos empresários, deixam de sê-lo O Investimento Se a fonte de recursos é própria, alguns investimentos passam a ter retornos inferiores aos que podem ser obtidos com a compra de títulos à nova e mais elevada taxa de juros. Se os recursos são de terceiros, os custos financeiros adicionais devido à elevação da taxa de juros tornam inviáveis alguns dos investimentos antes lucrativos, e o contrário ocorreria se a taxa e juros reduzisse. Então, se a taxa de juros aumenta, o investimento privado cai, e vice-versa; logo I = I(r), com dI/dr < 0. Gastos do Governo e Impostos Os gastos do governo, por enquanto, serão considerados como uma variável exógena, supondo-se que os gastos governamentais sejam controlados pelos formuladores de política econômica e que, portanto, não dependem diretamente do nível de renda. Gastos do Governo e Impostos No caso da arrecadação tributária, é razoável supor que, quanto maior for a renda de uma família, maior, em valor absoluto, o montante de tributos que ela, direta e indiretamente, recolhe aos cofres públicos. Em outras palavras, estamos admitindo dois fatos: O pagamento de tributos depende da renda, ou seja, a arrecadação tributária é função da renda, permitindo que se escreva T = T(y); e Que as duas variáveis variam no mesmo sentido, ou seja, quando a renda aumenta, cresce a arrecadação tributária e vice-versa. Logo a primeira derivada de T = T(y), comumente denotada por T’(y) ou dT / dY, é positiva, donde: Aumento exógeno nos tributos A elevação da arrecadação tributária não gera qualquer deslocamento da reta paralela ao eixo das abcissas (IP + G). Mas desloca para a esquerda a reta (S + T), de sua posição inicial (S + T0) para a nova posição (S + T1). O produto de equilíbrio desloca-se de Y0 para Y1< Y0. Naturalmente, tratando-se de uma modificação supostamente não esperada, os empresários continuarão produzindo Y0 até observarem uma contínua elevação dos estoques, de magnitude igual ao segmento da reta BA0. S + T1 IP + G A1 IN > 0 Y1 Y0 I + G S + T Y S + T0 A0 B Determinando a renda de equilíbrio A primeira forma forma da condição para o equilíbrio da renda, para um modelo keynesiano simples e em economia fechada e considerando a arrecadação tributária como exógena, é: Y = C + I + G Detalhando a função consumo e a renda disponível, temos: C = a + bYd = a + bY – bT Determinando a renda de equilíbrio Substituindo o detalhamento da função consumo na equação de equilíbrio da renda, temos: Y = C + I + G Y = a + bY – bT + I + G Y – bY = a – bT + I + G Y(1 – b) = a – bT + I + G Que fica: Determinando a renda de equilíbrio Ao se considerar uma economia aberta e com maior nível de detalhamento, assim como considerando a partir de agora as variáveis que compõem o sistema de forma real e não nominal, a equação de equilíbrio no mercado de bens e serviços é a seguinte: Onde x = Exportações m = Importações rl = Renda líquida externa Mudanças na renda de equilíbrio Vamos considerar o efeito de uma mudança na demanda por investimentos autônomos sobre a renda de equilíbrio. Mantidos os demais itens da demanda agregada como constantes, temos Mudanças na renda de equilíbrio Por que o aumento na renda por uma unidade de aumento nos investimentos é igual a 1/(1-b)? Como os outros elementos dos dispêndios autônomos da demanda agregada estão fixos, logo ∆Y=∆C+∆I Rearranjando os termos, temos ∆Y - ∆C =∆I Ou ∆S=∆I Mudanças na renda de equilíbrio Como ∆S é igual a (1-b)∆Y, temos Mudanças na renda de equilíbrio Multiplicador Keynesiano O conceito do multiplicador é essencial na teoria de Keynes, pois explica a forma pela qual os deslocamentos nos investimentos, por exemplo, desencadeiam um processo que causa variações não só nos investimentos mas também no consumo. O multiplicador mostra como os choques num setor são transmitidos para toda a economia. A teoria de Keynes dá a entender que outros componentes dos dispêndios autônomos afetam o nível total da renda de equilíbrio Mudanças na renda de equilíbrio Por exemplo, para uma mudança nos gastos do governo, temos: Mudanças na renda de equilíbrio Para uma mudança nos impostos, temos: Mudanças na renda de equilíbrio Multiplicador do orçamento equilibrado O aumento de uma unidade monetária nos gastos públicos financiado pelo aumento de mesmo valor nos impostos aumenta a renda de equilíbrio em apenas uma unidademonetária Derivação Gráfica do Equilíbrio no Mercado de Bens e Serviços Suponha que, por um motivo qualquer, a taxa de juros do mercado aumente. Com isso, o investimento cai. Como o investimento é uma parcela da renda, ela também se reduz, fazendo cair o consumo, a poupança e a arrecadação tributária até que a economia retorne a um ponto de equilíbrio, no caso de um nível de renda inferior. O contrário ocorreria se a taxa de juros tivesse caído Equilíbrio no Mercado do Produto Imagine que, devido a alguma política governamental, a taxa de juros aumenta, de r0 para r1 > r0. Nesse momento, passam a ocorrer acúmulos inesperados de estoques que cessam quando o produto reduz-se até o seu novo valor de equilíbrio y1 < y0. Após a intervenção do governo, com taxa de juros r1 > r0, o valor de equilíbrio do produto passou a ser y1 < y0,o mesmo da parte superior Unindo todos esses pontos de equilíbrio obtém-se uma curva com declividade negativa, denominada curva IS i(r1) + g + x – m A0 y0 y1 i + g + x – m s + t + rl y s + t + rl A1 i(r0) + g + x – m y0 y1 y r r1 r0 A0 A1 IS Determinação da Curva IS pelo Diagrama de Quatro Quadrantes Outra maneira muito conhecida de se encontrar graficamente a curva IS é através do chamado diagrama de quatro quadrantes essa representação é muito útil por permitir a visualização mais clara das condições de equilíbrio do mercado, bem como dos deslocamentos dessas situações de equilíbrio. Através desse exercício, podemos, a partir de infinitas possibilidades de combinações, encontrar novos pontos de equilíbrio, cuja união resulta em uma nova curva IS. Obtenção da Curva IS pelo Diagrama de Quatro Quadrantes No quadrante NO mede-se a relação entre o lado esquerdo da equação de equilíbrio e a taxa de juros. No quadrante SO medimos a identidade entre os dois lados da equação, representada por uma bissetriz de 45º. No quadrante SE medimos a relação entre o lado direito da equação e o nível de renda, por ser diretamente dependente dela. No quadrante NE medimos a relação entre taxa de juros e’renda, derivando a curva IS, que mostra o equilíbrio no mercado do produto, onde B e C representam pontos de desequilíbrio. r y s + t + rl i + g + x - m r0 r1 x-m g A1 A0 y0 y1 j0 j1 k0 k1 s(yd) + t(y) + rl s(yd 1) + t(y1) + rl s(yd 0) + t(y0) + rl i(r1) i(r0) i(r0) + g + x - m i(r1) + g + x - m 450 i(r) + g + x - m IS B C Variações Exógenas e Introdução à Política Fiscal Agora, estudam-se os deslocamentos que a curva IS pode sofrer devido a mudanças no valor de alguma das variáveis envolvidas. A rigor, só é possível conhecer e representar graficamente uma determinada curva IS quando são conhecidas as funções investimento, poupança e arrecadação tributária (i0, s0 e t0, por exemplo) e os valores das variáveis exógenas (g0, x0, m0 e rl0), por exemplo). Então, sempre que pelo menos uma dessas funções ou um desses valores das variáveis exógenas se modifica, a curva IS desloca-se para a esquerda ou para a direta, em relação à sua posição original. Elevação Exógena das Exportações Quando aumentam as exportações aumentam de x0 para x1, a reta g + x - m e, conseqüentemente, a curva i + g + x – m deslocam-se para a direita. Mantendo as mesmas combinações entre juros e renda, encontram-se os novos valores de equilíbrio, mais elevados que os originais. O equilíbrio no mercado do produto passa agora a estar no ponto B1 e B0 , o que significa que há um deslocamento para a direita na curva IS r y s + t + rl i + g + x - m r0 r1 g +x0-m B1 B0 y'0 y’1 s(yd) + t(y) + rl 450 i(r) + g + x1 - m IS1 g +x1-m i(r) + g + x0 - m IS0 A1 A0 y0 y1 Aumento da Carga Tributária Suponha que o governo obteve sucesso em um programa de combate à sonegação, conseguindo aumentar as suas receitas. Com isso, para cada aumento na renda o governo consegue arrecadar mais tributos A curva s(yd) + t(y) + rl desloca-se para a esquerda. Então, o equilíbrio no mercado do produto passa a ser determinado nos pontos B1 e B0. Nesse ponto, a curva IS desloca-se para a esquerda, refletindo a redução da renda causada pelo aumento da carga tributária r y s + t + rl r0 r1 g +x-m B1 B0 y'0 y’1 s(yd) + t0(y) + rl 450 IS1 i(r) + g + x - m IS0 A1 A0 y0 y1 s(yd) + t1(y) + rl i+ g + x - m Bibliografia SILVA, José Claudio Ferreira da. Modelos de Análise Macroeconômica. Rio de Janeiro: Campus, 1999. Este manual de macroeconomia apresenta uma abordagem nova para velhos temas. Dá uma visão global do capitalismo moderno. Mostra o processo de abertura da economia brasileira em consonância com a globalização da economia mundial. Ler capítulo 1 Referências BRANSON, William; LITVACK, James. Macroeconomia. 6.ed. São Paulo: Habra, 1978. Ressalta os modelos macroeconômicos de forma simples e didática, entretanto sem perder o rigor matemático. Trabalha de forma integrada os mercados de bens e serviços, monetário, de trabalho e setor externo Ler capítulo 4 Referências FROYEN, Richard T. Macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2001. Tomando por base a discussão cuidadosa e individualizada das mais importantes escolas teóricas que moldam a macroeconomia moderna, o texto prima pela leitura acessível, mantendo a precisão conceitual na análise das principais questões teóricas e de política macroeconômica. Ler trechos selecionados do capítulo 5 Os mercados de ativos e a determinação da taxa de juros Prof. Salomão Franco Neves Universidade Federal do Amazonas – UFAM Faculdade de Estudos Sociais – FES Departamento de Economia e Análise - DEA O mercado de ativos, moeda e preços Mercado de ativos Mercado no qual as pessoas compram e vendem ativos reais e financeiros Ouro, casas e títulos Moeda O que é moeda? Em termos macroeconômicos, moeda são ativos de amplo uso e aceitação como pagamento. Moedas cunhadas Papel moeda ou moeda corrente Depósitos disponíveis sacáveis por contas bancárias Funções da moeda Meio de troca Numa economia que utiliza moeda, o professor de economia não precisa encontrar um dono de restaurante faminto por conhecimento. Unidade de conta A moeda é a unidade básica para calcular o valor econômico É conveniente que haja uma medida única e uniforme de valor Funções da moeda Reserva de Valor A moeda é uma maneira de reter riqueza. O avarento que guarda dinheiro debaixo do colchão. Aquele que gasta todo o seu salário em 15 minutos A utilidade da moeda como meio de troca torna vantajoso retê-la, mesmo que o seu retorno seja relativamente baixo Funções da moeda Medindo a moeda: agregados monetários Nenhuma medida isolada da quantidade de moeda na economia pode ser completamente satisfatória. Por essa razão, na maioria dos países, economistas e Policy Makers utilizam várias medidas diferentes do estoque de moeda. Essas medidas oficiais são conhecidas por agregados monetários ou meios de pagamento. Medindo a moeda: agregados monetários No Brasil, os agregados monetários classificam-se em: (Fonte: BACEN. Nota Técnica, 2001) M1 = Papel moeda em poder do público + depósitos à vista M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupanças + títulos emitidos por instituições depositárias M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez. Oferta de moeda Determinada pelo Banco Central. Funções do Banco Central 1. Controlar a emissão de moeda 2. Ser o depositário das reservas internacionais 3. Ser o banco dos bancos 4. Ser o banqueiro do governo Balanço Sintético do Bacen O ativo do Bacen é integrado por divisas, chamadas reservas internacionais, e por títulos representativos dos créditos domésticos concedidos ao setor privado ou ao governo, ou seja, os títulos da dívida pública mantidos em carteira. Banco Central Ativo Passivo Reservas Internacionais Base Monetária – Papel-moeda em circulação Crédito doméstico – Em poder do público – Ao setorprivado – Caixa dos bancos comerciais – Ao setor Público – Reservas bancárias doBacen Alocação de portfólio e demanda por ativos Como as pessoas determinam a quantidade de moeda que decidem guardar? Decisão de alocação em portfólio (conjunto de ativos que se decide possuir) Quais os ativos e o quanto de cada ativo se deve reter. A decisão de alocação de portfólio depende de fatores como Retorno esperado Risco Liquidez Prazo de maturação Alocação de portfólio e demanda por ativos Demanda por ativos O montante de cada ativo específico que um detentor de riqueza deseja incluir em seu portfólio é conhecido por sua demanda por esse ativo A soma das demandas por ativos deve ser igual a à sua riqueza total Demanda por moeda É a quantidade de ativos monetários que as pessoas decidem ter em seus portfólios. Duas características importantes: A moeda é o ativo mais líquido A moeda gera um retorno baixo (seu maior custo de retenção) As variáveis que provocam os maiores efeitos na demanda por moeda são Nível de preços Renda real Taxas de juros Demanda por moeda Outros fatores que afetam a demanda por moeda Riqueza Quando a riqueza aumenta, parte da riqueza adicional pode ser retida como moeda, elevando assim a demanda total por moeda. Risco O aumento do risco na economia pode elevar a demanda por moeda Liquidez de ativos alternativos Quanto mais rápido e facilmente os ativos alternativos puderem ser convertidos em dinheiro, menor a necessidade de guardar moeda. A velocidade e a Teoria Quantitativa da Moeda Na teoria clássica, a quantidade de moeda determina o nível de demanda agregada, que, por sua vez, determina o nível de preços. A Equação de Trocas Consiste em uma identidade que relaciona o volume de transações, avaliadas a preços correntes, com o estoque de moeda multiplicado pela taxa de circulação da moeda. A taxa de circulação da moeda é chamada de velocidade da moeda. A Equação de Trocas Na forma utilizada por Irving Fischer, essa identidade é identificada como: MVT≡PTT Onde M = Quantidade de Moeda VT = Velocidade-transação da moeda PT = índice dos preços dos bens transacionados T = Volume de transações A Equação de Trocas Uma outra versão da equação de trocas se restringe às transações em termos de renda: MV≡Py Onde M = Quantidade de moeda V = velocidade-renda da moeda Essa relação também é uma identidade, portanto, a velocidade-renda pode ser definida como o valor necessário para que a seguinte igualdade seja válida V≡Py/M A Equação de Trocas Fischer argumentava que, no equilíbrio, a velocidade da moeda era determinada pelo hábitos e tecnologias da realização dos pagamentos na sociedade. Segundo Fischer e outros teóricos quantitativistas, o valor de equilíbrio da velocidade era determinado por tais fatores institucionais e, no curto prazo, podia ser considerado como fixo. A Equação de Trocas Agora, com o volume de produto fixado pelo lado da oferta, a equação de trocas expressa uma relação de proporcionalidade entre o estoque de moeda, definido exogenamente, e o nível de preços: ou A abordagem de Cambridge à Teoria Quantitativa Marshall e os outros economistas de Cambridge supunham que a demanda por moeda corresponderia a uma fração da renda e da riqueza. Na maioria das formulações, contudo, negligenciou-se a distinção entre a renda e a riqueza, de forma que a equação de Cambridge tem sido escrita como A abordagem de Cambridge à Teoria Quantitativa Logo, admite-se que a demanda por moeda (Md) represente uma proporção (k) da renda nominal (Py) Em equilíbrio, o estoque exógeno de moeda deve ser igual à quantidade demandada de moeda: A abordagem de Cambridge à Teoria Quantitativa Tratando k como fixo a curto prazo e com a produção real (y) determinada pelas condições de oferta, a equação de Cambridge também se reduz a uma relação proporcional entre o nível de preços e os estoques de moeda. Como na abordagem de Fischer, s moeda determina o nível de preços. A equivalência formal da equação de Cambridge com a versão da equação monetária de Fischer pode ser percebida reescrevendo como A abordagem de Cambridge à Teoria Quantitativa Assim, a teoria quantitativa da moeda sustenta que a demanda real por moeda é proporcional à renda real, ou Bancos comerciais, meios de pagamento e multiplicação monetária Considere um determinado montante depositado por um agente em um banco comercial: Uma parte fica retida no Bacen, como reserva compulsória Outra os bancos comerciais guardam em caixa para atender os eventuais saques dos clientes, e também não participa das transações Sobra a parcela que fica disponível para uso pelo banco comercial, que vai emprestá-la para algum outro agente da forma mais lucrativa possível É a partir desse momento que ocorre o fenômeno da multiplicação monetária Bancos comerciais, meios de pagamento e multiplicação monetária Um exemplo numérico Considere uma emissão no valor de R$ 100 mil Considere também as seguintes hipóteses: Os bancos comerciais mantêm, como reservas totais, 40% do valor dos depósitos à vista O vendedor dos títulos e os tomadores de empréstimos depositam seus valores totalmente em conta corrente Bancos comerciais, meios de pagamento e multiplicação monetária Um exemplo numérico Logo E assim por diante ... Bancos comerciais, meios de pagamento e multiplicação monetária A expansão dos meios de pagamento é, em R$ mil: 100+60+36+21,6+.... = 100[1+0,6+(0,6)²+(0,6)³+...] = 100[1/(1-0,6)] = 100(1/0,4) = 100(2,5) = 250 Ou seja, uma emissão original de R$ 100 mil gera um acréscimo de R$ 250 mil dos meios de pagamento O multiplicador monetário, definido pela razão entre os meios de pagamento e a base monetária é, nesse caso, igual a 2,5 Bancos comerciais, meios de pagamento e multiplicação monetária O que ocorre com a reserva bancária? 40+24+14,4+... = 40[1+0,6+(0,6)²+(0,6)³+...] = 40[1/(1-0,6)] = 40(1/0,4) = 40(2,5) = 100 Então, a expansão final (R$ 100 mil) da base monetária é igual a inicial, mudando apenas a sua composição, de papel-moeda, para reservas bancárias Instrumentos de Política Monetária Os instrumentos de política monetária são os seguintes: Alíquota do Depósito Compulsório Taxa de redesconto Operações de Mercado Aberto Instrumentos de Política Monetária Alíquota do depósito compulsório Parcela dos depósitos à vista que, por exigência legal, fica retida no Bacen Assim, quando: Instrumentos de Política Monetária Taxa de redesconto Taxa de juros dos empréstimos do Bacen ao setor privado Pode estimular ou desestimular os empréstimos dos bancos comerciais às pessoas e as empresas. Assim, quando: Instrumentos de Política Monetária Operações em mercado aberto (open market) Através da compra e venda de títulos o Bacen emite ou destrói base monetária Assim, quando o Bacen vende títulos Instrumentos de Política Monetária Operações em mercado aberto (open market) Através da compra e venda de títulos o Bacen emite ou destrói base monetária E quando o Bacen resgata títulos, Equilíbrio Monetário Oferta de Moeda Pelo o que observamos até aqui, as questões abordadas até aqui estão circunscritas do lado da oferta de moeda, e é por isso que o conceito tradicional de meios de pagamento (M1) também se denomina oferta nominal de moeda (Ms). A oferta real de moeda (ms) é, por sua vez, a razão entre a oferta nominal e o índice de preços (P), isto é: ms = Ms P Equilíbrio Monetário Demanda por moeda Moeda e Títulos No modelo macroeconômico que está se desenvolvendo, supõe-se a existência de dois ativos, a moeda (papel moeda em poder do público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais) e os títulos. Os títulos incluem não apenas os títulos públicos e privados que circula pelo mercado financeiro, mas todo e qualquer ativo que os agentes econômicos possuem. Dessa forma, as propriedades (como residências, terrenos e fazendas, ações de empresas, moedas estrangeiras, obras de arte etc.) são aqui entendidascomo títulos. Equilíbrio Monetário Demanda por moeda Moeda e Títulos Existem duas diferenças fundamentais entre moeda e títulos. A primeira é que somente a moeda tem a característica de ser generalizadamente aceita nas transações. A segunda é que a moeda não em qualquer forma rendimento, enquanto os títulos oferecem sempre algum tipo de ganho, tais como juros, aluguéis, lucros, ganhos esperados de capital, etc. Demanda Transacional O motivo transacional é facilmente reconhecido. Nas economias modernas, a imensa maioria das transações é realizada com o uso da moeda, razão pela qual os agentes econômicos ao comprar bens e serviços precisam dela. Também deve-se entender que se está tratando de uma demanda por moeda em valor real, já que se destina a transações. Se os preços dos bens e serviços aumentam, o volume de moeda necessário para adquiri-los eleva-se igualmente. Pode-se, então, escrever: Demanda Transacional Graficamente: Quanto maior for a renda, maior será a demanda por moeda para fins transacionais. Dada essa relação, obtemos uma curva com inclinação positiva y m = M/P 0 k(y) Demanda Especulativa Uma vez que somente os títulos rendem juros, é razoável supor que, quanto maior é a taxa real de juros, maior é a demanda pelos títulos. Como toda riqueza é distribuída entre títulos e moeda, uma maior demanda por um dos ativos significa uma menor demanda pelo outro. Então, quando a taxa de juros se eleva, aumenta a quantidade demandada de títulos e reduz-se a quantidade real de moeda guardada com finalidade especulativa, podendo-se escrever: Demanda Especulativa Graficamente: Quanto maior for os juros, menor será a demanda por moeda para fins especulativos. Dada essa relação, obtemos uma curva com inclinação negativa r m = M/P 0 l(r) Equilíbrio no Mercado Monetário Logo, o equilíbrio no mercado monetário é dado por: Equilíbrio no Mercado Monetário: Curva LM Considerando o relacionamento entre a Demanda Transacional por moeda e a oferta de moeda, a curva LM é derivada da seguinte forma: y 0 mD(r0) m = M/P Ms/P y0 mD(r1) y1 mD(r2) y2 r 0 LM0(P0) y r0 r1 r2 y0 y1 y2 Equilíbrio no Mercado Monetário: Curva LM Considerando o relacionamento entre a Demanda Especulativa por moeda e a oferta de moeda, a curva LM é derivada da seguinte forma: r 0 mD(y0) m = M/P Ms/P r0 mD(y1) r1 mD(y2) r2 r 0 LM0(P0) y r0 r1 r2 y0 y1 y2 Ms/P0 450 Gráfico de Quatro Quadrantes r0 r y k l Ms/P0 l(r) k(y) LM0(P0) y0 M0s/P0 Aumento da Oferta de Moeda r0 r y k l M0s/P0 l(r) k(y) LM0(P0) y0 M1s/P0 M1s/P0 y1 LM1(P0) Ms/P0 450 Informatização do Sistema Financeiro r0 r y k l Ms/P0 l(r) k0(y) LM0(P0) y0 k1(y) y1 LM1(P0) Teoria Clássica da Taxa de Juros É a taxa de juros que garante que mudanças exógenas nos componentes da demanda não afetem o nível da demanda agregada por bens e serviços. No modelo clássico: A taxa de juros era aquela que garantia que o montante de fundos que desejavam emprestar fosse exatamente igual ao montante que os outros indivíduos desejavam tomar emprestado. Riqueza = moeda + títulos Teoria Clássica da Taxa de Juros No sistema clássico: Os fornecedores de títulos eram as firmas e o governo Os investimentos dependem de forma inversa em relação a taxa de juros Maiores taxas de juros implicariam maiores níveis de poupança Moeda não paga juros. Logo, como forma de manter a riqueza, os títulos eram preveríveis. Em tempos de crise, as pessoas passariam as suas riquezas para a forma monetária. Em tempos normais, a suposição clássica é a de que a poupança se realizasse por meio da demanda por novos títulos Determinação da Taxa de Juros (Sistema Clássico) A taxa de juros de equilíbrio r0 é aquela que iguala a oferta de fundos de empréstimos, que consistem na poupança (s) do período, com a demanda por fundos de empréstimos (i) somados à parcela do déficit público financiado por títulos (g-t) i+(g-t) = Demanda por fundos de empréstimo s = Oferta de fundos de empréstimo (g-t) r s, i, g-t s = i, g-t r0 Declínio Autônomo da Demanda por Investimentos Um declínio autônomo dos investimentos desloca a curva de investimentos para a esquerda, fazendo com que caia a taxa de juros. Conseqüentemente, os aumentos no consumo e nos investimentos induzidos pela queda nos juros compensam, quando somado, exatamente, a queda autônoma dos investimentos. i0 s r s, i s0 = i0 r0 i1 s1 = i1 r1 Referências ABEL, Andrew B.; BERNANKE, Bem S.; CROUSHORE, Dean. Macroeconomia. 6.ed. São Paulo: Pearson, 2008. Escrita por três dos mais renomados economistas da atualidade, esta sexta edição de Macroeconomia oferece uma visão ampla e integrada dos principais aspectos da macroeconomia no mundo moderno. Ler capítulo 7 Referências SILVA, José Claudio Ferreira da. Modelos de Análise Macroeconômica. Rio de Janeiro: Campus, 1999. Este manual de macroeconomia apresenta uma abordagem nova para velhos temas. Dá uma visão global do capitalismo moderno. Mostra o processo de abertura da economia brasileira em consonância com a globalização da economia mundial. Ler capítulo 2 Referências FROYEN, Richard T. Macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2001. Tomando por base a discussão cuidadosa e individualizada das mais importantes escolas teóricas que moldam a macroeconomia moderna, o texto prima pela leitura acessível, mantendo a precisão conceitual na análise das principais questões teóricas e de política macroeconômica. Ler trechos selecionados do capítulo 4 Referências BRANSON, William; LITVACK, James. Macroeconomia. 6.ed. São Paulo: Habra, 1978. Ressalta os modelos macroeconômicos de forma simples e didática, entretanto sem perder o rigor matemático. Trabalha de forma integrada os mercados de bens e serviços, monetário, de trabalho e setor externo Ler capítulo 4 Referências PAULANI, Leda Maria; BRAGA, Márcio Bobik. A nova contabilidade social: uma introdução à macroeconomia. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 307 p. Ler trechos selecionados do capítulo 7
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