Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 18 Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE Professor: Daniel Mesquita . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita AULA 18 Licitações. SUMÁRIO 1) INTRODUÇÃO À AULA 18 2 2) PRINCÍPIOS BÁSICOS DA DEFESA ADMINISTRATIVA DO CONTRIBUINTE. 2 2.1. NOÇÕES DE PRINCÍPIO 2 3) PRINCÍPIO DE NATUREZA CONSTITUCIONAL 3 3.1 LEGALIDADE 4 3.2 CONTRADITÓRIO 5 3.3 AMPLA DEFESA 5 3.4 DEVIDO PROCESSO LEGAL 6 3.5 DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 6 3.6 SEGURANÇA JURÍDICA 7 4) PRINCÍPIOS GERAIS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA 7 4.1 LEGALIDADE 7 4.2 MORALIDADE 9 4.3 IMPESSOALIDADE 10 4.4 PUBLICIDADE 10 4.5 EFICIÊNCIA 10 4.6 INTERESSE PÚBLICO 11 4.7 PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE 11 4.8 QUESTÃO CONEXA. PRATICABILIDADE 12 5) PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DE NATUREZA PROCESSUAL ADMINISTRATIVA 13 5.1 MOTIVAÇÃO 14 5.2 VERDADE MATERIAL E VALORAÇÃO DAS PROVAS 16 5.3 CELERIDADE 16 5.4 GRATUIDADE 17 5.5 QUESTÃO CONEXA. INFORMALIDADE 17 6) ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO (LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL NO 107/2008). 18 7) RESUMO 40 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 8) REFERÊNCIAS 56 1) � ��� ? ? Que bom que você está conosco hoje para mais uma aula de Direito Administrativo do curso preparatório para SEFAZ-PE. Nesta aula 18, abordaremos a matéria ³16. Princípios básicos da defesa administrativa do contribuinte. 19. Órgãos fiscalizadores das contas públicas. 20. Atribuições e responsabilidades do Auditor Fiscal da Receita Estadual do Estado de Pernambuco (Lei Complementar Estadual no 107/2008).´� Com certeza haverá uma ou duas questões desta aula na sua prova, por isso, ABRA O OLHO!!! Não se esqueça de que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na véspera da prova! Chega de papo, vamos à luta! 2) � À� � � � � � Ǥ 2.1. Noções de Princípio Iniciaremos o estudo, abordando as noções de princípios, para logo em seguida tratarmos dos princípios de forma mais específica. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita O nosso sistema jurídico é hierarquicamente dividido quando se tratam de normas. Isso significa que normas jurídicas inferiores são validadas por normas jurídicas superiores, e por fim pela Constituição Federal. Nosso ordenamento, portanto, baseia sua coesão e unidade na relação de interdependência das normas. É importante lembrar, porém, que o sistema jurídico não se constitui apenas de normas, mas também de preceitos, comandos, e princípios manifestados pelos Poderes Públicos. Os princípios são o núcleo, a base fundamental que influencia todo sistema jurídico e serve de parâmetro essencial para a perfeita compreensão das normas, conferindo lógica, racionalidade e coesão a esse sistema. Por esse motivo, violar um princípio é mais grave que desobedecer a uma norma, porque vai contra não apenas a um enunciado específico, mas a todo ordenamento. Por isso, quando há uma divergência entre regras, o legislador busca fazer uma interpretação em que os princípios são interpretados para manter a coesão e harmonia da estrutura jurídica, bem como o sentimento de segurança do sistema jurídico. Adiante estudaremos os princípios de natureza constitucional, princípios gerais de natureza administrativa, bem como os princípios de natureza processual administrativa. 3) � À����� A Constituição Federal apresenta vários princípios em seu texto que devem ser observados em todas as relações jurídicas. Os princípios a serem estudados, são os princípios que baseiam as relações jurídicas de natureza processual entre a Administração Pública e os contribuintes, com relação à matéria tributária. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 3.1 Legalidade O princípio da Legalidade é, com certeza, uma das garantias mais importantes do sistema jurídico, pois ele assegura que apenas por meio de normas jurídicas expedidas pelo Poder legislativo é possível a modificação ou a extinção de direitos e deveres. Essa ideia é expressa na Constituição, no art. 5º, inciso II, quH�SUHFRQL]D�TXH�³QLQJXpP�VHUi�REULJDGR�D� ID]HU�RX�GHL[DU� GH�ID]HU�DOJXPD�FRLVD�VHQmR�HP�YLUWXGH�GD�OHL´� No sistema constitucional tributário, o art. 150 em VHXV�LQFLVRV�,�H�,,,��DOtQHDV�³D´�H�³E´�H�SDUiJUDIR���GD�&)��PRVWUDP� Nesse sentido, podemos perceber que para um tributo ser instituído, majorado e extinto, além das hipóteses de subsídio, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, entre outros, é necessária previsão legal. Mas atenção! Existe uma exceção no art. 62 da ConstiWXLomR�TXH�GLVS}HV�TXH�³DUW�����(P�FDVR�GH�UHOHYkQFLD�H�XUJrQFLD�� Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br5 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Em matéria tributária, a competência para edição de normas jurídicas é apenas do Poder Legislativo, afastando do Poder Executivo esse poder, podendo ser declarada ilegalidade caso o Poder Executivo se proponha a legislar sobre o assunto. 3.2 Contraditório O princípio do contraditório está expresso no art. 5º, LQFLVR�/9��GD�&RQVWLWXLomR�TXH�GL]��³DRV�OLWLJDQWHV��HP�SURFHVVR�MXGLFLDO� ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o FRQWUDGLWyULR�H�DPSOD�GHIHVD��FRP�RV�PHLRV�H�UHFXUVRV�D�HOD�LQHUHQWHV�´. O princípio do contraditório está diretamente ligado aos princípios da isonomia e da ampla defesa. Na esfera do processo administrativo tributário, esse princípio obriga que seja assegurada às partes (fisco e contribuinte) o direito de defesa, sendo ainda garantido o direito de que as partes tenham conhecimento dos argumentos e provas apresentados pela parte contrária. O julgador tributário deve intimar ou notificar a parte contrária quando a parte argumentar ou apresentar uma prova nos autos. 3.3 Ampla Defesa Diretamente ligado ao princípio do Contraditório, o princípio da ampla defesa visa garantir o direito de defesa de forma incondicional e sem restrições. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A Ampla Defesa está prevista no art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, e decorre do princípio do devido processo legal que diz que as partes devem litigar de forma justa. O contribuinte, a que for imputado acusação fazendária, deve possuir meios e recursos para exercer sua defesa de forma ampla e todos os elementos do processo devem ser passíveis do exercício da defesa. 3.4 Devido Processo Legal O Princípio do Devido Processo Legal estabelece que seja necessária a observância dos princípios e regras do processo para que seu cumprimento ocorra de forma válida. No art. 5º, inciso LIV, podemos perceber o princípio do devido processo legal no campo do processo administrativo tributário ao PRVWUDU�TXH�³QLQJXpP�VHUi�SULYDGR�GD�OLEHUGDGH�RX�GH�VHXV�EHQV�VHP�R� GHYLGR�SURFHVVR�OHJDO´� O processo deve, então, ocorrer de forma legal e seguindo o ordenamento jurídico, assegurando ao contribuinte o exercício do direito de defesa, obedecendo todos os princípios constitucionais. 3.5 Duplo Grau de Jurisdição O Duplo Grau de Jurisdição demonstra que é garantida às partes que as decisões proferidas no processo possam ser examinadas por julgadores distintos, em estância superior. Esse princípio, combinado aos outros princípios constitucionais assegura várias etapas processuais aos litigantes. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 3.6 Segurança Jurídica Na Constituição Federal estão expressos vários princípios que norteiam as relações jurídicas, entre eles, o princípio da legalidade, direito adquirido, contraditório, ampla defesa, etc. que visam aos contribuintes e a sociedade uma certeza e segurança jurídica. Os princípios buscam estabelecer limites ao Estado impedindo que as pessoas políticas que o representam (federal, estadual, distrital e municipal) desobedeçam as normas que mantém a segurança jurídica dos administrados. Na esfera tributária, a segurança jurídica propõe que os contribuintes tenham condições de conhecer e prever suas obrigações tributárias. Da publicidade das normas, dos efeitos dessas normas e da confiança do contribuinte que decorre esse princípio. 4) � À� ����� Agora que já vimos os Princípios de natureza Constitucional, veremos os princípios gerais da natureza administrativa. Esses princípios baseiam as atividades da Administração Pública e constroem o regime jurídico administrativo. 4.1 Legalidade A Administração Pública deve seguir o princípio da legalidade para exercer suas atividades. Nesse sentido, a administração deve ter seus atos baseados naquilo que a lei permite, não sendo possível uma extrapolação por parte do poder público. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita O princípio da legalidade, portanto, significa que a Administração Pública deve estar sempre subordinada às leis, fazendo apenas o que a lei mandar e não fazendo aquilo que nela estiver proibido. 4.2 Impessoalidade Segundo o princípio da impessoalidade a Administração não pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o agir deve ser impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão somente, o interesse público. Por isso que se diz que o princípio da impessoalidade se confunde com o da finalidade, pois ato administrativo que não visa o interesse público viola tanto o princípio da impessoalidade como o da finalidade. Entretanto, outro aspecto do princípio da impessoalidade é exclusivo e inconfundível: esse princípio também informa que os atos realizados no âmbito da Administração não são praticados por Fulano, Beltrano ou Cicrano, mas pelo órgão ao qual o agente se vincula. As regras constitucionais que impõem a realização do concurso público para provimento de cargos na Administração Pública (art. 37, II) e a que determina que as contratações devem ser precedidas de licitação (art. 37, XXI) decorrem do princípio da impessoalidade. Em atenção ao princípio da impessoalidade, deve ser rechaçada toda forma de utilização de publicidade institucional para promoção pessoal de políticos. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 4.3 Moralidade O princípio da moralidade pressupõe que a Administração Pública e as atividades exercidas pelos seus agentes devem ter um caráter ético, para que o ato seja válido. Por isso, o ato que se oponha à moral administrativa estarásujeito à avaliação de sua legitimidade podendo ser considerado nulo ou anulável. A moralidade administrativa está relacionada às ideias de probidade e á boa-fé. Portanto, a moralidade, a legalidade, a finalidade e a adequação aos demais princípios são pressupostos de validade para a atividade pública. Nesse sentido, o STF apreciou a ação direta de inconstitucionalidade n. 2662, interposta pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) em face da Governadora do Estado do Maranhão e da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e demonstrou que a atividade do Estado deve estar subordinada à preceitos ético-jurídicos que representam o principio da moralidade administrativa. Para o processo administrativo tributário, alguns exemplos podem ser configurados como desrespeito ao principio da moralidade, como: Conversão de julgamento em diligências desnecessárias em razão de elementos já contidos nos autos Pedidos de vista protelatórios Autuação fiscal em desconformidade com entendimento jurídico dos Tribunais Superiores E, por fim, não admitir o seguimento de peças recursais sem a inerente motivação, entre outros. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 4.4 Impessoalidade Baseado no princípio da isonomia, existe o principio da impessoalidade que pressupõe que o agente não pode praticar um ato administrativo para atingir um objetivo próprio, pois isso é vedado por lei. A impessoalidade tem por objetivo extinguir a perseguição, o favorecimento, as discriminações benéficas ou prejudiciais aos administrados, para que os atos seguindo o interesse público. Sendo assim, poderá ser considerado nulo ou anulável quando esse princípio não for seguido. Na esfera do processo administrativo tributário, esse princípio é visto nos casos em que os julgadores expressam declaração de impedimento quanto à função de julgamento, por exemplo. 4.5 Publicidade Não menos importante, o princípio da publicidade, pressupõe a publicação dos atos da Administração Pública por órgão oficial (Imprensa Oficial), pois enquanto o ato não é publicado, ele não produz efeitos jurídicos e também pressupõe a transparência das atividades administrativas. 4.6 Eficiência A eficiência está relacionada com os resultados que a Administração Pública obtém, ou seja, é necessário que os resultados dos atos administrativos sejam satisfatórios e eficientes. Nesse sentido, podemos exemplificar na esfera da Administração Tributária Federal, por meio do art. 24 da Lei n. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 11.457/2007 que dispõe sobre a obrigatoriedade da decisão administrativa no prazo máximo de 360 dias a contar da data do protocolo de petições, defesas ou recursos administrativos do contribuinte e também por meio do art. 49 da Lei 9.784/1999 que estabelece que após a conclusão da instrução dos autos, a Administração tem o prazo de até 30 dias para decidir, salvo se houver prorrogação por igual período expressamente motivada. 4.7 Interesse Público Em uma relação entre os particulares a Administração Pública, o interesse público prevalece, porque o interesse coletivo deve ser prestigiado em detrimento do interesse particular. Relações processuais entre Fisco e contribuinte não suportam confusão entre o interesse público e o interesse da Administração Pública, ou seja, não são permitidos interesses pessoais, arbitrários e confiscatórios, na prática de atos administrativos, que venham fazer exigências indevidas ou injustas ao contribuinte. 4.8 Proporcionalidade e Razoabilidade Agora falaremos do princípio da razoabilidade e da proporcionalidade. O princípio da razoabilidade busca averiguar se os meios utilizados e as finalidades são adequados ao ato administrativo, para evitar problemas de decisões concedidas aos administrados, inadequadas, desnecessárias, arbitrárias ou abusivas. Já o princípio da proporcionalidade é uma ideia que está dentro da ideia de razoabilidade, pois para que haja razoabilidade 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita é necessário haver proporcionalidade nos meios utilizados pela Administração Pública. Esses princípios são importantes para que o princípio da legitimidade seja exercido. O ato administrativo, segundo esses princípios, precisa ser adequado, necessário e justificado pelo interesse público. Podemos perceber a existência desses princípios na Administração Pública, observando o que o inciso VI, do parágrafo único, do art. 2º na Lei n. 9.784/1999 sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal que diz que é necessária a ³DGHTXDomR� HQWUH� PHLRV� H� ILQV�� YHGDGD� D� LPSRVLomR� GH� REULJDo}HV�� restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente QHFHVViULDV�DR�DWHQGLPHQWR�GR�LQWHUHVVH�S~EOLFR�´. 4.9 Questão conexa. Praticabilidade O princípio da praticabilidade está sendo discutido por uma corrente doutrinária moderna, que defende sua existência como uma norma constitucional implícita, que visa tornar o ordenamento jurídico mais eficaz e rápido, mas seguindo os padrões legais e constitucionais. Esse princípio, segundo alguns autores, é justificado quando se analisa todo o sistema jurídico. Por outro lado, parte da doutrina não considera a praticabilidade como um princípio, pois acredita que é só um desdobramento da operacionalidade e aplicação das normas jurídicas. 6HQGR� DVVLP�� p� FRQVLGHUDGR�� SDUD� HVVHV� GRXWULQDGRUHV�� ³TXHVWmR� FRQH[D´��SRLV�Vy�H[LVWH�VH�DQDOLVDGD�MXQWR�D�RXWURV�SULQFtSLRV�� 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Apesar disso, a Administração pública deve estabelecer algumas medidas, no âmbito do processo administrativo tributário, baseada nessa questão. E são eles: 5) � À� � À � � �� � � � Agora que já tratamos dos princípios de natureza constitucional e administrativa,vamos estudar os princípios de aplicação complementar e cumulativa do processo administrativo tributário. Veja logo abaixo, alguns exemplos de Leis que trataram dos princípios a serem seguidos no processo administrativo tributário: A Lei 9.784/1999 regula o processo administrativo da Administração Pública em seu artº 2º diz que os princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidalidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência devem ser seguidos. x A elaboração de pautas de julgamento com assuntos similares x O julgamento de processos em retorno de pedido de vista anteriormente è discussão e julgamento de novos processos x O julgamento de operações fiscais que compreendam todas as decorrentes exigências fiscais 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Já no Estado de São Paulo, podemos observar que a Lei 13.457/2009 diz que o processo admnistrativo tributário precisa ter validade, mas também precisa seguir alguns príncipios, como o da publicidade, economia, motivação, celeridade, contraditório e ampla defesa. Há ainda, no munícipio de São Paulo a Lei 14.141/2006 que estipula os príncipios do interesse público, economicidade, eficiência, legalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade para ser atendidos pela Administração Pública. Por fim, há o Código de Direito, Garantias e Obrigações dos Contribuintes que foi criado pela Lei Complementar n. 939 e que diz que é necessário seguir os príncipios do contraditório, ampla defesa e duplicidade de instância. ATENÇÃO, as esferas federal, estadual e municipal atendem aos príncipios constitucionais e administrativos, mas apenas o príncipio da motivação está nas descrito nas leis das três esferas. E não esqueça daqueles príncipios específicos do processo administrativo que NÃO estão nessas legislações, mas que devem ser observados nessas esferas, como: príncipio da verdade material, celeridade, gratuidade e informalidade. 5.1 Motivação Sobre a motivação é preciso saber que ela não é um principio exclusivo do procedimento administrativo tributário, mas de toda a Administração e, por isso, tanto a legislação federal, como a estadual e municipal consideram-na como de importante relevância e aplicabilidade. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita No processo administrativo tributário, esse princípio serve para obrigar que os atos dos agentes da Administração Pública só produzam efeitos jurídicos se estiverem fundamentados, de maneira detalhada, em fundamentos e razões jurídicas. Ou seja, o princípio da motivação está ligado à justificativa dos atos administrativos. Os atos administrativos devem ser motivados, pois o administrado deve poder agir de acordo com o ato, ou ainda confrontá- lo se for necessário. Caso a motivação não exista, é possível que os atos sejam nulos ou anulados. Vamos conhecer a justificativa para o princípio da motivação ser observado no processo administrativo tributário? Quando o julgador motiva a decisão, ele mostra que conhece o processo, mostrando também que a decisão abordou todas as questões do processo. A motivação assegura o princípio da publicidade, já que os atos do processo podem ser fiscalizados pelos administrados. E, por fim, para que seja assegurada a interposição de recursos. Apesar do princípio da motivação garantir segurança jurídica às partes, o STJ proferiu uma decisão contrária a ele que diz TXH�� ³R� yUJmR� MXGLFLDO�� SDUD� H[SUHVVDU� D� VXD� FRQYLFomR�� QmR� SUHFLVD� aduzir comentários sobre todos os argumentos levantados pelas partes. Sua fundamentação pode ser suscinta, pronunciando-se acerca do motivo que, por si só, achou suficiente para composição do litígio. O julgador tributário, no entanto, ao fazer sua fundamentação de forma simples, sem entrar no mérito de todos os assuntos abordados não apenas contraria o princípio da motivação 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita como os princípios do contraditório e da ampla defesa, limitando ainda o direito ao devido processo legal. 5.2 Verdade Material e Valoração das Provas Vamos estudar agora, um dos princípios mais importantes do processo administrativo tributário. Esse princípio diz que é importante a busca da verdade material por meio da valoração das provas do processo, pois as provas (documentos fiscais, contábeis, contratuais, comerciais, laudos, periciais, diligências, pareceres, opiniões legais, entre outros) e os argumentos de mérito dão os argumentos para que o julgador possa solucionar o litígio. O processo administrativo tributário visa à verdade material de forma que o processo possibilite a comprovação da real existência de um fato tributário. Portanto, a Administração Pública nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, deve levar em consideração e analisar todas as provas do processo e inclusive determinar a produção de novas provas, se necessário. 5.3 Celeridade O princípio que vamos estudar agora, se conecta ao princípio da eficiência administrativa. Por isso, o processo administrativo tributário está submetido ao princípio da eficiência, enquanto a celeridade está apenas na esfera do Estado de São Paulo. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Esse princípio se baseia na ideia de que as discussões tributárias, na esfera do processo administrativo devem ser solucionadas de forma rápida e eficaz. É claro que a celeridade não pode comprometer a qualidade dos atos processuais nem das decisões proferidas, já que o processo administrativo tributário necessita de uma avaliação detalhada para que não ocorra cerceamento de defesa e nulidades processuais. 5.4 Gratuidade A gratuidade garante que não seja feita cobrança de qualquer despesa processual, honorário advocatício de sucumbência, depositorecursal prévio, realização de diligências, pericias, etc. no processo administrativo tributário, para que o acesso dos administrados não seja limitado. Na esfera federal, a Lei 9.784/1990 propõe a ³SURLELomR� GH� FREUDQoD� GH� GHVSHVDV� SURFHVVXDLV�� UHVVDOYDGDV� DV� SUHYLVWDV�HP�OHL�´ Nesse sentido, a Administração Pública não pode colocar obstáculos para o acesso do administrado ao processo administrativo tributário. 5.5 Questão conexa. Informalidade O último princípio que estudaremos, é o princípio da informalidade ou informalismo. Ele diz que, nos limites que a lei estabelece, não existe necessidade de alguns requisitos formais, sempre que a falta desses requistos não prejudique terceiros ou o interesse público. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Esse princípio deve ser atendido, também para observar o princípio da celeridade. Ou seja, se o interesse público foi alcançado, mesmo não atendendo alguns requisitos formais o direito não pode ser negado. No processo administrativo tributário, o principio da informalidade é discutível, pois ele não deveria ser admitido já que: 1) O ato administrativo deve seguir determinada forma definida para que seus atos sejam considerados validos 2) Em alguns momentos, atender o princípio da informalidade significaria prejudicar a aplicação dos princípios do devido processo legal e da segurança jurídica. (VVH� SULQFtSLR� SRGH� VHU� FODVVLILFDGR�� HQWmR�� FRPR� ³TXHVWmR� FRQH[D´��SRLV�GHYH�VHU�DSOLFDGR�FRQHFWDGR�D�RXWURV�SULQFtSLRV�� Apesar da informalidade não ser uma regra do processo administrativo, podemos observar alguns momentos em que ela está presente: a) Na entrega de Memoriais e/ou documentos no curso da realização da sustentação oral das razões recursais sem a necessidade formal de protocolização e respectiva juntada aos autos b) No requerimento de preferência para a realização do julgamento em sessão devidamente agendada para acompanhamento pessoal pela parte 6) �Ù� � � � �� � � � � �� � �� � � � ȋ�� ����� ? ? ?Ȁ ? ? ? ?Ȍ. Nas atribuições e responsabilidades do Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco iremos estudar o anexo I da Lei Complementar 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita n. 107/2008, que disciplina as carreiras integrantes do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco ± GOATE. Também falaremos um pouco dos incisos XVIII e XXII, do artigo 37, da Constituição Federal de 1988, que aduzem sobre a administração fazendária e seus servidores e sobre as administrações tributárias. Inicialmente, para situar você no estudo das atribuições e responsabilidades do auditor fiscal em Pernambuco, começaremos com a análise dos artigos 1º até o 9º, da Lei Complementar n. 107/2008. A LC 107/08 nada mais é do que a Lei Orgânica da Administração Tributária de Pernambuco, ou seja, é ela quem estrutura, organiza e disciplinar a Administração Tributária do Estado. Da leitura do art. 1º dessa LC, você percebe o seguinte: Administração Tributária de PE = estrutura orgânica + GOATE GOATE = Auditor Fiscal + Julgador Administrativo-Tributário Ou, ainda: GOATE = AFTE + JATTE Essas fórmulas existem porque a LC 107/2008 disciplinou a Administração Tributária de Pernambuco como uma estrutura orgânica própria, que se refere aos servidores de apoio, estagiários, material e espaço físico para que o órgão de administração tributária funcione. Além da estrutura orgânica própria, a Administração Tributária de Pernambuco é composta pelo Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco ± GOATE. Este 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Grupo, por sua vez, é formado pelas carreiras de Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - AFTE e de Julgador Administrativo-Tributário do Tesouro Estadual ± JATTE. Essa estrutura orgânica é necessária pois a Administração Tributária tem competências privativas, ou seja, funções que só ela pode desempenhar. E essas funções, vale ressaltar, são essenciais ao funcionamento do Estado. E por que essas funções são essenciais ao funcionamento do Estado, professor? Simplesmente porque são funções de arrecadação de recursos! E o Estado não consegue realizar nada sem recursos! Não consegue pagar seus servidores, não consegue construir escolas e hospitais, não consegue nem tapar os buracos das ruas! Leia com atenção as competências da Administração Tributária de Pernambuco: 1. desenvolver e executar a política tributária do Estado; 2. proceder à tributação, à arrecadação e à fiscalização dos tributos estaduais; 3. normatizar os procedimentos relativos ao processo de arrecadação tributária; 4. desenvolver e executar a política financeira do Estado, compreendendo a contabilidade pública e o endividamento; 5. normatizar os procedimentos relativos ao processo de elaboração da legislação relativa à programação e execução financeiras e à contabilidade pública; 6. julgar os processos administrativo-tributários; e 7. proceder à correição da Administração Tributária. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Perceba que todas as competências são relacionadas à arrecadação, à elaboração de normas voltadas para arrecadação, o desenvolvimento e a execução de políticas voltadas à arrecadação (inclusive financeira), bem como julgar processos administrativos- tributários e promover a correição (o controle interno) da Administração Tributária. Ainda na parte introdutória da LC 107/2008, verificamos alguns conceitos básicos para você já ir pegando o jeito de como funciona as carreiras do GOATE. A LC trouxe os conceitos de cargo público; classe; referência; série de classes; grupo ocupacional e, por último, carreira. Agora estudaremos o que venha ser cada um, separadamente. O cargo público consiste na unidade básica do quadro, quando você passarno concurso, você vai assumir um cargo público que foi instituído mediante lei. A partir do seu provimento, você terá as atribuições, garantias, prerrogativas, direitos, deveres específicos e vencimentos de sua posição na carreira. Obviamente, quem ocupa cargo público é remunerado pelo erário. A classe é a reunião de cargos de semelhantes atribuições, ou seja, a classe é uma subdivisão dentro dos cargos. Pro exemplo, o cargo de Auditor Fiscal é subdividido em várias classes (AFTE I e AFTE II). As classes são estruturadas de forma hierárquica, de modo que a classe inicial (classe I) subordina-se à classe final. As classes são subdivididas de acordo com as exigências de capacitação e especialização indispensáveis ao desempenho das atividades que lhe são afetas. Se o servidor que é promovido ascende à classe superior. A referência é a posição diferente da classe, ou seja, é uma subdivisão de uma classe. Por exemplo, a classe de AFTE I é composta das referências de 1 a 8 e a classe de AFTE II é composta das 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita referências de 9 a 16. O servidor vai progredindo dentro da classe em referências, cada uma com uma retribuição financeira específica. Os cargos de julgador administrativo-tributário são estruturados em classe única, compreendendo as referências 9 a 16. Quanto à série de classes, trata-se do conjunto de classes do mesmo gênero de atividades funcionais, colocadas em ordem hierárquica, conforme os quesitos de escolaridade, capacitação e especialização indispensáveis ao desempenho das atividades. O servidor vai progredindo dentro da série de classes quando ele galga promoções. O grupo ocupacional é o conjunto de cargos que faz parte da Administração Tributária. Por fim, a carreira é o agrupamento cargos, sejam estes estruturados em uma única classe (neste caso o servidor só progride nas referências) ou em série de classes (ele progride em referências e em classes), de espécie de trabalho semelhante, colocados em ordem crescente, de acordo com o grau de dificuldade, assim como a responsabilidade das atividades que lhe são peculiares. Interessante notar que a Administração Tributária deverá efetuar estudos a fim de verificar a viabilidade financeira e a conveniência administrativa de realização de concurso público sempre que houver vacância de, pelo menos, 20% (vinte por cento) dos cargos de cada carreira. Contudo, mesmo que haja vacância de 20%, só pode ser aberto concurso para AFTE (auditor fiscal) para preencher até 10% dos cargos integrantes da carreira. A diferença entre os cargos de AFTE e de JATTE não fica só nas atribuições e no fato da carreira de JATTE ser estruturada em uma única classe. O concurso para AFTE será de provas, com exigência de graduação superior (qualquer uma). O concurso para JATTE, por outro lado, será de provas e títulos, com exigência de graduação superior em Direito. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Aprovado no concurso, você passará pelo estágio probatório, no qual será promovida uma avaliação especial de desempenho, para aferir a sua aptidão para o exercício do cargo. No estágio probatório será exigido que você participe de cursos e treinamentos constantes do programa de capacitação da Administração Tributária. E a LC 107/2008, trata a lotação e do remanejamento da força de trabalho? Sim, meu caro, leia o art. 15 da LC: Art. 15. O exercício inicial do servidor nomeado para o cargo de AFTE ocorrerá de acordo com o critério interior-capital, respeitada a opção do servidor e a ordem de classificação no respectivo concurso e atendidos os demais critérios estabelecidos no edital. § 1º A movimentação subseqüente do AFTE ocorrerá por meio dos seguintes institutos, a serem disciplinados em decreto: I - remanejamento - processo de alocação que visa a atender às necessidades de pessoal no âmbito de toda a Secretaria da Fazenda, a ser efetuado, preferencialmente, no sentido interior- capital, observada a opção do servidor e a ordem de preferência, por classe; II - seleção - processo de alocação que visa a atender às necessidades de pessoal dos órgãos da Secretaria da Fazenda, considerando os requisitos previamente estabelecidos; III - rodízio - processo de alocação que proporciona a movimentação de servidores de um mesmo órgão fazendário; IV - permuta - processo de alocação, de interesse mútuo de servidores, precedido de autorização das chefias envolvidas e do Secretário ou dos Secretários Executivos da Fazenda; V - remoção - processo de alocação, de ofício, a ser utilizado, excepcionalmente, para atender aos interesses da Administração Tributária. § 2º O remanejamento de que trata o § 1º, inciso I, deste artigo poderá ser feito no sentido capital-interior, para cumprimento da distribuição do quantitativo de vagas por Região Fiscal. § 3º Na hipótese do inciso I do § 1º, a ordem de preferência entre os servidores para escolha das vagas existentes, por classe, dar-se-á com a observância, sucessivamente, dos 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita seguintes critérios: I - maior referência na classe; II - maior tempo de efetivo exercício na classe; III - maior tempo de efetivo exercício na carreira; IV - melhor classificação no concurso; V - maior idade; VI - maior prole. § 4° Ao titular de cargo do GOATE, quando eleito diretor ou delegado sindical, fica assegurado o exercício de suas funções em órgão fazendário localizado em local de trabalho compatível com o cargo para o qual tenha sido eleito, respeitada a opção do servidor. Antes de adentrarmos nas atribuições e responsabilidades do Auditor Fiscal, devemos apresentar a organização da Administração Tributária do Estado de Pernambuco. É com base nos princípios concretizados no Texto Constitucional e na Constituição do Estado de Pernambuco que a Administração Tributária é regida, principalmente quanto aos princípios da legalidade, supremacia do interesse público, impessoalidade, eficácia, eficiência, preservação de sigilo, moralidade, probidade, motivação, razoabilidade, publicidade, unidade e justiça fiscal. Vimos acima o rol de competência exclusiva da Administração Tributária de Pernambuco, agora saiba quais são os órgãos e servidores responsáveis pelo exercício dessa competência: x Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Administração direta); x Servidores do GOATE (Auditores Fiscais ± AFTE ±e Julgador Administrativo-Tributário ± JATTE) Como a competência primordial da Administração Tributária é a arrecadação e, nessa função alguns privilégios são garantidos pela Constituição (trataremos deles adiante), é proibida a celebração de convênios ou acordos que possam implicar: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 1. delegação, direta ou indireta, das atividades previstas na Lei Complementar 107/08 a outros órgãos ou entidades públicos ou privados, ou a servidor de outras carreiras; 2. quebra ou risco de quebra do sigilo de informações fiscais; 3. terceirização das atividades desenvolvidas pelas carreiras tratadas nesta Lei Complementar. Como se vê, na sistemática da LC 107/2008 não se pode delegar as atividades da Administração Tributária nem mesmo a outros órgãos públicos ou a servidores públicos que não pertença ao GOATE. Nesse sentido, vale ressaltar que os cargos comissionados e as funções gratificadas da Secretaria da Fazenda, pertinentes com as atividades de tributação, fiscalização, arrecadação e política financeira só podem ser exercidos pelos titulares de cargos do GOATE (ou pelos aposentados nesses cargos). Cabe a Administração Tributária a integração com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo admitido o compartilhamento legal de cadastro e de informações econômico- fiscais, observado o previsto na lei complementar ou convênio celebrado pelos Entes Federativos. Professor, você disse que a exclusividade do exercício dessas funções decorre de alguns privilégios que a Constituição dá, quais são esses privilégios. Aqui você deve ler os seguintes incisos do art. 37 com ATENÇÃO: XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. Perceba que os servidores fiscais têm precedência sobre os demais setores administrativos. Perceba também que as administrações tributárias terão recursos prioritários e atuarão de forma integrada entre União, Estados e Municípios, com compartilhamento de cadastros e de informações fiscais. Justamente em razão dessa integração, a LC 107/2008 assim prevê: Art. 6° A Administração Tributária atuará de forma integrada com a da União, do Distrito Federal, dos demais Estados e Municípios, sendo permitido o compartilhamento de cadastros e de informações econômico-fiscais, na forma estabelecida em lei complementar ou em acordo celebrado pelos entes federativos. E o que a LC 107/2008 fala da precedência da Administração Tributária e dos titulares de cargos do GOATE (auditor fiscal e julgador administrativo-tributário), professor? Quais são os privilégios daqueles que ocupam esses cargos? São elas: 1. preferência da prática de qualquer ato de sua competência, inclusive o exame de mercadorias, livros, documentos, quaisquer meios de transporte e outros efeitos fiscais, nos casos de ações conjuntas ou concomitantes entre agentes do poder público; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 2. prioridade da apuração e do lançamento dos créditos tributários, bem como da instrução de processo administrativo-tributário, relativamente a fatos, situações, documentos, papéis, livros e outros efeitos fiscais; 3. recebimento de informações de interesse fiscal oriundas de órgãos e entidades da Administração Pública, dos contribuintes e das instituições financeiras. Agora vamos entrar no ponto central e fulcral do estudo da Lei Complementar n. 107/2008: as atribuições e responsabilidades dos cargos do GOATE. Quanto às responsabilidades, você já verificou, no estudo da Lei n. 6.123/68, que trata dos servidores públicos civis em geral do Estado de Pernambuco, que o servidor público responde pelo exercício irregular de suas atribuições na esfera civil, penal e, também, administrativamente. A responsabilidade civil do servidor público é subjetiva, ou seja, depende da demonstração de dolo ou culpa e o servidor responde pelos danos que causa à Fazenda ou à terceiros. Se o Estado causa um dano ao cidadão, ele irá responder por esses danos independente de dolo ou culpa, por isso diz-se que a responsabilidade civil do Estado é objetiva (relação ESTADO ± dano ± CIDADÃO). No caso da Lei 6.123/68, a responsabilidade civil do agente público também é subjetiva (relação SERVIDOR ± dano ± ESTADO). Ao praticar crime ou contravenção o servidor responderá na esfera penal. Tendo em vista o princípio da independência as sanções penais, civis e administrativas, podem ser acumuladas. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 3RUpP� D� HVIHUD� SHQDO� WHP� XP� ³SHVR´� PDLRU� VREUH� DV� GHPDLV��XPD�GHFLVmR�SRGH�³DFDUUHWDU�R�UHFRQKHFLPHQWR�DXWRPiWLFR�GD� UHVSRQVDELOLGDGH� GR� VHUYLGRU� QDV� GHPDLV� HVIHUDV´�� FRQIRUme ensinam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Essa excepcional vinculação entre as instâncias penal, civil e administrativa ocorre quando a sentença penal reconhece a autoria e a materialidade do fato irregular. Se houver decisão judicial nesse sentido, a Administração estará vinculada às conclusões sobre a autoria e a materialidade definidas na Justiça. MUITA ATENÇÃO! Se o servidor, em processo judicial, for absolvido por falta de provas, essa decisão judicial não vinculará a decisão da esfera administrativa. Com relação à responsabilidade administrativa, lembre-se que o servidor responde administrativamente pelos ilícitos administrativos definidos na legislação estatutária e que apresentamos mesmos elementos básicos do ilícito civil. A Administração que irá apurar as irregularidades cometidas pelo servidor público, de acordo com os deveres impostos pelas normas que foram eventualmente descumpridos pelo servidor ou pela ocorrência de algum fato caracterizado como infração disciplinar pelo estatuto do servidor. Infração disciplinar é toda a ação ou omissão do funcionário que possa comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência dos serviços públicos ou causar prejuízo de qualquer natureza à Administração. Dentro do contexto da responsabilidade administrativa dos titulares dos cargos do GOATE, é imprescindível ter em mente que a violação de deveres estabelecidos na LC 107/2008 pode ensejar a aplicação de sanção disciplinar ao auditor fiscal ou ao julgador administrativo-tributário. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita E quais deveres são esses, professor? Na LC 107/2008, a lista de deveres é extensa, veja: Art. 20. São deveres dos titulares dos cargos do GOATE, dentre outros previstos em lei: I - zelar pela fiel execução dos trabalhos da Administração Tributária e pela correta aplicação da legislação; II - observar o sigilo funcional quanto aos procedimentos em que atuar; III - buscar o aprimoramento contínuo, visando, em especial, ao aperfeiçoamento de seus conhecimentos da legislação tributária, financeira e administrativa; IV - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo, observada a legislação pertinente; V - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VI - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal, nos termos da legislação pertinente; VII - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VIII - zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela chefia imediata e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando- se ao representado ampla defesa. Dentre os deveres expressos, chamo especial atenção para você do dever de observar o sigilo funcional quanto aos procedimentos que atuar (isso porque, a eficiência da atividade arrecadatória pode advir do fator surpresa imposto ao devedor contumaz, para que ele não tenha tempo de esconder os seus bens); o 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita dever de cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; o dever de levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades que tiver ciência em razão do cargo, bem como o dever de representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder e o dever de não chegar atrasado e não faltar ao trabalho. Além de discriminar os deveres, outro instrumento que a LC 107/2008 da para avaliar a responsabilidade administrativa do servidor são as vedações. Obviamente, se um servidor fizer o que a lei lhe veda ele certamente terá sua responsabilidade administrativa apurada e poderá sofrer sanções disciplinares. O rol das vedações é trazido no art. 21 da LC, leia-o com ATENÇÃO: Art. 21. Além de outras vedações previstas em lei, aos titulares de cargos do GOATE é vedado: I - referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho às autoridades ou atos da Administração Pública, podendo, porém, em trabalho assinado criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço; II - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da Secretaria da Fazenda; III - praticar usura em qualquer de suas formas; IV - cometer a pessoa estranha ao serviço, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados, bem como cometer a qualquer servidor atribuição não inerente ao cargo por ele ocupado; V - receber, direta ou indiretamente, remuneração de empresas que prestem serviços à Administração Pública; VI - coagir ou aliciar subordinados para filiarem-se a partido político, associação profissional ou sindical; VII - manter sob sua chefia imediata, em cargo comissionado ou função gratificada, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil, que não sejam titulares de cargos do GOATE; VIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiros; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita IX - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não, salvo a participação nos conselhos fiscal e de administração de empresas ou entidades em que o Estado detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, bem como exercer comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; X - atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos ou entidades da Administração Pública, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XI - receber vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições, bem como presentes em valor superior àquele estabelecido em ato normativo específico; XII - utilizar, em atividades particulares, recursos humanos ou materiais alocados na Secretaria da Fazenda; XIII - desempenhar quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo ou da função que ocupa e com o respectivo horário de trabalho; XIV - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Nesse rol de vedações, você deve ter especial atenção, enquanto no exercício de cargo de auditor fiscal ou julgador, para não ser grosso em manifestações oficiais (isso não quer dizer que você não possa manifestar sua opinião técnica em contrário). Nunca transfira o seu trabalho a pessoa estranha ao serviço (estagiários, assessores privados etc) nem utilize pessoal e material da Administração para atividades particulares (não imprima aulasdo Estratégia na repartição!). Nunca coaja colega de trabalho para que ele se filie partido, sindicato ou associação, não atue como procurador ou intermediário e nunca receba qualquer valor ou remuneração indireta de empresas contratadas pela Administração. Análoga à esta última vedação, existe a vedação genérica de não se valer do cargo para proveito pessoal ou de terceiros bem como a de não receber vantagem de qualquer espécie em razão das atribuições. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A lei coíbe também o nepotismo ao vedar que você mantenha sob sua chefia imediata, em cargo em comissão ou função gratificada, um parente até 2º grau ou cônjuge que não seja dos quadros do GOATE. Lembre-se de que, quando você ocupar o cargo de auditor fiscal ou de julgador, você será servidor público. Por isso, a LC 107/08 veda que você participe de gerência ou administração de propriedade privada (salvo a participação em conselhos fiscais e de administração de empresa estatal). Veda também que você desempenhe qualquer atividade incompatível com o exercício do cargo e com o respectivo horário de trabalho. Isso não quer dizer que é vedado a você ser sócio de empresa, o que não pode é você ser gerente ou administrador de empresa ou ficar o dia todo na empresa e se esquecer do horário de trabalho. A LC 107/2008 houve por bem destacar duas vedações nos arts. 22 e 23. A primeira delas existe para evitar o conflito de interesses entre as atividades públicas e entidades privadas. Nesse sentido, a lei veda que o auditor fiscal ou o julgador preste assessoria ou consultoria, inclusive jurídica, em matéria tributária, contábil ou financeira, exceto quando previsto na síntese de atribuições do seu cargo (você não vai poder ser parecerista de empresa privada, por exemplo). ATENÇÃO!!! Essa proibição ocorre ainda que você esteja afastado ou licenciado de suas funções! ATENÇÃO REDOBRADA!!! Quando você se aposentar você vai poder ser consultor ou parecerista de empresa privada. Por fim, uma vedação voltada aos seus futuros chefes: eles não podem ceder os titulares de cargos do GOATE, salvo nas hipóteses constantes em lei específica, observados os critérios e as condições previstos em decreto e desde que respeitado o limite máximo 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita de 5% (cinco por cento) do quantitativo dos cargos de que trata a Lei Complementar 107/2008. Mencionadas as responsabilidades, deveres e vedações, vamos falar agora das atribuições dos cargos do GOATE, previstas no Anexo I da LC n. 107/08. Em primeiro lugar, conforme você já sabe, as competências relacionadas à área arrecadatória do Estado são privativas dos cargos do GOATE. Por isso, a LC 107/2008 prevê que é nulo de pleno direito todo e qualquer ato constante do rol das atribuições do GOATE que sejam praticados por pessoa que não seja auditor fiscal ou julgador administrativo-tributário (AFTE e JATTE). Estudaremos a seguir os itens 1 (AFTER I ± auditor fiscal classe I ± que é a classe inferior) e 2 (AFTER II ± auditor fiscal classe II ± que é a classe superior) do Anexo I. Segue! Preste bem atenção nas atribuições do auditor fiscal de classe I, pois é isso que você vai fazer quando for aprovado no concurso, tomar posse e entrar em exercício! 1. São atribuições aos cargos de Auditor Fiscal do Tesouro Estadual -AFTE I: x coordenar e executar as atividades de fiscalização de mercadorias em trânsito (certamente para cobrar ICMS); x executar e lavrar os procedimentos necessários ao lançamento do crédito tributário, no âmbito da respectiva competência (atribuição diretamente ligada ao art. 142 do CTN); x executar as atividades de fiscalização de estabelecimentos enquadrados como microempresa e empresa de pequeno porte, nos termos da legislação pertinente; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita x executar atividades de acompanhamento e de controle cadastral e demais obrigações tributárias dos contribuintes, independente do porte do estabelecimento (lembre-se das obrigações tributárias assessórias que também devem ser fiscalizadas); x realizar levantamento de estoque de mercadorias e exame da documentação que as acoberte, inclusive apondo visto em talonários fiscais (prática que visa coibir a sonegação fiscal); x examinar mercadorias em veículos que estejam estacionados em estabelecimentos de contribuinte (aqui você evita o estoque fantasma); x exercer atividades de administração e controle de equipamentos utilizados pelo contribuinte, bem como de documentação fiscal e de documentos de informações econômico-fiscais, inclusive procedendo à respectiva emissão ou visto, quando for o caso; x controlar os débitos fiscais, procedendo à sua cobrança ou à suspensão da sua exigibilidade, quando for o caso (competência diretamente relacionada à cobrança); x orientar o contribuinte quanto ao cumprimento das obrigações tributárias (dever do agente público de informar ao cidadão); x exercer atividades de execução, controle, fiscalização e arrecadação relativas ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de quaisquer bens ou direitos ± ICD (atribuição decorrente da competência constitucional conferida aos Estados em matéria tributária); x executar as atividades de: a) administração financeira dos recursos do Tesouro Estadual (atribuição relacionada ao direito financeiro: controle de receitas e despesas); b) elaboração e monitoramento da programação financeira dos recursos do Tesouro Estadual; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita c) controle contábil do Poder Executivo Estadual; d) acompanhamento e consolidação das gestões orçamentária, financeira e patrimonial dos Poderes de Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado e demais órgãos autônomos; e) registro e controle da dívida pública, de convênios, de acordos e de outros instrumentos que possam vir a criar obrigações financeiraspara o Estado; f) elaboração do Balanço Geral do Estado, dos relatórios de gestão fiscal e demais demonstrativos exigidos pela legislação pertinente; As atribuições descritas nestas alíneas parecem ser do administrador público, eleito para gerir os gastos públicos, mas é você quem vai exercê-la quando passar no concurso, pois todas elas referem-VH� j� ³H[HFXomR´� ILQDQFHLUD� H� orçamentária. x orientar os órgãos e as entidades da Administração Pública Estadual quanto ao cumprimento da legislação financeira (atribuição de orientação e consultoria); x executar atividades relacionadas à administração da Secretaria da Fazenda - SEFAZ, especialmente quanto à gestão de pessoas e à tecnologia da informação e da comunicação (é você quem vai auxiliar na gestão de pessoal e material da SEFAZ, ou seja, você vai auxiliar na gestão interna da Secretaria!); x executar projetos visando ao aperfeiçoamento da Administração Tributária (você não vai ser um rábula que se limitará a preencher autos de infração, você tem a atribuição de executar projetos para melhorar a Administração Tributária); x executar outras atividades correlatas que forem determinadas pela autoridade fazendária competente, bem como atividades 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita relacionadas à fiscalização de outros tributos que lhe sejam delegados pelo ente tributante (atribuição residual). Houve alteração em dois dispositivos da LC 107/2008, pela Lei Complementar 131 de 2008. Anteriormente, as atribuições do AFTE incluíam executar as atividades de registro e controle contábeis do Poder Executivo Estadual, agora a atribuição é apenas de executar atividades de controle contábeis. Além disso, o AFTE deveria realizar o registro e consolidação das gestões orçamentárias, financeira e patrimonial dos Poderes, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado, e demais órgãos autônomos, agora ele deve fazer o acompanhamento e não o registo. Agora vamos falar dos auditores fiscais mais graduados, os da classe II. 2. São atribuições aos cargos de Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - AFTE II: x executar ações fiscais em estabelecimentos, verificando o cumprimento das obrigações tributárias (lembre-se que a competência do AFTE I limita-se aos estabelecimentos de microempresa e empresa de pequeno porte, bem como de atividades de acompanhamento e controle cadastral, independentemente do porte do estabelecimento, bem como examinar mercadorias em veículos estacionados no estabelecimento); x orientar e coordenar atividades de fiscalização de mercadorias em trânsito (os AFTE I coordenam e executam as atividades de ILVFDOL]DomR�GH�PHUFDGRULDV�HP�WUkQVLWR��PDV�QmR�DV�³RULHQWD´�� x executar atividades de acompanhamento e de controle cadastral e demais obrigações tributárias dos contribuintes, independente do porte do estabelecimento (a mesma atribuição dos AFTE I); 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita x executar e lavrar os procedimentos necessários ao lançamento do crédito tributário (nas atribuições do AFTE I, consta essa DWULEXLomR��PDV�³QR�kPELWR�GD�UHVSHFWLYD�FRPSHWrQFLD´�� x orientar o contribuinte quanto ao cumprimento das obrigações tributárias (atribuição repetida dos AFTE I); x coordenar e executar as atividades de (nas atribuições do AFTE I QmR�Ki�D�GH�³FRRUGHQDU´�Vy�D�DWULEXLomR�GH�³H[HFXWDU´��� a) gestão financeira dos recursos do Tesouro Estadual (o AFTE I executa a administração financeira dos recursos); b) planejamento e monitoramento da programação financeira dos recursos do Tesouro Estadual (o AFTE I não planeja, ele apenas elabora e monitora a programação financeira); c) análise contábil do Poder Executivo Estadual (o AFTE I não coordena a análise contábil, ele executa o controle contábil); c) supervisão e análise dos registros contábeis consolidados, executados no âmbito dos Poderes de Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado e demais órgãos autônomos; (não há competência análoga para os AFTE I de atuar nos registros contábeis consolidados) d) elaboração do Balanço Geral do Estado, dos relatórios de gestão fiscal e demais demonstrativos exigidos pela legislação pertinente (competência igual para o AFTE I, VDOYR� TXDQWR� j� IXQomR� GH� ³FRRUGHQDU´� TXH� HOH� QmR� WHP�� PDV�VLP�GH�³H[HFXWDU´�� e) gestão da dívida pública, de convênios, de acordos e de outros instrumentos que possam vir a criar obrigações financeiras para o Estado, bem como para entidades dependentes do Tesouro Estadual (o AFTE I não geri a 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 18 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 57 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita GtYLGD� S~EOLFD�� HOH� Vy� SURPRYH� R� VHX� ³UHJLVWUR´� H� ³FRQWUROH´�� f) registro, análise e consolidação das gestões orçamentária, financeira e patrimonial dos Poderes, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado, e demais órgãos autônomos (o AFTE I só faz o ³DFRPSDQKDPHQWR´�H�D�´FRQVROLGDomR´�GHVVDV�JHVW}HV�� x monitorar e avaliar o cumprimento das metas do programa de ajuste fiscal do Estado e elaborar proposta de ajustes (não há atribuição análoga para o AFTE I); x orientar os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual quanto ao cumprimento da legislação financeira (atribuição idêntica a dos AFTE I); x executar atividades relacionadas à administração da SEFAZ, especialmente quanto à gestão de pessoas e à tecnologia da informação e da comunicação (atribuição idêntica a dos AFTE I); x executar projetos visando ao aperfeiçoamento da Administração Tributária (atribuição idêntica a dos AFTE I); e x executar outras atividades correlatas que forem determinadas pela autoridade fazendária competente, bem como atividades relacionadas à fiscalização de outros tributos que lhe sejam delegados pelo ente tributante (atribuição idêntica a dos AFTE I). Como você pode perceber do rol das atribuições dos AFTE I e AFTE II, os primeiros têm uma função mais preponderantemente de execução de atividades. Os últimos têm muitas funções gerenciais, de planejamento e de coordenação. Outra diferença fundamental é que os AFTE I fiscalizam as mircroempresas e empresas de pequeno porte e os AFTE II têm competência de fiscalizar os estabelecimentos em geral. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e exercícios comentados
Compartilhar