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SEFAZ PE XEST administrativo daniel Aula 18 Licitações

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Aula 18
Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE
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Direito Administrativo p/ SEFAZ-PE. Teoria e 
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AULA 18 Licitações. 
 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA 18 2 
2) PRINCÍPIOS BÁSICOS DA DEFESA ADMINISTRATIVA DO CONTRIBUINTE. 2 
2.1. NOÇÕES DE PRINCÍPIO 2 
3) PRINCÍPIO DE NATUREZA CONSTITUCIONAL 3 
3.1 LEGALIDADE 4 
3.2 CONTRADITÓRIO 5 
3.3 AMPLA DEFESA 5 
3.4 DEVIDO PROCESSO LEGAL 6 
3.5 DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 6 
3.6 SEGURANÇA JURÍDICA 7 
4) PRINCÍPIOS GERAIS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA 7 
4.1 LEGALIDADE 7 
4.2 MORALIDADE 9 
4.3 IMPESSOALIDADE 10 
4.4 PUBLICIDADE 10 
4.5 EFICIÊNCIA 10 
4.6 INTERESSE PÚBLICO 11 
4.7 PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE 11 
4.8 QUESTÃO CONEXA. PRATICABILIDADE 12 
5) PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DE NATUREZA PROCESSUAL ADMINISTRATIVA 13 
5.1 MOTIVAÇÃO 14 
5.2 VERDADE MATERIAL E VALORAÇÃO DAS PROVAS 16 
5.3 CELERIDADE 16 
5.4 GRATUIDADE 17 
5.5 QUESTÃO CONEXA. INFORMALIDADE 17 
6) ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL DO 
ESTADO DE PERNAMBUCO (LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL NO 107/2008). 18 
7) RESUMO 40 
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8) REFERÊNCIAS 56 
 
 
1) �–”‘†—­ ‘��ƒ—Žƒ� ? ? 
 
Que bom que você está conosco hoje para mais uma aula de 
Direito Administrativo do curso preparatório para SEFAZ-PE. 
Nesta aula 18, abordaremos a matéria ³16. Princípios básicos da 
defesa administrativa do contribuinte. 19. Órgãos fiscalizadores das 
contas públicas. 20. Atribuições e responsabilidades do Auditor Fiscal da 
Receita Estadual do Estado de Pernambuco (Lei Complementar Estadual 
no 107/2008).´� 
 
Com certeza haverá uma ou duas questões desta aula na sua 
prova, por isso, ABRA O OLHO!!! 
Não se esqueça de que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
2) �”‹…À’‹‘•� „ž•‹…‘•� †ƒ� †‡ˆ‡•ƒ� ƒ†‹‹•–”ƒ–‹˜ƒ� †‘�
…‘–”‹„—‹–‡Ǥ 
 
2.1. Noções de Princípio 
 
 Iniciaremos o estudo, abordando as noções de 
princípios, para logo em seguida tratarmos dos princípios de forma mais 
específica. 
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 O nosso sistema jurídico é hierarquicamente dividido 
quando se tratam de normas. Isso significa que normas jurídicas 
inferiores são validadas por normas jurídicas superiores, e por fim pela 
Constituição Federal. Nosso ordenamento, portanto, baseia sua coesão 
e unidade na relação de interdependência das normas. 
 É importante lembrar, porém, que o sistema jurídico 
não se constitui apenas de normas, mas também de preceitos, 
comandos, e princípios manifestados pelos Poderes Públicos. 
 Os princípios são o núcleo, a base fundamental que 
influencia todo sistema jurídico e serve de parâmetro essencial para a 
perfeita compreensão das normas, conferindo lógica, racionalidade e 
coesão a esse sistema. Por esse motivo, violar um princípio é mais 
grave que desobedecer a uma norma, porque vai contra não apenas a 
um enunciado específico, mas a todo ordenamento. 
 Por isso, quando há uma divergência entre regras, o 
legislador busca fazer uma interpretação em que os princípios são 
interpretados para manter a coesão e harmonia da estrutura jurídica, 
bem como o sentimento de segurança do sistema jurídico. 
 Adiante estudaremos os princípios de natureza 
constitucional, princípios gerais de natureza administrativa, bem como 
os princípios de natureza processual administrativa. 
 
3) �”‹…À’‹‘�†‡��ƒ–—”‡œƒ��‘•–‹–—…‹‘ƒŽ 
 
 A Constituição Federal apresenta vários princípios em 
seu texto que devem ser observados em todas as relações jurídicas. Os 
princípios a serem estudados, são os princípios que baseiam as relações 
jurídicas de natureza processual entre a Administração Pública e os 
contribuintes, com relação à matéria tributária. 
 
 
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3.1 Legalidade 
 
 O princípio da Legalidade é, com certeza, uma das 
garantias mais importantes do sistema jurídico, pois ele assegura que 
apenas por meio de normas jurídicas expedidas pelo Poder legislativo é 
possível a modificação ou a extinção de direitos e deveres. 
 Essa ideia é expressa na Constituição, no art. 5º, 
inciso II, quH�SUHFRQL]D�TXH�³QLQJXpP�VHUi�REULJDGR�D� ID]HU�RX�GHL[DU�
GH�ID]HU�DOJXPD�FRLVD�VHQmR�HP�YLUWXGH�GD�OHL´� 
 No sistema constitucional tributário, o art. 150 em 
VHXV�LQFLVRV�,�H�,,,��DOtQHDV�³D´�H�³E´�H�SDUiJUDIR��ž�GD�&)��PRVWUDP� 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nesse sentido, podemos perceber que para um tributo 
ser instituído, majorado e extinto, além das hipóteses de subsídio, 
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, entre outros, é 
necessária previsão legal. 
 Mas atenção! Existe uma exceção no art. 62 da 
ConstiWXLomR�TXH�GLVS}HV�TXH�³DUW�����(P�FDVR�GH�UHOHYkQFLD�H�XUJrQFLD��
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei 
que os houver instituído ou aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; 
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de 
crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou 
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, 
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima 
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do 
disposto no art. 155, § 2.º, XII, g 
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o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força 
de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
 Em matéria tributária, a competência para edição de 
normas jurídicas é apenas do Poder Legislativo, afastando do Poder 
Executivo esse poder, podendo ser declarada ilegalidade caso o Poder 
Executivo se proponha a legislar sobre o assunto. 
 
3.2 Contraditório 
 
 O princípio do contraditório está expresso no art. 5º, 
LQFLVR�/9��GD�&RQVWLWXLomR�TXH�GL]��³DRV�OLWLJDQWHV��HP�SURFHVVR�MXGLFLDO�
ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
FRQWUDGLWyULR�H�DPSOD�GHIHVD��FRP�RV�PHLRV�H�UHFXUVRV�D�HOD�LQHUHQWHV�´. 
 O princípio do contraditório está diretamente ligado 
aos princípios da isonomia e da ampla defesa. Na esfera do processo 
administrativo tributário, esse princípio obriga que seja assegurada às 
partes (fisco e contribuinte) o direito de defesa, sendo ainda garantido o 
direito de que as partes tenham conhecimento dos argumentos e provas 
apresentados pela parte contrária. 
 O julgador tributário deve intimar ou notificar a parte 
contrária quando a parte argumentar ou apresentar uma prova nos 
autos. 
 
3.3 Ampla Defesa 
 
 Diretamente ligado ao princípio do Contraditório, o 
princípio da ampla defesa visa garantir o direito de defesa de forma 
incondicional e sem restrições. 
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 A Ampla Defesa está prevista no art. 5º, inciso LV, da 
Constituição Federal, e decorre do princípio do devido processo legal 
que diz que as partes devem litigar de forma justa. 
 O contribuinte, a que for imputado acusação 
fazendária, deve possuir meios e recursos para exercer sua defesa de 
forma ampla e todos os elementos do processo devem ser passíveis do 
exercício da defesa. 
 
3.4 Devido Processo Legal 
 
 O Princípio do Devido Processo Legal estabelece que 
seja necessária a observância dos princípios e regras do processo para 
que seu cumprimento ocorra de forma válida. 
 No art. 5º, inciso LIV, podemos perceber o princípio do 
devido processo legal no campo do processo administrativo tributário ao 
PRVWUDU�TXH�³QLQJXpP�VHUi�SULYDGR�GD�OLEHUGDGH�RX�GH�VHXV�EHQV�VHP�R�
GHYLGR�SURFHVVR�OHJDO´� 
 O processo deve, então, ocorrer de forma legal e 
seguindo o ordenamento jurídico, assegurando ao contribuinte o 
exercício do direito de defesa, obedecendo todos os princípios 
constitucionais. 
 
3.5 Duplo Grau de Jurisdição 
 
 O Duplo Grau de Jurisdição demonstra que é garantida 
às partes que as decisões proferidas no processo possam ser 
examinadas por julgadores distintos, em estância superior. 
 Esse princípio, combinado aos outros princípios 
constitucionais assegura várias etapas processuais aos litigantes. 
 
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3.6 Segurança Jurídica 
 
 Na Constituição Federal estão expressos vários 
princípios que norteiam as relações jurídicas, entre eles, o princípio da 
legalidade, direito adquirido, contraditório, ampla defesa, etc. que 
visam aos contribuintes e a sociedade uma certeza e segurança jurídica. 
 Os princípios buscam estabelecer limites ao Estado 
impedindo que as pessoas políticas que o representam (federal, 
estadual, distrital e municipal) desobedeçam as normas que mantém a 
segurança jurídica dos administrados. 
 Na esfera tributária, a segurança jurídica propõe que 
os contribuintes tenham condições de conhecer e prever suas 
obrigações tributárias. Da publicidade das normas, dos efeitos dessas 
normas e da confiança do contribuinte que decorre esse princípio. 
 
4) �”‹…À’‹‘•�
‡”ƒ‹•�†‡��ƒ–—”‡œƒ��†‹‹•–”ƒ–‹˜ƒ 
 
 Agora que já vimos os Princípios de natureza Constitucional, 
veremos os princípios gerais da natureza administrativa. Esses 
princípios baseiam as atividades da Administração Pública e constroem 
o regime jurídico administrativo. 
 
4.1 Legalidade 
 
 A Administração Pública deve seguir o princípio da 
legalidade para exercer suas atividades. Nesse sentido, a administração 
deve ter seus atos baseados naquilo que a lei permite, não sendo 
possível uma extrapolação por parte do poder público. 
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 O princípio da legalidade, portanto, significa que a 
Administração Pública deve estar sempre subordinada às leis, fazendo 
apenas o que a lei mandar e não fazendo aquilo que nela estiver 
proibido. 
 
4.2 Impessoalidade 
 
Segundo o princípio da impessoalidade a Administração não 
pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar 
alguém, nem a atender o interesse do próprio agente, o agir deve ser 
impessoal, pois os agentes públicos devem visar, tão somente, o 
interesse público. 
Por isso que se diz que o princípio da impessoalidade se 
confunde com o da finalidade, pois ato administrativo que não visa o 
interesse público viola tanto o princípio da impessoalidade como o da 
finalidade. 
Entretanto, outro aspecto do princípio da impessoalidade é 
exclusivo e inconfundível: esse princípio também informa que os atos 
realizados no âmbito da Administração não são praticados por Fulano, 
Beltrano ou Cicrano, mas pelo órgão ao qual o agente se vincula. 
As regras constitucionais que impõem a realização do concurso 
público para provimento de cargos na Administração Pública (art. 37, 
II) e a que determina que as contratações devem ser precedidas de 
licitação (art. 37, XXI) decorrem do princípio da impessoalidade. 
Em atenção ao princípio da impessoalidade, deve ser 
rechaçada toda forma de utilização de publicidade institucional para 
promoção pessoal de políticos. 
 
 
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4.3 Moralidade 
 
O princípio da moralidade pressupõe que a Administração 
Pública e as atividades exercidas pelos seus agentes devem ter um 
caráter ético, para que o ato seja válido. Por isso, o ato que se oponha 
à moral administrativa estarásujeito à avaliação de sua legitimidade 
podendo ser considerado nulo ou anulável. 
 A moralidade administrativa está relacionada às ideias 
de probidade e á boa-fé. Portanto, a moralidade, a legalidade, a 
finalidade e a adequação aos demais princípios são pressupostos de 
validade para a atividade pública. 
 Nesse sentido, o STF apreciou a ação direta de 
inconstitucionalidade n. 2662, interposta pelo Partido Socialista 
Brasileiro (PSB) em face da Governadora do Estado do Maranhão e da 
Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e demonstrou que a 
atividade do Estado deve estar subordinada à preceitos ético-jurídicos 
que representam o principio da moralidade administrativa. 
 Para o processo administrativo tributário, alguns 
exemplos podem ser configurados como desrespeito ao principio da 
moralidade, como: 
 Conversão de julgamento em diligências desnecessárias em razão 
de elementos já contidos nos autos 
 Pedidos de vista protelatórios 
 Autuação fiscal em desconformidade com entendimento jurídico 
dos Tribunais Superiores 
 E, por fim, não admitir o seguimento de peças recursais sem a 
inerente motivação, entre outros. 
 
 
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4.4 Impessoalidade 
 
 Baseado no princípio da isonomia, existe o principio da 
impessoalidade que pressupõe que o agente não pode praticar um ato 
administrativo para atingir um objetivo próprio, pois isso é vedado por 
lei. 
A impessoalidade tem por objetivo extinguir a 
perseguição, o favorecimento, as discriminações benéficas ou 
prejudiciais aos administrados, para que os atos seguindo o interesse 
público. Sendo assim, poderá ser considerado nulo ou anulável quando 
esse princípio não for seguido. 
 Na esfera do processo administrativo tributário, esse 
princípio é visto nos casos em que os julgadores expressam declaração 
de impedimento quanto à função de julgamento, por exemplo. 
 
4.5 Publicidade 
 
 Não menos importante, o princípio da publicidade, 
pressupõe a publicação dos atos da Administração Pública por órgão 
oficial (Imprensa Oficial), pois enquanto o ato não é publicado, ele não 
produz efeitos jurídicos e também pressupõe a transparência das 
atividades administrativas. 
 
4.6 Eficiência 
 
 A eficiência está relacionada com os resultados que a 
Administração Pública obtém, ou seja, é necessário que os resultados 
dos atos administrativos sejam satisfatórios e eficientes. 
 Nesse sentido, podemos exemplificar na esfera da 
Administração Tributária Federal, por meio do art. 24 da Lei n. 
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11.457/2007 que dispõe sobre a obrigatoriedade da decisão 
administrativa no prazo máximo de 360 dias a contar da data do 
protocolo de petições, defesas ou recursos administrativos do 
contribuinte e também por meio do art. 49 da Lei 9.784/1999 que 
estabelece que após a conclusão da instrução dos autos, a 
Administração tem o prazo de até 30 dias para decidir, salvo se houver 
prorrogação por igual período expressamente motivada. 
 
4.7 Interesse Público 
 
 Em uma relação entre os particulares a Administração 
Pública, o interesse público prevalece, porque o interesse coletivo deve 
ser prestigiado em detrimento do interesse particular. 
 Relações processuais entre Fisco e contribuinte não 
suportam confusão entre o interesse público e o interesse da 
Administração Pública, ou seja, não são permitidos interesses pessoais, 
arbitrários e confiscatórios, na prática de atos administrativos, que 
venham fazer exigências indevidas ou injustas ao contribuinte. 
 
 
 
4.8 Proporcionalidade e Razoabilidade 
 
 Agora falaremos do princípio da razoabilidade e da 
proporcionalidade. O princípio da razoabilidade busca averiguar se os 
meios utilizados e as finalidades são adequados ao ato administrativo, 
para evitar problemas de decisões concedidas aos administrados, 
inadequadas, desnecessárias, arbitrárias ou abusivas. 
 Já o princípio da proporcionalidade é uma ideia que 
está dentro da ideia de razoabilidade, pois para que haja razoabilidade 
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é necessário haver proporcionalidade nos meios utilizados pela 
Administração Pública. 
 Esses princípios são importantes para que o princípio 
da legitimidade seja exercido. O ato administrativo, segundo esses 
princípios, precisa ser adequado, necessário e justificado pelo interesse 
público. 
 Podemos perceber a existência desses princípios na 
Administração Pública, observando o que o inciso VI, do parágrafo 
único, do art. 2º na Lei n. 9.784/1999 sobre o processo administrativo 
no âmbito da Administração Pública Federal que diz que é necessária a 
³DGHTXDomR� HQWUH� PHLRV� H� ILQV�� YHGDGD� D� LPSRVLomR� GH� REULJDo}HV��
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente 
QHFHVViULDV�DR�DWHQGLPHQWR�GR�LQWHUHVVH�S~EOLFR�´. 
 
4.9 Questão conexa. Praticabilidade 
 
 O princípio da praticabilidade está sendo discutido por 
uma corrente doutrinária moderna, que defende sua existência como 
uma norma constitucional implícita, que visa tornar o ordenamento 
jurídico mais eficaz e rápido, mas seguindo os padrões legais e 
constitucionais. 
 Esse princípio, segundo alguns autores, é justificado 
quando se analisa todo o sistema jurídico. 
 Por outro lado, parte da doutrina não considera a 
praticabilidade como um princípio, pois acredita que é só um 
desdobramento da operacionalidade e aplicação das normas jurídicas. 
6HQGR� DVVLP�� p� FRQVLGHUDGR�� SDUD� HVVHV� GRXWULQDGRUHV�� ³TXHVWmR�
FRQH[D´��SRLV�Vy�H[LVWH�VH�DQDOLVDGD�MXQWR�D�RXWURV�SULQFtSLRV�� 
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 Apesar disso, a Administração pública deve 
estabelecer algumas medidas, no âmbito do processo administrativo 
tributário, baseada nessa questão. E são eles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) �”‹…À’‹‘•� �•’‡…Àˆ‹…‘•� †‡� �ƒ–—”‡œƒ� �”‘…‡••—ƒŽ�
�†‹‹•–”ƒ–‹˜ƒ 
 
 Agora que já tratamos dos princípios de natureza 
constitucional e administrativa,vamos estudar os princípios de 
aplicação complementar e cumulativa do processo administrativo 
tributário. 
 Veja logo abaixo, alguns exemplos de Leis que 
trataram dos princípios a serem seguidos no processo administrativo 
tributário: 
 A Lei 9.784/1999 regula o processo administrativo da 
Administração Pública em seu artº 2º diz que os princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidalidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse 
público e eficiência devem ser seguidos. 
 
 
x A elaboração de pautas de julgamento com 
assuntos similares 
 
x O julgamento de processos em retorno de pedido 
de vista anteriormente è discussão e julgamento de 
novos processos 
 
x O julgamento de operações fiscais que 
compreendam todas as decorrentes exigências fiscais 
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 Já no Estado de São Paulo, podemos observar que a 
Lei 13.457/2009 diz que o processo admnistrativo tributário precisa ter 
validade, mas também precisa seguir alguns príncipios, como o da 
publicidade, economia, motivação, celeridade, contraditório e ampla 
defesa. 
 Há ainda, no munícipio de São Paulo a Lei 
14.141/2006 que estipula os príncipios do interesse público, 
economicidade, eficiência, legalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade para ser 
atendidos pela Administração Pública. 
 Por fim, há o Código de Direito, Garantias e 
Obrigações dos Contribuintes que foi criado pela Lei Complementar n. 
939 e que diz que é necessário seguir os príncipios do contraditório, 
ampla defesa e duplicidade de instância. 
 ATENÇÃO, as esferas federal, estadual e municipal 
atendem aos príncipios constitucionais e administrativos, mas apenas o 
príncipio da motivação está nas descrito nas leis das três esferas. 
 E não esqueça daqueles príncipios específicos do 
processo administrativo que NÃO estão nessas legislações, mas que 
devem ser observados nessas esferas, como: príncipio da verdade 
material, celeridade, gratuidade e informalidade. 
 
 
5.1 Motivação 
 
 Sobre a motivação é preciso saber que ela não é um 
principio exclusivo do procedimento administrativo tributário, mas de 
toda a Administração e, por isso, tanto a legislação federal, como a 
estadual e municipal consideram-na como de importante relevância e 
aplicabilidade. 
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 No processo administrativo tributário, esse princípio 
serve para obrigar que os atos dos agentes da Administração Pública só 
produzam efeitos jurídicos se estiverem fundamentados, de maneira 
detalhada, em fundamentos e razões jurídicas. 
 Ou seja, o princípio da motivação está ligado à 
justificativa dos atos administrativos. 
 Os atos administrativos devem ser motivados, pois o 
administrado deve poder agir de acordo com o ato, ou ainda confrontá-
lo se for necessário. Caso a motivação não exista, é possível que os 
atos sejam nulos ou anulados. 
 
 Vamos conhecer a justificativa para o princípio da 
motivação ser observado no processo administrativo tributário? 
 Quando o julgador motiva a decisão, ele mostra que conhece o 
processo, mostrando também que a decisão abordou todas as 
questões do processo. 
 A motivação assegura o princípio da publicidade, já que os atos 
do processo podem ser fiscalizados pelos administrados. 
 E, por fim, para que seja assegurada a interposição de recursos. 
 
 
Apesar do princípio da motivação garantir segurança 
jurídica às partes, o STJ proferiu uma decisão contrária a ele que diz 
TXH�� ³R� yUJmR� MXGLFLDO�� SDUD� H[SUHVVDU� D� VXD� FRQYLFomR�� QmR� SUHFLVD�
aduzir comentários sobre todos os argumentos levantados pelas partes. 
Sua fundamentação pode ser suscinta, pronunciando-se acerca do 
motivo que, por si só, achou suficiente para composição do litígio. 
O julgador tributário, no entanto, ao fazer sua 
fundamentação de forma simples, sem entrar no mérito de todos os 
assuntos abordados não apenas contraria o princípio da motivação 
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como os princípios do contraditório e da ampla defesa, limitando ainda 
o direito ao devido processo legal. 
 
5.2 Verdade Material e Valoração das Provas 
 
 Vamos estudar agora, um dos princípios mais 
importantes do processo administrativo tributário. 
 Esse princípio diz que é importante a busca da 
verdade material por meio da valoração das provas do processo, pois as 
provas (documentos fiscais, contábeis, contratuais, comerciais, laudos, 
periciais, diligências, pareceres, opiniões legais, entre outros) e os 
argumentos de mérito dão os argumentos para que o julgador possa 
solucionar o litígio. 
 O processo administrativo tributário visa à verdade 
material de forma que o processo possibilite a comprovação da real 
existência de um fato tributário. 
 Portanto, a Administração Pública nas esferas federal, 
estadual, distrital e municipal, deve levar em consideração e analisar 
todas as provas do processo e inclusive determinar a produção de 
novas provas, se necessário. 
 
 
 
5.3 Celeridade 
 
 O princípio que vamos estudar agora, se conecta ao 
princípio da eficiência administrativa. Por isso, o processo 
administrativo tributário está submetido ao princípio da eficiência, 
enquanto a celeridade está apenas na esfera do Estado de São 
Paulo. 
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 Esse princípio se baseia na ideia de que as discussões 
tributárias, na esfera do processo administrativo devem ser 
solucionadas de forma rápida e eficaz. 
 É claro que a celeridade não pode comprometer a 
qualidade dos atos processuais nem das decisões proferidas, já que o 
processo administrativo tributário necessita de uma avaliação detalhada 
para que não ocorra cerceamento de defesa e nulidades processuais. 
 
5.4 Gratuidade 
 
 A gratuidade garante que não seja feita cobrança de 
qualquer despesa processual, honorário advocatício de sucumbência, 
depositorecursal prévio, realização de diligências, pericias, etc. no 
processo administrativo tributário, para que o acesso dos administrados 
não seja limitado. 
 Na esfera federal, a Lei 9.784/1990 propõe a 
³SURLELomR� GH� FREUDQoD� GH� GHVSHVDV� SURFHVVXDLV�� UHVVDOYDGDV� DV�
SUHYLVWDV�HP�OHL�´ 
 Nesse sentido, a Administração Pública não pode 
colocar obstáculos para o acesso do administrado ao processo 
administrativo tributário. 
 
 
5.5 Questão conexa. Informalidade 
 
 O último princípio que estudaremos, é o princípio da 
informalidade ou informalismo. Ele diz que, nos limites que a lei 
estabelece, não existe necessidade de alguns requisitos formais, 
sempre que a falta desses requistos não prejudique terceiros ou o 
interesse público. 
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 Esse princípio deve ser atendido, também para 
observar o princípio da celeridade. Ou seja, se o interesse público foi 
alcançado, mesmo não atendendo alguns requisitos formais o direito 
não pode ser negado. 
 No processo administrativo tributário, o principio da 
informalidade é discutível, pois ele não deveria ser admitido já que: 
1) O ato administrativo deve seguir determinada forma definida para 
que seus atos sejam considerados validos 
2) Em alguns momentos, atender o princípio da informalidade 
significaria prejudicar a aplicação dos princípios do devido 
processo legal e da segurança jurídica. 
(VVH� SULQFtSLR� SRGH� VHU� FODVVLILFDGR�� HQWmR�� FRPR� ³TXHVWmR�
FRQH[D´��SRLV�GHYH�VHU�DSOLFDGR�FRQHFWDGR�D�RXWURV�SULQFtSLRV�� 
Apesar da informalidade não ser uma regra do processo 
administrativo, podemos observar alguns momentos em que ela 
está presente: 
a) Na entrega de Memoriais e/ou documentos no curso da 
realização da sustentação oral das razões recursais sem a 
necessidade formal de protocolização e respectiva juntada aos 
autos 
b) No requerimento de preferência para a realização do 
julgamento em sessão devidamente agendada para 
acompanhamento pessoal pela parte 
 
 
6) �–”‹„—‹­Ù‡•� ‡� ”‡•’‘•ƒ„‹Ž‹†ƒ†‡•� †‘� �—†‹–‘”� 	‹•…ƒŽ� †ƒ�
�‡…‡‹–ƒ� �•–ƒ†—ƒŽ� †‘� �•–ƒ†‘� †‡� �‡”ƒ„—…‘� ȋ�‡‹�
�‘’Ž‡‡–ƒ”��•–ƒ†—ƒŽ�‘� ? ? ?Ȁ ? ? ? ?Ȍ. 
 
Nas atribuições e responsabilidades do Auditor Fiscal do 
Estado de Pernambuco iremos estudar o anexo I da Lei Complementar 
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n. 107/2008, que disciplina as carreiras integrantes do Grupo 
Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco ± 
GOATE. Também falaremos um pouco dos incisos XVIII e XXII, do 
artigo 37, da Constituição Federal de 1988, que aduzem sobre a 
administração fazendária e seus servidores e sobre as administrações 
tributárias. 
Inicialmente, para situar você no estudo das atribuições e 
responsabilidades do auditor fiscal em Pernambuco, começaremos com 
a análise dos artigos 1º até o 9º, da Lei Complementar n. 107/2008. 
A LC 107/08 nada mais é do que a Lei Orgânica da 
Administração Tributária de Pernambuco, ou seja, é ela quem estrutura, 
organiza e disciplinar a Administração Tributária do Estado. 
 
Da leitura do art. 1º dessa LC, você percebe o seguinte: 
 
Administração Tributária de PE = estrutura orgânica + GOATE 
 
GOATE = Auditor Fiscal + Julgador Administrativo-Tributário 
 
Ou, ainda: 
 
GOATE = AFTE + JATTE 
 
Essas fórmulas existem porque a LC 107/2008 disciplinou 
a Administração Tributária de Pernambuco como uma estrutura 
orgânica própria, que se refere aos servidores de apoio, estagiários, 
material e espaço físico para que o órgão de administração tributária 
funcione. 
Além da estrutura orgânica própria, a Administração 
Tributária de Pernambuco é composta pelo Grupo Ocupacional 
Administração Tributária do Estado de Pernambuco ± GOATE. Este 
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Grupo, por sua vez, é formado pelas carreiras de Auditor Fiscal do 
Tesouro Estadual - AFTE e de Julgador Administrativo-Tributário do 
Tesouro Estadual ± JATTE. 
Essa estrutura orgânica é necessária pois a Administração 
Tributária tem competências privativas, ou seja, funções que só ela 
pode desempenhar. E essas funções, vale ressaltar, são essenciais ao 
funcionamento do Estado. 
E por que essas funções são essenciais ao funcionamento 
do Estado, professor? 
Simplesmente porque são funções de arrecadação de 
recursos! E o Estado não consegue realizar nada sem recursos! Não 
consegue pagar seus servidores, não consegue construir escolas e 
hospitais, não consegue nem tapar os buracos das ruas! 
Leia com atenção as competências da Administração 
Tributária de Pernambuco: 
1. desenvolver e executar a política tributária do 
Estado; 
2. proceder à tributação, à arrecadação e à fiscalização 
dos tributos estaduais; 
3. normatizar os procedimentos relativos ao processo 
de arrecadação tributária; 
4. desenvolver e executar a política financeira do 
Estado, compreendendo a contabilidade pública e o 
endividamento; 
5. normatizar os procedimentos relativos ao processo 
de elaboração da legislação relativa à programação 
e execução financeiras e à contabilidade pública; 
6. julgar os processos administrativo-tributários; e 
7. proceder à correição da Administração Tributária. 
 
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Perceba que todas as competências são relacionadas à 
arrecadação, à elaboração de normas voltadas para arrecadação, o 
desenvolvimento e a execução de políticas voltadas à arrecadação 
(inclusive financeira), bem como julgar processos administrativos-
tributários e promover a correição (o controle interno) da Administração 
Tributária. 
Ainda na parte introdutória da LC 107/2008, verificamos 
alguns conceitos básicos para você já ir pegando o jeito de como 
funciona as carreiras do GOATE. A LC trouxe os conceitos de cargo 
público; classe; referência; série de classes; grupo ocupacional e, por 
último, carreira. 
Agora estudaremos o que venha ser cada um, 
separadamente. 
O cargo público consiste na unidade básica do quadro, 
quando você passarno concurso, você vai assumir um cargo público 
que foi instituído mediante lei. A partir do seu provimento, você terá as 
atribuições, garantias, prerrogativas, direitos, deveres específicos e 
vencimentos de sua posição na carreira. Obviamente, quem ocupa 
cargo público é remunerado pelo erário. 
A classe é a reunião de cargos de semelhantes 
atribuições, ou seja, a classe é uma subdivisão dentro dos cargos. Pro 
exemplo, o cargo de Auditor Fiscal é subdividido em várias classes 
(AFTE I e AFTE II). As classes são estruturadas de forma hierárquica, de 
modo que a classe inicial (classe I) subordina-se à classe final. As 
classes são subdivididas de acordo com as exigências de capacitação e 
especialização indispensáveis ao desempenho das atividades que lhe 
são afetas. Se o servidor que é promovido ascende à classe superior. 
A referência é a posição diferente da classe, ou seja, é 
uma subdivisão de uma classe. Por exemplo, a classe de AFTE I é 
composta das referências de 1 a 8 e a classe de AFTE II é composta das 
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referências de 9 a 16. O servidor vai progredindo dentro da classe em 
referências, cada uma com uma retribuição financeira específica. 
Os cargos de julgador administrativo-tributário são 
estruturados em classe única, compreendendo as referências 9 a 16. 
Quanto à série de classes, trata-se do conjunto de 
classes do mesmo gênero de atividades funcionais, colocadas em ordem 
hierárquica, conforme os quesitos de escolaridade, capacitação e 
especialização indispensáveis ao desempenho das atividades. O servidor 
vai progredindo dentro da série de classes quando ele galga promoções. 
O grupo ocupacional é o conjunto de cargos que faz 
parte da Administração Tributária. 
Por fim, a carreira é o agrupamento cargos, sejam estes 
estruturados em uma única classe (neste caso o servidor só progride 
nas referências) ou em série de classes (ele progride em referências e 
em classes), de espécie de trabalho semelhante, colocados em ordem 
crescente, de acordo com o grau de dificuldade, assim como a 
responsabilidade das atividades que lhe são peculiares. 
Interessante notar que a Administração Tributária deverá 
efetuar estudos a fim de verificar a viabilidade financeira e a 
conveniência administrativa de realização de concurso público sempre 
que houver vacância de, pelo menos, 20% (vinte por cento) dos cargos 
de cada carreira. Contudo, mesmo que haja vacância de 20%, só pode 
ser aberto concurso para AFTE (auditor fiscal) para preencher até 10% 
dos cargos integrantes da carreira. 
A diferença entre os cargos de AFTE e de JATTE não fica 
só nas atribuições e no fato da carreira de JATTE ser estruturada em 
uma única classe. O concurso para AFTE será de provas, com exigência 
de graduação superior (qualquer uma). O concurso para JATTE, por 
outro lado, será de provas e títulos, com exigência de graduação 
superior em Direito. 
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Aprovado no concurso, você passará pelo estágio 
probatório, no qual será promovida uma avaliação especial de 
desempenho, para aferir a sua aptidão para o exercício do cargo. No 
estágio probatório será exigido que você participe de cursos e 
treinamentos constantes do programa de capacitação da Administração 
Tributária. 
E a LC 107/2008, trata a lotação e do remanejamento da 
força de trabalho? 
Sim, meu caro, leia o art. 15 da LC: 
 
Art. 15. O exercício inicial do servidor nomeado para o 
cargo de AFTE ocorrerá de acordo com o critério interior-capital, 
respeitada a opção do servidor e a ordem de classificação no 
respectivo concurso e atendidos os demais critérios estabelecidos no 
edital. 
§ 1º A movimentação subseqüente do AFTE ocorrerá 
por meio dos seguintes institutos, a serem disciplinados em decreto: 
I - remanejamento - processo de alocação que visa a 
atender às necessidades de pessoal no âmbito de toda a Secretaria 
da Fazenda, a ser efetuado, preferencialmente, no sentido interior-
capital, observada a opção do servidor e a ordem de preferência, por 
classe; 
II - seleção - processo de alocação que visa a atender 
às necessidades de pessoal dos órgãos da Secretaria da Fazenda, 
considerando os requisitos previamente estabelecidos; 
III - rodízio - processo de alocação que proporciona a 
movimentação de servidores de um mesmo órgão fazendário; 
IV - permuta - processo de alocação, de interesse 
mútuo de servidores, precedido de autorização das chefias 
envolvidas e do Secretário ou dos Secretários Executivos da 
Fazenda; 
V - remoção - processo de alocação, de ofício, a ser 
utilizado, excepcionalmente, para atender aos interesses da 
Administração Tributária. 
§ 2º O remanejamento de que trata o § 1º, inciso I, 
deste artigo poderá ser feito no sentido capital-interior, para 
cumprimento da distribuição do quantitativo de vagas por Região 
Fiscal. 
§ 3º Na hipótese do inciso I do § 1º, a ordem de 
preferência entre os servidores para escolha das vagas existentes, 
por classe, dar-se-á com a observância, sucessivamente, dos 
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seguintes critérios: 
I - maior referência na classe; 
II - maior tempo de efetivo exercício na classe; 
III - maior tempo de efetivo exercício na carreira; 
IV - melhor classificação no concurso; 
V - maior idade; 
VI - maior prole. 
§ 4° Ao titular de cargo do GOATE, quando eleito 
diretor ou delegado sindical, fica assegurado o exercício de suas 
funções em órgão fazendário localizado em local de trabalho 
compatível com o cargo para o qual tenha sido eleito, respeitada a 
opção do servidor. 
 
 
Antes de adentrarmos nas atribuições e responsabilidades 
do Auditor Fiscal, devemos apresentar a organização da Administração 
Tributária do Estado de Pernambuco. 
É com base nos princípios concretizados no Texto 
Constitucional e na Constituição do Estado de Pernambuco que a 
Administração Tributária é regida, principalmente quanto aos princípios 
da legalidade, supremacia do interesse público, impessoalidade, 
eficácia, eficiência, preservação de sigilo, moralidade, probidade, 
motivação, razoabilidade, publicidade, unidade e justiça fiscal. 
Vimos acima o rol de competência exclusiva da 
Administração Tributária de Pernambuco, agora saiba quais são os 
órgãos e servidores responsáveis pelo exercício dessa competência: 
x Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco 
(Administração direta); 
x Servidores do GOATE (Auditores Fiscais ± AFTE ±e 
Julgador Administrativo-Tributário ± JATTE) 
Como a competência primordial da Administração 
Tributária é a arrecadação e, nessa função alguns privilégios são 
garantidos pela Constituição (trataremos deles adiante), é proibida a 
celebração de convênios ou acordos que possam implicar: 
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1. delegação, direta ou indireta, das atividades 
previstas na Lei Complementar 107/08 a outros 
órgãos ou entidades públicos ou privados, ou a 
servidor de outras carreiras; 
2. quebra ou risco de quebra do sigilo de informações 
fiscais; 
3. terceirização das atividades desenvolvidas pelas 
carreiras tratadas nesta Lei Complementar. 
 
Como se vê, na sistemática da LC 107/2008 não se pode 
delegar as atividades da Administração Tributária nem mesmo a outros 
órgãos públicos ou a servidores públicos que não pertença ao GOATE. 
Nesse sentido, vale ressaltar que os cargos comissionados 
e as funções gratificadas da Secretaria da Fazenda, pertinentes com as 
atividades de tributação, fiscalização, arrecadação e política financeira 
só podem ser exercidos pelos titulares de cargos do GOATE (ou 
pelos aposentados nesses cargos). 
Cabe a Administração Tributária a integração com a 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo admitido o 
compartilhamento legal de cadastro e de informações econômico-
fiscais, observado o previsto na lei complementar ou convênio celebrado 
pelos Entes Federativos. 
Professor, você disse que a exclusividade do exercício 
dessas funções decorre de alguns privilégios que a Constituição dá, 
quais são esses privilégios. 
Aqui você deve ler os seguintes incisos do art. 37 com 
ATENÇÃO: 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores 
fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, 
precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da 
lei; 
 
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XXII - as administrações tributárias da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais 
ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras 
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas 
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o 
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da 
lei ou convênio. 
 
Perceba que os servidores fiscais têm precedência 
sobre os demais setores administrativos. 
Perceba também que as administrações tributárias terão 
recursos prioritários e atuarão de forma integrada entre União, 
Estados e Municípios, com compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais. 
Justamente em razão dessa integração, a LC 107/2008 
assim prevê: 
 
Art. 6° A Administração Tributária atuará de forma 
integrada com a da União, do Distrito Federal, dos demais Estados e 
Municípios, sendo permitido o compartilhamento de cadastros e de 
informações econômico-fiscais, na forma estabelecida em lei 
complementar ou em acordo celebrado pelos entes federativos. 
 
E o que a LC 107/2008 fala da precedência da 
Administração Tributária e dos titulares de cargos do GOATE (auditor 
fiscal e julgador administrativo-tributário), professor? Quais são os 
privilégios daqueles que ocupam esses cargos? 
São elas: 
1. preferência da prática de qualquer ato de sua 
competência, inclusive o exame de mercadorias, 
livros, documentos, quaisquer meios de 
transporte e outros efeitos fiscais, nos casos de 
ações conjuntas ou concomitantes entre agentes 
do poder público; 
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2. prioridade da apuração e do lançamento dos 
créditos tributários, bem como da instrução de 
processo administrativo-tributário, relativamente a 
fatos, situações, documentos, papéis, livros e 
outros efeitos fiscais; 
3. recebimento de informações de interesse fiscal 
oriundas de órgãos e entidades da Administração 
Pública, dos contribuintes e das instituições 
financeiras. 
 
Agora vamos entrar no ponto central e fulcral do estudo 
da Lei Complementar n. 107/2008: as atribuições e 
responsabilidades dos cargos do GOATE. 
Quanto às responsabilidades, você já verificou, no 
estudo da Lei n. 6.123/68, que trata dos servidores públicos civis em 
geral do Estado de Pernambuco, que o servidor público responde pelo 
exercício irregular de suas atribuições na esfera civil, penal e, também, 
administrativamente. 
A responsabilidade civil do servidor público é subjetiva, ou 
seja, depende da demonstração de dolo ou culpa e o servidor responde 
pelos danos que causa à Fazenda ou à terceiros. 
Se o Estado causa um dano ao cidadão, ele irá responder 
por esses danos independente de dolo ou culpa, por isso diz-se que a 
responsabilidade civil do Estado é objetiva (relação ESTADO ± 
dano ± CIDADÃO). No caso da Lei 6.123/68, a responsabilidade civil 
do agente público também é subjetiva (relação SERVIDOR ± dano ± 
ESTADO). 
 Ao praticar crime ou contravenção o servidor 
responderá na esfera penal. 
Tendo em vista o princípio da independência as 
sanções penais, civis e administrativas, podem ser acumuladas. 
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3RUpP� D� HVIHUD� SHQDO� WHP� XP� ³SHVR´� PDLRU� VREUH� DV�
GHPDLV��XPD�GHFLVmR�SRGH�³DFDUUHWDU�R�UHFRQKHFLPHQWR�DXWRPiWLFR�GD�
UHVSRQVDELOLGDGH� GR� VHUYLGRU� QDV� GHPDLV� HVIHUDV´�� FRQIRUme ensinam 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. 
Essa excepcional vinculação entre as instâncias penal, 
civil e administrativa ocorre quando a sentença penal reconhece a 
autoria e a materialidade do fato irregular. Se houver decisão 
judicial nesse sentido, a Administração estará vinculada às conclusões 
sobre a autoria e a materialidade definidas na Justiça. 
MUITA ATENÇÃO! Se o servidor, em processo judicial, for 
absolvido por falta de provas, essa decisão judicial não vinculará 
a decisão da esfera administrativa. 
Com relação à responsabilidade administrativa, lembre-se 
que o servidor responde administrativamente pelos ilícitos 
administrativos definidos na legislação estatutária e que apresentamos 
mesmos elementos básicos do ilícito civil. 
A Administração que irá apurar as irregularidades 
cometidas pelo servidor público, de acordo com os deveres impostos 
pelas normas que foram eventualmente descumpridos pelo servidor ou 
pela ocorrência de algum fato caracterizado como infração disciplinar 
pelo estatuto do servidor. 
Infração disciplinar é toda a ação ou omissão do 
funcionário que possa comprometer a dignidade e o decoro da função 
pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência dos 
serviços públicos ou causar prejuízo de qualquer natureza à 
Administração. 
Dentro do contexto da responsabilidade 
administrativa dos titulares dos cargos do GOATE, é 
imprescindível ter em mente que a violação de deveres estabelecidos na 
LC 107/2008 pode ensejar a aplicação de sanção disciplinar ao auditor 
fiscal ou ao julgador administrativo-tributário. 
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E quais deveres são esses, professor? 
Na LC 107/2008, a lista de deveres é extensa, veja: 
 
Art. 20. São deveres dos titulares dos cargos do 
GOATE, dentre outros previstos em lei: 
I - zelar pela fiel execução dos trabalhos da 
Administração Tributária e pela correta aplicação da legislação; 
II - observar o sigilo funcional quanto aos 
procedimentos em que atuar; 
III - buscar o aprimoramento contínuo, visando, em 
especial, ao aperfeiçoamento de seus conhecimentos da legislação 
tributária, financeira e administrativa; 
IV - exercer com zelo e dedicação as atribuições do 
cargo, observada a legislação pertinente; 
V - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; 
VI - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações 
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de 
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal, nos 
termos da legislação pertinente; 
VII - levar ao conhecimento da autoridade superior as 
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; 
VIII - zelar pela economia do material e pela 
conservação do patrimônio público; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade 
administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso 
de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso 
XII será encaminhada pela chefia imediata e apreciada pela 
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-
se ao representado ampla defesa. 
 
Dentre os deveres expressos, chamo especial atenção 
para você do dever de observar o sigilo funcional quanto aos 
procedimentos que atuar (isso porque, a eficiência da atividade 
arrecadatória pode advir do fator surpresa imposto ao devedor 
contumaz, para que ele não tenha tempo de esconder os seus bens); o 
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dever de cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; o dever de levar ao conhecimento da 
autoridade superior as irregularidades que tiver ciência em razão 
do cargo, bem como o dever de representar contra ilegalidade, 
omissão ou abuso de poder e o dever de não chegar atrasado e 
não faltar ao trabalho. 
Além de discriminar os deveres, outro instrumento que a 
LC 107/2008 da para avaliar a responsabilidade administrativa do 
servidor são as vedações. 
Obviamente, se um servidor fizer o que a lei lhe veda ele 
certamente terá sua responsabilidade administrativa apurada e poderá 
sofrer sanções disciplinares. 
O rol das vedações é trazido no art. 21 da LC, leia-o com 
ATENÇÃO: 
 
Art. 21. Além de outras vedações previstas em lei, aos 
titulares de cargos do GOATE é vedado: 
I - referir-se de modo depreciativo, em informação, 
parecer ou despacho às autoridades ou atos da Administração 
Pública, podendo, porém, em trabalho assinado criticá-los do ponto 
de vista doutrinário ou da organização do serviço; 
II - retirar, sem prévia autorização da autoridade 
competente, qualquer documento ou objeto da Secretaria da 
Fazenda; 
III - praticar usura em qualquer de suas formas; 
IV - cometer a pessoa estranha ao serviço, fora dos 
casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competir 
ou a seus subordinados, bem como cometer a qualquer servidor 
atribuição não inerente ao cargo por ele ocupado; 
V - receber, direta ou indiretamente, remuneração de 
empresas que prestem serviços à Administração Pública; 
VI - coagir ou aliciar subordinados para filiarem-se a 
partido político, associação profissional ou sindical; 
VII - manter sob sua chefia imediata, em cargo 
comissionado ou função gratificada, cônjuge, companheiro ou 
parente até o segundo grau civil, que não sejam titulares de cargos 
do GOATE; 
VIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou 
de terceiros; 
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IX - participar de gerência ou administração de 
sociedade privada, personificada ou não, salvo a participação nos 
conselhos fiscal e de administração de empresas ou entidades em 
que o Estado detenha, direta ou indiretamente, participação no 
capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar 
serviços a seus membros, bem como exercer comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
X - atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
órgãos ou entidades da Administração Pública, salvo quando se 
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o 
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XI - receber vantagem de qualquer espécie, em razão 
de suas atribuições, bem como presentes em valor superior àquele 
estabelecido em ato normativo específico; 
XII - utilizar, em atividades particulares, recursos 
humanos ou materiais alocados na Secretaria da Fazenda; 
XIII - desempenhar quaisquer atividades incompatíveis 
com o exercício do cargo ou da função que ocupa e com o respectivo 
horário de trabalho; 
XIV - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais 
quando solicitado. 
 
Nesse rol de vedações, você deve ter especial atenção, 
enquanto no exercício de cargo de auditor fiscal ou julgador, para não 
ser grosso em manifestações oficiais (isso não quer dizer que você não 
possa manifestar sua opinião técnica em contrário). Nunca transfira o 
seu trabalho a pessoa estranha ao serviço (estagiários, assessores 
privados etc) nem utilize pessoal e material da Administração para 
atividades particulares (não imprima aulasdo Estratégia na 
repartição!). 
Nunca coaja colega de trabalho para que ele se filie 
partido, sindicato ou associação, não atue como procurador ou 
intermediário e nunca receba qualquer valor ou remuneração indireta 
de empresas contratadas pela Administração. Análoga à esta última 
vedação, existe a vedação genérica de não se valer do cargo para 
proveito pessoal ou de terceiros bem como a de não receber vantagem 
de qualquer espécie em razão das atribuições. 
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A lei coíbe também o nepotismo ao vedar que você 
mantenha sob sua chefia imediata, em cargo em comissão ou função 
gratificada, um parente até 2º grau ou cônjuge que não seja dos 
quadros do GOATE. 
Lembre-se de que, quando você ocupar o cargo de 
auditor fiscal ou de julgador, você será servidor público. Por isso, a LC 
107/08 veda que você participe de gerência ou administração de 
propriedade privada (salvo a participação em conselhos fiscais e de 
administração de empresa estatal). Veda também que você 
desempenhe qualquer atividade incompatível com o exercício do cargo 
e com o respectivo horário de trabalho. Isso não quer dizer que é 
vedado a você ser sócio de empresa, o que não pode é você ser gerente 
ou administrador de empresa ou ficar o dia todo na empresa e se 
esquecer do horário de trabalho. 
A LC 107/2008 houve por bem destacar duas vedações 
nos arts. 22 e 23. 
A primeira delas existe para evitar o conflito de interesses 
entre as atividades públicas e entidades privadas. Nesse sentido, a lei 
veda que o auditor fiscal ou o julgador preste assessoria ou consultoria, 
inclusive jurídica, em matéria tributária, contábil ou financeira, exceto 
quando previsto na síntese de atribuições do seu cargo (você não vai 
poder ser parecerista de empresa privada, por exemplo). 
ATENÇÃO!!! Essa proibição ocorre ainda que você esteja 
afastado ou licenciado de suas funções! 
ATENÇÃO REDOBRADA!!! Quando você se aposentar 
você vai poder ser consultor ou parecerista de empresa privada. 
Por fim, uma vedação voltada aos seus futuros chefes: 
eles não podem ceder os titulares de cargos do GOATE, salvo nas 
hipóteses constantes em lei específica, observados os critérios e as 
condições previstos em decreto e desde que respeitado o limite máximo 
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de 5% (cinco por cento) do quantitativo dos cargos de que trata a Lei 
Complementar 107/2008. 
Mencionadas as responsabilidades, deveres e vedações, 
vamos falar agora das atribuições dos cargos do GOATE, previstas no 
Anexo I da LC n. 107/08. 
Em primeiro lugar, conforme você já sabe, as 
competências relacionadas à área arrecadatória do Estado são 
privativas dos cargos do GOATE. Por isso, a LC 107/2008 prevê que é 
nulo de pleno direito todo e qualquer ato constante do rol das 
atribuições do GOATE que sejam praticados por pessoa que não 
seja auditor fiscal ou julgador administrativo-tributário (AFTE e 
JATTE). 
Estudaremos a seguir os itens 1 (AFTER I ± auditor fiscal 
classe I ± que é a classe inferior) e 2 (AFTER II ± auditor fiscal classe II 
± que é a classe superior) do Anexo I. Segue! 
Preste bem atenção nas atribuições do auditor fiscal de 
classe I, pois é isso que você vai fazer quando for aprovado no 
concurso, tomar posse e entrar em exercício! 
 
1. São atribuições aos cargos de Auditor Fiscal do Tesouro Estadual 
-AFTE I: 
x coordenar e executar as atividades de fiscalização de mercadorias 
em trânsito (certamente para cobrar ICMS); 
x executar e lavrar os procedimentos necessários ao lançamento do 
crédito tributário, no âmbito da respectiva competência 
(atribuição diretamente ligada ao art. 142 do CTN); 
 
x executar as atividades de fiscalização de estabelecimentos 
enquadrados como microempresa e empresa de pequeno porte, 
nos termos da legislação pertinente; 
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x executar atividades de acompanhamento e de controle cadastral e 
demais obrigações tributárias dos contribuintes, independente do 
porte do estabelecimento (lembre-se das obrigações tributárias 
assessórias que também devem ser fiscalizadas); 
x realizar levantamento de estoque de mercadorias e exame da 
documentação que as acoberte, inclusive apondo visto em 
talonários fiscais (prática que visa coibir a sonegação fiscal); 
x examinar mercadorias em veículos que estejam estacionados em 
estabelecimentos de contribuinte (aqui você evita o estoque 
fantasma); 
x exercer atividades de administração e controle de equipamentos 
utilizados pelo contribuinte, bem como de documentação fiscal e 
de documentos de informações econômico-fiscais, inclusive 
procedendo à respectiva emissão ou visto, quando for o caso; 
x controlar os débitos fiscais, procedendo à sua cobrança ou à 
suspensão da sua exigibilidade, quando for o caso (competência 
diretamente relacionada à cobrança); 
x orientar o contribuinte quanto ao cumprimento das obrigações 
tributárias (dever do agente público de informar ao cidadão); 
x exercer atividades de execução, controle, fiscalização e 
arrecadação relativas ao Imposto sobre Propriedade de Veículos 
Automotores - IPVA e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e 
Doação, de quaisquer bens ou direitos ± ICD (atribuição 
decorrente da competência constitucional conferida aos Estados 
em matéria tributária); 
x executar as atividades de: 
a) administração financeira dos recursos do Tesouro 
Estadual (atribuição relacionada ao direito financeiro: 
controle de receitas e despesas); 
b) elaboração e monitoramento da programação financeira 
dos recursos do Tesouro Estadual; 
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c) controle contábil do Poder Executivo Estadual; 
d) acompanhamento e consolidação das gestões 
orçamentária, financeira e patrimonial dos Poderes de 
Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do 
Estado e demais órgãos autônomos; 
e) registro e controle da dívida pública, de convênios, de 
acordos e de outros instrumentos que possam vir a criar 
obrigações financeiraspara o Estado; 
f) elaboração do Balanço Geral do Estado, dos relatórios de 
gestão fiscal e demais demonstrativos exigidos pela 
legislação pertinente; 
As atribuições descritas nestas alíneas parecem ser do 
administrador público, eleito para gerir os gastos públicos, 
mas é você quem vai exercê-la quando passar no concurso, 
pois todas elas referem-VH� j� ³H[HFXomR´� ILQDQFHLUD� H�
orçamentária. 
 
x orientar os órgãos e as entidades da Administração Pública 
Estadual quanto ao cumprimento da legislação financeira 
(atribuição de orientação e consultoria); 
x executar atividades relacionadas à administração da Secretaria da 
Fazenda - SEFAZ, especialmente quanto à gestão de pessoas e à 
tecnologia da informação e da comunicação (é você quem vai 
auxiliar na gestão de pessoal e material da SEFAZ, ou seja, você 
vai auxiliar na gestão interna da Secretaria!); 
x executar projetos visando ao aperfeiçoamento da Administração 
Tributária (você não vai ser um rábula que se limitará a preencher 
autos de infração, você tem a atribuição de executar projetos 
para melhorar a Administração Tributária); 
x executar outras atividades correlatas que forem determinadas 
pela autoridade fazendária competente, bem como atividades 
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relacionadas à fiscalização de outros tributos que lhe sejam 
delegados pelo ente tributante (atribuição residual). 
 
Houve alteração em dois dispositivos da LC 107/2008, 
pela Lei Complementar 131 de 2008. Anteriormente, as atribuições do 
AFTE incluíam executar as atividades de registro e controle contábeis do 
Poder Executivo Estadual, agora a atribuição é apenas de executar 
atividades de controle contábeis. Além disso, o AFTE deveria realizar o 
registro e consolidação das gestões orçamentárias, financeira e 
patrimonial dos Poderes, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do 
Estado, e demais órgãos autônomos, agora ele deve fazer o 
acompanhamento e não o registo. 
Agora vamos falar dos auditores fiscais mais graduados, 
os da classe II. 
 
2. São atribuições aos cargos de Auditor Fiscal do Tesouro Estadual 
- AFTE II: 
x executar ações fiscais em estabelecimentos, verificando o 
cumprimento das obrigações tributárias (lembre-se que a 
competência do AFTE I limita-se aos estabelecimentos de 
microempresa e empresa de pequeno porte, bem como de 
atividades de acompanhamento e controle cadastral, 
independentemente do porte do estabelecimento, bem como 
examinar mercadorias em veículos estacionados no 
estabelecimento); 
x orientar e coordenar atividades de fiscalização de mercadorias em 
trânsito (os AFTE I coordenam e executam as atividades de 
ILVFDOL]DomR�GH�PHUFDGRULDV�HP�WUkQVLWR��PDV�QmR�DV�³RULHQWD´�� 
x executar atividades de acompanhamento e de controle cadastral e 
demais obrigações tributárias dos contribuintes, independente do 
porte do estabelecimento (a mesma atribuição dos AFTE I); 
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x executar e lavrar os procedimentos necessários ao lançamento do 
crédito tributário (nas atribuições do AFTE I, consta essa 
DWULEXLomR��PDV�³QR�kPELWR�GD�UHVSHFWLYD�FRPSHWrQFLD´�� 
x orientar o contribuinte quanto ao cumprimento das obrigações 
tributárias (atribuição repetida dos AFTE I); 
x coordenar e executar as atividades de (nas atribuições do AFTE I 
QmR�Ki�D�GH�³FRRUGHQDU´�Vy�D�DWULEXLomR�GH�³H[HFXWDU´��� 
a) gestão financeira dos recursos do Tesouro Estadual (o 
AFTE I executa a administração financeira dos recursos); 
b) planejamento e monitoramento da programação 
financeira dos recursos do Tesouro Estadual (o AFTE I não 
planeja, ele apenas elabora e monitora a programação 
financeira); 
c) análise contábil do Poder Executivo Estadual (o AFTE I 
não coordena a análise contábil, ele executa o controle 
contábil); 
c) supervisão e análise dos registros contábeis 
consolidados, executados no âmbito dos Poderes de 
Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do 
Estado e demais órgãos autônomos; (não há competência 
análoga para os AFTE I de atuar nos registros contábeis 
consolidados) 
d) elaboração do Balanço Geral do Estado, dos relatórios 
de gestão fiscal e demais demonstrativos exigidos pela 
legislação pertinente (competência igual para o AFTE I, 
VDOYR� TXDQWR� j� IXQomR� GH� ³FRRUGHQDU´� TXH� HOH� QmR� WHP��
PDV�VLP�GH�³H[HFXWDU´�� 
e) gestão da dívida pública, de convênios, de acordos e 
de outros instrumentos que possam vir a criar obrigações 
financeiras para o Estado, bem como para entidades 
dependentes do Tesouro Estadual (o AFTE I não geri a 
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GtYLGD� S~EOLFD�� HOH� Vy� SURPRYH� R� VHX� ³UHJLVWUR´� H�
³FRQWUROH´�� 
f) registro, análise e consolidação das gestões 
orçamentária, financeira e patrimonial dos Poderes, do 
Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado, e 
demais órgãos autônomos (o AFTE I só faz o 
³DFRPSDQKDPHQWR´�H�D�´FRQVROLGDomR´�GHVVDV�JHVW}HV�� 
 
x monitorar e avaliar o cumprimento das metas do programa de 
ajuste fiscal do Estado e elaborar proposta de ajustes (não há 
atribuição análoga para o AFTE I); 
x orientar os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual 
quanto ao cumprimento da legislação financeira (atribuição 
idêntica a dos AFTE I); 
x executar atividades relacionadas à administração da SEFAZ, 
especialmente quanto à gestão de pessoas e à tecnologia da 
informação e da comunicação (atribuição idêntica a dos AFTE I); 
x executar projetos visando ao aperfeiçoamento da Administração 
Tributária (atribuição idêntica a dos AFTE I); e 
x executar outras atividades correlatas que forem determinadas 
pela autoridade fazendária competente, bem como atividades 
relacionadas à fiscalização de outros tributos que lhe sejam 
delegados pelo ente tributante (atribuição idêntica a dos AFTE I). 
 
Como você pode perceber do rol das atribuições dos AFTE 
I e AFTE II, os primeiros têm uma função mais preponderantemente de 
execução de atividades. Os últimos têm muitas funções gerenciais, de 
planejamento e de coordenação. Outra diferença fundamental é que os 
AFTE I fiscalizam as mircroempresas e empresas de pequeno porte e os 
AFTE II têm competência de fiscalizar os estabelecimentos em geral. 
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