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Fontes e Princípios do Direito Internacional
Nós, atualmente vivemos em uma sociedade internacional, onde não possui uma autoridade suprema, nós não temos hoje um Poder Judiciário ou Legislativo Universal. A Doutrina divide e classifica as fontes do Direito Internacional Público em Fontes materiais e Fontes formais, as fontes formais são as principais que surgiram com as leis, que são Os tratados ou convenções internacionais, os costumes e os princípios gerais do direito, Já as fontes materiais são utilizadas subsidiariamente às demais, que podem ser a Doutrina, que compreende as opiniões e pareceres dos jurisconsultos sobre a regulamentação adequada das diversas situações sociais, a Jurisprudência, define-se como a orientação geral seguida pelos tribunais no julgamento dos diversos casos que lhe são submetidos, a analogia que é a aplicação que já existe para uma situação específica a outro caso semelhante e igualdade de razões, e a equidade é a noção de equilíbrio, isonomia. Essas são denominadas sendo as Novas fontes do Direito Público Internacional. 
As fontes materiais são os elementos que provocam o aparecimento das normas jurídicas, influenciando sua criação e conteúdo. Nas palavras de Mazzuoli, “são materiais as fontes que determinam a elaboração de certa norma jurídica”. As fontes do Direito Internacional Público, estão previstas no artigo 38 do Estatuto da Corte (ou Tribunal) Internacional de Justiça, ele aduz que são fontes do Direito Internacional Público as convenções ou Tratados Internacionais, os Costumes Internacionais e os Princípios Gerais do Direito. Essas são as três fontes previstas no artigo 38, mas tecnicamente; Doutrina e Jurisprudência são meios auxiliares, tanto é que o artigo é expresso nesse sentido. [1: MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direito internacional público: parte geral, p. 26.]
Os Tratados ou Convenções Internacionais são documentos internacionais, celebrados entre os Estados e Organizações Internacionais. Os particulares não podem celebrar um Tratado. Devem ser registados pela ONU para que tenha validade Internacional. 
Os Costumes Internacionais é a fonte mais antiga foi a mais utilizada até a segunda Guerra Mundial. O Costume Internacional é uma prática generalizada aceita como sendo Direito, e para que se torne um costume internacional ele necessita possuir dois elementos que são os elementos objetivos e os elementos subjetivos. “A prática generalizada” é o elemento objetivo ou material do costume internacional, a parte subjetiva é aceita como sendo Direito. Vale ressaltar que os Costumes e os Tratados estão no mesmo nível de hierarquia. 
A terceira Fonte do Direito Internacional são os Princípios gerais de Direito, que são aceitos e adotados pela grande maioria dos Estados; como por exemplo, a boa fé que objetiva seus reflexos na execução dos contratos, o respeito à coisa julgada que é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, os princípios do direito adquirido que é um direito fundamental, alcançado constitucionalmente e o do pacta sunt servanda que é o Princípio da Força Obrigatória, segundo o qual o contrato obriga as partes nos limites da lei.
 O artigo 38 do Estatuto da Corte ele é exemplificativo, ele não é taxativo; pois os tratados, os costumes e os princípios não são as únicas fontes, existem fontes que não estão expressas nesse artigo e que são consideradas fontes do direito internacional Público, que são as novas fontes do direito internacional. [2: Art 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça – 1945. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Corte-Internacional-de-Justi%C3%A7a/estatuto-da-corte-internacional-de-justica.html. Acesso em: 09 de Ago de 2016.]
As Novas fontes do Direito Internacional Público e que não estão expressas no artigo 38 do Estatuto da Corte são a equidade e a analogia, as outras novas fontes são Atos Unilaterais dos Estados, que são as declarações de vontade Unilateral. Toda declaração que um Estado faz perante a sociedade internacional que nós vivemos, vincula aquele Estado. As Decisões das Organizações Internacionais da ONU, essas decisões desde decisões externas ao âmbito jurídico internacional são consideradas novas fontes do direito internacional público. 
Temos também a Soft Law que é a mais recente fonte do direito internacional público, ela surgiu em meados do século XX e está ligada ao direito internacional do meio ambiente. A soft law é a forma de um direito flexível , pois as fontes de soft law criam programas de ação para proteção ao meio ambiente. Ela é tão recente que existem doutrinadores que nem a consideram uma fonte de direito internacional. Um exemplo de soft Law é a agenda 21, que é um programa de ação para Proteção ao meio ambiente. 
Outra fonte de Direito Internacional Público é o Jus Cogens, é o oposto do Soft Law, Jus Cogens é o Direito rígido, ela tem como exemplo os Tratados Internacionais sobre os Direitos Humanos. Em regra não existe Hierarquia ente as Fontes expressas no artigo 38 do Estatuto da Corte e as novas fontes dos Direitos Internacional. A Única exceção é o Jus Cogens, se fizermos uma pirâmide seguindo o modelo da de Hans Kelsen, O Jus Cogens ficaria no topo por tratar basicamente dos Direitos Humanos e abaixo todas as outras fontes do direito internacional de forma igualitária.

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