Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 1 Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 2 © Senac-SP 2011 Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo Gerência de Desenvolvimento 3 Luciana Bon Duarte Fantini Coordenação Técnica Marcelo Dias Calado Apoio Técnico Erleni Andrade Lima Elaboração do Material Didático Emerson Queiroz Diagramação e Produção PH Projeto Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS 1.1 - O que é lazer 1.2 - O que é recreação 2 – ESCULTURA COM BALÕES 2.1 - Principais tipos de dobras 3 – MAQUIAGEM INFANTIL 3.1- Sobre as cores 4 – RODAS E BRINCADEIRAS CANTADAS 5 – JOGOS E BRINCADEIRAS PARA PEQUENOS ESPAÇOS 5.1 – Sugestão de jogos e brincadeiras para pequenos espaços REFERÊNCIAS Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 4 INTRODUÇÃO O Mercado de trabalho no lazer é crescente e muito abrangente. Devemos salientar que o mercado de trabalho não se restringe as técnicas apresentadas neste curso, pois os empreendedores da indústria do entretenimento e lazer buscam desenvolver novos trabalhos, projetos e proposta, ampliando assim cada vez mais as possibilidades de inserção dos profissionais qualificados neste mercado, ampliando o grau de empregabilidade e estimulando empreendedores que estão em busca de atualização e formação. As técnicas apresentada neste curso são básicas para aqueles que pretendem iniciar no mercado de lazer e recreação e os profissionais que desejam se atualizar e buscar uma formação continuada. Além das técnicas fundamentais para o exercício do profissional de recreação e lazer é necessário entender alguns conceitos importantes para que se possa realizar um trabalho consistente e consciente. Este curso propõe o conhecimento de quatro técnicas, no segundo capitulo serão abordado às técnicas de escultura em balões, onde a proposta é de desenvolver diversas formas com balões canudo, no terceiro capitulo será tratado o tema maquiagem infantil, técnica para aplicação de desenhos a mão livre na pele humana com tintas especiais, no quarto capitulo a proposta é de atividades práticas intituladas de rodas ou brincadeiras cantadas, para o aprendizado de cantigas de rodas e brincadeiras musicadas, no quinto capitulo faremos a apresentação de algumas atividades recreativas para espaços reduzidos, onde o foco está no desenvolvimento e aplicação de jogos e brincadeiras para pequenos espaços. No capitulo inicial serão abordados alguns conceitos fundamentais, para a compreensão da dinâmica do lazer e recreação com intuito de sensibilizar e estimular um trabalho consciente, além de eficiente. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 5 1- CONCEITOS FUNDAMENTAIS 1.1- O que é lazer? A palavra lazer origina do latim licere, “ser permitido”, o termo surgiu nas civilizações greco-romana em oposição ao trabalho. Os termos lazer, recreação e tempo livre são modernos introduzidos na nossa sociedade através de uma série de fenômenos modernos, marcados em nossa história dos efeitos produzidos nos últimos séculos em nossa civilização ocidental. (FURTADO, S e VIEIRA, F., 2011). Segundo Camargo (1998), o tempo livre surge na conquista da diminuição da jornada de trabalho dos trabalhadores ocidentais, livres de obrigações profissionais, escolares e familiares, a sociedade passa a ocupar maior parte do tempo livre com atividades de lazer como esportes, leituras e relações sociais. O lazer moderno como conhecemos hoje, é um tempo desprovido de obrigações, isto é, quando um indivíduo livra-se de suas obrigações cotidianas, como trabalho, estudo, necessidades básicas (higiene pessoal, sono), compromissos sociais, deslocamentos, entre outras, ele tem ou deveria ter um tempo livre no qual pode desfrutar desse período com ocupações que seriam denominadas lazer. (CAMARGO, 1998). Segundo Jofre Dumazedier, sociólogo francês, intitulado pai da sociologia do lazer, lazer é: “... um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária, ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”. (DUMAZEDIER, 2000: 34). A definição acima deixa evidente que o lazer não é tão simples e banal quanto pode parecer para algumas pessoas. Devemos saber que o lazer possui três principais funções, isto é o lazer serve para que os indivíduos possam: descansar diVerTir desenVoLVer Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 6 O nosso corpo necessita de descanso após nossas obrigações, mas não somente um descanso de membros superiores e inferiores como nos parece evidente, pois a necessidade de descanso é o primeiro sintoma da fadiga, mas um descanso completo de corpo e mente. Quantos de nos não dormimos longas noites e temos a sensação de acordarmos mais cansados? Quantas vezes chegamos exaustos em um ambiente agradável e sem percebermos depois de alguns momentos nos sentíamos completamente energizados. A necessidade de diversão de entretenimento está inteiramente ligado ‘a nossa condição de conviver no cotidiano com o “fantasma” do tédio. Sempre que realizamos as mesmas atividades por um determinado período, nos sentimos entediados e dessa maneira precisamos de algo que nos encante, que encontremos prazer e permita a diversão. A função de desenvolvimento pode gerar novas formas de aprendizagem voluntária proporcionando o surgimento de condutas inovadoras e criadoras por toda a vida denominadas de desenvolvimento pessoal e social. Essas funções são complementares e podem estar sempre presentes nas atividades de lazer, mesmo quando elas parecem ser opostas, o que ocorre é que muitas vezes podemos identificar apenas a predominância de uma ou de outra função. Dumazedier (2001) apresenta as características do lazer, as quais constituem o fenômeno, que na ausência dessas características não poderíamos conceber o lazer, sendo elas: • CARÁTER LIBERATóRIO: onde a vivência apenas é possível quando nos liberta totalmente das nossas obrigações profissionais, familiares e sociais; • Caráter desinteressado: onde a participação não esta vinculada ao nenhum fim lucrativo, ou seja, a interação com o lazer é totalmente com fim em si mesma; • • CARÁTER HEDONíSTICO: os quais estão estritamente relacionados ao estado de satisfação, alegria e prazer; • • CARÁTER PESSOAL: no qual resulta na escolha da atividade, sendo uma intenção pessoal e não sujeita a obrigação de outro. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 7 Os conteúdos culturais do lazer são classificados de acordo com os interesses: • Os artísticos, • Os intelectuais, • Os físico-esportivos, • Os manuais, • Os turísticos e • Os sociais. (MARCELLINO, 2006). Estes conteúdos culturais evidenciam a diversidade do lazer, para que os indivíduos se apropriem e descubram quais suas possibilidades para o desfrute e diversão do tempo livre. Essa diversidade permite experiências diferentes do cotidiano, onde se possa experimentar desde uma caminhada à pintura de quadro, sem a necessidade de ser um atleta ou artista, mas sim para obter alegria, diversão e o prazer na vivência. 1.2- O que é recreação? Inicialmente devemos salientar que lazer e recreação são palavras que normalmente aparecem juntas, mas entre os estudiosos do lazer não se estabelece um consenso. Para alguns lazer e recreação são sinônimos, para outros recreação é um produto do lazer, ou seja, uma atividade ou experiência. “Recreação pode ser considerada como o produto, isto é, atividade/experiência, que ocorredentro do lazer” (BRAMANTE APUD BRUHNS, 2001). Segundo Camargo (1998), os conceitos de lazer e recreação de nada se diferenciam do ponto de vista sociocultural que produziu o divertimento moderno, mas sim um problema lingüístico, pois em alguns idiomas como o espanhol, o italiano, o alemão não se possui a palavra correspondente a licere, que traduzida para o português lazer e desta maneira utilizam termos iguais a recreação, com o mesmo sentido para as duas palavras. (CAMARGO, 1998:38) Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 8 2- ESCULTURA EM BALÕES definição: Arte de manipular balões, através de dobras de torção para confeccionar formas do cotidiano. Materiais Utilizados: • Balões 260 Q / Balões 260 SR / Balões tipo canudo • Bomba para inflar alguns tipos de dobras: • Bolinhas • Dobra “L” • Dobra “U” • Dobra tipo tulipa Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 9 2.1 - Principais tipos de dobras Figura 1 Nó Bolinha 1 2 3 Bolinha Bolinha Sobra Dobra Bolinhas Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 10 1 Figura 5 Dobra em “L” 1 2 3 4 5 11 2 3 4 5 1 1 2 3 4 5 1 1 2 1 2 3 4 5 3 4 5 Inicie fazendo 3 bolinhas (1, 2 e 3) deixando uma parte maior do balão um pouco cheia (4) e o restante vazia (5). Como mostra a figura 5. Figura 6 Figura 7 Figura 7a Dobre para baixo na torção entre as bolinhas 2 e 3. Como mostra a figura 6. Agora torça as bolinhas 2 e 3 juntas, unindo suas dobras como mostra a figura 7. Está pronta a dobra em “L”, como mostra a figura 7a. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 11 1 Figura 2 Dobra em “U” 1 2 3 11 2 3 1 3 1 1 Faça pelo menos 3 bolhas, de no mínimo 8 dedos. Como mostra a figura 2. Figura 3 Figura 4. Traga a primeira e a terceira bolinha para baixo, sem soltá-las, para que fiquem como na figura 3. Agora junte as bolinhas 1 e 3 e torça unindo as duas, como mostra a figura 4. 2 1 3 331 1 11 2 Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 12 Figura 13 Dobra em “TULIPA” Inicie enchendo o balão e dando o nó na ponta. A dobra Tulipa é um pouco mais difícil do que as outras por que exige muito treinamento para que você não estoure o balão. Figura 14 Figura 15 Com o dedo indicador, coloque o nó para dentro do balão e torça, fazendo uma pequena bolinha, conforme mostra a figura 14. O formato fica parecido com o de um umbigo. Como mostra a figura 15. Visão “facial” da dobra da Tulipa. 1 2 Nó 1 2 Nó Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 13 Formas primárias sugeridas: • Cachorro • Rato • Espada • Coração • Chapéu • Flor • Girafa • Coelho • Cisne • Cachorro poodle Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 14 3- MAQUIAGEM INFANTIL definição: Arte de realizar desenhos na pele com pincel e tinta. Materiais Utilizados: • Tinta liquida especial para pintura na corpo (antialérgica) • Pincel (de acordo com adaptação do maquiador) • Gliter fruta cor ou colorido • Recipiente para água • Lenço umedecido Tipos de maquiagem infantil: PINTURA NA FACE São desenhos aplicados a partir do formato da face humana, utilizando a maior parte da face. PINTURA NO CORPO São desenhos completos que são inseridos em qualquer parte do corpo (mãos, bochecha, braço) Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 15 3.1- SOBRE AS CORES cores Primárias: O Amarelo primário, o Azul Ciano e o Vermelho Magenta, são conhecidas com cores primárias. São cores puras, cores independentes que não se podem decompor, logo não derivam da mistura de outras cores. Através da mistura entre estas, é que se torna possível conseguir novas cores, chamadas de cores secundárias. cores secundárias: São o violeta, verde e laranja, de acordo com a lista a seguir: Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 16 cores Terciárias: Através da mistura das cores secundárias, é que se torna possível conseguir novas cores, chamadas de cores terciárias. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 17 DESENHOS BÁSICOS SUGERIDOS PinTUra na Face • Borboleta • Batman • Palhaço • Tigre • Cachorro PinTUra no corPo • Flor • Coração • Balão • Golfinho • Teia de aranha Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 18 4 - RODAS E BRINCADEIRAS CANTADAS definição: Brincadeira com música para repetição ou acompanhamento de grupo de pessoas, sem utilização de instrumentos musicais e habilidade vocal, com intuito de diversão e entretenimento. conceito: “As brincadeiras cantadas são bastante antigas, podendo ser uma interpretação infantil das danças circulares sagradas. As crianças cantavam as músicas e o elemento lúdico teria impulsionado a realização de alterações nestas danças, resultando em novas formas de dançar. As brincadeiras cantadas fundem musicalidade, dança, dramatização, mímica e jogos, (dependendo do enfoque a ser priorizado em cada atividade), representando um conhecimento de grande contribuição à vida de movimento da criança.” (PIMENTEL, 2005) Preparação para roda ou brincadeira cantada: 1. Cantar toda a música para que o grupo conheça 2. Ensinar a música por frase musical 3. Cantar a música 4. Incluir os gestos gradativamente (quando houver) Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 19 Exemplo de rodas cantadas: FORMIGUINHA Fui ao mercado comprar café Veio a formiguinha e subiu no meu pé Aí eu sacudí, sacudí, sacudí Mas a formiguinha não parava de subir (trocar as palavras sublinhadas por objetos e partes do corpo que rimem.) Ex: panela/canela; espelho/joelho. Partes do corpo devemos mexer ao cantarmos “sacudi”). Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 20 5 - JOGOS E BRINCADEIRAS definição: Atividades recreativas elaboradas para recrear, divertir, entreter pessoas em seu tempo disponível. conceito: Para Roger Caillois (1990, p.29-30) o jogo pode ser essencialmente como uma atividade: • LIVRE: uma vez que, se o jogador fosse a ela obrigado, o jogo perderia de imediato a sua natureza de diversão atraente e alegre; • DELIMITADA: circunscrita a limites de espaço e de tempo, rigorosa e previamente estabelecidos; • INCERTA: já que o seu desenrolar não pode ser determinado nem o resultado obtido previamente, e já que é obrigatoriamente deixada à iniciativa do jogador uma certa liberdade na necessidade de inventar; • IMPRODUTIVA: porque não gera bens, nem riquezas nem elementos novos de espécie alguma; e, salvo alteração de propriedade no interior do círculo dos jogadores, conduz a uma situação idêntica à do início da partida. • REGULAMENTADA: sujeita a convenções que suspendem as leis normais e que instauram momentaneamente uma legislação nova, a única que conta; • FICTíCIA: acompanhada de uma consciência específica de uma realidade outra, ou de franca irrealidade em relação à vida normal. 5.1 – Sugestão de jogos e brincadeiras para pequenos espaços definição: São atividades adaptadas para realização em local onde as dimensões são reduzidas, possibilitando a execução apenas através de atividades recreativas com pouca ou nenhuma movimentação. Obs.: Para esta definição é utilizado o conceito de jogos e brincadeiras como sinônimos. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 21 5.2- Sugestão de atividades recreativas para espaços reduzidos: 1. Caçador – tigre e espingarda 2. Joquêm pô humano 3. Salada de fruta 4. Dança das cadeiras cooperativa 5. Dança dos bichos 6. Caça as frutas 7. Jogo dos números 8. Quero-quero 9. Casamento chinês (jogo do piscar) 10. Inquilino 11. Corredor maluco 12. Jogo da velha humano 13. Encontre seu par 14. Dança das bexigas 15. Gincana de estafetas Técnicas e PráTicasde Lazer e recreação 22 1- caçador Tigre esPingarda Divididos em duas equipes, uma em frente à outra. O recreador demonstra para as equipes os seguintes sinais: – Caçador: Braços cruzados – Tigre: Imitando com as mãos garras de um tigre – Espingarda: imitando com as mãos uma espingarda Cada equipe deve escolher apenas um sinal de cada vez, sem que a outra equipe saiba qual é o sinal. Ao apito do monitor uma equipe demonstra o sinal escolhido para a outra equipe. – O caçador vence a espingarda – A espingarda vence o tigre – O tigre vence o caçador Cada vez que as equipes mostram os sinais o recreador observa de acordo com os itens acima e marca ponto para a equipe. 2- JoqUeMPô hUMano Dividi-se o grupo em duas colunas, uma ao lado da outra, ensina-se ao grupo o jogo do joquempô com as mãos: Pedra (mão fechada), Papel (mão aberta) e Tesoura (indicador e dedo médio abertos). Pedra ganha de tesoura, tesoura ganha de papel e papel ganha de pedra. Marca um local com um arco uns 2 metros das duas colunas. Ao sinal um integrante de cada grupo dirigi-se em direção a outra equipe, em determinado momento obrigatoriamente os dois irão se encontrar. No momento do encontro fazem à disputa e quem ganha continua em direção a equipe adversária, enquanto quem perde volta a sua equipe. Ao mesmo tempo em que o integrante da equipe perde no joquempô o próximo integrante da sua equipe dirigi-se a outra equipe para impedir que o adversário chegue à marca inicial da sua equipe. Marca ponto quem chega à frente da outra equipe. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 23 3- saLada de FrUTas Um circulo de cadeiras, uma cadeira para cada integrante. Cada integrante recebe um nome de fruta, apenas duas ou três frutas, dependendo do número de participantes, pois existirão varias pessoas com o mesmo nome de fruta. O recreador inicia a brincadeira em pé e fala o nome de uma das frutas. Todos os integrantes que possuem a fruta citada pelo recreador devem trocar de cadeira. O recreador deve sentar em uma das cadeiras, isso resultara em um integrante em pé, que devera falar o nome de outra fruta e também sentar. A brincadeira segue e cada pessoa que ficar em pé, poderá escolher uma ou duas das frutas existentes. Se um integrante falar salada de fruta todos devem trocar de cadeira. Pode ser inserida uma tarefa quando o mesmo integrante permanecer duas ou mais vezes em pé. 4- dança das cadeiras cooPeraTiVa Este é o tradicional jogo das cadeiras, em que os jogadores se deslocam à volta de um grupo de cadeiras ao som de uma música e, de repente, quando a música pára, têm de se sentar. Mas aqui, as regras são diferentes. Em lugar de se eliminar o jogador que não se conseguiu sentar numa cadeira, impõe-se a condição de este não ficar com os pés no chão. Resultado, ele terá de se sentar ao colo de outro jogador. Cada vez que pára a música, é retirada uma cadeira. Então, à medida que o número de cadeiras diminui, os jogadores são levados a cooperar entre si, para se poderem equilibrar todos sobre a(s) cadeira(s) respeitando a regra de não ter os pés no chão. Todos saem vencedores e muito divertido. 5- dança dos bichos Em papéis anota-se o nome de casais de animais (pode-se usar o jogo do mico). Formar o mesmo número de casais de animais e participantes da atividade. Entrega-se os papeis e solicita ao grupo que os animais machos fiquem de um lado e as fêmeas de outro. Recolhe-se os papeis com o nome dos animais e entra uma música animada e atual. Informa ao grupo que eles devem dançar e ao mesmo tempo rodar como uma dança indígena. Mistura-se os papeis com os nomes dos animais e entrega-se novamente aos grupos machos de um lado e fêmea de outro. Quando a música parar os casais tem que se encontrar. O último casal saí do jogo. Vence o casal que ficar até o final. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 24 6- caça as FrUTas Desenhos em papeis ou peças de plásticos com figuras ou formas de frutas. Mostra-se as frutas ao grupo e esconde pelo local. Ao sinal individualmente devem procurar e recolher as frutas. Vence quem encontrar o maior número de frutas. 7- Jogo dos núMeros Dividi-se o grupo em duas fileiras uma em frente à outra. Informa-se a cada integrante um número, sendo que os números que existem em uma equipe serão repetidos na outra equipe para que possam competir de dois em dois. Coloca-se um objeto no meio das duas equipes. O recreador informa um número, exemplo o número dois, o integrante de cada equipe que corresponde ao número dois, terão que pegar o objeto que esta no meio sem ser pego. Quem pegar o objeto primeiro e voltar ao local da sua equipe marca ponto, porém se pegar o objeto primeiro e antes de chegar a sua equipe for pego pelo adversário com o objeto em seu poder, o ponto é marcado para o adversário. 8- qUero-qUero O animador dá início à atividade dividindo as crianças em equipes de meninos e meninas. Então explica que sempre que disser: - Eu quero, eu quero, eu quero! Eles devem responder: - O que, o quê, o quê? Assim, vai solicitando diversos objetos e controlando a competição. Marca ponto a equipe que trouxer primeiro o que foi pedido. Vence a equipe que fizer mais pontos. É interessante que as solicitações sejam bem variadas, como por exemplo: • Um guardanapo marcado de batom; • Um beija flor (nota de um real); • O RG mais antigo; • O maior sapato de homem; • O menor sapato de mulher; • A maior quantidade de relógios de pulso; • Uma presilha de cabelo; • Pente; • Maior quantidade de bonés; • Cartão telefônico. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 25 9- casaMenTo chinês ( Jogo do Piscar) Informe ao grupo para formarem duplas, com cadeiras, solicite que um da dupla fique atrás da cadeira em pé, enquanto que o outro irá sentar. O recreador deverá ficar atrás de uma cadeira vazia. O recreador informa ao grupo que os indivíduos que estão sentados deverão olhar sempre para quem esta com a cadeira vazia e quando quem esta com a cadeira vazia piscar o mesmo tentará se deslocar para cadeira de quem piscou. Quem está em pé atrás da cadeira se perceber que irão piscar para seu parceiro deverão impedir apenas com um toque nos ombros de quem esta sentado, se. Isso ocorrer, o individuo que esta sentado permanece no lugar e quem esta sozinho deverá piscar para outro rapidamente. A atividade permanece por um tempo e depois troca-se quem estava sentado ficará em pé e quem estava em é devera sentar e a atividade é reiniciada pelo recreador. 10- inqUiLino O grupo devera ser dividido em grupos de três integrantes. De cada grupo um será o inquilino que ficar no meio e os outros dois formarão uma casa de mãos dadas ao alto. O recreador informa que quando disser inquilino, todos que estão no meio irão trocar de lugar, se disser casa que se desloca são as duplas de mãos dadas procurando um novo inquilino, se disser terremoto todos deverão mudar de posição, as duplas irão desfazer as casas e poderão formar dupla com outra pessoa ou ser um inquilino. O recreador inicia a atividade e o que ele disser devera fazer parte de um grupo de três pessoas, sobrando assim um individuo no seu lugar que irá escolher o comando (inquilino, casa ou terremoto) e fazer parte de um outro grupo de três e sucessivamente a atividade vai se repetindo. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 26 11- corredor MaLUco O recreador deve fazer um corredor de mais ou menos dois metros de largura com 10 metros de comprimento e uma marca (que pode ser um circulo) no final do corredor. O grupo devera ser dividido em dois grupos de números iguais de integrantes. Uma equipe ataca primeiro e a outra realiza a defesa, depois inverte quem atacou defende e quem defendeu ataca. A equipe que ataca deve ficar em fileira (um atrás do outro). O primeiro da fileira receberá a bola lançada pelo recreador e deve bater na bolao mais longe possível. Assim que bater na bola seu objetivo é correr pelo corredor até a marca (que pode ser um circulo) e dar a volta na marca e retornar pelo corredor sem sair do mesmo. Caso consiga ir e voltar pelo corredor sem ser queimado o integrante da equipe que ataca marca dois pontos para sua equipe caso tenha sido queimado uma vez marca apenas um ponto. A equipe que defende deverá buscar a bola assim que ela for rebatida pelo integrante do ataque. O objetivo de quem defende pode ser colocar a bola na marca que existe no final do corredor ou queimar o integrante do ataque. Caso a defesa queime o integrante do ataque o mesmo deve ficar parado no local onde foi queimado. Ele só poderá se mover quando outro atacante tocá-lo. Este toque apenas no próximo ataque. No caso da defesa colocar a bola na marca existente no final do corredor antes do integrante do ataque ir ou voltar no corredor, a defesa elimina o ataque. 12- Jogo da VeLha hUMano Esta atividade é indicada para dez participantes. Dividi-se em grupos de três. Assim como no jogo da velha original, daremos sinais para os grupos, os sinais podem ser: “X” , “0”, “L”. Dispomos nove cadeiras em três colunas de três cadeiras. Toca-se uma música animada e quando a música é interrompida os grupos de três indivíduos tem como objetivo sentar nas cadeiras, de maneira a se organizar com seus sinais (na horizontal, vertical ou diagonal). Um indivíduo não faz parte de nenhum grupo, porém quando consegue sentar ele recebe o sinal do participante que não conseguiu sentar. A cada jogo da velha formado o grupo marca ponto. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 27 13- enconTre seU Par Faz-se uma estimativa de quantas pessoas irão participar da atividade. Se o recreador deseja que cinqüenta pessoas participem da atividade, ele prepara papéis com números de um a vinte e cinco e repete a numeração. O recreador entrega os números e ao término da entrega, diz que as pessoas devem encontrar o seu parceiro que tem o mesmo número as duplas que chegarem primeiro terão alguma vantagem ou brinde. Atividade utilizada normalmente para iniciar uma outra atividade. 14- dança das bexigas O recreador pede que as pessoas formem duplas e entrega um balão a cada dupla. Solicita que inflem os balões e comecem a dançar no ritmo da música com o balão na testa da dupla. Toca-se uma música animada e o recreador vai interrompendo de tempos em tempos a música. A cada pausa o recreador solicita que mudem o balão de posição, em várias partes do corpo (da testa para as mãos, depois para as pernas, etc.). 15- gincana de esTaFeTas As estafetas são atividades que se caracterizam pela repetição dos mesmos movimentos, realizados um a um por todos os integrantes da equipe. Normalmente efetuados em colunas (um atrás do outro) ou fileiras (Um ao lado do outro). Um conjunto dessas atividades denomina-se gincana de estafetas. PRIMEIRA ESTAFETA: Duas ou mais colunas. Ao sinal o primeiro de cada coluna passa a bola sobre sua cabeça e quem recebe passa a bola por entre as pernas e assim sucessivamente até o ultimo. Quem esta no fim da coluna recebe a bola e corre para o inicio da coluna e reinicia toda a seqüência. Vence a equipe que conseguir chegar à sua posição inicial. SEGUNDA ESTAFETA: Seguindo a mesma ordem da primeira estafeta. A diferença agora é que se passa a bola o primeiro pelo lado direito e o próximo pelo lado esquerdo. TERCEIRA ESTAFETA: Duas colunas ou mais. Todos com um balão cheio nas mãos. Ao sinal, o primeiro de cada coluna corre até uma cadeira que estará em frente a sua coluna, coloca o balão na cadeira e estoura o balão sentando em cima. Retorna até a sua equipe e toca o próximo integrante que realiza o mesmo. Vence a equipe que estourar todos os balões. Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 28 REFERÊNCIAS BRUHNS, H.T. Introdução aos estudos do lazer. (org.). Campinas: Ed. da Unicamp, 2001. CAMARGO, L. O. L. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998. ________________. O que é lazer. 1ª reimpressão. São Paulo: Editora Brasiliense,1999. DUMAZEDIER, J. Sociologia empírica do lazer. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. _______________. Lazer e cultura popular. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000. FURTADO, S.M. & VIEIRA, F. Hospitalidade – turismo e estratégias segmentadas. (org.). São Paulo: Cenage Learning, 2011. MARCELLINO, N. C. Lazer e educação. 5. ed. Campinas: Papirus, 1998. _________________.(org.) Repertório de atividades de recreação e lazer. 2ª ed. Campinas: Papirus, 2002. _________________. Estudos do lazer: uma introdução. 4ª ed. Campinas: Autores Associados, 2006. RIBEIRO, O.C.F. & QUEIROZ, E. & SOUZA, L.M. Os hotéis de lazer do Estado de São Paulo: um diagnóstico. Revista Licere, B.H., v 07 n.01, junho de 2004. RYBCZYNSKI, W. Esperando o fim de semana. Rio de Janeiro: Record, 2000. http://www.abae.org.br/frames/rodas_cantadas.html acessado em 13/06/2011 http://www.latexsr.com.br/baloes_saoroque/baloes_saoroque.htm acessado em 13/06/2011 http://www.tiobill.com.br/ acessado em 13/06/2011 http://tiochoquito.com.br/atividades.asp acessado em 13/06/2011 Técnicas e PráTicas de Lazer e recreação 29 Anotações
Compartilhar