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TJ-SP/TJ_SP_14_XEST_administrativoestatuto_marcos_Aula 00.pdf Aula 00 Direito Administrativo (Estatuto dos funcionários de SP) p/ TJ-SP - Escrevente Professor: Marcos Van Acker 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 21 AULA 00: Introdução à Lei 10.261/68 SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2. Cronograma 2 3. Introdução 3 4. Aplicabilidade do Estatuto hoje 6 5. Noções essenciais 7 6. Questões comentadas 11 7. Lista das questões apresentadas 18 8. Gabarito 21 Olá, amigos. Para mim é um grande prazer estar aqui, no ESTRATÉGIA CONCURSOS, para conversar com vocês a respeito da Lei 10.261/68, que é o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de São Paulo, em mais uma etapa de preparação para o concurso do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Estudar a Lei 10.261/68 é fundamental, por duas razões ± uma, para enfrentar a prova e conseguir a aprovação; outra porque, depois de aprovado, sua vida funcional será regida por este diploma, que estabelece uma série de direitos e obrigações para todo servidor público do Estado de São Paulo. Gostaria de me apresentar. Meu nome é Marcos Van Acker, sou servidor público do Estado de São Paulo há mais de 10 anos, atualmente sou Agente Fiscal de Rendas, da Secretaria da Fazenda, aprovado no último concurso de 2009. Anteriormente, trabalhei na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 1999; em todo este período no setor público trabalhei em áreas relacionadas à Gestão de Recursos Humanos. Minha área de formação é em Letras, bacharelado pela FFLCH-USP, licenciado pela FEUSP. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 21 Nosso curso sobre a Lei 10.261/68 ± extensão e objetivos A Lei 10.261/68 procura regular todos os aspectos da vida funcional do servidor público, sendo por isso extensa, com mais de 300 artigos. Neste curso, não vamos abordar toda a lei; vamos tratar dos artigos mais importantes, e que têm mais chance de serem alvo de questões da banca examinadora. Na medida do possível, usaremos questões de concursos anteriores. Nossa intenção é revelar a simplicidade do assunto, e tratá-lo de forma objetiva. Vamos estudar a matéria de forma a tratar dos pontos mais importantes, para que ninguém seja surpreendido na prova para o Tribunal de Justiça! Cronograma Aula 0 - 06/06/2014 O que é o estatuto. Sua extensão. Aplicabilidade. Noções esseciais do Estatuto ± cargo, carreira. Aula 1 ± 20/06/2014 Formas de Provimento e Vacância. Posse e Exercício. Direitos e Deveres do Servidor Público. Aula 2 ± 04/07/2014 Vedações. Apuração Preliminar. Processo Administrativo Disciplinar. Penalidades. Nota: Nesta aula inicial, de demonstração, vamos tratar de noções introdutórias ao Estatuto, por isso a aula tem uma extensão um pouco menor; as seguintes terão conteúdo mais extenso, e mais questões de prova. Inclusive, nas aulas seguintes, teremos a participação especialíssima do Prof. CYONIL BORGES, comentando diversas questões de prova! Trata-se de um excelente professor, referência no Direito Administrativo. Pois bem, meus amigos, então vamos ao Estatuto! 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 21 1 INTRODUÇÃO 1.1 O que, afinal, é o Estatuto? A Lei 10.261, de 28 de outubro de 1968, instituiu o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de São Paulo. Que nome comprido, não? Estatuto é um conjunto de regras de organização; pode ser aplicado, por exemplo, às regras de organização de uma associação. No nosso caso, a Lei 10.261/68 estabelece regras relativas a um certo grupo social. Este é um uso comum da palavra. Ouvimos todos os dias falar em Estatuto do Idoso, Estatuto da Criança e do Adolescente. No nosso caso, o grupo social objeto das regras estatutárias é composto de Servidores Públicos. Especificamente, os do Estado de São Paulo. E, entre estes, apenas os civis, ou seja, excetuados os policiais militares (que têm lei própria). O nome é comprido, mas o conceito é simples, não? Para facilitar, a partir deste ponto, para nos referirmos ao Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de São Paulo, diremos apenas ³(VWDWXWR´��RX�³()3´�� 'D�PHVPD� IRUPD�� TXDQGR� QRV� UHIHULUPRV� D� ³VHUYLGRUHV´�� HQWHQGDP�TXH� falamos sobre os servidores civis. Vimos então que o EFP é genérico, trata em princípio de todos os servidores públicos paulistas. Isto é estabelecido em seu Artigo 1°: Artigo 1º ² Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado. Parágrafo único ² As suas disposições, exceto no que colidirem com a legislação especial, aplicam-se aos funcionários dos 3 Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado 1.2 Alcance do Estatuto 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 21 O Estatuto é o regime jurídico dos servidores públicos. Em outras palavras, o Estatuto rege, regula a relação jurídica existente entre a Administração Pública, o Estado, e seus servidores. Esta relação é plenamente compreendida se recordarmos dois princípios da administração pública, que vocês, concursandos atentos, lembram-se bem: - Princípio da supremacia do interesse público, segundo o qual o interesse público, entendido como interesse de toda a coletividade, tem preponderância sobre os interesses particulares; - Princípio da legalidade, segundo o qual a ação da autoridade pública tem de contar com permissão legal para ser válida. Pois bem, a relação estatutária entre servidor e Estado é de Direito Público, e por meio dela o servidor, ao ser investido em cargo público, assume deveres legais, todos os que a Lei prescreve. Assim, no exercício do cargo o servidor tem deveres aos quais não pode furtar-se, sendo os primeiros os decorrentes dos princípios acima nomeados. Além disso, ao assumir os deveres do cargo, que não são outros que os do Estado, o servidor público passa a fazer parte de uma relação contratual unilateral, em que seus direitos estão previamente estabelecidos por Lei, e não podem ser objetos de negociação. Vejam como isso tem relação direta com os princípios da legalidade e da impessoalidade. Notem a diferença em relação à relação trabalhista de caráter privado, entre empresa e trabalhador, que pode, em tese, ser negociada, com direitos e deveres estipulados por meio de livre negociação entre as partes. 1.3 ± O Estatuto é universal Vemos, no parágrafo único do artigo 1°, que o Estatuto, no Estado de São Paulo, aplica-se a todos os servidores dos 3 poderes do Estado. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 21 As exceções ficam para os casos em que leis específicas dispuserem em contrário do Estatuto. Assim, temos que o Estatuto tem aplicação universal, e é genérico, seus dispositivos não descem ao nível de minúcia que uma lei específica, por exemplo, reguladora de uma carreira, pode chegar. Se houver conflito nesse caso, prevalece a lei específica. A previsão consta do Estatuto. Assim, aplicam-se as normas do Estatuto a todos os servidores da administração direta dos 3 poderes; em princípio, não são regidos pela norma estatutária os servidores da administração indireta, ou seja, de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, a não ser que haja previsão legal específica. Esta delimitação encontra-se no Artigo 2° do Estatuto. Artigo 2º ² As disposições desta lei não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei anterior, já tenham a qualidade de funcionário público. Parágrafo único ² Os direitos, vantagens e regalias dos funcionários públicos só poderão ser estendidos aos empregados das entidades a que se refere este artigo na forma e condições que a lei estabelecer. Com isso, vimos o alcance das normas do Estatuto, que é fundamental para compreender a lei. O tema pode ser cobrado em provas, como na questão a seguir: 1) 1. (FCC/Casa Civil/Executivo Público/2010 - adaptada) Com relação ao Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo ( Lei n° 10.261/68), considere as seguintes proposições: I. As disposições do Estatuto não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei anterior, já tenham a qualidade de funcionário público. II. A norma Estatutária tem caráter de lei geral, e portanto não derroga leis específicas que regulem carrerias ou cargos públicos específicos III. Os funcionários de uma autarquia estadual não serão nunca sujeitos dos direitos que o EFP garante aos funcionários públicos. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 21 São proposições CORRETAS a) I e III b) II e III c) I e II d) Somente I _______________ Comentários: Vamos analisar cada uma das proposições para encontrarmos a alternativa correta. A proposição I reproduz literalmente o caput do Artigo 2° do EFP, veja a transcrição mais acima; portanto está correta. A proposição II está correta, vimos que o EFP é universal e genérico para os servidores públicos de SP; no caso de lei especial ou específica, se houver conflito, o EFP pode ser derrogado pela lei especial, apenas para os servidores regidos por tal lei, continuando plenamente válido para os demais! $� SURSRVLomR� ,,,� WUD]� XPD� ³SHJDGLQKD´�� SRLV� GH� IDWR� RV� IXQFLRQiULRV� autárquicos não têm garantidos os direitos assegurados pelo EFP aos servidores, mas a proposição diz que eles não serão nunca sujeitos desses direitos, e há a ressalva do parágrafo único do Artigo 2º, que garante a esses servidores tais direitos, se houver previsão legal para tanto. Assim, a proposição não está correta. Temos como corretas as proposições I e II, o que nos leva à alternativa c. Gabarito: C 2. Aplicabilidade do Estatuto hoje O concursando atento já percebeu que a Lei 10.261/68 tem mais de quarenta anos de idade. No entanto, continua em pleno vigor. Em grande parte, isso se deve ao fato de ser uma lei de princípios, geral. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 21 Em muitos pontos, evidentemente, o Estatuto já foi derrogado por outras leis, mais recentes. Por exemplo, havia previsão, na redação original do EFP, da prisão administrativa. Era uma forma de penalidade; a autoridade administrativa poderia recorrer à prisão de servidor faltoso. Estava prevista nos artigos 264 e seguintes, cuja redação foi totalmente alterada pela LC 942/2003. Muito embora a revogação expressa destes dispositivos só se tenha dado em 2003, é evidente que tais artigos não tinham sido recepcionados pela Constituição Federal. Notem que o EFP entrou em vigor em ordem constituicional anterior à vigente, sob a Constituição de 1967, durante o regime militar. Em outros pontos, não houve revogação formal, mas há debate sobre se certos dispositivos podem ser recepcionados pela CF/88. Por exemplo, a forma de provimento chamada acesso (art. 11, IV) é por vezes alvo dessa discussão. Os defensores de sua não-recepção apegam-se ao fato de que o acesso é uma forma de provimento diversa da do concurso público, prevista na CF. Não nos aprofundaremos nesse tipo de discussão, pois foge do escopo do edital. Devemos reter o seguinte, o Estatuto continua em pleno vigor, e só pode ser alterado por Lei Complementar. Diz-se que ele tem eficácia de lei complementar, embora não seja originalmente uma lei complementar, já que essa espécie legislativa nem existia quando foi promulgado. Mas é a previsão do item 10 do parágrafo único do Artigo 23 da Constituição Estadual. A competência para propôr leis relativas a cargos e funcionários públicos é do governador. 3. Noções Essenciais do Estatuto As noções de Funcionário, Cargo e Carreira são importantíssimas na organização interna do EFP, e são definidas uma em função da outra. Vejamos como. 3.1 Funcionário Público 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 21 Funcionário Público, segundo o EFP, é a pessoa legalmente investida em cargo público. Chegamos agora a uma noção pessoal. Uma das hipóteses de investidura é a aprovação em concurso público. Sim, meus amigos! Agora o Estatuto está falando de vocês!! Futuros aprovados no concurso do TJ-SP!! Veremos logo, logo as diversas formas de investidura; se a pessoa que assume cargo público pelas formas legais de investidura torna-se Funcionário Público, para o EFP, precisamos entender o que é o tal cargo público. Mas antes faz-se necessário um parêntese. 3.1.1. Distinção entre Servidor Público e Funcionário Público Simplesmente não há distinção entre servidor e funcionário público. Este último é o termo consagrado pelo Estatuto; a CF, por sua vez, preferiu o WHUPR� ³VHUYLGRU´��3DUD�TXH�QmR haja confusão ou receio, deixemos bem claro isso. Ambos serão os ocupantes dos cargos públicos. Vamos em frente? 3.2 Cargo O EFP reza que cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário. Somos tentandos a acrescentar que tais atribuições e responsabilidades são necessariamente previstas em lei, na lei de regência do cargo ± a tal legislação especial do parágrafo único do Art. 1º. Portanto, o cargo público é um feixe de deveres que assumimos ao tomar posse. O cargo público só pode ser criado por Lei. Em São Paulo, Lei Complementar de iniciativa do Governador. Vejam que as noções do Estatuto são simples, não cabe complicá-las ou montar teorias a respeito. É necessário compreender cada passo, e logo teremos uma visão do conjunto. Então, o EFP trata o cargo como conjunto de responsabilidades cometidas a funcionário, investido nessa condição por meio legalmente previsto. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 21 Importante também relembrar noções que você já aprendeu no Direito Administrativo, e que o EFP não se preocupa em definir à minúcia, mas são importantes: Cargo efetivo é o assim definido em lei, e provido mediante realização de concurso público. Cargo em comissão é aquele para cuja nomeação a autoridade competente tem ampla discricionariedade, bem como para a exoneração; diz-se cargo demissível ad nutum, ou seja, instantaneamente. Função comissionada é também uma subespécie de cargo, pois a ela devem estar associadas responsabilidades e atribuições; é atribuível a quem ocupa cargo efetivo, para o exercício de funções de direção, chefia e assessoramento. 3.2.1 Classe, Carreira e Quadro Trata-se de conjuntos formados a partir da unidade Cargo Público. Classe é o conjunto de cargos da mesma denominação. Suponhamos que haja um cargo de Supervisor de Obras Públicas, da Secretaria de Obras. Todos os cargos de Supervisor de Obras Públicas pertencem à mesma Classe. Carreira para o EFP é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonadas segundo o nível de complexidade e o grau de responsabilidade. Quadro é o conjunto de carreiras e de cargos isolados. Entenda-se cargos isolados aqueles que não estão agrupados em carreira. Geralmente o quadro está relacionado a órgãos, ou entes, p.ex, o Quadro do TJ, o Quadro da Secretaria da Cultura abriga tais e tais carreiras, etc. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 21 Existe um conceito estranho ao Estatuto, que é o de emprego público, introduzido no ordenamento jurídico pela EC 19/98, no âmbito da FKDPDGD�³UHIRUPD�GR�(VWDGR´�j�pSRFD�HPSUHHQGLGD��XPD�IRUPD�KtEULGD�� à qual se pretendia cometer atribuições de cargos públicos submetida no HQWDQWR� D� UHJLPH� GH� WUDEDOKR� FRQWUDWXDO� GD� &/7�� QXPD� UHODomR� ³TXDVH� SULYDGD´��+DYLD�j�pSRFD�D� LQWHomR�GH�SROtWLFD de descaracterizar o cargo público, igualando o trabalhador do setor público aos demais. Notar que o Estatuto qualifica e define o servidor público como tal. Lembrar que emprego público é instituto diverso do cargo público, não são a mesma coisa. 3.3 Lotação A definição dada pelo próprio EFP consta do seu Artigo 58, que diz: Entende-se por lotação, o número de funcionários de carreira e de cargos isolados que devam ter exercício em cada repartição ou serviço. Lotação é a quantidade desejável de cargos ocupados por funcionários, em cada sub-XQLGDGH��RX�³UHSDUWLomR´��GH�XP�yUJmR�S~EOLFR� Enquanto tal número não é atingido, temos por consequência cargos vagos naquela unidade administrativa. Não se admite excesso de lotação, ou seja, número superior ao estipulado. A noção de lotação tem relação com racionalizar e quantificar as necessidades de pessoal. : lotação não é o mesmo que o número de cargos; o quantitativo de cargos está determinado na Lei de sua criação e regência. A partir daí, tais cargos podem ser distribuídos nas unidades administrativas dos órgãos para os quais o cargo foi criado. Imaginemos um exemplo, uma Secretaria de Esportes; dentro dela, imaginemos uma sub-unidade chamada Divisão de Apoio ao Esporte $PDGRU��³UHSDUWLomR´�~QLFD��VHP�PDLV�VXEGLYLV}HV�� Ora, a Lei n° XXXX criou 100 cargos de Técnico Esportivo, a ser provido em caráter efetivo. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 21 A lotação da nossa Divisão, conforme Resolução do Secretário, é de 20 Técnicos Esportivos, e mais 05 Auxiliares Administrativos, cargo regido por Lei diversa. Além disso, a nossa unidade administrativa conta com 3 ocupantes da função comissionada de Supervisor de Esporte, privativa de ocupantes do cargo de Técnico Esportivo, e um cargo em comissão de Diretor de Divisão, de livre provimento. A lotação da nossa Divisão compreende todos os cargos enumerados, e totaliza 29 servidores (20 + 5 + 3 + 1). Muito bem, compreendemos algumas questões essenciais do Estatuto nessa aula introdutória. Seguem algumas questões para você rever a matéria. Questões Comentadas 2. (FCC/TRT 8ª/Técnico Judiciário ± adm /2010) Sobre cargo público é correto afirmar: A) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas. B) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei. C) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente. D) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um cargo. E) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo. ________________ Comentário: Examinemos todas as alternativas. A primeira trata como sinônimos cargo público e emprego público. Definitivamente, não são a mesma coisa. O emprego público foi introduzido no ordenamento pela EC 19/98, e permanece estranho ao EFP. A afirmativa portanto é incorreta. A alternativa seguinte está correta, é mandamento constitucional relacionado ao cargo público, embora estranho ao EFP. Importante que 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 21 conheçamos o Artigo 37 e seguintes da CF, a alternativa reproduz o inciso I do art. 37. Está correta portanto. Continuemos nosso exame. A alternativa c trata do provimento de cargo em comissão, que, como vimos, é alvo de grande discricionariedade da autoridade competente para nomeação, sendo demissível ad nutum. Portanto, não tem caráter permanente. Vê-se que a alternativa não está correta. A afirmativa seguinte contém uma armadilha. Função é uma subespécie de cargo, como vimos, quanto à função comissionada; o ocupante de cargo pode não ocupar função, e geralmente as funções são destinadas a quem ocupa cargo. Há no entanto regimes em que há contratos temporários para desempenho de funções; esses regimes tendem à extinção hoje. Em São Paulo, tivemos a Lei 500/74, que permitia a contratação para desempenho de funções. A alternativa está incorreta. Por fim, a alternativa e menciona a criação de cargo por meio de decreto. Isso é impossível, o cargo público só pode ser criado por Lei, e em São Paulo por Lei Complementar de iniciativa do Governador, como vimos. Incorreta a alternativa, ficamos então com a opção b. Gabarito: B 3. Os servidores públicos obedecem a normas constitucionais e infraconstitucionais, como o Estatuto. Acerca disso, analise as proposições e indique a correta a) O Estatuto como lei específica pode derrogar as normas constitucionais acerca dos servidores públicos em geral b) A CF/88 recepcionou integralmente o Estatuto, que por isso tem pleno vigor c) O Estatuto tem plena vigência hoje, apenas acerca de alguns dispositivos pode haver discussão acerca de sua recepção face à CF; d) A CF/88 inovou grandemente em relação aos servidores públicos, e com isso não recepcionou a maioria dos dispositivos do Estatuto, o que o torna praticamente inaplicável hoje em dia _______________ Comentários: 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 21 A primeira alternativa faz um pequeno jogo com conceitos para atrapalhar o candidato. De fato, mencionamos que a lei específica pode derrogar a lei geral, mas o Estatuto, norma infraconstitucional, não pode derrogar a norma da Lei Maior. Está portanto incorreta a proposição. A proposição seguinte faz supor que o Estatuto foi recepcionado integralmente pela CF, o que não é o caso, como vimos; demos inclusive o exemplo da prisão administrativa. A alternativa seguinte atenua a afirmação anterior, ao dizer que a recepção pela CF de alguns de seus dispositivos ainda pode ser discutida; outros já foram derrogados por leis mais recentes. É afirmativa correta. Com isso, a derradeira proposição fica evidentemente inválida; a CF aliás não inovou tanto em matéria de servidor público, houve antes uma consolidação de direitos já anteriores à própria Carta. Inovação houve alguma com a EC 19/98, que no entanto não invalidou de forma alguma o EFP, que continua em pleno vigor. Gabarito: C 4. A norma relativa ao servidor público no Estado de São Paulo I- Está inscrita necessariamente no Estatuto do Servidor Público II ± que constar do EFP aplica-se aos servidores dos 3 poderes III - que altere direitos para servidor, de qualquer que seja dos 3 Poderes, é de iniciativa do Governador do Estado IV - de caráter específico pode derrogar o Estatuto, e é de iniciativa do Titular do Poder, caso trate específicamente de servidores de um dos Poderes. Estão incorretas as proposições a ± I e IV b ± II e III c ± III e IV d - I e III _________________ Comentário: 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 21 Vamos analisar as proposições. A primeira contém uma generalização, armadilha conhecida do concursando experiente: sabemos já que nem toda norma relativa a servidor público estará no Estatuto, que tem caráter de lei geral. Incorreta portanto. A alternativa seguinte nos relembra apenas da aplicabilidade do EFP aos servidores dos 3 poderes do Estado, que aprendemos no Artigo 1° da lei. Está correta. A iniciativa da legislação que altere o EFP, conforme aprendemos, é do Governador; no entanto, se for legislação específica para os servidores de outros poderes que não o Executivo, a iniciativa caberá então ao titular do Poder: ao Presidente do Tribunal de Justiça, ou à Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. De outra forma, teríamos ingerência de um Poder sobre outro, ferindo o princípio constitucional da serparação dos poderes. Assim, está incorreta a proposição. A última proposição nos faz relembrar que a norma específica pode derrogar o Estatuto, a própria Lei o prevê no parágrafo único de seu Artigo 1°, e da questão da iniciativa legislativa tratada acima: via de regra, é do Governador; se tratar-se apenas de servidores de um dos Poderes que não o Executivo, será do Titular do Poder. Está correta, portanto. A questão pede as alternativas incorretas; vimos que são a I e a III, o que nos leva à alternativa d. Gabarito: d 5. A Lei 10.261/68 é uma lei ordinária criada sob a égide da Constituição de 1967. Podemos dizer que essa Lei I- pode ser alterada por lei ordinária, de iniciativa do Governador; II- embora tenha eficácia de lei complementar, formalmente é lei ordinária, e pode ser alterada por norma dessa espécie; III- pode ser alterada por Decreto do Governador, pelo fato de a Constituição de 1967 prever a figura do Decreto-Lei; IV- pode ser alterada por lei de iniciativa de qualquer dos titulares de um dos Poderes do Estado. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 21 Quantas afirmativas acima estão corretas? a) nenhuma b) uma c) duas d) todas _______________ Comentário: Uma questão que pede a análise de todas as afirmativas oferecidas. A primeira, devemos compreender que o Estatuto é formalmente lei ordinária, com eficácia de lei complementar; embora sua alteração seja de iniciativa do Governador, deve ser feita por lei complementar. Está incorreta a afirmativa. A segunda, pelo fundamento visto acima, está incorreta; de fato, o EFP tem eficácia de lei complementar, e é por isso mesmo que deve ser alterado por outra lei complementar. O Estatuto, tendo sido recepcionado pela CF/88, hoje faz parte da ordem constitucional atual, não importando a ordem constitucional vigente durante sua aprovação. Está incorreta alternativa, então. O Estatuto é, como vimos, norma geral sobre os servidores públicos; como tal, só pode ser alterado por projeto de iniciativa do Governador. Os titulares dos outros Poderes poderão criar leis sobre servidores desde que específicas para os servidores daqueles Poderes, nunca normais gerais sobre os servidores dos 3 Poderes. Assim, a afirmativa é incorreta. Com isso, nenhuma das afirmativas está correta, o que nos leva à alternativa a. Gabarito: A 6. João ocupa um cargo em caráter efetivo, e Maria um cargo em comissão na mesma repartição. O superior hierárquico deles decide designar João para uma função comissionada. Visto isso, assinale a alternativa correta: a) Maria terá de ser exonerada de seu cargo, ad nutum. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 21 b) João terá de pedir exoneração de seu cargo. c) Maria poderia ter sido designada para a função para a qual João será designado. d) A função a ser desempenhada por João será de direção, chefia ou assessoramento. _________________ Comentário: Para resolver essa questão simples, basta relembrar que cargo efetivo é o assim definido em lei, e provido mediante realização de concurso público; Cargo em comissão é aquele para cuja nomeação a autoridade competente tem ampla discricionariedade, bem como para a exoneração; diz-se cargo demissível ad nutum, ou seja, instantaneamente. Função comissionada é também uma subespécie de cargo, pois a ela devem estar associadas responsabilidades e atribuições; é atribuível a quem ocupa cargo efetivo, para o exercício de funções de direção, chefia e assessoramento. Assim, a designação de João para uma função comissionada não tem relação com o exercício por Maria de cargo em comissão, visto serem coisas distintas cargo em comissão e função comissionada. A função comissionada não é um novo cargo efetivo, representa antes um número adicional de responsabilidades que o servidor assume, mantendo as que já assumira com o cargo. Cessada a designação, o servidor volta ao exercício do seu cargo automaticamente. Assim, João não precisa exonerar-se para assumir a função comissionada. Aliás, se fosse exonerado, aí é que não poderia assumir a função comissionada, que é privativa do ocupante de cargo efetivo. Por esse motivo, Maria não poderia assumir a função, uma vez que ocupa cargo em comissão. A última alternativa, por fim, é a correta, pois como vimos a função comissionada é atribuível a quem ocupa cargo efetivo para exercer funções de direção, chefia ou assessoramento. Gabarito: D 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 21 7. A Divisão de Estudos Especiais da Secretaria de Assuntos Especiais do Estado da Pampônia conta com efetivo de 2 ocupantes de cargo em comissão e 21 servidores efetivos, além de que 3 ocupam função comissionada. A lotação da repartição é de 35 servidores. Portanto, a) Há nove cargos vagos b) Há 12 cargos vagos c) Pode haver mais de 35 servidores na Divisão de Estudos Especiais d) Há 14 cargos vagos Uma questão sobre o lotação, noção estudada na aula, com a qual já introduzimos a noção de Provimento, que será estudada na próxima aula! Vimos que a criação de cargos, e sua quantificação, é feita por Lei. Ora, nem todos os cargos criados são providos automaticamente! Cargos criados e não exercidos por um funcionário são cargos vagos. Assim também, cargo exercido por um funcionário que se aposenta, por exemplo, torna-se novamente vago. Vimos que lotação é o número de funcionários de carreira e de cargos isolados que devam ter exercício em cada repartição ou serviço. Vimos também que não se admite excesso de lotação, não podem ser alocados mais servidores que o previsto na unidade. Assim, de cara descartamos a alternativa c, pois o enunciado já nos diz que a lotação é de 35 servidores. No entanto, o total de cargos efetivamente exercido é de 2 + 21 + 3 = 26.Assim, da lotação total encontram-se vagos nove cargos, o que nos leva à alternativa a. Gabarito: A 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 21 Lista de questões apresentadas nesta aula 1) 1. (FCC/Casa Civil/Executivo Público/2010 - adaptada) Com relação ao Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo ( Lei n° 10.261/68), considere as seguintes proposições: I. As disposições do Estatuto não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei anterior, já tenham a qualidade de funcionário público. II. A norma Estatutária tem caráter de lei geral, e portanto não derroga leis específicas que regulem carrerias ou cargos públicos específicos III. Os funcionários de uma autarquia estadual não serão nunca sujeitos dos direitos que o EFP garante aos funcionários públicos. São proposições CORRETAS a) I e III b) II e III c) I e II d) Somente I 2. (FCC/TRT 8ª/Técnico Judiciário ± adm /2010) Sobre cargo público é correto afirmar: A) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas. B) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei. C) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente. D) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um cargo. E) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo. 3. Os servidores públicos obedecem a normas constitucionais e infraconstitucionais, como o Estatuto. Acerca disso, analise as proposições e indique a correta 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 21 a) O Estatuto como lei específica pode derrogar as normas constitucionais acerca dos servidores públicos em geral b) A CF/88 recepcionou integralmente o Estatuto, que por isso tem pleno vigor c) O Estatuto tem plena vigência hoje, apenas acerca de alguns dispositivos pode haver discussão acerca de sua recepção face à CF; d) A CF/88 inovou grandemente em relação aos servidores públicos, e com isso não recepcionou a maioria dos dispositivos do Estatuto, o que o torna praticamente inaplicável hoje em dia. 4. A norma relativa ao servidor público no Estado de São Paulo I- Está inscrita necessariamente no Estatuto do Servidor Público II ± que constar do EFP aplica-se aos servidores dos 3 poderes III - que altere direitos para servidor, de qualquer que seja dos 3 Poderes, é de iniciativa do Governador do Estado IV - de caráter específico pode derrogar o Estatuto, e é de iniciativa do Titular do Poder, caso trate específicamente de servidores de um dos Poderes. Estão incorretas as proposições a ± I e IV b ± II e III c ± III e IV d - I e III 5. A Lei 10.261/68 é uma lei ordinária criada sob a égide da Constituição de 1967. Podemos dizer que essa Lei I- pode ser alterada por lei ordinária, de iniciativa do Governador; II- embora tenha eficácia de lei complementar, formalmente é lei ordinária, e pode ser alterada por norma dessa espécie; III- pode ser alterada por Decreto do Governador, pelo fato de a Constituição de 1967 prever a figura do Decreto-Lei; IV- pode ser alterada por lei de iniciativa de qualquer dos titulares de um dos Poderes do Estado. 6. João ocupa um cargo em caráter efetivo, e Maria um cargo em comissão na mesma repartição. O superior hierárquico deles decide designar João para uma função comissionada. Visto isso, assinale a alternativa correta: 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 21 a) Maria terá de ser exonerada de seu cargo, ad nutum. b) João terá de pedir exoneração de seu cargo. c) Maria poderia ter sido designada para a função para a qual João será designado. d) A função a ser desempenhada por João será de direção, chefia ou assessoramento. 7. A Divisão de Estudos Especiais da Secretaria de Assuntos Especiais do Estado da Pampônia conta com efetivo de 2 ocupantes de cargo em comissão e 21 servidores efetivos, além de 3 que ocupam função comissionada. A lotação da repartição é de 35 servidores. Portanto, a) Há nove cargos vagos b) Há 12 cargos vagos c) Pode haver mais de 35 servidores da Divisão de Estudos Especiais d) Há 14 cargos vagos 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 00 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 21 Gabarito Questão Alternativa 1 C 2 B 3 C 4 D 5 A 6 D 7 A Pessoal, espero que tenham gostado. Como observamos no início, foi uma aula demonstrativa, introdutória, e por isso um pouco mais breve. Preparem-se para as próximas, em que poderemos apresentar conteúdo mais extenso e mais questões de prova. Obrigado a vocês, e até a próxima aula! 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita TJ-SP/TJ_SP_14_XEST_administrativoestatuto_marcos_Aula 01.pdf Aula 01 Direito Administrativo (Estatuto dos funcionários de SP) p/ TJ-SP - Escrevente Professor: Marcos Van Acker 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 62 AULA 01: Direitos e Deveres do Servidor SUMÁRIO PÁGINA 1. Introdução 1 2. Provimento 2 3. Investidura e posse em cargo público 5 4. Vacância 8 5. Exercício 10 6. Remoção 15 7. Deveres do funcionário 16 8. Um direito/dever 17 9. Direitos do funcionário 18 10. Encerramento 26 11. Questões comentadas 27 8. Lista das questões apresentadas 54 9. Gabarito 62 1. Introdução Olá, pessoal. Espero que tenha sido proveitosa para vocês a nossa primeira aula sobre a Lei 10.261/68, o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo. Como já temos certa intimidade com a Lei, depois da primeira aula, podemos chamá-la mais simplesmente de Estatuto, ou EFP, certo? Nesta aula, vamos trabalhar um conteúdo um pouco mais extenso do que na primeira. Relembremos: na aula anterior, vimos que o Estatuto é a lei geral dos servidores públicos do Estado; regula a relação entre o servidor e a Administração. Entendemos também as noções de cargo, funcionário e de lotação. São noções essenciais para entender todo o resto. Hoje vamos tratar inicialmente das formas de provimento de cargo. Provimento é o ato pelo qual se preenche o cargo público, com a designação de seu ocupante. Após o provimento, vamos abordar o do cargo público; isso mesmo, é a motivação de vocês todos que estão fazendo esse curso! Preparando-se para o exercício de cargo público efetivo! Antes disso, vem a necessária posse, que será estudada também nessa aula. Além disso, trataremos de duas decorrências lógicas, 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 62 e legais, do exercício do cargo público: os direitos e os deveres do servidor público. Além disso, também trataremos do oposto do provimento, que é a do cargo. E, ao final, teremos questões comentadas, inclusive com uma inestimável contribuição do Prof. CYONIL, referência no mundo dos concursos, que contribui com diversas questões comentadas!!! Bem, então vamos à aula de hoje! 2. Provimento Provimento é o ato pelo qual se preenche o cargo público, com a designação do seu ocupante. As formas de provimento previstas no artigo 11 do EFP são: I ² nomeação; II ² transferência; III ² reintegração; IV ² acesso; V ² reversão; VI ² aproveitamento; e VII ² readmissão A mais importante forma de provimento é a nomeação. Os tratadistas do direito administrativo costumam dividir as formas de provimento em originárias ou iniciais e derivadas. O provimento inicial ou originário é a primeira vinculação do servidor ao cargo, que se concretiza mediante nomeação. Por isso dissemos que a nomeação é a forma mais importante de provimento. O servidor não tem vínculo prévio com o serviço público, ou, se o tem, exerce outro cargo, diverso, e presta novo concurso. Da mesma forma, em ambos os casos trata-se de provimento originário. Provimento derivado é o que depende de um vínculo anterior do servidor com a administração. O provimento derivado ocorre por meio de reintegração, reversão ex officio, aproveitamento e acesso. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 62 Já tivemos a oportunidade de mencionar que, com a promulgação da Constituição de 1988, certos dispositivos do EFP ficaram sem aplicação. É o caso de algumas das formas de provimento de cargos previstas. Algumas estão em desuso. Veremos resumidamente as formas de provimento, mesmo as que hoje não se aplicam. As formas de provimento em desuso merecerão essa observação. 2.1 Formas de provimento do EFP Nomeação É a forma de provimento dos cargos efetivos, mas não só; o Estatuto, em seu artigo 13, estabeleceu que as nomeações são feitas: - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na Constituição do Brasil; observe-se que a CF/88 manteve tal regime, com relação a magistrados e outras carreiras jurídicas. - em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de lei assim deva ser provido; relembre que estudamos na aula passada o que são cargos em comissão, cuja nomeação e exoneração pode ser feita com grande margem de discricionariedade pelo administrador. - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento dessa natureza. O provimento em caráter efetivo só pode ser feito mediante realização de concurso público. Transferência No EFP, transferência era forma de provimento sem a necessidade de concurso público. Era feita para atender à necessidade do serviço de uma secretaria, e dependia da existência de vagas para ser concretizada. Instituto em desuso. Por vezes usa-se o termo para caracterizar o ato administrativo que transfere cargo e seu ocupante de um Quadro para outro, p.ex, entre duas Secretarias de Estado. Não é a mesma coisa, trata-se neste caso apenas arranjo relativo a lotação, e não de forma de provimento. Apenas por curiosidade, anote-se que já a LC 180/78 tomou 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 62 o instituto nessa acepção última, e desde então sua aplicação é essa, aplicação aliás bem restrita. Dá-se a transferência por decreto do Governador. Reintegração Reingresso no serviço público decorrente de decisão judicial passada em julgado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento. A reintegração é feita no cargo anteriormente ocupado e, se este houver sido transformado, no cargo resultante. Pressupõe um desligamento do servidor, posteriormente considerado ilegal pelo Judiciário para que venha a ocorrer. A Anistia, por exemplo, concedida pela Lei 6683/79, provocou uma série de reintegrações no serviço público, reparando demissões injustas ocorridas durante o regime militar no Brasil. Verifica-se também administrativamente a ocorrência da reintegração, muito embora o EFP mencione expressamente decisão judicial como motivadora da reintegração. É que, constatada a ilegalidade, não pode a administração furtar-se a anular o ato eivado de vícios. Acesso Elevação do funcionário, dentro do respectivo quadro, a cargo da mesma natureza de trabalho, do maior grau de responsabilidade e maior complexidade de atribuições. Instituto também em desuso. Reversão Ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público a pedido ou ex officio. Na ordem jurídica atual, é discutível a reversão a pedido. Na modalidade de ofício ocorre, e é comum no caso de penalidade a servidor aposentado, se esta implicar na perda do cargo, como veremos na próxima aula. Pode ocorrer também no caso de aposentadoria por invalidez, quando verificada a insubsistência da doença que a motivou. Aproveitamento Reingresso ao serviço público do servidor em disponibilidade. Merece algumas observações a disponibilidade. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 62 O servidor estável, qualidade alcançada pelo servidor efetivo após 3 anos de exercício, cumprido o necessário estágio probatório, é, em última análise, estável no serviço público, e não no exercício do cargo, uma vez que a Administração pode vir a redefinir, alterar ou mesmo extinguir cargos e classes, dado que, como vimos, sobrepõe-se o interesse público ao privado. No caso de extinção, o servidor estável pode, constatada sua momentânea desnecessidade, ficar à disposição, ou seja, vinculado à Administração, mas sem trabalhar. Nesse caso, o Estatuto prevê que o servidor deve receber vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. Vê-se que é hipótese custosa para a administração, pois o servidor ganha sem trabalhar. Assim, o EFP prevê ainda que o aproveitamento desse servidor é obrigatório, nas vagas existentes, sendo que não pode vir a ocupar cargo que implique em vencimentos maiores; se vier a ocupar cargo de vencimentos menores, fará jus à diferença entre estes e os vencimentos de seu cargo original. Readmissão Ato pelo qual o ex-funcionário (efetivo), demitido ou exonerado, reingressa no serviço público, sem direito a ressarcimento dos prejuízos, ficando-lhe assegurada, no entanto, a contagem de tempo de serviço em cargos anteriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade. Também discutível sua aplicabilidade face à CF/88. Verifique a diferença em relação à reintegração, que ocorre por medida judicial, ou mesmo administrativamente. No entanto, a motivação é importante, no caso da readmissão não há relação com a eventual nulidade ou ilegalidade do desligamento anterior. Readaptação Readaptação é a investidura em cargo mais compatível com a capacidade do funcionário e dependerá sempre de inspeção médica. A readaptação não acarretará diminuição, nem aumento de vencimento ou remuneração. Fala-se muitas vezes em readaptação apenas como mudança de atribuições, no exercício do mesmo cargo, sempre por motivo de saúde. Exemplo: o cargo exige certas capacidades, que o servidor perde, por motivo de doença. Deve ser reaproveitado exercendo novas funções. De qualquer forma, o EFP prevê a readaptação como modo de investidura em 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 62 cargo, nos artigos 41 e 42, embora esta forma não conste na enumeração do artigo 11. Portanto, em resumo, podemos dizer que as formas de provimento válidas hoje, entre as relacionadas no EFP, são a nomeação, a reintegração, a reversão e o aproveitamento. Há ainda a substituição, que não deixa de ser uma forma de provimento, ainda que temporária. Substituição Quando uma pessoa assume uma função desempenhada por outra, durante o impedimento desta, há substituição. O Estatuto prevê que haverá substituição no impedimento legal e temporário do ocupante de cargo de chefia ou de direção. Este caráter temporário da substituição pode se estender, há inclusive a previsão de que, em caso de vacância, o substituto passará a responder pela função até o provimento do cargo. Casos comuns de impedimento são as férias ou eventuais licenças; depreende-se disso que sempre há substituição dos titulares de função de chefia e direção. O substituto deve ser pertencente ao Quadro do órgão, e geralmente da unidade. A substituição, quando não for automática, dependerá da expedição de ato de autoridade competente. O substituto, durante todo o tempo em que exercer a substituição, terá direito a perceber os vencimentos inerentes ao cargo do substituído, sem naturalmente adicioná-las a seus próprios vencimentos, que deixa de receber neste período. Existe ainda a hipótese de opção pelos vencimentos do próprio cargo, se ao substituto não interessar receber os vencimentos do substituído. Geralmente, os cargos de chefia e direção correspondem a vencimentos superiores, mas às vezes, no serviço público, isso não se verifica. Daí a ressalva da opção pelos vencimentos. Também existe a possibilidade de opção pelos vencimentos para o titular de cargo efetivo designado para exercer cargo ou função comissionada, quando assim desejar. 3. Investidura e posse em cargo público A investidura do servidor em cargo público ocorre com a . A posse confere ao servidor as prerrogativas, os direitos e os deveres do cargo. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 62 Sem ela, o provimento não se completa, e portanto não pode haver o exercício da função pública. 3.1 Requisitos para a posse em cargo público - Aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos; - Ser brasileiro nato ou naturalizado (pela redação dada pela EC n.º 19/1998, os cargos, funções e empregos públicos são também acessíveis aos estrangeiros, na forma a ser estabelecida em lei); - Ter completado dezoito anos de idade; - Estar em dia com as obrigações militares; - Estar no gozo dos direitos políticos; - Ter boa conduta; - Gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada em órgão médico oficial - Possuir aptidão para o exercício do cargo; - Ter atendido às condições especiais prescritas para o cargo. A posse fica configurada por meio de assinatura de termo, a ser lavrado em livro próprio e assinado pela autoridade competente. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condições estabelecidas para a investidura do cargo. Geralmente se exige que o servidor certifique a veracidade das informações que presta para a posse. 3.2 Prazos para posse A posse no cargo público deve ocorrer no prazo de 30 (trinta dias), contados da data da publicação do ato de provimento do cargo. O prazo de trinta dias poderá ser prorrogado por igual período, a critério da administração, desde que requerido pelo candidato ao cargo. O prazo inicial para posse do servidor em férias ou licença será contado da data em que voltar ao serviço. A contagem do prazo para a posse poderá ser suspensa até o máximo de 120 dias, a pedido do órgão médico encarregado da perícia, a partir da data em que o candidato apresentar guia a este órgão. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 62 Além disso, admite-se a posse por procuração, no caso de servidor em missão fora do território do Estado, e, nos demais casos, a critério da autoridade competente. Dados todos os prazos, se a posse não vier a ocorrer, o ato do provimento será tornado sem efeito. Cumprida a formalidade da posse, o servidor está pronto para finalmente começar a exercer o cargo público, que agora é seu de pleno direito! É isso aí, meus amigos, vão se acostumando com a ideia, afinal, todo este esforço é para isso. Tenho a certeza de que vocês chegarão lá. Mentalizem isso, a assinatura do seu termo de posse, com calma, sem ansiedade, e continuemos o estudo do Estatuto! 4. Vacância Vacância é o oposto da investidura do cargo. Há administrativistas que falam, de fato, em desinvestidura. Ocorre a vacância quando o servidor deixa de exercer cargo, função ou emprego público. A principal forma de vacância é a exoneração. Curioso notar que o termo contém a si a ideia de que o servidor livra-se de um ônus, deixa de lado uma carga, ao deixar o exercício do cargo público. Como vimos, o cargo público é antes de tudo um feixe de responsabilidades que carregamos. De acordo com o EFP, a vacância do cargo público decorre de: Exoneração; Demissão (constitui penalidade decorrente da prática de ilícito administrativo, tendo por finalidade desligar o servidor dos quadros do serviço público); Aposentadoria e Falecimento. 4.1 Formas de Exoneração I. A pedido do servidor. O servidor, tendo entrado voluntariamente no serviço público, tem simetricamente o direito de deixá-lo. Por meio de requerimento formal, pode pedir sua exoneração. Deverá aguardar em exercício a concessão da exoneração, até o máximo de quinze dias a contar da apresentação do requerimento. Não havendo prejuízo para o serviço público, a permanência em exercício deve ser dispensada. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 62 II. A critério da administração, quando se tratar de cargo em comissão. Trata-se de ato de ofício, com ampla discricionariedade da autoridade responsável, como já vimos. Quando o servidor não entrar em exercício dentro do prazo legal, aplica- se-lhe a exoneração de ofício. Vimos que a posse não efetivada leva à revogação do ato de nomeação; agora, o caso é diferente: se o servidor toma posse, mas não entra em exercício no prazo legal, ocorre sua exoneração. Isso decorre de que, como vimos, a posse é a investidura no cargo. Como o servidor de direito já ocupa o cargo, só se admite a vacância por meio de exoneração. Há outras hipóteses de exoneração, não constantes do Estatuto. De fato, é cabível a exoneração quando comprovado no estágio probatório que o servidor público não satisfaz as exigências legais da administração ou que seu desempenho é insatisfatório. Evidentemente que nesse caso a exoneração tem de ser devidamente motivada, e só pode ocorrer respeitando-se os princípios do devido processos legal, do contraditório e da ampla defesa. É ponto pacífico, inclusive constante da Súmula 21 do STF�� ³)XQFLRQiULR� HP� HVWiJLR� SUREDWyULR� QmR� SRGH� VHU� H[RQHUDGR� QHP� demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua FDSDFLGDGH´� Além disso, inovações constitucionais preveem a exoneração do servidor estável, por insuficiência de desempenho (CF, art. 41, §1º, III), e na hipótese de ultrapassagem do limite máximo de despesa com pessoal inativo, na forma da lei (CF, art. 169, §4°), dispositivo que veio a ser regulamentado pela chamada Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000). Evidentemente que tais cogitações são estranhas ao EFP. 4.2 Demais formas de Vacância A demissão, como mencionado acima, é forma de penalidade, e a estudaremos na próxima aula, quando tratarmos das penalidades. Por ora, é importante reter que demissão difere de exoneração, e que demissão para o EFP é algo diferente do sentido comum, na relação de trabalho privada. É uma penalidade, e grave. Condena o servidor a deixar o exercício do cargo. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 62 Exoneração e Demissão são institutos diversos para o Estatuto, assim como no Direito Administrativo em geral. São formas de vacância; a exoneração pode ser voluntária, a pedido do próprio ocupante do cargo, ou de ofício, motivadamente, por interesse da administração ou por determinação legal, ou ainda de imediato, ad nutum, para os ocupantes de cargo em comissão. A demissão, por sua vez, é forma de vacância resultante de penalidade. O Estatuto também trata da Aposentadoria, nos artigos de 222 a 232; não estão recepcionados pela ordem constitucional vigente, após as ECs 20, 41 e 47. Hoje a aposentadoria é matéria de direito constitucional. Mas é evidente que, com a passagem à inatividade, o servidor desinveste-se do cargo exercido por longos anos. Bem assim o falecimento, este fora da alçada do direito administrativo, e muitas vezes além da nossa rasa compreensão. De qualquer forma, notar que o instituto da pensão por morte não é tratado pelo EFP, existe lei própria a respeito. 5. Exercício Com a aprovação no concurso, a nomeação, a posse, chegamos enfim ao exercício do cargo público, grande objetivo de todos nós. O artigo 57 do Estatuto assim o define: Artigo 57 ² O exercício é o ato pelo qual o funcionário assume as atribuições e responsabilidades do cargo. Vejam, meus amigos, que o Estatuto continua a relacionar o exercício do cargo público aos deveres a ele inerentes. Como já dissemos, do ponto de vista do interesse público, o cargo corresponde a uma série de deveres que o servidor tem de cumprir. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 62 A consequência lógica e óbvia do exercício é que o servidor tem de continuamente afirmá-lo, retomá-lo; o exercício é contínuo, diário, até a vacância do cargo. Relembre o princípio da continuidade do serviço público; aplica-se até ao mais humilde servidor. O servidor empossado tem até 30 dias para entrar em exercício, prazo prorrogável por mais 30 dias, a requerimento do interessado. Superado o prazo, inclusive eventual prorrogação, sem entrada em exercício, o servidor será exonerado, ficando portanto o cargo vago, como vimos. É competente para dar exercício ao servidor o chefe da unidade em que estiver lotado, ou alocado; o Estatuto prevê que ninguém pode ter exercício em unidade diversa daquela em que estiver lotado, salvo previsão legal expressa ou autorização do Governador. Assim, uma vez exercendo o cargo, nesta condição o servidor permanecerá, exceto nos casos previstos de afastamento. 5.1 Afastamento no Estatuto. Com o afastamento, cessa o exercício mas não sobrevém a vacância do cargo. O exercício fica como que suspenso, e pode ser retomado em momento posterior. A lei prevê em muitos casos a manutenção de vários direitos durante o afastamento. Vamos ver as espécies previstas no EFP. 5.1.1 Afastamento para participar de congressos e certames culturais técnicos ou científicos (artigo 69). Esse afastamento será autorizado desde que observadas certas condições, garantindo-se que os objetivos sejam de relevante interesse para a administração; as atribuições do cargo ou da função sejam diretamente relacionadas com o objetivo do evento; o afastamento de um ou mais servidores não prejudique o andamento do trabalho, e outras. O período de afastamento é considerado como de efetivo exercício para todos os efeitos legais, incluindo-se os dias necessários ao trânsito, se o evento se realizar fora da sede de exercício do servidor. 5.1.2 Afastamento para participar de provas de competições desportivas dentro ou fora do Estado de São Paulo (artigo 75). 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 62 Esse afastamento será autorizado se houver requisição justificada do órgão desportista competente convocando o servidor atleta, e poderá ser autorizado: I Sem prejuízo de vencimentos ± quando o servidor atleta representar o Brasil ou o Estado de São Paulo em competições desportivas oficiais; II Com prejuízo de vencimentos ± nos demais casos. 5.1.3 Afastamento para missão ou estudo de interesse do serviço público. Está previsto no artigo 68 do EFP, pode ser autorizado com ou sem prejuízo de vencimentos ou salários. Inclusive pode realizar-se no exterior a missão ou o estudo motivadores do afastamento. 5.1.4 Afastamento junto a entidades conveniadas ao Estado, acordo com as normas do Convênio (Artigo 67). Poderá ser concedido com ou sem prejuízo de vencimentos. A autoridade competente para autorizar esse afastamento é o titular da Pasta de origem do servidor. Nesse caso, o afastamento é decorrência de convênio celebrado entre o Estado de São Paulo e outro ente público - ou SULYDGR��2�()3�PHQFLRQD�JHQHULFDPHQWH�³HQWLGDGHV´��FDEH�D�UHVVDOYD�GH� que convênio com entidade privada prevendo cessão de servidor público é de legalidade discutível. O que se verifica geralmente são convênios com entes públicos, prefeituras p.ex. 5.1.5 Afastamento para exercer mandatos eletivos O servidor que exercer mandato eletivo federal, estadual ou distrital será afastado do cargo, emprego ou da função-atividade (artigo 38 da CF/88 ± art. 72 do EFP); Ѝ Exercício de mandato de Prefeito Municipal: o servidor será afastado do cargo, emprego ou função-atividade, sendo-lhe facultado optar entre o vencimento/salário de servidor e o de prefeito municipal (artigo 38 da CF/88); Ѝ Exercício de mandato de Vereador: se houver compatibilidade de horários, poderá exercer ambas as funções, com vencimentos, salários ou remuneração, a título de acúmulo de cargo, emprego ou função- atividade; porém, se não houver compatibilidade de horários, deverá se afastar do cargo, sendo-lhe facultado optar pelos vencimentos, salários ou remuneração (artigo 38 da CF/88). 5.2 Prejuízo dos vencimentos 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 62 Quando o Estatuto menciona afastamento sem prejuízo dos vencimentos, significa que o servidor pode ser autorizado a afastar-se do exercício, e continuar a receber seu salário normalmente, como se estivesse em exercício. A outra hipótese é de afastamento com prejuízo dos vencimentos, mantidas as demais vantagens do cargo, ou seja, o servidor não recebe, mas tem direito a contar o tempo de afastamento, para fins de adicional, aposentadoria etc. 5.3 Sede de Exercício Este ponto não está no Estatuto, mas como na seção relativa aos afastamentos menciona-VH� R� FRQFHLWR� GH� ³VHGH� GH� H[HUFtFLR´�� YDPRV� esclarecer, embora não caia na prova. Há órgãos públicos complexos, que têm competências e ramificações em todo o território do Estado. Uma definição de sede de exercício tendo como base as competências do órgão pode ser complicada. Para resolver, está definido que sede de exercício é o município em que se localiza a repartição, ou unidade administrativa, em que o servidor está lotado. 5.4 Horário, frequência O primeiro dever decorrente do exercício é a frequência; o servidor deve frequentar a unidade na qual está lotado! A assiduidade é dever do servidor. O meio de apurar a frequência é o ponto, registro diário do comparecimento; já o EFP previa preferencialmente o meio mecânico para registro de frequência. Hoje há dispositivos eletrônicos, etc., convivendo ainda com o registro em livro, manualmente. A jornada de trabalho não é fixada no EFP, geralmente vem determinada na lei de regência do cargo. No caso dos cargos de provimento efetivo, é comum que o edital dos concursos mencione a jornada. Predominam as jornadas de 40 e 30 horas semanais. 5.5 Contagem de tempo Com o exercício, inicia-se a contagem de tempo de serviço, que implica em vantagens que veremos a seguir, nesta mesma aula. Os dias de efetivo exercício, registrados no ponto, como vimos, serão computados. Além disso, o Estatuto traz uma série de exceções, de hipóteses em que, 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 62 mesmo não havendo efetivo exercício, ou seja, o servidor não esteve presente na unidade em que está lotado, aquele dia, ou dias, deve(m) ser contados como se fossem de efetivo exercício. É a previsão do artigo 78: Artigo 78 ² Serão considerados de efetivo exercício, para todos os efeitos legais, os dias em que o funcionário estiver afastado do serviço em virtude de: I ² férias; II ² casamento, até 8 (oito) dias; III ² falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos, até 8 (oito) dias; IV ² falecimento dos avós, netos, sogros, do padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias; V ² serviços obrigatórios por lei; VI ² licença quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional; VII ² licença à funcionária gestante; VIII ² licenciamento compulsório, nos termos do art. 206; IX ² licença-prêmio; X ² faltas abonadas nos termos do parágrafo 1º do art. 110, observados os limites ali fixados; XI ² missão ou estudo dentro do Estado, em outros pontos do território nacional ou no estrangeiro, nos termos do art. 68; XII ² nos casos previstos no art. 122; XIII ² afastamento por processo administrativo, se o funcionário for declarado inocente ou se a pena imposta for de repreensão ou multa; e, ainda, os dias que excederem o total da pena de suspensão efetivamente aplicada; XIV ² trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercício, desde que não exceda o prazo de 8 (oito) dias; e XV ² provas de competições desportivas, nos termos do item I, do § 2º, do art. 75. XVI ² licença-paternidade, por 5 (cinco) dias; Algumas observações: o art. 206 a que faz referência o inciso VIII prevê uma espécie de licença sanitária, compulsória para os possíveis portadores de enfermidades contagiosas; o art. 122 mencionado no inciso XII estimula o servidor a doar sangue aos bancos de sangue estatais ou conveniados. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 62 As faltas abonadas mencionadas no inciso X são ausências consentidas, previstas no §1º do art. 110, segundo o qual o superior imediato, em razão de problemas de saúde ou outro motivo relevante, pode abonar, ou seja tornar boas, converter em presença faltas ao serviço, até o máximo de seis por ano, a requerimento do funcionário. O requerimento tem de ser feito no primeiro dia útil subsequente ao da falta. A contagem de tempo tem relação íntima com vantagens relacionadas ao tempo de serviço, que veremos a seguir: Adicional por Tempo de Serviço, Sexta-Parte, Licença-Prêmio e Aposentadoria. Sobre esta última, as disposições do Estatuto já não têm recepção ante a Constituição Federal. 6. Remoção Remoção representa a possibilidade do servidor vir a exercer seu cargo em local diferente da sua lotação inicial. Pode ser motivada pelo interesse do servidor, quando se fala em remoção a pedido, ou por interesse da administração, que visa com a medida o adequado dimensionamento e distribuição dos recursos humanos, consoante as reais necessidades das unidades administrativas; neste caso, trata-se de remoção de ofício ou ex officio. A remoção ocorre quando o cargo passa de uma para outra unidade administrativa de um mesmo órgão, observada sempre a lotação das unidades envolvidas. A remoção está prevista nos artigos 42 a 45 do EFP, segundo os quais I. A remoção, a pedido ou ex officio será feita de uma para outra unidade administrativa da mesma Secretaria, respeitada a lotação. II. A remoção ex officio será processada em caso de comprovada necessidade de serviço. III. A remoção por permuta será processada a requerimento dos interessados, com anuência dos respectivos chefes. No caso das permutas, não há alteração da lotação das unidades, apenas dos ocupantes. ([LVWH��WDPEpP��D�UHPRomR�FKDPDGD�³SRU�XQLmR�GH�F{QMXJHV´��SUHYLVWD�QD� Constituição Estadual (artigo 130), disciplinada na Lei n. 10.261/68 (artigos 234 a 238), segundo os quais é assegurado ao servidor o direito de remoção para igual cargo no local de residência do cônjuge, se esse também for servidor, condicionada à existência de vaga. 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 62 7. Deveres do Funcionário O artigo 241 do Estatuto traz uma enumeração de deveres do servidor público, bastante abrangente. Artigo 241 ² São deveres do funcionário: I ² ser assíduo e pontual; II ² cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais; III ² desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido; IV ² guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos, decisões ou providências; V ² representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de suas funções; VI ² tratar com urbanidade as pessoas; VII ² residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado; VIII ² providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua declaração de família; IX ² zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua guarda ou utilização; X ² apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, quando for o caso; XI ² atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de papéis, documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou administrativas, para defesa do Estado, em Juízo; XII ² cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho, XIII ² estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam respeito às suas funções; e XIV ² proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública. É uma lista de regras de conduta, evidentemente válida até hoje. Lembremos do fato de que o Estatuto é uma lei de normas gerais, aplicáveis a todos os servidores; os deveres mais específicos são aqueles relacionados às atribuições do cargo ocupado; estes, como vimos, serão definidos pela lei de regência do cargo. Notar que geralmente estas 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 62 atribuições legais do cargo vem replicadas no edital dos concursos, ainda que resumidamente, até para conhecimento dos futuros ocupantes. Hoje inescapável que a realidade é diferente, o desempenho do servidor público é alvo de avaliação, durante o estágio probatório, e depois dele, por quanto tempo exercer cargo público. Assim, é dever da administração formar um juízo periódico a respeito do desempenho do servidor em relação às atribuições de seu cargo. Ora, não é esse, como vimos, o primeiro dos deveres do servidor? De qualquer forma, é importante conhecer a lista do artigo 241, que tem plena vigência hoje. 8. Um direito/dever O direito de petição é tratado no Estatuto. Em relação ao servidor público, trata-se ao mesmo tempo de um direito, pois o funcionário pode, e deve exercê-lo, mas também um dever, pois o servidor pode ver-se incumbido de processar e dar andamento a petições encaminhadas pelos cidadãos, é um dever importante; vejamos os artigos do EFP a respeito: Do Direito de Petição Artigo 239 ² É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de pagamento, o direito de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos. § 1º ² Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no serviço público. § 2º ² Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição, sob pena de responsabilidade do agente. Artigo 240 ² Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como, nos termos desta lei complementar, pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta) dias, salvo previsão legal específica. Podemos dizer que o artigo 239 trata do direito do cidadão de requerer direitos perante a administração, e de representar contra ilegalidade, direito geral, a que a administração não pode colocar obstáculo, e pelo qual não pode solicitar pagamento. O artigo 240 assegura ao servidor, nessa condição, o amplo direito de petição; o direito do servidor é de requerer ante o órgão no qual trabalha, 00367633221 00367633221 - Rodrigo Alves Mesquita Lei 10.261/68 p/ TJ-SP Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Van Acker ʹ Aula 01 Prof. Marcos Van Acker www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 62 em relação a ele seus direitos serão específicos. O direito de representar ou requerer ante outros órgãos é assegurado pelo art. 239. A representação motivada por ilegalidade de que o servidor teve conhecimento é um dever do servidor, como acabamos de ver. 9. Direitos do Funcionário Os direitos do funcionário estão delimitados ao exercício do cargo, do que decorre, como vimos, uma série de deveres; e aos vencimentos e demais vantagens pecuniárias resultantes do exercício do cargo. O direito ao exercício do cargo não torna o servidor dono do cargo, pois a administração pode transformar ou extinguir o cargo; neste caso, o ocupante do cargo, se estável, tem direito a exercer novo cargo, por meio do instituto do Aproveitamento, já estudado nesta aula, como forma de provimento derivado. Com, isso, pode-se perceber outro direito do servidor, o direito à estabilidade. O Estatuto cuidou do assunto, vejamos como. 9.1 Estabilidade Artigo 217 ² É assegurada a estabilidade somente ao funcionário que, nomeado por concurso, contar mais de 2 (dois) anos de efetivo exercício. Artigo 218 ² O funcionário estável só poderá ser demitido em virtude de sentença judicial ou mediante processo administrativo, assegurada ampla defesa. Parágrafo único ² A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao cargo, ressalvando-se à Administração o direito de aproveitar o funcionário em outro cargo de igual padrão, de acordo com as suas aptidões. Reproduzi os artigos acima pelo fato de o instituto da estabilidade estar todo aí; importante notar que: O período de exercício prévio para estabilidade é de
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