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Políticas Públicas
Têm função de melhora na qualidade de vida, na promoção da saúde através de campanhas de prevenção de doenças e em intervenções de cura, através de leis e ações públicas.
Saúde – Direito ou Mercadoria? Para reflexão e como variáveis para comparação, dá-se os seguintes exemplos de modelos de trato da Saúde ao redor do mundo:
Seguro Social (Meritocracia): Universal àqueles que contribuem de alguma forma, com a previdência; saúde a quem merece (por contribuir); Alemanha/Suíça.
Seguridade: Universal a todos cidadãos, até àqueles que não contribuem a previdência; ‘financiada’ pelos impostos e contribuições; Inglaterra/Canadá.
Assistência (residual): Atendimento básico, limitado àqueles que não tem condição de pagar/contribuir a previdência, comprovando que não têm condição financeira; atendimento é controlado pelo Mercado, o que limita intervenções do Estado; Estados Unidos.
Constituição de 88: Saúde como direito! Lei 080/90.
Tripé da Seguridade Social: Saúde (Seguridade), Previdência (Meritocracia) e Assistência Social (residual).
O SUS
Sistema de Saúde como uma resposta social organizada em resposta às demandas da população, quanto as carências e necessidades. Tido como um conjunto de agências e agentes que têm como objetivo, garantir a saúde das pessoas e populações – mesmo havendo os conflitos de interesse, inerentes as comunidades.
Contradições no Sistema de Saúde Brasileiro: 
25% da população tem convênio médico, embora nestes circulem bem mais investimentos, quando comparados ao SUS.
Há atualmente uma procura pela diminuição dos direitos constitucionais relacionados à Saúde Pública.
Comparando a porcentagem de investimento nacional para o Sistema Único, com outros modelos pelo mundo, conclui-se que o investimento por aqui é ínfimo. 
Historicamente, na Era Vargas a manutenção da Saúde era mais uma forma de manter a força de trabalho eficaz e contínua, do que um bem-estar coletivo da população. Durante a Ditadura, maior investimento em assistência individual, do que em práticas coletivas. A ideia de hospitalização e especialidades médicas, foi instaurada no país a partir da importação dos modelos americanos, já que até a época, o modelo vigente era de Santas Casas na maioria dos casos. Hoje em dia, SUS se propõe a atuar na avaliação epidemiológica, sanitária e ambiental; ação ativa nos hospitais e postos de saúde quanto a cura e reabilitação, além de terapia e diagnósticos, serviços ambulatoriais e especialidades (média ou alta complexidade).
Diretrizes do SUS:
1986 – 8ª Conferência Nacional de Saúde, com participação Popular;
1988 - Criação do SUS! Saúde como condições de vida, trabalho e consumo, determinando o processo saúde-doença e promovendo a oportunidade de acesso aos serviços que visam a promoção, proteção e recuperação.
SISTEMA DE SAÚDE, por conta da integração de vários profissionais; ações curativas (particulares) e coletivas (Estado).
Welfare State – ideia de que o Estado garante os direitos básicos a população (Integralidade).
Princípios do SUS – Doutrinários: 
Universalidade: Acesso a saúde por todos;
Integralidade: Garantir a saúde de cada pessoa, em sua totalidade e complexidade...tanto fatores físicos quanto psíquicos, entender que cada pessoa é um todo indivisível; e
Individualidade/Equidade: Igualdade de direito a todos, tratar de forma distinta, quem necessita.
 Organizativos:
Descentralização: em várias esferas de gestão;
Regionalização: Subdivisiões e agregações territoriais;
Hierarquização: estabelecer hierarquias de complexidades quanto a especialidades/estruturas e, haver comunicação – atenção primária, secundária e terciária; e
Controle Social: Participação democrática, na gestão.
Desafios do SUS – Sustentabilidade Financeira: verbas a fim de expansão e qualificação do Sistema; Sustentabilidade Institucional: superar as limitações burocráticas, do clientelismo político (através do ‘favor’ de algum político) e do partidarismo; e Sustentabilidade Política: Quem apoie firmemente a manutenção do processo de sociedade compatível com o SUS.
PROMOÇÃO DA SAÚDE – noção de além da reabilitação e cura, a ideia de prevenção e cuidados a fim de qualidade de vida.
Leavell & Clark: História natural das doenças: Investigação dos contextos e variáveis que venham a trazer doenças ou até mesmo a cura.
Promoção e prevenção primária – Educação e mudança de hábitos; visando aumentar a resistência, concluindo em bem-estar. Ex: camisinha, campanha antitabagismo, vacina...
Prevenção Secundária – Identificar doentes potenciais ou sem sintomas, lidando com o foco patológico, a fim de os manter funcionalmente sadios. Ex: Testes de HIV, para quem transou sem proteção; exame de próstata em determinada idade.
Prevenção terciária – evitar que haja agravamentos na condição de pessoas que sofreram acidentes ou doenças – funcionalidade mantida/restabelecida.
Abordagens quanto a noção de saúde:
Biomédica: Saúde é a ausência de doenças e de incapacidades; determinada pelas condições biológicas e fisiológicas para doenças especificas; usa de estratégias para reabilitação como as vacinas, cirurgias ou drogas; tendo como responsável das intervenções de saúde, uma gestão profissional.
Comportamental: Saúde é reflexo de capacidades físicas e funcionais, o bem-estar; determinadas pelo estilo de vida e fatores biológicos; intervenções são feitas na mudança de comportamentos e de rotina; mudanças partem dos indivíduos e da comunidade médica (profissionais).
Socioambiental: Saúde enquanto bem-estar biopsicossocial, realização/aspirações pessoais; determinada pelos fatores culturais/biopsicossociais e econômicos; intervenções baseadas em ações políticas, no desenvolvimento de habilidades, no acesso a espaços saudáveis e na readequação de serviços de Saúde; gerenciada pela comunidade e profissionais/Estado.
Princípios da Promoção da Saúde
Concepção holística da vida: Onde considera-se diversos fatores para as causas da saúde-doença; análise de todo sistema de saúde para averiguar possíveis causas de doença ou dificuldade ao acesso a Saúde; compreensão multifatorial da doença.
Equidade: Reflexão quanto as desigualdades sociais e o quanto limitam o acesso a saúde e às necessidades básicas; envolve valores éticos e morais quanto aos direitos e ao quão focado deve ser o acolhimento; garantir o acesso facilitado a saúde e a promoção de bem-estar.
Intersetorialidade: Multiplicidade de olhares quanto a realidade; superar a ideia de setorização/segregação de valores e julgamentos; evitar o olhar uni causal – que costuma gerar medicamentalização indevida.
Participação Social: no planejamento de ações, na execução em si e na avaliação dos frutos e projetos criados – de maneira popular, talvez leiga, não técnica; ação a fim da corresponsabilidade – evitar o clientelismo (ação em detrimento de benefícios) e participação ativa dos envolvidos; quebra de ideias de senso-comum, gerar ideias válidas; considera a responsabilidade estatal.
Sustentabilidade: Haver planejamento de médio e longo prazo, para tornar as ações/projetos duradouros, eficazes; planejamento e ações devem ser integradas, bem elaboradas.
Campos de Ação
Elaboração de políticas públicas efetivas e saudáveis (ECA, por exemplo).
Fortalecimento da ação comunitária e popular.
Criação de espaços que perpetuem a promoção da saúde, em escolas e igrejas por exemplo.
Desenvolvimento pessoal de todos envolvidos.
Ampliação dos serviços de saúde, quanto ao acesso e a estratégias de prevenção.

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