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DIGITALIZAÇÃO Processo de conversão dos documentos arquivísticos em formato digital, que consiste em unidade de dados binários – bits – agrupadas em conjunto de oito formando um byte e, com os quais os computadores criam, recebem, processam, transmitem e armazenam dados. É dirigida ao acesso, difusão e preservação do acervo documental. POR QUE DIGITALIZAR? Amplo acesso e disseminação dos documentos arquivísticos por meio da tecnologia da informação e comunicação. Intercâmbio de acervos documentais e de seus instrumentos de pesquisas por meio de redes informatizadas. Difusão e reprodução dos acervos arquivísticos não-digitais em formatos e apresentações diferentes do formato original. Incrementar a preservação e segurança dos documentos arquivísticos originais por restringir seu manuseio. PROJETOS DE DIGITALIZAÇÃO A fim de se gerar um representante digital fiel ao documento original, deve-se identificar o menor caractere – linha, traço, ponto, mancha de impressão – a ser digitalizado para determinar a resolução óptica que garantirá sua legibilidade na versão digital. Para definir o tipo de equipamento de captura, deve-se observar os tipos documentais do acervo e sua quantificação, além das características físico-químicas de cada documento, para reduzir os riscos à integridade física do original. Recomenda-se a digitalização de conjuntos documentais integrais. No entanto, é possível digitalizar documentos isolados devido à frequência de uso, estado de conservação ou alto valor intrínseco. CAPTURA DIGITAL DA IMAGEM Deverá ser realizada para garantir o máximo de fidelidade entre o representante digital e o original. Recomenda-se a digitalização das capas, contracapas e envoltórios, bem como de páginas sem impressão, especialmente quando contiverem sinalização gráfica de numeração e outras informações. Deve-se observar os parâmetros que possam significar riscos ao documento original. Os metadados técnicos a respeito do ambiente tecnológico e as características físicas dos originais devem ser registrados em planilhas e sempre que possível, devem ser encapsulados ao próprio objeto digital ou armazenados em um banco de dados. PARÂMETROS DA QUALIDADE DA IMAGEM A qualidade da imagem digital é resultado: a) Da resolução ótica adotada no escaneamento; b) Da profundidade de bit; c) Dos processos de interpolação (se usados); d) Dos níveis de compressão; e) Características dos próprios equipamentos; f) Técnicas usadas nos procedimentos. A resolução linear é determinada pelo número de pixels e expressa em pontos por polegada – DPI – ou pixels por polegada – PPI – da vertical e horizontal da imagem digital. Quanto mais pixels, maior será a resolução linear e, portanto, a riqueza de detalhes do documento. A profundidade de bit – resolução tonal, resolução de cor, variação dinâmica – é a medida do número de bits usados para definir cada pixel. Quanto mais bits, maior será a escala de tonalidades de cinza (greyscale). Quando se usa só um bit por pixel, chamamos de bitonal, ou seja, há só preto e branco. O parâmetro de qualidade é o de resolução óptica que é a capacidade de captura real da imagem, em quantidade de pontos, sem uso de recursos de interpolação, que resultam num aumento artificial da resolução. Não se deve usar filtros para a geração de matrizes digitais. A utilização da interpolação em imagens digitais consiste na adição, por meio de software, de novos pixels através dos já existentes. Seu propósito é fazer com que uma imagem digital pareça ter sido capturada originalmente com maior resolução. Esse recurso não pode ser usado para geração de matrizes digitais. TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA CAPTURA DIGITAL A definição do equipamento de captura digital a ser utilizada só poderá ser realizada após o minucioso exame do suporte original considerando suas características físicas e estado de conservação. Escâneres de Mesa / Flat Bed São indicados para os documentos planos em folhas simples e aplicações fotográficas contemporâneas em bom estado de conservação. Não se aplica a documentos encadernados. Escâneres Planetários Semelhantes à câmera fotográfica. São usados para digitalização de documentos planos, em folhas simples, documentos encadernados que precisem de compensação de lombada e documentos fisicamente frágeis. Não ocorre nenhuma forma de tração ou pressão mecânica. Câmeras Digitais Recomenda-se o uso para geração de representantes digitais de alta qualidade, e para captura digital de documentos grandes, como mapas e plantas. Sempre que possível, deve-se privilegiar sistemas planetários de captura para evitar riscos de manuseio dos originais, principalmente quando se tratar de documentos frágeis e encadernados. As câmeras digitais geram arquivos chamados de RAW, mas não há necessidade obrigatória de se conservar neste formato. Digitalização de Negativos e Dispositivos Fotográficos Deve-se usar escâneres específicos, preferencialmente multiformato. Só podem ser usados negativos e dispositivos de suporte flexível e em bom estado de conservação. Negativos e dispositivos de vidro e os que já estão se deteriorando não podem ser digitalizados nesses equipamentos. Deve-se usar câmeras digitais, mesas de reprodução ou caixas de luz contínua ou com sistema de flash. Digitalização de Microformas Usa-se escâneres específicos para captura digital. A qualidade da imagem varia de acordo com o estado de conservação. Escâneres de Produção e Alimentação Automática A opção em empregar estes equipamentos para captura digital de documentos com sistema de alimentação automática, deve ser meticulosamente avaliada, devido aos riscos de dano físico e da redução da longevidade de documentos originais. Todos os documentos a serem digitalizados neles deverão ter analisados a sua estrutura física, estado de conservação e serem retiradas as sujidades. Documentos fotográficos e material de arte não podem ser digitalizados neste tipo de equipamento independentemente do estado de conservação. SINALÉTICA a) Escala de cinza; b) Escala de cores; c) Escala e sinalização de dimensões. Deve-se manter uma margem ao redor do documento que permita um recorte posterior para a produção de formatos de arquivo digital derivados para acesso. FORMATO DOS ARQUIVOS Recomenda-se usar formatos abertos – open sources. O formato mais usado é o TIFF – Tagged Image File Format – pois apresenta elevada definição de cores. Também pode ser apreciado o PNG29 – Portable Network Graphics – e JPEG200030. MDPI Matriz Digital com Processamento de Imagem. Geração em formato TIFF de uma matriz de alta resolução com compressão sem perda da qualidade aparente. FORMATOS DE ACESSO Devem ser usados preferencialmente formatos abertos sendo recomendados JPEG e PNG. O PDF também é recomendado embora possua uma taxa de compressão menor. Para visualização da imagem a título ilustrativo em sites, deve-se utilizar um representante com baixa resolução, do tipo Thumbnail. Os mais comuns são: GIF, BMP, PNG e JPEG. METADADOS TÉCNICOS Descrevem as características do representante digital no que diz respeito ao processo de captura digital, onde deve ser descrito e registrado o ambiente tecnológico (software e hardware) bem como características físicas como tipo e dimensão.
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