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27/05/2016 1 Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) 99112-3636 - netobv@hotmail.com Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais By: J. E. A. Neto 1 By: J. E. A. Neto 2 AFETIVIDADE E O CUIDADO A nova família brasileira tem origem no afeto e não no casamento CASAMENTO sexo família AFETO família família família família família 27/05/2016 2 By: J. E. A. Neto 3 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) I I I - a dignidade da pessoa humana; AFETIVIDADE E CUIDADO Dignidade “A dignidade como autonomia envolve, em primeiro lugar, a capacidade de autodeterminação, o direito do indivíduo de decidir os rumos da própria vida e de desenvolver livremente sua personalidade”. Barroso (2010, p. 24) By: J. E. A. Neto 4 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (...) XXX - é garantido o direito de herança; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; AFETIVIDADE E O CUIDADO Direitos Fundamentais 27/05/2016 3 By: J. E. A. Neto 5 AFETIVIDADE E O CUIDADO Relações afetivas VÍNCULO FAMILIAR Valores morais? Interesses e direitos patrimoniais? Aspectos eminentemente biológicos? “É, pois, no seio da família que os indivíduos oferecem e recebem suporte psicológico, se unem para a realização de atividades privadas e sociais e se auxiliam economicamente, com a consequente ajuda nas adversidades e desafios de toda natureza” (MATOS, 2011, p. 139). By: J. E. A. Neto 6 AFETIVIDADE E O CUIDADO Relações intersubjetivas familiares família Co nvivência I n timidade Respeito Reciprocidade Ded icação Amor “Eros” é o amor da descoberta do outro, sexual, desejo carnal, paixão, da atração física; Amor “Ágape” é o amor divino, incondicional e com sacrifício; fidelidade; Amor “Philos” é o amor fraternal , de amizade, que envolve lealdade, igualdade sexo pai xões so lidariedade r esponsabilidade igualdade fel icidade bem -estarpersonalidade proteção car inho cu idados afeto l ar parentesco 27/05/2016 4 By: J. E. A. Neto 7 AFETIVIDADE E O CUIDADO Relações intersubjetivas familiares PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 69. As famílias parentais se constituem entre pessoas que têm relação de parentesco ou mantêm comunhão de vida instituída com a finalidade de convivência familiar. § 1º Família monoparental é a entidade formada por um ascendente e seus descendentes, qualquer que seja a natureza da filiação ou do parentesco. § 2º Família pluriparental é a constituída pela convivência entre irmãos, bem como as comunhões afetivas estáveis existentes entre parentes colaterais. By: J. E. A. Neto 8 AFETIVIDADE E O CUIDADO Relações intersubjetivas familiares PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias DAS FAMÍLIAS RECOMPOSTAS Art. 70. O cônjuge ou companheiro pode compartilhar da autoridade parental em relação aos enteados , sem prejuízo do exercício da autoridade parental dos pais. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 71. Os enteados e o padrasto ou madrasta vinculam-se em parentesco por afinidade. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 73. O enteado pode requerer a adição do sobrenome do padrasto, ou da madrasta. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 74. Pode o enteado pleitear do padrasto ou madrasta alimentos em caráter complementar aos devidos por seus pais. 27/05/2016 5 By: J. E. A. Neto 9 RECURSO ESPECIAL Nº 1.159.242 - SP (2009 ⁄0193701-9) CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. ABANDONO AFETIVO . COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL.POSSIBILIDADE. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS E MATERIAIS. FILHA HAVIDA DE RELAÇÃO AMOROSA ANTERIOR. ABANDONO MORAL E MATERIAL. PATERNIDADERECONHECIDA JUDICIALMENTE. PAGAMENTO DA PENSÃO ARBITRADA EM DOIS SALÁRIOS MÍNIMOS ATÉ A MAIORIDADE. ALIMENTANTE ABASTADO E PRÓSPERO. IMPROCEDÊNCIA. APELAÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. [...] Aqui não se fala ou se discute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gerarem ou adotarem filhos. (...) O cuidado , distintamente, é tisnado por elementos objetivos, distinguindo-se do amar pela possibilidade de verificação e comprovação de seu cumprimento, que exsurge da avaliação de ações concretas: presença; contatos, mesmo que não presenciais; ações voluntárias em favor da prole; comparações entre o tratamento dado aos demais filhos – quando existirem –, entre outras fórmulas possíveis que serão trazidas à apreciação do julgador,pelas partes. Em suma, amar é faculdade, cuidar é dever [...]. AFETIVIDADE é faculdade E O CUIDADO é dever By: J. E. A. Neto 10 AFETIVIDADE é faculdade E O CUIDADO é dever LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial. LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. 27/05/2016 6 By: J. E. A. Neto 11 LEI Nº 9.278, DE 10 DE MAIO DE 1996. Art. 2º São direitos e deveres iguais dos conviventes: I - respeito e consideração mútuos; I I - assistência moral e material recíproca; I I I - guarda, sustento e educação dos filhos comuns. LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: I - fidelidade recíproca; I I - vida em comum, no domicílio conjugal; I I I - mútua assistência; IV - sustento, guarda e educação dos filhos; V - respeito e consideração mútuos. AFETIVIDADE é faculdade E O CUIDADO é dever LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. By: J. E. A. Neto 12 EMENTA: Apelação cível. Ação declaratória. Maternidade socioafetiva. Prevalência sobre a biológica. Reconhecimento. Recurso não provido.1. O art. 1.593 do Código Civil de 2002 dispõe que o parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. Assim, há reconhecimento legal de outras espécies de parentesco civil, além da adoção, tais como a paternidade socioafetiva. 2. A parentalidadesocioafetiva envolve os aspecto sentimental criado entre parentes não biológicos, pelo ato de convivência, de vontade e de amor e prepondera em relação à biológica. 3. Comprovado o vínculo afetivo durante mais de trinta anos entre a tia já falecida e os sobrinhos órfãos, a maternidade socioafetiva deve ser reconhecida. 4. Apelação conhecida e não provida, mantida a sentença que acolheu a pretensão inicial. (MINAS GERAIS. Tribunal de Justiça de. Apelação Cívil n. 1.0024.07.803827 – 0/001. Apelante: P. C. S. Apelado: C. C. L. S e M. A. S. Relator: Des. Caetano Levi Lopes. Belo Horizonte, 04 maio 2010) ADOÇÃO À BRASILEIRA 27/05/2016 7 By: J. E. A. Neto 13 EMENTA: PEDIDO DE ALTERAÇÃO DE REGISTRO CIVIL PARA FINS INDENIZATÓRIOS, FORMULADO PELA MÃE BIOLÓGICA. DESCABIMENTO. 1. Se a genitora abandonou o filho logo após o nascimento, e este foi registrado, criado e educado como filho pelos avós, restou consolidado o vínculo de filiação socioafetiva. 2. Se esse filho veio a falecer com 23 anos de idade e se a maternidade sempre foi rejeitada, descabe, pelo fato do óbito e por interesse meramente pecuniário, pretender a alteração do registro civil. 3. Se durante toda a vida do filho a autora não foi e não soube ser sua mãe, então não o será também depois da sua morte. Recurso desprovido.(RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça. Apelação Cível n. 70005273099. Apelante: T. L. V. Apelada: J. V. Relator: Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves. Porto Alegre, 12 mar. 2003) ADOÇÃO À BRASILEIRA By: J. E. A. Neto 14 TUTELA DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 27/05/2016 8 By: J. E. A. Neto 15 RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ABANDONO AFETIVO. NÃO OCORRÊNCIA. ATO ILÍCITO. NÃO CONFIGURAÇÃO. ART. 186 DO CÓDIGO CIVIL. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DO NEXO CAUSAL. SÚMULA Nº 7/STJ. INCIDÊNCIA. PACTA CORVINA. VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM. VEDAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. NÃO CARACTERIZADO. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 1. A possibilidade de compensação pecuniária a título de danos morais e materiais por abandono afetivo exige detalhada demonstração do ilícito civil (art. 186 do Código Civil) cujas especificidades ultrapassem, sobremaneira, o mero dissabor, para que os sentimentos não sejam mercantilizados e para que não se fomente a propositura de ações judiciais motivadas unicamente pelo interesse econômico-financeiro. 2. Em regra, ao pai pode ser imposto o dever de registrar e sustentar financeiramente eventual prole, por meio da ação de alimentos combinada com investigação de paternidade, desde que demonstrada a necessidade concreta do auxílio material. 3. É insindicável, nesta instância especial, revolver o nexo causal entre o suposto abandono afetivo e o alegado dano ante o óbice da Súmula nº 7/STJ. 4. O ordenamento pátrio veda o pacta corvina e o venire contra factum proprium. 5. Recurso especial parcialmente conhecido, e nessa parte, não provido. (REsp 1493125 / SP; TERCEIRA TURMA;Relator Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA; Julg. 23/02/2016; DJe 01/03/2016) By: J. E. A. Neto 16 CIVIL. RECURSO ESPECIAL. FAMÍLIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ABANDONO AFETIVO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. ALEGADA OCORRÊNCIA DO DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE CUIDADO. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DO NEXO CAUSAL. APLICAÇÃO DA TEORIA DO DANO DIRETO E IMEDIATO. PREQUESTIONAMENTO INEXISTENTE NO QUE TANGE AOS ACORDOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS Nº.s 282 E 235 DO STF. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO. (...) 4. Os elementos e as peculiaridades dos autos indicam que o Tribunal a quo decidiu com prudência e razoabilidade quando adotou um critério para afastar a responsabilidade por abandono afetivo, qual seja, o de que o descumprimento do dever de cuidado somente ocorre se houver um descaso, uma rejeição ou um desprezo total pela pessoa da filha por parte do genitor, o que absolutamente não ocorreu. "[...] não existia, desde o nascimento, uma relação paterno-filial, ou seja, não houve rompimento do convívio entre o recorrido e a recorrente. É que somente quando a criança completou dez anos de idade, ou seja após a procedência do pedido da ação de investigação de paternidade,é que se operou o dever de convivência [...]". "Só depois da configuração da paternidade poderá haver o descumprimento do dever de cuidado objetivo que o recorrido poderia conhecer e deveria observar, ou, ainda, a falta de diligência na conduta paterna, o que poderia caracterizar a culpa, na modalidade da negligência. Antes disso, ele não tinha dever legal de ir procurar saber da paternidade que lhe foi atribuída, quando foi informado da gravidez da mãe da recorrente". 27/05/2016 9 By: J. E. A. Neto 17 CIVIL. RECURSO ESPECIAL. FAMÍLIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ABANDONO AFETIVO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. ALEGADA OCORRÊNCIA DO DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE CUIDADO. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DO NEXO CAUSAL. APLICAÇÃO DA TEORIA DO DANO DIRETO E IMEDIATO. PREQUESTIONAMENTO INEXISTENTE NO QUE TANGE AOS ACORDOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS Nº.s 282 E 235 DO STF. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADO. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO. (...) 4. Os elementos e as peculiaridades dos autos indicam que o Tribunal a quo decidiu com prudência e razoabilidade quando adotou um critério para afastar a responsabilidade por abandono afetivo, qual seja, o de que o descumprimento do dever de cuidado somente ocorre se houver um descaso, uma rejeição ou um desprezo total pela pessoa da filha por parte do genitor, o que absolutamente não ocorreu. "[...] não existia, desde o nascimento, uma relação paterno-filial, ou seja, não houve rompimento do convívio entre o recorrido e a recorrente. É que somente quando a criança completou dez anos de idade, ou seja após a procedência do pedido da ação de investigação de paternidade,é que se operou o dever de convivência [...]". "Só depois da configuração da paternidade poderá haver o descumprimento do dever de cuidado objetivo que o recorrido poderia conhecer e deveria observar, ou, ainda, a falta de diligência na conduta paterna, o que poderia caracterizar a culpa, na modalidade da negligência. Antes disso, ele não tinha dever legal de ir procurar saber da paternidade que lhe foi atribuída, quando foi informado da gravidez da mãe da recorrente". (REsp 1557978 / DF; Relator Ministro MOURA RIBEIRO; TERCEIRA TURMA; Julg. 03/11/2015;Public.DJe 17/11/2015) By: J. E. A. Neto 18 CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. ABANDONO AFETIVO. COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL. POSSIBILIDADE. (...) 3. Comprovar que a imposição legal de cuidar da prole foi descumprida implica em se reconhecer a ocorrência de ilicitude civil, sob a forma de omissão. Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamente tutelado, leia-se, o necessário dever de criação, educação e companhia - de cuidado - importa em vulneração da imposição legal , exsurgindo, daí, a possibilidade de se pleitear compensação por danos morais por abandono psicológico. 4. Apesar das inúmeras hipóteses que minimizam a possibilidade de pleno cuidado de um dos genitores em relação à sua prole, existe um núcleo mínimo de cuidados parentais que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e inserção social. (...) (REsp 1159242 / SP; Relator Ministra NANCYANDRIGHI; TERCEIRA TURMA; Julgamento 24/04/2012; Publicação DJe 10/05/2012) 27/05/2016 10 By: J. E. A. Neto 19 Alienação Parental LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010. Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 107. Considera-se alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, convivência ou vigilância para que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. By: J. E. A. Neto 20 Alienação Parental LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010. Art. 3º A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 107. Omissis § 1º A prática de condutas de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 27/05/2016 11 By: J. E. A. Neto 21 Alienação Parental LE I Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010. Art. 2º omissis Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante , sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. By: J. E. A. Neto 22 Alienação Parental PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 9º O parentesco resulta da consanguinidade, da socioafetividade e da afinidade. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 99. Pais e filhos têm direitos e deveres recíprocos de convivência familiar. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 470, DE 2013 - Estatuto das Famílias Art. 6º São indisponíveis os direitos das crianças, dos adolescentes, dos incapazes, e os referentes ao estado e capacidade das pessoas. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. 27/05/2016 12 By: J. E. A. Neto 23 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. Alienação Parental
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