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ARTIGO CIENTÍFICO ESTACA RAIZ

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1 
 
 
Estudo de avaliação dos fatores de produtividade em estaca raiz no 
Município de Santarém 
 
Ricardo Vitor Pereira da Rocha – engcivil.ricardorocha@gmail.com 
MBA em Projeto, Execução e Controle de Estruturas e Fundações 
Instituto de Pós-Graduação - IPOG 
Manaus, AM, 23 de Setembro de 2015 
 
RESUMO 
A Engenharia brasileira cresceu exponensialmente nos ultimos anos. Essa demanda gerou 
novos desafios e a eficiência na produção passou a ser um dos maiores indicadores de 
qualidade. Dessa forma, a procura incessante por êxito nos projetos aumenta 
gradativamente,apoiada na criação de novas tecnologias. Soluções inovadoras em 
fundações tem sido fundamentais para resolver problemas de estaqueamento que em outros 
momentos geravam grandes dificuldades. A solução na contrução de fundação tipificada 
como Estaca Raiz, tem resolvido grande parte dos desafios dessa engenharia sedenta por 
novos rumos. Seu processo é certamente um dos mais complexos no campo geótecnico, 
pois necessita de uma logistica grande e eficiente para garantir resultados satisfatórios. Tal 
processo executivo é tema deste trabalho, que busca encontrar os gargalos dessa técnica e 
indicar, assim, em que o processo pode ser melhorado ou otimizado, perante o 
apontamento de falhas de execução de uma obra em andamento. O trabalho foi realizado 
no Municipio de Santarém e utiliza a metodologia estudo de caso da construção de Estacas 
Raizes da fundação do edifício-sede da Subseção Judiciária de Santarém. O resultado do 
acompanhamento da execuação da obra de fundação Estaca Raiz de tal lugar, demonstrou 
que dificuldades tecnicas e falta deplanejamento na execuação da obra, ocasionaram em 
consideráveis atrasos no cronograma e um maior custo, perante o que havia sido previsto. 
 
Palavras-chave: Estaca Raiz. Engenharia. Fundação. Construção. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Atualmente a sociedade vive um momento de busca pela otimização e uso 
sustentável dos recursos naturais cada vez mais escassos, o que culmina em tentativas em 
melhorar a produtividade em suas criações, o que hoje é sinônimo de competência. Para a 
Engenharia, por exemplo, a produtividade está diretamente associada a eficiência na 
produção, por isso a procura incessante por êxito nos projetos aumenta constante e 
gradativamente, com a criação de novas tecnologias e maquinários que aliam os fatores 
tempo e qualidade. Fato esse exemplificado pelos Projetos BIM (Building Information 
Modeling ou Modelagem de Informação da Construção), que consiste no gerenciamento de 
2 
 
 
informações dentro de uma edificação, desde a fase inicial, o que conta com a criação de 
um modelo digital que abrange todo o ciclo de vida do edificio. 
A produtividade na construção civil está relacionada ao planejamento, a gestão, aos 
projetos e a mão de obra envolvida, logo é preciso, antes de tudo, fazer um estudo 
envolvendo todos estes fatores, para minimizar futuros problemas, que são comuns dentro 
de um canteiro de obra. 
Será que existe mão de obra especializada disponível? Como é o terreno em que 
será executado o projeto? O local no qual será instalada a obra suporta tudo o que é preciso 
para executá-la? Quais condições climáticas, a região oferece? Os projetos fornecem 
subsídios suficientes para execução? Perguntas como estas precisam ser discutidas a fim de 
se gerir e buscar aprimoramento antes, durante e depois de qualquer obra, seja ela, de 
pavimentação, superestrutura ou infraestrutura, sendo essa última o foco deste artigo. 
Nos países desenvolvidos, a Engenharia é vista sob uma rigida e longa rotina de 
planejamentos. É notória a dedicação que perdura por meses na concepção de projetos – 
que são elaborados com riqueza de detalhes – e no planejamento da obra, momento em que 
é dedicado um tempo maior na análise de cada etapa de projeção, o que difere da execução, 
que devido a tanto primor em planejamento, acaba sendo executada em menor tempo. Tal 
cenário difere do cenário brasileiro, que continua insistindo em projetos básicos – muitas 
vezes batizados indevidamente de “projetos executivos” –, o que configura uma economia 
desnecessária em sondagem e topografia, ocasionando incompatibilidade entre projeto de 
cálculo estrutural, arquitetônico, instalações, entre outros fatores. No Brasil, não há 
confiança no valor de um bom projeto e espera-se que o engenheiro de campo faça 
“milagres” no canteiro de obras. 
Visando atentar para cuidados importantes e com objetivo de contribuir 
literariamente com a produtividade na planta de fundação em Estaca Raiz, este artigo 
procura apresentar situações corriqueiras no campo da execução da construção, em que 
fatores diversos que poderiam ser evitados ou, ao menos minimizados, acabam 
comprometendo todo o cronograma e produtividade da obra. A metodologia adotada foi a 
de estudo de caso, escolha metodológica que encontra apoio nas palvras Yin (2003 apud 
SOUSA, 2013, p. 43), que diz que “...o estudo de caso [...] deve ser utilizado quando se 
deseja chegar a generalizações amplas, baseadas em evidências obtidas em estudos de 
caso”. 
 
3 
 
 
2 ESTACAS RAIZ 
2.1 Conceito 
Estaca Raiz é uma técnica de construção de alicerce profundo. Segundo os critérios 
da Norma Brasileira (NBR) de número 6.122 do ano de 2010, a qual trata desse tipo de 
fundação e regulamenta a forma de sua execução, Estaca Raiz é aquela em que a 
transmissão de carga é feita pela resistência de ponta e/ou pela resistência de fuste 
(superfície lateral) e também por sua profundidade de assentamento, que é maior que o 
dobro de sua menor dimensão. É moldada in loco, executada por equipamentos específicos 
e não exige a presença de operários no solo na hora da execução. Vale salvar que este tipo 
de estaca também é conhecida como Estaca Escavada Injetada, uma vez que no método de 
execução é feita a injeção de material aglutinante, geralmente argamassa (cimento, areia e 
água). 
Dispondo sobre as características gerais da Estaca Raiz, a NBR nº 6.122/10 (ABNT 
2010, p. 74 apud Sousa, p. 35), aponta que: 
 
A estaca raiz é uma estaca moldada in loco, em que a perfuração é revestida 
integralmente, em solo, por meio de segmentos de tubos metálicos 
(revestimento) que vão sendo rosqueados à medida que a perfuração é executada. 
O revestimento é recuperado. 
A estaca raiz é armada em todo o seu comprimento e a perfuração é preenchida 
com argamassa de cimento e areia. 
 
2.2 Histórico 
O inicio da utilização e o desenvolvimento deste tipo de tecnica de construção de 
fundação ocorreram na Itália, a partir da década de 1950 momento, inclusive, em que o 
professor Fernando Lizzi
1
 requereu as primeiras patentes com a denominação de “Pali 
Radice”. Essa técnica, inicialmente utilizada para reforço de fundações e melhoramento de 
solo, foi apresentada no 10º Congresso de Geotecnia, em 1970, na Itália. Desde então, 
várias empresas começaram a comercializar estacas similares, denominadas de Micro 
Estacas, por utilizarem diâmetros de até 20 centímetros. Com o avanço da Engenharia e 
suas tecnologias, houve a necessidade de utilizar estacas de diâmetros cada vez maiores, 
atualmente chegando a 50 centímetros. 
Devido a esse aumento nas medidas das estacas e, com isso, a necessidade de maior 
capacidade de carga usual à compressão, a atual NBR 6.122/2010 abandonou a 
 
1 Fernando Lizzi (02 de Janeiro de 1914 – 28 de Agosto de 2003) foi um grande Engenheiro Civil italiano, que 
desenvolveu a técnica da “Pali Radice”, ou Estaca Raiz. 
4 
 
 
nomenclatura de “Micro Estacas”, substituindo por “Estacas Escavadas com Injeção” ou 
“Estacas Escavadas Injetadas”. Diferente doque ocorria no principio da utilização dessa 
tecnica, hoje, esse tipo de fundação não é usada apenas para reforço, mas, também como 
opção de fundação para qualquer tipo de terreno, especialmente em solos rochosos, em 
canteiros nos quais exista a dificuldade de acesso a equipamentos de maior porte, como 
bate-estacas e perfuratrizes para hélice contínua e também em locais onde exista obra 
vizinhas, pois não produzem muita vibração. Com a modernização dos equipamentos de 
execução, é possível projetar estacas com capacidade de carga à compressão de até 200 tf, 
dependendo do diâmetro final da mesma. Esse sistema pode ser executado na vertical ou 
em posição inclinada e permite alcançar profundidades de ate 60 metros. 
Para calcular o diâmetro, a profundidade e a quantidade de armação utilizada em 
cada estaca, é necessário fazer o teste de Standard Penetration Test ou Sondagem à 
Percussão (SPT) no terreno orientado segundo a NBR 6.484/2001 além de seguir as 
orientações da NBR 6.122/2010 – Projeto e Execução de Fundações. 
 
2.3 Equipamentos Utilizados 
Para a execução, é necessária a utilização de perfuratriz rotativa hidráulica, 
mecânica ou movida a ar comprimido, com capacidade para revestir integralmente todo o 
trecho em solo, utilizando o tubo de revestimento, conjunto misturador de argamassa, 
compressor de ar – capacidade de vazão mínima de 5 pcm e pressão máxima de 0,5 MPa –, 
bomba de água, conjunto extrator dotado de macaco, conjunto de acionamento hidráulico, 
além de reservatórios para a acumulação de água para perfuração contínua de, pelo menos, 
uma estaca. 
 
2.4 Processo Executivo 
O processo executivo é o modo como ocorre a construção das estacas raiz, o qual se 
dá, sequencialmente, em quatro etapas, sendo-as: perfuração rotativa ou roto-percussiva, 
colocação da armadura, injeção de argamassa com preenchimento integral do furo e 
remoção do revestimento. 
Porém, antes de começar a perfuração, é necessário posicionar corretamente a 
perfuratriz, conferindo a verticalidade e o ângulo de inclinação do tubo metálico em 
relação a estaca locada. 
Sobre a etapa de perfuração, destaca-se que: 
5 
 
 
 
[...] A perfuração é executada na vertical ou inclinada, de acordo com o projeto 
de fundação por equipamento perfuratriz. É normalmente utilizado o método 
rotativo com a circulação de água, onde as peças são acrescentadas à medida que 
a perfuração é avançada. É introduzido um tubo de revestimento provisório até a 
extremidade inferior da estaca. No caso de encontrado material resistente, a 
perfuração é prosseguida através de uma coroa diamantada ou um martelo de 
fundo, por processo percussivo, onde o segundo caso é o mais habitualmente 
empregado (VELLOSO E LOPES, 2010; TEC GEO, 2013), apud SOUSA, 2013, 
p 36) 
 
Ainda sobre perfuração, os mesmos autores também expõem que as dimensões 
externas do martelo de fundo são limitadas pelo diâmetro interno do revestimento, já que a 
perfuração se faz a partir interior do tubo de revestimento. Na tabela 01, apresentam-se as 
características principais dos tubos de revestimento e os diâmetros máximos dos martelos 
de fundo em relação ao diâmetro final das estacas. 
 
Tabela 1 – Características dos tubos de revestimento e diâmetros máximos dos 
martelos de fundo quanto ao diâmetro final das estacas. 
 
Diâmetro nominal da estaca mm 150 160 200 250 310 400 
Diâmetro mínimo externo do tubo de revestimento mm 127 141 168 220 273 324 
Carga máxima de trabalho tf 30 40 55 80 110 140 
Fonte: Site da Empresa NOVAGEO DO BRASIL LTDA. Disponível em: http://www.novageo.com.br/28-
conteudo-engenharia-fundacao-tipo-estaca-raiz. Acessado em Ago de 2015. 
 
Na NBR 6.122/10 – Projetos de Fundação – tem-se a regulamentação de que a 
perfuração para estaca raiz deve ser revestida integralmente ao longo do seu fuste. Porém, 
há situações nas quais a perfuração alcança camadas de densas de rochas, que implicam em 
uma instalação parcial do revestimento ao longo do comprimento da perfuração para a 
estaca, pois, na rocha, não existe a possibilidade de desbarrancamento, dado que o material 
rochoso, nesse caso, atua como um revestimento natural. Dessa forma, diz-se que há o 
revestimento parcial (no solo com revestimento e parte em rocha, sem revestimento). 
Mesmo que a perfuração atinja a cota de projeto, é preciso que a injeção de água 
continue, ainda que a perfuração não avance, para que seja promovida a limpeza do furo. 
Após a perfuração, é colocada a armadura dentro do furo, de forma constante ou 
variávelmente, ao longo do fuste de acordo com o projeto de fundações. Geralmente, essa 
estrutura metálica é composta por um vergalhão ou barra de aço – ou de vários vergalhões 
6 
 
 
ou barras de ferro – com bitola que varia de acordo com as necessidades e especificações 
do projeto, estribados corretamente, em forma de “gaiola”. Em situações em que a 
colocação manual é dificultada, a estrutura pode ser inserida no fuste com amparo do 
guincho auxiliar da perfuratriz. 
Nas estruturas para estacas trabalhadas a compressão, as emendas das barras podem 
ser feitas por simples transpasse (devidamente fretado). Já nas armações para estacas que 
sejam trabalhadas sob tração, recomenda-se que as emendas sejam feitas com solda e luvas 
rosqueadas ou luvas prensadas. 
Uma vez instalada a armadura, é introduzido o tubo de injeção (geralmente de PVC 
com diâmetro de 1 ½ “ ou 1 ¼”) até o final da perfuração para proceder a injeção, de baixo 
para cima, até que a argamassa extravase pela parte superior do tubo de revestimento, 
garantindo assim que a água ou a lama de perfuração seja substituída pela argamassa, a 
qual é confeccionada em um misturador de alta turbulência, geralmente acionado por 
motorbomba, pra garantir a homogeneidade da mistura. 
Nessa etapa é importante garantir que, durante a concretagem, os estribos 
permaneçam na posição correta. Para isso utilizam-se espaçadores plásticos ou em 
argamassa, espaçados conforme projeto, para manter a estrutura centralizada e o 
cobrimento determinado no mesmo. 
Quando a argamassa começa a sair pela parte superior do tubo de revestimento, é 
rosqueado na parte superior desse tubo, um tampão metálico ligado a um compressor para 
permitir aplicar golpes de ar comprimido durante a extração do revestimento. Esta extração 
é auxiliada por macaco hidráulico. É importante ressaltar que a argamassa que emergi na 
superfície do terreno deve ser de forma limpa, sem lama ou detritos. 
Com a retirada dos tubos de revestimento, percebe-se que o nível de argamassa no 
interior do revestimento vai baixando, com isso existe a necessidade de se completar o 
nível antes que um novo golpe de ar comprimido seja aplicado. Esta operação é repetida 
várias vezes até a conclusão da retirada do revestimento. Após a retirada total do 
revestimento e complementação do nível de argamassa, temos a estaca efetivamente 
concluída. 
Esse procedimento de retirada dos tubos de revestimento com o auxílio do guincho, 
deve ser cuidadosamente observado, pois quando as peças são suspensas, há o risco de o 
operário ser atingido por peças, devido ao seu transporte ou até mesmo desprendimento 
durante o movimento. 
7 
 
 
O processo executivo da estaca raiz pode ser ilustrado conforme figura 01. 
 
Figura 1 – Processo executivo da Estaca Raiz 
 
Fonte: Site da Empresa GEOFIX. Disponível em: http://www.geofix.com.br/servico-estaca-raiz.php. 
Acessado em Ago de 2015. 
 
Como em toda obra, além da qualidade dos serviços executados, a segurança dos 
operários também deve ser garantida. Para isso, alguns cuidados quanto a execução desse 
tipo de fundação devem ser tomados. Fazendo partedo maquinário necessário para 
execução e funcionamento dos equipamentos de estaca raiz, utiliza-se um quadro de 
distribuição de energia que alimenta todo o aparato mecânico, porém, é de extrema 
importância que o mesmo seja aterrado adequadamente, evitando acidentes provenientes 
de descargas elétricas. Da mesma forma, o fio que transmite a energia elétrica deve ser 
mantido suspenso em cavaletes, evitando o contato direto com o chão, uma vez que, 
durante a execução, existe a necessidade da utilização de água e essa é um excelente 
condutor elétrico. Se houver uma pequena fissura na capa do fio e o mesmo estiver posto 
sobre o chão com água, ocorrerá um curto circuito, transmitindo a descarga elétrica para a 
água, atingindo todo e qualquer trabalhador que estiver em contato com essa. 
Benite (2004, p. 19 apud SOUSA) “define segurança e saúde no trabalho como: ‘O 
estado de estar livre de riscos inaceitáveis de danos nos ambientes de trabalho, garantindo 
o bem estar físico, mental e social dos trabalhadores”. 
 
 
 
8 
 
 
2.5 Materiais Utilizados 
Os materiais necessários para a execução dos serviços de estaca raiz são basicamete 
cimento e areia, utilizados para o preparo da argamassa que é injetada. Além, aço CA-50 e 
aço CA-25, também são empregados nas gaiolas, que são devidamente travadas e soldadas 
conforme projeto de fundação. 
Para atender o consumo mínimo estipulado pela NBR 6.122/10, é necessário o 
consumo mínimo de cimento de 600kg/m
3
, o traço normalmente utilizado contém 80 litros 
de areia para 50 kg de cimento e 20 a 25 litros de água, para obter uma argamassa com 
uma resistência característica acima de 20 Mpa. 
 
Quadro 1 – Consumo de materiais 
CARGA (tf) DIÂMETRO (mm) CIMENTO (sc/m) AREIA (l/m) AÇO (kg/m) 
10 100 - - - 
20 120 0,17 13 5,00 
25 150 0,30 23 5,00 
35 160 0,30 23 5,50 
50 200 0,47 35 7,50 
70 250 0,75 55 11,50 
100 310 1,13 85 17,50 
130 400 1,89 141 21,00 
200 500 - - - 
Fonte: Site da Empresa NOVAGEO DO BRASIL LTDA. Disponível em: http://www.novageo.com.br/28-
conteudo-engenharia-fundacao-tipo-estaca-raiz. Acessado em Ago de 2015. 
 
2.6 Vantagens e Desvantagens 
A Estaca Raiz possui algumas particularidades que as tornam vantajosas em relação 
aos demais tipos de estacas. Tais benefícios se dão principalmente por serem fundações 
que não produzem vibrações nem choques. Em lugares que existem monumentos tombados 
historicamente, esta vem a ser uma vantagem primordial. Além disso, são fundações que 
permitem sua execução através de obstáculos como peças de concreto, blocos de rocha, 
pois permitem a escavação com a ajuda de coroa diamantada ou martelo de fundo. Além 
disso, por utilizar geralmente equipamentos de pequeno porte, torna possível o trabalho em 
ambientes restritos, com pé direito baixo. Devido sua flexibilidade na execução, outra 
vantagem deste tipo de estaca, é a possibilidade de execução não somente na vertical, mas, 
em qualquer inclinação. Por fim, de acordo com Brasecol (2013 apud SOUSA, 2013) “a 
estaca raiz pode suportar solicitações de esforços de compressão bem como de tração”. 
9 
 
 
Devido a considerável quantidade de cimento na argamassa, a Estaca Raiz possui 
elevado custo. Ademais, a técnica da Estaca Raiz, possui equipamentos de controle de 
execução, ficando a critério do operador regular a pressão e injeção da argamassa, 
tornando-se dependente do mesmo. Em termos de produção diária, o avanço da Estaca 
Raiz é lento, chegando ao máximo de 30 metros de estaca por dia. No entanto, cabe 
ressaltar que esse forma de construção de fundação, mesmo com essas desvantagens, 
representa uma forma vantajosa, inquestionavelmente, quando se pretende um trabalho que 
não prejudique estruturas “delicadas” próximas e a lugares em que equipamentos grandes 
não podem ser instalados, independentemente do tipo de solo. 
 
2.7 Indicações 
Devido a flexibilidade de execução, a Estaca Raiz é indicada para todos os tipos e 
fundações. Seu uso tem sido comum em fundações de equipamentos industriais, torres de 
linhas de transmissão, também para reforço de fundações, para locais com restrição de pé 
direito e com dificuldades de acesso de equipamentos de maior porte. 
Devido ao custo elevado de produção, esse tipo de estaca é utilizado especificamente onde 
as demais técnicas não conseguem atravessar camadas mais resistentes, como matacões, 
blocos ou rochas (arenitos, siltitos etc.). 
 
3 ESTUDO DE CASO 
Inicialmente, para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizada, uma revisão 
bibliográfica para ter-se uma visão geral desse tipo de fundação profunda, bem como seus 
conceitos, aplicações, execução e benefícios. Após essa revisão, foi feito um levantamento 
da obra de construção da Subseção da Justiça Federal, que usou a Estaca Raiz, na cidade de 
Santarém, no estado do Pará. 
 
3.1 Localização do Objeto de Estudo 
A obra está localizada na Avenida Barão do Rio Branco, 1893, bairro do Aeroporto 
Velho, Santarém/ Pará. O município de Santarém tem sua localização privilegiada e 
estratégicamente, no momento da confluência dos rios Amazonas (direção Oeste – Leste) e 
Tapajós (direção Sul – Norte). Possui um perímetro urbano com área de paisagem 
fluminense e é, hoje, um entroncamento modal: onde rodovias federais e estaduais, 
hidrovias e aerovias, convergem. 
10 
 
 
 
 
Fonte: Google Earth. Disponível em: www.google.com.br. Acessado em Ago de 2015. 
 
3.2 Caracterização da Obra 
A 1ª etapa do edifício-sede da Subseção Judiciária de Santarém possui, de área 
construída, aproximadamente 2.000m², dividos em tres blocos, sendo-os: 01 jurídico, 01 
administrativo e outro de atendimento ao público. A empresa contratada para a execução d 
aobra é oriunda da cidade de Macapá, estado do Amapá e a empresa responsável pela 
fiscalização, de Belém/Pará, ambas ganhadoras do processo licitatório que regeu a 
instituição de tal empreendimento. 
A obra foi executada em concreto convencional. A primeira etapa, que contempla 
apenas a parte térrea do projeto inicial, já se encontra completamente preparada para 
receber posteriormente a 2ª etapa da obra, que será a construção de mais uma andar, além 
da construção de um auditório. 
O tipo de fundação utilizado na obra é a tipificada como Estaca Raiz. No total 
foram construídas 207 estacas, distribuídas em 160 blocos de coroamento com dimensões 
variadas. 
 
3.3 Descrições dos Serviços 
Em todos os seus nove pontos de sondagem SPT (Standard Penetration Test) – 
executada pela empresa WS Geotecnia Ltda – os resultados descrevem o solo como 
arenoso, do tipo areia média siltosa de cor amarela. Após esse levantamento, os laudos 
foram encaminhados para o engenheiro de fundação que, em posse dos dados obtidos e do 
projeto estrutural, definiu para essa obra, a fundação do tipo profunda em Estaca Raiz. 
11 
 
 
Ao total foram projetados 734 metros de Estaca Raiz, com diâmetro de 250 mm 
para suportar cargas de aproximadamente 35 tf, com uma resistência característica da 
argamassa de 20 Mpa. Além desses, foram ainda projetados mais 675 metros de Estaca 
Raiz, com diâmetro de 300 mm, para suportar cargas de aproximadamente 40 tf, com 
resistência característica da argamassa de 20 Mpa. 
Na armação das estacas de 250 mm foram utilizadas seis barras de ferro de 3/8 
(10.0 mm) CA-50 em forma de “gaiola”, estribada com ferro comercial 5.0 mm espaçados 
a cada 20 cm. Já nas estacas de 300 mm, foram utilizados seis barras de 3/8” (10.0 mm) 
CA-50, em forma de gaiola estribada com ferro 6.0 mm espaçados a cada 15 cm. 
Inicialmente, o projeto previa estacas com comprimento de 06 metros em todos os pontos.Porém, após revisão, observou-se que haveria pontos em que a estaca não suportaria a 
carga aplicada sobre ela. Também houve pontos que apresentaram “folga” de resistência, 
pois o comprimento inicial era maior que o necessário. Após esta revisão, os comprimentos 
foram recalculados e, ao final, obtiveram-se estacas com comprimento variável de 04 
metros, 06 metros, 07 metros e, nos pontos mais solicitados, 8 metros. 
Com todas as alterações definidas, deu-se início ao processo de locação das estacas. 
Momento este de grande importância, pois qualquer erro durante e a partir desse processo, 
pode resultar diretamente numa falha na execução da obra. Geralmente, o posicionamento 
das estacas é feito conforme a planta de locação, fornecida pelo cálculo estrutural. 
 Com a chegada do maquinário no canteiro de obras, foi autorizado pela 
fiscalização o início do serviço de escavação, porém, o primeiro grande problema surgiu 
com o fornecimento insuficiente de água pela concessionária. Como se sabe, à Estaca Raiz 
é escavada com a ajuda de água, o que exige um consumo elevado desse recurso e a 
companhia de abastecimento de água local não garantiria tal condição. Para solucionar esse 
problema, foi necessário fazer uma ligação provisória de uma cisterna, que é abastecida 
por poço artesiano, de um órgão municipal que fica ao lado do local da obra. 
O bombeamento de água foi feito com a ajuda de bombas “sapo”, abastecendo os 
reservatórios provisórios existentes no canteiro da obra. O serviço foi executado dentro 
dessas limitações e, durante sua execução, houve interrupções por problemas nas bombas 
de abastecimento com até corte de fornecimento por períodos consideráveis. Isso, com toda 
certeza, acarretou um atraso significativo no cronograma da obra. 
Durante a execução das primeiras estacas foi observado que, como a máquina, 
encontrava-se um pouco defasada, era exigido um consumo de água elevado, fazendo com 
12 
 
 
que a água armazenada no canteiro se disseminasse rapidamente afetando a produção 
diária. 
A escavação das estacas iniciou no dia 10 de Fevereiro. Segundo previsão do 
cronograma, para esse período, já deveriam estar assentadas todas as estacas do prédio 
principal. No entanto, apenas 18 estacas já haviam sido executadas. 
O clima na região Oeste do Pará, onde esta localizada a cidade de Santarém, é 
caracterizado por períodos de chuva e estiagem, sazonais. Durante aproximadamente 06 
meses, há estiagem, caracterizada pela ausência, ou diminuição significativa no volume e 
frequência de chuvas (de Julho a Dezembro). Nos outros 06 meses (de Janeiro a Junho), 
predominam altas frequências e volumes pluviais. Como mencionado anteriormente, a 
escavação das estacas no canteiro iniciaram no mês de Fevereiro, período em que as 
chuvas são mais intensas. Logo, o trabalho foi interrompido inúmeras vezes devido a 
situação meteorológica local nesse período. 
Com a escassez de empresas especializadas no ramo de cravação de Estaca Raiz em 
Santarém e região, é comum o aproveitamento de empresas que estejam executando outra 
obra na cidade ou nos municípios circunvizinhos. Além, muitas vezes, não há um 
maquinário reserva, ocorrendo interrupções no serviço caso problemas mecânicos 
aconteçam com o maquinário. A empresa contratada para a execução das estacas nessa 
construção descrita, anteriormente estava executando outro serviço nas proximidades, com 
atrasos e problemas no trabalho, logo, o início dos trabalhos na obra da Justiça Federal, 
aqui descrita, também foram comprometidos, o que contribuiu ainda mais para o atraso do 
cronograma da obra. 
O maquinário utilizado na obra não era novo, com isso, alguns problemas 
mecânicos aconteceram, algumas peças tiveram que ser trocadas e/ou recuperadas, 
acarretando em outras e novas interrupções que perduraram até mais de 24 horas. 
Observou-se também, que durante a execução, houve certa folga nos tubos metálicos do 
revestimento empregado, causando aumento na seção da estaca. Ou seja, estaca com 
diâmetro de 250 mm acabaram com diâmetros variando entre 280 mm e 300 mm. Esse 
aumento reflete na quantidade de material utilizado, pois também aumenta o consumo de 
argamassa e, por consequência, aumenta o custo final de cada estaca. 
Nota-se que ocorreram vários problemas nesta construção, comprometendo 
instalação, execução e o próprio maquinário utilizado. O reflexo disso está no prazo de 
conclusão da obra e, principalmente no custo final da obra. Todos os fatores citados neste 
13 
 
 
estudo de caso foram motivos suficientes para justificar o atraso em que a obra se encontra 
hoje. 
 
3.4 Fatores Diminutivos da Produtividade 
Os resultados dados a produtividade em uma obra, estão intimamente ligados a 
melhor – ou pior – utilização dos recursos disponíveis em uma obra, dentre eles, espaço 
físico, ferramentas, mão-de-obra, insumos, técnicas de gerenciamento, meio de transporte e 
horário de trabalho, entre outros itens, os quais afetam diretamente as condições 
financeiras de qualquer construção. 
No estudo de caso da obra que ilustrou este trabalho, foi notado que vários 
elementos contribuíram para que emergissem problemas quanto a um desenvolvimento de 
impecável e produtivo, ligados ao departamento técnico, a logística empregada e a fatores 
climáticos, os quais deveriam – e devem = ter sido (re)pensados e questionados antes 
mesmo da aprovação da fase inicial, que é o projeto. 
Como se sabe, na perfuração de Estaca Raiz, a água é um fator imprescindível, 
deve-se atentar antes e, não durante, se para a execução existe no local fornecimento 
suficiente para atender o desempenho de confecção da obra de fundação, caso contrário, 
deve-se prever a necessidade de uma instalação provisória que forneça água, seja por meio 
de armazenamento em caixas d’águas ou da própria instalação de um poço artesiano, o que 
seria o mais correto a ser adotado. Como na obra alvo deste trabalho, o fornecimento era 
insuficiente, fez-se necessário uma instalação provisória – o que, dentro das oportunidades, 
foi a opção menos onerosa – , o que causou, porém, paralisações que comprometeram a 
produtividade e refletiram em um atraso no cronograma, já que a possibilidade de falta 
d’água não havia sido cogitada durante o planejamento, o qual não obedeceu a um 
diagnóstico real das condições de fornecimento de água, tão vital para um ótimo 
condicionamento da produtividade e desenvolvimento da obra. Pois, o local onde toda e 
qualquer obra é instalada, deve ser estudado e analisado, para que seu progresso não se 
some a dificuldades técnicas que atrapalhem o percurso ótimo das atividades a serem 
desenvolvidas. 
Devido a falta de empresas especializadas nesse tipo de fundação em Santarém e 
nas mediações regionais, fez-se necessário a contratação de uma empresa de outro 
município, mais distante. Essa é uma prática muito adotada localmente, porém alguns 
pontos precisam ser observados para que haja otimização a produtividade, dentro dessa 
14 
 
 
realidade. Sempre que possível é necessário um maquinário ou peças reservas, pois caso 
haja paralisações por problemas mecânicos, existirão máquinas reservas para a continuação 
dos serviços. Na obra ilustrada neste artigo, destaca-se o problema operacional de que, 
devido a empresa ser detentora de um maquinário defasado, foram necessárias várias 
interrupções para troca e concerto de peças e, como essas não existiam em estoque, em 
muitos momentos houveram paralisações no andamento da obra de fundação de Estaca 
Raiz, que perduraram por até mesmo uma semana, o que ocasionou perda de tempo e 
atraso no cronograma previsto. Além disso, outro fator não-ótimo bastante significativo e 
que contribuiu paraum andamento não eficiente da obra, foi o aumento no custo de cada 
estaca, oriundo do aumento de material utilizado na execução por conta de uma folga no 
revestimento utilizado para a convecção das mesmas. Isso inferiu em um diâmetro real e 
prático que ficou maior do que no projeto. 
Questões como essas precisam ser analisadas no momento do planejamento, pois 
caso tivesse ocorrido a troca do maquinário por um mais moderno, por exemplo, o número 
de paralisações seriam menores ganhando tempo na execução e, talvez, consumindo menos 
material, não comprometendo assim o orçamento final da obra. 
Outro fator bastante relevante é a previsão meteorológica. O clima na região Oeste 
do Pará é propicio sazonalidade no regime de chuvas, sendo que, no período chuvoso 
(Verão, de dezembro a junho) os volumes pluviométrico são consideravelmente intensos. 
Apesar de já existir no mercado equipamentos que permitem o trabalho em tempos 
chuvosos – o que não era o caso da obra, pois tais utensílios não foram empregados – a 
paralisação era inevitável, até mesmo por questões de segurança, devido toda a 
alimentação elétrica da máquina está diretamente em contato com a água. Mas, tal 
problema poderia ter sido evitado, dada a notável condição climática regional, se o 
planejamento previsse o preparo ideal para que as obras continuassem mesmo sob chuva. 
Percebe-se que o investimento técnico e monetário em logística e planejamento 
empregados, mão ocasionaram boas condições de prazo e custos. 
É de extrema importância a revisão do projeto antes da execução para que durante o 
processo não aconteçam situações parecidas com as que já foram citadas e comentadas. 
 
4 CONCLUSÃO 
Neste artigo discutiu-se a necessidade e a importância de um bom planejamento 
para a produção ótima de Estacas Raiz, com base nas experiência oportunizadas com as 
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dificuldades enfrentadas na construção da subseção da Justiça Federal no município de 
Santarém. 
O aumento da produtividade na execução de Estaca Raiz é consequência da 
utilização otimizada e integrada de diversos fatores. Podemos destacar inicialmente o 
projeto executivo adotado no canteiro de obras: esse deve estar de acordo com o projeto 
arquitetônico e estrutural e preferencialmente ter sido revisado antes de adentrar ao 
canteiro de obras. 
Outro fator decisivo que pôde ser observado e que, caso bem empregado garantiria 
uma otimização na produção, está para q utilização de mão-de-obra especializada e 
maquinário eficiente e suficiente. Esses são fatores que estão ligados diretamente com o 
tempo de execução e, como na construção civil, costuma-se dizer que “tempo é dinheiro”, 
o ideal da engenharia está em produzir mais rápido, de forma eficiente e cumprir o tempo 
estimado de obra. 
O canteiro de obra deve oferecer ao executor todo o subsidio necessário para uma 
um processo eficiente, porém, cabe também ao executor um estudo do local em que irá 
trabalhar, bem como considerar suas variâncias, sejam elas de cunho logístico, locacional 
ou meteorológico. É preciso que o planejamento esteja a par de tudo que possa condicionar 
em empecilho para um bom andamento da obra, estando atendo para o passado, o presente 
e os possíveis futuros, pois “Previsão é o ato ou efeito da ação de se prever, com certo grau 
de precisão, o comportamento de uma determinada variável potencial do problema” 
(BEZERRA, 2014, p. 07). 
A cidade de Santarém está localizada na região Norte do Brasil, à margem do Rio 
Tapajós, lugar no qual a logística para chegada de bens e produtos se dá via terrestre, 
porém em condições ainda precárias e também através de via aquática, condicionantes que 
tornam a chegada de insumos que precisam ser trazidos de outras regiões, mais lenta, 
contexto que deve ser considerado em qualquer planejamento de obra local. 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BEZERRA, John Eloi. APLICAÇÃO DE TÉCNICAS GEOESTATÍSTICAS NO 
PROCESSO DE OTIMIZAÇÃO DE PROJETOS DE FUNDAÇÕES 
ESTAQUEADAS. In. XXI, 246 p., 210 mm x 297 mm (ENC/FT/UnB, Doutor, Geotecnia, 
2014), Tese de Doutorado - Universidade de Brasília [DF]. Faculdade de Tecnologia. 
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Disponível em: 
http://www.geotecnia.unb.br/downloads/teses/092-2014.pdf. Acessado em Ago de 2015. 
 
CABRAL, David Antunes. O USO DE ESTACAS RAÍS COMO FUNDAÇÃO DE 
OBRAS NORMAIS. In. VIII Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia 
de Fundações, porto Alegre, RS, 12 a 16 de Outubro de 1986. Disponível em: 
http://www.cobramseg2014.com.br/anais/1951-1998/arquivos/1951-1998.885.pdf. 
Acessado em Ago de 2015. 
 
IBGE/CIDADES. [Informações de Santarém, PA]. Disponível em: 
http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=150680&search=para|san
tarem. Acessado em Ago de 2015. 
 
SOUSA, Marina Peruzzo de. DIAGNÓSTICO QUANTO À SEGURANÇA DO 
TRABALHO NA EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES. Florianópolis, SC, 2013, 145 p. 
Disponível em: 
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/115463/TCC%20Vers%C3%A3o%
20final%20%28CD%29.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acessado em Ago de 2015.

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