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Material trabalhado em sala de aula-Vigilância crescimento criança lactente

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MATERIAL TRABALHADO EM SALA DE AULA 
PROFA MARISA R. VIEIRA 
2013 
 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO DA CRIANÇA LACTENTE 
 
Crescimento (C) e o desenvolvimento são eixos referenciais para todas as atividades de atenção à 
criança e ao adolescente sob os aspectos biológico, afetivo, psíquico e social. 
 
Uma das estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde, a partir de 1984, visando a incrementar a 
capacidade resolutiva dos serviços de saúde na atenção à criança, foi a de priorizar cinco ações básicas 
de saúde que possuem comprovada eficácia (promoção do aleitamento materno, acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento, imunizações,prevenção e controle das doenças diarréicas e das 
infecções respiratórias agudas). (Brasil, 2002 p3). Considera-se o C como aumento do tamanho corporal 
e, portanto, ele cessa com o término do aumento em altura (crescimento linear). É considerado um dos 
melhores indicadores de saúde da criança em razão de sua estreita dependência com os fatores que o 
influenciam. 
 
Fatores que influenciam o C 
O C é um processo biológico, de multiplicação e aumento do tamanho celular, expresso pelo tamanho 
do aumento corporal. (MS, 2002, p.11) 
 
O C sofre influências de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e mal formações) e fatores 
extrínsecos, dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados 
gerais com a criança. 
 
O planejamento familiar, a assistência pré-natal/ao parto/ ao puerpério, as medidas de promoção, 
proteção e recuperação da saúde nos primeiros anos de vida são importantes para que o C se processe 
de forma adequada. 
Nas crianças menores de cinco anos, a influência dos fatores ambientais é muito mais importante do 
que a dos fatores genéticos para expressão de seu potencial de C. Os fatores genéticos apresentam mais 
influencia na criança maior, no adolescente e no jovem. (MS. 2002, p. 12) 
 
A velocidade de C no período pós-natal é particularmente elevada até os dois primeiros anos de vida, 
que é o período mais vulnerável aos distúrbios de crescimento, reforçando a importância da vigilância 
do crescimento, pois em condições adversas, a velocidade de C pode diminuir ou mesmo ser 
interrompida. (MS. 2002, p. 20) 
 
Crescimento compensatório 
Quando ocorrem doenças infecciosas e/ou problemas sociais, há uma desaceleração no ritmo de 
crescimento normal. Entretanto, corrigida a causa e se as condições ambientais forem adequadas, 
observa-se um aumento da velocidade de C superior ao esperado para a idade, como um crescimento 
compensatório, principalmente nos menores de dois anos de idade. 
Durante os dois primeiros anos de vida, o déficit de C ocasionado por desnutrição é reversível. Após essa 
idade, nota-se que o fenômeno do crescimento compensatório, apesar de ativado, é bem menos 
intenso. (MS. 2002, p. 24) 
 
Acompanhamento do crescimento..... 
O acompanhamento sistemático do C da criança constitui o eixo central do atendimento da atenção à 
saúde da criança. 
 
A avaliação periódica do ganho de peso da criança lactente permite: 
o acompanhamento do progresso individual; 
identificar as de maior risco de saúde; 
sinalizar o alarme precoce para desnutrição; 
possibilita condutas curativas e preventivas; 
processo contínuo de educação em saúde. 
 
Avaliação do crescimento implica: 
 
Coletar medidas antropométricas com metodologia padronizada; 
Relacionar essas medidas com sexo/idade ou outra variável da criança (índices), comparando-as com 
valores de referência; 
Verificar se os valores encontrados estão dentro dos limites (ponto de corte), estabelecidos como 
normais.(MS: 2002. p, 39) 
 
Medidas antropométricas básicas: peso, estatura (comprimento ou altura), perímetro cefálico e 
perímetro braquial. 
Índices Antropométricos: relacionados à idade, sexo ou outra variável antropométrica. Exemplos: 
comprimento para a idade, peso para a idade, peso para estatura, perímetro cefálico para a idade. 
 
Indicadores do crescimento: a partir dos índices antropométricos, são construídos indicadores, 
definindo-se níveis de corte que permitam situar a criança dentro de uma faixa aceita como normal, de 
acordo com a referência de crescimento utilizada. (MS: 2002, p. 39) 
As referências são construídas a partir de medidas de crianças saudáveis que vivem sob condições sócio-
econômicas que lhes permitem desenvolver seu potencial genético de crescimento. (MS: 2002, p. 39) 
 
Problemas nutricionais mais prevalentes na criança lactente 
 
Em todo o mundo, cerca de 30% das crianças menores de 5 anos apresentam baixo peso, como 
consequência da má alimentação e repetidas infecções. (OMS, 2003, apud. MS. 2009, p. 67). 
 
A partir dos seis meses de idade, a alimentação complementar tem a função de complementar a energia 
e micronutrientes necessários para o C e D saudável. Quando inadequadas, ocorrem anemia, excesso de 
peso e desnutrição. (MS: 2009, p. 67). 
 
A desnutrição pode ocorrer pela interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e alimentação 
complementar inadequada, associada a repetidos episódios de doenças infecciosas, diarréicas e 
respiratórias. 
 
A obesidade infantil pode gerar conseqüências a curto e longo prazo e é importante preditivo da 
obesidade na vida adulta. (MS: 2009, p. 68). 
 
No Brasil, diversos estudos mostram que as prevalências de anemia por deficiência de ferro em crianças 
menores de cinco anos variam de 30% a 70%, causando prejuízos e atrasos no desenvolvimento motor e 
cognitivo. (MS: 2009. p. 69). 
 
CONSULTA DE PUERICULTURA 
 
A puericultura efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático das crianças 
para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, vacinação, orientações às mães 
sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno, higiene individual e ambiental 
e, também, pela identificação precoce dos agravos, com vista à intervenção efetiva e 
apropriada. 
A consulta de enfermagem (CE) à criança tem como objetivo prestar assistência 
sistematizada de enfermagem, de forma global e individualizada, identificando 
problemas de saúde-doença, executando e avaliando cuidados que contribuam para a 
promoção, proteção, recuperação e reabilitação de sua saúde. 
Sua realização envolve uma sequência sistematizada de ações: 
histórico de enfermagem e exame físico, 
diagnóstico de enfermagem, 
plano terapêutico ou prescrição de enfermagem, e 
avaliação da consulta. 
A CE foi legalizada pela Lei nº 7.498/86 que regulamentou o Exercício da Enfermagem 
e estabeleceu essa atividade como privativa do enfermeiro. 
 
 
Rev. esc. enferm. USP vol.45 no.3 São Paulo June 2011 
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000300003 
 
 
AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
É o número de movimentos respiratórios num espaço de tempo. 
- No lactente e, sobretudo, no recém-nascido prematuro, os movimentos respiratórios 
podem ser irregulares, arrítmicos, intermitentes e ainda com alternância da 
profundidade. 
- Existem dois tipos de movimentos respiratórios: torácico (costal) e abdominal 
(diafragmático). 
- No lactente é normal a respiração abdominal. A respiração torácica nessa idade 
indica anormalidade. 
- O tipo torácico predomina após os sete anos. 
 
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA E CARACTERÍSTICAS RESPIRATÓRIAS: 
- Observar durante um minuto cada inspiração/expiração como um movimento 
respiratório; 
- Verificar a respiração antes dos outros sinais vitais em decorrência das alterações 
provocadas pelo choro; 
- Observar dificuldade respiratória e presença de secreções; 
- Efetuar o registro das condições respiratórias; 
- Tomar providências, caso haja alteração: consulta médica ou encaminhamento. 
 
FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) 
É o número de batimentos de uma artéria por minuto, que corresponde ao número de 
contrações do músculo cardíaco. 
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E CARACTERÍSTICAS: 
- Lactente eescolares: colocar o estetoscópio entre o mamilo esquerdo e o externo, 
verificar a FC durante 01 (um) minuto. 
Observar: 
- Frequência: bradicardia, monocardia, taquicardia; 
- Ritmo: rítmico e arrítmico, (é comum em crianças a ocorrência de uma diminuição da 
freqüência cardíaca durante a expiração por estimulação vagal caracterizando em 
arritmia sinusal. 
 
A temperatura corporal normal representa uma estabilidade entre o calor produzido e 
o perdido pelo corpo. O valor normal considerado para adultos e crianças varia em 
torno de 36,7º C. 
 Quando a temperatura axilar estiver até 37,5º C dar banho e observar o estado geral 
da criança; 
Se acima de 37,7° medicar* na unidade com paracetamol 01 gota/Kg, avaliar o estado 
geral e 
 agendar consulta (*conforme protocolo local!) 
 
VERIFICAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS: 
Recomenda-se verificação de pressão arterial rotineiramente em crianças: uma vez ao 
ano a partir do 1º ano de vida até a adolescência. 
 
 
Condições nas quais deve ser feita a medida da PA em pacientes pediátricos 
Em lactentes com: 
déficit de crescimento 
convulsões 
 insuficiência cardíaca 
sopro abdominal 
suspeita de doença renal 
síndrome de Turner 
massa abdominal 
coartação da aorta 
hiperplasia adrenal congênita 
neurofibromatose 
em uso de corticóides e/ou hormônio adrenocorticotrófico 
 
http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/atencao_a_saude_da_
crianca_de_zero_a_cinco_anos_de_idade.pdf

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